agroalimentar
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Estes estudos prospectivos resultam do projeto Setores Portadores de Futuro para o Estado do Paraná, que evidenciou a necessidade de conceber mapas de trajetórias a serem percorridas para materializar o potencial percebido nos domínios apontados como pertinentes para o estado.TRANSCRIPT
SENAI.DepartamentoRegionaldoParaná.Rotas estratégicas para o futuro da indústria paranaense : roadmapping
da indústria agroalimentar – 2015. / SENAI. Departamento Regional doParaná.–Curitiba:SENAI/PR,2007.
57p.;21x26cm. ISBN978-85-88980-18-1 1. Indústria agroalimentar. 2. Paraná. �.Indústria agroalimentar. 2. Paraná. �. Roadmapping. I. SENAI.DepartamentoRegionaldoParaná.II.Título.
CDU��8.45
©SENAIDepartamentoRegionaldoParaná2007
RotasEstratégicasparaoFuturodaIndústriaParanaenseRoadmappingdaIndústriaAgroalimentar2015
EquipeTécnicaMarília de Souza
OrganizadorTécnicoGina Gulineli Paladino
Ariane Hinça SchneiderClarisse Bruning Schmitt Roepcke
Fabiana Cristina de Campos SkrobotRonivaldo Steingräber
GilsonAbreu(fotosinternas)
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Apresentação
O Sistema FIEP definiu, em 2004, o “desenvolvimento industrial sustentável do Paraná” como visão de futuro em seu planejamento estratégico. Várias
frentes de ação foram e estão sendo criadas para a concretização dessa visão. Uma delas é o Projeto Setores Portadores de Futuro para o Estado do Paraná que, em 2005, buscou analisar as tendências e as abordagens que marcarão o desenvolvimento industrial até 2015, prospectando oportunidades e identificando os domínios estratégicos mais promissores para a indústria do nosso Estado.
Este primeiro estudo prospectivo sinalizou algumas possibilidades de futuro sustentável para a indústria do Paraná. Os resultados deste trabalho foram amplamente divulgados e estão sendo usados para subsidiar a tomada de decisão, dar foco às ações por meio da concentração de esforços e investimentos, e posicionar a indústria do Paraná em patamar mais competitivo em âmbito nacional e internacional.
Dando continuidade a essa iniciativa precursora, foi concebido, em 2006, o Projeto Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense, com o objetivo de elaborar mapas de trajetórias a serem percorridas para materializar até 2015 o potencial percebido em cada um dos domínios apontados como altamente promissores para o Paraná.
Fruto de uma pareceria SENAI/PR e SESI/PR, o desenho das Rotas Estratégicas é um exercício de prospectiva utilizando o método Roadmapping. O projeto, que foi elaborado e implementado pelo Observatório de Prospecção e Difusão de Tecnologia do SENAI do Paraná, conta com o apoio do SENAI/DN e está sendo realizado com a colaboração técnica da Fundação OPTI, da Espanha, que é referência em prospectiva tecnológica industrial na Europa.
Os resultados desse trabalho são consolidados em Roadmaps, mapas sintéticos de caminhos a serem trilhados até 2015, e em relatórios contendo um levantamento das tecnologias-chave que precisamos dominar ou incorporar para criar sólidas bases tecnológicas. Este material é aberto a todos,
Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense
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pois a decodificação destas informações pode ajudar a concentrar recursos financeiros, inteligência e ação humanas, capitalizando esforços em prol do bem comum.
Estas Rotas Estratégicas vêm dar suporte a dois grandes objetivos do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, que são preparar os setores industriais paranaenses para oportunidades e mudanças futuras e induzir um processo consciente de construção de um futuro desejado, provocando e planejando as ações necessárias.
O maior desafio do futuro é o presente. É no hoje que preparamos o amanhã. As sociedades mais avançadas e prósperas há muito perceberam que podem tecer a teia de seus destinos a partir de um planejamento de longo prazo. Nós também podemos arquitetar o nosso porvir, e com este fim estamos construindo os primeiros Roadmaps da indústria paranaense.
Nas páginas a seguir são apontados alguns caminhos possíveis. Entretanto, edificar o futuro é uma tarefa coletiva que começa com a assimilação das perspectivas já sistematizadas. Convidamos a todos a se apropriarem deste trabalho e serem co-criadores desse processo.
Rodrigo da Rocha LouresPresidentedaFIEP
Vice-PresidentedaCNI,PresidentedoConselhodePolíticaIndustriale
DesenvolvimentoTecnológicodaCNI
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Sumário
Apresentação.................................................................................................................................... 5Rodrigo Rocha Loures
Introdução.......................................................................................................................................... 9José Antonio FaresCarlos Sérgio Asinelli
Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense......................................................... 1�CooperaçãoTécnicaInternacional................................................................................................ 14Roadmapping................................................................................................................................ 14Metodologia................................................................................................................................... 16
Roadmapping da Indústria Agroalimentar...................................................................................... 21ConsideraçõessobreaSituaçãoAtual.......................................................................................... 21VisõesdoFuturoDesejado........................................................................................................... 24
InternacionalizaçãodasIndústriasAgroalimentares–Visão1................................................ 25IndústriaAgroalimentarSustentável:ValorizaçãodosResíduos–Visão2............................. 28ImagemdeMarcaparaProdutosAgroalimentaresdaIndústriaParanaense–Visão�......... �1ReferênciaemProdutosOrgânicos–Visão4......................................................................... �4ReferêncianoDesenvolvimentodeProdutosFuncionais–Visão5....................................... �6
Roadmaps.......................................................................................................................................... 41
Atores e Responsabilidades............................................................................................................ 47
“Tecnologias-Chave” para uma Indústria Agroalimentar Competitiva........................................ 49
Conclusões........................................................................................................................................ 51RoadmappingdaIndústriaAgroalimentar..................................................................................... 51ProjetoRotasEstratégicasparaoFuturodaIndústriaParanaense............................................. 52
Próximos Passos.............................................................................................................................. 5�
Referências........................................................................................................................................ 54
Participantes ..................................................................................................................................... 57
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Introdução
OSESI/PR e o SENAI/PR acreditam que a visão
de longo prazo, a prospecção de oportunidades
e a inovação na geração de respostas cada vez
mais completas às demandas e necessidades socioindustriais
são fundamentais para o futuro do Sistema FIEP e a prosperidade
da indústria paranaense. Por isso, conjugaram seus esforços em
uma iniciativa inovadora de prospecção de tendências e difusão de
informações estratégicas para a tomada de decisão.
Tudo começou com o Projeto Setores Portadores de Futuro para o Estado do Paraná, que teve por objetivo prospectar
o futuro da indústria paranaense no horizonte de 2015, identificando
os setores de atividade e as áreas estratégicas de desenvolvimento que pudessem situar a indústria do
Estado em posição competitiva em âmbito nacional e internacional.
O projeto Setores Portadores de Futuro foi conduzido pelo Observatório de Prospecção e Difusão
de Tecnologia do SENAI/PR, em cooperação técnico-científica com a Fundação OPTI – Observatório de Prospectiva Tecnológica Industrial da Espanha e contando com apoio do SENAI/DN.
O projeto teve como características a démarche prospectiva, o enfoque multissetorial, a abrangência estadual e a abordagem participativa. A metodologia de trabalho contemplou, em um primeiro momento, a realização de estudos sobre a economia e a indústria do Paraná e sobre as tendências internacionais em termos industriais, tecnológicos e sociais. O exame e cruzamento destes trabalhos permitiram estabelecer as tendências internacionais mais pertinentes em relação à economia paranaense de um modo geral.
José Antonio FaresDiretorExecutivodoSESIParaná
Carlos Sérgio AsinelliDiretorRegionaldoSENAIParaná
Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense
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A etapa seguinte foi marcada pela realização de pesquisas específicas sobre a economia e a indústria das regiões Norte, Noroeste, Oeste, Sudoeste, Campos Gerais e Metropolitana de Curitiba. Todos esses estudos foram usados como subsídios de informação para o processo de identificação dos setores, que foi conduzido de forma participativa, por meio de “painéis de especialistas” realizados em cada uma das regiões mencionadas. Foram mobilizados mais de 120 formadores de opinião oriundos da indústria, do governo, das universidades e do terceiro setor.
As percepções de futuro dos participantes dos painéis de especialistas foram sistematizadas e resultaram na identificação dos setores e áreas considerados, neste primeiro exercício, de alto potencial para a indústria do Paraná e para cada uma das regiões em particular. Os setores de energia, indústria agroalimentar e a biotecnologia aplicada às indústrias agrícola, florestal e animal foram priorizados em todas as regiões e se configuram, assim, em setores estratégicos comuns para todo o Paraná.
As especificidades regionais puderam ser percebidas e sinalizam para possibilidades de desenvolvimento que precisam ser alavancadas. Para a Região Metropolitana de Curitiba apareceram como promissores os setores de microtecnologia e saúde. Na Região Norte, os setores de produtos de consumo e saúde foram priorizados. Na região Noroeste, foram selecionados como estratégicos a microtecnologia e o turismo. Na região de Campos Gerais, os setores de papel, metal-mecânico e plástico foram apontados como mais promissores. Na região Oeste, o turismo foi identificado como setor estratégico. Na região Sudoeste, os setores de produtos de consumo e microtecnologias foram indicados como de futuro.
Vale salientar que esse processo é dinâmico e que os exercícios prospectivos precisam ser refeitos periodicamente para divisar novas possibilidades.
O processo de consolidação das perspectivas de futuro sinalizadas pelos especialistas foi realizado no decorrer de 2005 sob a forma de um relatório técnico contendo: a explicação detalhada do projeto; a explicitação dos setores/áreas identificados como promissores para o Paraná; as tendências tecnológicas identificadas como importantes; e as propostas de ação recomendadas pela Fundação OPTI com vistas a induzir a construção negociada do futuro almejado. Também foram produzidos prospectos com um resumo executivo e um filme promocional, ambos em português, inglês, espanhol, alemão e francês. Esse material pode ser consultado no site www.fiepr.org.br/observatorios ou solicitado por meio do endereço [email protected].
Com o apoio desse suporte de informação, em 2006, o Sistema Federação das Indústrias do Paraná realizou a difusão do trabalho em níveis estadual, nacional e internacional. A divulgação teve como objetivos: tornar de conhecimento público o processo consciente de transformação da indústria paranaense; identificar oportunidades; e associar parcerias estratégicas.
Roadmapping da Indústria AgroAlimentar 2015
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O SESI/PR e o SENAI/PR iniciaram um processo interno de apropriação desses resultados e reorientação de parte de suas atividades com vistas a ajudar a construir as perspectivas de futuro selecionadas. Vários questionamentos surgiram, novos temas de reflexão foram colocados na ordem do dia, e as duas instituições têm buscado reposicionar-se com olhar voltado para um horizonte mais amplo.
Graças à parceria forte entre SESI e SENAI do Paraná, que juntos conseguem articular as condições necessárias para levar a cabo uma iniciativa desta envergadura, são mantidas equipes técnicas dedicadas à prospecção e à inovação. Também são definidas e articuladas cooperações com centros de excelência, como a Fundação OPTI da Espanha, que vem formando quadros internos de ambas as casas e aportando sua competência e experiência em prospecção setorial.
A implantação das atividades de prospectiva no Sistema FIEP abriu caminho para a instalação de uma nova cultura industrial de pensar o futuro, antecipando e influenciando o que está por vir.
A continuidade do trabalho de prospecção foi planejada e, em 2006, foram iniciados os estudos detalhados para os temas/áreas identificados como portadores de futuro, dando assim vida ao projetoRotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense, sob coordenação da mesma equipe técnica e sempre com apoio do SENAI/DN.
O projeto Rotas Estratégicas busca criar uma agenda de ações convergentes orientadas para o desenvolvimento industrial do Paraná. O método de trabalho adotado é o Roadmapping que, com sua abordagem estruturada, faz interagir grupos de especialistas e induz, de forma compartilhada, a criação de visões prospectivas e a elaboração de conjuntos de ações encadeadas em um horizonte temporal de curto, médio e longo prazo.
