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Revista Canavieiros - Maio de 2015

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quarta-feira, 20 de maio de 2015 10:32:09

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Revista Canavieiros - Maio de 2015

3Editorial

As incertezas políticas envolvidas no anúncio do Plano Agrícola e Pecuário e o aumento recente da taxa de juros para o financiamento de máquinas, de 4,5% para 7,5%, provocaram um impacto significativo nos negócios da maior feira de tecnologia agrícola da América Latina e uma das três maiores do mundo. A Agrishow fechou sua 22ª edição, realizada de 27 de abril a 1º de maio, com estimativa de vendas de R$ 1,9 bilhão, contra R$ 2,7 bilhões no ano passado. Uma queda de 30%. Foi a primeira vez em mais de duas décadas de história que a feira tem balanço negativo.

Este é o principal destaque desta edição da Revista Canavieiros, que mostra, por outro lado, que o agro-negócio continua pujante, aproveitando a Agrishow como vitrine para mostrar seus principais lançamen-tos, que não são poucos. A feira, que, nos últimos anos, vem diversificando seu portfólio, já atende a todos os tipos de público, desde o grande agricultor à dona de casa, passando até mesmo por visitantes pratica-mente sem ligação com a agricultura. É inovação nas máquinas agrícolas misturada a soluções domésticas.

Apesar da queda, a Agrishow 2015 apontou os principais caminhos para a retomada dos investimentos. A presença de autoridades políticas, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o vice-presidente da República, Michel Temer, e a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, motivaram debates acerca das ne-cessidades do campo para enfrentar o momento de crise do País.

Entrevistas com o presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do SENAI-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Paulo Skaf, e com o secretário de Desen-volvimento Econômico de Piracicaba-SP e diretor do SIMESPI (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico, Eletrônico, Siderúrgicas e Fundições de Piracicaba, Saltinho-SP e Rio das Pedras – SP), Tarcísio Ângelo Mascarim, também podem ser conferidas nesta edição. Além da Coluna Caipirinha, assinada pelo professor Marcos Fava Neves opinam no “Ponto de Vista”, Marcos Túlio Bullio, consultor da MBF Agribusiness; Octávio Antonio Valsechi, engenheiro agrônomo, pro-fessor e pesquisador do Departamento de Tecnologia Agroindustrial e Socioeconomia Rural do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de São Carlos, e Marcos Virgílio Casagrande, gerente de Desenvolvimento de Produtos do CTC.

As notícias do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred, entre elas, a inauguração da 21ª loja de Ferragens e Magazine, da cooperativa, em Guará-SP, assuntos legais, informações setoriais, classificados e dicas de leitura e de português também podem ser conferidas na revista de maio.

Agrishow no vermelho

Boa leitura!Conselho Editorial

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Revista Canavieiros - Maio de 2015

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Ano IX - Edição 107 - Maio de 2015 - Circulação: Mensal

Índice:

E mais:

Capa - 34Agrishow 2015 tem queda de

30% nas vendasPela primeira vez em 22 edições,

a feira registrou redução no volume de negócios

18 - Notícias Copercana- Copercana inaugura sua 21ª loja de Ferragens e Magazine, em Guará-SP

30 - Notícias Sicoob Cocred- 3ª Corrida Sicoob Cocred – Copercana, Canaoeste - Parabéns Serrana

Entrevista IITarcísio Ângelo Mascarim

.....................página 08

Pontos de VistaMarcos Virgílio Casagrande

.....................página 10Marcos Tulio Bullio

.....................página 12Dr. Octávio Antonio Valsechi

.....................página 14

Assuntos Legais.....................página 15

Coluna Caipirinha.....................página 16

Eventos:Espaço Conferência Fenasucro promove palestras e debates

.....................página 56

Artigo Técnico:Nematoides na Cultura da Cana--de-Açúcar Inimigos Invisíveis

.....................página 58

Informações Setoriais.....................página 60

Classificados.....................página 62

Cultura.....................página 66

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05 - EntrevistaPaulo SkafPaulo Skaf, presidente do Sebrae-SP e do CIESP “Os empresários programam investimento e, de repente, as re-gras mudam e todo mundo fica perdido”

- Presidente da Canaoeste e Orplana é homenageado na 43ª edição do Prêmio Deusa Ceres durante a Agrishow

- Relançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético- Manoel Ortolan participa de reunião com o secretário de Política Agrícola do Minis-

tério da Agricultura André Nassar

22 - Notícias Canaoeste

Expediente:Conselho editoRial:Antonio Eduardo TonieloAugusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido VanzellaManoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio SicchieriOscar Bisson

editoRa:Carla Rossini - MTb 39.788

PRojeto gRáfiCo e diagRamação: Rafael H. Mermejo

equiPe de Redação e fotos:Andréia Vital, Fernanda Clariano, Igor Saven-hago e Rafael H. Mermejo

ComeRCial e PubliCidade:Marília F. Palaveri(16) 3946-3300 - Ramal: [email protected]

imPRessão: São Francisco Gráfica e Editora

Revisão: Lueli Vedovato

tiRagem desta edição: 22.200 exemplares

issn: 1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do

Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred. As matérias assinadas e informes publicitários

são de responsabilidade de seus autores. A reprodução parcial desta revista é autorizada,

desde que citada a fonte.

endeReço da Redação:A/C Revista Canavieiros

Rua Augusto Zanini, 1591 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-550Fone: (16) 3946.3300 - (ramal 2008)

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Revista Canavieiros: Qual a sua avaliação sobre as dificuldades en-frentadas pela indústria no Brasil?

Paulo Skaf: Hoje [27 de março], por coincidência, foi anunciado o PIB de 2014. E a economia teve um crescimen-to de apenas 0,1%, ou seja, não houve crescimento no ano passado. A indústria geral teve um crescimento negativo, de 1,2%, e a indústria de transformação, menos 3,8%. Isso não é novidade, mas mostra a falta de competitividade que o país tem passado. Os altos custos da energia, da infraestrutura, da logística, dos juros, dos impostos, a burocracia, a falta de crédito, todas essas dificulda-des roubam a competitividade do País e prejudica, especialmente, a indústria de transformação, que responde por 13% do PIB e paga um terço dos impostos. Ou seja, a cada três reais recolhidos de impostos, um é pago por essa indústria. Isso pesa muito e acaba dando um re-sultado negativo.

Revista Canavieiros: Desonerar a folha de pagamento é uma saída?

Skaf: Não. Desonerar foi já uma sa-ída porque foi feito e o governo quer agora retroagir. Encaminhou um proje-

Paulo Skaf

“Os empresários programam investimento e, de repente, as regras mudam e todo mundo fica perdido”

Discutir as principais dificuldades enfrentadas pela indústria de transformação no Brasil, especialmente no Estado de São Paulo, e possíveis medidas para reduzir seus impactos. Esse foi o principal objetivo da vinda, a Ribeirão Preto-SP, de Paulo Skaf, presidente do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas), da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

O encontro, realizado no Hotel JP, em Ribeirão Preto, no dia 27 de março, com empresários de dezenas de municípios da região, entre eles Sertãozinho-SP e Franca-SP, onde estão dois polos importantes – o su-croenergético e o calçadista –, foi motivado por um recente levantamento que mostra que, no ano passado, a indústria de transformação brasileira mais demitiu do que contratou, amargando uma queda de 164 mil postos de trabalho. De acordo com o Decomtec (Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp), foi o primeiro saldo negativo desde 2002.

Antes da reunião, que tratou de temas como desoneração da folha de pagamentos e a proposta de jun-ção do PIS/Cofins, em pauta no Governo Federal, Skaf concedeu uma entrevista coletiva. Confira.

Igor Savenhago

Entrevista I

Crédito: Divulgação/CIESP

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to de lei para a Câmara dos Deputados e nós vamos lutar, porque essa desone-ração foi feita em troca de um percen-tual sobre o faturamento das empresas e, agora, o governo quer mais que do-brar esse percentual. Quando a folha de pagamento, dependendo do setor, foi desonerada em 20%, foi colocado 1% de imposto novo sobre o faturamento e, em alguns casos, 2%. O que o governo propõe agora é o que era 1% virar 2,5%, e o que era 2% virar 4,5%. É isso que não vamos permitir que aconteça.

Revista Canavieiros: O governo está mais atrapalhando que ajudando?

Skaf: Os governos mais atrapalham mesmo. Lamentavelmente, no Brasil, eles têm mostrado isso. Cobram mui-tos impostos e não dão retorno para as pessoas, para a sociedade. Veja o exemplo da Segurança Pública, da Saúde, da Educação, do Transporte Público. E, em relação ao Governo Fe-deral, a burocracia tremenda, a carga tributária elevadíssima e uma mudança de regras a toda hora. Os empresários programam investimento, uma direção e, de repente, as regras mudam e todo mundo fica perdido, como está aconte-cendo agora.

Revista Canavieiros: Falando es-pecificamente das regiões de Ribeirão Preto, Sertãozinho e Franca, haveria uma saída peculiar?

Skaf: A nova realidade cambial, com o dólar a R$ 3, R$ 3,20, é um respiro, sem dúvida, para exportação. É um res-piro também para controlar as importa-ções, ou seja, isso vai ajudar de uma for-ma linear, uma forma horizontal a todos os setores de todas as regiões. Eu diria que, em meio a tantas más notícias, se há uma boa é o dólar nesses patamares, que recupera parte da competitividade

brasileira. Também estamos lutando para ampliar a faixa do Simples. Hoje, existem no Estado de São Paulo cerca de 2,5 milhões de micro e pequenas empresas que precisam ser apoiadas. E, também, mais de um milhão de micro-empreendedores individuais, chamados de MEIs. E essa é a forma que estamos encontrando para ajudá-los: aumentar a faixa de enquadramento no Simples. Hoje, o microempreendedor individual tem uma faixa de até R$ 60 mil por ano de faturamento, o microempreendedor até R$ 360 mil e as micro e pequenas empresas até R$ 3,6 milhões. Quando ultrapassam essas faixas, perdem todas as vantagens, no caso do Simples. Esta-mos trabalhando para aprovar a amplia-ção, dobrando o valor das faixas. Para os microempreendedores individuais, o limite passaria de R$ 60 mil para R$ 120 mil. Para os microempreendedores, de R$ 360 mil para R$ 720 mil. E para as micro e pequenas empresas, dos atu-ais R$ 3,6 milhões para R$ 7,2 milhões.

Revista Canavieiros: Outro proble-ma que as empresas enfrentam é a di-ficuldade de conseguir crédito. O que pode ser feito nesse caso?

Skaf: Estive recentemente com a presidência do BNDES (Banco Na-cional de Desenvolvimento Econô-mico e Social), levando justamente essa mensagem, da dificuldade que os setores industriais estão passando. Ci-tei, especialmente, a região onde está Ribeirão Preto e Sertãozinho, devido à situação do setor sucroalcooleiro e as empresas que fornecem equipa-mentos para este setor. E solicitei que o BNDES faça um estudo especial, permitindo um fôlego a essas ativida-des, que estão fazendo todo o sacrifí-cio, mas não por culpa delas e, sim, por culpa de uma conjuntura da eco-nomia brasileira. Espero que a gente consiga alguma coisa, um oxigênio para esta cadeia produtiva.

Revista Canavieiros: O setor em-prega mais de 2,5 milhões de pessoas em todo o país. Só isso já não justifi-ca que o governo olhe para ele com mais carinho?

Skaf: Não tenha dúvida, ainda mais que São Paulo responde por dois terços deste setor no Brasil. Então, é interesse total do nosso Estado e do país que o setor sucroalcooleiro seja prestigiado, coisa que não tem sido já há algum tempo. RC

Entrevista I

Reunião contou com a presença de empresários da cana-de-açúcar e do calçado

Crédito: Divulgação/CIESP

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Revista Canavieiros: Como o pro-jeto da Governança Corporativa pode contribuir, efetivamente, para a recu-peração do setor sucroenergético?

Tarcísio Ângelo Mascarim: Este projeto é uma tentativa de forçar o go-verno a atender às reivindicações do setor. Ele precisa prever tudo o que é preciso ser feito para que a cadeia cana-vieira volte a crescer, a se desenvolver, e, feito isso, exigir do governo que seja implantado. Entreguei ao grupo que elaborou o projeto um trabalho de 2011, de especialistas do BNDES (Banco Na-cional de Desenvolvimento Econômico e Social), que fizeram uma pesquisa de mercado para chegarem à conclusão de que o país precisa de mais 134 usinas com capacidade para moer, cada uma, quatro milhões de toneladas de cana. Isso seria a redenção do setor sucroe-nergético. Nessa pesquisa, está tudo ali, quais seriam as políticas públicas ade-quadas. E foi algo feito pelo banco do próprio governo. Por que está arquiva-do até hoje? Não tem explicação.

Canavieiros: São diversas as ini-ciativas para a recuperação do setor, mas poucas têm dado resultado signi-ficativo junto a esse governo. Por que

Entrevista II

Tarcísio Ângelo Mascarim

“É preciso tomar uma medida séria. O governo tem que acordar”

Igor Savenhago

Tarcísio Ângelo Mascarim é secretário de Desenvolvimento Econômico de Piracicaba-SP e dire-tor do SIMESPI (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico, Eletrônico, Siderúrgicas e Fundições de Piracicaba, Saltinho-SP e Rio das Pedras-SP), entidade da qual já foi presidente. Empresário, entusiasta do setor sucroenergético e do cooperativismo, defende que, para a cadeia produtiva se recuperar, é preciso que seus representantes cobrem o Governo Federal diretamente em Brasília.

Por isso, apoia a proposta do projeto de Governança Corporativa do setor, que pretende organizar uma marcha até a Capital Federal e cuja primeira reunião oficial foi realizada no auditório da Ca-naoeste, em Sertãozinho-SP, no início de abril – da qual Mascarim esteve presente. Em entrevista à Canavieiros, ele falou sobre a insatisfação contra a política de preços dos combustíveis adotado pela Presidente Dilma Rousseff, as dificuldades de produtores e industriais para reverter a crise e sobre quais podem ser as possíveis contribuições dos Estados para o fortalecimento do etanol.

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o senhor acredita que, com o projeto da governança, será diferente?

Mascarim: Posso dizer que estou de acordo com o Roberto Rodrigues (ex-ministro da Agricultura), que disse que a Presidente (Dilma Rousseff) não gosta do setor. Pode ser isso. Não tinha cabimento ela segurar o preço da gaso-lina. Se tivesse liberado, o etanol esta-ria com mais 100 usinas construídas. O setor quebrou na mão dela. E por culpa dela. Não havia razão nenhuma para isso. Ela tinha alternativas. Não fez e, além de quebrar o setor, que-brou a Petrobras. Agora, precisa tomar medidas para o setor se recuperar. Os Estados Unidos passaram à frente do Brasil por culpa do nosso governo. O Bush (George W. Bush, ex-presidente norte-americano), quando esteve no nosso país, falou que ia usar o etanol lá, misturado na gasolina deles, e fi-cou por isso mesmo. Naquela época, éramos o principal produtor de etanol. Hoje, os Estados Unidos produzem 50 bilhões de litros por ano. E de milho. E nós não chegamos a 30 bilhões. Isso é um absurdo. É preciso tomar uma me-dida séria. O governo tem que acordar.

Canavieiros: O setor já passou por outras crises. Antes dessa, a mais recente foi no final da década de 90, quando foi organizado em Sertãozinho o grito pelo emprego e pela produção, semelhante ao protesto do último dia 27 de janeiro agora de 2015. O senhor vê diferenças entre os dois momentos na questão do diálogo com o governo?

Mascarim: Entendo que a crise da-quela época é diferente da crise de hoje. Que hoje a culpa é do governo, que segurou o preço da gasolina sem pre-cisar. A minha sugestão é que se esta-beleça que a gasolina vá custar sempre 30% mais caro que o álcool. Acabou o problema. Nesse caso, fica para o con-sumidor decidir se vai usar álcool ou gasolina. Porque se a gasolina estiver abaixo disso, ele vai pôr gasolina. Não vai pensar no meio ambiente.

Canavieiros: As mudanças recen-tes, como o aumento da CIDE (Con-tribuições de Intervenção no Domínio Econômico) e da mistura do etanol na gasolina, de 25% para 27%, podem ser

um sinal de reação do setor? Ou são medidas paliativas?

Mascarim: Paliativas. Fico pensan-do: Por que deixar entrar no País car-ro importado só à gasolina? Importa só carro flex. Não precisamos dos que usam apenas gasolina. Quem quer abas-tecer com gasolina, usa no flex. Acho que é paliativo porque esse aumento de 2% resulta em um bilhão a mais de li-tros de etanol. É pouco. Representativo apenas para quem vende. O que é pre-ciso é ter uma política pública que seja favorável ao etanol. É meio ambiente. Gasolina é poluente. É isso que tem de ser pensado. Eu, por exemplo, estou no álcool, seja fora ou dentro dos 30% em relação ao preço da gasolina. Mas nem todos pensam assim. O pessoal vai olhar o que está barato. Então, repito, essa relação precisa ser mantida. Se o etanol custa R$ 1,00, a gasolina tem que custar R$ 1,30. Estabelece isso e resolve o problema.

Canavieiros: O senhor é secretário de Desenvolvimento Econômico de Piraci-caba. Que reflexos têm acontecido lá?

Mascarim: Piracicaba contou com a sorte de ter uma indústria automoti-va, a Hyundai, entrando na cidade nes-sa ocasião de crise. Senão seria bem pior, como Sertãozinho, que está nessa draga que a gente vê. Quase 80% de Piracicaba era voltada ao setor sucroe-nergético. Hoje, é equivalente a pouco mais de 40%, porque o automotivo pe-gou 30%. Então, houve uma compen-sação nos empregos. Foram dispensa-dos do setor canavieiro perto de sete mil pessoas. E o automotivo admitiu, entre autopeças e a própria Hyundai, também em torno de sete mil. Mas, economicamente falando, a situação está ruim. Saí da Dedini com R$ 1,5 bilhão de faturamento. Estava bom-bando. Hoje, ela não fatura nem um terço disso, o que acontece em todas as empresas. As usinas, por exemplo, não perderam em quantidade de cana. Mesmo assim, enfrentam dificuldades. Atualmente, estamos com pouco mais de 600 milhões de toneladas de cana por safra, quando a meta era chegar a um bilhão. São 400 milhões a menos, o que representa as cerca de 100 usinas que estão faltando no País.

Canavieiros: O senhor vê perspec-tivas para o setor?

Mascarim: Desde que esse trabalho da governança seja bem desenvolvido e a gente chegue a Brasília, levando tra-tores, caminhões, como fizeram os ca-minhoneiros há pouco tempo, quando pararam as estradas. No nosso caso, não precisa parar estrada. É cercar o Planal-to, entregar o projeto ao governo e dizer o que precisamos. Não podemos ficar quietos. Temos que nos manifestar.

Canavieiros: Recentemente, o se-nhor escreveu um artigo em que de-fende que, se o Governo Federal con-tinuar não dando atenção ao etanol, esse protagonismo poderia ser exerci-do pelos Estados. De que forma?

Mascarim: Essa é outra alternativa, que, inclusive, enviei à Secretaria de Agri-cultura de São Paulo. Veja bem: São Paulo é o maior consumidor de gasolina do País, com dez bilhões de litros ao ano. Se qui-ser, pode fazer um plano de não consumir mais gasolina. Só etanol. Para isso, preci-saria de 13 bilhões de litros de etanol ao ano. Só para esse volume, são 55 usinas de três milhões de toneladas de cana, o que representaria um grande impulso ao setor. Tranquilo de fazer. Por isso, foi muito im-portante a criação da Frente dos Governa-dores este ano. Se todos os governadores se unissem e definissem um ICMS (Im-posto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na mesma base de São Paulo, o etanol ficaria viável em todos os Estados. Hoje, isso acontece só em quatro Estados. Então, acho que as unidades da federação têm que assumir esse problema.

Canavieiros: Além de toda a história de atuação no setor, o senhor tem muitos anos de cooperativismo. De que forma ele pode ajudar o setor a se reerguer?

Mascarim: A cooperativa é uma asso-ciação que não tem dono. É dos associa-dos. Isso é que é importante. São os asso-ciados que escolhem a diretoria, põem o conselho, porque todos eles têm voto. O cara pode ter o recurso que tiver, mas o voto dele vale um só, como o dos outros. Além de todos terem o mesmo direito, a cooperativa oferece maior chance de ca-pitalização. Por isso, tende a ser o futuro do agronegócio brasileiro. Pena que esse futuro está demorando a chegar. RC

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10Ponto de Vista I

As incertezas climáticas*Marcos Virgílio Casagrande

Marcos Virgílio Casagrande

Segundo a FAO, em conferência de combate à fome, realizada em Bogotá, em 2014: “A partir de

agora, as políticas de segurança alimen-tar na América do Sul e no Caribe terão de considerar os efeitos na agricultura de prolongados períodos de escassez de chuvas e do aumento da temperatura”.

Quando se avalia o impacto do cli-ma na produção de matéria-prima do setor sucroenergético é necessário considerar as oscilações dentro do ano e aquelas que ocorrem ao longo dos anos, pois ambas afetam a produtivi-dade e a dinâmica dos canaviais. Para exemplificar, a estiagem prolongada de 2014 em São Paulo e Minas Gerais chegou a prejudicar a renovação de ca-naviais de algumas unidades em 2015 pela escassez de mudas.

Na região de Piracicaba, em 2014, pela primeira vez em 13 anos, a evapo-transpiração ultrapassou a precipitação pluviométrica e essa situação ocorreu em função de precipitações muito abai-xo da média e de elevadas temperaturas observadas ao longo do ano. Durante sete meses de 2014, a temperatura mé-dia máxima superou 30oC, enquanto a média histórica apresenta apenas um mês nessa condição.

Embora as variedades de cana-de--açúcar apresentem diferentes respostas ao binômio solo-clima, a elasticidade para superar as limitações é finita e in-timamente ligada ao manejo adotado pelo produtor. As instituições de pes-quisa têm realizado um trabalho bastan-te significativo no sentido de produzir variedades mais rústicas, ou seja, que produzem razoavelmente bem em con-dições de estresse. Contudo, é preciso admitir que o aumento da variabilidade climática tem dificultado a vida do pro-dutor, mesmo aqueles mais empreende-dores, que investem em tecnologia.

O clima não afeta somente o desen-volvimento das plantas, afeta também

o acúmulo de sacarose e a ocorrência de eventos que podem ser decisivos na produtividade. Sob determinadas condições pode ocorrer aumento no florescimento, aumento na incidência e severidade de doenças, aumento na dispersão e população de pragas, au-mento na compactação do solo, aumen-to nas falhas de brotação pós-plantio ou pós-colheita, além de danos diretos e indiretos quando ocorrem geadas, chuvas de granizo, etc. Nas últimas cinco safras, a produtividade oscilou entre 68,7 e 82,1 t.ha-1 com média de 76,4 t.ha-1 (figura 1), não conseguindo deslanchar e o clima teve participação especial nesse cenário.

Nos últimos anos, o Centro-Sul do Brasil foi do céu ao inferno em ter-mos de precipitação pluviométrica que, além de ter afetado a produtividade dos canaviais, afetou também a sua dinâmi-ca em relação ao plantio e colheita.

Normalmente, as unidades de pro-dução situadas em regiões de clima menos favorável apresentam maiores dificuldades para garantir boas produ-tividades e isso piora quando o clima oscila. Contudo, mesmo em tais situ-ações, observa-se grande variação de produtividade entre unidades de pro-

dução provando ser possível minimi-zar os fatores deletérios do clima. Co-nhecer a dinâmica das águas, mesmo que sujeita a variações, é fundamen-tal para ajustar as épocas de plantio, favorecendo o suprimento hídrico às plantas quando elas mais necessitam. Estudos realizados no CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) mostraram que um bom suprimento de água nos meses de dezembro, janeiro e feverei-ro permite o acúmulo de até 90 tone-ladas de massa verde em um hectare de canavial.

Figura 1 – Produtividade canaviais Centro-Sul 2000 a 2014

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No campo do empreendedorismo, para a adoção de novas tecnologias também é necessário analisar as tendên-cias climáticas pois uma simples dimi-nuição no espaçamento entre sulcos de plantio provoca um expressivo aumen-to no número de plantas em uma mes-ma área e, logicamente, um aumento no suprimento de água necessário.

Os modelos de previsão do clima de longo prazo são em muitos casos confli-tantes em suas perspectivas, mas a grande maioria aponta para um aumento signi-ficativo na amplitude de variação, fato vivenciado pelos produtores de cana-de--açúcar nos últimos anos. Em um cenário como esse é preciso se adiantar e buscar formas de se antecipar aos problemas, gerenciando os riscos. Para diminuir o nível de vulnerabilidade dos canaviais é necessário melhorar sua gestão e adotar práticas sustentáveis, apoiadas em tecno-logias confiáveis e regidas por um sólido sistema de tomadas de decisão.

Sem a adoção de tecnologias será muito difícil ao produtor garantir a sus-tentabilidade do seu negócio frente às crescentes variações impostas pela na-tureza. A irrigação é a opção mais inte-ressante para evitar o estresse hídrico, mas nem sempre é disponível ou econo-micamente viável. Sendo assim, outras tecnologias precisam ser consideradas: variedades mais rústicas e mais toleran-tes à seca, mudas de qualidade, controle preventivo de pragas e doenças, plantio em ambiente e época adequados, siste-matização do terreno, aplicação de ma-turadores e inibidores de florescimento, etc e principalmente equipe capacitada para harmonizar todos esses recursos, aumentando a produtividade e dimi-nuindo os custos de produção.

