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Revista Canavieiros - Maio 2012 1

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Revista Canavieiros - Maio 2012

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Revista Canavieiros - Maio 2012

3Editorial

Os 152 mil visitantes que esti-veram presentes durante os 5 dias da Agrishow 2012 -

realizada em Ribeirão Preto, de 30 de abril a 04 de maio -, puderam conferir os diversos setores que fize-ram parte da feira como: agricultura familiar, centros de pesquisas, equi-pamentos de segurança, implemen-tos agrícolas, sementes, veículos, ferramentas, máquinas agrícolas, fertilizantes e defensivos, armaze-nagem, peças, software e hardware, equipamentos para irrigação, entre outros. Foram negociados R$ 2,15 bilhões, superando as expectativas dos organizadores. Acompanhe na Reportagem de Capa desta edição e fique por dentro dos principais lan-çamentos da Agrishow 2012.

Esse mês a Revista Canavieiros traz uma entrevista que não diz respeito es-pecificamente ao setor sucroenergéti-co, porém, extremamente importante para todos os profissionais. Com o fá-cil acesso a tecnologia e a quantidade de informações que os profissionais recebem a cada hora, como organizar a mente para selecionar o que é apro-veitável? Quem responde é Dr. Au-gusto Jorge Cury, médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.

Três artigos estão na secção “Pon-to de Vista”: O presidente da Canao-

este, Manoel Ortolan assina o artigo “Rio +20: A agricultura será a peça principal”; o diretor adjunto da Cana-oeste, José Mario Paro escreveu so-bre “Para onde os ventos sopram?”; e o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, assinou o artigo “Sanciona Dilma. Em respeito aos poderes da República”, o advogado também as-sina “Assuntos Legais” que trata dos procedimentos a serem adotados em caso de incêndio de origem desco-nhecida na palha da cana-de-açúcar.

Desde o mês passado, a Canaviei-ros conta com uma coluna especial: “Caipirinha”, assinada pelo professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markes-trat, Marcos Fava Neves.

As Notícias Canaoeste trazem a reinauguração de 2 escritórios de atendimento aos associados nas cida-des de Viradouro (dia 27 de abril) e Bebedouro (dia 8 de maio). As filiais passaram por uma completa reestru-turação para melhorar o atendimento aos associados.

Em Notícias Copercana é possível conferir a reunião entre a Copercana, Syngenta e a Oricana (Associação de Fornecedores de Cana da região de Orindiúva), que reuniu cerca de 50

Sucesso da Agrishow 2012

Boa leitura!Conselho Editorial

RC

fornecedores de cana e engenheiros agrônomos, no Teatro Municipal de Orindiúva. O intuito foi apresentar e difundir a cooperativa para os produ-tores rurais da cidade.

Há ainda os artigos técnicos: “Sor-go Sacarino: a bola da vez”, assinado pelo engenheiro agrônomo do IAC / Centro de Engenharia e Automação, Jair Rosas da Silva; e “Orientação do uso de defensivos agrícolas”, assina-do pelos profissionais da Canaoeste, engenheiros agrônomos Antonio Car-los Cussiol Junior; Daniela Aragão Santa Rosa; Danilo Fonseca Mazoni.

Em “Destaque”, o leitor vai en-contrar a palestra proferida pelo ex--ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que esteve em Ribeirão Preto, no dia 13 de abril, e falou para capacitação dos professores das escolas municipais de Ribeirão Preto e região, que durante todo o ano de 2012 trabalharão com o tema agronegócio dentro da sala de aula. O evento foi realizado no Centro Avançado de Pesquisa Tecnológi-ca do Agronegócio de Cana – IAC/Apta (Instituto Agronômico/Agên-cia Paulista). Além disso, não deixe de conferir as Informações Setoriais com o consultor agronômico da Ca-naoeste, Oswaldo Alonso, Dicas de Leitura e Português.

Expediente:Conselho editoRial:Antonio Eduardo TonieloAugusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido VanzellaManoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio SicchieriOscar Bisson

editoRa:Carla Rossini - MTb 39.788

PRojeto gRáfiCo e diagRamação: Rafael H. Mermejo

equiPe de Redação e fotos:Carla Rodrigues, Fernanda Clariano, Murilo Sicchieri e Rafael H. Mermejo

ComeRCial e PubliCidade:Marília F. Palaveri(16) 3946-3311 - Ramal: [email protected]

imPRessão: São Francisco Gráfica

tiRagem desta edição: 20.000 exemplares

issn: 1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do

Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred. As matérias assinadas e informes publicitários

são de responsabilidade de seus autores. A reprodução parcial desta revista é autorizada,

desde que citada a fonte.

endeReço da Redação:A/C Revista Canavieiros

Rua Augusto Zanini, 1591 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-550Fone: (16) 3946 3300 - (ramal 2190)

[email protected]

www.revistacanavieiros.com.br www.twitter.com/canavieiros

www.facebook.com/RevistaCanavieiros

Revista Canavieiros - Maio 2012

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Revista Canavieiros - Maio de 2012

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Ano VI - Edição 71 - Maio de 2012 - Circulação: Mensal

Índice:

E mais:

Capa - 26Agrishow 2012: negócios re-

alizados durante a feira supera-ram as expectativas

A 19ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, foi realizada em Ribeirão Preto, de 30 de abril a 04 de maio

14 - Notícias Copercana- Copercana realiza reunião em Orindiúva

15 - Notícias Sicoob Cocred- Balancete Mensal

18 - Notícias Canaoeste- Canaoeste reinaugura escritórios em Viradouro e Bebedouro

Coluna Caipirinha

.................página 08

Pontos de Vista

.............página 12-13

Notas

.................página 25

Informações Setoriais

.................página 32

Artigo Técnico

.................página 34

Agende-se

.................página 38

Cultura

.................página 39

Classificados

.................página 40

Selo Verde

.................página 42

Foto Capa: Rafael Mermejo

05 - EntrevistaDr. Augusto Jorge CuryMédico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. Qualidade de Vida: como enfrentar o estresse do

dia-a-dia?

10 - Ponto de Vista

Juliano BortolotiAdvogado da Canaoeste

Sanciona Dilma. Em respeito aos poderes da república.

36 - Artigo TécnicoJair Rosas da SilvaEngenheiro agrônomo do IAC / Centro

de Engenharia e AutomaçãoSorgo Sacarinio: a bola da vezO sorgo sacarino apresenta as vantagens

do ciclo curto, de cerca de quatro meses, de efetuar o plantio por sementes.

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Revista Canavieiros - Maio 2012

5Entrevista

Dr. Augusto Jorge Cury

Qualidade de Vida: como enfrentar o estresse do dia-a-dia?

Carla Rodrigues

Revista Canavieiros: Como lidar com o acumulo de informações que recebemos todos os dias?

Dr. Augusto Jorge Cury: Esse é um problema mundial, as pessoas não têm sabido lidar com acúmulos de informa-ções. No passado o número de informa-ções dobrava a cada dois ou três séculos, hoje, dobra-se a cada ano. Esse excesso de informação satura o centro do córtex cerebral levando a produção da síndro-me do pensamento acelerado, que tive a felicidade de descobrir e a infelicidade de saber que grande parte da população mundial é cometida por ela, e que gera uma série de sintomas que crianças, adolescentes e adultos estão apresentan-do: dores de cabeça, dores musculares, queda de cabelo, irritabilidade, flutuação emocional - em um momento está tran-

Esse mês a Revista Canavieiros traz uma entrevista que não diz respeito especificamente ao setor sucroenergético, porém, extre-mamente importante para todos os profissionais. Com o fácil aces-so a tecnologia e a quantidade de informações que os profissionais recebem a cada hora, como organizar a mente para selecionar o que é aproveitável.

Dr. Augusto Jorge Cury é médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. Ao longo de mais de 20 mil sessões de trabalho de psico-terapia, desenvolveu uma teoria inovadora sobre o funcionamento da mente, os fenômenos conscientes e inconscientes, a formação dos pensamentos e de pensadores, que, atualmente, é objeto de doutorado e mestrado nos EUA e na Espanha, pós-graduações no Brasil, além de teses de doutorado e mestrado no país.

Dr. Augusto Cury publicou mais de 30 obras na área de psicolo-gia aplicada, educação e ficção, presentes em mais de 60 países, e foi considerado, pelo jornal Folha de São Paulo e pela revista Isto é, o autor mais lido da última década com mais de 16 milhões de livros vendidos somente no Brasil.

Desenvolveu a inédita metodologia da Escola da Inteligência para o desenvolvimento das funções mais complexas da inteligên-cia, da promoção da saúde emocional e para a paz com relações saudáveis que apresenta resultados fantásticos.

Confira a íntegra da entrevista que ele concedeu à Revista Cana-vieiros!

“Não devemos querer ser heróis, acumular tudo que temos contato com os nossos sentidos, em

especial, visão e audição. Devemos nos perguntar o

que é prioritário?”

quilo no outro está tenso -, insatisfação crônica, perda de paciência, baixo limiar para suportar frustrações, déficit de con-centração, déficit de memória ou esque-cimento, além de outros sintomas.

As pessoas que perceberem que estão com esses sintomas precisam ficar em alerta, selecionar a quantidade de infor-mações e a qualidade das informações

que têm acesso. É como se fosse fazer compra em um supermercado e uma pes-soa querer colocar no seu carrinho tudo que vê pela frente, muitas vezes, você vai estar comprando produtos em excesso, de má qualidade ou então desnecessários, que é o que ocorre na atualidade.

Funcionários nas empresas, produto-res rurais, líderes empresariais, estudan-tes, professores, psicólogos, médicos e outros profissionais fazem do seu cór-tex cerebral em especial da sua memó-ria a terra de ninguém, entra tudo, eles não selecionam as informações e não focam as informações. Não devemos querer ser heróis, acumular tudo que temos contato com os nossos sentidos, em especial, visão e audição. Devemos nos perguntar o que é prioritário? Que tipo de informação de conhecimen-

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6Entrevista

“...funções mais complexas da inte-ligência, para que o eu se torne autor da própria história, para que o eu possa proteger a emoção, possa se doar sem exigir muito das

pessoas...”

to devemos ter para atingir as metas e quais são as escolhas? Que perdas estão relacionadas a essas escolhas? Porque todas escolhas tem perdas. Se come-çarmos a fazer essas perguntas, vamos metaforicamente no supermercado do conhecimento, selecionar o nosso eu e deixar de lado o que não é prioritário. Dar importância para aquilo que é re-levante, agora, isso é um treinamento.

Revista Canavieiros: Mudando de foco, o setor sucroenergético busca aumentar e diversificar-se cada vez mais. Qual é a melhor maneira de transmitir todo acesso de tecnologia para a classe produtora?

Dr. Cury: A curva de aprendizado e o processo de incorporação de conheci-mento têm que estar em primeiro lugar, as ideias tem que ser claras, tem que ha-ver uma socialização das informações. Não adianta falar de maneira rebuscada, de maneira complexa, por que quem tem acesso, produtor rural, por exemplo, ou os trabalhadores das empresas ou até na agro business vai acabar não assimilan-do e não utilizando de maneira adequada as informações. Tem que haver clareza e foco nas transmissões do conhecimento, transmitir de maneira inteligente e obje-tiva para que as pessoas que quase não tem tempo possam fazer do seu pouco tempo uma experiência solene. Em uma revista, uma universidade ou um con-ferencista deve ter muito claro em sua mente qual é o objetivo e aonde quer chegar e que tipo de formação deve ter.