O Sistema FIEP, respeitando as especificidades de cada Casa que o compõe, enxerga os resultados deste projeto como inspiração para a inovação e a articulação de forças e ideais. Para o SESI do Paraná, as Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense mostram um desenho e um desejo de sociedade que precisam ser considerados e trabalhados. As mudanças tecnológicas esperadas implicam alterações no campo das profissões, da empregabilidade e das relações de trabalho. A concretização do futuro almejado nas visões dos setores e áreas pede mudanças educacionais profundas e ações de alfabetização digital já na mais tenra idade. Existe muito a ser feito, e o SESI/PR pode, por meio deste trabalho, desenhar uma estratégia de atuação em que mantenha a qualidade de seu atendimento, amplie seu poder de alcance e se prepare para atender a esta nova indústria e nova sociedade que estão para emergir.
Para o SENAI do Paraná, as Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaensesão verdadeiros mapas do caminho. Sinalizam tendências internacionais. Sinalizam futuros sustentáveis.
Sinalizam mudanças e, conseqüentemente, novas necessidades e oportunidades para o setor industrial.
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Parafraseando o especialista em inovação, Marc Giget, na origem de toda tradição, existe uma ou
várias grandes inovações, tão importantes que são capazes de gerar uma tradição. O SENAI/PR é uma
instituição de tradição forte e mais do que nunca está convencido de que essa força está intimamente
relacionada com sua capacidade de reinventar-se. O SENAI/PR está se preparando para existir em um
mundo novo que se desenha. Está quebrando paradigmas e construindo uma nova tradição, de um SENAI
que prospecta, que antecipa estrategicamente junto com a comunidade industrial os caminhos a seguir, e,
com seu trabalho diligente, ajuda na construção de uma sociedade que progride e resguarda o direito das
novas gerações. O SESI/PR e o SENAI/PR esperam que as Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria
Paranaense sejam inspiradoras para sua empresa, organização ou área de atuação. O sistema FIEP como um todo deseja sinceramente que, apoiada nos rumos ora traçados, a indústria paranaense possa trilhar caminhos cada vez mais ambiciosos, inovadores, assertivos e sustentáveis.
José Antonio Fares Carlos Sérgio Asinelli DiretorExecutivodoSESIParaná DiretorRegionaldoSENAIParaná
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Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense
Apergunta“Quefuturovamosconstruir?”modelouoprojetoSetores Portadores de Futuroeajudouavislumbrarpistasdeprosperidadeparaa indústriaparanaense.EstaquestãocontinuanapautadoSistemaFederaçãodasIndústriasdoEstadodoParaná,porémela
permite descortinar apenas o horizonte do caminho. Uma vez definida a direção, cabe agora uma nova pergunta:“Comopoderemoschegarlá?”
Parafazerfaceaessenovoquestionamentofoi idealizadooprojetoRotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense, quetemporobjetivoapontarcaminhosdeconstruçãodofuturodesejadopara cada um dos setores/áreas identificados como promissores para a indústria do Paraná no horizonte de2015.
Os objetivos específicos do projeto são:Esboçarvisõesdefuturoparacadaumdossetoreseáreasselecionados.Elaborarumaagendaconvergentedeaçõesparaconcentraresforçoseinvestimentos.Identificar tecnologias-chave para a indústria do Paraná.Elaborar mapas com as trajetórias possíveis e desejáveis para cada um dos setores/áreasestratégicos.
OprojetoRotasEstratégicas foidesenhadoparaexecuçãoemduas fasescomvistasaabarcartodos os setores pré-identificados no exercício prospectivo Setores Portadores de Futuro,asaber:
Fase 1 (Período 2006 – 2007) Setores/áreas contemplados: Indústria Agroalimentar; Produtos de consumo; BiotecnologiaAgrícolaeFlorestal;BiotecnologiaAnimal;eMicrotecnologia.Fase 2 (Período 2007 – 2008)Setores/áreascontemplados: Saúde;Papel;MetalMecânico;Plástico;Energia;eTurismo.
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Cooperação Técnica Internacional
EsteprojetoestásendodesenvolvidopeloObservatóriodeProspecçãoeDifusãodeTecnologiasdo SENAI/PR em uma cooperação técnico-científica com a Fundação OPTI – Observatório de Prospectiva TecnológicaIndustrial.
Com sede em Madrid, a Fundação OPTI é uma entidade sem fins lucrativos que está sob tutela do MinistériodaIndústria,ComércioeTurismodaEspanha.Referênciaemprospectivatecnológicaindustrial,járealizoumaisde45estudosprospectivossetoriaisparaEuropaeAméricaLatina.Aqualidadedostrabalhoseseu foconosetor industrial fazemdaFundaçãoOPTIumaparceiraestratégicaparaoSistemaFIEP.Oobjetivodestacooperaçãoéa transferênciadeconhecimentose formação-açãodeequipes técnicasnoParaná.
AFundaçãoOPTIparticipoudaconcepçãodoprojetoedaescolhadométodo.Foiresponsávelpela condução técnica e metodológica dos Roadmappings, orientando cada etapa, conduzindo asdiscussõeseatividadesdosparticipantesduranteosPainéisdeEspecialistas.
Roadmapping
OtermoRoadmapping éumneologismoeminglêsque,segundoBrayeGarcia(1997a),designaumprocesso de planejamento tecnológico para identificar, selecionar e desenvolver as alternativas tecnológicas queatendessemaoconjuntodenecessidadesdeproduçãodasempresas.
Naatualidade,deacordocomTreitel(2005),otermoRoadmappingdesignaummétodoquepermitedesenvolver Roadmaps, ou seja, representações gráficas simplificadas que possibilitam comunicar e compartilhar de forma eficaz uma intenção estratégica com vistas a mobilizar, alinhar e coordenar esforços daspartesenvolvidasparaatenderaumouaváriosobjetivos.OsRoadmapsfornecemumquadroparapensar o futuro. Eles estruturam a planificação estratégica e o desenvolvimento, a exploração de caminhos decrescimentoeoacompanhamentodasaçõesquepermitemchegaraosobjetivos.
Probert e Radnor (200�) defendem que foi a indústria automobilística dos Estados Unidos quedeuosprimeirospassosparaacriaçãodométodoRoadmapping,cujadifusãoefetivaocorreunosanossetentaeoitenta,comlargautilizaçãopelascompanhiasMotorolaeCorning.Porém,aprimeirapublicaçãoacadêmica data do final da década de 1980, de autoria de Willyard e McClees (1987),queapresentamoRoadmappingesuasvantagensnoplanejamentotecnológicoparaempresas.
Inicialmente,oRoadmappingerautilizadoapenasporempresas,tinhaumenfoquetecnológicoecontinha um forte componente confidencial. Com a difusão do uso, os Roadmaps foram se diversificando
Roadmapping da Indústria AgroAlimentar 2015
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eváriosforamdivulgadoscomo:odoDVDdaHitachide1999(SADAYASUecolaboradores,1999);odaempresaCompaqquefezumRoadmappingpróprioem2001(COMPAQ,2001);ododiscoóticode60GBrealizadopelaCalimetricsem2002(BURKEeSCHMIDT,2002);ousodatecnologia�GfeitopelaTelenorMóbile(FJELL,200�),eaprospecçãosobreahyper technologyfeitapelaAstrium(JOHANN,200�),ambasem200�.
Com o passar do tempo, um número crescente de organizações industriais, científicas ou governamentais,implementouabordagensanálogas,apropriando-sedoprincípioeadaptando-oacontextossetoriais,temáticosouregionais,porexemplo,osRoadmaps:
da indústria química (AMERICAN CHEMICAL SOCIETY e colaboradores, 1996), (SCOUTEN ePETERSEN,1999)e(THOMPSONeKONTOMARIS,1999);daindústriadefundição(CASTMETALCOALISATION,1998);daindústriaamericanadeconstruçãocomercial(RCBI,1999);dopetróleo(APIeNPRA,1999);dainfra-estruturadaSociedadeCanadensedeMicroeletrônica(ITRS,2000);dascomunicaçõesóticasdaRedeTemáticaOPTIMIST(DEMEESTER,2002);da indústria fotovoltaica e a eletricidade limpa (EPIA, 2002), (PVNET CONSORTIUM, 2002) e(JägER-WAldAU,2002);dechips(CHEN,200�).
O processo de ampliação do uso e das áreas de aplicação do método fica bem exemplificado pelo Foresight Vehicle Programme,Roadmappinginglêsrealizadoparaosetorautomotivo,quereuniucentoetrintaespecialistasesessentaorganizaçõesparaplanejarospróximosvinteanosdosetornoReinoUnido(SOCIETYFORMOTORMANUFACTURERSANDTRADERS,2004).Estetambéméocasodo RoadmappingdesemicondutoresdaSIA(AssociaçãodaIndústriadeSemicondutores),comentadoporAllan,EdenfeldeJoyner(2002),Schaller(2004)eIwai(1999),quereuniu,emsuaprimeiraversãoem2001,especialistasdepaísesasiáticos,europeusenorte-americanosequeéumagrandereferênciaemRoadmappingparasetoresindustriais.
A Comissão Européia também realizou Roadmappings como, por exemplo, o de inteligênciaambientalem2001(DUCATELecolaboradores: 2001)eodatecnologiawireless em2002(LOUPIS,2002).
Porém,ogovernodosEstadosUnidosteveumgrandepesonautilizaçãodestemétodo,conduzindovários Roadmappings, dos quais se destacam: robótica e máquinas inteligentes (US DEPARTMENTOF ENERGY, 1998); recursos renováveis para a agricultura (US DEPARTMENT OFAGRICULTURAL E USDEPARTMENTOFENERGY,1998);ofuturodoscaminhões(BRADLEY,2000);eletricidade(USDEPARTMENTOF ENERGY, 2000) e (EPRI, 200�); bioenergia (US DEPARTMENT OF ENERGY, 2001); gás (LUKE e HAMP,
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Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense
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2001);robótica(GREGORYecolaboradores, 2001);turbinaavento(AWEA, 2002);nanotecnologiadaNASA(MEYYAPPAN,2002); turbinas de alta eficiência (LAYNE,2002);célulasacombustível(ROSSMEISSL,2002);eviagenssolares(NASA,2002).
Graçasàssuaspossibilidadesdeaplicação,oescopodeutilizaçãodométodoRoadmappingseexpandiu. Atualmente, além dos tecnológicos, encontramos referências de Roadmaps para produtos,políticas,cadeiadefornecedores,inovação,estratégias,competências,entreoutros.
OsRoadmappingsrealizadosnoâmbitodoprojetoRotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaenseforamconcebidosparapermitiraformulaçãoeaimplementaçãodeestratégias.Elestrazemtambéminformaçõessobretecnologiasnecessáriasparapermitiràindústriaavançaremdireçãoaofuturodesejado, entretanto não tem por objetivo definir alternativas tecnológicas precisas para os setores/áreas emestudo.
Metodologia
Lançadoem2006ecomconclusãoprevistapara2008,oProjeto Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaensetempormetadesenharmapasdetrajetóriasaserempercorridasparacadaumdos domínios identificados como altamente promissores para a indústria do Estado até 2015. Em função do número de setores/áreas de interesse foi estabelecido um cronograma de trabalho em duas fases,conformeodiagramaaseguir.
FIGURA1–MODELODOPROCESSODEGERAçãODOSROADMAPSDAINDúSTRIADOPARANá.
FONTE:ElaboradopeloObservatóriodeProspecçãoeDifusãodeTecnologiadoSENAI/PR
Roadmapping da Indústria AgroAlimentar 2015
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OsRoadmappings estãosendoexecutadossegundoumamesmametodologiade trabalho, quepodeserdivididaemquatroetapas:
Etapa 1 – Estudos preparatórios
Foramelaborados,pelasequipes técnicasnoParaná,estudospara levantarasituaçãoatualdecada um dos setores/áreas trabalhados em termos de número de empresas, empregados, produção,porte das empresas, principais produtos de exportação e indicadores científicos e tecnológicos, que estão disponíveisnositewww.fiepr.org.br/observatorios.Estesestudosforamenviadosaosespecialistascomosubsídiodeinformaçõespreparatórioaospainéistécnicos.
Emparalelo,naEspanha,aFundaçãoOPTI,amparadapelasua largaexperiência internacionale pelos estudos sobre a realidade econômico-industrial do Estado do Paraná, fez um inventário dastendênciastecnológicasquepoderiamimpactarostemasselecionadosparaosRoadmappings2006-2007.Essasinformaçõesforamorganizadasparasubsidiarosespecialistasduranteosencontrosdetrabalho.
