africa unidade e diversidade

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AFRICA UNIDADE E DIVERSIDADE http://www.algosobre.com.br/geografia/africa-a-diversidade-num- continente.html O continente africano é amplamente conhecido pelas suas belezas naturais, principalmente quando se refere à grandiosa vida selvagem. Porém, o que encontramos de imenso neste continente é uma enorme diversidade física e sócio-econômica, pois existe neste espaço desde extensos vales férteis, aonde a vida parece não ter fim, até desertos gigantes, como é o caso do Saara, o maior do mundo. O contraste da pobreza e riqueza também é muito visível por toda sua extensão continental, sendo caracterizado principalmente pelas péssimas condições de vida em muitos países. O termo “berço da humanidade” é dado em razão da África abrigar uma das civilizações mais antigas e intrigantes do globo, os egípcios, que formaram um poderoso “império” a 4 mil anos atrás. Portanto, toda essa riqueza cultural e natural existente no continente, torna a África um espaço muito particular. Em consequência a esta diversidade, não é tarefa fácil dividir a África por regiões devido a sua heterogenidade ao longo do continente. Porém, pode-se definir duas formas básicas de classificação regional: as questões físicas (localização geográfica) e questões humanas (cultura/ocupação) África: cinco regiões num continente Ao visualizar um mapa da África, pode-se ver que dividir o mesmo por regiões a partir da sua localização espacial nos sentidos Norte, Sul, Leste e Oeste é bem possível. Dessa forma, classifica-se o continente em cinco regiões distintas quanto a sua posição geográfica: Norte da África, Oeste da África, África Central, Leste da África e Sul da África. Norte da África: como o próprio nome já diz, é a área situada ao norte do continente e que vem a ser banhado pelo Mar Mediterrâneo, em sua maioria, fazendo parte desta região cinco países. Também não se pode esquecer que ao sul desta região se encontra o deserto do Saara.

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Page 1: Africa Unidade e Diversidade

AFRICA UNIDADE E DIVERSIDADE

http://www.algosobre.com.br/geografia/africa-a-diversidade-num-continente.html

O continente africano é amplamente conhecido pelas suas belezas naturais, principalmente quando se refere à grandiosa vida selvagem. Porém, o que encontramos de imenso neste continente é uma enorme diversidade física e sócio-econômica, pois existe neste espaço desde extensos vales férteis, aonde a vida parece não ter fim, até desertos gigantes, como é o caso do Saara, o maior do mundo. O contraste da pobreza e riqueza também é muito visível por toda sua extensão continental, sendo caracterizado principalmente pelas péssimas condições de vida em muitos países. O termo “berço da humanidade” é dado em razão da África abrigar uma das civilizações mais antigas e intrigantes do globo, os egípcios, que formaram um poderoso “império” a 4 mil anos atrás. Portanto, toda essa riqueza cultural e natural existente no continente, torna a África um espaço muito particular.

Em consequência a esta diversidade, não é tarefa fácil dividir a África por regiões devido a sua heterogenidade ao longo do continente. Porém, pode-se definir duas formas básicas de classificação regional: as questões físicas (localização geográfica) e questões humanas (cultura/ocupação)

África: cinco regiões num continente

Ao visualizar um mapa da África, pode-se ver que dividir o mesmo por regiões a partir da sua localização espacial nos sentidos Norte, Sul, Leste e Oeste é bem possível. Dessa forma, classifica-se o continente em cinco regiões distintas quanto a sua posição geográfica: Norte da África, Oeste da África, África Central, Leste da África e Sul da África.

Norte da África: como o próprio nome já diz, é a área situada ao norte do continente e que vem a ser banhado pelo Mar Mediterrâneo, em sua maioria, fazendo parte desta região cinco países. Também não se pode esquecer que ao sul desta região se encontra o deserto do Saara.

Oeste da África: é uma região muito confusa do ponto de vista político. São quinze nações que dividem um espaço caracterizado por áreas desérticas (Saara, ao norte) e florestas tropicais. Em sua economia local, a exploração de petróleo destaca-se com uma atividade bem atraente para os países.

África Central: caracterizada pelos inúmeros conflitos da década de 90 que marcaram profundamente a região, a África Central ficou conhecida no mundo pelos conflitos no Zaire que o transformaram em República Democrática do Congo. Oito países fazem parte desta região, destacada por grandes florestas tropicais em razão de estar na latitude 0 do globo.