No caso da tecnologia, se transmitir-mos de maneira clara, objetiva e focada nos vários tipos de interesse de cada produtor, então certamente seremos

eficientes, caso contrário, vamos como a chuva, vamos derramar gotas, torren-tes de água e muitas delas acabam se perdendo porque não terão reservatório para ser utilizado. Aliás, grande parte das informações transmitidas em espe-cial nas escolas, mais de 90%, não são utilizadas ao longo do traçado da exis-tência e do desempenho profissional, é um desperdício muito grande porque se acha que a memória é um depósito infinito de informação, isso é uma bo-bagem. Me desculpem, é até uma estu-pidez intelectual, estressamos o cérebro das pessoas que nos ouvem, dos nossos alunos, dos técnicos que preparamos, dos líderes que estamos formando e, além de estressá-los, produzimos a sín-drome do pensamento acelerado com toda aquela sintomatologia.

Revista Canavieiros: O Senhor acredita que a população está prepa-rada para viver a era da tecnologia?

Dr. Cury: Eu acredito que vamos formar a tecnologia a serviço do ho-mem, mas, do jeito que está, seremos servos da tecnologia, gravitamos na ór-bita de múltiplas informações, de com-putadores, da internet e não consegui-mos utilizá-los de maneira adequada. Para termos uma ideia, esperávamos no século 21 que a tecnologia fornecesse mais tempo para os pais abraçar os seus filhos, trocar experiência, mas não é o que tem ocorrido. Nunca os pais ti-veram tão pouco tempo. Esperávamos que os professores falassem das expe-riências mais cálidas, das suas alegrias, das suas tristezas, do seu drama, da sua comedia com os seus alunos, mas rara-mente os professores se humanizam e

transmitem a personalidade como um mestre, usam a tecnologia, transmitem dados sobre o mundo de fora, mas se calam sobre o mundo de dentro, for-mando pessoas mentalmente adestrá-veis e não autônomas, como a mente brilhante, livre humanística e capaz de ter um território da emoção saturado de prazer, serenidade e tranquilidade.

Bom, quero dizer que a tecnologia que deveria facilitar a vida tem, em certo sentido, asfixiado o ser humano. O carro que deveria nos levar a visitar os nossos amigos, não apenas o nosso trabalho, não nos leva aos nossos amigos, às ve-zes, nem aos parentes mais próximos, morando na mesma cidade. Então, in-felizmente o homo sapiens tem sido um servo da tecnologia, não tem tido sabe-doria para poder se conduzir num mun-do onde o conhecimento se tornou ferra-menta fundamental para sobrevivermos na era digital. É preciso reverter isso e eu quero aproveitar e dizer que elaboramos a academia de inteligência, que foi pen-sada durante 20 anos, elaborada durante 10 anos e aplicada nos últimos 2 anos.

Revista Canavieiros: O que é a academia de inteligência?

Dr. Cury: A academia da inteligên-cia objetiva voltar crianças, adolescen-tes e adultos para as funções mais com-plexas da inteligência, para que o eu se torne autor da própria história, para que o eu possa proteger a emoção, possa se doar sem exigir muito das pessoas, sem esperar excessivamente a contra partida do retorno, para que o eu possa criticar cada ideia perturbadora para que essa ideia não seja registrada, pois uma vez registrada nunca mais será deletada. Te-mos que entender que quando investi-mos na felicidade dos outros é a melhor maneira de investir na nossa felicidade, para que possamos administrar nosso estresse e gerenciar a nossa ansiedade. Enfim, a academia de inteligência é uma escola para o desenvolvimento das funções mais complexas do intelecto e da emoção, já há mais de 30 mil alunos vivenciando a academia de inteligência e agora em Ribeirão Preto, montamos o primeiro centro mundial dessa aca-demia. Há mais de 20 países interessa-dos, vamos ter franquias no Brasil todo, onde as academias serão montadas para

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que não apenas crianças e adolescen-tes, mas profissionais também, como os produtores rurais, possam ter a possibi-lidade de desenvolver qualidade de vida numa sociedade altamente estressante. Hoje, 50% das pessoas, cedo ou tarde, desenvolvem um transtorno emocional.

Quem quiser ter acesso a academia de inteligência, pode consultar o site www.academiadainteligencia.com.br O telefone é (16) 3602-9430. Estamos su-per animados porque vamos aplicar isso também para os orfanatos do Brasil, gra-tuitamente. O objetivo é que as crianças que não tiveram pais tenham acesso a melhor educação e vamos exportar isso para muitos outros países para que os alunos e os adultos possam ter a opor-tunidade de ter saúde psíquica e uma mente brilhante. Como eu disse, numa sociedade altamente asfixiante pela in-formação excessiva e pelo excesso de preocupação, excesso de atividades.

Revista Canavieiros: Alguns paí-ses mais desenvolvidos buscam atingir

o conhecimento máximo. Quais os de-safios que esses países vão enfrentar?

Dr. Cury: Ter conhecimento ob-jetivo não quer dizer ter maturidade psíquica. Países nórdicos, que tem excelência educacional, como a Suí-ça, Noruega e Dinamarca, os índices de suicídio são muito altos, os índices de depressão também são altos, as do-enças psicossomáticas se afloram e as relações são frágeis e falta troca de ex-periência. Raramente um pai tem co-ragem de falar das suas lágrimas para levar os seus filhos aprenderem a cho-rar as deles. Raramente os professores falam dos seus fracassos para que seus alunos entendam que ninguém é digno do pódio se não utilizá-los para alcan-çá-lo. Então essa educação que é o pa-drão mais excelente do conhecimento não tem sido o padrão mais excelente da qualidade de vida emocional, inte-lectual e interpessoal. Para desenvol-ver essas funções, estamos preconizan-do uma compleição mais profunda do funcionamento da mente e do proces- RC

so de construção de pensamentos, do processo de formação de pensadores. Entre essas funções está a capacidade de pensar e agir, outra delas é a capaci-dade de se colocar no lugar dos outros, outra fundamental é a capacidade de trabalhar perdas, frustrações e decep-ções, porque drama e comédia cedo ou tarde atinge a nossa história, aplausos e vaias farão parte da nossa historici-dade, e é possível escrever os capítulos mais importantes da nossa história nos momentos mais difíceis da nossa vida. Então estamos também tentando contri-buir com esses países para que possa-mos ter uma educação mais nobre, mais profunda, mais inteligente, capaz de levar as pessoas a pensar como espécie e não como grupos sociais apenas, não como grupo religioso apenas, ou cultu-ral, acadêmico, científico e nem racial, mas pensar como espécie, ter um caso de amor com a nossa história e ter um caso de amor com a humanidade para vivermos dias mais felizes, solidários e generosos.

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O mês: este último mês de abril foi muito danoso ao agro brasileiro. Por conta

das confusões do código florestal, um conjunto muito bem orquestrado de pessoas, vindas de organizações nacionais, internacionais e parte da imprensa sem muito preparo conse-guiu atrelar a imagem de desmatador ao agricultor brasileiro, em parte da nossa população. Um verdadeiro ape-drejamento, que me lembrou a música título da coluna caipirinha deste mês. Agricultura virou a Gení, boa de apa-nhar, boa de cuspir.

Usando-se do argumento que o novo código será grande estimula-dor do desmatamento, a campanha “Veta Dilma” ganhou apoio de pesso-as públicas, desde políticos, artistas, universitários, caindo nas graças da população. Vetar por vetar. A ligação com o agro foi imediata.

Uma pena, mas é inegável a capa-cidade de dano, de apedrejamento, que estas pessoas midiáticas têm. Se engajam facilmente nestas causas, de maneira unilateral e muitas vezes su-perficial. Chego a pensar que seu uni-verso está apenas restrito ao festivo e maravilhoso circuito Barra da Tijuca/Leblon, Galeão/Charles de Gaulle. Seria legal inserir Chapecó, Itápolis, Lucas do Rio Verde, Luís Eduardo Magalhães, Balsas ao circuito cul-tural deste pessoal, visando ampliar seus horizontes e mostrar de onde vem o Baby-Beef, o suco de laranja, o galetinho, a saladinha que eles co-mem e as enormes dificuldades dos produtores para produzi-los em exce-dente, exportar e trazer US$ 100 bi ao Brasil, para possibilitá-los importar e usar celular, carro importado, tablets, vinhos e outros mais.

Agronegócio e a meta dos US$ 100 bilhões em exportações em 2012: Apesar da queda nas exportações no mês de abril, o valor exportado acumu-lado no ano (US$ 26,4 bilhões) aumen-tou 2,5% quando comparado o mesmo período de 2011 (US$ 25,8 bilhões), o que contribui para um saldo positivo de US$ 20,8 bilhões na balança (2,4% maior que o mesmo período em 2011).

Economia: novo alento ao agro bra-sileiro vem da desvalorização do real. Neste momento onde termino a co-luna US$ 1 beirou a R$ 2. Os efeitos ao agro e a cana são positivos, pois as exportações de açúcar geram mais ren-da em real compensando um pouco o preço internacional mais baixo, a pres-são para aumento no preço da gasoli-na fica maior, o etanol americano fica mais caro. Qual o problema principal? O dragão da inflação volta forte. O ide-al seria estacionar entre 1,90 e 2,00 e o Governo ir promovendo as reformas que possibilitarão a redução de tributos.

Pessoas Canavieiras: momento emocionante participar como palestran-te do evento de 20 anos do Grupo Fito-técnico de cana, um maravilhoso exem-plo de ação coletiva, compartilhando conhecimento. Dividir o palco com o Augusto Cury e falando para tanta gente de primeira, cientistas que estão fazendo o possível e o impossível pela cana foi inesquecível. Quero homena-gear a todos nos nomes do querido Prof. Casagrande e do Marcos Landell.

Aprendizado de Viagem: este mês viagens interessantes, destaco o bate papo com Diretores e fornecedores da Copercana e Coplana em Orindiúva,

sentindo os problemas, e também uma apresentação e debate com 25 compa-nhias agrícolas que manejam já quase 4 milhões de hectares no Brasil. É a nova super-agricultura empresarial, concen-trara, especializada e globalizada.

Mercado de Cana:começou uma safra mais alcooleira (quase 60%) e com ATR mais de 5% maior. Além dis-to, a UNICA divulgou as estimativas do Centro-Sul, 509 milhões de tonela-das de cana (3% a mais). Produziremos 21,5 bilhões de litros de etanol (5,7% a mais) e 33,10 milhões de toneladas de açúcar (8,5% a mais). Arrisco dizer que será um pouco mais alcooleira até o final. O triste é que vamos mais uma vez perder participação no mercado in-ternacional do açúcar.

Haja limão: com apenas duas no-vas unidades industriais previstas para serem inauguradas nesta safra, vale a pena até convidar e ter a presença da Presidente e de diversos Ministros. Duas novas unidades... Que enorme perda de oportunidade a toda a socieda-de brasileira.

Até a próxima!

Coluna Caipirinha

Joga pedra na Gení...

MARCOS FAVA NEVES é professor titular de planejamento e estratégia na

FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat.

Marcos Fava Neves

RC

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10Ponto de Vista

SAncionA DilmA. Em respeito aos poderes da república.

Prezados leitores, sob o enfoque do profissional das ciências ju-rídicas e sociais, venho acompa-

nhando a (in)aplicabilidade do Código Florestal há mais de 15 anos e, para entender a resistência da maioria dos produtores rurais em cumprir suas nor-mas, me detive ao estudo da legislação florestal pátria, onde pude concluir que esta foi elaborada, principalmente nas últimas décadas através de medi-das provisórias da alcunha do Poder Executivo, desatrelada ao histórico da ocupação territorial brasileira.

Esta falta de sintonia entre a ocu-pação territorial perpetrada no Brasil e as normas ambientais de proteção da flora, forçou com que a minoria afe-tada por elas, no caso os produtores rurais, solicitassem de forma desespe-rada adequações legislativas visando corrigir estas distorções, batendo à porta do Congresso Nacional, poder da república originário e legítimo para tal pleito, pois parte da socieda-de estava a impor-lhes injustamente a pecha de criminosos ambientais pelo simples fato de produzirem onde sem-pre foi permitido.