Etapa 2 – Organização
Osencontrosparticipativosforamrealizadosnoformatodepainéisdeespecialistas.OstrabalhosforamplanejadosdeformaqueasetapasdométodoRoadmappingfossemcumpridas
nodecorrerdedoisencontrosdeseishoras,paracadatemaselecionado,conformequadroaseguir:
QUADRO1– PAINéIS DE ESPECIALISTAS DO PROJETO ROTAS ESTRATéGICAS PARA O FUTURO DA INDúSTRIAPARANAENSE,REALIzADOSNOCIETEP(CURITIBA-PR).
ROADMAPPINGS PAINEL1 PAINEL2IndústriaAgroalimentar 29/08/2006 21/11/2006Produtosdeconsumo �1/08/2006 22/11/2006Microtecnologia 04/09/2006 24/11/2006Biotecnologia(Agrícola,FlorestaleAvicultura) 01/09/2006 2�/11/2006Biotecnologia(Suinocultura,BovinoculturaePiscicultura) 10/11/2006 11/12/2006
FONTE:ObservatóriodeProspecçãoeDifusãodeTecnologiadoSENAI/PR
ComexceçãodoRoadmapping deBiotecnologiaAnimal,aplicadaàsuinocultura,bovinoculturaepiscicultura,todososoutrosforamconduzidospelaFundaçãoOPTI,queveioaoParanáespecialmentecom este fim.
Aotodoforamrealizados10encontrosemobilizadosaproximadamente120especialistasdasáreastrabalhadas.Aslistasdeparticipantesencontram-senosanexosdosrelatóriostécnicosdosRoadmappings.
Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense
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Acomposiçãodospainéisdeespecialistasobedeceuaosseguintescritérios:diversidaderegionale representatividadeda indústria, daacademia,dogovernoedo terceiro setor.Osespecialistas foramselecionadosporsuaexperiênciapráticaindustrial,seuconhecimentotécnico,relevânciadesuapesquisacientífica, ação empreendedora ou capacidade de pensar o futuro do setor estudado.
Etapa 3 – Condução
Os participantes foram guiados nas seguintes fases de reflexão:
FIGURA2–MODELODASMACROETAPASDOROADMAPPING
FONTE:FundaçãoOPTI–Artigotécniconãopublicado.
Paraconduziroprocesso,foramrealizadasasseguintesatividades:
1. Brainstormingsobreasituaçãoatual–examedarealidadedosetor/áreaparaterbemclaroqual é o ponto de partida. Foram analisados aspectos-chave como: produtos existentes;processos/tecnologiasemuso;situaçãonosmercados;capacidadesemRecursosHumanos,entreoutros.
2. Visõesde futuro–estabelecimentodosobjetivosaseremalcançadosaté2015.Paraseremaceitas, as visões tinham de atender aos seguintes critérios: ser consensuais, realistas, confiáveis edefácilcompreensão.
3. desafios – entendimento compartilhado sobre o que pode impedir o desenvolvimento desejado. Esta etapa buscou listar os desafios/barreiras que devem ser superados para se alcançar os objetivos fixados nas visões.
4. Identificação dos fatores críticos de sucesso – consenso sobre os fatores que são críticos para osucessonoprocessodeconcretizaçãodasvisões.
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5. Soluções e ações – partindo dos fatores críticos e considerando os desafios, é a proposição de ações que devem ser desenvolvidas até 2015 para se alcançar as visões de futuro. Emgrandes linhas, elas se relacionam (ou estão relacionadas) com: identificação de alternativas tecnológicas,mudançasnagestãoempresarial,comercialização,marketing,recursoshumanos,políticaspúblicas,legislaçãoeplanejamento,entreoutros.
6. Agentesenvolvidos–seleçãodosagentesenvolvidos(indivíduoseorganizações)queprecisamserpartícipesdoprocessoparaviabilizareacelerarasestratégiasdeimplantaçãodasações(indústrias,organizaçõesgovernamentaisenão-governamentais,pesquisadores,universidadeseoutros).
A dinâmica das reuniões foi marcada pela organização dos especialistas em grupos mantidos fixos durante todo o processo. Cada grupo elegia um porta-voz para apresentar suas reflexões e negociar o consensonecessárioàaceitaçãodaspropostasparacadaetapatrabalhada.
Etapa 4 – Consolidação dos Resultados
Esta etapa foi consagrada à sistematização final de todos os materiais gerados durante o processo de Roadmapping. Os Roadmaps esboçados durante os encontros foram finalizados e validados pelos participantes,easinformaçõesconsolidadasderamorigemarelatóriostécnicos.
Nobiênio2006-2007foramrealizadosRoadmappingsparaaIndústriaAgroalimentaredeProdutosdeConsumo(Couroeartefatos;Têxtileconfecção;Madeiraemóveis;eCerâmica)eparaMicrotecnologia,Biotecnologia Agrícola, Florestal e Animal (Avicultura; Suinocultura; Bovinocultura; e Piscicultura). CadaRoadmapping(processocoletivodeconstruçãodevisõeseproposiçãodeações)gerouumRoadmap (mapadocaminhoaserseguido)eumrelatóriotécnicoqueestãodisponíveisnositewww.fiepr.org.br/observatoriosoupodemsersolicitadospormeiodoendereç[email protected].
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Roadmapping da Indústria Agroalimentar
Apalavra Roadmapping, um neologismo da língua inglesa, tem dois significados que se complementam e se confundem. Inicialmente, designa um método bastante estruturadocujo eixo central é a interatividade de grupos de trabalho que efetuam coletivamente a
criaçãodevisõesdefuturoeodesenhodeRoadmaps,ouseja,mapascomcaminhoseencaminhamentoscoordenadoseencadeadosnotempoenoespaço.Porém,designatambémoprocessodeconstruçãodeperspectivas de futuro e o conjunto de resultados parciais (reflexões) e finais (Roadmaps)gerados.
EstaseçãotemporobjetivodocumentaroprocessodeRoadmappingda indústriaagroalimentardo Paraná que foi vivenciado por um grupo de indivíduos, selecionados por seu perfil profissional e sua disponibilidade pessoal, que se reuniu em Curitiba, em “Painéis de Especialistas”, para contribuir naelaboraçãodosprimeirosRoadmapsdaindústriaparanaense.
A reflexão coletiva partiu de um diagnóstico sobre “Onde estamos” para definir de forma participativa “Paraondequeremosir”.Otrabalhobuscouapontarosimpedimentosatuaisàimplementaçãodasvisõesprospectivas, concluindo finalmente com a elaboração de uma agenda pró-ativa de ações que visam enfrentar os desafios à materialização do futuro desejado.
OrecorteadotadoparaoRoadmapping da Indústria Agroalimentar foi baseado na Classificação Nacional de Atividades Econômicas do IBGE (2006) e se concentrou na divisão 15, Fabricação deProdutosAlimentícioseBebidas,quecompreende:Abateepreparaçãodeprodutosdecarneepescado;Processamento,preservaçãoeproduçãodeconservasdefrutas,legumeseoutrosvegetais;Produçãodeóleosegordurasvegetaiseanimais;Laticínios;Moagem;Fabricaçãodeprodutosamiláceosederaçõesbalanceadas para animais; Fabricação de refino de açúcar; Torrefação e moagem de café; Fabricação de outrosprodutosalimentícios;eFabricaçãodebebidas.
Considerações sobre a Situação Atual
Aquestão“Ondeestamos?”orientouodiálogosobreaposiçãoatualdaindústriaagroalimentarnoParanáeteveporobjetivoexplicitardaformamaisclarapossívelqualéopontodepartidadosetor.Os
Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense
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debatesforamorganizadosemtornodetemas-chavecomo:ProcessosIndustriais;Produtos;Concorrência;Mercado;CapacidadedePesquisa&Desenvolvimento;eQualidade,SegurançaeRastreabilidade.
Asanáliseseconsideraçõesdosparticipantesdesenhamoseguintepanorama:
Processos Industriais (automação de processos e tecnologias de conservação e envase) –Osetorsecaracterizapor:baixoíndicedeautomação,faltadeatualizaçãotecnológicadasmicroepequenasempresas (MPEs) e dificuldade de encontrar soluções adaptadas ao contexto das MPEs. Além disso, existe uma grande necessidade de investimento de recursos financeiros e promoção de medidas que permitam às MPEsoacessoatecnologiasemergentesadaptadas.
Comrelaçãoaotemaembalagens,foicomentadoqueépequenoonúmerodeempresasfornecedorasdeembalagensparaosetornoEstado.Existepoucaopçãodefornecedores.Noqueserefereaoenvasepropriamentedito,existempoucasopçõesdeembalagensatóxicasebiodegradáveis.
Apesar do número de instituições de ensino especializadas existentes no Estado, identifica-se uma falta de capacitação profissional em recursos humanos para o setor. Esta carência se dá principalmente nos cursos técnicos e profissionalizantes, nos quais o acesso a novas tecnologias incorporadas nos processos deproduçãodeixaadesejar.
Produtos – De maneira geral, os produtos da indústria agroalimentar paranaense são poucoinovadores.Observa-sequeaculturadeagregaçãodevaloraosprodutosaindaépequena.
OsprincipaisprodutosproduzidospeloEstado,apontadospelosespecialistas,são:Café;Grãos;Produtos lácteos; Água, bebidas e chás; Açúcar e derivados; Carnes; Ração; Orgânicos; Panificação econfeitaria.
Osalimentosfuncionaisaparecemcomoumatendênciacompotencialaindapoucodesenvolvido.
Concorrência –Asatuaispolíticasempresariaistêmorientadoocrescimentodosetorparaatenderaomercadointerno,principalmenteaRegiãoSul.Asempresasestãoembuscadenovosmercados,porémfaltam informaçõessistematizadaseatualizadassobreosmercadosexternos.O impactodiretodissoéumabaixavelocidadederespostadasempresasaosmovimentosdosmercados.
Constata-sequemuitoaindanecessitaserfeitoparasealcançardefatoainternacionalizaçãodasempresasparanaenses.Umpontodeestrangulamentoéafaltadetécnicosespecializadosparaosetordecomérciointernacional.
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Aconcorrênciaemmercadosexternosdemandapresençaeacompanhamentocontínuos.Nesteaspecto foisalientadaa fracaparticipaçãoda indústriaem feiras internacionais,que,conjuntamenteaobaixoíndicedeparticipaçãodeespecialistascomconhecimentostécnicossobreaindústriaagroalimentardoParanáemeventos internacionais,compõemumgargalo.Dessa forma,sãoperdidasoportunidadesimportantesdeapresentaçãoedefesadasqualidadesdosprodutosparanaenses.
Mercado –Observa-seumagrandecarênciadeestudosdemercadocomanálisesaprofundadas,emespecialosestudosdedemanda.Faltamconhecimentossobreosmercadosinternos(Centro-Oeste,NordesteeNorte)eexternos(Américas,Europa,OrienteMédio,ásia,áfrica).Existeanecessidadedeumsistemadeinformaçõesatualizadassobrebarreiraslegaisenãoalfandegárias.
Faltamestudossobreocomportamentodosconsumidoresesuasexpectativas.Foi observado que o nível de informação repassado ao consumidor é deficitário, principalmente no
quetangeàsinformaçõesnutricionais.Oselosdacadeiaprodutivanãosãocoordenadoseosmercadossãoabastecidosemsuamaioria
comcommodities.Observa-se uma demanda crescente de mercado por produtos funcionais, o que requer uma
atualizaçãooumesmoreconversãoindustrialparaatenderaestatendência.
Capacidade de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), Recursos Humanos e Formação –AcapacidadedeP&DdaindústriaagroalimentardoParanáestábemaquémdeseupotencial.OEstadoédeficitário em plantas-piloto e faltam institutos de pesquisa especializados em áreas-chave.
A formação acadêmica precisa ser revista em pelo menos dois pontos: criação de cursos depós-graduação profissionalizantes e construção de perfil profissional globalizado. É preciso incentivar a formação parcial desses profissionais no exterior para garantir uma abertura e o preparo para trabalhar comoutrosmercados.