Leste da África: também conhecida como “Chifre da África”, por sua forma física do extremo leste africano, é uma área bem diversificada por ter países bem estruturados e urbanizados, como é o caso do Quênia, e em contraponto a isto, existe à Somália e Etiópia, nações mergulhadas em problemas gerados pelas suas guerras civis. Nesta região encontram-se dez países bem distintos, tantos nos aspectos físicos como humanos. É na divisa entre Uganda, Tanzânia e Quênia que existe o lago Vitória, que é considerado a nascente do rio Nilo.

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Sul da África: o extremo sul africano é representado pelas diferenças existente ente os onze países no campo sócio-econômico, principalmente, pois o contraste entre a África do Sul, nação bem desenvolvida, se comparada aos outros países africanos, em relação aos demais é visivelmente percebido. Este país exerce um poder centralizador nesta região, onde a economia é seu ponto forte. Observa-se também uma diversidade natural neste espaço, em razão de possuir grandes vales férteis e vastos desertos como o Kalahari, sendo no delta do Okavango (Botsuana) acontece uma das maiores e mais impressionantes migrações do mundo, a dos gnus.

Aspectos Sócio-econômicos

Agora, analisar a África destacando suas características culturais, promove uma divisão bem diferente da anterior. Ao observar o continente africano pela sua ocupação ao longo dos anos, classifica-se a África em duas regiões: África “branca” (cultura árabe) e África “negra” (culturas locais).

Isto é possível em virtude da influência que a região norte da África (árabe) sofreu da ocupação dos povos do Oriente Médio (Ásia) durante os tempos, tendo como resultado um espaço totalmente adverso da África “negra”, sendo esta última caracterizada pelas culturas regionais provindas de milenares tribos africanas. Também é possível destacar a própria cor da pele dos africanos nessas duas regiões: os descendentes de árabes possuem uma tez clara, em grande parte, enquanto que os africanos relacionados com as culturas tribais já têm uma cor mais negra.

Sendo assim, a África vem a ser o resultado de anos de ocupação e influência das mais diversas culturas do mundo que remodelaram e transformaram seu continente num espaço diversificado e muitas vezes carente de recursos econômicos, por outro lado, suas belezas naturais são únicas e, por enquanto, estão permanentes em todo seu território.

Divisão Física (localização) da África

Norte da África Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Saara Ocidental e Tunísia

Oeste da África Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo

África Central Camarões, Congo, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe e Chade

Leste da África Burundi, Dijbuti, Eritreia, Etiópia, Quênia, Ruanda, Somália, Sudão, Tanzânia e Uganda

Sul da África África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar, Malauí, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue

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Divisão Sócio-Econômica da África

África “branca” Argélia, Dijbuti, Egito, Eritréia, Etiópia, Líbia, Mali, Marrocos, Mauritânia, Níger, Saara Ocidental, Somália, Sudão e Tunísia.

África “negra” Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Togo, Camarões, Congo, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Chade, Burundi, Quênia, Ruanda, Tanzânia, Uganda, África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar, Malauí, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue

http://www.culturamix.com/cultura/africa-o-continente-da-diversidade

Segundo os historiadores e antropólogos o continente africano pode ser considerado o berço da civilização humana, pois teria sido o primeiro lugar do planeta habitado pelo homem, pesquisas determinam que fosseis de hominídeos encontrados naquele continente tenham mais de 5 milhões de anos.

Cultura Africana

Na atualidade a África é também um continente de grandes números: segundo mais populoso do planeta, terceiro mais extenso, possui 20% da área de terra do planeta, mais

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de um bilhão de habitantes divididos em 53 países, no continente mais pobre do mundo, onde se extraem diamantes e ouro ao mesmo tempo em que milhares de pessoas morrem de fome e não é um pais muito favoravel a educação das crianças.

África o Continente da Diversidade

Essa poderia ser uma sucinta descrição do continente africano, mas a África e o continente da diversidade pode ser considerada uma marca desse continente, onde a pobreza de sua população convive ao lado de jazidas de petróleo, exploração de ouro e diamantes,  há uma imensa diversidade da cultura religiosa, expressões artísticas, festas típicas, centenas de idiomas e dialetos falados entre os povos e as tribos que convivem entre guerras e períodos de paz, assolados pela fome que ameaça a vida de grande parte de sua população. As questões de saúde também são precárias no continente, que tem o maior índice de AIDS do planeta, com mais de um milhão de novos casos ao ano, além da malária, tuberculose e da meningite que atingem principalmente as crianças. O numero de  crianças que morrem de fome e atingidas por essas doenças é alarmante.