Se por um lado o clima desfavorá-vel penaliza a lavoura, aumentando os custos da matéria-prima, por outro pode favorecer os valores de mercados dos produtos dela obtidos. O clima afeta os

mercados de açúcar, etanol e energia, contribuindo de maneira decisiva para determinar o preço das commodities e, paradoxalmente, em termos globais, clima que desfavorece a produção pode favorecer os preços dos produtos. Mais uma razão para investir em tecnologia garantindo boas produtividades em am-biente hostil.

Como as incertezas são muitas, é necessário garantir 100% daquilo que temos maior controle: tecnolo-gias, manejo, insumos, equipamentos e mão-de-obra e ainda torcer por um clima mais favorável. Olhando por um prisma mais holístico, somos obri-gados a admitir que mesmo passados mais de 10 mil anos do início da agri-cultura ainda somos perigosamente de-pendentes do clima, ora nosso aliado, ora nosso algoz.

*Gerente de desenvolvimento de produtos do CTC RC

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12Ponto de Vista II

A importância de um sistema preciso de gestão de custos no setor sucroenergético*Marcos Tulio Bullio

Praticamente todas as empresas do setor sucroenergético dizem possuir um sistema de apuração

de custos. Na verdade, a grande maioria das empresas apenas imagina ter.

Antes de iniciar a apresentação das razões que garantem a veracidade da afirmação de que a grande maioria das empresas somente imagina ter um sis-tema de apuração de custos, vale a pena responder a seguinte questão: por que as empresas em geral, dentre as quais se incluem as empresas do setor sucroe-nergético, necessitam de um sistema de apuração de custos?

Essa pergunta é particularmente in-teressante e importante porque:

Implantar e manter um bom sistema de apuração de custos exigem alocação de recursos expressivos e que, portanto, custam um valor significativo.

O sistema lida com informações do passado. Assim, se o sistema de apu-ração de custos deve existir para dar suporte ao processo de tomada de de-cisão, como frequentemente é declara-do na literatura e por profissionais do mercado, pode se tornar inócuo e inútil, visto que toda e qualquer alternativa presente em um ambiente de tomada de decisão trata do futuro. Ou seja, usar os valores apontados por um sistema de

apuração de custos como insu-mos para o modelo de

apoio ao

processo de tomada de decisão é como “dirigir um carro para a frente olhando somente o retrovisor”.

Particularmente para o caso do setor sucroenergético, que produz commodi-ties, os resultados obtidos pelo sistema não são utilizados para a formação de preços de venda, visto que estes são for-mados pelo mercado.

Para avançar na discussão, precisa-mos da definição de custo. Custo é uso de recurso em uma atividade de trans-formação para a obtenção de um novo recurso. Ou seja, toda vez que um recur-so é utilizado em uma atividade, ocorre um custo. E somente nessas ocasiões. Assim, um dos mais importantes pré-re-quisitos para a operação de um sistema de apuração de custos é o registro cor-reto da utilização de recursos (humanos, materiais e informações) nas atividades que compõem os processos de produção e de gestão de uma unidade de negócio.

Um sistema de apuração de custos é um subsistema de um amplo sistema de gestão de custos. E este possui dois ob-jetivos importantes: (1) apurar o resul-tado econômico da empresa, seja para comunicá-lo aos stakeholders, seja para apurar os impostos devidos e (2) forne-cer insumos (informações) para todos os processos de tomada de decisão, principalmente aqueles que buscam ob-ter e/ou manter vantagens competitivas sustentáveis para a unidade de negócio da empresa. Para atingir esses dois ob-jetivos, um único sistema de apuração de custos não é suficiente. Faz-se neces-sário que a empresa tenha pelo menos dois sistemas de apuração de custos.

O primeiro, simplificado, deve ser utilizado somente para apoiar o processo de apuração do resultado econômico da empresa. Já o segundo, muito mais de-talhado e preciso, deve ser utilizado para apoiar os processos de tomada de decisão.

Vamos discutir o que deve ser o se-gundo sistema de apuração de custos – vamos denominá-lo sistema gerencial de apuração de custos.

As principais características desse sistema gerencial são:

Ter capacidade de apresentar valo-res extremamente confiáveis para os custos das atividades, dos processos, dos produtos, etc. E, dentre as aborda-gens conhecidas, aquela que melhor faz isso é a activity-based costing (ABC). A precisão dos valores calculados se deve principalmente ao fato de que as margens proporcionadas pela produ-ção e venda dos produtos da unidade de negócio sucroenergética são, quase sempre, muito baixas. A rentabilidade dos projetos de investimento também, regra geral, é muito baixa. Daí, se os valores calculados pelo sistema serão utilizados para apoiar o processo de tomada de decisão acerca da alocação dos poucos recursos disponíveis, é muito importante que tal ambiente seja preenchido com valores precisos.

Deve fornecer valores que possam ser empregados na previsão do com-portamento futuro dos custos, dado que todo e qualquer processo de tomada de decisão trata com alternativas que tra-rão impacto no futuro da empresa.

Marcos Tulio Bullio

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Deve ser capaz de identificar corre-tamente os cost-drivers, ou seja, iden-tificar corretamente o que direciona e explica o comportamento dos custos. Até há algum tempo, acreditava-se que o comportamento dos custos de produ-ção e de vendas era dado pela seguinte equação: CT = CFT + cvu . Q

Onde CT = custo total, CFT = custo fixo total, cvu = custo variável unitário e Q = volume vendido. Ou seja, somen-te o volume vendido (Q) explicaria o comportamento dos custos totais.

Atualmente já se sabe que isso não é mais verdade (supondo que um dia te-nha sido). Existem muitos outros fato-res que explicam o comportamento dos custos. Por exemplo: a escala do empre-endimento – tamanho do investimento; o escopo, ou seja, o grau de integração vertical – quantas atividades-fins da ca-deia de valor a empresa está incluindo na arquitetura de sua unidade de negó-cio; a experiência da equipe gerencial

– quantas vezes no passado a equipe já fez o que está fazendo agora e qual foi o êxito obtido; a tecnologia empregada x a tecnologia disponível – a empresa emprega a versão mais atual disponí-vel? Os concorrentes estão à frente?; a complexidade das operações e dos pro-dutos; o envolvimento da força de traba-lho – motivação, empowerment, etc.; a utilização da capacidade instalada – ou a ociosidade; a eficiência do arranjo físico das instalações – particularmente impor-tante para a unidade de negócio sucroe-nergética, visto que a localização das la-vouras de cana é um importante gerador de custos de produção; as configurações dos produtos e a exploração das ligações com os fornecedores e com os clientes da cadeia de valor – imagine uma usina que dependa fortemente de poucos gran-des fornecedores de cana, por exemplo. Ou uma usina que dependa fortemente de poucos grandes clientes.

Se o sistema de gestão de custos de sua empresa apresenta as características

indicadas acima, pode-se concluir que a empresa possui um sistema para tal fi-nalidade – gerir estrategicamente os re-cursos disponíveis visando maximizar o valor de mercado da empresa.

Caso contrário, a empresa ape-nas imagina dispor de um sistema de gestão de custos. A pior notícia nesses casos é que, ao utilizar valo-res incorretos como insumos para os modelos que dão suporte ao processo de tomada de decisão, a empresa pode estar selecionando alternativas erra-das dentro do elenco de alternativas disponíveis.

A MBF Agribusiness conta com uma equipe especializada e com grande ex-periência na implantação e na manuten-ção de um sistema de gestão estratégica de custos. Podemos, sem dúvida, auxi-liar as empresas do setor sucroenergéti-co nessas tarefas.

*Consultor da MBF Agribusiness RC

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14Ponto de Vista III

E agora José? A festa acabou?*Prof. Dr. Octávio Antonio Valsechi

Prof. Dr. Octávio Antonio Valsechi

Estamos passando por um mo-mento muito delicado no que diz respeito à energia, quer seja

ela para a geração de eletricidade ou para locomoção.

Vamos considerar as demandas e, para isso, é necessário sabermos e en-tendermos um pouco de economia e suas nuances.

Sabe-se que em anos recentes houve uma melhoria de qualidade de vida de grande parte da população brasileira, principalmente na questão ao acesso de bens de consumo, como, por exemplo, eletrodomésticos e veículos, com gran-de incentivo de descontos, isenções de taxas e impostos, financiamentos a per-der de vista, entre outros.

Com o aumento do PIB (Produto In-terno Bruto) e consequentemente da ren-da per capita, também acompanha esta curva ascendente a curva de consumo, porém quando a curva do PIB entra em fase descendente, como estamos viven-ciando atualmente, a curva de consumo já não a acompanha mais, demorando ainda certo tempo para que comece a cair.

Muito se incentivou o consumo e a produção, porém esqueceu-se de um ponto crucial, ou seja, a infraestrutura.

No que se refere aos veículos, esque-ceu-se de que nossas ruas e estradas que já estavam saturadas há anos em função da ausência de investimentos nesta área, ocasionando em todo o país congestiona-mentos enormes, não somente nas gran-des cidades, mas principalmente nelas. Quem acompanha o trânsito na cidade de São Paulo já não mais se assusta em saber que domingo pela manhã existe cerca de 120 a 180 km de lentidão, com picos nas sextas-feiras ao final do dia com cerca de 500 a 550 km de lentidão.

Outro ponto esquecido é que os veí-culos utilizam combustível para se mo-vimentarem e aí se descobre que nossa

capacidade de refino de petróleo está no limite e que o combustível que poderia substituir a gasolina em sua totalidade simplesmente é desprezado para não di-zer ignorado pelas autoridades ligadas a essas áreas de produção, necessitando, dessa maneira, lançar mão de importa-ção para poder abastecer o mercado, e pasmem, até de etanol.

Agora vamos aos eletrodomésticos!Que maravilha! Geladeira nova,

televisões de 40 polegadas, cafetei-ra automática de alta pressão, freezer, condicionadores de ar e tantos outros consumidores de eletricidade.

E aí perguntamos: Temos tanta eletri-cidade assim para concedermos descon-tos objetivando o aumento do consumo?

De maneira alguma devemos ima-ginar que houve falha no planejamento energético e por este motivo concede-se tal desconto àquela época.

Estamos também com nossa capaci-dade de geração de eletricidade esgo-tada, principalmente pelo regime das chuvas dos últimos anos, não temos como melhorar nossa geração hídrica desse bem precioso e caro, digo isso, pois sabe-se que energia é sinônimo de desenvolvimento e de poder.

Por mais absurdo que seja, geramos em algumas termoelétricas nacionais, energia elétrica utilizando fontes fós-seis a preços proibitivos, enquanto que existe uma fonte renovável equivalente a uma Itaipu, esquecida no interior do país, mais uma vez a cana-de-açúcar está jogada ao léu.

Poucos sabem que a cadeia sucroe-nergética é a segunda maior fonte for-necedora de energia de nossa matriz e, a primeira, se consideradas as renováveis.

Então, o que fazer?Acreditamos que a situação não deva

continuar desta maneira.

Inicialmente deve-se ver e ter o setor sucroenergético como uma das melho-res e maiores fontes de energia reno-vável do planeta, e nesse ponto somos exemplos, sem dar importância se o se-tor é estatal ou privado.

Deve-se urgentemente começar a tra-tar o etanol anidro como aditivo antide-tonante e não mais como combustível, quando utilizado na gasolina A, pois esta é a sua função substituindo há anos o chumbo tetraetila e o MTBE (aditivo da gasolina), este de origem fóssil, e, como tal, o anidro deve ter seu valor equi-valente a estes aditivos, o que de certa forma melhoraria sensivelmente a saúde financeira do setor que está em ruínas.

Outro ponto é o tratamento dispen-sado ao hidratado equivalente à gasoli-na B, uma vez que a substitui em sua totalidade, também deveria ser tratado como ela. Desvinculando-se inclusive a falsa relação dos 70% do preço, pois em momento algum falam-se dos bene-fícios, inclusive financeiros da externa-lidade do etanol.

Não vamos nos esquecer do novo combustível renovável composto de etanol anidro e biodiesel na proporção de 20% e 80%, respectivamente, que substitui totalmente o diesel fóssil e

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RC

que auxiliaria na redução da importa-ção do fóssil ao mesmo tempo em que incentivaria a agricultura, principal-mente na produção de oleaginosas e de cana-de-açúcar.

Outro ponto a considerar é o trata-mento dispensado à geração de ener-gia elétrica a partir da cana-de-açúcar, com incentivos financeiros e fiscais para melhoria das eficiências das cal-deiras e geradores daquelas unidades que ainda não o fizeram e tratamento diferenciado ao setor no que se refe-re aos leilões e comercialização desta energia, uma vez que poderá atender a uma alta demanda por muitos e mui-tos anos, com investimentos muito aquém dos aplicados nas hidroelétri-cas e nas térmicas movidas a combus-tível fóssil.

Temos certeza que a energia será muito mais barata do que a que está em vigor.

Quem sabe se investíssemos os re-cursos do sonhado etanol de segunda geração a partir da cana-de-açúcar. Este produto que há mais de duas dé-cadas ouço dizer que será viável em até dois anos e passam-se os anos e nada. Será que não teremos respostas mais rápidas, precisas e econômicas para os processos de gaseificação, pirólise do bagaço e da palha da ca-na-de-açúcar, aproveitamento de gás de síntese, da reforma de hidrogênio do etanol em células de combustível e outros?

Enfim, existem saídas plausíveis e tecnicamente corretas, aceitas e viá-

veis, mas isso será assunto para outra ocasião.

E agora José, o que fazer? A festa já acabou e ficou muito cara. Pagaremos ainda por um bom tempo.

Agora apaguemos a luz, pois a ener-gia também está muito cara... e vai pio-rar! E vamos dormir.

*Prof. Dr. Octávio Antonio Valsechi ([email protected]) é engenheiro agrôno-mo, professor e pesquisador do Depar-

tamento de Tecnologia Agroindustrial e Socioeconomia Rural do Centro de

Ciências Agrárias da Universidade Federal de São Carlos e Coordena-dor do MTA (Master of Technology

Administration) em Gestão Industrial Sucroenergética.

CAR (Cadastro Ambiental Rural) – prazo para inscrição obrigatória do imóvel rural é prorrogado por mais um ano

Prezados leitores, como já dito n’outras oportunidades, o CAR, cria-do pelo novo Código Florestal (Lei n. 12.651/2012), “é um registro eletrôni-co, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade integrar as informações ambientais referentes à situação das APP (Áreas de Preservação Permanente), das áreas de Reserva Le-gal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do país” (www.car.gov.br).

Neste cadastro são informadas todas as características espaciais das áreas ambientais (área de preservação perma-nente, reserva florestal legal, nascentes, área de uso restrito, etc.), além de ou-tras informações que identificam o imó-vel (matrícula imobiliária, CCIR, etc.) e seus proprietários/possuidores.

O prazo inicial para que se fizesse a referida inscrição expirou em 5 de maio de 2015, tendo sido prorrogado por mais um ano, através da Porta-

Juliano BortolotiAdvogado da Canaoeste

ria MMA n. 100, de 04/05/2015, pu-blicada no Diário Oficial da União de 05/05/2015.

Segundo informações da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, até a data de 5 de maio de 2015 foram cadastrados 52,8% dos 373 milhões de hectares esperados. Esse montante re-presenta 196,7 milhões de hectares (In-formações da Agência Brasil).

Os governos estaduais e municipais são os responsáveis pelo CAR, por isso, foram disponibilizados R$ 400 milhões do Fundo Amazônia a esses entes fede-rativos. Para a ministra, esse valor de-veria servir de incentivo. “R$ 400 mi-lhões é muito dinheiro e tem Estado que não tem essa execução”, disse.

Uma informação deveras importante é que esta deve ser a primeira e última prorrogação, pois o próprio Código Florestal (Lei n. 12.657/2012) estabele-ce que o prazo é prorrogável somente uma vez, conforme estabelecido no § 3º, do artigo 29 e no § 2º, do artigo 59 da referida lei.

Assim, devem os proprietários/possui-dores de imóveis rurais fazerem a inscri-ção de seus imóveis no CAR, sob pena de ficarem com a propriedade irregular, acarretando, com isto, diversas conse-quências negativas, tais como: proibição de licenciamento ambiental, limitação de crédito junto aos bancos, impossibilidade de quaisquer atos de averbação na matrí-cula imobiliária (hipoteca, compra e ven-da, retificação, etc.), entre outras.

Assuntos Legais

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Este mês mudaremos o estilo um pouco, pois na coluna do mês passado fiz ampla análise das

variáveis da cana, e esperemos até a próxima edição para voltar a comen-tar do setor. Nesta coluna teremos uma história composta de capítulos felizes e tristes. Comecemos pelos felizes.

Em janeiro de 2014, a FuturaGene submeteu à CTNBio (Comissão Téc-nica Nacional de Biossegurança) um pedido de liberação comercial do eu-calipto geneticamente modificado, a primeira empresa brasileira privada a submeter uma planta geneticamente modificada para aprovação comercial. Após a aprovação, segundo a empre-sa, será feito plantio de forma gradual, de acordo com as práticas de manejo florestal adotadas pela empresa na implantação de qualquer novo clone. Espera-se colher em seis ou sete anos.

Segundo a empresa, diversos es-tudos foram realizados por cientistas independentes familiarizados com a produção e a avaliação do eucalipto para confirmar a segurança do produ-to, não tendo apresentado toxicidade sobre outros organismos, demons-trando segurança na composição fo-liar, boa decomposição de biomassa, semelhança fenotípica, e com inte-rações ecológicas, tanto em relação a insetos, decompositores, micro-or-ganismos e doenças quanto às carac-terísticas climáticas e de solo, como seca, vento e deficiência de nutrien-tes, semelhantes ao convencional.

Ainda segundo as pesquisas, o eu-calipto apresenta pouco potencial de cruzamento com espécies selvagens e não possui potencial para se tornar planta invasora. Há ainda estudo de cientista da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) que mostra equivalência entre as amos-tras de mel produzidas em áreas de árvores geneticamente modificadas e

convencionais; ausência de efeitos tó-xicos no mel, entre outras evidências. A empresa ainda precisa convencer o Forest Stewardship Council que este produto pode ter o selo de sustenta-bilidade, cuja decisão será em 2017.

O MST, Instituto de Defesa de Consumidores, Associações de Pro-dutores de Mel e diversas ONG’s contestam estes estudos, bem como alguns concorrentes da Suzano. Mais uma vez, tem-se um debate no campo da ciência, mas sempre contaminado por ranços ideológicos quando se tra-ta de transgênicos.

Tenho grande confiança na CTN-Bio, composta por corpo científico formado por 27 titulares e 27 suplen-tes, todos com título de doutor em áre-as afins à biotecnologia, como órgão competente para realizar a avaliação de biossegurança de OGMs (organis-mos geneticamente modificados) no Brasil. O modelo brasileiro de avalia-ção da biossegurança de organismos geneticamente modificados é visto internacionalmente como um dos mais completos e rigorosos do mun-do, sendo até considerado lento. Suas decisões são tomadas de maneira de-mocrática, sempre levando em conta o Princípio da Precaução. É no campo da ciência que os debates deveriam se dar, no “estádio” da CTNBio. Mas não foi o que se viu.

Na manhã de 05/03, aproximada-mente 1.000 mulheres integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) invadiram a sede da FuturaGene, em Itapetininga (SP), da-nificaram casas de vegetação e destru-íram as mudas experimentais. Ao mes-mo tempo, outro grupo composto por cerca de 300 integrantes do MST ocu-pou a reunião da CTNBio, em Brasília.

Para mostrar a violência do ataque, a carta a seguir foi por mim recebi-

da, e escrita por um dos integrantes da CTNBio.

“Caros amigos. Eu estava na reu-nião da CTNBio quando ela foi invadi-da com violência pelo MST. A violência foi tanta que feriram uma funcionária da CTNBio quando meteram o pé na porta para entrar à força na sala. Quem liderou este ataque foi supos-tamente um ex-membro da CTNBio, representante do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), que supos-tamente também financiou a invasão na fazenda da Futura Gene/Suzano. Muitos estavam bêbados já cedo pela manhã. Mando um vídeo feito no fun-do da sala. Entraram berrando e em-purrando. Apavoraram. Muitas pesso-as saíram de seus lugares e foram para a frente da sala, perto dos membros da CTNBio procurando segurança. Eu fiquei paralisada e felizmente abracei meu computador e outros pertences. Pensam que é exagero? Pois não foi, há relatos de roubo de computadores. Conseguiram seu intento: acabar com a reunião. A violência, os roubos e a destruição da pesquisa podem até ter sido financiados com o dinheiro de nossos impostos. Os ônibus que leva-ram as mil mulheres para a destruição da fazenda eram luxuosos: ônibus exe-cutivos com abundância de comida e bebida dentro. Esse é o governo que temos.....e todos ficaram impunes. Nin-

Coluna Caipirinha

Marcos Fava Neves*

CaipirinhaUm Gol da Barbárie no Jogo do Avanço Científico

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guém foi preso. Dá vergonha de ser brasileiro...

A ação dos invasores do MST na sede da FuturaGene resultou na perda de anos de estudos e pesquisas em de-corrência da destruição de mudas que, após possível aprovação comercial pela CTNBio, seriam utilizadas para dar continuidade aos plantios expe-rimentais no campo. Também foram perdidas mudas de projetos que ainda estão em fase inicial e/ou intermediá-ria em relação à avaliação de perfor-mance e estudos regulatórios. Houve ainda os danos emocionais aos fun-cionários e a brasileiros como eu. O evento repercutiu internacionalmente na comunidade científica, e a carta anexa foi por mim recebida por reno-mado cientista internacional.

“Just a note of firm solidarity and deep chagrin. I have just been informed about the senseless destruction at your experimental station in Brazil and the postponement of the CTN-Bio discussion. in the past hours, I have read as much information from the Brazilian and international media as I could find. I trust no one was physically hurt during this terrible occurrence. I am sad for Brazil (my second home), for science, for the people who are being misguided and abused and of course for all who are dedicating their lives, their efforts, their intellects, their resources and their hearts to contribute to building a better world for all. There is much to be done and more courage will be demanded. Count on me”.

Além da repercussão nacional e internacional, causou espanto que uma mobilização absolutamente bem organizada e orquestrada muitos dias antes, de 1000 pessoas e cerca de 40 a 50 ônibus sincronizados se deslo-cando por estradas, não foi percebi-da antes pelas autoridades policiais tanto estaduais quanto federais, para que fosse feita a prevenção do ataque. É realmente preocupante. Foi inte-ressante observar também a grande quantidade de sites e blogs de ONG’s internacionais que vibraram com esta destruição em território brasileiro.

Esta invasão, destruição e desres-peito institucional aos investidores, aos cientistas e à imensa maioria dos brasileiros, que se chocou com o fato, foi mais um triste episódio na rica história do agronegócio brasileiro, que vem sustentando há décadas o desenvolvimento econômico, social e ambiental de nossa sociedade.

Não há nada mais perigoso a um país que o desrespeito às regras do jogo, às instituições, o “ganhar no gri-to”. A ciência não pode se curvar à bar-bárie, bem como nossas autoridades não podem ser lenientes com o crime.

Que a CTNBio possa ter garantido um ambiente onde as discussões exis-tam de maneira democrática, e que a

ciência vença, seja qual for a decisão tomada. Espero também que este tris-te caso de invasão e destruição nunca mais se repita no Brasil e que seus in-vasores tenham contra si uma coisa ab-solutamente simples: a aplicação da lei.

Quem é o homenageado do mês? Todos os meses esta coluna home-

nageia uma personagem do setor de cana. Este mês faremos uma home-nagem ao grande Prof. José Luiz Io-riatti Dematte, um clássico da nossa ESALQ. Quanta produção adicional de cana este país teve graças às inter-venções deste nosso Professor com P maiúsculo, sempre.

Haja Limão: O governador de Minas Gerais

condecorar com uma importante me-dalha um dos principais arquitetos da barbárie que lemos acima foi algo re-almente revoltante. Ainda bem que já está colhendo os resultados disto, não pôde aparecer na abertura da tradicio-nal Expozebu em Uberaba, tomaria um panelaço. Que vergonha um go-vernador deixar de ir a Uberaba. Fazia tempo que isso não acontecia.

Marcos Fava Neves é Professor Titular da FEA/USP, Campus de

Ribeirão Preto.Em 2013 foi Professor

Visitante Internacional da Purdue University (EUA) RC

Prof. José Luiz Ioriatti Dematte é o homenageado do mês

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18Notícias Copercana

Copercana inaugura sua 21ª loja de Ferragens e Magazine, em Guará-SP

A Copercana inaugurou, no dia 16 de abril, a sua 21ª loja de Fer-ragens e Magazine. Guará, com

pouco mais de 20 mil habitantes, no interior paulista, foi escolhida para re-ceber o novo empreendimento, que ofe-rece uma linha completa em insumos agropecuários e artigos domésticos.

O prédio, às margens da Rodovia Anhanguera, pertencia a outra coopera-tiva, já extinta. Com área de quase 800 metros quadrados, sendo metade para ex-posição dos produtos e outra metade para o estoque, foi todo reformado. Ganhou pintura com as tradicionais cores da co-operativa e detalhes adicionais. A soleni-dade de reabertura recepcionou, com um café da manhã, cooperados, empresários, autoridades políticas de Guará, como a vice-prefeita, Maria Aparecida Carrion Degrande Moreira, a Cidinha do Didi, e o vice-presidente da Câmara, Aparecido José da Silva, o Cidão do Baiano, além de vários moradores do município, que com-pareceram para conhecer as novidades.