Em relação aos Recursos Humanos, a situação atual é contraditória. Observa-se, por um lado,o crescimento da necessidade de pessoal qualificado e, por outro, constata-se uma prática de mínimo investimento das empresas em recursos humanos especializados. Os salários são baixos e há poucoreconhecimento dos técnicos de alto nível. Faltam incentivos profissionais e planos de fixação dos recursos humanostreinados.Asempresasaindafazempoucousodainserçãodetraineeseestagiáriosestrangeiroscomoformadeajudarnoseuprocessodeglobalização.
Observa-se a necessidade de integração entre universidades e empresas, com o objetivo depotencializarasatividadesdetransferênciadeconhecimento.
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Qualidade, Segurança e Rastreabilidade –Temascríticosparaodesenvolvimentoda indústriaagroalimentarnoEstado;apresentamosseguintesaspectosnomomentoatual:
UniversidadeseInstitutosdePesquisaFaltadereagentes,equipamentoslaboratoriaisemanutenção.Poucaagilidadenaimportaçãodeequipamentosereagentes.Baixaremuneraçãodostécnicos.Faltametodologiaanalíticaqueapliquenanotecnologia.Necessidadededesenvolvimentodeconservantesnaturais.
IndústriasBaixautilizaçãodasBoasPráticasdeFabricação(BPF)edaAnálisedePerigosePontosCríticosde Controle (APPCC), além de baixa qualificação da mão-de-obra.LegislaçãoultrapassadanoServiçodeInspeçãoFederal(SIF).Faltademonitoramentopormeiodousodekitsdelaboratório.Baixoinvestimentoemferramentasparaocontroledoprocesso.Baixaremuneraçãodostécnicos.Poucoconhecimentodoconsumidorsobreotema.Necessidadededesenvolvimentodeconservantesnaturais.Necessidade de certificação de origem.Pós-colheita com deficiências e altas perdas.dificuldades na rastreabilidade dos produtos agroalimentares em sua logística e distribuição.Descompassocomosnovoshábitossaudáveisdassociedades.Faltametodologiaanalíticaqueapliquenanotecnologia.
Visões do Futuro desejado
OestudoeconômicosobreaIndústriaagroalimentarparanaenseeaexperiênciadosparticipantesdosPainéisdeEspecialistassustentaramodebate inicialqueculminounapercepçãocompartilhadadogruposobreocontextoatualdosetornoEstado,quesitofundamentalparaentrarnaetapadeelaboraçãodevisõesdefuturo.
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Com o entendimento comum estabilizado sobre “onde estamos”, o passo seguinte foi definir “para onde queremos ir”. Para ajudá-los nesse processo, a Fundação OPTI – Observatório de ProspectivaTecnológicaIndustrial,deMadrid–apresentouaogrupooresultadodeumapesquisasobreastendênciastecnológicasdeimpactonaIndústriaAgroalimentar.Esseaportedeinformação,formatadoeorientadoparaabrirohorizontedepossibilidades,somadoàdinâmicadetrabalhosemgrupoecriaçãodeconsenso,foiosuportemetodológicoparaaproposiçãodevisões.
OPainel deEspecialistaselaboroue validouumconjuntodecinco visões complementaresquecompõemocenáriodesejadodeumaIndústriaAgroalimentarparanaenseforteeinovadora,engajadanasustentabilidadeebemposicionadanomercadonacionaleinternacional.
VISõESDEUMAINDúSTRIAAGROALIMENTARPARANAENSEFORTEEINOVADORA
Visão1 InternacionalizaçãodasindústriasagroalimentaresVisão2 Indústriaagroalimentarsustentável:ValorizaçãodosresíduosVisão� ImagemdemarcaparaprodutosagroalimentaresdaindústriaparanaenseVisão4 ReferênciaemprodutosorgânicosVisão5 Referêncianodesenvolvimentodeprodutosfuncionais
Para cada uma das cinco Visões foram identificados desafios a serem vencidos, fatores críticos de sucessoeaçõesaseremimplementadasemcurto,médioelongoprazo,deformaainduzirocrescimentosustentáveldaindústriaagroalimentardoEstadodoParanáetornarrealofuturodesejado.
Em complemento às ações, a Fundação OPTI e o Observatório de Prospecção e Difusão deTecnologia do SENAI/PR identificaram tecnologias correlacionadas, que devem ser desenvolvidas ou incorporadasaolongodosanos,paraqueasVisõespossamseralcançadascomsucesso.
Internacionalização das indústrias agroalimentares – Visão 1
AindústriaagroalimentardoParanátemcrescidonosúltimosanoseacredita-sequecomincentivosnaáreade inovação seja possível umcrescimento aindamaior.Entretanto, suapresençanomercadointernacionalaindaémuitopequena.Elapodeedeveserexpandida.Aperspectivadeinternacionalizaçãoindustrial deste setor busca intensificar o crescimento com base em novos produtos, novos mercados, novos canaisdedistribuição,ampliaçãodesuacapacidadedeatuaçãoemcomércioexterioreapadronizaçãonasnormasdequalidadeinternacionais.
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Desafios
Venceroaltoníveldaconcorrênciainternacional.Conquistarexperiêncianomercadointernacional.Incorporarprodutosemgrandesredesdecomercializaçãoedistribuição.Formar especialistas técnicos qualificados para defesa dos produtos locais.Formarquadrostécnicosecomerciaisglobalizados.Equipararnormasnacionaiseinternacionais.Atenderaoscritériosdesegurançasanitária.Antecipareresponderbarreirastarifáriasenão-alfandegárias.Diminuiraburocracia.Melhoraralogísticadeexportação.
Fatores críticos de sucesso
Deacordocomosespecialistas,osfatorescríticosparaosucessonoprocessodeconcretizaçãodessavisãodefuturosão:
PesquisadeMercado.MarketingExterno.QualidadeeSegurança.ModelodeGestão.
Soluções e ações
Os participantes dos Painéis de Especialistas, partindo dos fatores críticos para o sucessoe considerando os desafios a serem vencidos, propuseram um conjunto de ações que devem ser desenvolvidasaté2015paraquehajaacriaçãoefetivadeumaindústriaagroalimentarinternacionalizadanoParaná.
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Tecnologias
Osucessonaconcretizaçãodessavisãodependeda implementaçãodasaçõesvinculadasaosfatorescríticos,mastambém,emuitofortemente,deinvestimentosemtecnologiasdeapoio.AFundaçãoOPTIeoObservatóriodeProspecçãoeDifusãodeTecnologiadoSENAI/PRrealizaramumapesquisapara identificar tecnologias importantes para o processo como um todo. A internacionalização da indústria agroalimentarparanaensecertamentedemandarátecnologiascomo:
FATOR CRÍTICO AÇÕES
Pesquisa de Mercado
Antecipar-seàsexigênciasdomercado.Realizarestudosprospectivoscomênfaseemtecnologias-chave.Pesquisaromercadoexterno(legislação,consumidor,concorrentes).Capacitarrecursoshumanosparadesenvolvimentodepesquisasdemercado.definir/identificar produtos que sejam competitivos no mercado externo.Criarcentrodeestudosemmercadosinternacionais.Identificar novos nichos de mercado no exterior.Promoveraformaçãodeconsultoresespecializados.Pesquisareanteciparmudançasdeestilodevidadosconsumidoresdosmercados-alvo.
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Marketing Externo
Participardeeventosinternacionaisrelacionadosaosetoragroalimentar.DivulgarosprodutosparanaensespormeiodasmissõesinternacionaisdaFIEP.Capacitar profissionais em marketing.Divulgarprodutosemexposições,feiras,workshops.Implantarescritóriosderepresentaçãoemmercadosinternacionais.Participardemerchandisingemprogramasnoexterior.
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Qualidade e Segurança
Pesquisareaplicartecnologiasquepermitamatenderàsexigênciasdomercadoexterno.Promoveraconstanteatualizaçãosobreospadrõesinternacionaisdequalidadeesegurança.Fortalecer e credenciar órgãos certificadores.Criar/fortalecercentrodetecnologia,qualidadeesegurançaemalimentosnoEstado.Garantirpadrõesdequalidadeesegurançamedianteórgãoscredenciados.Valorizarpropriedadesnutricionaisefuncionaisdosprodutosaseremvendidos.Anteciparexigênciasdequalidadeesegurançaalimentar.
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Modelo de Gestão
Prepararempresasparaatenderoqueomercadobusca.Buscar ou preparar profissionais de áreas correlatas para trabalhar com modelos internacionais de gestão.Pesquisaredisseminarinformaçõessobremodelosinternacionaisdegestão.Incentivaracooperaçãointerempresasnacadeiaprodutiva.Incentivarcooperaçãoregional.Favoreceraformaçãodetradings.Formar equipes com qualificação em comércio exterior.Incentivaraçõescomunsdepromoçãodeprodutos.
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FONTE:ObservatóriodeProspecçãoeDifusãodeTecnologiadoSENAI/PR
QUADRO2–PROPOSTASDEAçõESPARAAInTERnACIOnAlIzAÇãO DAS InDúSTRIAS AGROAlIMEnTARES
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Softwaresparacontroleegestãoderedeslogísticas.Sistemasinteligentesparagestãodocomércioesuadistribuição.Otimizaçãodosprocessosdegestãomediantemodelosdesimulação.Redesdecomunicaçãointegral:empresa/empresa,empresa/consumidor,empresa/administração.Automatização dos processos comerciais mediante coleta automatizada de dados e seuprocessamento.
Osucessodavisãode“Internacionalizaçãodasindústriasagroalimentares”seapóiaemgrandepartenosucessodasoutrasquatrovisõesdesenhadas,pois,seaagriculturaorgânicasefortalecer,aexportaçãocresceráautomaticamente,jáqueomercadoexternoestácadavezmaispropensoaconsumiressegênerodealimentos.Aocriar-seuma imagemdemarcacomseloorigemparaosprodutosparanaenses,elesconseguirãomaisespaçonomercadoexterno.Seosprodutosfuncionaiscomeçaremaserdesenvolvidosem larga escala, existe um amplo mercado a ser conquistado. As tendências mundiais indicam queos consumidores buscarão cada vez mais comprar de empresas que pratiquem a sustentabilidade,principalmente a ambiental. Por isso, esta primeira visão pode, de maneira transversal, beneficiar-se das açõespropostasparaestasoutrasvisões.
Indústria Agroalimentar Sustentável: Valorização dos Resíduos – Visão 2
Odesenvolvimentosustentáveléumconceitosistêmico,relacionadoàcontinuidadedosaspectoseconômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Pretende ser um meio de configurar a civilizaçãoeaatividadehumanas,detalformaqueasociedade,seusmembrosesuaseconomiaspossampreenchersuasnecessidadeseexpressarseumaiorpotencialnopresente,eaomesmotempopreservara biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais. A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhançalocalatéoplanetainteiro.Parasersustentável,umassentamentoouempreendimentohumanonecessitaatenderaquatrorequisitosbásicos,deformaaser:ecologicamentecorreto,economicamenteviável,socialmentejustoeculturalmenteaceito.
Asustentabilidadeéumametaaseratingidaportodasasindústrias,emparticularpelaindústriadealimentos,poisosconsumidoresestãocadavezmaisexigentesemelhor informadosarespeitodosprodutosqueconsomem.
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Com essa visão, pretende-se que a indústria paranaense busque seguir critérios de produçãocomprometidoscomasustentabilidade.Oprimeiropassoeoencaminhamentoescolhidoparaabordarestetemacomplexoéocomprometimentocomavalorizaçãoderesíduoscomvistasadiminuirseuimpactoelhesagregarvalor,transformandoemriquezaoqueanteseradescartado.
Desafios
Enxergarresíduoscomofuturosprodutos(inclusivedealtovaloragregado).Conscientizarosatoresdoprocesso.Criar estímulos fiscais governamentais para valorizar resíduos.Diminuirinvestimentoinicialnavalorizaçãoderesíduos.Tornaracessíveisasanáliseslaboratoriais.Investiremtecnologia.Valorizar/aumentaraspesquisasnotema.Desenvolvertecnologiaspróprias.
Fatores críticos de sucesso
Deacordocomosespecialistas,osfatorescríticosparaosucessodessavisãodefuturosão:PolíticaGovernamental.PolíticaEmpresarial.DesenvolvimentoTecnológico.PolíticaSocial.