História da África

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A Unicef e a ONU além de outras instituições humanitárias atuam na África reunindo esforços para tentar amenizar as condições de vida do povo, especialmente das crianças, que são as mais atingidas por esse grave quadro. Estima-se que somente a AIDS já deixou mais de 12 milhões de meninos e meninas africanas órfãos, enquanto mais de 150 milhões passam fome. A fome, a falta de água, e os altos índices de doenças são agravados pelos conflitos armados ocasionados pela instabilidade política que existe na região. Alguns conflitos armados perduram por décadas sem chegar a um fim, comprometendo ainda mais a situação local.

Continuando a traçar um perfil do continente africano nos deparamos também, além de sua inusitada diversidade sócio – econômica, com a diversidade geográfica e climática que é formada por imensos desertos ao lado de extensos e férteis vales. Compondo todo esse cenário a África é conhecida mundialmente pela suas riquezas naturais, principalmente pela beleza da vida selvagem ali existente, com animais de diferentes espécies que não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo.

Assim podemos afirmar que a África é um continente com grandes potenciais humanos e naturais, com muitas riquezas para serem exploradas, um meio ambiente preservado, entretanto é necessário primeiramente que receba de outras nações auxílio efetivo não só com alimento e remédios para seu povo, mas com soluções para a paz de tantos conflitos que com certeza resultará em desenvolvimento para esse continente de tão grande contraste entre a riqueza e a pobreza, a exuberância da selva e o calor do deserto, a alegria e a fome.

https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica

ADIVERSIDADE NATURAL

http://www.brasilescola.com/geografia/africa-continente.htm

A África é um continente reconhecido pela sua diversidade, desde os aspectos naturais até as características históricas e sociais. Dividido em 55 países, seu território é cortado por quatro linhas imaginárias: três paralelos principais (Trópico de Câncer, Equador e Trópico de Capricórnio) e o Meridiano de Greenwich. A linha do Equador atravessa a África aproximadamente na sua porção central, provocando a distribuição das terras nos hemisférios norte e sul. Como o Meridiano de Greenwich está localizado bem próximo da porção oeste do seu território, o continente africano tem uma pequena parte localizada no hemisfério ocidental, e a maioria de suas terras localizadas no hemisfério oriental.

O continente possui grande notoriedade por conta da presença das savanas, um tipo de vegetação dispersa, composta por árvores de médio porte e campos naturais. As savanas

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compreendem uma área capaz de oferecer condições de sobrevivência para uma série de mamíferos de grande porte como leões, girafas, rinocerontes e tantos outros. Na região equatorial ocorre a Floresta do Congo, formada por uma mata densa, de grande porte e com enorme biodiversidade, muito semelhante à Floresta Amazônica.

Se por um lado existem as savanas e a floresta equatorial, há também no continente extensas áreas desérticas, em destaque o Deserto do Saara, o Deserto da Namíbia e o Deserto do Kalahari. Local de povos nômades que se estabelecem ao longo dos oásis, os desertos possuem temperaturas que variam muito ao longo de um dia, podendo chegar a mais de 50°C no período de insolação e temperaturas abaixo de zero durante a madrugada. Por ser um recurso tão raro, a água é uma dádiva em áreas secas, e a presença de rios perenes, aqueles que não secam em nenhum período do ano, contribui para a fixação de população nas regiões desérticas. Nesse sentido, o rio Nilo pode ser considerado o melhor exemplo, atravessando as terras secas do Saara e ajudando na fertilização dos solos agrícolas.

Entre os rios importantes estão o Congo, de grande volume de água, o Níger, o Zambeze e o Orange. Como esses rios estão bastante espalhados pelo território africano, podemos dizer que a hidrografia do continente está mal distribuída, comprometendo o abastecimento de água de diversas localidades e agravando as tensões sociais. Entre esses problemas, podem ser citados a fome crônica, a mortalidade infantil e as disputas étnicas, que favorecem a manutenção do subdesenvolvimento socioeconômico por praticamente todo o continente. As jazidas de minerais e o potencial energético que a África apresenta não estão refletidos em desenvolvimento econômico que, quando ocorre, está fundamentado na concentração de riquezas e poder.

Ainda com relação aos seus aspectos naturais, o relevo da África é formado principalmente pelos planaltos. As planícies ocorrem em menor quantidade, sempre contornando o seu enorme litoral e acompanhando o curso de alguns dos seus maiores rios. Na porção leste estão concentradas as montanhas e vulcões, sendo exatamente o trecho que detém o ponto culminante da África, o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, que apresenta 5.895 metros de altitude.  Outras duas cadeias montanhosas são a Cadeia Atlas, ao norte, e os Montes Drakensberg, no extremo sul do continente.

