agravaÇÃo do risco

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AGRAVAÇÃO DO RISCO AGRAVAÇÃO DO RISCO WWW.MINHOTO.COM.BR por Homero Stabeline Minhoto

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AGRAVAÇÃO DO RISCO. por Homero Stabeline Minhoto. WWW.MINHOTO.COM.BR. AGRAVAÇÃO DO RISCO – OUTUBRO 2009. Será que tudo o que está no ordenamento jurídico, ou seja, tudo o que está previsto em lei , é justo?. Será que todas as previsões legais são justas?. WWW.MINHOTO.COM.BR. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: AGRAVAÇÃO DO RISCO

AGRAVAÇÃO DO RISCOAGRAVAÇÃO DO RISCO

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por Homero Stabeline Minhoto

Page 2: AGRAVAÇÃO DO RISCO

Será que tudo o que está no Será que tudo o que está no ordenamento jurídico, ou seja, tudo ordenamento jurídico, ou seja, tudo o que está previsto em lei , é justo? o que está previsto em lei , é justo?

Será que todas as Será que todas as previsões legais são justas?previsões legais são justas?

AGRAVAÇÃO DO RISCO – OUTUBRO 2009

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Page 3: AGRAVAÇÃO DO RISCO

É justo que alguém perca o seu É justo que alguém perca o seu direito porque decorreu o chamado direito porque decorreu o chamado

prazo prescricional?prazo prescricional?

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Page 4: AGRAVAÇÃO DO RISCO

Se o cônjuge enganado só descobrir essa Se o cônjuge enganado só descobrir essa falsa identidade, ou má honra, uma falsa identidade, ou má honra, uma semana após completar 3 anos do semana após completar 3 anos do casamento, não mais poderá pleitear a casamento, não mais poderá pleitear a sua anulação. É justo ? sua anulação. É justo ?

Com 3 anos pode, com 3 anos e um dia não.Com 3 anos pode, com 3 anos e um dia não.

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Page 5: AGRAVAÇÃO DO RISCO

Não se pode esquecer que o conceito de Não se pode esquecer que o conceito de justiça justiça é variável no tempo, no espaço e é variável no tempo, no espaço e

de pessoa para pessoade pessoa para pessoa..

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Page 6: AGRAVAÇÃO DO RISCO

Há cerca de 150 anos, para a maioria da Há cerca de 150 anos, para a maioria da sociedade brasileira, a escravidão era uma sociedade brasileira, a escravidão era uma instituição justa e amparada judicialmente.instituição justa e amparada judicialmente.

Mas, na mesma época, em outro espaço Mas, na mesma época, em outro espaço territorial, falo da Inglaterra, a escravidão era territorial, falo da Inglaterra, a escravidão era inaceitável, já era tida como injusta.inaceitável, já era tida como injusta.

Percebem como o conceito de Percebem como o conceito de justiça varia no espaço ?justiça varia no espaço ?

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Page 7: AGRAVAÇÃO DO RISCO

Por outro lado, neste mesmo território Por outro lado, neste mesmo território brasileiro, a escravidão que há 150 anos era brasileiro, a escravidão que há 150 anos era tida como justa, hoje é considerada tida como justa, hoje é considerada inaceitável.inaceitável.

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Percebem como Percebem como variou no tempo ?variou no tempo ?

Page 8: AGRAVAÇÃO DO RISCO

Se fizermos uma pesquisa neste auditório Se fizermos uma pesquisa neste auditório constataremos que parte considera justo fixá-la em 18 constataremos que parte considera justo fixá-la em 18 anos, outros em 16 e finalmente outros em 14. anos, outros em 16 e finalmente outros em 14.

Discute-se neste mesmo território brasileiro, Discute-se neste mesmo território brasileiro, atualmente, qual a idade ideal para se definir a atualmente, qual a idade ideal para se definir a maioridade penal. Dezoito, dezesseis ou quatorze anos?maioridade penal. Dezoito, dezesseis ou quatorze anos?

Haverá até quem responda que, independentemente da Haverá até quem responda que, independentemente da idade, quem praticar um crime deverá ser apenado por idade, quem praticar um crime deverá ser apenado por ele.ele.

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Percebem o grau de Percebem o grau de subjetividadesubjetividade na definição na definição do que é justo ou injusto ?do que é justo ou injusto ?

Page 9: AGRAVAÇÃO DO RISCO

O raciocínio para interpretação do texto legal não O raciocínio para interpretação do texto legal não deve se prender apenas ao conceito do justo ou deve se prender apenas ao conceito do justo ou injusto, pois outras exigências, tais como as injusto, pois outras exigências, tais como as econômicas, sociais, religiosas, estabilidade das econômicas, sociais, religiosas, estabilidade das relações, interesse de terceiros, entre outras, relações, interesse de terceiros, entre outras, interferem na definição dos textos legais e assim interferem na definição dos textos legais e assim ocorre, também, no quanto previsto no ocorre, também, no quanto previsto no ordenamento jurídico no tema sobre ordenamento jurídico no tema sobre AGRAVAÇÃO DO RISCO. AGRAVAÇÃO DO RISCO.