Igor Savenhago

Empreendimento, com quase 800 metros quadrados, fica na Rodovia Anhanguera e vai atender agricultores paulistas e mineiros com amplo mix de produtos

O diácono André Luiz Rodrigues, das Paróquias de São Sebastião e Santo Antônio, fez uma prece para abençoar o local e o trabalho dos sete funcioná-rios contratados, o que representa um incremento na geração de empregos na região, conhecida pela produção de cana-de-açúcar e de grãos.

Para Antonio Eduardo Tonielo, pre-sidente da Copercana, que tem lojas de ferragens e magazine espalhadas pelo interior de São Paulo e Sul de Minas Gerais, além de postos de combustíveis, supermercados e um auto center, Guará

Filial de Guará fica localizada na Rodovia Anhaguera, Km 398.Telefone: (16) 3831-2555

Cidinha do Didi, vice-prefeita

Cidão do Baiano, vice-presidente da Câmara

integra uma região estratégica para os negócios da cooperativa, já que, por ali, há um fluxo de agricultores dos dois

Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana

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Estados. Segundo ele, as instabilida-des atravessadas pelo setor sucroener-gético, desde 2008, que comprometem a rentabilidade dos produtores rurais e das usinas, não podem afetar o ritmo de trabalho da cadeia produtiva canavieira.

“Se nós ficarmos preocupados com a crise, não vamos fazer nada. Eu sempre falo que temos que deixar a crise para o governo administrar e nós fazermos a nossa obrigação. Os produtores conti-nuarão produzindo e o agronegócio não vai parar, mostrando que pode salvar o país como sempre salvou, nas horas de maior dificuldade que o Brasil atraves-sou”, disse ele. “Por isso, a Copercana se preocupa em atender cada vez me-lhor seu cooperado, oferecendo estrutu-ra e a melhor parceria possível”.

O diretor da Copercana Pedro Es-rael Bighetti concorda. Segundo ele, a 21ª loja é um indicativo da solidez dos negócios da cooperativa. “Sabe-mos que a situação do País não é das melhores, mas a Copercana tem os pés no chão e a cabeça erguida. Como ela pertence aos cooperados, quando abrimos uma loja como essa, estamos devolvendo a eles o fruto do próprio trabalho, da luta, buscando oferecer mais facilidades”.

O encarregado da nova loja é o gua-raense Juliano Eduardo Marchi, que tem 14 anos de experiência no ramo. Na visão dele, a inauguração preen-che uma lacuna que existia em Guará. “Há um ano, com o fechamento da ou-tra cooperativa que atuava na cidade, faltava um estabelecimento direciona-do ao agricultor. Temos a capacidade de oferecer um mix muito grande de produtos, desde ferragens à parte de

veterinária, e com uma localização privilegiada. Tem muita gente que tem propriedade em Minas Gerais e passa aqui em frente. É só fazer o retorno e entrar na loja”, afirma.

Além da área de vendas, a loja irá ofe-recer os serviços de um agrônomo e de um veterinário. Segundo o gerente co-mercial da Copercana, Ricardo Meloni, o trabalho em campo permite conhecer as necessidades dos cooperados e ajuda a divulgar a imagem de uma cooperati-va preocupada com a satisfação deles. “Temos, ainda, uma logística muito boa. Como Guará está muito próxima da matriz, em Sertãozinho-SP, e pelo fato de termos loja também em Guaíra-SP, Morro Agudo-SP e Ituverava-SP, se fal-tar algum produto, nós pedimos hoje e amanhã já está disponível”.

O encarregado de marketing comer-cial da Copercana, João Carlos Sponchia-

do, destaca que a nova loja traz o concei-to de autosserviço, em que o cliente pode transitar pelos corredores como em um supermercado, sem a necessidade de fa-zer o pedido no balcão. “Com isso, você oferece ao consumidor a possibilidade de que ele tenha acesso a todos os produtos e verifique a qualidade, que é uma de nossas maiores preocupações. Prezamos muito pela qualidade”.

Para o produtor de cana e fabricante de máquinas Luiz Carlos Rodrigues Buza, que falou em nome dos cooperados, os agricultores de Guará e região ganham muito com a instalação da Copercana, de-finida por ele como “referência no agro-negócio”. Tanto pela estrutura oferecida quanto pelo fomento ao cooperativismo. “A receita para qualquer época é união. É como um fio de algodão. Sozinho, é fácil de quebrar. Mas, numa corda, conforme você junta mais fios, dificulta o rompi-mento. E vai fortalecendo a cadeia”.

Pedro Esrael Bighetti,diretor da Copercana

VArIEDADE

Juliano Eduardo Marchi, encarregado da nova loja

João Carlos Sponchiado, encarregado do marketing comercial

Luiz Carlos Rodrigues Buza,produtor de cana

Ricardo Meloni, gerentecomercial da Copercana

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22Notícias Canaoeste

Presidente da Canaoeste e Orplana é homenageado na 43ª edição do Prêmio Deusa Ceres durante a Agrishow

No dia 29 de abril, paralelo a programação da Agrishow, o Centro de Convenções do IAC

recebeu ilustres engenheiros agrônomos e seus familiares, além de autoridades e membros ligados ao setor, para solenida-de do tradicional Prêmio “Deusa Ceres”.

A Deusa Ceres cultuada pelos ro-manos é na mitologia grega Deméter, a divindade da agricultura e da fecun-didade da terra. Todas as lendas sobre Ceres referem-se ao seu caráter agrário que, de forma poética, procuram expli-car fenômenos ligados ao cultivo da terra. O prêmio Deusa Ceres foi cria-do em 1972, pelo engenheiro Cláudio Braga Ribeiro, à época presidente da AEASP, e desde então, anualmente, a entidade presta homenagens aos en-genheiros agrônomos que se desta-cam nas atividades agronômicas como forma de reconhecimento ao trabalho desses profissionais.

Homenageados Entre os homenageados deste ano

está o engenheiro agrônomo Fernan-do Penteado Cardoso, que acaba de completar 100 anos de vida. Dentre os

Fernanda Clariano

A AEASP (Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo) prestou tributo aos engenheiros agrônomos que contribuíram para o desenvolvimento do setor agrícola em 2014

inúmeros prêmios já conquistados, foi condecorado pela AEASP com a me-dalha Luiz de Queiroz, pelos serviços prestados ao Estado de São Paulo em prol do desenvolvimento da agricultura brasileira em 2008 e, este ano, recebeu o prêmio AEASP 70 anos.

A medalha “Joaquim Eugênio de Lima” foi para o fundador do Instituto Plantarum de Estudos da Flora, único herbário privado do Brasil, o engenhei-ro agrônomo, Harri Lorenzi.

A homenagem de Engenheiro Agrô-nomo Emérito foi entregue ao professor e reitor da UNESP (Universidade Esta-dual Paulista) “Júlio de Mesquita Fi-lho”, o agrônomo Julio Cezar Durigan.

O destaque na área de Comunicação Rural ficou para o jornalista e escritor pau-lista Benedito Rui Barbosa, conhecido por suas novelas com temas rurais. Ele é autor de Pantanal (1990), Renascer (1993), O Rei do Gado (1996), Terra Nostra (1999) e Meu Pedacinho de Chão (2014).

O eleito Engenheiro Agrônomo do Ano foi o consultor e ex-diretor técni-

co da ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal), Luiz Carlos Sayão Ferreira Lima. Formado pela Universi-dade Federal Rural do Rio de Janeiro em 1957, ele é um dos maiores especia-listas em fitossanitários.

“Não esperava receber essa honraria, eu estava em férias fora do País quando fui surpreendido com uma ligação do Ângelo Petto, dizendo que eu seria ho-menageado como engenheiro agrôno-mo de 2014. Fiquei felicíssimo porque eu acredito que não há nada melhor do que você ver a sua carreira sendo co-roada com um prêmio importante como esse”, afirmou o agrônomo Luiz Carlos Sayão Ferreira Lima.

Manoel Ortolan foi homenageado na categoria Cooperativismo

Manoel Ortolan e seu filho, Rodrigo Ortolan

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Assim como o prêmio Deusa Ceres, a entidade criou, em 1991, o prêmio “Mérito Agronômico”, com a entrega da medalha “Fernando Costa”. O nome da medalha reverencia a memória de Fernando Costa, um grande realizador, ministro da agricul-tura no primeiro mandato de Getúlio Var-gas, também secretário de Agricultura e interventor do Estado, reconhecido por sua luta em prol dos interesses da agronomia.

Acompanhe os profissionais home-nageados e suas áreas.

Pesquisa - José Osmar Lorenzi, enge-nheiro agrônomo, consultor internacional e pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), um dos principais espe-cialistas do País em mandioca.

Ensino - Sinval Silveira Neto, enge-nheiro agrônomo, entomologista e pro-fessor da ESALQ / USP.

Extensão rural - Sylmar Denucci, en-genheiro agrônomo, pesquisador e dire-tor do Departamento de Sementes Mu-das e Matrizes da Cati – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, órgão da Secretaria de Agricultura e Abasteci-mento do Estado de São Paulo.

Iniciativa privada e/ou autônomo - Luiz Rossi Neto, engenheiro agrônomo e diretor presidente da Agross Insumos da Biociência Ltda.

Ação ambiental - Zuleica Maria de Lisboa Perez, engenheira agrônoma, co-ordenadora de Planejamento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do Es-tado de São Paulo e do Programa Esta-dual de Resíduos Sólidos.

Defesa agropecuária - Geysa Pala Ruiz, engenheira agrônoma especialista em controle de mudas de citrus e coor-denadora de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo.

Cooperativismo - Manoel Ortolan, engenheiro agrônomo formado pela ESALQ-USP (Escola Superior de Agro-nomia “Luiz de Queiroz”), turma de 1969. Trabalhou na Copersucar, Fazen-

Medalha Fernando Costada Experimental de Sertãozinho (antiga Fazenda Boa Fé). Iniciou as atividades na Canaoeste (Associação dos Plantado-res de Cana do Oeste do Estado de São Paulo) para trabalhar como gerente do Departamento Técnico onde permane-ceu até fevereiro de 2000. Nesse mesmo ano e mês, assumiu a presidência da Ca-naoeste, cargo que ocupa até hoje. Em março de 2001, foi eleito presidente da Orplana (Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil), para o mandato de seis anos. Em abril de 2013, foi reeleito presidente da Orplana para um mandato de três anos. Ao longo dos anos, foi convidado a participar das atividades de entidades governamentais e não governamentais ligadas ao setor sucroenergético, tais como: Canaoeste; Copercana; Sicoob Cocred; Sindicato Rural de Ribeirão Preto; Consecana e Cosag/Fiesp. Ortolan também é produ-tor rural e um dos mais renomados re-presentantes do segmento canavieiro do Estado de São Paulo.

“Eu quero agradecer a AEASP pela indicação do meu nome e agradecer também por receber a medalha, Fernan-do Costa, na área do Cooperativismo,

na presença do maior representante do cooperativismo com reconhecimento nacional e internacional, o querido ex--ministro Roberto Rodrigues. Receber essa distinção me estimula a continuar trabalhando cada vez mais em favor do cooperativismo”, disse Ortolan, que ainda agradeceu o apoio que recebeu ao longo da sua trajetória. “Quero dividir essa premiação a qual estou sendo dis-tinguido com meus familiares, amigos, colegas e companheiros de trabalho das instituições Canaoeste, Copercana, Si-coob Cocred e Orplana, nas quais traba-lhei ao longo desses 40 anos. Essas ins-tituições me deram suporte e serviram de base sólida onde pude construir mi-nha vida pessoal e profissional”, afirma.

O reconhecimento“É uma honra estar na presidência da

AEASP e poder promover a 43ª edição da solenidade Deusa Ceres, onde pre-miamos as personalidades, as pessoas, os colegas que atuam e contribuem com o agronegócio brasileiro. Nesse escopo, é uma satisfação enorme estar premiando na condição de Cooperativismo, com a medalha Fernando Costa, o meu colega, Manoel Ortolan, meu contemporâneo de ESALQ, uma vez que eu sou gradu-ado em 1967 e ele é graduado em 1969. Portanto, nós fomos contemporâneos de bancos da universidade. Para quem con-vive com o setor sucroenergético, tem conhecimento da atividade importante dele, da sua presença aguerrida na defesa dos interesses, na sua dedicação em que todos tenham acesso à tecnologia, nas melhores práticas, enfim, um merecedor dessa homenagem”.

Ângelo Petto Neto – presidente da AEASP (Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo).

“Conheço o Manoel Ortolan há 40 anos. Ele sempre trabalhou com muita honestidade, carinho, dedicação, des-prendimento e honradez, defendendo a agronomia, a agricultura, defendendo o setor mais sofrido do segmento agrícola de hoje que é o setor canavieiro. É um ho-mem que se entregou ao cooperativismo,

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“Estamos extremamente satisfeitos com essa homenagem feita ao Manoel Ortolan pela AEASP, uma grande hon-raria e ainda dentro da categoria Coope-rativismo. Ele tem uma história muito conhecida, principalmente no setor su-croenergético, onde sempre esteve inse-rido no cooperativismo e essa belíssima homenagem é mais do que merecida. Eu gosto de lembrar que, apesar dele estar atuando dentro de uma cooperati-va e de associação de plantadores, sem-pre teve muita sensibilidade para pes-quisa, para a área de desenvolvimento. Em 1993 recebemos um grande apoio do Manoel, e isso nos permitiu dar um grande avanço na área de pesquisa de cana naquele momento dentro do IAC”.

Marcos Landell – diretor do Centro de Cana e pesquisador do IAC.

a agricultura, com tanta vontade de acer-tar, que merece todos os prêmios. Esse é pequeno pelo que ele já fez e faz por nós”.

Roberto Rodrigues - ex-ministro da Agricultura do Estado de São Paulo.

“Gostaria de parabenizar o Manoel Ortolan por essa merecida honraria. Tra-balhamos juntos há quase 40 anos, desde que entrou na Copercana como agrô-nomo responsável pelo departamento agrícola e hoje presidente da Canaoeste. Ele sempre se dedicou às questões coo-perativistas, onde atua com maestria, e é sempre bom poder presenciar o estímulo e o carinho que ele tem no que faz. Essa é uma justa homenagem”.

Antonio Eduardo Tonielo - presiden-te da Copercana e da Sicoob Cocred.

“O Manoel está recebendo um prê-mio é muito mais do que merecido. Es-tamos falando de um craque em todos os sentidos. Sabemos do seu caráter, do seu comprometimento e ética nas causas as quais ele se envolve e, mais

ainda, uma pessoa com uma extrema vontade de dedicar-se aos demais, ao coletivo, ao associativo. Este é um prê-mio absolutamente justo, um prêmio nota 10, para quem é nota 10”.

Marcos Fava Neves – professor Ti-tular da FEA/USP – Campus Ribeirão Preto-SP.

“O Manoel recebeu o prêmio Fer-nando Costa, que foi o mais ilustre agrônomo da história do nosso País. Tenho o privilégio de ser amigo dele e fiquei muito feliz de ver essa justa ho-menagem. Aqui se saudou o cooperati-vismo, a visão de se enfrentar de uma forma conjunta os problemas, aqui se festejou a capacidade de renovação da agricultura, o espírito de inovação pre-sente. O Manoel incorpora esses prin-cípios, é uma pessoa de convergência, uma pessoa do bem e acima de tudo de valores íntegros”.

Arnaldo Jardim - secretário da Agri-cultura do Estado de São Paulo.

Manoel Ortolan e Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp

Antonio Eduardo Tonielo, Manoel Ortolan e Oswaldo Alonso

Antônio Eduardo Tonielo, Pedro Esrael Bighetti, Marcos Landell (IAC), José Pedro Tonielo e

Mauro Alexandre (IAC)

Os Agrônomos da Canaoeste, Daniela Aragão, Alessandra Durigan e Gustavo

Nogueira prestigiaram o presidente da associação

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26Notícias Canaoeste

Relançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético

O presidente da Canaoeste e Or-plana, Manoel Ortolan, partici-pou da mesa de relançamento da

Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético. Criada em 2013, a Frente agora passa a ser presidida pelo deputado federal Sérgio Souza (PMDB--PR), com o objetivo de trazer as princi-pais demandas do setor sucroenergético para o debate político do País e somar esforços para propor políticas públicas que garantam a retomada do crescimento desse importante segmento.

A cerimônia de relançamento contou com a presença dos principais repre-sentantes do setor sucroenergético no Brasil: Elizabeth Farina, presidente da UNICA (União da Indústria de Cana--de-Açúcar); Paulo Leal, presidente da Feplana (Federação dos Plantadores de Cana do Brasil); André Rocha, presi-dente do Fórum Nacional Sucroener-gético; Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e Orplana (Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro--Sul do Brasil); Alexandre Lima, presi-dente da Unida (União Nordestina dos Produtores de Cana), e outras lideran-ças da cadeia produtiva.

Da Redação

Manoel Ortolan dicursa durante o Relançamento da Frente Parlamentar

Manoel Ortolan e o presidente da Frente Parlamentar, deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR) Autoridades de todo o Brasil participaram do Relançamento da Frente Parlamentar

Na oportunidade, as autoridades falaram sobre o apoio que a frente sempre teve com as causas do setor e principalmente com a defesa do setor de cana-de-açúcar. Lembraram que a frente foi fundada pelo deputado Arnal-do Jardim (PPS/SP), e hoje possui mais de 200 deputados participantes. Hoje conta com grandes resultados como o aumento da mistura do etanol anidro na gasolina, incentivos para o aperfeiço-amento de motores flex no âmbito do Programa Inovar-Auto, a inclusão do etanol e do açúcar no Regime Especial de Reintegração de Valores Tributá-

rios para as Empresas Exportadoras – REINTEGRA e a extensão das linhas de financiamentos para construção de armazéns, em condições diferenciadas, à indústria de açúcar.

Paulo Leal falou que com a presi-dência assumida pelo deputado Sér-gio Souza (PMDB/PR) terá o mesmo compromisso na criação de um am-biente que favoreça e incentive na elaboração de políticas públicas que reconheçam a importância e valori-zem os mais de 70 mil fornecedores de cana no País.

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Manoel Ortolan participa de reunião com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura André Nassar

O presidente da Canaoeste e Orplana (Organização dos Plantadores de Cana da Re-

gião Centro-Sul do Brasil), Manoel Ortolan, participou de uma reunião or-ganizada pela Feplana (Federação dos Plantadores de Cana do Brasil), com o SPA/MAPA (secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento), André Nassar. Estiveram presentes na audi-ência o presidente da Feplana, Paulo Leal; o presidente da Unida (União Nordestina dos Produtores de Cana), Alexandre Andrade e o presidente da Asplana (Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas), Lourenço Lins.

Durante a reunião, Manoel Ortolan falou sobre o cumprimento da legisla-ção trabalhista. De acordo com Orto-lan, as exigências do Ministério Públi-co do Trabalho estão imputando custos aos produtores de cana impossíveis de serem cumpridos, principalmente

Da Redação

pelos pequenos produtores, tornando impraticável a atividade.

Paulo Leal relatou ao secretário a situação drástica em que se encontra o setor pela falta de rentabilidade devido aos preços recebidos pela tonelada de cana. Na oportunidade, ele entregou um documento contendo as principais reivindicações do setor para sair da cri-se, e disse que essas reivindicações são

fundamentais para que os produtores independentes de cana possam voltar a investir em sua atividade.

Alexandre Andrade Lima, presidente da Unida, destacou a alta inadimplência das unidades industriais com os fornece-dores de cana. “A situação está crônica na Região Nordeste, o que coloca os produ-tores em uma situação drástica, sem re-ceita para a sua sobrevivência”, disse.

Paulo Leal (presidente da Feplana), José Coral (presidente da Afocapi), deputado federal Mendes Thame (PSDB), Miguel Rubens Tranin (presidente da Alcopar), Aparecido Ailton Passoni ( presidente da Novocana), Arnaldo Jardim (secretário

de Agricultura do Estado de São Paulo), Manoel Ortolan (presidente da Canaoeste e Orplana), Arnaldo Bortoletto (presidente da Coplacana), Gustavo Rattes de Castro, (diretor adjunto da Associação dos Produtores de Matérias-primas para a Indústria de

Bioenergia de Goiás), Ismael Perina Jr. (presidente da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool) RC

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28Notícias Canaoeste

Canaoeste realiza treinamento técnico

Reunião técnica sobre fertilizantes

A Canaoeste, em parceria com a empresa Netafim, realizou no dia 15 de maio de 2015, na filial de

Viradouro, um treinamento interno para a equipe de engenheiros agrônomos.

Na ocasião foi abordado o tema: Irri-gação por Gotejamento Subterrâneo na Cana-de-Açúcar pelo Coordenador Re-gional Leandro Gonçalves e o Gerente Comercial Marcos K. Kawasse.

Um dos principais fatores que influencia na produtividade da cana-de-açúcar é o solo, por-

tanto, o seu manejo adequado é muito importante para alcançarmos lucrativi-dade. Desta forma, a correção e adu-bação, através da correção do pH e o fornecimento de nutrientes, são práticas que contribuirão para que a cana atinja o máximo potencial produtivo.

Da redação

Da redação

Equipes técnicas Canaoeste e Netafim.

Em parceira com a Mosaic, a Copercana e Canaoeste agregam maisconhecimentos aos produtores, na Filial de Pontal

No dia 5 de maio, foi realizada uma reunião técnica na Filial de Pontal, em parceria com Mosaic.

Na oportunidade, o engenheiro agrônomo Igor Farina discursou so-bre a tecnologia dos fertilizantes e o manejo dos solos agrícolas, tendo a participação dos produtores da região.

O engenheiro ainda retratou a im-portância da análise de solo como base do manejo, tanto para uso de calagem como adubação, bem como a diminui-ção dos custos com o uso de formulas concentradas e com a tecnologia do NPK em um único grão. Estes recur-sos otimizam o trabalho e podem au-mentam a produtividade e a rentabili-dade agrícola.

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Equipes técnicas Canaoeste e Netafim.

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30Notícias Sicoob Cocred

3ª Corrida Sicoob Cocred – Copercana, Canaoeste - Parabéns Serrana

Ao completar 66 anos de eman-cipação política, a cidade de Serrana, no interior de São

Paulo, recebeu na manhã de 19 de abril, um domingo ensolarado, mais de mil atletas para a terceira corrida organiza-da Prefeitura, em parceria com o Sis-tema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred, com o intenção de promover saúde e superação aos participantes.

A concentração aconteceu em frente ao posto de atendimento da Sicoob Co-cred na avenida Habib Jábali, onde os participantes se reuniram para os 6 km de corrida e 3km de caminhada, percor-rendo ruas e avenidas da cidade.

“Por mais um ano, eu gostaria de agradecer a parceria do Sistema Coper-cana, Canaoeste e Sicoob Cocred. Este é o terceiro ano de sucesso total e é com enorme prazer e com muita alegria que realizamos este evento e esperamos po-der continuar contando com essa parce-ria”, ressaltou o secretário de Esportes de Serrana, Leonardo Capitelli.

“É muito importante para o Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred participar efetivamente na cidade onde atua de uma maneira bem ampla. Por isso, não só atende os seus cooperados e associados, como faz questão de par-ticipar desse tipo de evento, social e es-portivo”, destacou o diretor de crédito da Sicoob Cocred, Francisco César Urenha.

Fernanda Clariano

Cerca de mil atletas da cidade e da região participaram do evento em comemoração ao aniversário da cidade.

O tradicional evento reuniu atletas de Serrana e de várias cidades da região.

“Eu estava ficando diabético e a médica queria que eu tomasse remé-dio, mas, como não gosto, perguntei se teria alternativa e ela disse: física ou corrida. Desde então corro há oito anos e digo que vale a pena. Hoje estou com minha saúde em dia”, afirmou o atle-ta de Ribeirão Preto, Ângelo Thiago Mestriner, de 71 anos.

“Pratico corrida há uns três anos, pois, além de fazer bem para minha saúde, o ambiente e as pessoas me tra-zem uma energia muito boa. É muito bom poder estar aqui praticando esporte e prestigiando Serrana pelo seu aniver-sário”, disse a atleta de Ribeirão Preto, de 55 anos, Jandira Silvestre Rirsch.

A corrida contou também com a participação de um atleta britânico que atualmente mora em Ribeirão Preto-SP. “Vim da Inglaterra para Ribeirão Preto há nove anos e sempre gostei de correr para a prática de atividade e também para uma vida mais saudável”, disse John Carpenter.

Portador de deficiência visual desde a infância, o atleta da cidade de Pitanguei-ras André Viesba, de 21 anos, escolheu, há sete, a corrida como esporte favorito.

Este ano, ele participou pela primeira vez da corrida de Serrana, onde concluiu o percurso de 6 km em 28 minutos. “Para mim, a corrida é como se fosse o meu combustível de vida. Eu preciso correr para superar os meus limites e estar bem comigo mesmo”, garantiu o atleta.

Antes da largada, os atletas receberam as bênçãos do padre Marcelo Pereira, da paróquia Sagrado Coração de Jesus.

Leonardo Capitelli e Francisco César Urenha

André Viesba, portador de deficiência visual à esquerda, ao lado de seu treinador

O padre Marcelo Pereira deu as bênçãos aos atletas

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Após a corrida, a prefeitura de Ser-rana, através do Fundo Social de Soli-dariedade, ofereceu aos atletas, e para a comunidade, o total de uma tonelada e meia de frutas variadas, distribuídas em uma mesa montada com 66 metros, representando os 66 anos da cidade.