Ambientes naturais do continente africano

http://www.geoensino.net/2012/08/ambientes-naturais-do-continente.html

O continente africano possui grande diversidade natural, expressada em suas paisagens contrastantes. Como é possível um mesmo lugar possuir áreas

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muito frias e quentes ao mesmo tempo?  Qual a origem das características naturais da África? Observe a imagem a seguir:

Monte Kilimanjaro - Quênia

A imagem do Monte Kilimanjaro expressa a variação de altitude no relevo, sendo possível observar que a parte superior é coberta por neve, e a inferior por uma formação semi-desértica.  Lugares muito próximos mas com grandes diferenças naturais. Um bom exemplo de que quando muda-se uma característica natural isso pode influenciar e modificar toda a vida de um lugar. A elevação do relevo nesse caso, fez com que o clima se alterasse drasticamente.

Por isso a importância de investigarmos mais sobre as características da África. É um continente muito extenso, e por isso, possui várias características naturais, com áreas desérticas mas também com regiões de clima muito úmido. Para conhecermos um pouco mais sobre o território africano, observe as principais regiões naturais do continente no mapa a seguir: Deserto do Saara, Savana, Floresta Equatorial do Congo e Deserto de Kalahari.

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A localização do continente africano no planeta, as correntes marítimas e massas de ar contribuíram para a formação desses ambientes naturais. Grande parte da África está localizada na zona climática tropical, o que garante grande insolação durante o ano inteiro. 

As áreas próximas a Linha do Equador recebem muita luz solar o ano inteiro, contribuindo para elevação da umidade. Luz e umidade são ingredientes importantes para o florescimento da vegetação. Isso contribui para que  as regiões do planeta próximas a essa linha sejam cobertas por grandes florestas. No Brasil esse tipo de formação vegetal é conhecido como Floresta Amazônica. Na África é chamada de Floresta Equatorial do Congo. Uma região muito quente e úmida, coberta por uma grande e densa vegetação.

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 Imagens da Floresta Equatorial do Congo

Próximo a floresta equatorial encontra-se outra região natural bastante conhecida por abrigar animais de grande porte e receber turistas em busca de safaris: a Savana. É uma grande área também quente, porém, com menos umidade e com uma estação seca. Esse período  seco no ano dificulta a formação de uma floresta de grande porte, tornando a Savana uma região coberta por gramíneas, arbustos e vegetação de pequeno porte. É uma área de transição da vegetação de grande porte (floresta equatorial) para a vegetação de pequeno porte (estepes e desérticas). 

Savana africana

Ao contrário do que somos levados a acreditar em algumas situações, as formações desérticas não estão nas áreas da África que recebem mais luz solar durante o ano inteiro. A formação dos desertos está associada a outros fatores naturais, como a pressão atmosférica, as correntes de vento e marinhas que impedem a umidade e a temperatura de alterarem a aridez dos desertos africanos. O Saara, o maior e mais conhecido deserto quente do mundo é atravessado pela linha do Trópico de Câncer, por isso está localizado parte na zona climática tropical e parte na zona climática subtropical. Ele ocupa grande parte da região norte do continente e chega próximo do continente europeu. 

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Deserto do Saara

O Deserto de Kalahari é menor, menos seco e famoso do que o Saara. Ele está localizado na parte sul do continente africano, é cortado pela linha do Trópico de Capricórnio e ocupa partes do território da África do Sul, Botswana e Namíbia. A umidade chega até o Kalahari com certa regularidade durante o ano, permitindo o desenvolvimento de formações vegetais mais desenvolvidas do que no Saara.

 

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DIVERSIDADE CULTURAL

A cultura da África reflete a sua antiga história e é tão diversificada como foi o seu ambiente natural ao longo dos milénios. África é o território terrestre habitado há mais tempo, e supõe-se que foi neste continente que a espécie humana surgiu; os mais antigos fósseis de hominídeos encontrados na África (Tanzânia e Quênia) têm cerca de cinco milhões de anos. O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estados se foram sucedendo neste continente, ao longo dos séculos (por exemplo, Axum, o Grande Zimbabwe). Para além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos em outros continentes, que buscavam as suas riquezas.