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Page 10: AGRAVAÇÃO DO RISCO

O Código Civil Brasileiro, em seu capitulo XV, O Código Civil Brasileiro, em seu capitulo XV, entre os artigos 757 a 802, traz as disposições entre os artigos 757 a 802, traz as disposições sobre o seguro.sobre o seguro.

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Page 11: AGRAVAÇÃO DO RISCO

Então, a rigor, tendo apoio no disposto no Então, a rigor, tendo apoio no disposto no Código Civil, temos que ao seguro de pessoas Código Civil, temos que ao seguro de pessoas aplicam-se as disposições da primeira seção, aplicam-se as disposições da primeira seção, chamadas de “Disposições Gerais, chamadas de “Disposições Gerais, compreendidas entre os artigos 757 a 777 e da compreendidas entre os artigos 757 a 777 e da terceira seção, chamada de “Seguro de Pessoa, terceira seção, chamada de “Seguro de Pessoa, compreendidas entre os artigos 789 a 802.compreendidas entre os artigos 789 a 802.

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Page 12: AGRAVAÇÃO DO RISCO

Pois bem, na primeira seção, a denominada Pois bem, na primeira seção, a denominada “Disposições Gerais”, está contido o artigo 768, “Disposições Gerais”, está contido o artigo 768, que diz textualmente: que diz textualmente: “O segurado perderá o “O segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto do contrato”.o risco objeto do contrato”.

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Para a nossa legislação, com as alterações Para a nossa legislação, com as alterações introduzidas art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro, introduzidas art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro, pela lei .705, de 19/06/08, tipifica um crime:pela lei .705, de 19/06/08, tipifica um crime: ““Conduzir veículo automotor, na via pública, estando Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência” determine dependência”

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Page 14: AGRAVAÇÃO DO RISCO

Nessa linha decidiu recentemente o Superior Tribunal de Nessa linha decidiu recentemente o Superior Tribunal de Justiça, em Acórdão do Ministro Ari Pargendler, em Recurso Justiça, em Acórdão do Ministro Ari Pargendler, em Recurso Especial, sob número nº 973.725:Especial, sob número nº 973.725:

E continua: E continua: ““Na descrição do fato resulta inquestionável a culpa do Na descrição do fato resulta inquestionável a culpa do segurado. Primeiro, a sua embriaguez é irrefutável”.segurado. Primeiro, a sua embriaguez é irrefutável”.E conclui:E conclui:““A embriaguez e a prova da culpa pelo evento são fortíssimas. A embriaguez e a prova da culpa pelo evento são fortíssimas. O teor alcoólico era de 2,4 g/l de sangue”. O teor alcoólico era de 2,4 g/l de sangue”.

Diz sua ementa: Diz sua ementa: ““CIVIL. SEGURO DE VIDA. EMBRIAGUEZ. A cláusula do contrato CIVIL. SEGURO DE VIDA. EMBRIAGUEZ. A cláusula do contrato de seguro de vida que exclui da cobertura do sinistro o condutor de seguro de vida que exclui da cobertura do sinistro o condutor de veículo automotor em estado de embriaguez não é abusiva; de veículo automotor em estado de embriaguez não é abusiva; que o risco, nesse caso, é agravado resulta do senso comum, que o risco, nesse caso, é agravado resulta do senso comum, retratado no dito “se beber não dirija, se dirigir não beba”.retratado no dito “se beber não dirija, se dirigir não beba”.

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O Tribunal de Justiça do RGS, na apelação 70010201895, decidiu:O Tribunal de Justiça do RGS, na apelação 70010201895, decidiu:““SEGURO DE VIDA. ATROPELAMENTO. MORTE. NEGATIVA DE SEGURO DE VIDA. ATROPELAMENTO. MORTE. NEGATIVA DE PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO. EMBRIAGUEZ DA VÍTIMA PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO. EMBRIAGUEZ DA VÍTIMA COMPROVADA. CAUSA DETERMINANTE PARA A OCORRÊNCIA DO COMPROVADA. CAUSA DETERMINANTE PARA A OCORRÊNCIA DO SINISTRO.SINISTRO.Diante da prova de que o cônjuge da segurada se encontrava Diante da prova de que o cônjuge da segurada se encontrava embriagado e ingressou na via de rolamento de inopino, sendo colhido embriagado e ingressou na via de rolamento de inopino, sendo colhido por veículo que trafegava em velocidade compatível para o local, a por veículo que trafegava em velocidade compatível para o local, a improcedência da demanda é medida que se impõe.improcedência da demanda é medida que se impõe.Caracterizada a culpa grave do segurado, incide o disposto no art. Caracterizada a culpa grave do segurado, incide o disposto no art. 1454 do Código Civil” 1454 do Código Civil” (refere-se ao Código de 1916, artigo que trata (refere-se ao Código de 1916, artigo que trata do agravamento)do agravamento)