Aprovado recentemente o projeto de lei que cria o Novo Código Flores-tal por ampla maioria nas duas casas legislativas (Senado e Câmara), cor-rigindo parcialmente este descompas-so, foi enviado à sanção da presidenta

*Juliano Bortoloti

Dilma, que tem até o dia 25/05/2012 para sancioná-lo, vetá-lo total ou par-cialmente (desde que justificadamen-te). Vem agora alguns radicais – eles existem em todos os setores – soli-citar que à representante máxima do Poder Executivo vete integralmente o texto elaborado pelo Congresso, pois nos seus entenderes, (1) há retrocesso ambiental, (2) não houve participação da comunidade científica, (3) foi fruto de “lobby”, (4) dentre outros inúme-ros argumentos, que reputo incon-sistentes, haja vista que o Congresso Nacional está debatendo isso há mais de 12 anos.

O experiente professor, economis-ta e ex-ministro da Fazenda, Agricul-tura e Planejamento, Antonio Delfin Netto, recentemente resumiu bem a questão ao dizer que “O mesmo fenô-meno, num nível diferente, explica a enorme disputa que cercou o Código Florestal aprovado no Congresso. Um discurso de surdos. O lado mais vocal supostamente apoiado numa “ciência” duvidosa defendeu interesses difusos e nem sempre honestos como os patro-cinados por algumas ONGs. O outro, com mais poder político no Congresso defendeu, sem sutilezas, seus interes-ses econômicos concretos. O Código tem pouco a ver com o aquecimento global e a tentativa de misturá-lo com a Rio+20 não ajudará em nada. Ele tem tudo a ver com o uso inteligente

de nossos recursos naturais para conti-nuarmos a construir uma economia sus-tentável e economi-camente eficiente, mas não tem nada a ver com a anistia su-gerida a quem, deli-berada e maliciosa-mente, infringiu a lei vigente”. (Fonte: Valor Econômico)

Ao não aceitar o que fora decidido democraticamente por um Poder da República, vem agora diversas ONG’s utilizar-se de pessoas com visibilida-de na mídia televisiva e boa inserção nas redes sociais, que sequer conhe-cem superficialmente do assunto em debate, engendrar um movimento para veto total do projeto de lei. Ora, esquecem que para isso ela terá que desrespeitar a forma de administra-ção estatal estabelecida a partir da Constituição Federal de 1946, esten-dendo-se pelos textos de 1967 (com as alterações de 1969) e 1988, onde firmou-se a tradição de dividir-se tri-partidicamente o Estado em Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, independentes e harmônicos entre si, solução atualmente prevista no art. 2º da Constituição da República.

No Brasil, suas Constituições sempre determinaram esta estrutura governamental idealizada na Anti-guidade pelo pensador Aristóteles, que dividiu as funções estatais em deliberativa, executiva e judicial. Maquiavel, no Século XVI, em sua obra “O Príncipe”, também partici-pou da formação desta ideia, reve-lando uma França com três poderes bastante distintos: Legislativo (re-presentado pelo Parlamento), Exe-cutivo (materializado na figura do Rei) e um Judiciário autônomo. No Século XVII, John Locke esboçou de

Juliano BortolotiAdvogado da Canaoeste

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Juliano BortolotiAdvogado da Canaoeste

alguma forma a separação de funções no exercício do poder, ao propor a classificação entre funções legislati-va, executiva e federativa. Todavia, só com Montesquieu se tem a Teoria da Separação de Poderes tal qual se conhece hoje, trazendo a indicação destes como sendo o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, bem como a ideia de que estes poderes são har-mônicos e independentes entre si, di-visão esta sempre adotada nas Cons-tituições do Brasil.

Neste interregno, para nortear os pensamentos que devem prevalecer nesta questão, me utilizarei da lição de um grande jurista, filósofo e hu-manista, o saudoso mestre Miguel Reale, nos ensinando que o “valor ecológico”, a mais recente das “in-variantes axiológicas”, é dos mais relevantes, mas deve subordinar-se às necessidades essenciais da pessoa humana, pois é em razão desta que se protege o meio ambiente e não em si e por si mesmo”.

Então, afirmar que há a necessi-dade de vetar totalmente um projeto de lei sob a justificativa (1) da ne-cessidade de mais tempo para se dis-cuti-lo e, também, (2) que não foram ouvidos ou, se foram, suas sugestões não aceitas, nada mais é do que (1) assumir a culpa pela omissão ou (2) não aceitar a decisão da maioria, pois os legítimos representantes do povo o discutiram democraticamente du-rante mais de 12 anos.

Entendendo haver falhas ou dis-torções no novo texto legal, que se utilize da via normal para sua corre-ção, qual seja, provocação ao Poder Legislativo para legislar à respeito, jamais exigindo que o Poder Execu-tivo o desrespeite e o ignore, pondo em risco a harmonia entre os Poderes da República, criando novo e odioso regime de exceção ferozmente com-batido pela própria Presidente, em passado recente.

*Advogado da Canaoeste – Asso-ciação dos Plantadores de Cana do

Oeste do Estado de São Paulo

QUEimA DE cAnAProcedimentos a serem adotados em caso de incêndio de origem desconhecida.

Estimados produtores de cana-de--açúcar, inobstante as autoriza-ções de queima de palha a serem

obtidas junto à Secretaria do Meio Am-biente, os produtores de cana de açúcar podem sofrer autuações administrativas decorrentes de incêndios descontrola-dos, originados por terceiras e desauto-rizadas pessoas, que atingem os cana-viais. Nesse caso, por precaução, deve o produtor de cana-de-açúcar buscar pro-duzir o maior número possível de pro-vas negativas, ou seja, àquelas capazes de demonstrar que o produtor rural não teve intenção de utilizar-se do fogo na lavoura atingida pelo incêndio. Provas essas que servirão em prováveis defesas administrativas e judiciais.

Mais uma vez, venho enumerar al-guns exemplos de provas que o produ-tor DEVE fazer:

· Fazer análise da cana queimada para poder constatar que o rendimento industrial, medido em quilos de ATR, não está no ponto ideal, ou seja, a cana queimada não estava no seu nível de maturação máximo para ser colhida, não sendo justificável, portanto, o uso do fogo como auxiliar da colheita;

· Pedir declaração da unidade indus-trial e ou prestadora de serviços que enviou o caminhão tanque (bombeiro), onde conste que o produtor assim solici-tou para apagar um incêndio de origem desconhecida ocorrido em seu canavial;

· Tirar fotos dos aceiros existentes na propriedade, bem como do não plantio em áreas proibidas de serem exploradas (abaixo das linhas de transmissão de energia elétrica, por exemplo), demons-trando com isso obediência à legislação pertinente;

· Caso possua autorização, informar ao agente autuador, caso esse apareça, que não estava programada a queima, tanto que sequer efetuou as comunica-

ções aos confrontantes e à Secretaria do Meio Ambiente;

· Caso não possua autorização, infor-mar ao agente autuante que não possuía interesse em utilizar-se do fogo em sua lavoura, tanto que sequer buscou referi-da autorização;

· Demonstrar, através de fotos, teste-munhas e laudo pericial, que a área quei-mada estava preparada para o corte me-cânico, não justificando, portanto, o seu interesse em utilizar-se do fogo, assim como a correta área atingida pelo fogo.

· Demonstração de que a queima na área ocorreu em um período inferior a 12 meses. Isso pode ser feito através de do-cumento que comprove a data da colheita da área queimada na safra anterior, inclu-sive por meio da comunicação de queima feita à secretaria do meio ambiente.

· Apresentação de laudo técnico, assinado por profissional habilitado, demonstrando a origem desconheci-da do fogo ou a origem provocada por terceiros que poderá ser solicitado pelo Escritório Regional da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI (casa da agricultura), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento Estadual.

· Apresentar o histórico da colheita mecanizada e/ou evolução desta nas úl-tima três safras.

Portanto, estes são alguns exemplos de provas que o produtor rural deverá pro-duzir em caso de incêndio acidental ou criminoso em sua propriedade, devendo, ainda, caso receba a visita de um Policial Ambiental ou agente ambiental, informar esses fatos para que sejam apostos no res-pectivo Boletim de Ocorrências ou Auto de Infração, além de procurar orientação jurídica adequada, onde o Departamen-to Jurídico da Canaoeste estará à inteira disposição do associado para defendê-lo nestes casos.

Assuntos Legais

RC

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Revista Canavieiros - Maio de 2012

12Ponto de Vista

Para onde os ventos sopram?

Foi em maio de 2010, nesta revista, que escrevi sobre feiras agrope-cuárias. Na oportunidade, afirmei

que as boas feiras são um termômetro do setor, balizando as tendências em curso. Escrevi que a Agrishow daquele ano de 2010 apontava claramente para duas di-reções: o aumento do tamanho, potência e automação das máquinas agrícolas e o incremento da agricultura de precisão.

A Agrishow deste ano, recém realiza-da, esteve estupenda: em organização; número de expositores; variedade e qua-lidade de tudo que foi exposto; número de visitantes e, em especial, volume dos negócios realizados.

As tendências do agronegócio, ali percebidas, acentuaram fortemente o que já se via na Agrishow 2010: a po-tência; o tamanho; a automação e a efici-ência das máquinas expostas apontaram indubitavelmente para os grãos e para o algodão. Em particular, para as extensas propriedades dos estados de Mato Gros-so, Goiás e da nova fronteira agrícola, a região denominada MATOPIBA: Mara-nhão, Tocantins, Piauí e Oeste da Bahia.

A forte presença dos expositores de equipamentos para armazenagem de grãos e de agricultura de precisão refor-çaram esta constatação.

Formou-se, assim, um circulo virtu-oso: grandes propriedades exigem equi-

*José Mario Paro

pamentos de alta performance e precisão que, dado ao investimento necessário, só se viabilizam nas grandes propriedades, onde a intensa utilização das sementes transgênicas completa o quadro.

Em junho de 2010, visitei a região de Luiz Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia, onde me foi possível visualizar a aparentemente inexorável marcha desta estratégia da produção agrícola nas ter-ras brasileiras.

Todavia, causou-me estranheza, à época, o fato de não se ver gente. An-dava-se; andava-se pelas imensas pla-nícies e, de quando em vez, encontra-vam-se algumas máquinas trabalhando, todas grandes. Mas gente, só os opera-dores – poucos!

E, recentemente, o ex-ministro da agricultura, engenheiro agrônomo, Roberto Rodrigues, fez a mesma cons-tatação, em conceituada publicação: falta gente; falta o médio produtor nes-tas novas fronteiras agrícolas. Ao que ele acrescenta: são estas pessoas que formam e dão vida às cidades que es-tão nascendo e àquelas que nascerão, nestas regiões. Fato que poderá ser um contraponto negativo em meio à tanta grandiosidade.

Não seria então, o momento cer-to para que as Cooperativas Agro-pecuárias; os Sindicatos Rurais e as

Associações de Produtores se mobi-lizassem para viabilizar núcleos de produção por lá (grãos, aves, suínos, etc.), levando os inúmeros pequenos produtores e suas famílias, que por aqui não tem mais perspectivas de progresso?

Estas pessoas, tal como aconteceu com os pequenos produtores gaúchos em décadas passadas, que foram para o Mato Grosso, poderiam dar sequên-cia ao histórico de gerações anteriores dedicadas à agricultura, possibilitando ainda que seus filhos continuassem na atividade, coisa que por aqui está cada vez mais difícil.

Afinal, é para lá que os ventos estão soprando!

Até uma próxima oportunidade.

José Mario Paro é diretor adjun-to da Canaoeste e conselheiro da

Sicoob Cocred

José Mario Paro

RC

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Revista Canavieiros - Maio 2012

13Ponto de Vista

Rio +20: A agricultura será a peça principal

A Rio+20 - Conferência das Nações Unidas sobre Desen-volvimento Sustentável, vai

acontecer 20 a 22 de junho de 2012, no Rio de Janeiro, 20 anos depois da primeira cúpula histórica no Rio de Janeiro em 1992, e 10 anos depois do encontro de Johanesburgo, em 2002.

