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Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Fernando Baptista, Brasília 18 de novembro de 2009 PALESTRA/ANEEL 1 Regulação Econômica do Mercado Farmacêutico: O Papel da Câmara de Regulação do Mercado Farmacêutico no Brasil – CMED, exercida pela ANVISA

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Fernando Baptista, Brasília 18 de novembro de 2009PALESTRA/ANEEL

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Regulação Econômica do Mercado Farmacêutico: O Papel da Câmara de

Regulação do Mercado Farmacêutico no Brasil – CMED, exercida pela ANVISA

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Tópicos da Palestra:

• Instituição Agência, campo de atuação e legislação.

• Regulação Pública de Mercados– Histórico recente– Comissão Parlamentar de Inquérito de medicamento– Regulação Sanitária e Econômica

• O setor Saúde no Brasil Dados do setor farmacêutico no Brasil

• CMED– Principais ações da CMED– Mecanismo de Regulação:Competência e legislação– Redução da assimetria de informação– Contra-informação por parte da CMED– Coeficiente de adequação de preços – CAP

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INSTITUIÇÃO3

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA - foi criada pela Medida Provisória n° 1791, de 30 de dezembro de 1998, que foi convertida na Lei n° 9782, de 26 de janeiro de 1999.

A ANVISA é uma autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde, com sede e foro no Distrito Federal, prazo de duração indeterminado e atuação em todo território nacional.É caracterizada pela independência administrativa, estabilidade de seus dirigentes e autonomia financeira.

MISSÃO Da Agência:“Proteger e promover a saúde da população garantindo a segurança sanitária de produtos e

serviços e participando da construção de seu acesso”

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Atuação da ANVISAÁreas abrangidas

4

•MEDICAMENTOS•Alimentos•Cosméticos•Saneantes•Sangue e Hemoderivados•Produtos para a saúde•Serviços de Saúde

ToxicologiaDerivados do tabacoFarmacovigilânciaTecnolvigilânciaInspeçãoRegulação e Monitoramento de MercadoControle sanitário Portos, Aeroportos e Fronteiras

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REGULAÇÃO ECONÔMICA NO MERCADO FARMACÊUTICO NACIONAL: HISTÓRICO DA

REGULAÇÃO NO BRASIL

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Década 80

Década 90

• Controle de preço - CIP• Elevadas alíquotas de imposto de

importação.• Regulação econômica dos mercados não se

fazia presente.

• Reforma ComercialReforma Comercial• Desregulamentação da EconomiaDesregulamentação da Economia• Liberação de preços out/90 – exceto med. Liberação de preços out/90 – exceto med.

contínuoscontínuos• Câmara SetoriaisCâmara Setoriais• Forte elevação de preços 92 a 94: Acima Forte elevação de preços 92 a 94: Acima

da inflação.da inflação.• Estabelecendo as bases para a introdução Estabelecendo as bases para a introdução

da política de concorrência e da regulação da política de concorrência e da regulação econômica.econômica.

• Criação da Agência Nacional de Vigilância Criação da Agência Nacional de Vigilância SanitáriaSanitária

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REGULAÇÃO ECONÔMICA:antecedentes históricos

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1992 a 20001992 a 2000Substituição do Controle de Preços pela Defesa da Substituição do Controle de Preços pela Defesa da ConcorrênciaConcorrênciaCriação da ANVISA: Lei nº 9782/99Criação da ANVISA: Lei nº 9782/99 Regulação Técnica/Sanitária Regulação Técnica/Sanitária Regulação Econômica: Regulação Econômica: inclui 1º compet econômica:art.7º, inclui 1º compet econômica:art.7º, inc.XXV inc.XXV

20002000 Criação do Grupo de RegulaçãoCriação do Grupo de Regulação

20012001 Câmara de Medicamentos – (CAMED)Câmara de Medicamentos – (CAMED)

20032003 Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos – Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos – (CMED)(CMED)

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7Regulação Pública de Mercados

Decisão PolíticaMercado de bens e serviços essenciais: MedicamentosCPI dos Medicamentos – Recomendações/maio/00:

Financiamento para produção de Genéricos;Financiamento para produção de Genéricos; Monitorar a evolução de preços de medicamentos e Monitorar a evolução de preços de medicamentos e solicitar informações econômicas;solicitar informações econômicas;Projeto de Lei alterando dispositivos da Lei que criou a Projeto de Lei alterando dispositivos da Lei que criou a AnvisaAnvisa

Criação da CAMEDCriação da CAMEDAdoção de critérios econômicos para os preços de Adoção de critérios econômicos para os preços de medicamentos = Regulação; emedicamentos = Regulação; e A motivação para tal proposição foi a constatação A motivação para tal proposição foi a constatação de infrações à ordem econômica, em especial de infrações à ordem econômica, em especial elevações de preços que poderiam ser consideradas elevações de preços que poderiam ser consideradas como abusivas não conseguiram ser tipificadas pelo como abusivas não conseguiram ser tipificadas pelo CADE, além de demorar cerca de 3 anos para ir a CADE, além de demorar cerca de 3 anos para ir a julgamento .julgamento .

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LEI N° 9.782, DE 26 DE JANEIRO DE 1999Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a

Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências.

Competência Econômica-1ºFevereiro de 1999 - M.P nº 1.814, que incluiu a incumbência à ANVISA de “monitorar a evolução dos preços de medicamentos, equipamentos, componentes, insumos e serviços de saúde”.

Criação da Gerência-Geral de Regulação Econômica e Monitoramento de Mercado – GGREM, hoje NUREM.

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REGULAÇÃO ECONÔMICA

Justificativas para Regulação

Do ponto de vista da saúde pública necessidade de garantir o acesso da população aos medicamentos que precisa a preços razoáveis

Do ponto de vista econômico existência de falhas de mercado que restringem a concorrência efetiva e dão grande poder às empresas na fixação de preços.

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A N V I S ARegulação no Mercado Farmacêutico

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A ANVISA atua sobre o binômio preço / qualidade

RegulaçãRegulaçãooEconômicEconômicaa

RegulaçRegulaçãoãoSanitáriSanitáriaa

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são normas sanitárias que visam garantir qualidade dos medicamentos e segurança para os consumidores.

do tipo: registro, inspeção, fármaco-vigilância, teste de bioeqüivalência e biodisposnibilidade

Exemplo: “Boas práticas de fabricação de soluções parenterais de grande volume”, autorização para comercialização de medicamentos etc.

Regulação Sanitária

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Regulação econômica são políticas com o intuito de atenuar

o poder de mercado dos laboratórios e ampliar o acesso da população aos medicamentos

do tipo: regulação de preços, monitoramento de mercado, regras contra a “maquiagem de produtos”, políticas de acesso, política de genéricos, anuência prévia nos pedidos de patentes

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Setor de Saúde

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14Dados do mercado farmacêutico no

Brasil

US$ 14,669 bilhões no ano de 2008;US$ 14,669 bilhões no ano de 2008;

70% do faturamento do mercado dirigido a 70% do faturamento do mercado dirigido a farmácias e o restante dirigido a Hospitais Públicos e farmácias e o restante dirigido a Hospitais Públicos e outros canais comerciais em 2007;outros canais comerciais em 2007;

351 Empresas Farmacêuticas351 Empresas Farmacêuticas190.000 Médicos190.000 Médicos62.000 Farmácias62.000 Farmácias 6.653 Hospitais6.653 Hospitais256 Distribuidores256 Distribuidores148 Distribuidores Hospitalares148 Distribuidores Hospitalares

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Estágios Tecnológicos do Setor Desenvolvidos no Brasil

1.º Pesquisa e desenvolvimento Não

2.º Obtenção dos processos de produção em escala industrial Não

3.º Processamento físico do medicamento Sim

4.º Marketing e comercialização Sim

1.º Pesquisa e desenvolvimento Não

2.º Obtenção dos processos de produção em escala industrial Não

3.º Processamento físico do medicamento Sim

4.º Marketing e comercialização Sim

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16PARTICIPAÇÃO DAS MAIORES EMPRESAS NO PARTICIPAÇÃO DAS MAIORES EMPRESAS NO

FATURAMENTO DO SETOR EM 2008:FATURAMENTO DO SETOR EM 2008:

10 Maiores 42,7520 maiores 61,0230 maiores 73,7240 maiores 82,1050 maiores 87,6460 maiores 91,74

Característica da estrutura do mercado Característica da estrutura do mercado farmacêutico: Oligopólios e concentradofarmacêutico: Oligopólios e concentrado

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ANTI-ASMATICOS ANTILEUCO

PSYCOESTIMULANTES

ASS.A-REUM.N/ESTEROIDES

OUT.PRODUTOS OFTALMICOS

ANTIMALARICOS

REL.MUSC.ACC.PERIFERICA

ESTABILIZADORES DO HUMOR

MOD SENSOM GASTRO-INTEST

98,94

1,06

73,61

26,39

99,49

0,48

80,75

14,10

87,48

6,95

97,88

0,79

98,82

0,95

100,00

Classe Terapêutica

Participação de Mercado das 2 Maiores

Empresas (%)

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Princípio AtivoPrincípio AtivoMercado das 2 Maiores

Participação de

Empresas (%)

DEXCHLORPHENIRAMINE

VALSARTAN

GENTAMICIN

CLONAZEPAM

LORAZEPAM

BISACODYL

FENOTEROL

ISOSORBIDE MONONITRATE

68,49

11,58

100,0085,74

6,79

95,44

1,60

77,04

9,76

79,21

17,58

95,70

3,62

77,5315,96

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A Indústria Farmacêutica BrasileiraA Indústria Farmacêutica Brasileira

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REGULAÇÃO ECONÔMICA DIAGNÓSTICO DO SETOR

FARMACÊUTICO:

BAIXA CONCENTRAÇÃO SE CONSIDERADO O BAIXA CONCENTRAÇÃO SE CONSIDERADO O MERCADO COMO UM TODOMERCADO COMO UM TODO

ALTA CONCENTRAÇÃO SE CONSIDERADAS ALTA CONCENTRAÇÃO SE CONSIDERADAS AS CLASSES TERAPÊUTICAS OU PRINCÍPIOS AS CLASSES TERAPÊUTICAS OU PRINCÍPIOS ATIVOSATIVOS

REQUISITO PARA DEFINIR PODER DE REQUISITO PARA DEFINIR PODER DE MERCADOMERCADO

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No Brasil o Mercado de medicamento precisava ser regulado, porquê?

PEQUENA QUEDA DAS UNIDADES VENDIDAS, APESAR DO PEQUENA QUEDA DAS UNIDADES VENDIDAS, APESAR DO CRESCIMENTO DE 14% DA POPULAÇÃO NO PERÍODOCRESCIMENTO DE 14% DA POPULAÇÃO NO PERÍODO

AUMENTO DO FATURAMENTO DEVIDO AO AUMENTO DE PREÇOS AUMENTO DO FATURAMENTO DEVIDO AO AUMENTO DE PREÇOS

TRANSFERÊNCIA DE RENDA DO CONSUMIDOR PARA A INDÚTRIATRANSFERÊNCIA DE RENDA DO CONSUMIDOR PARA A INDÚTRIA

REAÇÃO DO ESTADOREAÇÃO DO ESTADO

REGULAÇÃOREGULAÇÃO

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CMED

CMED – O que é?

Criação e Legislação;

Composição;

Regulação Econômica – o que é?

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23Situação em que possibilita o afastamento de uma economia de mercado da posição de equilíbrio geral da condição de

concorrência perfeita. Isto é o mercado não funciona com deveria funcionar.

FALHAS DE MERCADO•PODER DE MERCADO(1)

•ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO(2)

•EXTERNALIDADES(3)

(1) É a capacidade de uma empresa (ou grupo de empresas) de aumentar e manter os preços acima do nível que prevaleceria na concorrência é chamado poder de mercado ou monopólio. O exercício do poder de mercado resulta em perda do bem-estar econômico.(2) Consiste no fato de uma das partes envolvidas em uma negociação dispor de mais informação do que a outra.

(3) É quando o consumo por parte de um indivíduo e/ou produção de uma empresa afeta positivamente ou negativamente o consumo e/ou a produção de outro consumidor ou outra empresa.