“Em princípio pensamos em fazer um bolo, mas chegamos à conclusão de que frutas combinavam mais com esporte e, através do esforço de todos, conseguimos montar a mesa com 66 metros coberta de frutas. Acredito que todos tenham gostado e quero agrade-cer a equipe que me ajudou pelo supor-te que tive e também a parceria do Sis-tema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred, que estão conosco neste evento nos apoiando”, afirmou a primeira-da-ma de Serrana, Ana Maria de Lima.

“A Sicoob Cocred está sempre apoiando o produtor rural, o empresá-rio e é muito importante também apoiar eventos esportivos. Este tipo de ativida-de é muito importante porque incentiva a comunidade a sair do sedentarismo e a praticar hábitos saudáveis em benefí-cio à saúde”, disse o gerente do Posto de Atendimento da Sicoob Cocred de Serrana, Luís Carlos Arroio.

“Este é o terceiro ano da corrida e a gente vem percebendo que tem aumen-tado o interesse da população e de atle-tas da região em participar. Isso é um motivo de orgulho para nós enquanto parceiros do evento e também para os moradores da cidade”, destacou o ge-rente do supermercado Copercana de Serrana, Rinaldo Aparecido Dobem.

“É a primeira vez que participo aqui em Serrana. Achei o percurso bastante

pesado, estava quente, mas venho trei-nando muito e acabei superando na reta final. Fiquei muito feliz pela vitória que é resultado de um trabalho que venho fazendo e vem dando certo”, disse Mi-guel Luciano, 1º lugar na categoria ge-ral masculino.

“Participei no ano passado e estou muito feliz em poder estar aqui nova-mente. É uma prova muito gostosa com um percurso bastante variado, um evento maravilhoso. Gostaria de parabenizar os organizadores, os patrocinadores, todos os colaboradores e parabenizar também Serrana pelo seu aniversário”, afirmou Maria Zeferina Rodrigues Baldaia, 1º lugar na categoria feminino.

Também foram premiados com troféu e dinheiro os cinco melhores atletas da

cidade de Serrana nas categorias mascu-lino e feminino. Dentre os destaques, o colaborador da Copercana Zecílio Lo-jór da Mota, que percorreu os 6 km de corrida em 20 minutos e 26 segundos. Lembrando que os melhores atletas nas categorias por idades foram laureados com um troféu e todos os participantes do evento receberam medalhas.

Geral Feminina, as atletas que se destacaram:

Luís Carlos Arroio, gerente da Sicoob Cocred de Serrana, ao lado da ganhadora da categoria

feminina, Maria Zeferina Baldaia

Rinaldo Aparecido Dobem, gerente do supermercado Copercana de Serrana

Na categoria geral masculino e feminino, o primeiro ao quinto lugar recebeu, além do troféu, uma premiação em dinheiro.

Colaboradores da Sicoob Cocred, Copercana e da Secretaria de Esportes de Serrana, que participaram da organização do evento

Classificação

1º - Miguel Luciano (Asa/São Carlos--SP) 00:18:052º - Anoé dos Santos Dias (Semel/Jardi-nópolis-SP) 00:18:133º - Ivanei Xavier de Araújo (Ribeirão Shopping/Ribeirão Preto-SP) 00:18:154º- Lucas Ferreira Cardoso (Sigmatec Academia Winer) 00:18:185º- André Luiz de Cássia 00:18:19

1ª - Maria Zeferina Rodrigues Baldaia (Ascoruse/Sertãozinho-SP) 00:21:202ª - Tatiana Rodrigues Fernandes (Win-ner Academia Sigmatec) 00:21:313ª - Adriana Alves (Tinta & Cia - Total Health) 00: 22:334ª - Joelma de Jesus (Ascoruse/Gascom/Sertãozinho-SP) 00:24:265ª – Ireni Ribeiro Jesus Machado 00:25:34

Geral Masculina se destacaram os atletas:

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32Notícias Sicoob Cocred

Balancete Mensal - (prazos segregados)Cooperativa De Crédito Dos Produtores rurais e Empresários do

Interior Paulista - Balancete Mensal (Prazos Segregados) - Março/2015 - “valores em milhares de reais”

Sertãozinho/SP, 31 de Março de 2015.

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“Vamos chegar no final deste ano com uma queda de 30% da venda de maqui-nário e isso equivale a dizer que o país está investindo muito menos”.

Para Francisco Matturro, vice-presi-dente da ABAG-SP, a queda nas negocia-ções durante a Agrishow representa um sinal de alerta para o país. “Se você não faz tecnologia agora, se não renova equi-pamento, lá na frente é que nós vamos pagar este preço, e essa cobrança vem”, alertou, lembrando que a diminuição do investimento em tecnologia contribuiu para piorar a atual situação do setor sucro-energético. Embora tenha sido importante nas vendas das edições anteriores, o setor não se destaca mais nas negociações.

“O setor sucroenergético é impor-tantíssimo, mas contempla no Brasil inteiro perto de 9 milhões de hectares. E estamos falando em 60 milhões de

Agrishow 2015 tem queda de 30% nas vendas

Pela primeira vez em 22 edições, a feira registrou redução no volume de negócios

Andréia VitalColaboração: Fernanda Clariano e Igor Savenhago

Especial Agrishow34

Carlos Pastoriza

A alta dos juros e a incerteza po-lítico-econômica foram as prin-cipais responsáveis pela redu-

ção de 30% dos negócios na Agrishow 2015 (Feira Internacional de Tecnolo-gia Agrícola em Ação), em relação ao ano anterior, afirmaram as entidades realizadoras da feira (ABAG - As-sociação Brasileira do Agronegócio; ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos; ANDA - Associação Nacional para Di-fusão de Adubos; FAESP - Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, e SRB - Sociedade Rural Brasileira). O volume estimado foi de R$ 1.9 bi, contra R$ 2.7 bi da edição de 2014. Essa foi a primeira vez em 22 edições que ocorreu queda nas negocia-ções fechadas durante o evento.

“O Brasil vive hoje uma crise de confiança generalizada e sentida tam-bém pelo produtor rural. A esperança dos realizadores da feira é que o Plano Safra, previsto para ser anunciado no dia 19 de maio, possa voltar a fornecer as condições necessárias para a reto-mada dos investimentos”, disse o pre-sidente da Agrishow, Fábio Meirelles, na coletiva de encerramento da feira, considerada a maior da América Lati-na e uma das três maiores do mundo neste segmento.

De acordo com o presidente da ABI-MAQ, Carlos Pastoriza, o aumento da taxa de juros do Moderfrota, que passou de 4,5% para 7,5%, antes do término do Plano de Safra em vigor, inibiu as ne-gociações que poderiam ter ocorrido na Agrishow. “Foi a primeira vez que, no meio do jogo, em março deste ano, ain-da durante o Plano Safra 2014/15, foi anunciada uma mudança na taxa de ju-ros, que, por si só, causou uma mudan-ça em todos os investidores potenciais. Além disso, temos a incerteza quanto a que condições vamos ter quando for anunciado o novo plano”, analisou o executivo, ressaltando que a própria demora do Governo em dar uma sinali-zação preocupa os investidores, que lo-taram os corredores da feira, mas com-praram muito menos desta vez.

Pastoriza destacou, ainda, que o se-tor de máquinas agrícolas era uma ex-ceção em um cenário de dificuldades para o setor industrial. “A ABIMAQ, que representa 30 setores, vive já há muito tempo a pior crise da história. O agro era um setor praticamente fora da curva e, infelizmente, agora está cain-do para dentro da curva”, constatou. Segundo ele, a venda de máquinas e equipamentos de modo geral, não só agrícolas, vem caindo há três anos se-guidos, acumulando 22% de queda.

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tária do País e diz que sempre foi assim, desde a monarquia era assim. Ora gen-te, isso é muito sério. Então, essa é a reflexão que eu, como brasileiro, como cidadão, transmito a minha indignação com a situação que vivemos”.

Ao encerrar a coletiva, o presidente da feira, Fábio Meireles, declarou que o Governo Federal tem nas mãos a so-lução para garantir o avanço da produ-tividade através da tecnologia existente e que pode ser vista na feira. “Está ha-vendo um pouco de insensibilidade nas análises de assuntos relevantes da eco-nomia agrícola do País, que está sendo hoje capaz de abastecer uma população de mais de 200 milhões de pessoas”.

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hectares. Mesmo assim, se o cenário estivesse melhor para o segmento, seria importante para os negócios realizados na feira, porque o setor compra máqui-na de grande valor, teria ajudado bas-tante”, disse Matturro.

O executivo afirmou, também, que a incerteza político-econômica que vi-vemos atualmente no Brasil impacta as negociações. “Nós temos hoje uma Selic de 13,25% ao ano, sendo que 0,5% subiu somente essa semana (últi-ma de abril). Então, se você olhar por este ângulo, os juros não foram o maior impacto da queda das vendas. O maior impacto está na incerteza que vem daí. Quem é que toma um crédito a 7,5% para um financiamento que pode chegar a 10 anos?”.

Destacando a importância do agro-negócio também no aspecto social do país, o presidente da ANDA, David Rochetti, lembrou que o setor tem rela-ção direta com os preços da cesta bási-ca. “Esse valor tem caído ao longo dos anos e ele é suportado exatamente atra-vés desse público que vem para a feira. Então, para que a gente consiga manter a inflação em níveis adequados ou mais justos, é fundamental que as condições sejam concretizadas através de um ins-trumento importantíssimo, que é o Pla-no Safra”, afirmou. “Se isso não acon-tecer, a situação do País, que hoje já é de preocupação, pode se estender à área básica, que é a alimentação do povo”.

Para o presidente de honra da Agrishow, a redução no volume de ne-gócios no evento pode ser considerada parte de um processo natural, já que, do ponto de vista econômico, não há um setor que cresça de forma ininterrup-ta. “Um dia, essa queda ia ocorrer. Na

história da Agrishow, foi a primeira vez e aconteceu de forma dramática. Com certeza, já podemos prever que, no pró-ximo ano, teremos uma feira menor”. Maurílio Biagi contou que, nos 30 anos que atua no setor, nunca sentiu tanta a insegurança do agricultor em relação ao futuro, fato constatado na redução das vendas. “Se tiver gente ajuizada, vai analisar o que significa isso”, advertiu ele, lembrando que não é preciso man-dar recado ao Governo, pois as maio-res autoridades estiveram na Agrishow, como a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, embora ele tenha afirmado não haver problema nenhum, já que os juros estão sendo equalizados com o novo pa-tamar da inflação.

“Quando as coisas vão mal e todo mundo reclama e ninguém tem razão, fica difícil e termino essa reunião muito triste”, afirmou Biagi. “No ano passa-do, quando abrimos a Agrishow, ao dar uma resposta, eu falei que o Brasil es-tava no caminho errado, mas não ima-ginei que estivesse em um caminho tão errado assim... estar no caminho errado é não estar no caminho certo, porque é muito difícil você criticar isso, aquilo. É normal. Algumas entidades publicaram notas de indignação por estarem home-nageando os bandidos, dando medalha de honra de Tiradentes para gente que está fora da lei. Quer dizer, onde nós estamos? Não é nada contra, veja bem, você não pode dar uma honraria des-te naipe para uma pessoa que não está dentro da lei”. E completou: “Nós esta-mos assim, depois vem a maior manda-

Francisco Matturro

Maurílio Biagi

Fábio Meirelles

Cerimônia de abertura

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36Especial Agrishow

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Autoridades não discursam na abertura oficial

Medidas políticas

Uma manifestação contra a presiden-te Dilma Rousseff marcou a abertura oficial da Agrishow 2015. Cerca de 100 pessoas do Movimento Brasil Limpo gritaram e apitaram contra o Governo levantando cartazes e faixas. As vaias tiveram início quando o vice-presidente da República, Michel Temer, chegou ao local e continuaram durante o início da cerimônia, que contou com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, do mi-nistro de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, e da prefeita de Ribeirão Pre-to, Dárcy Vera, entre outras lideranças políticas. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o secretário de Agri-cultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, e o senador Ronaldo Caiado (DEM), também pre-sentes, foram os únicos a serem aplau-didos na ocasião.

Como o vice-presidente da Repú-blica, Michel Temer, não falou, coube à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, atender à imprensa. Já fora do pavilhão

Devido ao tumulto, somente o presi-dente da Agrishow 2015 e da Federação da Agricultura de São Paulo, Fábio Mei-relles, discursou. “O cenário macroeco-nômico não é favorável em curto prazo, mas há espaço considerável para investi-mentos qualitativos, baseados na automa-ção de processos, na sustentabilidade na racionalização do uso de recursos estra-tégicos, como solo e água”. Ele afirmou, ainda, que, apesar do setor privado fazer sua parte, é necessário maior apoio de po-lítica de governo. “Precisamos endereçar políticas consistentes e de longo e médio prazos para equacionar as distorções do setor sucroenergético, avançar em acor-dos sanitários e comerciais bilaterais, acessar novos mercados, reduzir a preca-riedade de nossa infraestrutura logística, reduzir a burocracia, simplificar o siste-ma tributário e reduzir o Custo Brasil”.

Durante a solenidade, foi entregue o Prêmio Brasil Agrociência, criado para estimular a pesquisa em diversas áreas do agronegócio. O homenagea-do foi Alfredo Scheid Lopes, profes-sor emérito da Universidade Federal de Lavras, por sua contribuição para a construção e o desenvolvimento do agronegócio. O prêmio foi entregue pelo vice-presidente, Michel Temer, e pelo governador de São Paulo, Geral-do Alckmin.

Scheid Lopes tem uma trajetória profissional de destaque no segmento agrícola mundial, sendo reconhecido nacional e internacionalmente como uma das maiores autoridades na área de fertilidade e manejo de solos na re-gião tropical.

Entrega do Prêmio Brasil Agrociência

onde foi realizada a solenidade de aber-tura da Agrishow, ela garantiu que o Planalto reconhece a importância do se-tor agrícola para a economia brasileira

e que, por isso, não deveria haver cortes nos recursos a serem disponibilizados no Plano Agrícola e Pecuário deste ano, que estava previsto para ser divulgado no último dia 19 de maio.

Para os anos seguintes, no entanto, a proposta é fazer os anúncios sempre no mês de março. Isso será possível, segun-do a ministra, a partir de uma nova lei agrícola que o Governo pretende apro-var. “A lei vai impor as regras. Se houver alguma modificação de regulamentação, será transmitida e anunciada a cada mês de março. Queremos, com isso, plane-jamento estratégico para os produtores brasileiros, como nossos concorrentes americanos e europeus têm”. Kátia Abreu, ministra da Agricultura

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Prazo para o CAR se estenderá por mais um ano

Governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin

Marcos Landell, diretor do Centro de Cana do IAC

Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo

Após ter revelado que 44% da área agrícola do Estado de São Paulo já ti-nha sido cadastrada no CAR (Cadastro Ambiental Rural), na quarta-feira (29), o secretário de Agricultura e Abasteci-mento de São Paulo, Arnaldo Jardim, afirmou, em evento na Agrishow, um dia depois, que o prazo para a conclu-são do cadastro se estenderá por mais um ano. Inicialmente seria encerrado no dia 6 de maio. O anúncio oficial foi feito pelo ministro interino do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, durante audiência na Comissão de Agricultura da Câmara, em Brasília, contou o se-cretário, que transferiu a secretaria para Ribeirão Preto-SP durante a Agrishow.

Kátia afirmou que os pilares do pro-jeto estão em discussão com pesquisa-dores, entidades de classe e o Congres-so Nacional, para que o resultado seja “uma lei agrícola muito especial, como o agronegócio brasileiro merece”.

Enquanto isso, no estande da Secre-taria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, o governador Geraldo Alck-min, em entrevista coletiva, anunciou o aumento do prazo para pagamento de dí-vidas referentes ao Programa Pró-Trator. O financiamento, que antes deveria ser feito em até seis anos, foi esticado para oito, com três de carência. Pouco antes, foi entregue o trator de número 5 mil, comprado por meio do programa.

“Estamos também possibilitando, a quem já terminou de pagar o primeiro

Marcos Landell assina protocolo de intenção de transferência de tecnologia na área sucroenegética paulista para o México

trator, poder adquirir o segundo. E au-mentamos o Pró-Implemento, que era de R$ 150 mil por produtor e agora vai para R$ 200 mil”, disse Alckmin.

Para o diretor executivo da Abag-RP (Associação Brasileira do Agronegócio em Ribeirão Preto-SP), Marcos Matos, a presença de autoridades políticas na feira ajuda a explicar a força do setor agrícola. “Temos o maior respeito por todos os se-tores da economia, mas é o agronegócio que ainda consegue gerar empregos, im-postos e saldo comercial para nossa eco-nomia. Em função dos endividamentos recentes, das políticas públicas desfavorá-veis, somados aos problemas climáticos, estamos com um quadro um pouco difí-cil, especialmente para a cana-de-açúcar. Mas esperamos uma melhora, para que possamos ter uma visão de futuro”.

Entre as atividades realizadas durante este período, destaca-se a assinatura de um protocolo de intenção para transfe-rência de tecnologia na área sucroener-gética paulista para o México. A ini-ciativa permitirá que o IAC (Instituto

Agronômico) intensifique um trabalho já iniciado de fornecimento de tecnologia brasileira na área de produção de açúcar e etanol para o governo mexicano. A in-tenção do México é retomar as ativida-des que o país desenvolvia na produção de cana-de-açúcar e que foi desarticula-da nas últimas décadas.

Para o diretor do Centro de Cana do IAC, Marcos Landell, o convênio é muito importante, pois possibilita o intercâmbio e expansão da tecnologia brasileira para outros locais. “Desde 2008, desenvolvemos um projeto na re-gião de Veracruz, e este protocolo nos dá exatamente a condição de continuar com este projeto e abre perspectiva de outros além de Veracruz, Estado que concentra 50% dos 900 mil hectares de cana existentes no México”.

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Juventude na feira

SMA divulga balanço do protocolo agroambiental

Um grupo de alunos do programa Jo-vem Agricultor do Futuro, do Sistema FAESP-SENAR/SP, de Sertãozinho-SP, foi conhecer as novidades apresenta-das na 22ª edição da Agrishow. Os 70 estudantes, de 14 a 17 anos, acompa-nhados pelo professor Márcio Rogério Sanches, visitaram estandes e também a Secretaria de Agricultura, onde foram recebidos pelo secretário Arnaldo Jar-dim. Mais de cinco mil jovens de vá-rias regiões do Estado, participantes do Programa Jovem Agricultor do Futuro, passaram pela feira neste ano.

A ABAG-RP também levou a ju-ventude para a feira. Noventa alunos e suas professoras, participantes do projeto Agronegócio da Escola, que venceram o concurso de redação pro-

O balanço preliminar do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergé-tico 2014/2015 foi divulgado na feira pela secretária de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Patrícia Faga Igle-cias Lemos, e mostrou que os avanços do Estado de São Paulo na sustentabi-lidade da produção de cana-de-açúcar e seus produtos continuam.

Segundo a secretária, os dados pre-liminares indicam que a colheita sem fogo alcançou cerca de 90%, represen-tando uma área de 4,82 milhões de hec-tares, um aumento de 6 pontos percen-tuais em relação à safra anterior, quando 83,7% da colheita foram realizados sem fogo. A cana colhida com queima caiu de 16,3% na safra 2013/2014 para cerca de 10% na safra passada, o que corres-ponde a uma área de 530 mil hectares.

Com a redução gradativa da queima propiciada pelo protocolo, deixou-se de queimar uma área acumulada de mais de 9,3 milhões de hectares. Com isso, cerca de 34,7 milhões de tonela-das de poluentes deixaram de ser emi-tidos, assim como 5,7 milhões de tone-ladas de GEE (gases de efeito estufa), equivalentes à emissão anual gerada

pela circulação de 100 mil ônibus em uma grande cidade.

Patrícia também assinou termo de convênio entre a Secretaria de Meio Ambiente, a de Agricultura, a Cetesb e o Inpev para o gerenciamento de agro-tóxicos obsoletos declarados, abran-gendo desde acondicionamento, coleta, armazenamento temporário, transporte, incineração até a correta disposição das cinzas em aterros industriais adequados.

“A ideia desse convênio é exata-mente que se passa a dar uma desti-

posto pela entidade em comemoração aos 15 anos do projeto, passaram um dia na feira, com diversas atividades. Entre elas, palestra do secretário da Agricultura de São Paulo, Arnaldo Jar-dim, e do secretário de Transportes do Estado, Duarte Nogueira, além de vi-sita a expositores e também ao Cami-

nho do Boi, uma ação promovida pela SRB (Sociedade Rural Brasileira). “A intenção foi fortalecer essa visão do agronegócio na vida das pessoas para que os alunos reconheçam a atividade como um futuro profissional para eles próprios”, explicou Marcos Matos, di-retor da ABAG-RP.

nação ambientalmente adequada para todos esses agrotóxicos e embalagens de agrotóxicos. Isso era uma preocu-pação muito grande porque, por mais que não pudesse ser mais utilizado, fi-cava em algum local e corria o risco de contaminação por vazamento. Com a medida, a gente resolve definitivamen-te, pois tem toda uma sistemática de recolhimento, para levar para um local adequado e fazer a destinação daquilo que é possível reciclar ou incinerar re-solvendo isso de uma vez por toda, que é um passivo ambiental que nós tínha-mos”, explicou Patrícia.

Especial Agrishow38

Secretária de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Patrícia Faga Iglecias Lemos

Patrícia assinou termo de convênio entre a Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura,

Cetesb e Inpev para o gerenciamento de agrotóxicos obsoletos declarados

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Tecnologia em ação

SENAI-SP e AGCO inauguram escola móvel para manutenção de colhedora de cana

Entre as principais atrações de uma feira de tecnologia em ação, estão, sem dúvida, as demonstrações de campo. Oportunidade para que os agricultores e outros profissionais da área observem as máquinas em funcionamento e confi-ram, in loco, seus diferenciais. Durante a Agrishow, as apresentações só não fo-ram realizadas no primeiro dia de feira. Nos outros quatro, de manhã e à tarde, praticamente não houve intervalo entre uma e outra. A cada minuto, um equi-pamento entrava em cena. Forrageiras, tratores e colheitadeiras deram uma mostra da evolução da tecnologia vol-tada ao campo.

O estudante de gestão de agronegócios Diego Ferreira, de Mogi das Cru-zes-SP, não desgrudou os olhos da área de demons-trações. Nem a máquina fotográfica, que registrou cada detalhe. “São vários implementos agrícolas interessantes e que ofere-cem alta produtividade. É a primeira vez que venho e espero voltar”.

Os participantes dos experimen-tos eram levados para as lavouras

em trenzinhos puxados por tratores. Sobre um trio elétrico, um animador informava as características de cada máquina apresentada.

O presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Pau-lo) e do SENAI-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Paulo Skaf, inaugurou, na Agrishow, a Escola Móvel de Manutenção de Colhedoras de Cana. A unidade é resultado de um investimento de R$ 3,5 milhões, sendo R$ 2 milhões do SENAI-SP e R$ 1,5 milhão do Grupo AGCO, fornecedor dos equipamentos.

A oficina itinerante foi customizada em duas carretas conjugadas que, jun-tas, totalizam uma área de 180 m², di-vidida em laboratórios, salas de aula e kits didáticos. Os kits são os sistemas da colhedora que permitem o treina-mento em cada conjunto do maquiná-rio, facilitando, assim, o aprendizado de cada etapa de equipamento.

A carreta, que é a maior unidade iti-nerante de capacitação profissional da América Latina, foi concebida para ofe-recer as melhores condições de apren-dizado aos alunos, com equipamentos e instrumentais extremamente moder-nos, chegando o mais perto possível do funcionamento da colhedora de cana. Serão oferecidos os seguintes cursos: Iniciação Profissional: Auxiliar de Me-cânico de Climatização de Máquinas

Agrícolas; Qualificação Profissional: Eletricista de Colhedora de Cana – com 100 horas de duração – e Mecâ-nico de Máquinas Agrícolas – com 150 horas; Aperfeiçoamento Profissio-nal: Eletro-hidráulica de Colhedora de Cana – com 100 horas de duração – e Especialização Profissional: Mecânico de Injeção Eletrônica Diesel – com 80 horas de duração.

“A máquina tem 25 sensores que dão informações para um centro, onde a gente consegue monitorar não só o uso do equipamento, mas ajudar o agricultor a melhor usar a colhedora dependendo de mais ou menos torque, conseguindo assim fazer uma manu-tenção preventiva”, explicou Bernhard Kiep, vice-presidente de marketing, pós-venda, gestão de produtos e desen-

volvimento de concessionárias AGCO para a América do Sul.

Para Skaf, o SENAI cumpre o seu papel, que é de fazer a formação pro-fissional. “Na edição passada, inaugu-ramos a unidade móvel de colhedoras, que forma o operador para utilizar a máquina através de um simulador”, lembrou o presidente. Ele afirmou tam-bém, que no caso do plantio de cana, já foram ministrados cursos para 40 mil pessoas que deixaram de atuar na co-lheita manual. “Elas precisam de uma oportunidade e o SENAI entrou com a formação dessas pessoas, que se trans-formaram em confeiteiro, eletricistas e mecânicos”. Ele destacou que a unida-de dispõe de alta tecnologia e pode ro-dar o Estado levando não só teoria, mas práticas, equipamentos, inovação.