Soluções e ações
Osgruposdetrabalhoelaboraramumconjuntodeaçõesaseremdesenvolvidasaté2015paraquehajasucessonavisãodevalorizaçãoderesíduosdentrodeumadinâmicadedesenvolvimentosustentável.As ações foram centradas nos fatores críticos para o sucesso e levaram em consideração os desafios a seremvencidos.
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QUADRO�–PROPOSTASDEAçõESPARAUMAInDúSTRIA AGROAlIMEnTAR SuSTEnTáVEl
FATOR CRÍTICO AÇÕES
Política Pública
Realizar estudos de tendências tecnológicas para reutilização, reciclagem e produção eficiente.Criar linhas de financiamento para a utilização de tecnologias limpas.Manter ação permanente de fiscalização ambiental.Criar incentivos fiscais às empresas que valorizem resíduos.Adequaralegislaçãoambientalbrasileiraemrelaçãoaospadrõesinternacionais.Incentivarodesenvolvimentodosetordeembalagensrecicláveis,reutilizáveisebiodegradáveis.Incentivaraco-geraçãodeenergiautilizandoresíduos.Elaborarpolíticasantecipandotendênciasinternacionais.
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Política Empresarial
Promovercapacitaçãoempresarialcontínua.Desenvolveromercadodesubprodutos.Realizar estudos setoriais para verificar a rentabilidade dos resíduos: recuperação e reutilização de resíduos, diagnósticostécnicoseeconômicos,otimizaçãodeprocessos.Conscientizarosempresáriossobreaimportânciadasustentabilidade.Estimularaanálisedociclodevidadosprodutos.Desenvolverprodutosnovosdealtovaloragregado.Criar,ouadequar,odepartamentodeMeioAmbientenasempresas(educaçãoambiental,reciclagem).Incorporartecnologiaslimpasnoprocesso.Desenvolvereimplementarprodutoseprocessosemabsolutaconformidadecomaspremissasdasustentabilidade.
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Desenvolvimento Tecnológico
Desenvolverpesquisasquereduzam/utilizem/agreguemvaloraresíduosousubprodutos.Promoverinteraçãouniversidade-empresa.Utilizarabiotecnologiacomoferramentaempesquisasdereaproveitamentoderesíduos.CriarcentrodetecnologiaemalimentosnoEstado.Pesquisaredifundirasmelhorestécnicasealternativasdisponíveis,emrelaçãoàtransformaçãoegestãoderesíduos,evalorizaçãodesubprodutos.Desenvolverembalagensrecicláveis,reutilizáveisebiodegradáveis.Desenvolvertecnologiasparavalorizarresíduos.Desenvolveretransferirtecnologiaemgestãoevalorizaçãoderesíduosesubprodutos.
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Política Social
difundir a cultura de valores éticos que favoreçam a produção eficiente.Conscientizar a população sobre a importância da sustentabilidade: criar campanhas informativas sobre o temaSustentabilidade.Criarcondiçõeseconômicasesociaisparaincentivarosprodutoresagrícolasabuscaremavalorizaçãoderesíduos.Elaborareimplementarpolíticasdedesenvolvimentosocialmedianteavalorizaçãoderesíduos.
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FONTE:ObservatóriodeProspecçãoeDifusãodeTecnologiadoSENAI/PR
Tecnologias
Osucessonaconcretizaçãodavisãodependedaimplementaçãodasaçõesvinculadasaosfatorescríticos,mastambém,emuitofortemente,deinvestimentosemtecnologiasdeapoio.
A pesquisa realizada pela Fundação OPTI e pelo Observatório de Prospecção e Difusão deTecnologiadoSENAI/PR,embuscadetecnologiasdeapoioaoprocessodeimplementaçãodessavisão,reveloualgumaslinhasimportantesdedesenvolvimentotecnológicoaseremacompanhadas:
Designintegral:integraçãodematéria-prima,processo,embalagemeecodesenho.•
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Otimizaçãoesimulaçãodeprocessos.Ferramentasdegestãoambiental:análisedociclodevida,análisede riscos, redesenhodosprocessos.Minimizaçãoderesíduosnaorigem:matérias-primaseembalagens.Tecnologias de caracterização, classificação e separação de resíduos.Tecnologiasderecuperaçãoevalorização:concentração,extraçãoetratamento.Eliminação de resíduos específicos.
Imagem de marca para produtos agroalimentares da indústria paranaense – Visão 3
Odesenhodessavisãofoipensadocomvistasacriarumdiferencialparaosprodutosagroalimentaresproduzidos no Paraná. Esse diferencial está baseado em quesitos de qualidade, segurança para oconsumidor, normas internacionais e sustentabilidade. Uma imagem de marca que identifique os produtos agroalimentaresdoParanápermitequeasindústriaspossamteracessoamercadosmaisexigentes,quehojevêemprodutoscomdenominaçãodeorigemcomoumgrandediferencialnomomentodeescolhadacompra.Aimagemdemarcapodeserobtidapormeiodeselosquecriemumadiferenciaçãocompetitiva,alémdepromoverumaimagempositivadoParanánomercadointernacional.DeveráfuncionarcomoumagarantiaparaoimportadordequeosprodutosexportadospeloEstadoatendemapadrõesdequalidade,boaspráticasdegestão, sustentabilidadeambientale responsabilidadesocial.Estaestratégiapodevira beneficiar toda a cadeia dos produtos agroalimentares, agregando valor e dando maior credibilidade e respeitabilidadeaosprodutosexportados,alémdeampliaraindamaisomercadointernacionalaosprodutosexportadospeloParaná.
Desafios
Divulgareinformarsobreaimportânciaebenefíciosdousodeselos(consumidoreseindustriais).Articular acordo entre indústrias e organismos oficiais.Melhorar a atuação dos órgãos de certificação.dar credibilidade ao processo de certificação.Criar/fortalecer legislação específica e suporte técnico.
Fatores críticos de sucesso
Paraosucessodavisão“Imagemdemarcaparaprodutosalimentaresdaindústriaparanaense”,foram identificados pelos especialistas, os seguintes fatores críticos:
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FATOR CRÍTICO AÇÕES
Regulamentação
Criar Marco Regulatório (normas e agentes fiscalizadores).EstabelecerpadrõesdequalidadeparacadaprodutofabricadonoParaná.Criar mecanismos de debate e gestão participativa para evolução dos processos de certificação.Atualizar os padrões de qualidade dos produtos certificados.
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Certificação
CriarSelodeOrigemcomimagemdemarcadoParaná.Credenciar prestadores de serviço que auxiliem os empresários no processo de certificação.disseminar a cultura de certificação entre micro e pequenos empresários.Formar certificadores em instituições renomadas.Equiparemanteroslaboratóriosjáexistentes.Desenvolverinfra-estruturaparacontroledasnormas.FiscalizarperiodicamenteasempresasassociadasquetenhamrecebidooSelo.
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Marketing e Informação
Realizar pesquisas de mercado: identificar produtos que possam receber o Selo de Origem do Paraná.Divulgarosbenefíciosparaprováveisclientes.Participar de Workshops, feiras e exposições, no mercado interno e externo.Formularcampanhasdeinformaçãoparaoconsumidor.Construirpaulatinamenteuma“tradição”paraosprodutosparanaenses.Elaborarestratégiasparapenetraçãoemnovosmercados.FormularcampanhasdevalorizaçãodosprodutoscomSelodeOrigemdoParaná.
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Cooperação entre Atores
Formar uma rede com os atores interessados em participar do processo de certificação dos produtos agroalimentares.Promoveraçõesparaamanutençãodarededeatores.Induziraformaçãodeparcerias.Propiciar acesso a tecnologias e informações para que os agentes possam agregar valor aos produtos por meioda certificação.Promoveraçõesparaincrementararededeatores.
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FONTE:ObservatóriodeProspecçãoeDifusãodeTecnologiadoSENAI/PR
Regulamentação.Certificação.MarketingeInformação.Cooperaçãoentreatores.
Soluções e ações
OPaineldeEspecialistasprojetouumconjuntodeaçõesaseremimplementadasnohorizontede10anoscomvistasaconsolidaravisãodeumselocomimagemdemarcaparaosprodutosagroindustriaisparanaenses. Tais ações se concentram nos fatores críticos para o sucesso e levam em conta os desafios aseremvencidos.
QUADRO4– PROPOSTASDEAçõESPARAOSElO DE CERTIFICAÇãO COM IMAGEM DE MARCA PARA PRODuTOS AlIMEnTARES DA InDúSTRIA PARAnAEnSE
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Tecnologias
Astecnologiasrelacionadascomoauxiliaresparaodesenvolvimentodestavisão,segundotendênciasmundiais,dividem-seentreEquipamentosdeLaboratóriodeControledeQualidadeeRastreabilidade.
Equipamentos de laboratórios de controle da qualidade:Sensoresdeanálisesemtemporealparaadetecçãodecontaminantes.Sensoresdegases.Biossensores.Tecnologiasparadetecçãodepatógenos,toxinasetc.(sondasdeDNA).Tecnologiasdeanálisesnão-destrutivas(infravermelho,ultra-som).Combinaçãoeautomatizaçãodesistemasdesensoresparacontroledeprocessos.Marcadoresmoleculares.
Rastreabilidade:Ferramentas de informação: softwares específicos para gestão automatizada de sistemas de rastreabilidadeecomunicaçãoeletrônicadedadosrastreados.Ferramentasdegestão:relacionadascommodelosderastreabilidadedacadeiadeabastecimento,protocolosderecuperaçãodainformaçãoqueasseguremarastreabilidade.Ferramentas de controle: métodos moleculares para a identificação de genes, validação de protocolos mediante a aplicação da biologia molecular, painel de marcadores molecularespara verificar origem genética.
A visão “Imagem de marca para produtos agroalimentares da indústria paranaense” se inter-relaciona fortemente com as visões “Internacionalização das indústrias agroalimentares do Paraná”e “Referência em produtos orgânicos”, portanto, as ações se reforçam e algumas podem vir a serconduzidascolaborativamente.
Em22dedezembrode2006foicriadaaLein.º15.��5,queestabeleceuo“SelodeQualidadeParaná”.Eleéum
certificado de conformidade a padrões mínimos de segurança alimentar e qualidade, nacionais e internacionais, de
produtos e subprodutos das cadeias agropecuária e florestal. O Paraná será o primeiro Estado a emitir um selo de
qualidade para os produtos agropecuários e florestais que exporta por meio de seus portos públicos.
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Referência em produtos orgânicos – Visão 4
Omercadodeprodutosorgânicosestácrescendocercade�0%aoanoemtodomundo.NaEuropaeEstadosUnidos,existemcadavezmaislojasespecializadasnessestiposdeprodutos.AproduçãodeorgânicosnoBrasilhojeéde�00miltoneladasaoano,sendoque20milprodutoresestãoenvolvidos,e80%destessãoagricultoresfamiliares.
OEstadodoParanáéatualmenteosegundomaiorprodutordeorgânicosdoBrasil.Contaatualmentecom 4.1�2 produtores orgânicos, que geraram em 2006 a produção de cerca de 80 mil toneladas deprodutos,comofeijão,arroz,soja,mandioca,açúcar-mascavoehortaliças,resultandoumarendabrutadeaproximadamenteR$90milhões.
Alémdisso,oParanáteráoprimeiromercadopermanentedeprodutosorgânicosdopaís,aserconstruídoemCuritiba.Logo,oEstadoapresentatodasascondiçõesnecessáriasparaque,emumfuturomuitopróximo,possaagregarmaiorvaloràsuaproduçãodeorgânicos.
Desafios
diminuir a burocracia para obter financiamento.Investiremequipamentosetecnologia.Qualificar recursos humanos.Padronizarmatérias-primas.Diminuiroscustosdasembalagens.Analisarosresíduosgerados.Acompanharalegislaçãointernacionaleadequaranacional.Contornar dificuldades impostas pelas redes distribuidoras.Conscientizarosconsumidores.Romper barreiras culturais em todos os elos da cadeia, desde os produtos agrícola até oconsumidor final.
Fatores críticos de sucesso
Navisãoda indústriaparanaensecomo“referênciaemprodutosorgânicos”, foramconsideradoscríticososseguintesfatores:
Certificação.Pesquisa&DesenvolvimentoTecnológico.ProdutoresAgrícolas.PolíticasdeIncentivo.