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CAMED – Lei n° 10.213 de 2001 Criação da: Resoluções nº 4/2001 e nº 13/2001;

CMED - Lei n° 10.742 de 2003Resoluções nº 1/2003 e nº 2/2004.

Regulação Econômica do mercado farmacêutico:

definir critérios para fixação de preços de medicamentos novos e novas apresentações;

determinar ajustes anuais de preços;

estabelecer margens de comercialização para distribuidores e farmácias;

e multar empresas que descumpram as normas.

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CMED – O QUÊ É? Órgão interministerial ao qual compete

implementar o regime de regulação do mercado de medicamentos

Objetivo - estimular a oferta de fármacos, a competitividade do setor, a estabilidade de preços

Ampliação do acesso (população de baixa renda)

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Conselho de Ministros (Ministros

do MS, MJ, MF, MDIC e Casa Civil)

Comitê Técnico-Executivo (Secretários

do MS, MJ, MF, MDIC e Casa Civil)

Secretaria-Executiva (NUREM/ANVISA)

ESTRUTURA CMED:Composição

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Qual a relação entre Anvisa e CMED?

Câmara de Regulação Câmara de Regulação do Mercado do Mercado

Farmacêutico - CMEDFarmacêutico - CMED

Conselho de Ministros

Comitê Técnico

Secretaria Executiva

Agência Nacional de Agência Nacional de Vigilância Sanitária- Vigilância Sanitária-

AnvisaAnvisa

Diretorias - DIAGE

NUREM

GEMON GERAE GEREM

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CMED – REGULADOS-A quem abrange?A Lei nº 10.742, de 2003, que cria a

CMED, deve ser observada pelos:

laboratórios produtores e importadores de medicamentos;

pelas farmácias e drogarias;pelos representantes;pelas distribuidoras de

medicamentos; e,

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29O Papel da CMED na Regulação de Preços do mercado de medicamentos:

A regulação econômica para o setor farmacêutico, com a criação da CAMED, adveio como resultado de peculiaridades específicas que esse mercado apresentava, que eram as chamadas “falhas de mercado”, onde se destacavam, dentre outras:

a significativa concentração da oferta por classes terapêuticas,

a inelasticidade da demanda ao aumento de preços,

as elevadas barreiras à entrada de novos concorrentes, a presença do consumidor substituto, já que é o médico

quem escolhe o medicamento que será consumido,

além da forte assimetria de informações, que garantiam enorme poder de mercado aos produtores e aos vendedores.

Tudo isso garantindo a manipulação do mercado em prejuízo do consumidor.

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Diferentemente do verificado em outros mercados da economia, o setor farmacêutico passou a praticar aumentos generalizados, significativos e não transitórios nos preços dos medicamentos. De fato, enquanto a maioria dos setores industriais apresentaram ganhos de produtividade, com redução de custos e preços reais ao consumidor, o setor farmacêutico caminhou na contramão desse movimento.

30

PREÇOS DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS Variação % Real Acumulada: Jan. 1990 - Fev 2009 INPC Geral - IBGE

60

120

180

240

90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09

Ano

Va

ria

çã

o %

Re

al A

cu

mu

lad

a:

Ja

ne

iro

19

90

= 1

00

Criação da CAMED

(Dez/2000)

100,0

Criação da CMED

(Jun/2003)

Fonte: IBGE - Elaboração: Anvisa/Nurem

Relatório CPI (Maio/2000)

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Preços dos Produtos Farmacêuticos

Antes da Regulação

Preços estavam acima da inflação por mais de uma década, com uma curva através dos anos de tendência ascendente.

Depois da Regulação

Preços apresentaram tendência de queda e não crescimento, com curva a partir de 2000 com tendência descendente.

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CMED - Ajuste de preços de medicamentos

Ajuste de preços:Ajuste de preços:data-base em março data-base em março

Ajuste de preços de medicamentos = MODELO DE TETO DE PREÇOS calculado com base em um índice (IPCA), em um fator de produtividade (x) e em um fator de ajuste de preços relativos entre setores (Y) e intra-setor (Z).