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40Especial Agrishow

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Apontada como um dos gargalos do desenvolvimento do agro, a Logística foi muito discutida na Agrishow

Ao visitar a feira, o ministro da Se-cretaria de Portos da Presidência da República, Edinho Araújo, disse que a movimentação de cargas no Porto de Santos apresentou um resultado inédito no mês de março, no que diz respeito à forma de escoamento das mercadorias. “Pela primeira vez houve uma inversão, com 55% da carga chegando ao terminal portuário por ferrovias e 45% por rodo-vias”, contou, afirmando que essa inver-são representa uma vitória na estratégia governamental de tornar mais competiti-vos os terminais e assim contribuir para redução dos custos logísticos, favore-cendo especialmente o agronegócio.

O ministro também informou que, em abril, foi registrado um aumento de 13% nos embarques de soja no terminal pau-lista, em comparação com abril de 2014. “Isso é bastante relevante, principal-mente pelos transtornos causados pelo incêndio que praticamente paralisou a movimentação de caminhões por uma semana”, lembrou Araújo, afirmando que houve um aumento de 98% no ín-dice de adesão ao agendamento da che-gada de caminhões no Porto de Santos.

Sobre as ações da pasta, Araújo re-velou que está no aguardo do parecer do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre um lote de 29 solicitações de ar-rendamento de portos públicos. Outra ação que deve merecer atenção especial é acelerar as obras do chamado Arco Norte, conjunto de rodovias, ferrovias e hidrovias cujo objetivo principal é faci-litar o escoamento da safra de grãos do Centro-Oeste em direção aos portos do

Norte e Nordeste.

Já o secretário Antônio Duarte No-gueira, em entrevista à Canavieiros, con-tou que a Secretaria de Logística e Trans-porte de São Paulo assinou um convê-nio com o Ministério dos Transportes por meio do qual passa a ter autonomia para iniciar o processo de licença ambiental e elaborar o projeto inicial para a constru-ção do Ferroanel Norte, na Região Me-tropolitana de São Paulo.

“Há duas semanas nós assinamos com o Governo Federal um convênio que vai nos permitir fazer o licencia-mento ambiental e o projeto de enge-nharia do Ferroanel Norte. Com isso, vamos ganhar sinergia para reduzir custos e criar oportunidades para fazer a integração de fato do ramal ferrovi-ário no seu tramo norte, facilitando, inclusive, a integração de cargas e passageiros que têm que atravessar a cidade de São Paulo”, afirmou. O se-cretário lembrou ainda que a questão ferroviária, como todos os modais, é de delegação federal, mas é preciso so-mar esforços com o Governo e com a iniciativa privada, dando as condições para que os investimentos em infraes-trutura possam ocorrer.

Em palestra proferida na sequência, que teve como tema “O Agronegócio:

sua relevância e a infraestrutura Logística de Su-porte no Estado de São Paulo”, Nogueira tam-bém fez um am-plo balanço dos investimentos em infraestru-tura no Estado,

com destaque para aplicação de R$ 17 bilhões no período 2015 a 2018 em ro-dovias, totalizando 7.228 quilômetros de vias, incluindo nesse montante a construção do túnel submarino ligando Santos ao Guarujá. “A nova ligação vai permitir aumento da eficiência opera-cional do Porto de Santos porque estará integrando os dois lados do canal”.

O evento, que foi coordenado pelo secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, contou com a participação de diversas autoridades, como o ex-ministro Roberto Rodrigues; o presidente de honra da Agrishow, Maurílio Biagi; o superintendente do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), Armando Costa Ferreira; o presidente da Orplana e da Canaoeste, Manoel Ortolan; o presidente da SRB (Sociedade Rural Brasileira), Gustavo Junqueira; o presidente da Câmara Se-torial da Cadeia Produtiva do Açúcar e do Álcool, Ismael Perina; o diretor exe-cutivo da ABAG-RP, Marcos Matos; o deputado estadual Welson Gasparini (PSDB), entre outros.

Edinho Araújo, ministro da Secretaria de Portos da Presidência da República

Autoridades participaram da palestra

Antônio Duarte Nogueira, secretário de Transporte e Logística

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“Magia combina com bons negó-cios”, declara. A previsão é certeira. Sato fatura com a venda de caixas cujas mágicas são acompanhadas por vídeos explicativos.

No mesmo estande, panelas que fri-tam sem óleo e não grudam parecem também ter saído de uma terra de fan-tasia. Ovos, queijos, calda de açúcar... Tudo rapidinho.

E se o assunto é comida, a empresa ao lado oferece um espeto individual elétrico que não precisa de churrasquei-ra. Basta uma tomada e dois pontos de

Oficinas sobre MPB

Feira de curiosidades

O Sistema de MPB (Mudas Pré-Bro-tadas) de cana-de açúcar, desenvolvido pelo Programa Cana do IAC (Instituto Agronômico) foi mostrado em oficinas diárias durante a Agrishow. As ativida-des, coordenadas pelo pesquisador do IAC Mauro Alexandre Xavier, mostra-ram as etapas que compõem o sistema, que muda o conceito de plantar cana, pois, no lugar dos colmos como se-mentes, entram as mudas pré-brotadas. “Trata-se de um novo conceito de mul-tiplicação da cana, reduzindo volume e levando para o campo efetivamente uma planta”.

A tecnologia é direcionada a aumen-tar a eficiência e os ganhos econômicos na implantação de viveiros, replantio de áreas comerciais e, possivelmente, reno-vação e expansão de áreas de cana-de--açúcar. Até a chegada desta tecnologia de multiplicação, em 2009, era usado o sistema convencional, adotado desde a

vinda das primeiras canas ao Brasil, por volta de 1530.

De acordo com o pesquisador, o método é simples e pode ser adotado por pequenos pro-dutores e associa-ções, não sendo res-trito às usinas. Além de oferecer qualida-de fitossanitária, vi-gor e uniformidade de plantio, também proporciona a redução da quantidade de mudas que vai a campo. Para o plan-tio de um hectare de cana, o consumo de mudas cai de 18 a 20 toneladas; no plantio convencional, para 2 toneladas no MPB. “Esse valor significa que 18 toneladas que seriam enterradas como mudas vão para a indústria produzir

A Agrishow não atende apenas aos desejos de grandes agricultores. Os pe-quenos também têm espaço bem como aqueles que buscam utilidades domés-ticas, artigos de vestuário ou, simples-mente, diversão. Todos os públicos têm espaço garantido. Homens, mulheres e até mesmo a criançada.

O mágico Ossamá Sato, por exem-plo, sabe como atrair a atenção do público infantil. Com movimentos rá-pidos das mãos, faz desaparecer fitas coloridas entre os dedos e brotar boli-nhas de pano.

etanol e açúcar, gerando ganhos”, ex-plicou Xavier. Além da economia, a possibilidade de ganhos de produtivida-de é alta. Até o momento, em todos os campos experimentais do IAC, os sal-tos na produtividade do primeiro ciclo (cana planta) têm variado de 5% a 40%, afirma a instituição.

Pesquisador do IAC Mauro Alexandre Xavier

sustentação com um pouco de carvão embaixo para que a festa aconteça.

Um pouco mais a frente, raladores alemães picam em rodelas ou cubos mínimos os temperos que podem servir como acompanhamento. Lá, um vina-grete fica pronto antes que a diretora e promotora de vendas, Benedita Feitosa, consiga explicar todas as vantagens da tecnologia. “Não é só mágica. É mila-gre”, sintetiza.

Como sobremesa, é possível co-mer um doce ou degustar uma bebida quente bem no meio da exposição. Um tuk tuk que se transforma em cafete-ria convida quem está cansado de an-dar pelos corredores a relaxar: sentar

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um pouco e bater um papo. E o cliente ainda leva um brinde. “Sorrisos. Aqui a gente coleciona sorrisos”, diz a au-tora da ideia, Luciana Junqueira. Uma prova de que, mesmo com em um am-biente de negócios, é possível fugir do agito. Mas por pouco tempo. Porque, na Agrishow, comida também é negó-cio. Alguém duvida quando vê o plás-tico comestível feito a partir de frutas e verduras apresentado pela Embrapa Instrumentação Agropecuária?

É inovação que se multiplica, está por todos os lados. Não precisa nem andar muito para se deparar com um robô falante, que convida para uma foto. Ou comparar a primeira colhei-tadeira de grãos do Brasil, modesta, fabricada há cinco décadas, como a mais moderna para esta função do país. Diferença estrondosa, não só no

A perspectiva das Empresas Randon é de que as vendas do segmento de im-plementos rodoviários e voltados para o agronegócio apresentem uma recu-peração entre 10% e 15% no segundo semestre de 2015. A projeção foi feita por Claude Padilha, gerente nacional de vendas da empresa, durante coletiva de imprensa. “Temos tomado uma série de medidas para nos prepararmos para essa retomada”, diz o executivo, salien-tando que uma mostra do otimismo da companhia é a manutenção dos investi-mentos, como a aplicação inicial de R$ 100 milhões - podendo chegar a R$ 500 milhões - numa nova planta para pro-dução de vagões e semirreboques cana-vieiros em Araraquara/SP.

A nova fábrica, que deve entrar em operação no segundo semestre de 2016, foi planejada para fabricar 15 vagões/dia e em torno de 20 semirre-boques, devendo gerar cerca de mil novos empregos diretos na região. “Na contramão da indústria de implemen-tos rodoviários e caminhões, que é um ponto forte da Randon, a área ferrovi-ária tem sido motivo de grata satisfa-ção para nós, pois tem apresentado nú-meros até superiores ao ano anterior, diferente da indústria de caminhões e semirreboques”, analisou o executivo.

Padilha afirmou também que a expec-tativa de retomada dos negócios está atre-lada ao segmento agrícola, uma vez que

A Fockink Indústrias Elétricas mos-trou na feira uma nova tecnologia que faz parte de um conceito que está inserido na Campanha de Uso Racional de Água e Energia Elétrica na Irrigação, lançada pela empresa em março deste ano. “Como ato concreto dessa campanha apresentamos o Sistema Supremo de Irrigação, uma tec-nologia que possui um pacote completo para equacionar este problema e ainda

proporcionar ganhos de produtividade ao produtor”, explicou Diego Limberger, supervisor de Orçamento e Aplicação – Irrigação da Fockink.

O sistema é composto por três tec-nologias: o Sistema de Alinhamento Supremo, o Painel Supremo e o Siste-ma Inteligente de Bombeamento Eco Pump. A principal novidade do Sistema

tamanho, como nas vantagens que esse tipo de equipamento pode proporcio-nar hoje ao produtor rural.

Numa exposição democrática, os potentes motores dividem, ainda, es-paço com alternativas inusitadas, como um pulverizador movido à tração ani-mal. Ou com roupas, colares e brin-cos. A empresária Arilânia Machado gostou de saber que, pela primeira vez na Agrishow, poderia entrar numa loja com artigos exclusivamente femininos. Até o marido, Paulo José, médico e

agricultor, aprovou. “Diversificar. Foi a melhor coisa que fizeram”, disse ele. “Até então, eu estava só vendo máqui-na. Agora, percebi que tem coisas só para mulheres e adorei. Tô levando”, emendou ela.

NOvIdAdES APRESENTAdAS Randon aposta que as vendas melhorem no segundo semestre

Fockink apresenta sistema de irrigação

Claude Padilha, gerente nacional de vendas

Diego Limberger, supervisor de Orçamento e Aplicação

50% das vendas de produtos da Randon estão relacionadas com atividades ligadas ao agronegócio. Na Agrishow, a empresa apresentou seu portfólio de soluções para o transporte de cargas e veículos espe-ciais, como um Semirreboque Graneleiro e um Rodotrem Canavieiro, além da Re-troescavadeira RD 406 Advanced.

Especial Agrishow42

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Segundo José Dimas de Castro Mei-ra, sócio proprietário da Dimas Tra-tores, concessionária de Catanduva, o fornecedor de cana-de-açúcar começa a olhar para os tratores de menor potên-cia e muitos adquiriram o P100 para ser usado no cultivo. “Estamos com tratores em demonstração em alguns locais. Eles perceberam que podem eliminar um tra-tor de 140 cv, que tem um gasto de 14 litros/hora usando um trator de 105 cv no cultivo, resultando assim na diminui-ção de 7 a 8 litros/hora de combustível”, explicou, afirmando que o trator vai pro-porcionar uma economia muito grande e necessária para o setor. Dimas adiantou que já está em negociação para fornecer seis máquinas para o Grupo Colombo, com projetos para ampliar para 40 no futuro. “Um trator cabinado, hoje, em promoção da fábrica, custa R$ 115 mil, mas o valor normal chega a R$ 127 a R$ 130 mil no mercado”, conclui.

A LS Tractor, uma empresa sul-core-ana que tem uma linha de produtos fo-cados para a média e pequena proprie-dade ou atividades que necessitam de tratores até 105 cv de potência, lançou dois modelos na Agrishow: o R60 e o G40 com versão de eixo dianteiro es-treito, ideal para a cafeicultura e cultivo de lavouras adensadas.

O R60 possui uma tomada de potência independente de três velocidades (540, 750 e 1000 rpm) operada a partir do pai-nel, direção hidrostática, controle remo-to independente, transmissão 32x16 com super redutor, eixo frontal blindado que proporciona om menor raio de giro da categoria. Possui motor LS Tier 3 com baixo consumo de combustível e baixa emissão de poluentes e baixo nível de ruído e de vibração, melhorando a ergo-nomia e o conforto ao operador. O R60 foi escolhido como o Trator do ano na Categoria Tratores Especiais, premiação realizada durante a Agrishow.

Já o G40 está numa categoria de po-tência abaixo do R60, oferecendo 38 HP, mas apresenta várias características existentes no R60 como eixo blindado com o menor raio de giro da categoria, inversor de frente e ré sincronizado (Syncro Shuttle) garantindo maior agi-lidade e rapidez nas operações, super-

-redutor, direção hidrostática ajustável garantindo melhor ergonomia, tomada de força independente com acionamen-to eletro-hidráulico. E o motor certifica-do Tier 3, com significativa redução de emissão de CO2, e alto índice de eco-nomia de combustível.

De acordo com Cristiano Duma, ge-rente de Marketing da LS, a Agrishow 2015 foi um divisor de águas para a em-presa. “Batemos a meta de vendas na Agrishow no segundo dia da feira”, diz ele se referindo aos 250 tratores negocia-dos no local e que representa a consoli-dação da marca no Brasil. Com apenas um ano e meio de mercado, a empresa detém 5% do mercado nacional de trato-res até 105 cv e já comercializou mais de três mil unidades sendo 10% para clien-te. A marca tem 30 concessionárias e 45 lojas em 14 Estados brasileiros, com previsão de chegar a 50 em 2015.

Boa parte dos negócios é feita através do sistema de financiamento Barter, que é a troca do produto por saca de café, modalidade que em 2014 rendeu cerca de R$ 12 milhões em vendas para a LS Tractor, e que foi disponibilizada como opção na Agrishow. O executivo conta que a procura por consórcios também aumentou bastante, representando cerca de 70% em relação a edição anterior.

LS lança tratores com baixo consumo de combustível

Cristiano Duma, gerente de Marketing e José Dimas de Castro Meira, concessionário

Supremo é uma solução para o alinha-mento dos pivôs que se deslocam sem intermitência, o Alinhamento Contínuo Supremo. O equipamento movimenta--se como uma peça única, sem efetuar paradas, onde as torres andam juntas sempre 100% alinhadas, aplicando a água de forma mais uniforme. Outra novidade do Alinhamento Contínuo é o Sistema mitigador anticongelante (frost Free) que cria um microclima através da umidade para os períodos críticos do inverno fazendo giros rápidos com bai-xa lâmina e mão de obra.

Já o Painel Supremo é a nova ge-ração de painéis desenvolvidos pela empresa e tem o objetivo de tornar o dia-a-dia mais prático e moderno. “A empresa desenvolveu um sistema que ele reconhece se o pivô está no mais alto ou se está no mais baixo e quando está no mais baixo ele diminua a rota-

ção da bomba gerando economia, por-que não precisa de tanto energia como se estivesse colocando água num ponto mais alto”, explica supervisor.

O equipamento começou a ser co-mercializado em março de 2014 e já tem mais de 400 equipamentos ven-didos com essa tecnologia. Durante a Agrishow, a empresa também fechou grandes negócios com produtores da Bahia, Mato Grosso e São Paulo. Para implantar os pivôs, o agricultor terá que investir entre R$ 5 mil a R$ 5,5 mil por hectare irrigado, depende da região e do tamanho de sua propriedade.

De acordo com Limberger, embora o setor canavieiro não esteja demandan-do produtos, devido à crise que atra-vessa, a empresa atende algumas usinas em Minas Gerais. “O perfil da cana é diferente, porque nas culturas de grãos

se tem uma irrigação periódica e na cana é diferente, muitas vezes o pesso-al trabalha com a irrigação só para ela brotar e desloca para outra área, então o equipamento precisa ser móvel. Temos equipamentos em cana que atendem até 10 áreas”, contou, explicando que dife-rença do pivô para a cana é que ele tem que ser um pouco mais alto, chegando a 3,7 metros, contra os 3 metros dos pi-vôs para a cultura de grãos”.

Limberger ressaltou também que é necessário desmistificar a ideia de que a irrigação é a vilã do meio ambien-te. “Sabemos que apenas 3% da água que colocamos no pivô fica na planta, os 97% retornam retorna para o ciclo hidrológico, só que retorna num ciclo mais abaixo. Portanto, quanto mais conseguirmos ter represas, barramento ou diversas piscinas, mais chances de termos pulmões maiores”, explica.

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A DAF, uma das marcas líderes no mercado europeu de caminhões e sub-sidiária da PACCAR Inc., apresentou na feira cinco unidades do XF105, um caminhão indicado para o agronegócio e transporte pesado na estrada.

Reconhecido no mercado pelo baixo custo de operação, força e robustez, o caminhão DAF possui capacidade de carga de até 74 toneladas. Atualmen-te, é comercializado nas versões 6x4 e 6x2, com duas opções de motorização, 410 cv e 460 cv. O extrapesado pode ser adquirido em nove cores: amarelo (Yellow Demo), prata (Zermatt Sil-ver), azul (Sky Blue), tons de branco (Ice White e Brilliant White), tons de vermelho (Currant Red e Diablo Red), preto (Black Distingo) e verde (Mint Green).

Entre as configurações disponíveis do XF105, também estão duas opções de cabines, a Comfort e a Space Cab. No cronograma de lançamentos para 2015, estão o motor de 510 cv e a Super Space Cab.

“A cabine Space Cab é alta, tem 2,10 metros de altura interna, oferecendo muito conforto para o motorista”, expli-cou Everton Bedusco, gerente de Ma-rketing de produtos da DAF. Segundo ele, embora o cenário não seja positivo, a participação da empresa na feira foi considerada melhor do que a da edição passada. “Fechamos bons negócios, com vendas para o Mato Grosso, Minas Ge-rais e Ceará, além da região de Ribeirão Preto”, contou Bedusco, explicando que ações desenvolvidas para atrair o cliente e o reconhecimento da marca, que está no Brasil, desde outubro de 2013, quan-do inauguraram uma fábrica em Ponta Grossa – PR, fizeram a diferença.

A ideia é expandir a atuação da marca com novas concessionárias, como a que foi inaugurada em novembro passado, pelo Grupo Burgatto, na Rodovia An-chieta, em Ribeirão Preto-SP. “Em 2014, a montadora vendeu cerca de 300 veícu-los no Brasil e este ano, até abril, já tinha emplacados 90 veículos”, disse ele, com-pletando “Para uma marca que está ini-ciando no mercado e para um ano como

A Titan Pneus – detentora da marca Goodyer Farm Tires – expôs na feira, o protótipo da nova versão radial do pneu de alta flutuação 600/50R22.5, de pro-dução nacional.

De acordo com Carlinho Belão, con-sultor técnico da Titan Pneus no interior do Estado de São Paulo, o novo modelo é recomendado para aplicação em ei-xos livres de transbordo e implementos agrícolas e tem seu lançamento previsto janeiro de 2016, atendendo assim a pró-xima safra de cana-de-açúcar. Ele afir-ma que o pneu é ideal para lavouras de cana-de-açúcar e foi desenvolvido para suportar a rotina severa de trabalho da agroindústria no Brasil.

“Cerca de 95% do mercado agríco-la utiliza pneu diagonal, que tem uma construção mais antiga. Já o radial é uma tecnologia mais nova para a área de cana”, diz Belão, afirmando que os novos pneus vão atender aos trans-

dAF visa o setor sucroenergético

Titan aposta no radial para a lavoura canavieira

Everton Bedusco, gerente de Marketing

Everton Bedusco, gerente de Marketing

este, com um cenário adverso, estamos satisfeitos com as vendas”, afirmou.

O gerente avisa ainda que a empresa está de olho no setor sucroenergético. “Embora a DAF não tenha caminhão direcionado para trabalhar na colheita da cana-de-açúcar, estamos com um projeto novo em desenvolvimento e, no máximo em dois anos, é possível que tenhamos este produto disponível para os clientes daqui. Porém para o trans-porte de todos os derivados da cana nós temos produtos”, conclui.

tecnologia IF (Increased Flexion), para maior suporte de carga sem a necessi-dade de aumentar a pressão interna do pneu. O produto tem como caracterís-tica principal ajudar na diminuição da deformação da lateral do costado do pneu (causa principal de desconforto ou balanço), mantendo o operador confor-tável, evitando ou diminuindo o galope, um tipo de vibração que acomete a má-quina agrícola.

Os pneus IF320/90R42 e IF380/90R46 - ULTRA SPRAYER para uso em Pulve-rizadores Autopropelidos, completaram o pacote tecnológico da linha agrícola Titan Pneus na Agrishow. O pneu 18.4-26 LOGGER LUG II de fabricação cem por cento nacional, com cintas de aço e desenho exclusivo para a aplicação florestal, também estava entre os des-taques levados à feira. Outras medidas em exposição no estande da empresa foram: 710/70R38 DT924 R1W - 12-16.5 e 600/65R28 DT 824 R1W.

bordos de cana e têm como vantagem impactar menos o solo. “Como tem uma área maior de contato no solo, distribui uma mesma carga em uma área maior comparado com o pneu diagonal”, explica.

Outra novidade apresentada pela empresa foi o pneu IF 800/55R46, com a tecnologia LSW (low Sidewall), res-ponsável por permitir maior estabilida-de da máquina, e agora também com a

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A Toyota destacou a Hilux Limited Edition, versão exclusiva da picape média a diesel mais vendida do País, durante a feira. Com apenas 3 mil uni-dades produzidas, ela conta com motor 3.0 16 v turbo e transmissão automática de cinco velocidades e itens personali-zados como capa de para choque, com rodas escurecidas de liga leve aro 17”, santantônio sport, capota marítima, entre outros. Outra novidade da Linha 2015 é referente a Hilux flex SRV 4x2 automático, que vem com câmbio au-tomático, sistema multimídia com TV digital e câmera de ré.

De acordo com Anderson Suzuki, gerente geral da Toyota, as vendas da Hilux flex aumentaram 50% no último ano, passando das 300 vendidas em

A Massey Ferguson recebeu o prê-mio Trator do Ano 2015 com o modelo MF 6711R Dyna-4. Lançado recen-temente no Brasil, o novo trator MF 6711R Dyna-4 possui a transmissão inédita e mais avançada da categoria. São 16x16 velocidades totalmente ro-botizadas que eliminam a possibilidade de erro na troca de marchas e prolon-gam a vida útil dos componentes. Tam-bém dispensa o uso da embreagem para realizar as trocas, o que torna o conforto operacional ainda maior, aumentando a jornada de trabalho e trazendo produti-vidade e economia de combustível.

A cabine do MF 6711R é a maior e mais confortável da categoria, possui um assento que possibilita pequenos gi-ros, o sistema de levante de três pontos é de alta capacidade e a vazão do controle

Toyota destaca Hilux Limited Edition e flex SRv

Lançamento da Massey Ferguson é eleito Trator do Ano 2015

Além da picape, a empresa levou tam-bém para a feira o recém-lançado SUV compacto premium NX 200t de sua mar-ca de luxo, a Lexus, a Hilux SRV top Die-sel, o SW4 SRV com sete lugares, o Etios Cross, o hídrido Prius e o Corolla.

Os visitantes puderam experimentar os modelos Hilux e SW4 em uma pista de 3 quilômetros para es-drive off-road durante o evento.

2013, para 600 em 2014 e a meta é che-gar a 800 unidades neste ano.

Suzuki lembrou que depois de re-corde de vendas nos últimos 10 anos, atingindo o máximo em 2012, com 3.8 milhões unidades, o mercado automo-tivo brasileiro teve uma redução em 2013 e fechou 2014 com queda de 7%, atingindo o volume de 3.500 milhões de unidades. “Mesmo assim, com o tra-balho que a empresa tem feito no Bra-sil, o cenário foi positivo para a Toyota e atingimos um recorde de vendas pelo 10º ano consecutivo, vendendo 195 mil unidades”, disse. O crescimento representou 10% em comparação ao movimento de 2013. A expectativa da empresa é fechar 2015 com as 195 mil unidades vendidas no ano passado.

remoto é de 98 l/min, podendo chegar a 105 l/min quando equipado com pi-loto automático. Outro ponto forte é a tecnologia do modelo, onde é possível equipar esse trator com Telemetria e Piloto Automático, assim a máquina torna-se imbatível em qualquer terreno.

O MF 6711R faz parte da nova série de tratores, a MF 6700R Dyna-4, com-posta por outros dois modelos, o MF 6712R e MF6713R, que são equipados com motores AGCO Power Turbo de quatro cilindros com 112 cv, 112 cv e 132 cv, respectivamente.