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Soluções e ações
Baseadosnosconsensosconstruídos,osespecialistasestipularamaçõesaseremrealizadasnohorizonte de 10 anos, com vistas a consolidar a indústria paranaense como referência em orgânicos.As ações foram definidas de forma a potencializar aos fatores críticos de sucesso, sempre levando em conta os desafios a serem enfrentados.
QUADRO5–PROPOSTASDEAçõESPARAUMAInDúSTRIA PARAnAEnSEREFERênCIA EM PRODuTOS ORGânICOS
FATOR CRÍTICO AÇÕES
Certificação
Criar campanhas de valorização de produtos certificados.Tornar a certificação acessível a pequenos, médios e grandes produtores.Fortaleceraaçãodosórgãosresponsáveispororientarosprodutores.Aumentaracapilaridadedosórgãosresponsáveispororientarosprodutores.Estimular a interação com institutos internacionais de certificação “orgânica”.
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Pesquisa & Desenvolvimento Tecnológico
Criar/fortalecerCentrodeTecnologiaemAlimentosnoEstado.Criarplataformaseprojetosparavalorizaçãoeapresentaçãodosprodutosorgânicos.Incentivarpesquisasemorganizaçõespúblicaseprivadas.Incentivarpesquisasparaaagregaçãodevaloraprodutosorgânicos.Promoveredisseminarodesenvolvimentodeferramentasetecnologiasquevalorizemaproduçãodeprodutosorgânicos.Incentivarodesenvolvimentodetecnologiaseferramentasparaarastreabilidade.Incentivarpesquisasemconservantesecorantesnaturais.Incentivarpesquisasparanovastécnicasdeenvaseeprodução.Incentivarpesquisasdeprocessosematérias-primasparaafabricaçãodeembalagensbiodegradáveis.Introduzirtecnologiasapropriadasparaaumentaraprodutividadeemplantaçõesorgânicas.
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Produtores Agrícolas
Criar formações técnico-gerenciais específicas para necessidades de produtores orgânicos.Promoveraagriculturaorgânicadenovosprodutosagrícolas.Fortalecerasassociaçõesdeprodutores.Incentivarousodeboaspráticasrurais.Estimularacooperaçãoentreprodutoresecentrosdepesquisa.Participardefeiraseeventosinternacionais.Estimularointercâmbio/estágiointernacionaisentreprodutores.
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Políticas de Desenvolvimento
Realizarestudosprospectivosparaotema.Fortalecer e divulgar linhas de financiamento para pequenos e médios produtores.Estimularaeducaçãoeotreinamentodosprodutoresnaáreadosalimentosorgânicos.Criar incentivos fiscais para produtos orgânicos com valor agregado.Elaborarestratégiasparadesenvolvimentoecomercializaçãodeprodutosorgânicos.Induziraçõesdeatualizaçãoparaprodutoresnaáreadealimentosorgânicos.
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FONTE:ObservatóriodeProspecçãoeDifusãodeTecnologiadoSENAI/PR
Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense
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Tecnologias
Para materializar a Visão “Referência em produtos orgânicos”, serão necessários esforços paramelhoria da produtividade e qualidade. Algumas tecnologias podem ser associadas à agricultura erastreabilidade, para desenvolver o setor no Estado.A pesquisa realizada pela Fundação OPTI e peloObservatóriodeProspecçãoeDifusãodeTecnologiadoSENAI/PR,embuscadetecnologiasdeapoioàvisão,reveloualgumastécnicas,tecnologiaseferramentasaseremamplamenteutilizadas:
Técnicasparaomelhoramentoeconservaçãodaqualidadedosolo,taiscomo:técnicasmodernasdetrabalho,aplicaçãodefertilizantesnaturais,técnicaspararealizaçãodaprimeiralavoura.Técnicasparaomelhoramentododesenvolvimentodoscultivos:sementeseplantações,rotaçãodeculturas,associaçõesdecultivos.Tecnologias associadas ao controle fitossanitário.Técnicasdemanejodegado:condiçõesambientaisdasexplorações,alimentação,saúdeanimal.Ferramentas de informação: Softwares específicos para a gestão automatizada de sistemas de rastreabilidade,comunicaçãoeletrônicadedadosrastreados.Ferramentasdegestãorelacionadascommodelosderastreabilidadedacadeiadeabastecimento,protocolosdecoletadedadosqueasseguremarastreabilidade.Ferramentas de controle: métodos moleculares para a identificação de genes, validação de protocolos aplicando biologia molecular, painel de marcadores moleculares para verificar a origemgenética.
Para concretização desta visão é necessária a articulação entre agricultores e indústrias,para que se desenvolvam os produtos orgânicos e sua comercialização. Esta perspectiva de futuroestá intimamente relacionada com as Visões “Imagem de marca para produtos agroalimentaresda indústria paranaense” e “Internacionalização das indústrias agroalimentares”, já que estas duassão pré-requisitos indispensáveis à certificação do produto orgânico e à sua comercialização em mercadosexternos.
Referência no desenvolvimento de Produtos Funcionais – Visão 5
Os alimentos funcionais são definidos como alimentos e componentes do alimento (nutracêuticos) que proporcionam um benefício à saúde além da nutrição básica, para uma população específica. Incluem-se: alimentos convencionais, fortificados, enriquecidos, melhorados, e suplementos dietéticos. Os alimentos funcionais proporcionam nutrientes essenciais além das quantidades necessárias para amanutençãonormal,crescimentoedesenvolvimento,e(ou)fornecemoutroscompostosbiologicamente
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ativos que resultam em benefícios à saúde ou possuem efeitos fisiológicos desejáveis.O mercado de alimentos com alegações de benéficos à saúde registrou em 2005 um acréscimo de 36% nas vendas, e a expectativa no meio empresarial é de que esse aumento continue na ordem de �0%. Com essesalimentosdenominadosfuncionais,aosquaisseagregamosprodutosdietelight,aindústriada“comidasaudável” tem girado mais de R$ 8 bilhões por ano, segundo aAssociação Brasileira da Indústria deAlimentos(ABIA).
Ao adotar a visão de desenvolver produtos funcionais, a indústria paranaense poderá agregarvalor aos seus produtos, acompanhando a tendência verificada em todo o mundo, de oferta de produtos diferenciados, para consumidores específicos. Trata-se de mercado emergente, com amplas possibilidades futuras,masquedemandainteraçãodeinúmerossetores,desdeaáreadasaúdeatéasáreasdemarketinge comercialização, passando pelos órgãos de Vigilância Sanitária e pelos Laboratórios e Centros dePesquisa Científica.
Desafios
Desenvolverpesquisasbásicaseaplicadas.Desenvolverprodutosfuncionaiscominovaçãotecnológica.Criar/fortalecerlaboratóriosdedesenvolvimentodeprodutosfuncionais.Desenvolvertecnologiasadequadas.Renovareincrementarequipamentos.Investirnainstrumentaçãolaboratorial.Formarrecursoshumanosespecializados.Atender normas legais na qualificação de matérias-primas.Criarpolíticaalimentar.Otimizarcustosdecomercialização.Diminuirosimpactosdoscustosdasembalagens.Conhecereaproveitarasdinâmicasdascadeiasdedistribuição.
Fatores críticos de sucesso
Deacordocomosespecialistas,osfatorescríticosparaosucessododesenvolvimentodeprodutosfuncionaissão:
MarketingeInformação.Legislação.Pesquisa,DesenvolvimentoeInovação.PolíticaAlimentar.
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Soluções e ações
Ogrupodeespecialistaslistouumconjuntodeaçõesquedevemserimplementadasaté2015objetivandoosucessodavisãodedesenvolvimentodeprodutosfuncionaispelaindústriaparanaense.Otrabalhofoielaboradopartindodosfatorescríticosparaosucessoeconsiderandoosdesafiosaseremvencido.
QUADRO6– PROPOSTASDEAçõESPARAUMAInDúSTRIA PARAnAEnSE REFERênCIA nO DESEnVOlVIMEnTO DE PRODuTOS FunCIOnAIS
FATOR CRÍTICO AÇÕES
Marketing e Informação
RealizarPesquisasdeMercado.Segmentarnichosdeatuação.Realizarestudosprospectivoseanálisesdetendênciasinternacionais.Fomentaradifusãodeinformaçõessobreprodutosfuncionaisnasescolas.Realizar campanhas específicas para os nichos selecionados.Criarcampanhasemparceriacomogoverno,sobreosbenefíciosdosprodutosfuncionaisnamídia,noshospitais,nasacademias,entreoutros.Elaborarestratégiasecampanhasdeinformaçãoantecipandotendênciasdecomportamentodosconsumidores.
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legislação
ElaborarestratégiaconjuntaentreatoresparaodesenvolvimentodeprodutosfuncionaisnoParaná.Agilizaroprocessodeaprovaçãodosprodutosfuncionais.Otimizaroprazoderegistrodeprodutosfuncionais.Capacitar profissionais da área de alimentos com conhecimentos da área legal.Revereatualizaralegislaçãoreferenteaalimentosfuncionais.Institucionalizarcomissãopermanenteparaavaliaçãodepedidosderegistroparaprodutosfuncionais.Fortalecerainserçãodepesquisadoreseespecialistasnasempresas.
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Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
Anteciparasexigênciasdomercado.Monitorartendênciastecnológicas.CriarCentrodeTecnologiaemAlimentosnoEstado.Criaracordosdeusodeinfra-estruturaentreuniversidadeseindústrias.Pesquisaredifundirinformaçõessobretecnologias-chave.Induzirainovaçãotecnológica(difusão,consultoria,equipamentos,transferência).Utilizarabiotecnologiacomoumaferramentanodesenvolvimentodealimentosfuncionais.Criarambientefavorávelàinovação.Estimular a qualificação de RH nas empresas e governo.Estimularacriaçãodeplantaspiloto.InduziracriaçãodedepartamentodeP&Dnasindústrias.Criar mestrados profissionais.
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Política Alimentar
Elaborarpolíticasdereeducaçãoalimentar.Incentivaraadoçãodealimentosfuncionaisnamerendaescolar.Utilizaramídiaparareeducaçãoalimentaremmassa.Estimularprojetosentreindústriaseuniversidades.Criaraçõesdeesclarecimentosobrebenefíciosàsaúde.Criarpolíticadesaúdepreventivabaseadanaalimentaçãosaudável.Criar linhas de financiamento para formar profissionais na área.Incrementarpolíticadesaúdepreventivabaseadanaalimentaçãosaudável.
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FONTE:ObservatóriodeProspecçãoeDifusãodeTecnologiadoSENAI/PR
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Tecnologias
ApesquisarealizadapelaFundaçãoOPTIepeloObservatóriodeProspecçãoeDifusãodeTecnologiadoSENAI/PR,embuscadetecnologiasdeapoioaestavisão,levantoualgumastendênciastecnológicasinternacionais,relacionadasaodesenvolvimentodeprodutosfuncionais,quedevemserpriorizadascomo,porexemplo:
Modificação genética para o desenvolvimento de matérias-primas enriquecidas.Melhoramentogenéticodebactériasprodutorasdebacteriocinasdeinteresse.Fitoquímicosdeplantasnodesenvolvimentodenovosprodutos.Substânciascompropriedadesfuncionaisagregadas.Substâncias bioativas, com atividade fisiológica de interesse.Redução na concentração de certas substâncias, dirigidos para grupos de populações específicos.
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Roadmaps
FATOR CRÍTICO
HORIzOnTE TEMPORAl VISãO 12007 – 2008 2009 – 2011 2012 – 2015
Pesq
uisa
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Realizarestudosprospectivoscomênfaseemtecnologias-chave.Pesquisaromercadoexterno(legislação,consumidor,concorrentes).Capacitarrecursoshumanosparadesenvolvimentodepesquisasdemercado.definir/identificar produtos que sejam competitivos no mercado externo.
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Antecipar-seàsexigênciasdomercado.Criarcentrodeestudosemmercadosinternacionais.Identificar novos nichos de mercado no exterior.Promoveraformaçãodeconsultoresespecializados.
Pesquisareanteciparmudançasdeestilodevidadosconsumidoresdosmercados-alvo.