Escultura Yombe (Louvre, Paris)

O continente africano cobre uma área de 30 221 532 de quilômetros quadrados, um quinto da área terrestre da Terra, e possui mais de 50 países. Suas características geográficas são diversas e variam de tropical úmido ou floresta tropical, com chuvas de 250 a 380 centímetros a desertos. O monte Kilimanjaro (5895 metros de altitude) permanece coberto de neve durante todo o ano enquanto o Saara é o maior e mais quente deserto da Terra. A África possui uma vegetação diversa, variando de savana, arbustos de deserto e uma variedade de vegetação crescente nas montanhas bem como nas florestas tropicais e tropófitas.

Como a natureza, os atuais 922 011 000 habitantes da África evoluíram um ambiente cultural cheio de contrastes e que possui várias dimensões. As pessoas através do continente possuem diferenças marcantes sob qualquer comparação: falam um vasto número de diferentes línguas, praticam diferentes religiões, vivem em uma variedade de tipos de habitações e se envolvem em um amplo leque de atividades econômicas.

Tribos e grupos étnicosVer também: Anexo:Lista de grupos étnicos da África

A África é o lar de inumeráveis tribos ou grupos étnicos , alguns dos quais representando populações muito grandes, consistindo de milhões de pessoas; outras são grupos menores, de poucos milhares. Alguns países possuem mais de 70 diferentes grupos étnicos. Todas estas tribos e grupos possuem culturas que são diferentes, mas representam o mosaico da diversidade cultural africana.

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http://www.brasilescola.com/cultura/cultura-africana.htm

A África é um continente de grande diversidade cultural que se vê fortemente ligada à cultura brasileira. Os africanos prezam muito a moral e acreditam até que esta é bem semelhante à religião. Acreditam também que o homem precisa respeitar a natureza, a vida e os outros homens para que não sejam punidos pelos espíritos com secas, enchentes, doenças, pestes, morte etc. Não utilizavam textos e nem imagens para se basearem, mas fazem seus ritos a partir do conhecimento repassado através de gerações antigas.

Seus ritos são realizados em locais determinados com orações comunitárias, danças e cantos que podem ser divididos em: momentos importantes da vida, integração dos seres vivos e para a passagem da vida para a morte.

Sua influência na formação do povo brasileiro é vista até os dias atuais. Apesar do primeiro contato africano com os brasileiros não ter sido satisfatório, esses transmitiram vários costumes como:

- A capoeira, que foi criada logo após a chegada ao Brasil na época da escravização como luta defensiva, já que não tinham acesso a armas de fogo;

- O candomblé, que também marca sua presença no Brasil, principalmente no território baiano onde os escravos antigamente eram desembarcados;

- A culinária recebeu grandes novidades africanas, como o leite de coco, óleo de palmeira, azeite de dendê.

AFRICA DIVIDIDA E OS CAMINHOS DA ECONOMIA

http://www.infoescola.com/geografia/africa/

Considerada o berço da humanidade – teses indicam que a espécie homo tenha surgido no continente africano há 1,8 milhões de anos (Homo rudolfensis) – a África em sua história recente vive inúmeros conflitos políticos e uma grave crise social e econômica.

O continente africano possui uma das maiores diversidades culturais do planeta. Na chamada África Branca, ao norte, predominam os povos caucasóides e semitas e na chamada África Negra, ao sul do Deserto do Saara, encontram-se os povos pigmeus, bosquímanos, hotentotes, sudaneses e os bantos. Esta diversidade por sua vez, se reflete nas mais de mil línguas diferentes que existem no continente africano, sem contar os inúmeros dialetos. Em algumas regiões inclusive, fala-se o português com algumas influências locais, como Moçambique e Angola.

O terceiro maior continente da terra, situado entre os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, possui baixa densidade demográfica como conseqüência das características de seu território. Com uma extensão de cerca de 30 milhões de km² e mais de 800

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milhões de habitantes em 54 países, a África é freqüentemente dividida em cinco regiões de acordo com características geográficas e demográficas: a África Oriental, África Ocidental, África Setentrional, África Central e África Meridional.

Foto de satélite do continente Africano

Ao norte o continente é delimitado pelo Mar Mediterrâneo, na costa ocidental encontra-se o Oceano Atlântico, na costa oriental o Oceano Índico e o Istmo de Suez que a liga com a Ásia e, ao sul com os Oceanos Atlântico e Índico sendo cercada pelas ilhas de Madagascar, Reunião, Maurício, Cabo Verde, Seychelles, Canárias e Madeira.