A Massey Ferguson lançou também, na Agrishow, a MF 9695 Trident, nova colheitadeira classe 6 da marca, que é equipada com um motor seis cilindros turbo intercooler AGCO Power de 8,4

litros, posicionado la-teralmente à máquina e alinhado com o ro-tor, capaz de entregar até 380 cv em reserva. Com todo esse conjun-to, em condições ide-ais de uso, a MF 9695 reduz em até 30% o consumo de combus-tível se comparado ao modelo anterior.

Outro lançamento foi a nova plantadei-ra, a MF 700 CFS que tem caixa central de sementes e uma gama de opcionais. Nas versões de 11 até 30 linhas a nova sé-rie poderá ser configurada com opções de dosagem de sementes mecânica ou pneu-mática, além do sistema de taxa variáveis para fertilizantes e sementes.

Durante coletiva de imprensa, o di-retor comercial da Massey Ferguson, Carlito Eckert, afirmou que o setor sucroenergético continua na pauta da empresa, embora o market share em tratores no setor canavieiro caiu de 30% para 23% ao longo dos últi-mos anos. Mesmo assim, a intenção é retomar esse crescimento, partindo para outras áreas do setor, como a biomassa que deve crescer muito nos próximos 10 anos, estimou o diretor de marketing da AGCO para a Amé-rica do Sul, Alfredo Jobke, contando que novos transbordos e aleiradores foram lançados na feira.

A Massey Ferguson é uma mar-ca do Grupo AGCO, que, em 2014, concluiu a aquisição da Santal Equi-pamentos S/A, de Ribeirão Preto-SP, cujo controle detinha desde janeiro de 2012, reforçando, assim, sua posição no segmento de cana de açúcar.

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A Valtra fez o lançamento da BE1035 – primeira colhedora de cana da marca – na Agrishow. Com alta performance, mas econômica, a máquina foi desenvolvida com um motor ajustado para ter baixo consumo de combustível, baixa emissão de poluentes e, ainda, maior vida útil, além de um pacote de soluções que com-bina uma cabine confortável, pensada de forma ergonômica para o operador e com um sistema eletrônico desenvolvido real-mente para facilitar o trabalho no campo.

A AGCO desenvolveu para esta co-lhedora um novo sistema de telemetria que até o momento não havia sido apli-cado no segmento agrícola. A novidade, implementada pela primeira vez em um equipamento do grupo, vai permitir o monitoramento da máquina em tempo real, quer seja da fábrica, da concessio-nária Valtra ou até mesmo do cliente, por meio do sinal de celular.

Outra inovação da colhedora da Val-tra é a chave cartão que pode ser codifi-cada para diferentes níveis de acesso. O que quer dizer que a colhedora quando acionada com uma chave-cartão (simi-lar a um cartão de crédito) vai trabalhar de acordo com o que foi configurada.

A empresa lançou também a BC6800 – uma colheitadeira classe 6 com cara de classe 7, que foi desenvolvida com con-ceitos inovadores, para que a máquina possa trabalhar como nenhuma outra da categoria, apresentando alta perfomance

e economia de combustível. Para se ter uma ideia, em condições ideais de terre-no, colheita e logística, a nova colheita-deira faz em média 60 hectares/dia.

A colheitadeira BC6800 tem as prin-cipais características das “irmãs maio-res” (a BC7800 e BC8800), como: o sistema TriZone, que inclui côncavos bipartidos com suspensão, um novo ca-nal alimentador do rotor e um sistema de limpeza multiestágios. Além de um tan-que de grãos com capacidade de 10.570 litros e descarga de 88 litros/segundo.

De acordo com Paulo Beraldi, dire-tor comercial da empresa, o setor ca-navieiro é importante para a Valtra, e está no DNA da empresa, embora esteja passando por uma crise. “Mas começo a enxergar sinais de melhora, com o au-mento de cotações na fábrica”, afirmou.

Diante desse futuro promissor, a Valtra apresentou a enfardadora Chal-lenger 2270XD, que chega a produzir mais de 60 fardos por hora e tem como principais atrativos a segurança ope-racional e robustez. “Agora a Valtra é a única marca brasileira com solução completa para o setor canavieiro. So-mos os únicos a fabricar e comerciali-zar equipamentos para todo o ciclo da cana: carregadoras, transbordos, plan-tadoras, pulverizadores, tratores, colhe-doras e máquinas para recolhimento de palha e biomassa, como enfardadoras e enleiradores”, ressaltou Marco Antônio

A DMB levou para a Agrishow sua completa linha de equipamentos voltados à cana-de-açúcar, com destaque para a plantadora PCP 6000 Automatizada, que, apesar de estar há apenas um ano no mer-cado, já é considerada um dos produtos mais nobres da empresa. “É um produto que está caindo no gosto dos usuários. A nossa plantadora de cana já vinha fazen-do bastante sucesso, que, agora, com essa opção automatizada, é maior ainda. Por isso, tem sido o equipamento mais visita-do aqui no nosso estande”, afirmou Auro Pardinho, gerente de marketing.

A plantadora oferece ao produtor a possibilidade de aumentar a produ-

tividade com redução de custos, o que atende às atuais demandas do setor su-croenergético, sobretudo por conta da crise atravessada pela cadeia produtiva. Nesse sentido, a PCP 6000 Automatiza-

da apresenta, como diferenciais, além da dispensa do operador, uma redução sig-nificativa no volume de mudas e unifor-midade na distribuição. “Com ela, você consegue características bem mais preci-sas no plantio com uma quantidade bem menor de mudas”, explicou Pardinho.

Isso acontece porque a máquina possui esteiras com ângulo invertido, fazendo com que o excesso de toletes seja devolvi-do à caçamba. Existem, ainda, um regula-dor de velocidade, que adapta a plantadora à quantidade de toletes por metro que se deseja aplicar, e sensores de última gera-ção, que emitem sinais de alerta quando o volume de cana começa a ficar baixo.

valtra lança sua primeira colhedora de cana

Plantadora PCP 6000 Automatizada é o produto mais visitado na dMB

Gobesso, gerente de marketing de equi-pamentos de cana-de-açúcar AGCO.

A empresa apresentou ainda a nova li-nha de tratores BM reformulada, com as versões BM110 e BM125i, que oferecem mais desempenho e robustez em função de um novo sistema hidráulico, que foi redimensionado para vazão de 57,5 litros/minutos. Isso agrega melhorias de 11% em relação ao anterior, o que significa que o maquinário está mais ágil, mesmo quan-do utiliza implementos de três pontos. Os lançamentos possuem motor AGCO Po-wer, desenvolvido exclusivamente para agricultura, o que permite melhor perfor-mance e economia de combustível.

A marca inclui ainda novidades para a linha superpesada, que inclui os trato-res de esteira Challenger MT775E, com motor AGCO Power de 7 cilindros, 28 válvulas e 405 cv na potência nominal e 437 cv na potência máxima. Esse modelo foi premiado como o Trator do Ano, na categoria Design do Ano.

Especial Agrishow

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A New Holland levou para a Agrishow 2015 a primeira plantadeira da marca a PL5000, que foi produzida em Piracicaba-SP e projetada para plantar a maior área possível, com o menor núme-ro de paradas, o que significa ganho de produtividade. Segundo Carlos D´Arce, diretor de marketing para a América La-tina, o ponto principal dessa plantadeira é a autonomia, ela tem a maior caixa de semente do mercado e também as maio-res caixas de adubo do mercado, o que possibilita um dia de trabalho sem inter-rupções para abastecimento de semen-tes. A caixa central de sementes possui capacidade para 1000 quilos por chassi e os reservatórios de fertilizantes armaze-nam até 6 toneladas de adubo.

A New Holland lançou também uma nova colheitadeira CR8090, com fabri-cação nacional. O modelo completa a oferta da classe 5 a classe 8 com atri-butos que a diferem das outras colheita-deiras do mercado. Além do duplo rotor, exclusivo da linha CR, ela traz também um tanque graneleiro de 14.500 litros, tubo de descarga de 8,6 mts e velocidade de descarga de 142 litros por segundo, motor FPT Cursos 13 de 489 hp, poden-do alcançar até 550 hp de potência máxi-ma, solução completa de Agricultura de Precisão e piloto automático, e o exclu-sivo sistema Opti Sprader, que distribui a palha perfeitamente para até 45 pés.

A empresa ampliou a oferta de im-plementos nos segmentos de biomassa, café e grãos. A intenção é oferecer solu-ções ainda mais completas aos produto-res rurais. A CNH Industrial, que detém a marca New Holland, fechou parce-ria que permitirá acesso aos produtos TMA e DRIA, marcas tradicionais e experientes no desenvolvimento e na produção de implementos para máqui-nas agrícolas. O acordo permitirá que as máquinas da New Holland possam ser equipadas com diferentes modelos de transbordos, aleiradores e carretas.

Os produtos apresentados para o segmento de biomassa são a carreta acumuladora de fardos e o aleirador de palhas. Para grãos, a marca apresenta o novo transbordo TG 20000, que chega com chassi reforçado, vigas longarinas com 5000 mm de comprimento sem emendas, quatro pneus de baixa pres-são e alta flutuação, além de outros atri-butos técnicos. Já para o setor cafeeiro, será lançado o reboque agrícola Coffee 5000, o Driaton 1600 e a carreta Fert-max Coffee 2500 com esteira de 80 cm.

Sobre o mercado, o vice-presidente da New Holland para a América Latina, Alessandro Maritano, ressaltou, durante coletiva de imprensa, ser um ano difícil. “As estatísticas são claras. O primeiro trimestre de 2015 teve uma redução no

A Case IH anunciou na Agrishow 2015 uma série de equipamentos vol-tados para o segmento sucroenergético. Um dos destaques é a premiada colhe-dora de cana da série A8800 Multi Row, com sistema de divisores de linha, que

tem como característica a flexibilidade de atender a colheita em diferentes es-paçamentos.

A empresa lançou sistemas integra-dos para a cana, como a plantadora auto-

matizada PTX7010, a qual todo o con-trole de fertilizante e fungicida é feito por equipamentos eletrônicos, em um único painel dentro da cabine. É uma plantadora de alta performance que opera, inclusive, com piloto automá-

tico e câmeras de controle, agora com regulagem de sulco para diferentes tipos de plantios, de 0,90 cm até 1,5m.

Também apresentou os transbordos, VTX 21000 e VTX 10000, o cultivador dupla ação hrd 6x4 e o sulcador de duas linhas, que pode ser usado pelo produtor que ainda não possui plantio mecaniza-do de cana. Ele abre o solo e distribui o fertilizante, deixando o sulco pronto para receber a cana. Ainda mostrou o sistema integrado para biomassa, com o aleirado de palhas DAL e a carreta acu-muladora de fardos CAF, única carreta nacional. O implemento tem capacidade de transportar até 40 fardos por hora, o equivalente a cerca de 20 toneladas.

A primeira plantadeira da New Holland é produzida no Brasil

Case IH cria conceito de EfficientPower, que oferecerá maior produtividade e menor custo

mercado de vendas de tratores (entre 15% e 20%) como no de colheitadeiras (35% a 40%) comparada ao ano ante-rior. Isso assustou e coloca o negócio de máquinas agrícolas a um patamar que é diferente de 2013, quando tivemos re-cordes de vendas, mas ainda temos pers-pectivas que podem ser positivas para o futuro”, explicou Maritano.

Segundo ele, a queda nas negocia-ções de 2014 foi de 15% se comparada a 2013, e o primeiro trimestre deste ano foi complicado, tendo como razão o atraso no lançamento do Moderfrota. Diante da insegurança do cliente e o que acontecerá com a economia, Maritano explicou que não há como falar em expectativa para 2015 e sim fazer uma análise trimestral. Mesmo assim, a empresa quer ampliar seu market share este ano. Já conseguiu um grande passo, ao receber o reconheci-mento como a marca mais lembrada pelo público, no Prêmio Trator do Ano 2015, realizado pela OldMen Edições.

Alessandro Maritano, vice-presidente da New Holland para a América Latina

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De acordo com Mirco Romagnoli, vice-presidente da Case IH para a Amé-rica Latina, a empresa trabalha no sen-tido de oferecer um sistema completo com equipamento de alto desempenho e alta performance para o produtor. Dian-te deste fato, lançaram o conceito de EfficientPower,que oferecerá maior pro-dutividade e menor custo ao agricultor.

“O Efficient Power são inovações tecnológicas e recursos inteligentes que resultam no menor custo operacional do portfólio de produtos da empresa. Re-cursos esses que geram maior eficiência energética e menor custo operacional do plantio à colheita”, explicou Christian Gonzalez, diretor de Marketing da Case IH para a América Latina.

Segundo ele, a linha de plantadeira Easy Riser é a primeira tecnologia desse

novo portfólio. “Só nela foram investi-dos R$ 30 milhões, sendo que projeto total demandará R$ 150 milhões, que serão diluídos em cinco anos realmente para buscar a liderança do mercado em plantadeiras”, contou, reforçando que o projeto da plantadeira é 100% brasileiro, desenvolvido em Piracicaba-SP e che-ga com seis opções: 11, 13, 15, 17, 19 e 24 linhas. Focada em alto rendimento operacional, ou seja, plantio com menor número de paradas para reabastecimen-to, o equipamento possui um sistema exclusivo de reservatórios com capaci-dade aproximada de até 2,1 toneladas para sementes e 6 toneladas para adubo. Os tanques de armazenagem suportam um big-bag completo de sementes por tanque, o que potencializa a logística e o planejamento da safra. A linha Easy Riser de 24 linhas chega a fazer até 36 a de plantio de soja por carga.

Mesmo com um cenário adverso, a empresa tem perspectivas para o segun-do semestre deste ano e mostrou algu-mas estratégias para tentar conquistar novos clientes, como a da ação “Meu 1º Case IH” com vantagens exclusivas para os novos clientes da marca. A campanha é válida para os oito modelos da linha Farmall e Farmall série A, de 60 a 130 cv, e garante descontos de até R$ 10 mil, peças grátis nas duas primeiras revisões e a possibilidade de financiamento pelo programa Mais Alimentos. A promo-ção é direcionada para todos os clientes que estiverem comprando seu primeiro trator Case IH até o final de julho. “A campanha estimula a compra de um tra-tor equipado com tecnologia de ponta, fácil operação, alta potência e economia. Juntos, vamos incentivar a evolução no campo”, afirmou o diretor de Marketing da Case IH para a América Latina.

A cultura da cana-de-açúcar foi o foco dos principais lançamentos da John Deere na feira. As colhedoras CH570 (com uma linha) e CH670 (duas linhas duplo alternado) fazem parte da nova família de colhedoras da multina-cional, que estarão disponíveis comer-cialmente em 2016. Possuem o Econo-Flow, sistema de alimentação, limpeza e hidráulico, que reduz o consumo de combustível em até 8%, melhora ainda mais a limpeza da cana colhida, além de aumentar a produtividade operacio-nal, representando menos emissão de carbono e colaborando na redução dos impactos ambientais.

“Os investimentos da empresa no país demonstram o compromisso con-tínuo da John Deere com o desenvol-vimento da agricultura brasileira”, sa-lientou Paulo Herrmann, presidente da John Deere Brasil e vice-presidente de

Vendas e Marketing da América Latina, ao apresentar a família de novas colhedoras, ao lado do gerente de contas estratégicas para Latino América, Carlos Newton Graminha.

A empresa também comemorou na Agrishow um fato histórico para a agri-cultura brasileira, os 50 anos de produção da primeira colheitadeira autopropelida do Brasil. Em 1965 foi montado o mode-lo SLC 65-A, em Horizontina (RS), equi-pamento produzido pela empresa gaúcha Schneider Logemann & Cia, que era inspirado no modelo 55 da John Deere – uma das mais avançadas máquinas da época. Uma colheitadeira modelo SLC 65-Aficou exposta ao lado do novo lan-çamento da série S, a S690, que completa o portfólio de máquinas da Série S (S540, S550, S660, S670 e S680).

As colheitadeiras Série S da John Deere realizam o trabalho em um me-nor espaço de tempo e possibilitam to-tal interação entre máquina e operador. Dentre as novidades em colheitadeiras também está o lançamento da platafor-ma 645FD, com 45 pés de corte, que

John deere apresentou nova geração de colhedoras

garante mais qualidade de corte e me-lhor performance de colheita mesmo em situações adversas.

De acordo com Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, gerente de cana-de--açúcar para América Latina da multi-nacional, a empresa tem como objetivo oferecer uma solução integrada e ino-vadora ao cliente. “Anos atrás nós olhá-vamos somente para a colheita. Hoje, a empresa está muito envolvida em trazer uma solução completa para o setor”, disse ele, em reunião com a imprensa, da qual participaram também Santia-go Larroux, diretor de Marketing para América Latina da John Deere, Roberto Biasotto, gerente de marketing de pro-duto; e o diretor de vendas, Marcos Ar-bex e Caroline Serrano, especialista de produto e mercado.

Ripoli ressaltou ainda que “Quan-do pensamos em mecanização estamos melhorando o processo, isso de maneira

Especial Agrishow

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Revista Canavieiros - Maio de 2015

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A Jacto lançou a K 3500, uma má-quina de múltiplo uso desenvolvida para trabalhar durante todo o ano realizando as operações de colheita, pulverização e poda, em espaçamentos tradicionais e adensados, oferecendo ao produtor maior competitividade. “Lançamos a primeira colhedora de café do mundo, e agora trouxemos este novo conceito para a mecanização da cultura. Não é só um sistema de colheita e sim múltiplo esquemas”, disse Valdir Martins, diretor comercial, explicando que ao se encer-rar o ciclo de colheita, o produtor poderá trocar o sistema de colheita pelo siste-ma de pulverização. “Por exemplo, a K 3500 foi desenvolvida para trabalhar em plantios tradicionais e também nos plan-tios adensados com até 2,50 metros entre linhas, garantindo o trabalho do equipa-mento durante todo o ano”.

A empresa lançou também três no-vos modelos de bicos: JTT (Jacto Turbo Tip), JGC (Jacto Guardian Cap), JGT (Jacto Guardian Twin) são feitos em plástico de alta especificidade. Os mo-delos são altamente resistentes à corro-são e à abrasividade e indicados para as aplicações de inseticidas, fungicidas e herbicidas.

A empresa apresentou também suas principais soluções em pulverização, adubação, colheita do café e agricultura de precisão, reforçando sua busca por melhorias constantes em seus produtos e visando atender ao produtor em suas diferentes necessidades no trabalho no campo. Já a linha de pulverizadores tra-torizados atende diferentes culturas e tamanhos de propriedades. São mais de 30 produtos, como máquinas que ofe-

recem desde pistolas de pulverização, para aplicações mais específicas, até a mais completa linha de pulverizadores e barras que variam de 10 a 24 metros.

Além dos produtos, a Jacto reservou um espaço especial para a futura gera-ção do campo supervisionada pela Jac-to Kids, uma turminha de super-heróis, inspirada pelas máquinas da Jacto, que traz para crianças noções de sustentabi-lidade e cuidados com o meio ambiente.

Sempre atento ao mercado su-croenergético, o Grupo Tracan, através da DRIA, lançou, na Agrishow um sistema que coleta e facilita o transporte da palha de cana em fardos, prometendo uma operação economicamente viável. O sistema é composto por três componentes: Aleirador, Carreta Acumuladora e Plaina Frontal.

Até pouco tempo, a cana que ficava no campo servia apenas como colcha para proteger o solo, manten-do a sua umidade. Hoje, esse ma-terial é disputado para alimentar as caldeiras e ampliar a produção de energia elétrica. Em média, cada to-nelada de cana colhida gera 150 qui-

los de palha seca, o que representa cerca de 15 toneladas de palha por hectare ao ano. O problema era como fazer o corte-carregamento-transpor-te (CCT) desse “resíduo” ser econo-micamente viável. Com o sistema DRIA, o transporte para a indústria deixa de ser problema.

O processo começa com o alei-ramento da palha e o enfardamento. Em seguida, entra no campo a car-reta acumuladora, que consegue re-colher entre 35 e 40 fardos por hora, cerca de 18 toneladas. A carreta leva os fardos a um determinado ponto para que a plaina frontal faça o tra-balho de colocá-los na carroceria do caminhão que vai fazer o transporte. A Carreta Acumuladora de Fardos é a única 100% nacional, o que signi-fica mais simplicidade e robustez.

“O objetivo da solução é o de dis-ponibilizar biomassa adicional, em quantidade significativa, às unidades sucroenergéticas e biorrefinarias”, disse Márcio Souza Leão, gerente comercial Corporativo de Frotas da Tracan.

Jacto lança novo conceito para a cafeicultura

dRIA lança solução para recolhimento da palha e geração de energia elétrica

geral e não apenas na cana-de-açúcar, em qualquer cultivo. Mas, no caso da cana, dois pontos importantes devem ser levados em consideração. O primeiro, redução de custos. Esse é o mais rele-vante para os usineiros e os produtores de cana-de-açúcar; e o segundo, a quali-dade da operação”, afirmou.

Para o setor de cana a John Deere ain-da apresentou o trator 6205J, indicado

para as operações de transbordo de cana, já que seu chassi integral evita esforços na tração e torção no conjunto motor/transmissão. Seu motor com injeção ele-trônica possibilita maior reserva de tor-que e economia de combustível.

Já o pulverizador 4730 versão ca-navieira garante a aplicação correta dos produtos com tecnologia e pre-cisão diferenciadas, maior estabilida-

de de barras, menor raio de giro do mercado e alta produtividade através do motor agrícola John Deere. Para plantio, a marca GreenSystem ofere-ceu as plantadoras de cana PC2102, nas opções com e sem cabine e a dis-tribuidora de cana DC1102. Para o preparo do solo, o PS2001, que rea-liza 4 operações em uma única pas-sagem e a nova linha de grades para tratores de ate 335cv.

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Revista Canavieiros - Maio de 2015

5050Especial Agrishow

O investimento em energias renová-veis é uma alternativa crescente para suprir a demanda brasileira. Esse cená-rio abre espaço para empresas desen-volverem alternativas rentáveis para o segmento. É o caso da JCB, que investe em soluções para o setor de biocom-bustíveis por meio das diferentes apli-cações dos manipuladores telescópicos, dos quais a empresa é líder mundial em vendas e única fabricante no Brasil.

De acordo com Michael Steenmei-jer, gerente nacional de vendas agríco-las da empresa, esses equipamentos, que foram expostos durante a Agrishow, trabalham na movimentação de fardos de palha de cana com duas finalida-des: cogeração de energia e produção

de etanol de segunda geração. As aplicações vão desde a mani-pulação dos fardos – empilhando e carregando os caminhões que vão do campo a indústria, onde os manipuladores também realizam o descarregamento, com alta efi-ciência e segurança – até a orga-nização do pátio e a alimentação dos fardos no triturador.

A versatilidade confere à má-quina, segundo o gerente, gran-de potencial para o mercado de produção de biomassa. “Como oferece maior altura de elevação e maior pro-dutividade no deslocamento de ma-teriais, substitui, de forma adequada, outras que atualmente são adaptadas

A Embrapa Agroenergia apresentou uma tecnologia que pode vir da água para garantir a produção de etanol no futuro. O centro de pesquisa expôs em seu estande um fotobiorreator com microalgas. Trata-se de um sistema de cultivo fechado, com luz artificial. Atualmente, instituições de pesquisa no país e no exterior buscam soluções para aumentar a escala de produção com custo reduzido, viabilizando, assim, a produção de biocombustíveis a partir das microalgas.

A empresa está buscando linha-gens que cresçam em vinhaça, um efluente abundante na indústria sucro-alcooleira. A ideia é integrar a produ-ção de microalgas a um segmento já bastante consolidado no mercado de agroenergia no Brasil. “As microal-gas poderiam agregar valor à vinhaça e consumir o gás carbônico liberado nas usinas de etanol, tornando mais sustentável a produção do biocom-bustível”, afirmou o pesquisador líder da iniciativa, Bruno Brasil.

Focada no desenvolvimento de má-quinas para colheita, a MIAC apresentou três novos modelos de equipamentos.

Seguindo sua política de diversifica-ção de portfólio, lançou uma colhedora de mandioca que atende à principal ne-cessidade do produtor: eliminar mecani-camente a cepa. O equipamento foi pro-jetado para colher duas linhas utilizando um trator de 80 cv, 4x4, super redução e com duas válvulas de controle remo-to. A máquina possui rodas esterçantes, para facilitar o acabamento de colheita, dispositivo para ensaque em BAGs e sis-tema hidráulico independente do trator.

Para lavouras de feijão, a empresa expôs um ceifador enleirador de dez

metros de largura de corte. O Top Flex 10.0 foi projetado para trabalhar enga-tado em tratores, acoplado ao sistema de engate de três pontos, que deverá sofrer uma adaptação para girar o posto do operador para trás e trabalhar de ré. O ceifador é acionado pelo controle re-moto do trator, possui rodas de apoio e barra de corte flexível.

Finalizando os lançamentos, a Twin Master, uma nova geração de recolhe-doras de amendoim de alta performance. Mantendo o consagrado sistema de tri-lha axial e limpeza por sucção, as má-quinas têm inovações no recolhimento e no armazenamento, que proporcionam agilidade no transporte e alto desempe-nho no campo. As unidades recolhedo-

JCB expõe manipuladores telescópicos de olho no mercado da bioeletricidade

Embrapa Agroenergia quer integrar microalgas à produção de bioenergia

Equipamentos para amendoim, mandioca e feijão são novidades da MIAC

ras agora são individuais para cada leira de amendoim (pantográficas) e com es-teiras desenhadas para dar maior veloci-dade e eficiência em qualquer condição de trabalho. O graneleiro apresenta op-ção para descarregar por esteira lateral, mecanismo que torna desnecessário pa-rar a recolhedora, o que melhora o uso dos transbordos e evita perda de tempo.

para utilização nas operações, como carregadeiras de cana e tratores aco-plados com pás carregadeiras, mas que não são ideais para desempenhar este tipo de trabalho”.