Ao contrário do que aconteceu em 92, onde a conferência tratou ape-nas do meio ambiente, a Rio+20 tem como objetivo principal debater o desenvolvimento sustentável e a se-gurança alimentar. Cerca de 50 mil pessoas são esperadas para participar da conferência, entre mais de 100 presidentes e primeiros-ministros, parlamentares, prefeitos, jornalistas, funcionários da ONU (Organização das Nações Unidas), executivos, lí-deres de ONGs (Organizações Não--Governamentais), acadêmicos e so-ciedade civil.

O objetivo da conferência é asse-gurar um comprometimento político renovado para o desenvolvimento sustentável, avaliar o progresso feito até o momento e as lacunas que ainda existem na implementação dos resul-tados dos principais encontros sobre desenvolvimento sustentável, além de abordar os novos desafios emer-

*Manoel Ortolan

gentes. Os dois temas em foco na Conferência serão: a economia ver-de no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da po-breza; e o quadro institucional para o desenvolvimento sustentável.

Sobre a economia verde, a refe-rência óbvia às causas ambientais, o verde, nesse caso, representa o modelo almejado em que o uso dos recursos do planeta se dá de forma sustentável, sem riscos a espécies e ecossistemas, mas também sem in-viabilizar o avanço dos negócios e o bem-estar social.

Mas quando o assunto se refere a segurança alimentar, tudo se torna ainda mais complexo. A FAO (Or-ganização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), estima que 925 milhões de pessoas passam fome no mundo, o que representa a média de 1 a cada 7 pessoas. Essa trágica realidade não nos dignifica como humanidade.

Os gargalos para resolver a ques-tão da segurança alimentar represen-tam um desafio enorme. As desigual-dades sociais, a seca em algumas regiões e os conflitos armados em países do Oriente Médio, por exem-plo, estão entre as causas predomi-nantes da insegurança alimentar.

Produzir mais e com mais eficiência é de fundamental importância porque projeta-se que a população mundial será de cerca de 9 bilhões de pessoas em 2050. Para alimentar adequada-mente essas pessoas, a produção deve crescer mais de 70%. E como fica o Brasil diante deste cenário que se de-

senha? A contribuição do Brasil para o futuro da se-gurança alimentar mundial é enorme. Falar em segu-rança alimentar é falar em agricultura e disso o Brasil entende.

Em meados de abril, o MDIC - Mi-nistério do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior, divulgou um comunicado confirmando que o Brasil aumentou sua participação nas exportações mundiais de 1,36%, em 2010, para 1,44%, em 2011. Os da-dos foram obtidos da OMC - Organi-zação Mundial do Comércio.

Em 2011, o Brasil exportou o equivalente a US$ 256 bilhões, va-lor 27% maior do que o do ano ante-rior. Os alimentos, que estão entre os principais produtos exportados pelo País, tiveram participação importan-te na alta das vendas externas no ano passado. O café em grãos, por exem-plo, registrou aumento de 54,3%, en-quanto as exportações de soja cresce-ram 47,8%.

No entanto, temos de nos preo-cupar, nesse momento, com a forma que o agronegócio brasileiro é visto pelos seus concorrentes no mercado internacional. Um dos meios é a par-ticipação em encontros e conferên-cias mundiais como a Rio+20. Essa é uma ótima oportunidade para os nos-sos líderes governamentais apresen-tarem o agronegócio como ele é de fato e, com isso, desfazer alguns con-ceitos e levar a informação correta ao mercado internacional. Vamos torcer para que o bom senso fale mais alto na Rio+20!

*presidente da Canaoeste – Asso-ciação dos Plantadores de Cana do

Oeste do Estado de São Paulo

José Mario Paro Manoel Ortolan

RC

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14Notícias Copercana

copercana realiza reunião em orindiúvaA reunião contou com parceria da Syngenta e da Oricana

No dia 26 de abril, a Copercana em parceria com a Syngenta e a Oricana (Associação de For-

necedores de Cana da região de Orindi-úva), reuniu cerca de 50 fornecedores de cana e engenheiros agrônomos, no Teatro Municipal de Orindiúva, para uma reunião com o intuito de apresen-tar e difundir a cooperativa para os pro-dutores rurais da cidade. A Copercana montou um escritório para atender os futuros cooperados em Orindiúva.

O evento teve como convidado, Marcos Fava Neves- FEA/USP Campus Ribeirão – Coordenador Científico da Markestrat, que ministrou palestra sobre “O Cenário Atual e Futuro da Agricultura”.

Estiveram presentes no encontro, o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, o gerente comercial da coope-rativa, Frederico José Dalmaso, o pre-

Fernanda Clariano

sidente da Oricana, Roberto Cestari e o representante da Syngenta, Henrique Mourão, além de outros profissionais destas empresas.

Após a reunião, um jantar de con-fraternização foi oferecido aos convi-dados no salão de festas municipal de Orindiúva.

Henrique (Syngenta), Frederico Dalmaso e Pedro Esrael Bighetti (Copercana), Roberto Cestari (Oricana) e Marcos Fava Neves (FEA/USP)

Pedro Esrael Bighetti falou ao público presente sobre os benefícios de fazer parte de uma cooperativa Filial da Copercana em Orindiúva

RC

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15Notícias Sicoob Cocred

Balancete mensalCOOP. CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO

INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - ABRIL/2012Valores em Reais

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18Notícias Canaoeste

canaoeste reinaugura escritórios em Viradouro e Bebedouro

As filiais passaram por reestruturação para melhorar o atendimento aos associados

A C a n a o e s t e reinaugurou 2 escritórios de

atendimento aos as-sociados nas cidades de Viradouro (dia 27 de abril) e Bebedou-ro (dia 8 de maio). As filiais passaram por uma completa rees-truturação para me-lhorar o atendimento aos associados. “Que-remos atender nossos associados cada vez melhor e para isso montamos uma estrutura mais adequa-da e com mais conforto. Essas cidades são muito importantes para a Canaoes-te e temos que oferecer toda a estrutura para os produtores rurais associados”, disse Luiz Carlos Tasso Júnior, diretor da Canaoeste.

Em Viradouro, aproximadamen-te 60 pessoas, entre diretores, asso-ciados e autoridades compareceram ao café da manhã de reinauguração, entre elas, o prefeito municipal da ci-dade, Paulo Camilo Guiselini e a 1ª dama de Viradouro, Márcia Regina Mendes Guiselini; o presidente da Câmara Municipal, Edson Luiz Fran-co; os vereadores, Luiz Pedro Zanata e Sebastião Mantelle; o presidente do Conselho Municipal de Desen-volvimento Rural de Viradouro, José Carlos Porcionato; o representante da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) de Viradouro, Clau-dionor Gianelo; o venerável da Loja Maçônica União e Trabalho, Orival Zanqueta e o representante da Usina Virálcool, Fábio Tonielo.

Já em Bebedouro, aproximadamen-te 40 pessoas, entre diretores, asso-ciados e autoridades compareceram ao evento. Fizeram uso da palavra, o diretor Luiz Carlos Tasso Júnior, que

Carla Rossini

brevemente falou sobre o início da associação e também da satisfação de ver o escritório pronto para atender os produtores da região. O diretor adjunto da Canaoeste, José Mario Paro, apro-veitou a oportunidade para relembrar o início e a importância do setor sucro-alcooleiro no Brasil, principalmente

para o Estado de São Paulo. Da mesma forma, o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti agradeceu a presença de todos e reforçou a importância dos serviços prestados pela Canaoeste na região de Bebedouro, assim como os serviços oferecidos pela Copercana e SicoobCocred.

Fachada do escritório de Viradouro

Decerramento da placa reinaugural de Viradouro

Luiz Carlos Tasso Jr. falou aos associados durante a reinauguração de Viradouro

Decerramento da placa reinaugural de Bebedouro

Fachada do escritório de Bebedouro

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Luiz Carlos Tasso Jr. falou aos associados durante a reinauguração de Viradouro

José Mario Paro destacou a trajetória da Canaoeste desde o seu início ao público presente durante reinauguração de Bebedouro

Decerramento da placa reinaugural de Bebedouro

Fachada do escritório de Bebedouro

Entre as autoridades presentes esta-vam a vereadora, Sebastiana Camargo; o representante da LDC Sev Bioener-gia, José Nogueira dos Santos; o dire-tor da Coopercitrus, José Vicente Silva e os representantes da unidade Andra-de do Grupo Guarani, Paulo Roberto Mantovani e Gustavo Guethi Manhani.

Os diretores da Canaoeste, Paulo Canesin e Plácido Heitor Castro Bo-echat também participaram da rei-nauguração que teve um coquetel de encerramento.RC

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25Notas

Agronegócio na EscolaAtravés do programa educacional, o ex-ministro

Roberto Rodrigues realizou palestra para professores

O ex-ministro da Agricultura, Ro-berto Rodrigues, esteve em Ri-beirão Preto, no dia 13 de abril

para proferir a palestra de capacitação dos professores das escolas municipais de Ribeirão Preto e região, que duran-te todo o ano de 2012 trabalharão com o tema agronegócio dentro da sala de aula. O evento foi realizado no Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Cana – IAC/Apta (Ins-tituto Agronômico/Agência Paulista).

Este ano estão participando do pro-grama “Agronegócio na Escola” desen-volvido pela ABAG/RP (Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto) 25 municípios da região, 75 es-colas e aproximadamente 120 professo-res, envolvendo mais de 14 mil alunos. Em 12 anos de realização, o programa já atingiu mais de 130 mil estudantes.

O objetivo deste programa é mostrar aos professores a importância do agro-negócio brasileiro, tanto para a econo-mia do país quanto para a vida em so-ciedade para que eles transmitam isso aos alunos, tornando-se multiplicadores de informação e conhecimento.

De acordo com Roberto Rodrigues, o país se urbanizou muito rapidamente e as pessoas perderam um pouco a me-mória da sua origem e para ele esta é a maior diferença entre o Brasil e os ou-tros países. “Este é um país que nasceu agrícola, como qualquer outro país do mundo. Nenhum país nasceu industrial, começou com a agricultura, passando pela indústria e depois vieram os ser-viços, mas infelizmente, aqui no Brasil, as pessoas têm desprezo pelo setor, e isso acontece justamente por não sabe-rem o que é o agronegócio e o que este setor faz pelo país”, disse.

Durante sua palestra, o ex-ministro destacou que a agricultura é uma ati-vidade de capital intensivo, de tecno-

logia e também de gestão industrial, daí a importância da ABAG mostrar para os professores a existência da cadeia produtiva dentro do setor. “É necessário que todos saibam o funcio-namento do processo de produção, que não é simplesmente plantar e colher. Tudo começa lá na prancheta do cien-tista, que evolui para o projeto e para a parte de insumos, sementes, máqui-nas, defensivos e serviços de crédito e seguro rural. Quando tudo isso estiver disponível, o agricultor pode plantar e colher. Depois a produção vai passar pelas etapas de armazenagem, embala-gem, distribuição e exportação, sendo que o centro de todo este processo é a agricultura, pois sem ela não seria ne-cessário ter adubo, semente, máquina, etc”, explicou Rodrigues.

Na ocasião foi entregue o 1º Prêmio “Escola Destaque” referente aos traba-lhos desenvolvidos nas escolas refe-

rentes ao ano de 2011. A escola pre-miada foi a EMEF Prof.ª Maria Sylvia Traldi de Marco, que incentivou os alunos criarem projetos relacionados ao agronegócio através de boas práti-cas sustentáveis.