Em torno de 20 países do continente africano a população sofre de subnutrição crônica. Com um PIB (Produto Interno Bruto) de 1% do total mundial, é na África Subsaariana onde se encontram os países considerados os mais pobres do mundo e os maiores índices de desnutrição e propagação de epidemias. Característica que se ameniza em regiões como a África do Sul e ao norte na Líbia, Argélia e Nigéria. O que acentua ainda mais as discrepâncias do continente.

O clima é equatorial ou tropical na maior parte do país, exceto no extremo norte e extremo sul onde é temperado. O deserto do Saara, ao norte, é uma das regiões mais áridas do planeta e ocupa um terço do território africano. Em contraste, na bacia do Rio Nilo (o maior do mundo, em extensão) se encontram as regiões mais férteis do planeta, onde surgiu a civilização egípcia (Egito Antigo). O Kilimanjaro é o ponto mais alto da África com 5.895m.

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Países Africanos

A vegetação africana constitui-se basicamente de savanas e florestas equatoriais onde se encontra uma grande variedade faunística. Nas savanas encontram-se os leões, girafas, leopardos e hienas, entre outros animais. E nas florestas equatoriais encontram-se principalmente símios, aves, anfíbios e répteis. A principal ameaça para esses ecossistemas já foi a caça predatória praticada pelos colonizadores, principalmente nas savanas. Mas, atualmente o maior problema encontrado é o processo de desertificação provocado pelo desmatamento nas florestas equatoriais. Nas savanas esse processo é ainda mais grave por causa das condições climáticas propícias ao processo de desertificação, como baixa densidade pluviométrica e solo frágil.

http://www.infoescola.com/historia/partilha-da-africa/

A divisão do continente africano teve seu início na segunda parte do século XIX. Porém, foi um pouco depois, na Conferência de Berlim (1884 – 1885) que a delimitação das fronteiras da África atingiu seu ponto máximo. Nesta conferência foram decididas normas a serem obedecidas pelas potências colonizadoras. Apesar do intuito inicial da reunião ter sido o de acertar os limites de interesse econômicos destes países na região, não foi possível alcançar um equilíbrio entre as ambições imperialistas de cada nação. A partilha da África foi decidida por Rússia, EUA e 14 países da Europa.

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Líder do imperialismo na época, a Inglaterra dominou o norte do Mar Mediterrâneo  até o extremo Sul do continente africano, região onde se encontrava o Cabo da Boa Esperança. Um importante nome britânico neste processo foi o de Benjamin Disraeli, que conseguiu tomar o Canal de Suez do completo domínio francês e egípcio. Este canal encurtava a distância entre os centros da indústria européia e as áreas de colonização da Ásia, além disso, ligava o mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Disraeli adquiriu ações do governo egípcio, fazendo com que o canal de Suez e todo Egito tivessem dupla administração: inglesa e francesa. Já em 1904, o governo inglês apoiou a França na conquista do Marrocos, tendo como moeda de troca o abandono dos franceses das terras egípcias. Por fim, em 1885, a Inglaterra ainda anexou o Sudão, país ao Sul do Egito.

A França, apesar de ter perdido o Egito para os britânicos, dominava Argélia, Tunísia, ilha de Madagascar, Somália Francesa, Marrocos e Sudão (depois dominado pela Inglaterra) desde 1830.

Guerras

Com a constante presença dos europeus no continente africano, desencadearam-se diversas disputas colonialistas. Uma delas foi a Guerra dos Bôeres(1899-1902). A Inglaterra, que dominava há muito tempo a Colônia do Cabo (África do Sul), entrou em conflito com os bôeres – colonos holandeses que dominavam Orange e Transvaal. A descoberta de ouro e diamantes na região e Joanesburgo, área dos bôeres, foi o que atraiu o interesse britânico. A Guerra dos Bôeres estourou em 1899 e foi até 1902. A Inglaterra saiu vitoriosa e anexou o território de Orange e Transvaal às suas colônias.

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Outros países

A Alemanha dominava a região que atualmente é conhecida como República dos Camarões, Togo, sudeste e oriente da África. Já a Itália deteve o litoral da Líbia, Somália e Eritréia. A Bélgica ficou com o Congo.

Consequências

Esta divisão, feita de acordo com os interesses coloniais, criou conflitos na sociedade africana, problemas étnicos, econômicos e políticos. Nenhum regime político funcionou no continente. O socialismo não foi eficiente e os estados capitalistas tornaram-se tristes exemplos do mau funcionamento da economia liberal. A miséria que toma a população do continente tem origens na dívida externa que cresce a cada ano.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_da_%C3%81frica

A Economia da África consiste no comércio, na indústria, e nos recursos dos povos da África. A África é o continente mais pobre do mundo. Embora algumas partes do continente tenham conseguido ganhos significativos nos últimos anos, dos 175 países revistos no relatório humano de desenvolvimento de 2003 das Nações Unidas, 25 das 53 nações africanas foram classificadas como tendo o mais baixo nível de vida entre as nações do mundo. Isto é em parte devido a sua história turbulenta. Desde o século XX, com a descolonização da Africa, a corrupção e o descaso das autoridades contribuíram para empobrecer a economia da África.