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Resultado de oito anos de pesqui-sa e de investimentos da ordem de R$ 200 mil, os plásticos comestíveis foram levados pela primeira vez à Agrishow. Desenvolvidos com diferentes alimen-tos, como mamão, goiaba, maracujá, tomate, beterraba, espinafre, entre ou-tros, a novidade foi apresentada pela Embrapa Instrumentação, de São Car-los-SP, aos visitantes do estande do Mi-nistério da Agricultura.

Entre as vantagens, estão reapro-veitamento de rejeitos da indústria de alimentos e substituição de material sintético, que é descartado após o uso. Eles têm a mesma resistência e textura dos plásticos convencionais, mas po-dem aumentar o tempo de vida dos ali-

mentos com a adição de propriedades bactericidas.

O chefe-geral da Embrapa Instrumen-tação, Luiz Henrique Caparelli Mattoso, lembra que o trabalho a partir de frutas tropicais é pioneiro no mundo. Já o dou-torando Marcos Lorevici, que participa da pesquisa, explica que o plástico, que se dissolve com o calor ou em água, conferindo, também, sabor aos alimen-tos, foi desenvolvido a partir das polpas de frutas e legumes adicionadas a água e a um biopolímero. “Se esse plástico for descartado indevidamente, não causará nenhum tipo de impacto ambiental, já que se desintegra com a água da chuva”. A expectativa é que a novidade chegue ao mercado em três anos.

Além do plástico, a Embrapa Ins-trumentação apresentou sensores de baixo custo para irrigação e softwa-res que tratam imagens captadas por câmeras fotográficas embarcadas em drones, para facilitar a análise de co-bertura do solo e a identificação de problemas em plantas.

O novo avião agrícola desenvolvido da Embraer, o Ipanema 203, foi o des-taque da empresa na Agrishow. Evo-lução do produto que é líder em seu segmento, com mais de 60% do market share no País e mais de 1.360 unidades vendidas, possui dois metros a mais de envergadura de asa em relação ao mo-delo anterior, permitindo uma faixa de deposição 20% maior – o que aumenta a produtividade – e hopper com capaci-dade 16% maior em volume.

O avião também dispõe de novo sis-tema de ar condicionado, cinto de segu-rança com air bag e cabine mais alta, com novo conceito ergonômico. O as-

sento foi todo reformulado e revestido por couro natural perfurado, permitin-do fácil limpeza, transpiração e maior durabilidade. As alavancas de comando e os pedais foram reprojetados, com ângulos mais suaves e controles ainda mais precisos, visando facilitar o traba-

lho do operador, que pode desempenhá--lo com mais conforto e eficiência.

É a primeira reformulação do produ-to desde 2005, quando o Ipanema 202 se tornou a primeira aeronave produzi-da em série no mundo a sair de fábrica certificada para voar com etanol. Isso reduziu o impacto ambiental e os cus-tos de operação e manutenção, melho-rando o desempenho geral da aeronave, que ficou mais atraente para o mercado. “Os nossos clientes estão bastante mo-tivados, já que a expectativa para o lan-çamento do produto era grande”, disse o gerente comercial da Embraer, Fábio Bertoldi Carreto.

O destaque da Yara foi o Programa Nutricional Longevita, que proporciona mais longevidade ao canavial, adiando

a renovação das lavouras, diluindo os custos e garantindo maior produtivida-de ao agricultor.

Segundo o especialista agronômico da empresa, Gustavo Dalto, um tra-balho de campo realizado pela Yara, na safra 2013/2014, comparando a fertilização convencional com a apli-cação de apenas um dos produtos do Programa Nutricional Longevita, o YaraMila (complexo NPK em um mes-mo grânulo, com formas de nitrogênio e fósforo mais assimiláveis pelas plan- tas e ao alcance de um maior volume de raízes), demonstrou um ganho de produtividade de cinco a dez tonela-das por hectare.

Embrapa Instrumentação apresenta pesquisa com plásticos comestíveis

Evolução do tradicional avião agrícola Ipanema é destaque da Embraer

Yara oferece programa que permite maior longevidade aos canaviais

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5252Especial Agrishow

A Netafim apresentou o sistema de irrigação por gotejamento, que gera uma economia no volume de água entre 30% e 50% em relação a outros siste-mas, o que resulta em mais água para o consumo humano – de 20% a 40%.

Outro benefício é a fertirrigação, que aplica os nutrientes necessários direto na raiz da planta, fazendo com que ela cresça mais rápido que as demais, ampliando a produtividade. A solução pode ser usada em diversos tipos de cultura: milho, soja, citrus, café, seringueira e horticultura.

A foco da Arysta foi a área de nutri-ção voltada para cana-de-açúcar, citros e amendoim, com destaque para sua gran-de estrela para esse mercado: o Biozyme, um fisioativador de plantas. Um produ-to que promove melhor emergência de plantas, crescimento de raiz e, com isso, ganho em produtividade, garantindo re-torno econômico ao agricultor.

De acordo com o gerente de ma-rketing da Arysta, José Renato Gi-

rotti Gambassi, a empresa conta com uma linha de produtos em proteção e nutrição de plantas, para várias cul-

turas. “No caso da cana-de-açúcar, que atravessa um momento difícil, a demanda por açúcar e etanol é cres-cente e não tenho dúvida de que setor irá se recuperar. Na balança comer-cial do Brasil, a agricultura é a base do sucesso e vai continuar sendo. Sabemos que é uma questão de tem-po para que esses segmentos que não atravessam um bom momento vol-tem a crescer. E a Arysta aposta na agricultura”.

No estande da Goodyear, os visitantes puderam co-nhecer a tecnologia Control Max, uma solução inovadora que permite monitoramen-to, gerenciamento e contro-le completo de toda a vida útil dos pneus de uma frota. Composto por software e ferramentas de última gera-ção que podem ser totalmen-te integrados a outros siste-mas de controle de frotas, permite acompanhar o uso dos pneus dos veículos por meio da emissão de relató-rios analíticos fundamentais para o controle do estoque,

planejamentos de compra de pneus, comparativos de qui-lometragem e trocas.

O sistema também per-mite a coleta de dados de pressão de ar e profundidade de sulcos. Outro diferencial é o controle eletrônico patri-monial via RFID (identifica-ção individual de cada pneu por radiofrequência). Todas essas informações podem ser acionadas e gerencia-das via internet, em tempo real, de qualquer lugar do mundo, por computador, ta-blet ou celular.

A Santa Izabel está localizada em São João da Boa Vista, onde atende três segmentos: a linha de preparo de solo, voltada para a par-te de grãos, a canavieira e a do setor rodoviário. Desde 2005, a empresa se faz presente na Agrishow.

Este ano, sua novidade foi a plantadora de cana-de-açú-

car de duas linhas, preparada para 1,40m e 1,50m ou plantio alternado, proporcionando re-dução na quantidade de mudas e de custos significativos. O equipamento tem patente re-querida. É o único no Brasil que consegue atingir essa va-riação de dosagem de mudas por metro.

Irrigação por gotejamento da Netafim possibilita economia de até 50%

Arysta destaca produto que garante retorno econômico aos agricultores

Plantadora de duas linhas da Santa Izabel permite redução de custos

Solução da Goodyear favorece controle completo da vida útil dos pneus

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A TAM Aviação Executiva, repre-sentante exclusiva da Bell Helicopter e da Cessna Aircraft no Brasil, participou pela 9ª vez consecutiva da Agrishow. A empresa, que tradicionalmente apresen-ta soluções adequadas ao agronegócio, expôs o Caravan 675, aeronave multi-missão da Cessna que é sucesso de ven-das e que completa 30 anos de produção agora em 2015. Na linha de produtos, esteve também um T206H Turbo Sta-tionair, o motomotor com maior espaço interno entre os fabricados pela Cessna.

A participação da TAM AE na feira tem como objetivo, segundo a empresa, conectar os empresários ligados ao se-tor agrícola com as opções disponíveis para seus negócios, permitindo que eles

conheçam e experimentem novas ferra-mentas de trabalho.

O agronegócio responde por cerca de 25% das vendas totais da empresa, o que demonstra que o avião é uma realidade entre os empresários do

Para esta edição da feira, a FMC levou dois lançamentos. Um deles foi o Nemix, um produto biológico à base de duas bactérias, que tem por função proteger a raiz, promovendo um melhor desenvolvimento da plan-ta. O outro foi o Evos, um fungicida que tem a função de proteger a cana da podridão do abacaxi e da ferrugem alaranjada.

Estas tecnologias vêm obtendo exce-lentes performances nas áreas onde foram aplicadas. “A FMC sempre esteve ao lado do produtor e, principalmente em um mo-mento de desafios como esse que o setor vem passando, procuramos trazer para o mercado soluções que auxiliem o produtor a produzir cada vez mais e com maior ren-tabilidade”, declarou o representante téc-nico comercial da FMC, Vinícius Batista.

A inovação apresentada pela TMA foi o sistema de automatização do plantio de cana, que melhora o de-sempenho da máquina, tirando cada vez mais a possibilidade de erro hu-mano de operação e sistematizando o que a condição de plantio traz de me-lhor para a cana.

A PTX 7010, a maior e mais com-pleta plantadora da linha, tem o me-nor consumo de mudas por hectare

plantado, entre 10 e 12 ton/ha. Além dos mecanismos atuais de agricultura de precisão, rastreamento por câme-ras e monitores, a PTX 7010 dispõe de células de controles individuais de taxa variável que monitoram a vazão dos produtos automaticamente, de forma a compensar as variações de velocidade de deslocamento da má-quina, mantendo constante a taxa de aplicação e dosagem de toletes, ferti-lizantes e defensivos.

Pelo 9º ano, TAM Aviação Executiva oferece soluções para o agronegócio

FMC faz lançamentos de fungicida e de produto para proteger raízes

Novidade da TMA melhora desempenho do plantio com redução de mudas

campo. “Cada vez mais esse segmen-to percebe a importância da aeronave, seja no deslocamento entre grandes distâncias, incluindo regiões de difí-cil acesso, seja na logística para in-crementar o negócio. E, com isso, o avião deixa de ser uma mera opção e torna-se uma ferramenta de trabalho indispensável para quem quer se man-ter competitivo em um mercado que não para”, afirma Leonardo Fiuza, di-retor da TAM AE.

A empresa levou, ainda, para a Agrishow, seu time comercial de vendas de helicópteros, que apresentou ao pú-blico um dos modelos mais modernos do seu portfólio, o Bell 505 Jet Ranger X, versátil e com baixo custo operacional.

A Monsanto está trazendo para o Bra-sil uma nova plataforma de negócios: a Precision Planting, cujo objetivo é aju-dar os agricultores a melhorar a operação de plantio, colhendo o máximo potencial produtivo de cada semente plantada.

O lançamento da marca foi durante a Agrishow, onde os visitantes conhece-ram os equipamentos já adaptados para a condição brasileira e outras novidades que devem chegar nos próximos anos, entre eles o eSet, distribuidor de semen-

tes pneumático que entrega ganhos de produtividade através da melhor quali-dade de plantio. O equipamento atinge plantabilidade próxima de 100%, evi-tando falhas e sementes duplas.

Precision Planting e outras novidades atraíram visitantes para a Monsanto

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5454Especial Agrishow

A KBM Equipamentos Agrícolas, empresa de Dumont-SP, criada por meio da fusão da BM DUMONT com a americana KMC (Kelley Manufactu-ring Company), quase dobrou seu espa-ço de exposição em relação à Agrishow do ano passado. A empresa apresentou um portfólio composto por 25 produtos, que atendem as lavouras de amendoim, algodão, café, cana-de-açúcar, milho, soja, além da avicultura.

Os destaques foram as colhedoras de amendoim 4 e 6 linhas (KBM3386BR e KBM3384BR), que realizam o trabalho

com baixíssimo índice de perdas, pre-servando a qualidade do produto final, e permitem médias de grãos de roça abai-xo dos 2%. Os equipamentos exigem baixa manutenção, o que resulta no má-ximo aproveitamento de tempo disponí-vel de colheita. As manobras podem ser feitas sem que haja a necessidade de des-ligar o eixo de tomada de força do trator.

A empresa expõe ainda o Levantador de Leira de Amendoim 6 linhas (LLA KBM6L), essencial para facilitar o tra-balho da colhedora. Ele é utilizado para auxiliar na secagem das leiras de amen-

doim após a chuva. Sua operação é sim-ples e eficiente: consiste em levantar as leiras do solo e, em seguida, deixá-las na mesma posição para o recolhimento.

A novidade da Civemasa nesta edi-ção da Agrishow foi a DMC 2L (Distri-buidora de Mudas 2 Linhas) com bitola regulável. A máquina representa um avanço em relação a uma tecnologia já tradicional da empresa: é adaptada para todos os tipos de plantio. A bitola tem capacidade de ajuste para plantios convencionais ou combinados, de 1,5 m, 2,5 m, 2,6 m, 2,8 m e 3 m, diferente de outros equipamentos existentes no mercado, cujas adequações são fixas, apenas para 1,5 m e 3 m.

A nova DMC 2L foi lançada, oficial-mente, há dois meses. Até a Agrishow, a empresa já tinha 12 exemplares comer-

cializados e em operação. Além das mu-danças que visam atender à diversidade de sistemas de plantio, o modelo man-tém o padrão de qualidade Civemasa. Possui câmeras de monitoramento com visão noturna, sendo duas delas localiza-das nas esteiras, uma mostrando a carga e outra a distribuição de mudas, na tra-seira da máquina. São duas esteiras ho-rizontais e duas verticais. As horizontais podem ser acionadas individualmente. O reservatório de cana tem uma divisão que vai até a metade de sua altura.

A DMC é, ainda, equipada com sis-tema de freios pneumáticos “Master 7” do tipo Tube com câmera de freio

“Spring Break” de 8” e campanas pa-drão MB nas rodas traseiras. E o siste-ma de rodagem é do tipo tanden com mancais de Tecnyl de alta resistência, cubos padrão MB e rodas com pneus 400-55/22.5.

KBM Equipamentos Agrícolas apresenta equipamentos para amendoim

Civemasa apresenta distribuidora de mudas 2 linhas com bitola regulável

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56Eventos

Espaço Conferência Fenasucro promove palestras e debates durante a feira

Além de ampliar as possibilida-des de acesso às tecnologias e inovações e ser um vetor de

soluções para o setor sucroenergético, a Fenasucro & Agrocana confirma neste ano a realização de eventos de conteúdo no Espaço Conferência. São palestras e debates promovidos por especialistas, com o objetivo de apresentar alter-nativas em busca de mais qualidade e eficiência nos processos produtivos da cana-de-açúcar, e também perspectivas sobre os novos cenários que incentiva-rão a retomada da indústria sucroener-gética brasileira.

Na programação já estão confirma-

dos: 4ª Conferência DATAGRO CEI-SE Br, 3º Congresso de Automação e Inovação Sucroenergético; Seminário Agroindustrial STAB Fenasucro; Bio-energy Conference; Seminário GEGIS, Workshop GERHAI; Reunião LIDE; Encontro de Produtores Canaoeste/Or-plana; Seminário de Logística ESALQ LOG/PECEGE. Os eventos começam às 08h e terminam às 18h. “O Espaço Conferência é o ponto difusor de novas informações e conhecimentos, onde reunimos especialistas e autoridades do setor para trazer mais qualificação profissional ao público da feira, além de promover também a oportunidade de interação e network”, destaca o ge-rente geral da Fenasucro & Agrocana, Paulo Montabone. Ainda integra a pro-gramação oficial o Prêmio Master Cana Centro-Sul, a ser realizado no dia 24 de agosto, fora do parque de exposições.

No ano passado, o Espaço Confe-

rência recebeu aproximadamente 2 mil pessoas nas mais de 40 palestras e debates promovidos no local. Em 2015, a expectativa é que o número de público seja superior ao da edição passada já que o espaço será maior. “Renovar os conhecimentos e estar

Local é o ponto difusor de novos conhecimentos e perspectivas do setor, reunindo especialistas e autoridades; Fenasucro & Agrocana acontece de 25 a 28 de agosto, em Sertãozinho

Assessoria de imprensa da Fenasucro

por dentro das tendências são impor-tantes oportunidades para toda cadeia produtiva. A cogeração de energia, por exemplo, é um dos temas mais atuais e promissores do setor e serão apresentadas novas possibilidades nesse sentido”, destaca Montabone.

Fenasucro & Agrocana 2015A 23ª edição da Fenasucro & Agro-

cana acontecerá de 25 a 28 de agosto, nos pavilhões do Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho/SP. Integran-

do o calendário mundial de eventos de energia da Reed Exhibitions Alcantara Machado, a feira reúne os líderes do mercado e seus principais compradores vindos de todo o Brasil e de mais 50 pa-íses. Neste ano, a expectativa é receber mais de 33 mil visitantes/compradores e chegar a uma geração de negócios de cerca de R$ 2,8 bilhões (crescimento de 27,2% em relação ao ano anterior), con-cluídos até seis meses após o evento.

Com foco em negócios, a Fena-sucro & Agrocana estará dividida em cinco grandes setores: Agrícola, Fornecedores Industriais (pequenos, médios e grandes fornecedores de equipamentos, suprimentos e serviços industriais), Processos Industriais (vi-trine do que há de mais moderno em tecnologias, máquinas, equipamentos e serviços para a indústria), Transporte e Logística e Energia.

Gerência de Comunicação Reed Exhibitions Alcantara Machado

Antonio Alves - (11) 3060-5019 - [email protected]

Andressa Bezerra – (11) 3060-4747 [email protected]

Paulo Montabone, gerente geral do escritório da promotora na cidade

RC

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Revista Canavieiros - Maio de 2015

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58Artigo Técnico

Nematoides na Cultura da Cana-de-AçúcarInimigos Invisíveis

Entre os fatores que afetam o proces-so de produção da cana-de-açúcar, os nematoides assumem grande

importância em decorrência dos sérios danos causados à cultura. O ataque de nematoides fitoparasitas tem ação nociva sobre o sistema radicular e altera toda a fisiologia da planta porque atrapalha a absorção e a translocação de nutrientes, comprometendo a produtividade agrícola e a qualidade da matéria-prima. Segura-mente, os nematoides são pragas impor-tantes, inimigos invisíveis que podem comprometer a rentabilidade do produtor.

Os nematoides são pertencentes ao filo Nematoda. Os que se especia-lizaram em parasitar as plantas são chamados de fitoparasitas e ocorrem principalmente associados às raízes. São microscópios, portanto invisíveis ao olho nu, de coloração transparente e movimentam-se como vermes.

Parasitam as raízes de inúmeras plantas, incluindo a cana-de-açúcar. A redução da produtividade, em conse-quência do ataque desses organismos à cultura da cana, promove redução de 20 a 30 tonelada/ha em cana planta e de 10 a 20 toneladas/ha em soqueira (figura 1). Essas reduções podem variar com a espécie ou espécies encontradas, com a população de nematoides e a variedade cultivada no talhão.

São três espécies de fitonematoides associadas com a cana-de-açúcar, que

Alessandra Durigan – gestora técnica da CanaoesteDanilo Fonseca Mazoni – engenheiro agrônomo da Canaoeste de Cravinhos e Serrana

são causadoras de danos econômicos: Meloidogyne javanica, Meloidogyne incognata e Pratylenchus zeae.

O sistema radicular deficiente é menos produtivo devido a extração de nutriente e injeção de toxinas por esses parasitas, acarretam sintomas no cam-po de reboleiras de plantas menores, amareladas e murchas nas horas mais quentes do dia, entre outras de porte e coloração aparentemente normais (fi-gura 2). É comum a presença de galhas e extensas áreas necrosadas nas raízes quando o ataque for provocado respec-tivamente pelos gêneros Meloidogyne e Pratylenchus.

Vários fatores físicos e biológicos afetam a distribuição espacial de ne-matoides e interferem nas suas popu-lações, com destaque para a umidade, aeração e teor de matéria orgânica do solo. Nos meses chuvosos, a umida-de do solo interfere aumentando os níveis populacionais de nematoides, em contrapartida, nos meses secos, a falta ou a menor umidade, contribui para a diminuição das populações. Solos arenosos são geralmente mais favoráveis para as populações de nematoides, provavelmente porque a aeração é mais adequada (maior macroporosidade) e a quantidades de matéria orgânica é menor. É im-portante citar que nematoides podem ocorrer em diferentes tipos de solo e textura, entretanto, nos canaviais con-duzidos em solos arenosos os danos são geralmente mais severos do que os observados em solos argilosos.

Outros fatores como resistência e suscetibilidade da variedade de cana--de-açúcar cultivada e algumas práticas culturais realizadas também afetam a população de nematoides no solo.

Como detectar a presença de ne-matoides?

Por serem invisíveis a olho nu, a úni-ca maneira de se detectar com certeza a presença de nematoides e quantificar/identificar as suas populações é através de análise realizada em laboratório. Áreas consideradas suspeitas, como por

Alessandra Durigan Danilo Fonseca Mazoni

exemplo, que apresentam produção in-satisfatória ou quedas progressivas de produtividade; manchas no talhão com reboleiras de plantas menos desenvol-vidas; áreas de solos arenosos com bai-xos teores de matéria orgânica, devem prioritariamente serem amostradas.

Para que as medidas de controle de áreas infestadas sejam corretamente recomendadas, é necessário um diag-nóstico seguro da presença desses pa-rasitas. As amostragens devem ser re-alizadas sempre na época chuvosa do ano, primavera e verão, no momento da reforma do canavial, ou na cana planta ou nas soqueiras, seguindo a metodolo-gia descrita abaixo e o caminhamento de campo indicado na figura 3.

Metodologia:Materiais necessários: enxadão,

balde, pedaço de lona ou plástico, te-soura ou faca, saco plástico padrão,

Figura 1: A Importância dos nematoidesem cana-de-açúcar.

Fonte: Dra. Leila Luci Dinardo-Miranda (IAC).

Figura 2: Sintomas no campo de ataque de nematoides. Fonte: Dra. Leila Luci Dinardo-Miranda (IAC).

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Revista Canavieiros - Maio de 2015

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Danilo Fonseca Mazoni

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etiqueta para identificação da amostra, ficha de campo;

Escolher touceira ao acaso indepen-dentemente do tamanho ou número de perfilhos em canaviais com idade entre 4 a 7 meses;

Cortar os colmos deixando toco de mais ou menos 30 cm de altura para fa-cilitar o arranquio;

Com um enxadão rodear comple-tamente a touceira até a profundidade de 35 cm de modo a conseguir a maior quantidade de raízes possível;

Arrancar a touceira e batê-la em cima da lona ou plástico para retirar a terra aderente;

Com auxílio da tesoura ou faca cor-tar as raízes vivas e colocá-las no balde;

Coletar a terra depositada sobre a lona ou plástico equivalente a uma mão cheia e colocar no mesmo balde que es-tão as raízes;

Repetir a operação de acordo com o número de touceiras (pontos) que re-presentam o talhão (2 touceiras por ha ou seja 2 pontos/ha), perfazendo uma amostra composta;

Homogeneizar a amostra composta e retirar do balde no mínimo 100 g de raízes e 500 g solo e acondicionar em saco plástico padrão. Fechar completa-mente o saco e identificar corretamente a amostra;

Enviar a amostra para o laboratório o mais rápido possível;

As amostras poderão ser armazena-das temporariamente na sombra em am-bientes frescos.

Métodos de controle:O diagnóstico correto, o emprego de

matéria orgânica, a prática de rotação de culturas e principalmente a aplicação de nematicidas preferencialmente na implantação canavial estão entre as es-tratégicas para enfrentar esses inimigos. O conjunto de várias medidas de con-trole, o chamado Manejo Integrado de Pragas, visando reduzir as populações de nematoides abaixo do nível que cau-sam danos à cultura da cana-de-açúcar é uma estratégia muito eficaz e se faz necessária para a obtenção de resulta-dos satisfatórios.

Utilização de matéria orgânicaA utilização de matéria orgânica no

solo pode auxiliar na diminuição da po-pulação de certos nematoides por criar condições favoráveis à multiplicação de seus inimigos naturais, principal-mente de fungos, e por liberar, durante sua decomposição, substâncias orgâni-cas, como ácidos graxos voláteis, que

Figura3. Esquema de caminhamento de campo para levantamento de pragas (2 pontos/ha). Fonte: CTC.

podem ter ação nematicida. Em áreas infestadas por nematoides é uma fer-ramenta valiosa quando seus efeitos benéficos se somam aos do nematicida.

Rotação de culturasA prática de rotação de culturas é

uma alternativa bastante atrativa. Al-gumas plantas são capazes de fixar nitrogênio da atmosfera e fornecem significativo volume de matéria orgâni-ca, aumentando a atividade de fungos antagonistas e melhorando a qualidade dos solos.

Quando bem planejadas, a rotação de culturas com espécies não hospedei-ras pode ser um método eficiente em um sistema de manejo integrado.