“Através deste programa, nós, pro-fessores passamos a dar uma atenção maior ao assunto durante as aulas e começamos a mostrar para os alunos o que o agronegócio pode fazer por eles e principalmente o que eles pode-riam fazer pelo agronegócio e a partir daí foram surgindo ideias sobre como concretizar aquilo que aprendiam em sala de aula, como por exemplo, o de-senvolvimento de uma produção de aipim, desde o plantio até a comercia-lização e, além disso, criaram um blog para discutir as dúvidas e curiosidades entre eles”, disse Marídia Ferreira, professora responsável pelo programa dentro da escola. RC

Carla Rodrigues

Na ocasião foi entregue o 1º Prêmio “Escola Destaque” referente aos trabalhos desenvolvidos nas escolasRoberto Rodrigues

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26Reportagem de Capa

Agrishow 2012: negócios realizados durante a feira superaram as expectativas

A 19ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, foi realizada em Ribeirão Preto, de 30 de abril a 04 de maio

25% do valor do PIB (Produto In-terno Bruto) brasileiro se deve a participação do agronegócio na-

cional, mas para atingir este número, os produtores cada vez mais buscam por tecnologias e serviços de crédito ide-ais para sua produção e principalmente para seu bolso. Estas ferramentas pude-ram ser encontradas na Agrishow - 19ª Feira Internacional de Tecnologia Agrí-cola em Ação, realizada em Ribeirão Preto, de 30 de abril a 04 de maio.

Para a cerimônia de abertura oficial da feira, várias autoridades estiveram presentes para prestigiar a 3ª maior feira agrícola mundial. Entre elas estiveram o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, os ministros da Agri-cultura Pecuária e Abastecimento do Estado e do Esporte, Mendes Ribeiro Filho e Aldo Rebelo, respectivamente, a secretária de Agricultura do Estado, Mô-nika Bergamaschi, a presidente da CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil), Kátia Abreu, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Barros Munhoz, o ex- minis-tro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado, Fábio Meirelles, além de deputados e lideranças do setor.

Um dos grandes momentos da sole-nidade foi o anúncio feito pelo gover-

Carla Rodrigues

nador sobre a concessão que consolida a feira por mais 30 anos na cidade de Ribeirão Preto. “A Agrishow tem casa própria pelos próximos 30 anos, já que esta é hoje a maior feira da América Latina e vai crescer ainda mais, e nada mais justo, depois de tanto esforço do estado, juntamente com a prefeitura de Ribeirão, do que ela permanecer aqui onde é a capital da indústria de máqui-nas agrícolas, da inovação, enfim, um importante centro do agronegócio”, aclamou o governador.

Além deste, Alckmin assinou mais dois decretos, sendo eles: Projeto Estadual de Subvenção do Prêmio de Seguro Rural e o projeto estadual do Poupatempo do Produtor Rural, assim como a secretária de Agricultura do Estado, Mônika Ber-

gamaschi, que assinou duas resoluções de sua pasta: a criação do Pró--implemento – permite ao produtor de financiar seu equipamento ou im-plemento pelo Banco do Brasil com juros subsi-diados -, e as normas complementares do pro-grama pró-trator.

Este ano o cargo de presidente da Agrishow foi ocupado pelo empresário Maurílio Biagi. Para ele a feira traz van-tagens para toda a cidade de Ribeirão Preto e região, tendo em vista que em 2011 a cidade teve uma movimentação econômica de R$ 150 milhões em 15 dias. Além disso, a feira aconteceu em um momento bom para o agronegócio brasileiro. “O milho e a soja estão bem, a cana-de-açúcar não está bem em relação à produção, mas na questão de remune-ração está relativamente bem e esses são os carros chefes da feira. É a feira que teve mais crédito da história e com juros mais baixos. Acredito que esse foi um dos motivos que levou a feira a ter re-sultados excepcionais”, disse Biagi du-rante a coletiva de encerramento. Foram negociados R$ 2,15 bilhões, superando as expectativas dos organizadores

Para receber as 780 marcas exposito-ras nacionais e internacionais foram ne-cessários 360 mil m², sendo 210 mil m² de área de exposição estática, 2.250 m² de área para os pavilhões cobertos e 120 hec-tares dedicados a demonstrações de cam-po. Além dos 20 mil empregos que foram gerados diretos e indiretos durante a feira. Assim como no ano passado, a planta da

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LANÇAMENTOS

MakSolo Massey Ferguson

feira foi regionalizada para facilitar as vi-sitações, concentrando os diferentes seg-mentos – aviação, irrigação, ferramentas, caminhões/ônibus/transbordos, máquinas para construção, agricultura de precisão, armazenagem, pecuárias, pneus e auto-mobilístico - em uma determinada área.

Os 152 mil visitantes que estiveram presentes durante os 5 dias do evento, puderam conferir os diversos setores que fizeram parte da feira como: agricultura familiar, centros de pesquisas, equipamen-tos de segurança, implementos agrícolas, sementes, veículos, ferramentas, máquinas agrícolas, fertilizantes e defensivos, ar-mazenagem, peças, software e hardware, equipamentos para irrigação, entre outros.

Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste José Mario Paro, diretor da Canaoeste Luiz Carlos Tasso Jr. diretor da Canaoeste

Durante a feira várias empresas apresentaram suas novidades. Tratores, colhedoras, aplicadores, sistemas de gestão e logística para a cultura canavieira e também para grãos, foram algumas das ferramentas que se desta-caram na Agrishow 2012. Confira alguns lançamentos registrados pela Revista Canavieiros, que estava presente na feira com um estande para receber seus leitores.

A empresa MakSolo levou para a feira uma Distribuidora de Agroquími-co, Calcário e Fertilizante, que realiza a aplicação a lanço de produto em pó através de uma cortina d’água, impe-dindo a deriva. Segundo Mateus Mar-

Neste ano, a Massey Ferguson levou para a Agrishow novidades nos tratores com alta potência e com grande quan-tidade embarcada. São dois modelos: a linha 8670 de 320 cavalos e a linha 8690 de 370 cavalos.

rafon, da área de pesquisa e desenvolvi-mento da empresa, esta máquina possui uma barra de aplicação, que é levantada no momento da operação até a extremi-dade, criando uma cortina d’água que abafa este pó. “Quando o agricultor não está utilizando essa máquina para aplicar esses produtos a lanço, ele pode utilizá-la como pulverizador, porque ela tem uma capacidade de carga”, ex-plicou Marrafon.

A máquina tem capacidade de cinco toneladas, é considerada pequena, mas vem acompanhada por um software de agricultura de precisão, ou seja, atingin-do uma agricultura de escala. Pensando no grande produtor, ela também pode ser desenvolvida com uma capacidade de até 20 toneladas.

Carlos Eduardo Martinatti

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“Os tratores são para grandes áreas, mercado de grãos e o mercado cana-vieiro. O diferencial desse produto é a transmissão CVT (Transmissão Conti-nuamente Variável), onde não há a troca de marchas, o trator fica constantemen-te engrenado, dispensando o uso das pernas para a embreagem”, explicou o coordenador de marketing de tratores, Carlos Eduardo Martinatti.

Quando há a troca de marchas, ocor-re um corte entre a transmissão e o mo-tor. No caso destes tratores, como ficam em constante engrenamento é possível evitar desgaste no sistema, sempre au-mentando a velocidade.

Valtra

John Deere

Jacto

Também com novidades em trato-res, a Valtra expôs seus lançamentos, os modelos S293, com 325 cavalos e o S353, que possui 375 cavalos, ambos fazem parte da linha CRS. São tratores importados para atender a demanda do setor canavieiro e de grãos. Por serem tratores de alta potência, são indicados para puxar implementos maiores, oti-mizando o trabalho no campo e aumen-tando a produtividade.

De acordo com o gerente de marke-ting da Valtra, Alexandre Vinicius Assis, estes tratores são voltados para alguns segmentos específicos, no caso da cana, é usado durante a operação de prepa-ro de solo, e na lavoura de grãos, pode ser usado tanto na preparação de solo quanto no plantio. “Ele permite puxar plantadeiras de até 40 linhas, então são grandes máquinas com alta capacidade, e isso com certeza, acelera o trabalho do produtor, que pode usar um trator e um implemento maior, e, consequentemen-

Lançado em 2011, o trator 6180 da empresa John Deere, voltou a ser des-taque na Agrishow deste ano. Com eixo de 3 metros e um sistema de freio pneumático que já vem de fábrica, é indicado para o preparo da cultura da cana-de-açúcar, que junto com uma co-lhedora faz um conjunto de colheita.

Aliado a isso, a empresa também possui o sistema de agricultura de pre-cisão, onde todos os equipamentos já saem de fábrica com o sistema de pi-loto automático. Na lavoura da cana, este sistema ajuda na eficiência, tiran-do da responsabilidade do operador muitas funções.

“Este ano o mercado vai girar em torno de 900 a 1000 máquinas entre John Deere e os outros segmentos. Se considerarmos a quantidade de opera-dores que serão necessários para tra-balhar com estas máquinas estamos falando de no mínimo 4 operadores por máquina, ou seja, 4.000 postos de trabalho. Hoje não temos este número de pessoas capacitadas, não existe um banco de profissionais já especializados para este novo mercado, então a tecno-

Uma das novidades da feira mostra-da pela empresa Jacto, foi uma máqui-na para aplicação de fertilizante sólido granulado na cultura canavieira. Além de toda tecnologia que já está embar-cada no equipamento, como o corte de sessões, a aplicação numa área mape-ada pode ser realizada através do con-trole via GPS, sendo assim, ao chegar ao fim do talhão, a máquina vai paran-do a aplicação automaticamente.

Outra novidade desta máquina é a aplicação realizada via sensor de reflectância (sensor verde). Este sen-sor, como princípio, emite uma luz numa faixa de frequência e capta a sua reflexão ao incidir sobre as plan-tas, esta reflexão da luz medida tem uma forte correlação com o nível de nitrogênio da planta, permitindo sen-tir a sua deficiência.

“Esta é uma forma de gestão de apli-cação de fontes nitrogenadas bastante diferentes e mais eficientes. Devido a este sensor, é possível disponibilizar mais nutrientes nas áreas que precisam mais e menos nas áreas que precisam menos, ou seja, vai utilizar a dosagem de produto necessária. Também com este monitoramento, é possível iden-tificar a melhor época de entrada na cultura da cana para fazer a aplicação, convertendo numa maior produtivida-de”, esclareceu o gerente de produtos da Jacto, Wanderson Tosta.

te, usar menos equipamentos para fazer a sua safra”, disse Assis.

Ainda são considerados tratores de tecnologia de ponta por possuírem câm-bios de CVT, ou seja, sem escalonamen-to de marcha e, também, vem com piloto automático de série. Por meio de sinal de um satélite, o produtor mapeia primeira-mente a área que vai trabalhar com o tra-tor e através deste mapeamento o trator realiza suas funções automaticamente.

logia veio para acelerar o desempenho da máquina, culminando numa opera-ção mais segura e rentável”, explicou o gerente de contas estratégicas da John Deere, Marcelo Pimenta.

Alexandre Vinicius Assis

Marcelo Pimenta

Reportagem de Capa

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- Em relação à colhedora de cana, a Case desenvolveu para o ano de 2012 uma máquina que traz uma série de ino-vações e melhorias do produto, princi-palmente no que diz respeito ao uso e otimização do combustível.

A máquina 2012 vem com um sistema de Smart Cruise, que é um software que trabalha diretamente na rotação do motor mediante a carga e demanda hidráulica que a máquina necessita. À medida que a máquina passa a colher em canaviais de baixa e alta produtividade, o uso desse combustível vai ser mediante a necessida-de de todo sistema de colheita da máquina.

Em canaviais de maiores produtivida-de, é preciso maiores rotações para ga-rantir todo o desempenho que a máquina possui. Já em canaviais de baixa produ-tividade, a rotação de motores cai, sem interferir em nenhuma função específica de colheita da máquina. É simplesmente uma redução da rotação para configurar o menor consumo de combustível, de acordo com aquilo que o canavial exige.