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Da mesma forma decidiu o TJSP, na apelação 1180409-0/0, 36ª Câmara, Da mesma forma decidiu o TJSP, na apelação 1180409-0/0, 36ª Câmara, Relator Des. Romeu Ricupero, julgada em 25/09/08, também segurado Relator Des. Romeu Ricupero, julgada em 25/09/08, também segurado pedestre embriagado, conforme a ementa que segue :pedestre embriagado, conforme a ementa que segue : ““Seguro de vida em grupo – Acidente de trânsito- Atropelamento em via Seguro de vida em grupo – Acidente de trânsito- Atropelamento em via pública – ingestão de bebida alcoólica pelo segurado confirmada na inicial – pública – ingestão de bebida alcoólica pelo segurado confirmada na inicial – Exame positivo para verificação de embriaguez – Perda de direito (cláusula 4, Exame positivo para verificação de embriaguez – Perda de direito (cláusula 4, das condições Gerais, sub item 2.1, letra “b”) - Precedentes do STJ que das condições Gerais, sub item 2.1, letra “b”) - Precedentes do STJ que reclamam demonstração pela seguradora de que o sinistro não teria ocorrido reclamam demonstração pela seguradora de que o sinistro não teria ocorrido não fosse o estado de embriaguez – Hipótese configurada nos autos – não fosse o estado de embriaguez – Hipótese configurada nos autos – Improcedência mantida – Apelação não provida.”Improcedência mantida – Apelação não provida.” Do corpo do acórdão se extrai:Do corpo do acórdão se extrai:““A embriaguez do segurado, por si só, não enseja a exclusão da A embriaguez do segurado, por si só, não enseja a exclusão da responsabilidade da seguradora prevista no contrato, mas a pena da perda responsabilidade da seguradora prevista no contrato, mas a pena da perda da cobertura está condicionada à efetiva constatação de que o agravamento da cobertura está condicionada à efetiva constatação de que o agravamento de risco foi condição determinante na existência do sinistro”.de risco foi condição determinante na existência do sinistro”.

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Seguem-se inúmeros outros julgados no mesmo Seguem-se inúmeros outros julgados no mesmo sentido. Pincei alguns:sentido. Pincei alguns: TJ/SP. Apelação nº 1092144-0/6, julgada em TJ/SP. Apelação nº 1092144-0/6, julgada em 23/06/08, Relator Des. Felipe Ferreira;23/06/08, Relator Des. Felipe Ferreira; 2º TAC/SP – Apelação 537601-00/4, julgada em 2º TAC/SP – Apelação 537601-00/4, julgada em 18/08/98, Relator Des. Miguel Cucinelli-18/08/98, Relator Des. Miguel Cucinelli- 2º TAC/SP - Apelação 528008-00/6, julgada em 2º TAC/SP - Apelação 528008-00/6, julgada em 06/10/98, Relator Des. Renato Sartorelli.06/10/98, Relator Des. Renato Sartorelli.

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Page 18: AGRAVAÇÃO DO RISCO

Finalmente, mais uma decisão do STJ, no Rec. Especial Finalmente, mais uma decisão do STJ, no Rec. Especial 1.081.130, julgado em 02/12/08, cujo relator foi o Min. 1.081.130, julgado em 02/12/08, cujo relator foi o Min. Massamy Uyeda, e confirmou decisão do Tribunal de Massamy Uyeda, e confirmou decisão do Tribunal de Santa Catarina.Santa Catarina. Diz a ementa:Diz a ementa: 'RECURSO ESPECIAL – CONTRATO – SEGURO DE VIDA – 'RECURSO ESPECIAL – CONTRATO – SEGURO DE VIDA – EMBRIAGUEZ – CONDIÇÃO INSUFICIENTE A AFASTAR O EMBRIAGUEZ – CONDIÇÃO INSUFICIENTE A AFASTAR O DEVER DE INDENIZAR – PRECEDENTES – CIRCUNSTÂNCIA DEVER DE INDENIZAR – PRECEDENTES – CIRCUNSTÂNCIA EM QUE O SEGURADO AGINDO COM CULPA, CAUSA O EM QUE O SEGURADO AGINDO COM CULPA, CAUSA O EVENTO DANOSO – EXCLUDENTE CARACTERIZADA – EVENTO DANOSO – EXCLUDENTE CARACTERIZADA – RECURSO NÃO CONHECIDO.”RECURSO NÃO CONHECIDO.”