VPP = IPCA – X + Y + Z

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33VPP = IPCA – X + Y + Z

Permite repassar aos consumidores, por Permite repassar aos consumidores, por meio dos preços dos medicamentos, meio dos preços dos medicamentos, projeções de ganhos de produtividade das projeções de ganhos de produtividade das empresas de medicamentos.empresas de medicamentos.

É calculado com base na variação dos custos dos insumos, desde que tais custos não sejam recuperados pelo cômputo do índice de preços ao consumidor amplo – IPCA.Promove a concorrência nos diversos mercados de Promove a concorrência nos diversos mercados de medicamentos, ajustando preços relativos entre os mercados medicamentos, ajustando preços relativos entre os mercados com menor concorrência e os mais competitivos. A com menor concorrência e os mais competitivos. A participação em faturamento dos genéricos vem a ser o participação em faturamento dos genéricos vem a ser o indicador mais simples e fiel do grau de concentração de um indicador mais simples e fiel do grau de concentração de um mercado específico. Onde ocorre maior participação de mercado específico. Onde ocorre maior participação de genéricos, os ganhos de produtividade são repassados mais genéricos, os ganhos de produtividade são repassados mais rapidamente aos consumidoresrapidamente aos consumidores. O indicador de PARTICIPAÇÃO DOS GENÉRICOS É USADA PARA O indicador de PARTICIPAÇÃO DOS GENÉRICOS É USADA PARA

CATEGORIZAÇÃO DOS MERCADOS.CATEGORIZAÇÃO DOS MERCADOS.

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34COEFICIENTE DE ADEQUAÇÃO DE PREÇOS - CAP

Histórico:

- Negociações desde 2003;

- Previsto na Resolução nº 2, de 2003;

Justificativas:

- Comparativo entre PF e preço médio praticado;

- Há desconto de 24% para compras governamentais nos Estados Unidos da América;

- Discrepância nos Estados.

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35

A Resolução CMED nº 2, de 2004, além de classificar os medicamentos nas seis categorias, objetivando a sua

precificação, cria também o Coeficiente de Adequação de Preço – CAP, que foi regulamentado posteriormente pela

Resolução nº 4. Essa criação deveu-se ao fato da CMED ter percebido a

necessidade de também atuar no âmbito das aquisições públicas de medicamentos.

CAP – DEFINIÇÃO - o que é? É um desconto mínimo obrigatório a ser aplicado ao preço fábrica, pelas empresas produtoras e distribuidoras de medicamentos, sempre que realizarem vendas destinadas a entes da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Seu principal objetivo, é permitir a uniformização do processo de compras públicas de medicamentos, objetivando a redução dos custos desses produtos para os governos.

• METODOLOGIA DE CÁLCULO DO CAP: Atualmente o CAP está definido em 24,92%. Esse percentual de desconto é calculado a partir da média da razão entre o Índice do PIB per capita do Brasil e os Índices do PIB per capita da Austrália, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Itália, Nova Zelândia, Portugal, ponderada pelo PIB.

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POSSIBILIDADES DE APLICAÇÃO DO CAP: A Resolução CMED nº 4 estabeleceu que o CAP poderá ser aplicado aos preços dos produtos nos seguintes casos:

o Medicamentos de dispensação excepcional;o DST/AIDS;o Sangue e Hemoderivados;o Antineoplásicos /adjuvantes tratamento de câncer;o Ação judicial;o Categorias I, II e V da Resolução nº 2, de 2004.

LISTA ATUAL DO CAP: A Resolução CMED nº 4/2006 estabeleceu prazo (90 dias após a sua vigência) para publicação da relação de produtos cujos preços serão submetidos ao CAP. O Comunicado CMED nº 15, de 28 de dezembro de 2007 traz o último rol de produtos em cujos preços deverão ser aplicados o CAP.

APLICAÇÃO DO CAP: Atualmente o CAP deve ser aplicado nas compras públicas de medicamentos nos seguintes casos:1. Produtos constantes na lista anexa ao Comunicado

CMED nº 15/2007.2. Produtos adquiridos por ordem judicial, independente

de estarem contemplados na supracitada lista.

Lista de

Lista de

ProdutoProduto

ssaté 12 até 12

de de

junhojunho

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37 PREÇO MÁXIMO DE COMPRA AO GOVERNO - PMVG: A

aplicação do CAP sobre o PF resulta no Preço Máximo de Venda ao Governo – PMVG.