Porém Algumas nações alcançaram relativa estabilidade política, como é o caso da África do Sul, que possui sozinha 1/5 do PIB de toda a África. O principal bloco econômico é o SADC, formado por 14 países. O atraso econômico e a ausência de uma sociedade de consumo em larga escala, colocam o mercado africano em segundo plano no mundo globalizado. O PIB total da África é de apenas 1% do PIB mundial e o continente participa de apenas 2% das transações comerciais que acontecem no mundo. Cerca de 260 dos 783 milhões de habitantes da África vivem com menos de 1 dólar ao dia, abaixo do nível da pobreza definido pelo Banco Mundial.

Ao contrário das economias da China e da Índia que cresceram rapidamente, também a América Latina experimentou um crescimento moderado, a África estagnou-se e regressou nos termos de comércio externo, de investimento, de renda per capita, e das outras medidas do crescimento econômico.1 A pobreza teve os efeitos difundidos, incluindo baixas na esperança de vida, violência, e instabilidade. Ao redor das décadas, houve muitas tentativas mal sucedidas de melhorar as economias de países africanos individualmente. Entretanto, dados recentes sugerem que algumas partes do continente estão crescendo rapidamente. O Banco Mundial relata que a economia de países africanos subsarianos cresceu nas taxas que combinam taxas globais. .2 3 As economias das nações africanas em crescimento rápido estão até acima das taxas médias globais. As nações superiores em 2007 incluem Mauritânia com crescimento em 19.8%, Angola com 17.6%, Sudão com 9.6%, Moçambique com 7.9% e Malawi com 7.8%.4

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A África é o continente mais pobre do mundo, onde estão quase dois terços dos portadores do vírus HIV do planeta, a continuidade dos conflitos armados, o avanço de epidemias e o agravamento da miséria põem em causa o seu desenvolvimento. Algumas nações alcançaram relativa estabilidade política, como é o caso da África do Sul, que possui sozinha um quinto do PIB de toda a África.

Distinguindo-se pelas elevadas taxas de natalidade e de mortalidade e pela baixa expectativa de vida e abrigando uma população jovem, a África caracteriza-se pelo subdesenvolvimento. Aparecendo ao mesmo tempo como causa e conseqüência desse panorama, os setores econômicos em que os países africanos apresentam algum destaque constituem herança do seu passado colonial: o extrativismo e a agricultura - setores em que são baixos os investimentos e o custo da mão-de-obra - cuja produção é destinada a abastecer o mercado externo.

A incipiente industrialização do continente, por sua vez, está restrita a alguns pontos do território. Iniciou-se tardiamente, após o processo de descolonização, motivo pelo qual as indústrias africanas levam grande desvantagem em relação ao setor industrial altamente desenvolvido de países do Primeiro Mundo, ou mesmo de países subdesenvolvidos, mas industrializados, como o Brasil.

A base econômica da África está na agricultura, na criação de gado e no extrativismo mineral. A indústria é pouco desenvolvida.

http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/Continentes/Africa/?pg=4

Economia da África

 

A África é o continente mais pobre do mundo. Cerca de 1/3 dos habitantes da África vivem com menos de 1 dólar ao dia, abaixo do nível da pobreza definido pelo Banco Mundial. O avanço de epidemias, o agravamento da miséria e os conflitos armados levam esta região a um verdadeiro caos. Além disso, quase 2/3 dos portadores do vírus HIV do planeta vivem neste continente. O atraso econômico e a ausência de uma sociedade de consumo em larga escala, colocam o mercado africano em segundo plano no mundo globalizado. O PIB total da África é de apenas 1% do PIB mundial e o continente participa de apenas 2% das transações comerciais que acontecem no mundo.

 

Em sua maioria, os africanos são tradicionalmente agricultores e pastores. A colonização européia aumentou a demanda externa de determinados produtos agrícolas e minerais. Para atendê-la, construíram-se sistemas de comunicação, introduziram-se cultivos e tecnologia europeus e desenvolveu-se um sistema de economia de intercâmbio comercial, que continua coexistindo com a economia de subsistência.