Dentre as espécies de plantas utili-zadas no sistema de rotação de cultura para o controle de fitonematoides pode--se citar o uso de leguminosas, sendo essas leguminosas promissoras para a prática de adubação verde, adicionando nutrientes ao solo. No cultivo orgânico destacam-se: a mucuna preta (Stilozo-bium aterrimem), crotalaria (Crotalaria juncea) e feijão-de-porco (Canavalia ensiformes) por serem plantas rusticas e de eficiente desenvolvimento vege-tativo, adaptadas às condições de bai-xa fertilidade e elevadas temperaturas. Crotalarias e mucunas são algumas das espécies comprovadamente eficientes em reduzir a densidade populacional dos nematoides parasitas das plantas. A espécie Crotalaria juncea é muito utili-zada por ser bastante produtiva, o que reflete diretamente na produtividade do canavial subsequente.

Controle químicoO controle químico é a maneira mais

eficiente e tem apresentado ótimos resultados quando corretamente rea-lizado. Recomenda-se a aplicação de nematicidas no sulco de plantio e nas soqueiras em áreas diagnosticadas com médias e altas infestações. No plantio, aplicar o nematicida no sulco juntamen-te com a cobrição. Nas soqueiras, apli-car nematicida cortando as touceiras, ou ao lado (incorporado) logo após o cor-te em canaviais colhidos até maio (se houver umidade). Em canaviais colhi-dos de junho a setembro, aplicar o mais próximo possível das primeiras chuvas. Canaviais colhidos de outubro em dian-te, aplicar imediatamente após o corte. Soqueiras falhadas, de corte avançado, com baixa expectativa de produtividade e longevidade, não deverão ser tratadas.

Recomenda-se a aplicação do nema-ticida na presença de umidade no solo, preferencialmente nos meses chuvosos porque grande parte das raízes da cana--de-açúcar, responsáveis pela maior par-te da absorção, morre na época seca do ano. Realizar a aplicação antes da apli-cação do herbicida. Atentar-se para as interações negativas entre nematicida e herbicida formulados com ureia substi-tuídas que podem causar intoxicações na planta. Lembramos que para o controle químico devemos consultar sempre um engenheiro agrônomo e utilizar apenas produtos com registro no Ministério da Agricultura e Pecuária para a cultura e praga em questão. Dessa forma evi-tamos problemas como contaminação de pessoas e do meio ambiente e ainda aumentos desnecessários de custos de produção. Os produtos sugeridos para o controle de nematoides são: Furadan 350 SC (Carbofuran), Pottente (Benfu-racarbe) e Rugby 200 CS (Cadusafós).

Lembramos que a Canaoeste possui uma equipe treinada e capacitada para o monitoramento e levantamento de pragas no campo com o objetivo de melhor aten-der os produtores associados. Consulte nossa equipe técnica para maiores infor-mações e esclarecimentos de dúvidas.

Bibliografias consultadas.Dinardo-Miranda, L.L. Nematoides.

In: Dinardo-Miranda, L.L; Vasconcelos, A.C.M; Landel, M.G.A. Cana-de-açú-car. Campinas: IAC, 2008; p. 405-422.

Novaretti, W.R.T.; Téran, F.O. Controle de nematoides parasitos da cana-de-açú-car. In: REUNIÃO TÉCNICA AGRONÔ-MICA, 1., 1983, Piracicaba, Anais... São Paulo: Copersucar,1983. P. 16-24.

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Revista Canavieiros - Maio de 2015

60Informações Setoriais

Chuvas de março e previsões climáticas para maio a julho de 2015

Quadro 1:- Chuvas observadas durante o mês de abril 2015.

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoConsultor

A média das chuvas de abril de 2015 (58mm) fi-cou 20mm abaixo da média histórica e das chuvas do mês de abril de 2014 (79mm) que, em virtude de pequenas diferenças (em mm), mostram proximida-des entre esses dois anos (Vide Mapas A1 e A2, logo abaixo). Reduzido volume de chuvas ocorreu na área de abrangência das Unidades Cruz Alta e Severínia do Grupo Guarani. Enquanto que, em Jaboticabal, Barretos e Ituverava, choveu uma vez e meia a duas vezes a média de todos locais observados no mês.

As chuvas de maio, em 15 dias, já alcançaram a média do mês, sem considerar danos causados

pelo vendaval, com breve comentário ao final do artigo.

Os artigos mensais de Informações Setoriais-Climatologia contam com o trabalho diário de anotações de chuvas dos Escritórios Regionais e que são condensados em Viradouro. As médias mensais dos locais observados e normais climáticas são apresentadas no quadro 2.

OBS: Normais climáticas (ou médias históricas) correspondem as médias dos locais enumerados de 1 a 9 e mais a do Centro de Cana IAC - Ribeirão Preto.

Os dados do quadro 2 mostram no des-taque do canto inferior direito, as expressi-vas diferenças observadas entre as médias

mensais dos meses de janeiro a abril de 2013, comparativamente as das inferiores em 2015 (deve-se a janeiro) e as muito crí-ticas de 2014 (janeiro e fevereiro). As di-ferenças em Normais Climáticas (de 2013 com as dos demais anos) se devem às so-mas das menores chuvas observadas nos meses de janeiro a abril de 2014 e 2015.

Mapas B1 e B2 - Volumes de chuvas observados em abril 2014 (B1) e 2015 (B2) nos Estados da Região Centro-Sul que, a exemplo do ocorrido no Estado de São Paulo, foram muito semelhantes.

Para planejamentos próximo-futuros, a Canaoeste resume o prognóstico de con-senso entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses maio a julho de 2015, como descrito a seguir e mostrado acima no mapa 4:

• Nestes meses, as temperaturas ten-dem a serem próximas a acima das res-pectivas normais climáticas para toda Região Centro-Sul do Brasil;

• Pelo consenso climático INMET--INPE, as chuvas poderão ocorrer com iguais probabilidades entre as categorias acima, próxima e abaixo das normais climáticas nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste. Nos Estados da Região Sul, as chuvas poderão ficar acima das respectivas médias.

• Tendo-se como referência o Centro de Cana-IAC, as médias históricas das chuvas para Ribeirão Preto e municípios próximos são de 55, 30 e 20mm, respec-tivamente, para maio, junho e julho.

Quanto ao fenômeno El Niño, a

SOMAR relata, com base em recente relatório NCEP-NOAA, que o aqueci-mento do Pacífico, em curso, evidencia ainda mais a possibilidade de padrão úmido que a Região Sul poderá passar no meio do ano. Já para os Estados do Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas se-rão de menores intensidades, mas não param completamente.

Pela consulta efetuada em meados deste maio, os Meteorologistas SO-MAR, afirmam que para os meses de

Os mapas A1 e A2 abaixo ilustram as interessantes semelhanças de chuvas, em vol-umes e distribuição no Estado de São Paulo entre os meses de abril de 2014 e de 2015

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Revista Canavieiros - Maio de 2015

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Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoConsultor

Mapa B1- Região Centro-Sul - Abril 2014 Mapa B2- Região Centro-Sul - Abril 2015

As imagens a seguir mostram, à esquerda, a faixa de aquecimento prevista pelos cientistas; enquanto que o da direita (retratando a previsão para setembro) é o fornecido periodicamente

pela NOAA à SOMAR Meteorologia. Imagens das quais, pode-se traçar comparativos.

Mapa 4:- Elaboração Canaoeste do Prognóstico de Consenso entre INMET-

INPE para maio a julho de 2015.

Quadro 2:- Chuvas de janeiro a março de 2013 a 2015, anotadas pelos Escritórios Regionais e condensadas em Viradouro, bem como as respectivas médias e normais climáticas mensais.

Outono (maio a junho) e os de Inverno (julho e agosto) as chuvas poderão ser entre próximas a superiores às médias históricas. Chuvas, estas, que tendem ser mais espaçadas.

Quanto ao alerta publicado (15 de maio) pelo clipping Brasil@gro que “cientistas preveem El Niño com ‘efei-tos substanciais’ neste ano” e impactos a partir de setembro. Sim, está havendo aquecimento do Oceano Pacífico Equa-torial, como já tem ocorrido há muitos meses sem, no entanto, se manifestar como El Niño convencional ou típico. Logo, deve-se ter cautela para tal previ-são e aguardar próximos-futuros bole-tins climáticos que serão trazidos neste Informe Setorial.

Entretanto e infelizmente, o forte

vendaval que, em 10 deste maio, pro-vocou tombamentos de canaviais de significativas áreas sucroenergéticas dos Estados de Minas Gerais e de São Paulo (de nosso conhecimento até aqui) é que vai determinar e quantificar as dificuldades adicionais para colheita e processamento destas matérias-primas.

Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Ca-navieiros. Fatos climáticos relevantes serão noticiados em:

www.canaoeste.com.br e www.revistacanavieros.com.br.

Persistindo dúvidas, consultem téc-nicos próximos ou através do Fale Co-nosco Canaoeste.RC

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Revista Canavieiros - Maio de 2015

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Page 63: Edição 107   maio 2015 - agrishow 2015 tem queda de 30% nas vendas

Revista Canavieiros - Maio de 2015

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600, clone com alta produção de látex. Vi-veiro credenciado no RENASEM Nº SP 14225/2013, localizado na Rodovia Vicinal Carlos Deliberto, a 2 Km da rotatória que leva à Usina Moema, município de Orindi-úva - SP. Preço: R$ 4,50/muda;

- Fazenda com 48 alqueirões no município de Carneirinho - MG, localizada muito pró-xima da rodovia asfaltada. Ótimo aproveita-mento para plantio de cana, seringueira e/ou pastagens. Preço: R$ 60.000,00/alqueirão;

- Imóvel sobradado em Ribeirão Preto - SP, localizado na Av. Plínio de Castro Pra-do, com salão e WC privativos, sacada, 03 dormitórios, sendo 01 suíte, armários em-butidos, banheiro social, sala, sala de jantar, jardim de inverno, cozinha com armários, área de serviço, quarto com estante em al-venaria, WC, despensa, varanda coberta, ótima área externa.

Excelente ponto comercial. Área cons-truída: 270 m².

Tratar com Marina e Ailton pelos telefones: (17) 9 9656-3637 e (16) 9 9134-8033 - Marina (17) 9 9656-2210 e (16) 9 9117-2210 – Ailton.

VENDEM-SE- Caminhoneta, F-350, 2001;- Caminhoneta, Ranger, 2004;- Trator 275 nº 12 MF, 1991;- Trator 275 nº 13 MF, 1991;- Trator 275 nº 17 MF, 1993;- Trator 275/4 nº19 MF, 2000;- Trator 620/4 nº06 MF, 1994;- Trator 292/4 nº08 MF, 2003;- Trator 1780/4 nº03 Valmet,1990;- Plantadeira nº 22 JM 2670 PD, 2009;- Plantadeira nº 23 JM 2670 PD, 2011;- Plantadeira nº 24 JM 2670 PD, 2010;- Plantadeira nº 43 JM 2980 PD EX, 2002;- Transbordo nº 50 Rinnus, Agromer, 1999;- Colhedeira nº47, D Master III, MIAC, 2011;- Colhedeira nº49, D Master III, MIAC, 2011;- Colhedeira nº46, D Master III, MIAC, 2011;- Colhedeira nº45, D Master III, MIAC, 2005;- Colhedeira nº52, Twin, MIAC, 2013;- Arrancador nº 69, verde e amarelo

OBB, 1999;- Arrancador nº 68, azul e preto, OBB, 2000;- Arrancador nº 70, verde e laranja, San-

tal, 2001;- Arrancador nº 59, AIA BM 4 litros BM

Dumont, 2012;- Pulverizador, Advanced, Jacto, 2003;- Pulverizador, Columbia, Jacto, 1995. Tratar com Adailton pelo telefone (16)

9 9174-4912.

VENDE-SE - Destilaria completa com capacidade

para 150.000 litros de etanol hidratado por dia: composta por preparo de cana com pi-cador, nivelador, desfibrador, turbina e es-teira de 48”; 4 ternos de moenda 20 x 36 com turbina e 2 planetários TGM; caldeira; destilaria; trocadores de calor; tratamento de caldo e Gerador 2000 KVA, enfim, Des-tilaria completa a ser realocada. Na última-safra obteve uma moagem de aproximada-mente 350.000 toneladas. Preço a combinar. Localizada no município de Tambaú-SP.

Tratar com Edson pelos telefo-nes e/ou e-mail (19) 9 9381-3391 / 9 9381-3513 / 9 9219-4414, e-mail: [email protected]

VENDEM-SE - Motor de 75CV com bomba KSB 100/6

revisada e sem uso;- Chave de partida ‘’a óleo”;- Transformador de 75 KVA;- Postes duplos T de cimento;- Chaves de alta, para raios, cabo e etc.Tratar com Francisco pelo telefone (17)

9 8145-5664.

VENDEM-SE ou ARRENDAM-SE Destilaria de cachaça e álcool, comple-

ta, (10.000 litros de cachaça por dia);

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Revista Canavieiros - Maio de 2015

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- Esteira de cana inteira, picador com 22 facas, esteira de cana picada, dois ter-nos 15x20, esteira de bagaço. Peneira Johnson,cush-cush. Caldeira de 113 m²;

- Máquina a vapor de 220 HP (toca os ternos e o picador);

- Seis dornas de fermentação de 10.000 litros cada;

- Destilaria de bandeja/calota A e B de 600 mm de diâmetro com trocador de calor;

- Dois tonéis de madeira amendoim com capacidade de 50.000 litros cada;

Valor Total R$ 600.000,00. Estudo troca por imóvel.

Localização: Laranjal Paulista. Tratar com Adriano pelos conta-

tos: [email protected] ou (15) 9 9705-9901. Veja vídeo em: www.youtube.com/watch?v=_mzWp3PCavA.

VENDE-SE - Cultivador marca DMB Novo São

Francisco para cana crua e queimada, com haste dupla e com motor hidráulico. Acom-panha asas para sulcar e marcador de ban-quetas com pistão.Valor: R$16.000,00.

Contatos com proprietário: (16) 9 9609-5158 ou (16) 9 9766-0328 com Edinelson/Edenilson.

VENDE-SE OU ALUGA-SE

- Salão medindo 11,00 metros de frente por 42,00 metros de fundo 462 metros, pos-sui cobertura metálica com 368,10 metros, localizado à Rua Carlos Gomes, 1872, Cen-tro, Sertãozinho-SP. Preço a combinar.

Tratar com César pelo telefone (16) 9 9197-7086.

VENDEM-SE - Fazenda em Rancharia -SP, com 400

alqueires, em cana própria, às margens da rodovia, 40 Km da Usina;

- Sítio de 2,7 alqueires, em Cajuru-SP, R$ 220.000,00;

- Apartamento em lançamento, próximo a USP, com parcelas a partir de R$505,00;

- Casa no condomínio Ipê Amarelo, em Ribeirão Preto, nova, maravilhosa;

- Apartamento Jardim Botânico, 3 suítes, com armários, imóvel novo, próximo ao Parque Carlos Raya;

- Sala comercial, em Ribeirão Preto, pró-ximo ao Ribeirão Shopping;

- Terreno no condomínio Olhos D’Água em Ribeirão Preto, prolongamento da AV: Prof. João Fiusa;

- Casa no Condomínio Quinta do Golfe, em Ribeirão Preto, armários e toda estrutura de lazer no condomínio.

www.sordiempreendimentos.com.br Tratar com Paulo pelos telefones (16)

3911-9970 (16) 9 9290-0243.

VENDE-SE- Fazenda de cana na região de Franca-SP,

área de 450 alqueires,330 alqueires em cana já arrendada para usina, 3 km do asfalto média de 50 a 60 km das usinas Batatais, Buritizal, Cevasa-Cargil, casa sede, 3 casas de funcio-nários, 1 curral completo, documentação ok.

Tratar com Miguel pelo telefone (16) 9 9312-1441.

VENDE-SE - Trator 292 MF, traçado, 2007.Tratar com Saulo Gomes pelo telefone

(17) 9 9117-0767.

VENDE-SE- Ordenhadeira Mecânica completa com

4 unidades, Usinox. Obs: também funciona quando ligada no trator.

Tratar com José Augusto pelo telefone (16) 9 9996-2647.

VENDEM-SE - Duas casas, no mesmo terreno, com

três cômodos cada, localizada à Rua Pe-dro Biagi, 789, em Sertãozinho-SP. Valor: R$ 230.000,00;

- 01 estabelecimento comercial, montado com base para Academia, em um terreno de 200m², contendo uma casa de laje com dois quartos, sala, cozinha, copa e banheiro e, ainda, uma sala comercial para escritório. O estabele-cimento fica localizado à Rua. Ângelo Pignata, 23, em Sertãozinho-SP. Valor: R$ 230.000,00;

- 01 casa de aproximadamente 500m², com seis cômodos e dois salões comerciais com banheiro, separado da casa, localizada à Rua. Augusto Zanini, 1056, Sertãozinho--SP. Preço a combinar.

Tratar com João Sacai Sato pelo telefone (16) 3610-1634.

COMPRA-SE

- Área que seja própria para o plantio de

cana, em torno de 20 alqueires, pode estar arrendada ou em cana própria ou pasto, que seja próxima a Usina.

Tratar com José Antônio pelo telefone: (16) 9 9142-5362 ou 16 3491-7144, à noite.

VENDEM-SE - Colheitadeira Case A7700, ano 2009,

- 7700, esteira, motor Cummins M11, Au-totrac, máquina utilizada na última safra.Valor: R$ 128.000,00;

- Colheitadeira Case A8800, ano 2011, esteira máquina na colheita de cana fun-cionando 100%, rolos preenchidos. Valor: R$ 270.000,00;

- Colheitadeira Case A7700, ano 2007, série 770678, motor Scania, motor novo, máquina revisada e trabalhando. Valor: R$ 118.000,00;

- Colheitadeira Case 8800, ano 2010, mo-tor refeito em julho de 2014, máquina revisada e pronta para trabalhar. Valor: R$ 250.000,00;

-Transbordo de 10 toneladas, 2006 e 2007, R$20.000,00;

-Transbordo de 8,5 toneladas, ano 2002, R$15.000,00.

Tratar com Marcelo pelos telefones: (16) 9 8104-8104 ou 9 9239-2664.

VENDEM-SE- VW 31320/12, pipa bombeiro, Gascom;- VW 15180/12, pipa bombeiro;- VW 26260/11, comboio Gascom;- VW 15180/10, comboio Gascom;- VW 31320/10, pipa bombeiro, Gascom;- VW 15180/09, comboio;- VW 13180/09, comboio; - VW 17180/08, munck;- VW 12140/96, oficina, Gascom;- MB 1725/09, 4x4, comboio;- MB 2726/09, betoneira;- MB 2423k/04, basculante;- MB 2423k/01, pipa bombeiro;- MB 1418/95, 4x4;- MB 2318/94, pipa bombeiro;- MB 2213/81, munck;- MB 1513/76, toco;- MB 1113/69, toco;- F.Cargo 1719/13, toco;- F.Cargo 2628/07, basculante;- F.Cargo 2626/05, pipa bombeiro;- F12000/95, pipa bombeiro;- F14000/90, pipa bombeiro;- Hilux SRV, 2010, automática, diesel;

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Revista Canavieiros - Maio de 2015

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- A Revista Canavieiros não se responsabiliza pelos anúncios constantes em nosso Classificados, que são de responsabilidade exclusiva de cada anunciante. Cabe ao consumidor assegurar-se de que o negócio é idôneo antes de realizar qualquer transação.- A Revista Canavieiros não realiza intermediação das vendas e compras, trocas ou qualquer tipo de transação feita pelos leitores, tratando-se de serviço exclusivamente de disponibilização de mídia para divulgação. A transação é feita diretamente entre as partes interessadas.

- Prancha 3 eixos, Facchini, 2008;- Munck Hincol, 43.000;- Munck Masal, 12.000;- Munck Hincol, 4.000;- Munck 640-18;- Tanque de aço, 15.000 litros;- Tanque de fibra, 15.000 litros;- Tanque de fibra, 16.000 litros;- Basculante toco, 5m³;- Basculante truck, 12m³;- Baú sider;- Comboio 2.000 litros, Gascom;- Borracharia Gascom;- Engate boca de lobo;- Volante anti-furto, MB 1113/2013.Tratar com Alexandre pelos telefones: (16)

39451250 / 9 97669243 Oi / 9 92402323 Cla-ro, whatsApp / 78133866 id 96*81149 Nextel.

VENDEM-SE - Cultivador e sulcador de cana DMB,

com marcador de pistão completo para cana crua e queimada, ano 2004;

- Grade aradora Civemasa, 16x34, espa-çamento 360mm (seminova);

- Grade Niveladora 20x20 de arrasto e transporte no hidráulico;

- TratorValmet 88, ano 82, ótimo estado;- Roçadeira da marca Camak 1.90, ano 2001; - Arado 3 bacias, reversível, marca San-

ta Isabel;- Carpideira de 5 linhas;- Gradearadora mec., 16x26, espaçamento

230mm, com transporte de pneus, marca Tatu.Tratar com Waldemar pelos telefones: (16)

3042-2008/ 9 9253-6989 / (16) 9 8186-9035 (Tim) / 99739-6005 (Vivo).

VENDE-SE - L200, traçada, cor branca, ano 2006,

com ar-condicionado. Tratar com Raul pelo telefone (34) 9972-3073.

VENDEM-SE- Grade niveladora de arrasto com 42

discos de 18 polegadas R$2.500,00;- Bazuca com capacidade de 6.000 Kg

R$ 4.000,00;- Pá carregadeira, modelo 938 GII, ano

2006, série 0938 GERTB, em bom estado

de conservação. R$ 150.000,00; - Conjunto de irrigação completo com

Ferti-Irrigação, filtro de areia e gotejador Uniram Flex 2,31 x 0,70m com +\- 30 mil metros, sem uso R$ 52.000,00;

- Trator modelo BH 205, gabinado completo com ar - condicionado e hiflow, ano 2010 com 4.241,3 horas de uso R$ 120.000,00;

- Trator modelo BH 205, gabinado completo com ar - condicionado e hiflow, ano 2010 com 5.356,1 hora de uso R$ 120.000,00;

- Compressor, modelo ACC115, mo-tor 115 HP/84 KW, pressão de trabalho 06 BAR, Fad 350 pés cúbicos por minuto, peso 1950 kg, acoplado com carreta. R$ 119.000,00.

Tratar com FURTUNATO pelos telefones (16) 3242-8540 – 9 9703-3491 [email protected] - Prazo a combinar.

ANUNCiE NA CANAViEirOSLiGUE: (16) 3946-3300 - ramal 2208

[email protected]

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Revista Canavieiros - Maio de 2015

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Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português.

... viver me dá uma nostalgia. Às vezes, meu amigo, opto pela saudade...é mais seguro o sentimento porque posso aprisioná-lo em

porta-retratos. Livro: Trechos Tecidos com Palavras... Sentimentos... Afins... Sem Fim... Madras Editora - Renata Carone Sborgia

Cultivando a Língua Portuguesa

1-) Vai tirar uma “fotinha” do evento?Cuidado, prezado leitor, não conseguirá com a expressão incorreta!O correto é: fotinhoRegra fácil: o sufixo inho mantém o a ou o o da expressão primitiva, indepen-

dentemente, se o gênero for masculino ou feminino. Ex.: Foto (expressão primitiva) fotinho Poema (expressão primitiva) poeminha Tribo (expressão primitiva) tribinho Samba (expressão primitiva) sambinha

2-) Maria irá à “estréia” da peça.Com a nova grafia incorreta… não irá!Regra fácil: Segundo O Novo Acordo Ortográfico, não se usa mais o acento

dos ditongos abertos “eu” e “oi” das palavras paroxítonas.OBS.: esta regra não vale para as oxítonas.Ex.: corretos papéis, troféus...

3-) Quem vai “vim”?Ninguém com a expressão incorreta!O correto é: virvir ou vim - Quando usar corretamente:Regra fácil: vim é o verbo no passado para a 1ª pessoa do singular (eu).Ex.: corretos: Eu vim ontem aqui.Eu vim neste escritório na semana passada.Vim é do mesmo tempo verbal que FUi. Ambos usados no passado.“substituir” fui no local do vim e veja: - Quem vai vim? - incorreto - Quem vai vir? - corretoNinguém diz “você pode fui”, também não deve dizer “você pode vim”, porque

o você não é 1ª pessoa do singular (eu).O correto é: Você pode vir!

Biblioteca “General Álvaro Tavares Carmo”

Processos Agrícolas e Mecanização da Cana-de-Açúcar

“A presente obra tem por objetivo popu-larizar o conhecimento das nossas espécies florestais e fornecer orientação para o seu cultivo. Proporciona subsídios à fácil identifi-cação das plantas através do uso da fotografia de seus principais componentes identificati-vos, sem a necessidade de recorrer à leitura de texto descritivo. O texto incluso fornece principalmente informações que não pude-ram ser apresentadas através das fotos, como altura da planta, diâmetro do tronco, textura e tamanho das folhas, etc.”

(Trecho extraído da “Apresentação” do livro)

Referência:LORENZI, Harri. Árvores brasileiras:

manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, vol. 3. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2009.

Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem

procurar a Biblioteca da [email protected]

www.facebook.com/BibliotecaCanaoesteFone: (16) 3524-2453

Rua Frederico Ozanan, nº842 Sertãozinho-SP

Renata Sborgia

Coluna mensal* Advogada, Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de

vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.

PArA VOCÊ PENSAr:

...é envolvimento físico sim. Corpos se entrelaçam e calam palavras. Escorre amor. Bocas se deslizam... Agora nada há para reivindicar. Sem protestos. Sem manifestações.

Entre nós??? Cabe muito amor neste rola e enrosca, querido. Saiba do dito: é envolvi-mento físico...muito bem sentido e com amor envolvido.

RENATA CARONE SBORGIA—autora—trecho protegido pela Lei dos Direitos Autorais 9610/98

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