CÁLCULO DO PMVG: Os tributos incidentes sobre medicamentos são PIS/COFINS e ICMS.

1. Para cálculo do PMVG deve-se observar se o medicamento tem ou não isenção de algum tributo.

2. São isentos de PIS/COFINS os medicamentos identificados com tarja vermelha ou preta relacionados no anexo ao Decreto nº. 6066, que dispõe sobre crédito presumido.

3. Os medicamentos isentos de ICMS são os contemplados por algum convenio do Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ.

4. Quando o medicamento não tem isenção de tributos, o PMVG deve ser calculado aplicando-se o CAP sobre o preço fábrica com os impostos correspondentes.

5. Quando o medicamento tem isenção de tributos para compra pública, o PMVG deve ser calculado aplicando-se o CAP sobre o preço fábrica livre de impostos.

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Ações Desenvolvidas pela CMED/ANVISA

• Verificação da conformidade dos reajustes praticados pelas empresas e monitoramento dos preços máximos ao consumidor comercializados nas farmácias

• Instauração e julgamento de Processos Administrativos e Judiciais a empresas do setor farmacêutico que não se adequaram à legislação relativa a preços.

• Controle de preços de entrada de novos medicamentos e novas apresentações

• Elaboração de banco de dados do setor – SAMMED• Implementação da Política de Medicamentos

Genéricos

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39Ações visando REDUÇÃO na assimetria de informações no setor de medicamento

• Convênios ANVISA X PROCON;• Guia Comparações preços de medicamentos –

site ANVISA/ área de Atuação: Monitoramento de Mercado;

• DCB/CAS >>> função de reduzir a assimetria; garantir maior qualidade e segurança no uso; possibilitará a rastreabilida de (matéria-prima ao produto final) – fará o link entre o que se importa e o que se produz – Trabalho junto a SRF.

• Acordo de Cooperação Técnica entre ANVISA e SRF, que permitiu a Redução de preços de 10% dos medicamentos de uso continuado e anti-infecciosos (inclusive antibióticos), originando-se através de proposta encaminhada ao Congresso Nacional de desoneração da CONTRIBUIÇÃO PARA O (PIS) E PARA (COFINS), que representavam em maio de 2001 cerca de 50% do mercado total.

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O PAPEL DO GOVERNO –O PAPEL DO GOVERNO –InformaçãoInformação

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41O PAPEL DO GOVERNO–Punição dos

Agentes

Cade multa 20 laboratórios por tentativa de boicote aos genéricos 13/10/2005:

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) multou hoje 20 laboratórios farmacêuticos por tentativa de formação de cartel com o boicote à entrada dos medicamentos genéricos no mercado brasileiro, com base em um levantamento realizado pela ANVISA, envolvendo o mercado desses laboratórios farmacêuticas.

Os laboratórios foram denunciados pelo Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal depois de manterem reuniões em 1999 para combinar uma estratégia de ação a fim de barrar os novos produtos que chegavam ao mercado.

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42Considerações Finais: Desta Forma, o conjunto de medidas econômicas

adotadas no novo marco regulatório do setor farmacêutico visa à diminuição das chamadas falhas de mercado, em especial, a chamada redução da assimetria de informações que afetam todos os atores envolvidos.

Sendo assim, o novo modelo de regulação econômica, instaurado com a criação da CMED, abrange uma série de políticas públicas que atuarão diretamente em todas as etapas da cadeia produtiva, com vistas à implementar o direito ao acesso a medicamentos pela população brasileira, objetivando o seu bem-estar.

“Do nascimento à morte, nossas vidas são afetadas de inúmeras maneiras pelas atividades do governo. Nascemos em hospitais subsidiados, quando não públicos...Muitos de nós recebemos uma educação pública...Virtualmente todos de nós, em algum momento de nossas vidas, recebemos dinheiro do governo, como estudante - por ex, através de bolsa de estudo -; como adultos, se estamos desempregados ou incapacitados; ou como aposentados; e todos nós nos beneficiamos dos serviços públicos” (Joseph Stiglitz)

• Muito Obrigado.