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É óbvio, não se quer oferecer cobertura para a perda da vida de segurado durante a prática de um crime, seja de trânsito, de roubo, de estupro, de tráfico de drogas.

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Enfrentando essa questão, no Recurso Especial acima mencionado Enfrentando essa questão, no Recurso Especial acima mencionado (973.725) em seu voto, o Ministro Relator Dr. Massami Uyeda, (973.725) em seu voto, o Ministro Relator Dr. Massami Uyeda, reproduziu fundamento do Des. Armando Toledo, do TJ/SP, no reproduziu fundamento do Des. Armando Toledo, do TJ/SP, no seguinte sentido:seguinte sentido:

““A alegação de que a indenização por morte é devida, qualquer que A alegação de que a indenização por morte é devida, qualquer que seja a causa, conforme o manual do segurado, não se sustenta. A seja a causa, conforme o manual do segurado, não se sustenta. A regra a ser aplicada é, antes de qualquer outra, aquela advinda da lei, regra a ser aplicada é, antes de qualquer outra, aquela advinda da lei, no caso a prevista no art. 1454 do Código Civil de 1916, vigente à no caso a prevista no art. 1454 do Código Civil de 1916, vigente à época dos fatos”época dos fatos”E prossegue o Min. Massami Uyeda: E prossegue o Min. Massami Uyeda: ““É aquela questão sobre a qual eu estava comentando. A É aquela questão sobre a qual eu estava comentando. A interpretação dessa legenda é “qualquer que seja a causa” em interpretação dessa legenda é “qualquer que seja a causa” em termos, se essa causa não tenha sido decorrente da própria termos, se essa causa não tenha sido decorrente da própria imprevidência, negligência, enfim, que tenha concorrido; se o próprio imprevidência, negligência, enfim, que tenha concorrido; se o próprio seguro não admite um prêmio por suicídio, voluntariamente”.seguro não admite um prêmio por suicídio, voluntariamente”.

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Silvio de Salvo VenosaSilvio de Salvo Venosa, em sua obra Direito Civil, 6ª edição, pag. , em sua obra Direito Civil, 6ª edição, pag. 326, muito embora se mostre rigoroso na prova do 326, muito embora se mostre rigoroso na prova do agravamento do risco, admite a recusa no pagamento do agravamento do risco, admite a recusa no pagamento do capital, no seguro de vida. Extrai-se de sua obra:capital, no seguro de vida. Extrai-se de sua obra:

““É obrigação do segurado não agravar os riscos, salvo se o É obrigação do segurado não agravar os riscos, salvo se o contrato o autorizou expressamente (art. 768, antigo art. 1454). contrato o autorizou expressamente (art. 768, antigo art. 1454). Não pode, por exemplo, o segurado de vida fazer jus à Não pode, por exemplo, o segurado de vida fazer jus à contraprestação, se não fez declaração inicial nesse sentido, se contraprestação, se não fez declaração inicial nesse sentido, se se acidentou ao saltar de para-quedas, voar de asa delta ou se acidentou ao saltar de para-quedas, voar de asa delta ou praticar outro esporte denominado “radical” porque agravou praticar outro esporte denominado “radical” porque agravou seu risco”.seu risco”.

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art. 766 “Se o segurado, por si ou por seu representante, art. 766 “Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, perderá o direito à garantia, além de ficar prêmio, perderá o direito à garantia, além de ficar obrigado ao prêmio vencido”.obrigado ao prêmio vencido”.

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Maria Helena Diniz, embora lacônica neste tema, em sua Maria Helena Diniz, embora lacônica neste tema, em sua obra “Curso de Direito Civil Brasileiro, 20ª edição, 3º obra “Curso de Direito Civil Brasileiro, 20ª edição, 3º voluma, pags. 511, comentando a questão do voluma, pags. 511, comentando a questão do agravamento, afirma:agravamento, afirma: ““Claro está que não incidirá nesse artigo o segurado que, Claro está que não incidirá nesse artigo o segurado que, após o contrato, vier a sofrer de moléstia grave, que lhe após o contrato, vier a sofrer de moléstia grave, que lhe tire a vida”.tire a vida”.

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Ricardo Bechara, em sua obra Direito do Seguro no Novo Ricardo Bechara, em sua obra Direito do Seguro no Novo Código Civil, 1ª edição, pag. 108, mostra perfilar da Código Civil, 1ª edição, pag. 108, mostra perfilar da mesma idéia, informando inclusive sobre duas decisões mesma idéia, informando inclusive sobre duas decisões em seguro de vida que acolheram o agravamento do em seguro de vida que acolheram o agravamento do risco (TA/PR, Ap. Civ. 0163297 e TA/SP, Ap. Civ. 594.042-risco (TA/PR, Ap. Civ. 0163297 e TA/SP, Ap. Civ. 594.042-00/8). 00/8).

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