Mark
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o Participardeeventosinternacionaisrelacionadosaosetoralimentar.DivulgarosprodutosparanaensespormeiodasmissõesinternacionaisdaFIEP.Capacitar profissionais em marketing.Divulgarprodutosemexposições,feiras,workshops.
Implantarescritóriosderepresentaçãoemmercadosinternacionais.Participardemerchandisingemprogramasnoexterior.
Quali
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nça Pesquisareaplicartecnologiasquepermitamatenderàsexigênciasdomercadoexterno.
Promoveraconstanteatualizaçãosobreospadrõesinternacionaisdequalidade.Fortalecer e credenciar órgãos certificadores.
Criar/fortalecercentrodetecnologia,qualidadeesegurançaemalimentosparaatendimentoatodooEstado.Garantirpadrõesdequalidademedianteórgãoscredenciados.Valorizarpropriedadesnutricionaisefuncionaisdosprodutosaseremvendidos.
Anteciparexigênciasdequalidadeesegurançaalimentar.
Mode
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Prepararempresasparaatenderexatamenteoqueomercadobusca.Buscar ou preparar profissionais de diversas áreas correlatas para trabalhar com modelos internacionais de gestão.Pesquisaredisseminarinformaçõessobremodelosinternacionaisdegestão.
Incentivaracooperaçãointerempresasnacadeiaprodutiva.Incentivaracooperaçãoregional.Favoreceraformaçãodetradings.Formar equipes com qualificação em comércio exterior.
Incentivaraçõescomunsdepromoçãodeprodutos.
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FATOR CRÍTICO
HORIzOnTE TEMPORAl VISãO 22007 – 2008 2009 - 2011 2012 - 2015
Polít
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Realizar estudos de tendências tecnológicas para reutilização, reciclagem e produção eficiente.Criar linhas de financiamento para utilização de tecnologias limpas.Manter uma ação permanente de fiscalização ambiental.
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Criar incentivos fiscais às empresas que valorizem resíduos.Adequaralegislaçãoambientalbrasileiraemrelaçãoaosrígidospadrõesinternacionais.Incentivarodesenvolvimentodosetordeembalagensrecicláveis,reutilizáveisebiodegradáveis.Incentivaraco-geraçãodeenergiautilizandoresíduos.
Elaborarpolíticasantecipandotendênciasinternacionais.
Polít
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Desenvolveromercadodesubprodutos.Realizar estudos setoriais para verificar a rentabilidade dos resíduos: recuperação e reutilização de resíduos, diagnósticos técnicos eeconômicos,otimizaçãodeprocessos.Conscientizarosempresáriossobreaimportânciadasustentabilidade.Estimularaanálisedociclodevidadosprodutos.
Promovercapacitaçãoempresarialcontínua.Desenvolverprodutosnovosdealtovaloragregado.Criar,ouadequar,odepartamentodeMeioAmbientenasempresas(educaçãoambiental,reciclagem).Incorporartecnologiaslimpasaosprocessos.
Desenvolvereimplementarprodutoseprocessosemabsolutaconformidadecomaspremissasdasustentabilidade.
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CriarcentrodetecnologiaemalimentosnoEstado.Desenvolverpesquisasquereduzam/utilizem/agreguemvaloraresíduosousubprodutos.Promoverinteraçãouniversidade-empresa.Utilizarabiotecnologiacomoferramentaempesquisasdereaproveitamentoderesíduos.
Pesquisaredifundirasmelhorestécnicasealternativasdisponíveis,emrelaçãoàtransformaçãoegestãoderesíduosevalorizaçãodesubprodutos.Desenvolverembalagensrecicláveis,reutilizáveisebiodegradáveis.Desenvolvertecnologiasparavalorizarresíduos.
Desenvolveretransferirtecnologiaemgestãoevalorizaçãoderesíduosesubprodutos.
Polít
ica S
ocial
difundir cultura de valores éticos que favoreçam a produção eficiente.Conscientizarapopulaçãosobreaimportânciadasustentabilidade:criarcampanhasinformativassobreotemaSustentabilidade.
Criarcondiçõeseconômicasesociaisparaincentivarosprodutoresagrícolasabuscaremavalorizaçãoderesíduos.
Elaborareimplementarpolíticasdedesenvolvimentosocialmedianteavalorizaçãoderesíduos.
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FATOR CRÍTICO
HORIzOnTE TEMPORAl VISãO 32007 – 2008 2009 - 2011 2012 - 2015
Regu
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o Criar Marco Regulatório (normas e agentes fiscalizadores).EstabelecerpadrõesdequalidadeparacadaprodutofabricadonoParaná.
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Criarmecanismosdedebateegestãoparticipativaparaaevoluçãodosprocessosde certificação.
Atualizarospadrõesdequalidadedosprodutos certificados.
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CriarSelodeOrigemcomimagemdemarcadoParaná.Credenciar prestadores de serviço que auxiliem os empresários no processo de certificação.
disseminar a cultura de certificação entre micro e pequenos empresários.Formar certificadores em instituições renomadas.Equiparemanteroslaboratóriosjáexistentes.Desenvolverinfra-estruturaparacontroledasnormas.
FiscalizarperiodicamenteasempresasassociadasquetenhamrecebidooSelo.
Mark
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ão
Realizar pesquisas de mercado: identificar produtos que possam receber o Selo de Origem do Paraná.Divulgarosbenefíciosparaprováveisclientes.Participar de Workshops, feiras e exposições, no mercado interno e externo.
Formularcampanhasdeinformaçãoparaoconsumidor.Construirpaulatinamenteuma“tradição”paraosprodutosparananenses.Elaborarestratégiasparapenetraçãoemnovosmercados.
FormularcampanhasdevalorizaçãodosprodutoscomselodeorigemdoParaná.
Coop
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Formar uma rede com os atores interessados em participar do processo de certificação dos produtos agroalimentares.Promoveraçõesparaamanutençãodarededeatores.
Induziraformaçãodeparcerias.Propiciaracessoatecnologiaseinformaçõesparaqueosagentespossamagregarvalor aos produtos por meio da certificação.
Promoveraçõesparaaincrementararededeatores.
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FATOR CRÍTICO
HORIzOnTE TEMPORAl VISãO 42007 – 2008 2009 - 2011 2012 - 2015
Certi
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Criar campanhas de valorização de produtos certificados.Tornar a certificação acessível a pequenos e médios produtores.Fortaleceraaçãodosórgãosresponsáveispelaorientaçãodosprodutores.
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Aumentaracapilaridadedosórgãosresponsáveispelaorientaçãodosprodutores.Estimularainteraçãocominstitutosinternacionais de certificação “orgânica”.
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ógico
CriarCentrodeTecnologiaemAlimentosnoEstado.Criarplataformaseprojetosparavalorizaçãoeapresentaçãodosprodutosorgânicos.Incentivarpesquisasemorganizaçõespúblicaseprivadas.Incentivarpesquisasparaagregaçãodevaloraosprodutosorgânicos.
Promoveredisseminarodesenvolvimentodeferramentasetecnologiasquevalorizemaproduçãodeorgânicos.Incentivarodesenvolvimentodetecnologiaseferramentaspararastreabilidade.Incentivarpesquisasemconservantesecorantesnaturais.Incentivarpesquisasparanovastécnicasdeenvaseeprodução.Incentivarpesquisasdeprocessosematérias-primasparaafabricaçãodeembalagensbiodegradáveis.
Introduzirtecnologiasapropriadasparaaumentaraprodutividadeemplantaçõesorgânicas.
Prod
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Criar formações específicas para necessidades de produtores de orgânicos.Promoveraagriculturaorgânicadenovosprodutosagrícolas.Fortalecerassociaçõesdeprodutores.Incentivarousodeboaspráticasrurais.
Estimularacooperaçãoentreprodutoresecentrosdepesquisa.Participardefeiraseeventosinternacionais.
Estimularointercâmbio/estágiointernacionalentreprodutores.
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ento Fortalecer e divulgar linhas de financiamento para pequenos e médios produtores.
Estimularaeducaçãoeotreinamentodosprodutoresnaáreadealimentosorgânicos.Criar incentivos fiscais para produtos orgânicos com valor agregado.Elaborarestratégiasparadesenvolvimentoecomercializaçãodeprodutosorgânicos.
Induziraçõesdeatualizaçãoparaprodutoresnaáreadealimentosorgânicos.
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HORIzOnTE TEMPORAl VISãO 52007 – 2008 2009 - 2011 2012 - 2015
Mark
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RealizarPesquisasdeMercado.Segmentarnichosdeatuação.Realizarpesquisadetendênciasinternacionais.Fomentaradifusãodeinformaçõessobreprodutosfuncionaisnasescolas.
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Realizar campanhas específicas para os nichos selecionados.Criarcampanhasemparceriacomogovernosobreosbenefíciosdosprodutosfuncionaisnamídia,hospitais,academiasdeginástica,entreoutros.
Elaborarestratégiasecampanhasdeinformaçãoantecipandotendênciasdecomportamentodosconsumidores.
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ElaborarestratégiaconjuntaentreatoresparaodesenvolvimentodeprodutosfuncionaisnoParaná.Agilizaroprocessodeaprovaçãodosprodutosfuncionais.Otimizaroprazoderegistrodeprodutosfuncionais.
Capacitar profissionais da área de alimentos com conhecimentos da área legal.Revereatualizaralegislaçãoreferenteaprodutosfuncionais.Institucionalizarcomissãopermanenteparaavaliaçãodepedidosderegistroparaprodutosfuncionais.
Fortalecerainserçãodepesquisadoreseespecialistasnasempresas.
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CriarCentrodeTecnologiaemAlimentosnoEstado.Criaracordosdeusodeinfra-estruturaentreuniversidadeseindústrias.Pesquisaredifundirinformaçõessobretecnologias-chave.Induzirainovaçãotecnológica(difusão,consultoria,equipamentos,transferência).Utilizarabiotecnologiacomoumaferramentanodesenvolvimentodealimentosfuncionais.
Criarambientefavorávelàinovação.Estimular a qualificação de RH nas empresas e governo.Estimularcriaçãodeplantas-piloto.InduziracriaçãodedepartamentodeP&Dnasindústrias.
Criar mestrados profissionais.
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Elaborarpolíticadereeducaçãoalimentar.Incentivaraadoçãodealimentosfuncionaisnamerendaescolar.Utilizaramídiaparaareeducaçãoalimentaremmassa.Estimularprojetosentreindústriaseuniversidades.Criaraçõesdeesclarecimentosobrebenefíciosàsaúde.
Criarpolíticadesaúdepreventivabaseadanaalimentaçãosaudável.Criar linhas de financiamento para formar profissionais da área.
Incrementarpolíticadesaúdepreventivabaseadanaalimentaçãosaudável.
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Atores e Responsabilidades
Para concretizar as Visões de Futuro, foram identificadas ações específicas para cada atorenvolvidonoprocesso:autoridadespúblicas,empresaseassociaçõesempresariais,instituiçõesdeensinoecentrosdepesquisa,eterceirosetor.
Asautoridades públicas devemresponsabilizar-sepelasseguintesações–consideradaschave–paraconcretizaressasVisões:
Estabelecerpadrõesdequalidade.definir normas.Coordenar campanhas para divulgação do selo de origem com imagem de marca para osprodutosagroalimentaresdoParanánosmercadosconsumidores.Impulsionar a criação de laboratórios de controle de qualidade que operem nas seguintesáreas: controle do produto mediante métodos de análises rápidos e específicos, controle dos processosemlinhasutilizandosensores,controledaqualidadedeparâmetrosfísicos,químicosebiológicos.Realizar campanhas em nível nacional e internacional para fomentar o selo de origem comimagemdemarcaparaosprodutosagroalimentaresdoParaná.garantir os padrões de qualidade mediante órgãos de certificação homologados internacionalmente.Fomentaraçõescomunsdepromoçãodosprodutosagroalimentaresparanaenses.Apoiararealizaçãodeestudosdemercado.Atuarjuntoaopoderpúblicofederalnaquebradebarreirascomerciaisimpostaspelomercadoexternoaosprincipaisprodutosparanaenses.Promover a agricultura de produtos orgânicos, mediante a implementação de políticas deincentivo, que abranjam desde medidas fiscais relacionadas com este tipo de agricultura até linhas específicas de financiamento.Incentivaraformaçãodepesquisadoreseotreinamentodeagricultores.Fomentaromercadodesubprodutosparadeterminadossetores.Implantarplantasdetratamentodeáguasresiduais.Fomentar o redesenho de processos com o objetivo de minimizar a produção de efluentes eresíduos.Induzirpesquisabásicaeaplicada.