 

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Embora um quarto do território africano seja coberto por florestas, grande parte da madeira só tem valor como combustível. Gabão é o maior produtor de okoumé, um derivado da madeira usado na elaboração de compensado (madeira em chapa). Costa do Marfim, Libéria, Gana e Nigéria são os maiores exportadores de madeira de lei. A pesca marítima, que é muito difundida e voltada para o consumo local, adquire importância comercial no Marrocos, na Namíbia e na África do Sul. A mineração representa a maior receita dentre os produtos exportados. As indústrias de extração mineral são o setor mais desenvolvido em boa parte da economia africana. Além disso, Serra Leoa tem a maior reserva conhecida de titânio.

 

A nação mais industrializada do continente é a África do Sul, que alcançou relativa estabilidade política e desenvolvimento, possuindo sozinha 1/5 do PIB de toda a África. Porém, também já foram implantados notáveis centros industriais no Zimbábue, no Egito e na Argélia. O principal bloco econômico é o SADC, formado por 14 países, que se firma como o pólo mais promissor do continente.

AS TRADIÇÕES ORAIS AFRICANAS

http://centrodeartigos.com/sociedade/artigo-264.html

A tradição oral desempenhou um papel importante na história da África e é através deste meio de comunicação, em vez de através do modo escrito, que as histórias dos velhos tempos e da história do continente foi preservada. A tradição oral abrangeu histórias, canções e folclore que foram relatadas pelos membros mais velhos da sociedade para a nova geração, no final do dia, sentado ao redor de uma fogueira. Ou seria realizada para dar uma forma mais rica e mais expressiva de comunicação, bem como proporcionar diversão e entretenimento para todos os moradores. Um monte de formas culturais africanos e crenças foram transmitidas de geração em geração através da tradição oral.

O contador de histórias (griot) foi um artista em si mesmo como ele teve que fazer as histórias interessante e colorida para transmitir a mensagem e também para manter o interesse das pessoas que foram ouvi-lo. Os mitos e lendas que relatam como o mundo começou e o sentido da vida na Terra. Alguns dos contos que foram contadas foram feitos para ensinar uma lição para os ouvintes de impedi-los de cometer erros ou se comportando de uma maneira egoísta ou média, como alguns dos personagens dessas histórias fez.

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Canções populares eram animais expressivos e incluiu ou algum aspecto do património Africano natural em seu conteúdo. Isto pode ser visto na música Zulu Onde está a chuva? A canção é sobre uma girafa e um elefante que ir para uma caminhada e me pergunto quando vai chover. Eles descrevem em detalhes a terra seca à espera de ser regada e depois ouvir o trovão e eles olham para o céu E ouviu a águia negra exalam o seu grito, a chuva chegou, os rios fluirão, a estação seca é mais , agora a grama vai crescer! Esta canção um dá detalhes de todo o cenário Africano naquele ponto no tempo e é descritivo e informativo.

A música também desempenhou um papel importante na tradição oral africana e era tanto uma ferramenta educacional e expressivo na tradição oral. O tambor foi amplamente utilizada para passar mensagens para as pessoas da aldeia e também para as aldeias vizinhas. O baterista foi considerado muito importante porque foi a escolha de palavras ea maneira como ele compõe suas canções que transmitem a mensagem certa para quem ouve. O tambor ele iria usar era considerado quase sagrado. A frase falando tambores descreve adequadamente este método de comunicação. A dança também era parte integrante da vida Africano, uma forma de comunicar e realizar rituais cerimoniais.

Provérbios e adivinhas também foram usados para ensinar aos ouvintes sobre as qualidades boas e más em seres humanos e como julgar um bom caráter. Um provérbio Oeste Africano é assim Um olho grande não significa visão aguçada que adverte uma pessoa para não ser demasiado confiante de outro e não levar as coisas a sério. Outro diz Se você correr atrás de duas lebres você vai pegar nenhum. Isto, obviamente, ensina o ouvinte não ser ganancioso e de se contentar com o que você tem, não importa o quão pouco.

As tradições orais eram, portanto, uma parte rica da história Africano e até hoje alguns desses contos e histórias foram preservadas provando que a literatura oral pode ser passada através das gerações de forma tão eficaz como a palavra escrita pode.

MAIS SITES SABRE TRADIÇOES ORAIS AFRICANAS

http://discuthistoria.blogspot.com.br/2010/08/historia-oral-africana.html

http://afrologia.blogspot.com.br/2008/03/tradio-oral-e-sua-metodologia.htm

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