“Sabemos que a produtividade por hectare de cana-de-açúcar vem caindo ao longo dos anos, hora por fatores cli-máticos, hora por falta de investimentos no cultivo da cana. Então nossa máquina tem a versatilidade de atender a deman-da do mercado, além disso, tem um me-lhor desempenho no circuito hidráulico, pois possui um radiador extra de óleo e também um bloco hidráulico no sistema duplicador de maior vazão, dissipando o maior e aumentando a vida útil dos com-ponentes”, explicou o especialista de ma-rketing de produtos para colhedoras de cana da América Latina, Fábio Balaban.

uma colheitadeira nossa, então ele passa a depender muito mais dessa máquina e o impacto dela parada é muito maior”, disse o responsável pela área de Serviços América Latina da Case, Rafael Miotto.

Vale ressaltar que as máquinas aten-didas por este novo sistema são tops de linha, isto é, as máquinas de maior po-tência de cada linha.

- Na parte de lançamentos mais vol-tados para o mercado canavieiro, a Case levou para a feira os novos tratores Magnum, que foram remodelados com uma série de recursos que trazem bene-fícios para o setor, como os motores e transmissões eletrônicos.

“Com a entrada deste novo mode-lo, conseguimos agregar um acessório, que se chama APM (Gestão Automática de Produtividade), que seleciona auto-maticamente a melhor e mais eficiente combinação entre marcha e velocidade do motor, ou seja, uma vez que escolheu a velocidade de deslocamento, ele vai trocar a marcha sozinho e tudo isso vai dosar sempre com a melhor situação pos-sível de consumo de combustível. Com esse sistema conseguimos uma redução do consumo de combustível de até 24%”, explicou o especialista de marketing de produto da Case IH, Everton Fim.

Já numa faixa de potência de trator específico que a empresa ainda não ti-nha, a novidade é a linha Puma, que são tratores de 195 a 210 cavalos. Esta linha vai trabalhar em preparo de solo, em plantio para puxar plantadoras de cana e transbordos. O diferencial desta linha é que já vem com um eixo dian-teiro reforçado, próprio para atender as aplicações de cana que são mais seve-ras. Assim como o Magnum, o motor e a transmissão também são eletrônicos.

- O principal lançamento de uma em-presa agrícola é um serviço e não um pro-duto. Foi pensando assim que a empresa Case IH lançou durante a Agrishow 2012 o sistema de atendimento a emergência Max Case IH, voltado para máquinas pa-radas no campo, que por algum motivo diminuíram seu desempenho, prejudican-do a produção da lavoura.

É um serviço de 24 horas, durante 7 dias na semana à disposição do cliente que compra o produto através da cen-tral de atendimento ou concessionária. Seu objetivo é garantir que a máquina volte a trabalhar o mais rápido possível, e para isso não existe limites, todos os recursos são colocados a disposição.

O principal benefício é o aumento da disponibilidade operacional, que hoje é um conceito que os agricultores profissionais medem e valorizam muito, que é o tempo que a máquina está efetivamente disponí-vel para trabalhar, colher e plantar, aumen-tando a produtividade e a rentabilidade.

“A máquina trabalhando mais horas por dia ela se paga mais rápido e não tem perdas. Quanto mais tempo demora em colher, mais problema aparece. Se for uma usina de cana-de-açúcar será menos cana para a usina, se for um plan-tio, ele será realizado com atraso e isso irá prejudicar o produtor lá na frente. Nossos clientes são muito profissionais. Às vezes eles trocam três máquinas por

Case IH

Rafael Miotto

Everton Fim

Fábio Balaban

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Revista Canavieiros - Maio de 2012

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Embraer

New Holland

A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A) esteve presente na Agrishow 2012 apresentando o progra-ma Ipanema, mais especificamente o avião, que é o primeiro e único avião do mundo que utiliza o etanol como com-bustível. Suas principais características

Unindo o conceito de biomassa ao agronegócio, a New Holland está apli-cando no Brasil um projeto que permi-te gerar energia sustentável através da palha da cana-de-açúcar. Desenvolvido em parceria com o CTC - Centro de Tecnologia Canavieira, o projeto busca utilizar a palha da cana-de-açúcar (ge-rada na colheita mecanizada) para pro-dução de energia. A pesquisa, baseada na aplicação da enfardadora BB9000 da New Holland, está sendo desenvol-vida desde maio de 2010 e já apresenta resultados favoráveis. O CTC realiza diversos estudos nesta área há mais de 40 anos e representa mais de 60% das indústrias do setor sucroalcooleiro.

A utilização de biomassa na geração de energia por sistemas de co-geração vem crescendo ano após ano. Um dos

são o baixíssimo custo operacional e o menor impacto ambiental.

Uma das grandes vantagens deste avião a etanol é com relação ao custo, uma diferença que é de aproximada-mente 30% menor. Além disso, o uso do etanol como combustível também proporciona 7% a mais de potência no avião, o que significa maior rendimen-to, maior capacidade de carga e flexi-bilidade para o cliente.

De acordo com o gerente comercial Embraer – programa Ipanema - , Flávio Bertoldi Carreto, em 2011 foram conclu-ídas 58 vendas do modelo ao longo do ano e para 2012 a meta é equilibrar este número. “Se compararmos com o ano de 2010 quando vendemos 40 aeronaves, ti-vemos um crescimento muito significa-

principais fins deste tipo de energia é o suprimento de eletricidade para de-mandas isoladas da rede elétrica. “Se fi-zermos uma análise podemos constatar que ¼ de toda a força energética nacio-nal é gerada através da cana-de-açúcar. Isso quer dizer que, mais do que nunca, o agronegócio já está ligado à susten-tabilidade”, afirma o responsável pelos projetos de biomassa desenvolvidos pela New Holland, Samir de Azevedo Fagundes.

“Estamos caminhando para um ce-nário de colheita 100% mecanizada, sem queima, então é fundamental o aproveitamento da biomassa na geração de energia”, afirma Fagundes. Segundo dados da UNICA - União da Indústria da Cana-de-Açúcar, a estimativa é que em aproximadamente 10 anos a bioele-tricidade gere energia equivalente a 3 usinas Belo Monte. Os investimentos para produção de bioeletricidade tam-bém são mais baixos: de acordo com a ANEEL, o processo de geração de bio-eletridade é R$16,65/MWh mais barato do que a produção energia hidrelétrica.

O processo se divide em uma série de etapas, começando pelo acúmulo da palha gerada após a colheita mecaniza-da da cana-de-açúcar. Após a colheita,

tivo, então se conseguirmos bater nossa meta de 60 aeronaves este ano estaremos de acordo com as perspectivas da empre-sa”, comentou Carreto.

Este crescimento se deve a conscien-tização dos produtores de que o avião é uma solução versátil, rápida e que não provoca amassamento na lavoura. O avião Ipanema é largamente utilizado nas culturas de soja, milho e algodão. Já no Estado de São Paulo, as culturas pre-dominantes são cana-de-açúcar, café e arroz. Ainda há culturas em testes, que o estão utilizando cada vez mais, como a batata e o feijão, além, evidentemente, das culturas de citros e eucalipto, que até pelo próprio porte da cultura, obrigatoria-mente tem usado o avião como seu meio de pulverização, quer seja de produtos só-lidos, quer seja de produtos líquidos.

a palha permanece exposta ao tempo por um período de até dez dias para que seque. Quando o material estiver com cerca de 10% de umidade é feito o alei-ramento, que reúne a palha em linhas (leiras). Em média, há cerca de 150 qui-los de palha seca para cada tonelada co-lhida, o que totaliza, aproximadamente, 15 toneladas de palha por hectare por ano, dos quais são retirados do campo de 50-60%, de acordo com as condições edafo-climáticas do local.

Após o acúmulo da palha em leiras, uma enfardadora BB9000 acoplada ao trator passa recolhendo o material e fa-zendo os fardos. Chamados de “gigan-tes”, cada um tem cerca de 2 metros de comprimento e 450 quilos. Por último, a carreta recolhedora de fardos encami-nha o material para o ponto de carre-gamento, de onde seguem para a usina.

Fagundes ressalta que a Agrishow 2012 foi a primeira oportunidade que o cliente teve para conhecer de perto todas as máquinas que compõe a solução agrí-cola do recolhimento de palha: o Aleirador H5980, a enfardadora BB9080 e a carreta acumuladora de fardos PT2010.

Fonte: Assessoria de Imprensa da New Holland

Reportagem de Capa

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Revista Canavieiros - Maio de 2012

32Informações Setoriais

chuvas de abril e Prognósticos climáticos de junho e julho 2012

Chuvas anotadas durante o mês de abril de 2012

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoTécnico Agronômico da Canaoeste

A média das chuvas anotadas durante o mês de abril (88mm) “ficou” ligeiramente acima da mé-dia das normalidades climáticas de todos os locais informados (75mm). Chuvas acima das normais climáticas ocorreram em Barretos, C.E. Moreno, LDCSEV MB e Santa Elisa e Usina Ibirá; en-quanto que, bem abaixo, na Fazenda. Santa Rita, CATI Franca e São Simão e Centro Cana IAC, evidenciando, como nos cinco meses anteriores, a irregularidade de distribuição das chuvas.

O Mapa 1 mostra, pela “colcha de retalhos” a tamanha disper-são e irregularidades das chu-

vas que vem ocorrendo no estado de São Paulo.

Não fosse a estreita faixa de baixa Disponibilidade de Água no Solo no

Oeste do Estado, permitiria dizer que as posições de acumulados de Água no Solo, aos finais de abril de 2011 e 2012, ficaram invertidas. Durante a se-gunda quinzena de abril de 2012 foram se acentuando as condições críticas de água no solo nas regiões Nordeste do Estado de São Paulo e faixa entre Ca-

tanduva e Bauru; como também, persis-tia baixa umidade no solo no extremo Oeste, que não se prolongaram, graças às chuvas do finalzinho do mês.

Para subsidiar planejamentos de ati-vidades futuras, a Canaoeste resume o prognóstico climático de consenso entre

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 16 a 18 de abril de 2012 Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de abril 2011

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RC

INMET-Instituto Nacional de Meteoro-logia e INPE-Instituto Nacional de Pes-quisas Espaciais para os meses de abril a junho, conforme mostrado no Mapa 4.

• Para os meses junho e julho, prevê-se temperaturas médias próximas das res-pectivas médias históricas para os estados de Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Rio de Janeiro. Idem, para os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Região Sul do Brasil; entretanto, com possibilidade de ocorrências de que-das acentuadas de temperatura. Sem, ain-da, poder assinalar ocorrência de geada, a não ser nos estados sulinos;

• O consenso INMET-INPE assinala que, durante o mesmo período, poderá ocorrer iguais probabilidades de chuvas de abaixo a acima das respectivas mé-dias históricas em toda área sucroener-gética da Região Centro Sul, exceto na área amarela do Mapa 4-Sul do Brasil e a faixa litorânea nordestina, onde está previsto ficar abaixo das respectivas normais climáticas;

• Como referência de normais climáticas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo Centro de Cana-IAC, as médias histó-ricas de chuvas são: 25mm em junho e julho.

Por sua vez, a SOMAR Meteorologia, com a qual a Canaoeste mantém convênio, prevê que para esta região poderá ocorrer (para a época)bom volume de chuvas no iní-cio de junho, além do que já pode ter ocorrido neste final de maio e, como havíamos assi-nalado em edições anteriores (“E, repetindo, com possível surpresa para julho, que será revisada em meses mais pró-ximos”), significativas chuvas poderão acontecer durante ju-lho. A SOMAR Meteorologia prevê, ainda, com exceção de agosto, que este inverno (ju-lho e setembro) poderá vir a ser semelhante ao de 2009. Logo, mantém-se previsão de que não haverá escassez de chuvas (mas possivelmente, até exce-dentes) nos meses que se seguem.

Face estas previsões climáticas para estes próximos meses e à elevada de-manda por matéria-prima (cana), a Canaoeste recomenda muitas atenções aos produtores para que evitem mato--competição, (controláveis) danos por pragas. E, por ocasião das colheitas,

Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de abril 2011 Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de abril de 2012.