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Empresários e Associações devemserresponsáveispor:definir os produtos mais competitivos para incorporar ao sistema de certificação.Realizarestudosdemercado.Participardefeiraseeventos,tantoparaomercadointernocomoexterno.divulgar os produtos certificados.Uniresforçospararealizaraçõesnoexterior.Identificar projetos multi-empresariais para exportação.Associar-separaconseguiracessoacanaisdedistribuiçãoevenda.Implantartecnologiasquepermitamotimizaracadeiadefornecimento.Investirempesquisa.
As Instituições de ensino e centros de pesquisa serãoosresponsáveispor:Criarcursosdecapacitaçãotécnicaecomercial.Criar cursos de formação de certificadores.Criarcursosdeformaçãoemcontroledaqualidade.Criar cursos de mestrado profissionais.Fortalecerprogramasdeformaçãoemcomércioexterior.Formarpesquisadores.
Os elos da cadeia de valor, desde o agricultor até o terceiro setor, devem: Criarassociaçõesqueintegremtodososatores.Incorporartecnologiasqueaumentemaprodutividade.Promoverodesenvolvimentodenovosprodutos.Estimularmecanismosqueasseguremarastreabilidadedoprodutoportodaacadeia.Desenvolveraçõescomunsdecomercialização.
Tanto o setor público como o privado devem: Arbitrarcampanhasdeformaçãoparadivulgarosprodutosparanaenses,orgânicosefuncionais.Estabelecermedidasqueincentivemodesenvolvimentotecnológico.Criarumainfra-estruturadesuporteaosetor,comocentrostecnológicos,laboratórios,plantaspiloto,queajudemasempresasnodesenvolvimentodeprodutosfuncionais.Realizarestudosprospectivos,analisartendênciasemonitoraravançostecnológicos.
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“Tecnologias-Chave” para uma Indústria Agroalimentar Competitiva
Além de todas as ações, medidas e tecnologias associadas a cada uma das cincovisõesdefuturovislumbradasparaodesenvolvimentodeumaindústriaagroalimentarparanaensemodernaecompetitivanomercadoexterno,énecessáriaaincorporação
detecnologias-chave.Tecnologias-chave são aquelas que precisam ser de domínio da indústria para garantia de sua
competitividade.Podemtratar-setantodetecnologiasjáexistentes,bemestabelecidasequecontinuamsedesenvolvendo,quantodetecnologiasemergentes,compossibilidadedeindustrializaçãoemumhorizontede10anos.(MINISTèREDEL’INDUSTRIE,1995)
Astecnologias-chaveparaaindústriaalimentarestãorelacionadas,principalmente,comaproduçãoeaautomatização,conservaçãoeembalagens.
Astecnologiasdeproduçãoeautomatizaçãoaserempriorizadassão:Tecnologiasdeseparação: Membranas e tecnologia de filtração;Tecnologias de extração por fluidos supercríticos;Tecnologiasdefermentaçãoematuração:“starters”;Tecnologias enzimáticas para o desenvolvimento de enzimas com características específicas;Otimizaçãoesimulação.
AstecnologiasdeconservaçãoimportantesparaodesenvolvimentodaindústriaagroalimentardoParanásão:
Cocçãoavácuoparapratospreparadoscongeladoscomlongoprazodevalidade;UsodeaplicaçãoderaiosInfravermelhoeGamaparaummaiortempodevidaútildoprodutoàtemperaturaambiente;Altaspressõescomométodocomumdehigienização;Microondasparaalimentosdesidratadosepratospreparados;
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Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense
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Pulsoselétricosparahigienizaçãomediantecamposelétricosdeelevadavoltagemporperíodosmuitoscurtos;Processos biológicos utilizando microrganismos inibidores do desenvolvimento de patógenos(semconservantesquímicos).
Por fim, as Tecnologias associadas à embalagem indispensáveis para a trajetória de sucesso são:Substituiçãodemateriaisconvencionaispornovasalternativas;Embalagens flexíveis com desempenho melhorado (barreiras, soldagem, salubridade,biodegradabilidade);Embalagensativas;Embalagenscomassepsiamelhorada;Designdesistemasdejunçãoedeaberturafácil.
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Conclusões
Roadmapping da indústria agroalimentar
O setor agroalimentar foi identificado como promissor e validado como de interesse para a indústria paranaense. Neste sentido, o futuro desejado passa pela criação de uma indústria agroalimentar fortenoParaná.
“Como chegar lá?” é a pergunta que conduziu este processo e induziu a escolha do métodoroadmapping como ferramenta de mobilização para esta reflexão coletiva.
O Roadmapping da indústria agroalimentar buscou estabelecer visões consensuais de futuro eidentificar forças e meios de superar as dificuldades. de forma participativa, foram construídas perspectivas paraumaindústriaagroalimentarinovadoranoParaná.Asvisõesestabelecidasforam:
“Internacionalizaçãodasindústriasagroalimentares”“Indústriaagroalimentarsustentável:Valorizaçãodosresíduos”“Imagemdemarcaparaprodutosagroalimentaresdaindústriaparanaense”“Referênciaemprodutosorgânicos”“Referêncianodesenvolvimentodeprodutosfuncionais”Paracadavisão foielaboradoumRoadmap,quesintetizaoscaminhosapercorrereasetapas
a cumprir em diferentes horizontes temporais. Foram também identificadas tecnologias-chave para a competitividadedaindústriaagroalimentar.
Avivênciadoprocessoderoadmappingpermiteconcluirqueestemétodoéapropriadopara:Identificaremdetalhes,medianteaexperiênciadosparticipantes,oestadorealdosetor/áreaindustrial.Criarconsensoparaodesenhodasperspectivasdefuturo.Sistematizargrandequantidadedeinformaçãonãoestruturadaeconhecimentotácitosobreosetor/área.Sensibilizaremobilizaratoresfundamentaisparaaelaboraçãoeimplementaçãodosprojetosnecessáriosàmaterializaçãodasperspectivasdefuturo.
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Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense
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Oprocessode roadmapping e os roadmaps geradosparaa indústria agroalimentar comunicamintençõesestratégicasepodempermitiroalinhamentodeações.Aconcretizaçãodessepotencialdemandaum grande trabalho de difusão destas informações, depende da assimilação e incorporação destasperspectivas, e tem como fator crítico a capacidade de articulação entre atores e interesses privados,públicosedoterceirosetor.
Projeto Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense
Este projeto instituiu um processo estruturado de construção coletiva de futuro e no biênio2006/2007realizouroadmappingsparaossetores/áreasdeprodutosdeconsumo,indústriaagroalimentar,microtecnologia, biotecnologia aplicada à indústria agrícola, florestal e animal.
AsRotas EstratégicasestãosendorealizadasemcooperaçãotécnicacomaFundaçãoOPTI–ObservatóriodeProspectivaTecnológicaIndustrial,daEspanha,eseapóiamemestudossobreaeconomiadoParaná,sobreasituaçãoatualdecadaumdossetorestrabalhadosesobretendênciastecnológicasinternacionais. Nesta primeira etapa, contaram com a colaboração de cerca de 120 especialistas queparticiparamativamentedoprocessodeconstruçãodosRoadmaps,ouseja,dasrepresentaçõessintéticasdastrajetóriasquepodemtornarpossíveisasvisõesdesenhadas.
Pormeiodestainiciativa,oSistemaFIEPestábuscandoinduzirumprojetocooperativodefuturo.O trabalho realizado fornece uma visão panorâmica de possibilidades de desenvolvimento para ossetorescontemplados.
Oconjuntodeinformaçõesaquisistematizadaspodesubsidiaratomadadedecisãodediferentesatores,organizaçõese instituiçõesdoEstadodoParanáemtermosde:elaboraçãodeestratégiasparaidentificação, desenvolvimento e incorporação de tecnologias; definição do foco de ações/produtos de curto, médio e longo prazo; e priorização de áreas para pesquisa e desenvolvimento, entre outros. Enfim, pode permitir antecipar-se para responder com agilidade às mudanças previstas e também definir linhas de açãoparaprovocarasmudançasquesejamnecessárias.
As rotas estratégicas para o desenvolvimento industrial paranaense são caminhos a serempercorridosdeformasolidária,ondeacooperaçãoeainovaçãosãoachavedosucesso.Aconcentraçãodeesforçoshumanos,oreforçomútuo,oinvestimentoemeducação,osprojetosestratégicos,ainteraçãoentreorganizaçõespúblicaseprivadas,academiaeempresas,todosestesfatoresjuntospodemlevaraindústriaesociedadedoParanáaospatamaresalmejados.
Portanto,oimpactodestetrabalhodepende,emuito,doprocessodeapropriaçãodestaprospecçãopelo tecido industrial e demais organizações da sociedade. Todos são convidados a dar significado a este trabalhoedeformanegociadaestabelecerrelaçõesvitoriosasrumoaofuturo.
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Próximos Passos
Oprojeto Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense terá o seguintedesdobramento:
Difusão do Roadmapping da indústria agroalimentar, assim como dos demais setores/áreastrabalhadosem2006/2007:
Divulgaçãodosrelatóriostécnicos;Produçãodefolderevídeoemcincoidiomas(português,inglês,francês,espanholealemão);Realização de ciclo de reuniões em todo o Paraná para divulgação e diálogo sobreasrotas.
Articulaçãodosatoresparaviabilizaçãodasaçõesprevistasnasrotaselaboradas.DesenvolvimentodaFase2doprojeto,comarealizaçãodeRoadmappingsparaossetores/áreas:Saúde,Papel,MetalMecânico,Plástico,EnergiaeTurismo.definição de estratégia de monitoramento das tecnologias-chave para a indústria paranaense.Prospecçãodesetores/áreasestratégicosparaodesenvolvimentodaindústriadoParaná.
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NOMEDOPARTICIPANTE INSTITUIçãOAlessandroNogueira UniversidadeEstadualdePontaGrossa(UEPG)AndréMoreira GraffoEmbalagensDavidChacónAlvarez UniversidadeEstadualdoCentro-Oeste(UNICENTRO)EdmarClemente UniversidadeEstadualdeMaringá(UEM)ElisaYokoHirooka UniversidadeEstadualdeLondrina(UEL)GuntolfVanKaick SindicatoeOrganizaçãodasCooperativasdoEstadodoParaná(OCEPAR)HarumiCristinaNotomi NutrilatinaJoseLuisParada UniversidadeFederaldoParaná(UFPR)JulianaGuimarãesdeSáRibeiro FrimesaLuciaHelenadaSilvaMiglioranza VRSYS/UniversidadeEstadualdeLondrina(UEL)LuizSérgioValle NutrimentalLysMaryBileskiCândido UniversidadeFederaldoParaná(UFPR)ManoelaRodriguesdaSilva ItamaratyMarcelaMoreiraTerhaag LactoBeveragesMargaridaMasamiYamaguchi UniversidadeTecnológicaFederaldoParaná(UTFPR)MarlusCésarKormann LeãoJúniorMelissaGomideCarpi JasmineAlimentosOdilonArthurBremen BancoRegionaldeDesenvolvimentodoExtremoSul(BRDE)PedrinhoFurlan SadiaPlínioPintoMendonçaUchôa AssociaçãodoDesenvolvimentoTecnológicodeLondrina(ADETEC)SilviaDeboniDutcosky PontifíciaUniversidadeCatólica(PUCPR)TatianaKeisedeSousa COCAMARCooperativaAgroindustrialWelington Hartmann UniversidadeTuiutidoParaná(UTP)
Participantes
ParticipantesdosPainéisdeEspecialistasdaindústriaAgroalimentar
COORDENAçãOEDITORIALAntônia Schwinden CAPAEPROJETOGRáFICOGlauce Midori Nakamura FIGURAS Stella Maris Gazziero EDITORAçãO ELETRôNICA Ivonete Chula dos Santos
Este livro foi composto em Arial Narrow e impresso em papel Reciclato 90g/m2. Capa em papel Papel
Reciclato 240g/m2. Tiragem: 1.000 exemplares.