Mapa 4:- Adaptação pela CANAOESTE do Prognóstico de Consenso entre INMET e INPE para o bimestre junho-

julho de 2012. Este prognóstico difere do anterior, apenas na faixa litorânea - sul da Bahia ao Rio Grande do Norte.

RC

evitar também pisoteios, perdas de cana e de sua qualidade.

Estes prognósticos serão revisados na Revista Canavieiros. Os prognósticos ou fatos climáticos relevantes serão noticia-dos em nosso site www.canaoeste.com.br.

Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos mais próximos ou através do Fale Conosco Canaoeste.

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Revista Canavieiros - Maio de 2012

34Artigo Técnico

orientação do uso de defensivos agrícolasO Defensivo Agrícola necessário a produção é tratado no Brasil por forma de

lei (Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1.989) como agrotóxico.

Os agrotóxicos são produtos químicos utilizados rotinei-ramente na agricultura con-

vencional para controle de plantas in-vasoras, pragas e doenças. Por serem tóxicos ao homem e ao meio ambien-te, devem ser manuseadas com o má-ximo cuidado, em todas as etapas de utilização, desde seu transporte até a propriedade, o armazenamento, o pre-paro da calda, a utilização, a deposi-ção dos resíduos de calda e a lavagem e a devolução de embalagens. Todo agrotóxico apresenta risco para saúde e para o meio ambiente, mas existem diferentes graus de toxicidade, que é dado pela classe toxicológica do pro-duto, indicada pela cor impressa na embalagem.

Utilizados na agricultura a partir do final dos anos 40, os agrotóxicos proporcionaram aos agricultores um considerável aumento de produtivida-de. Mas logo os efeitos danosos foram percebidos, pelo uso indiscriminado, armazenamento e descartes de emba-lagens vazias de forma inadequada. De acordo com a Andef (2001) Lei Federal nº 9.974 e Decreto nº 4.074 de 04/01/2002, a obrigatoriedade do destino final seguro das embalagens vazias de agrotóxicos e afins, é de res-ponsabilidade dos usuários, comer-ciantes, fabricantes e poder público.

Para disciplinar a destinação segu-ra desses resíduos a nova legislação brasileira de agrotóxicos determina responsabilidade de todos os segmen-tos. A fiscalização fitossanitária tem estado presente em diversas regiões, com aplicações de multas para aque-les que estão fora das normas. Alguns produtores já foram autuados por falta de informação e conhecimento, o que preocupa a todos os envolvidos nesta cadeia de produção, pois gera um im-pacto negativo diante da opinião pú-blica. É importante que haja uma fis-

Antonio Carlos Cussiol Junior; Daniela Aragão Santa Rosa; Danilo Fonseca Mazoni – agrônomos da Canaoeste

calização de caráter educacional, com troca de informações entre as partes envolvidas.

Pensando nisso, a Canaoeste resol-veu orientar produtores e aplicadores dos cuidados necessários durante todas as etapas de uso dos defensivos agríco-las, desde sua aquisição até a devolução das embalagens.

AqUiSiçãO DO PRODUtOA aquisição do produto deve ser

precedida de uma avaliação da real necessidade de sua aplicação, por um engenheiro agrônomo ou flores-tal, que emitirá a receita adequada para cada caso específico, que deverá conter as orientações quanto ao uso e à dosagem a ser utilizada, época de aplicação, cultura indicada, período de carência e forma adequada de dis-posição das embalagens vazias, assim como os cuidados de proteção ao apli-cador e ao meio ambiente.

Na aquisição, é preciso verificar se a embalagem está perfeita, com o rótu-lo totalmente legível, se o produto não

está vencido ou se o prazo de venci-mento não está muito próximo.

tRAnSPORtE O transporte quando realizado pelo

agricultor, também deve ter cuidados: carregar na carroceria, não transpor-tando juntos com alimentos ou pes-soas; o transporte acima da quantida-de isenta, exige que o motorista seja profissional e que tenha o curso para transporte de produtos perigosos. Em pequenas quantidades é recomendado o transporte em caminhonetes, onde os produtos devem ser cobertos por lona e presa a carroceria. Deve organizar as cargas e manter em ordem o Kit de emergência, documentos do carro, nota fiscal e receituário agronômico. O veículo para transporte dos produtos deve estar em perfeitas condições (luz, freio, pneus, etc).

ARMAzEnAMEntOCuidados do local de armazenamen-

to: devem ser distante de residências, hospitais, fontes de água e circulação de pessoas, com permissão da entrada de pessoas autorizadas. Deve ter um

Depósito de armazenamento de defensivos agrícolas da Copercana

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Revista Canavieiros - Maio 2012

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local exclusivo para os produtos e EPI, separando por classes (herbicidas, fun-gicidas, inseticidas), o local deve per-mitir a circulação de ar, sem vazamen-tos e infiltrações, deve ser coberto, com portas. Não deixar em local aberto, de preferência fazer prateleiras por classes e não deixar em contato com o chão, e indicando na porta de entrada uma pla-ca: PERIGO, VENENO.

UtilizAçãOLer atentamente as instruções da re-

ceita agronômica, da bula do produto e folheto complementar. Regular corre-tamente o equipamento de aplicação. A pulverização deve ser feita nas horas mais frescas do dia e sempre a favor do vento, usando o equipamento de pro-teção individual (EPI) desde o preparo da calda até o final da aplicação. No momento da aplicação não deverá per-manecer pessoas desnecessárias, nem crianças. A lavagem das embalagens vazias é uma prática feita no mundo in-teiro para reduzir os riscos de contami-nação de pessoas, proteger o ambiente e aproveitar o produto.

tRíPliCE lAVAgEMEsvazie o conteúdo da embalagem no

tanque do pulverizador; adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volu-me; tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos; despeje a água de lava-gem no tanque do pulverizador; faça esta operação 3 vezes; inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo. Menores de 18 anos, gestantes e idosos não podem manusear ou aplicar agro-tóxico. É proibido por lei. Respeitar o período de carência e o período de reen-trada na lavoura. O uso de EPI é obriga-tório durante o manuseio e aplicação de agrotóxicos, pois protege o trabalhador contra o risco de intoxicação. Exemplos: luvas e avental impermeáveis, máscaras, óculos, camisas de manga compridas e calças tratadas com produto repelente à calda tóxica.

DEVOlUçãO DE EMBAlAgEnSA legislação determina como res-

ponsabilidade do usuário do agrotóxi-co, o preparo das embalagens vazias para devolvê-las e comprovar a devolu-ção nas unidades de recebimento.

Aos revendedores compete receber e arma-zenar em local seguro, de acordo com a legisla-ção estadual específica, as embalagens devol-vidas pelos usuários. Os fabricantes têm a obrigação de providen-ciar o recolhimento nos locais onde foram de-volvidas, bem como dar destino final as embala-gens vazias. O período previsto para o arma-zenamento das emba-lagens na propriedade é de um ano, a partir da data de aquisição do produto. Entretanto, se o usuário não utilizou todo o conteúdo e este ainda se encon-tra no prazo de validade, a devolução poderá ocorrer em até 6 meses após vencimento da validade.

O usuário quando transportar as em-balagens para devolução deve levá-las com suas respectivas tampas, para a unidade de recebimento. Ao entregá--las, exigir os comprovantes de entre-ga das embalagens, os quais deverão ser mantidos junto com a nota fiscal de compra do produto e o respectivo re-ceituário agronômico, à disposição dos órgãos de fiscalização.

RESPOnSABiliDADESPREViStAS nA lEgiSlAçãOTodos os procedimentos fazem par-

te da Legislação com a Lei nº7.802 11/07/1.989 que foi substituída pelo Decreto 4.074 de 04/01/2012 que tem normas para aquisição, transporte, ar-mazenamento, manuseio e devolução de embalagens de agrotóxicos

A nR – 31 Norma Regulamenta-dora 31 do Ministério do Trabalho diz que o empregador rural ou equi-parado deve fornecer equipamentos de proteção individual e vestimentas adequados aos riscos, que não propi-ciam desconforto térmico prejudicial ao trabalhador.

Para melhor segurança e prevenção, o aplicador deve estar munido sempre do certificado do treinamento e do re-

ceituário agronômico dos produtos que estiver usando, com as especificações dos cuidados necessários que deve estar assinado por um engenheiro agrônomo. O empregador tem por responsabilida-de fiscalizar se o empregado esta usan-do os equipamentos de proteção. O não cumprimento acarreta em responsabili-dades para ambas as partes. O empre-gador poderá ser multado e responder civil e criminalmente, e o funcionário poderá ser demitido por justa causa.

CAMPAnHA DO gOVERnO DE SãO PAUlO

A Secretaria de Agricultura do Es-tado de São Paulo, representada pela Coordenadoria de Defesa Agropecu-ária e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, junto com a Secre-taria do Meio Ambiente (CETESB), a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP) e outras entidades como ANDAV, OCESP, SESCOOP/SP e INPEV criou o Grupo de Traba-lho Interdisciplinar de Destinação Final de Agrotóxicos (GT) para organizar o descarte de agrotóxicos que não são utilizados nas atividades agrícolas do Estado de São Paulo.

Para dar uma solução a esse proble-ma mundial sem risco de multa, declare os resíduos de BHC, DDT, entre outros, que estão em sua propriedade rural no Estado de São Paulo até a data de 24/07/2012.

Os associados da Canaoeste podem procurar a orientação dos agrônomos caso tenham dúvidas.

Foto: Divulgação Inpev

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Revista Canavieiros - Maio de 2012

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Sorgo Sacarino: a bola da vez

O sorgo é planta originária da África, tendo sido introduzido no Brasil por volta de 1850,

sendo as principais regiões produtoras situadas nos Estados de Goiás e Minas Gerais. Em regiões da África é usado como alimento humano, bem como no sul da Ásia e na América Central. Nos Estado Unidos, Austrália e América do Sul constitui importante base da ali-mentação animal.

O sorgo granífero é o mais cultivado no mundo inteiro. O sorgo sacarino ou Sorghum bicolor (L) Moench tem sido objeto de plantios experimentais no Brasil e no exterior com o objetivo de estender o período de operação indus-trial de usinas e destilarias e, por essa razão, o sorgo sacarino ser considerado no Brasil uma cultura complementar à cana-de-açúcar para a produção de etanol. Os colmos do sorgo sacarino contêm entre 33-40% de ATR, portanto de conteúdo semelhante ao da cana-de--açúcar. Por essa razão, tal quantidade tem condições de ser conduzida à es-teira de moagem, passar por processo fermentativo e produzir etanol de forma econômica, de modo idêntico à cana--de-açúcar.

O sorgo sacarino apresenta as vanta-gens do ciclo curto, de cerca de quatro meses, de efetuar o plantio por semen-tes, sistema mais rápido e barato que o modo vegetativo usado pela cana, a pos-sibilidade de colheita parcial dos grãos ou integral, usando as mesmas máquinas e veículos de colheita da cana, incluindo transbordos de tipos variados, veículos e caminhões-oficina, de apoio e bombei-ro. Usa também as mesmas instalações de processamento industrial da cana-de--açúcar para obtenção de etanol. Após passar pelo processo de industrialização, na forma de bagaço, o material fibroso tem condições de ser empregado como combustível na alimentação de caldeiras, produzindo o vapor necessário para con-sumo nas diversas operações industriais ou produzir energia elétrica por cogera-ção. A biomassa do sorgo, além do uso

Jair Rosas da Silva, engenheiro agrônomo do IAC / Centro de Engenharia e Automação

Artigo Técnico

industrial, pode ser em-pregada na alimentação de bovinos, suínos e aves.

A semeadura do sorgo é realizada de novembro a dezembro. Conforme a cultivar, o ciclo vegeta-tivo varia entre 105-120 dias e a colheita é efetu-ada em março ou abril.

Plantio experimental de sorgo sacarino, vi-sando à produção de etanol, foi realiza-do pelo grupo industrial Cerradinho na Usina Porto das Águas, em Chapadão do Céu, Estado de Goiás. O experimento abrangeu área de 1.800 hectares, obtendo a produção de 25 t/ha de biomassa, geran-do 35 litros de etanol por tonelada. Adu-zem que, para a produção ser econômica, devem ser produzidos 60 t/ha de biomas-sa e 50 litros de etanol por tonelada.

Em 2011 foi realizado na Repúbli-ca Dominicana plantio experimental comparativo entre as culturas de sorgo sacarino e cana-de-açúcar, esta tradicio-nal no País, usando espaçamento duplo no sorgo de 0,50x1,20 m, irrigado pelo sistema em sulcos. O custo de produção em plantio direto foi R$1.400/ha, idên-tico ao da cana nas condições locais. A velocidade usada na colheita foi de 6,5 km/h. A capacidade operacional foi 0,66 ha/h e o custo, de R$900/ha.

A produtividade do sorgo esteve compreendida entre 43-50 t/ha e, a da cana, de 82,4 t/ha. Informe aduz que o período de colheita do sorgo é muito curto, de cerca de 30 dias e que a co-lheita efetuada fora da época resulta em perda de qualidade do produto.

A densidade do produto de colheita do sorgo mostrou ser cerca de 30% me-nor que o da cana, representando o custo de R$12,00/t, sem considerar a depre-ciação de equipamentos. O custo unitá-rio de colheita do sorgo foi R$24,00/t e o da cana registrou R$21,00/t.

O ATR do sorgo foi de 112 Kg/t, ao passo que a cana apresentou 140 kg/t. Do ponto de vista industrial, por ser alto o índice de açúcares redutores, o sorgo sacarino é próprio para produção de etanol. O custo de produção do etanol, de R$0,94/litro, revelou ser ligeiramen-te abaixo do da cana, este de R$1,00/l.

A conclusão desse estudo experi-mental é que a cultura do sorgo saca-rino agrega cerca de 6% ao lucro da cultura de cana-de-açúcar, podendo assim ser considerado como atividade complementar à cana para a produção de etanol, contudo sem a intenção de substitui-la.

Tem a vantagem de reduzir o perío-do de entressafra da cana e a ociosidade das usinas, além de aumentar o período de fornecimento de energia elétrica de-vido ao prosseguimento na alimentação de caldeiras usadas na cogeração.

De um modo geral, em todos os plantios experimentais relatados, as principais pragas da cultura do sorgo sacarino foram as seguintes:

a) Lagarta Spodoptera, no início do ciclo vegetativo;

b) Lagarta do cartucho, que ataca ou-tras gramíneas, como o milho;

c) Lagarta Agrotis, que atua princi-palmente na emergência das plântulas;

d) Broca Diatraea, atacando da flora-ção a colheita;

(continua na próxima edição)

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Revista Canavieiros - Maio 2012

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Revista Canavieiros - Maio de 2012

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Eventos e cursos Junho 2012CURSO: ii CURSO DE PRODUçãO DE

MUDAS DE AltA qUAliDADEData: 04 e 05 de junho de 2012inscrição: As inscrições são realizadas na página do curso

na Internet. http://www.infobibos.com/prodmudaslocal: Sala de Eventos do Diplomata Hotel, em Campinas - SPMais informações: Valor parcelado em até três vezesValor: R$ 390,00 a R$ 540,00

EVEntO: CiClO DE PAlEStRAS – SOJA liVREData: 04 junho de 2012 das 19:00h às 22:00hinscrição: As inscrições validadas após envio de ficha de inscri-

ção – presente na página do ciclo -para o e-mail: [email protected]://www.fealq.siteprofissional.comlocal: Anfiteatro do Pavilhão de Química – Departamen-

to de Ciências Exatas – ESALQ/USP em Piracicaba-SPMais informações: e-mail: [email protected] ou para o

fax: (19) 3422-2755Valor: Gratuito (Disponível 120 vagas).

EVEntO: WORkSHOP – MUDAnçAS CliMátiCAS E PROBlEMAS FitOSSAnitáRiOS

Data: 12 a 14 de junho de 2012 inscrição: Para se inscrever é necessário acessar formulá-

rio de inscrição online, na página do evento na Internet. http://www.cnpma.embrapa.br local: Auditório Paulo Choji Kitamura - Embrapa Meio Ambiente - Rod. Campinas Mogi-MirimKm 127,5 – Tanquinho Velho - Jaguariúna-SPMais informações: [email protected] e/ou

(19) 3311-2700

CURSO: COMUniCAçãO E RESPOnSABiliDADE SOCiOAMBiEntAl

Data: 16 a 17 de junho de 2012 inscrição: As inscrições são realizadas em formulário de

inscrição online e o valor é pago por entrada e mais duas parcelas. - http://posugf.com.br/cursos

local: São Paulo - SPMais informações: Carga horária 20 horas - (11) 2714-5665 Valor: R$ 340,00 – R$ 355,00

CURSO: ii CURSO PRátiCO DE FERtiRRigAçãOData: 21 de junho de 2012 - 07:30h às 12:30hinscrição: As inscrições são realizadas em formulário on-

line, direcionado a partir da página do curso na Internet. Há desconto para as inscrições realizadas até o dia 16 de junho de 2012. - http://fepaf.org.br

local: Botucatu - SPMais Informações: (14) 3882-6300 Valor: R$ 30,00 – R$ 60,00

CURSO: MAnEJO DE SOlO E COntROlE DE PRAgASData: 23 de junho de 2012 - 08:00h às 18:00hinscrição: As inscrições podem ser feitas por formulário on-

line ou por atendimento telefônico e são validadas após compro-vação de depósito bancário no valor da taxa de inscrição.

http://aao.org.br/aao/cursoslocal: Mairiporã - SPMais informações: e-mail: [email protected] e/ou

(11)3875-2625 Valor: R$ 80,00 – R$ 100,00

EVEntO: XiX JORnADA DE AtUAlizAçãO EM AgRiCUltURA DE PRECiSãO

Data: 25 a 29 de junho de 2012 inscrição: As inscrições são realizadas na página do curso

na Internet com pagamento por boleto bancário ou por ficha de inscrição e pagamento por depósito bancário

http://www.fealq.org.br local: Piracicaba - SPMais informações: Carga horária: 50 horas - E-mail:

[email protected] e/ou (19) 3417-6604 – (19) 3417-6601Valor: R$ 1.100,00,00

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Page 39: Agrishow 2012

Revista Canavieiros - Maio 2012

39

Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português.

“ Ocupei-me o tempo todo para disfarçar a saudade.”Clarice Lispector

cultivando a língua Portuguesa

PARA VOCÊ PENSAR:

* Advogada, Prof. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de

vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.

1) Pedro comprou o presente para a sua namorada: uma bela “JóiA”,

A “jóia” será bela se for escrita de forma correta, segundo o Novo Acordo Ortográfico.

Correto: JOIA (sem acento).

Regra fácil: não existe mais o acento dos ditongos (quando há duas vogais na mesma sílaba) abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas (as que têm a penúlti-ma sílaba mais forte), segundo o Novo acordo Ortográfico.

2) A “platéia” ficou entusiasmada com o espetáculo.

...mas a Língua Portuguesa não com o erro na grafia!

O correto é : plateia (sem acento).

Regra fácil: não existe mais o acento dos ditongos (quando há duas vogais na mesma sílaba) abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas (as que têm a penúlti-ma sílaba mais forte), segundo o Novo acordo Ortográfico.

3) SAiBA MAiS PARA nãO ERRAR:

a) Ela é uma das que “pensa” ou “pensam” assim?

Correto: tópico gramatical: Concordância - A expressão “uma das que” faz concordancia no plural.

Portanto, o correto é: Ela é uma das que pensam assim. (das que pensam as-sim, ela é uma).

Outros exemplos corretos:

O amigo foi uma das pessoas que mais o apoiaram.Não sou dos que acham isso. (daqueles que acham isso)

“ Vivo no quase, no nunca e no sempre.

Quase, quase—e por um triz escapo.”Clarice Lispector

“Fique de vez em quando só, senão será submergido.

Até o amor excessivo pode submergir uma pessoa.”

Clarice Lispector

“General Álvaro Tavares Carmo”

Contabilidade Rural

“Este texto, utilizando-se de uma aborda-gem atual, prática e objetiva, vem preencher uma lacuna na bibliografia de Contabilidade Rural, no Brasil, e atender à necessidade de um texto com conteúdo programático adequado ao ensimo e à prática profissional. Em primeiro lu-gar, trata da Contabilidade Agrícola, onde são destacadas as diferenças básicas na contabili-zação das culturas temporárias e permanentes, bem como é analisado o tratamento contábil que deve ser dado ao desmatamento e prepa-ro do solo para cultivo. Um dos pontos altos aqui abordados é o tratamento da depreciação na agropecuária. Além disso, o Autor introduz um plano de contas para empresas agrícolas e faz comentários sobre o funcionamento das principais contas. Em segundo lugar, discorre sobre a Contabilidade Pecuária e trata porme-norizadamente do método de custo, do custo da pecuária, bem como do método do valor de mercado. Em terceiro lugar, trata do Imposto de Renda aplicado à atividade rural.”

(Trecho extraído da contracapa do livro)

MARION, José Carlos. Contabilidade ru-ral: contabilidade agrícola, contabilidade da pecuária, imposto de renda pessoa jurídica. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2007. 251 p. ISBN 978-85-224-4915-6.

Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a

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Renata Sborgia

Page 40: Agrishow 2012

Revista Canavieiros - Maio de 2012

40

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Revista Canavieiros - Maio 2012

41

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Notícia do Setor

ceise Br lança Programa Selo VerdeAtravés da Prefeitura de Sertãozinho, programa certificará

empresas que praticam a sustentabilidade

No dia 19 de abril, o CeiseBr (Centro Nacional das Indús-trias do Setor Sucroenergé-

tico e Biocombustíveis) realizou o lançamento do Programa Selo Verde “Empresa Ambientalmente Saudá-vel”, que certificará as empresas que possuem boas práticas ambientais sustentáveis.

Este programa é uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Sertãozinho em parceria com a Secretaria de Meio ambiente. O objetivo principal é in-centivar o setor produtivo a dar mais atenção à preservação ambiental, de-legando responsabilidades e propon-do ações.

O prefeito de Sertãozinho, Nério Costa, esteve presente durante o lan-çamento e acredita ser esta uma ini-ciativa importante para a socialização do meio ambiente. “O setor industrial é o setor que leva o país para fora e nada mais justo do que começar esta educação ambiental por ele”, disse.

A certificação será mediada de acordo com o interesse da empresa. Aquelas que estiverem interessadas deverão solicitar à Secretaria do Meio Ambiente o formulário do programa, que posteriormente será avaliado. As empresas que obterem nota igual ou

superior a 70 pontos nas direti-vas do formulário serão certifi-cadas com o selo verde.

Estas diretivas que serão avaliadas correspondem as ati-vidades ambientais que já são realizadas pela empresa, como: tratamento adequado dos resí-duos industriais, política interna de coleta seletiva de resíduos, controle de poluição de ar e so-nora, plano de gerenciamento de

resíduos sólidos, apoio a entidades que trabalham em defesa do meio am-biente, ações de educação ambientais, iniciativas de apoio a arborização e produção de mudas no município, existência de profissional responsável pelo controle ambiental e a reutiliza-ção de água pluvial.

O segundo vice-presidente do Cei-se Br, Osvaldo Mazer, disse que as exigências no mercado externo são grandes e para que o país cresça, é ne-cessário que toda a cadeia produtiva se adéque à elas. “É importante fazer o melhor que pudermos, pois se a so-ciedade via bem, nós também vamos. Temos que nos unir e fazer com que as coisas aconteçam de maneira eficaz e sustentável”, articulou Mazer.

Carla Rodrigues

RC

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