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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 1 O programa do Curso de Formação e Aperfeiçoamento de Expositores Espíritas é aqui apresentado em 3 sugestões: Básico ( sintético ), Intermediário ( com maior detalhamento de técnicas de oratória ) e Avançado ( focado nos exercícios e parte prática ). Além destes 3 níveis, temos sugestões de temas para um Programa de Aperfeiçoamento ( abordando fatores psicológicos e programáticos ). Como as realidades e necessidades das Regionais ( e Setoriais no caso da Capital de São Paulo ) são diferentes uma das outras é lógico que os temas apresentados são sugestivos para que os Dirigentes possam fazer uso de cada um como bem lhes convier. Assim, pode-se utilizar partes de todos os 4 níveis e planejar um Curso “misto”, sem nenhum prejuízo dos objetivos a serem atingidos. Porém, entendemos que no mínimo devamos ter os pontos do nível básico, já que são na quase totalidade explorados em grande parte dos Cursos em andamento. Este pequeno Manual tem a intenção de servir como guia. Os assuntos podem e devem ser aprofundados, bem como servem de base para os recursos audiovisuais, que ficam a cargo dos Dirigentes responsáveis pelos seus Cursos daqui por diante. O grande objetivo é fornecer os elementos conceituais mais importantes para que todos os cursos, independente de suas necessidades Regionais, possam ter a mesma linguagem, e o expositor da Aliança tenha sua orientação padronizada em todos os locais atingidos pela luz dos programas orientados pela Espiritualidade. Muita paz a todos, As sugestões e críticas serão sempre muito bem vindas, Equipe do Curso de Formação de Dirigentes de Curso de Expositores – Regional Capital – SP – RGA 2004 ( [email protected] ) FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 2 A P R E S E N T A Ç Ã O D O S P R O G R A M A S NÍVEL BÁSICO PÁG. OBJETIVOS DO EXPOSITOR 012 NOVA POSTURA 015 POSTURA E GESTICULAÇÃO 030 VOZ 038 ARTICULAÇÃO E EXERCÍCIOS 039 OLHAR 043 RITMO E ENTONAÇÃO 045 PREPARAÇÃO DO TEMA 047 REFERÊNCIAS PARA TEMAS 054 ESTRUTURA DA EXPOSIÇÃO 056 OBSTÁCULOS PERSONALIDADE 059 OBSTÁCULOS DECORRENTES DA LINGUAGEM 062 OBSTÁCULOS DECORRENTES DE VÍCIOS DE LINGUAGEM 063 DEFEITOS DE LINGUAGEM 064 EXERCÍCIOS PRÁTICOS ( 3 MINUTOS ) 069 DINÂMICAS DE GRUPO 071 MOCIDADE 089 PRELEÇÃO EVANGÉLICA - CONCEITO 096 DECÁLOGO DO EXPOSITOR 147 NÍVEL INTERMEDIÁRIO PÁG. PRÉ-QUESTIONÁRIO 007 COMUNICADOR 014 AUTODOMÍNIO 028 MOVIMENTAÇÃO 032 APARÊNCIA 033 PRESENÇA ELOQÜÊNTE 035 FLEXIBILIDADE 036 QUALIDADES LITERÁRIAS 037 MEMÓRIA 046 PRONÚNCIA 061 MEDO - CAUSAS / CONTROLE 066 RESPIRAÇÃO 068 DINAMIZAÇÃO DE AULAS 082 PRELEÇÃO - TÉCNICAS 101 VIDA PLENA 108 EAE - CONCEITO 116 ORIENTAÇÕES GERAIS 144

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORESREGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

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O programa do Curso de Formação e Aperfeiçoamento deExpositores Espíritas é aqui apresentado em 3 sugestões: Básico( sintético ), Intermediário ( com maior detalhamento de técnicasde oratória ) e Avançado ( focado nos exercícios e parte prática ).Além destes 3 níveis, temos sugestões de temas para umPrograma de Aperfeiçoamento ( abordando fatores psicológicos eprogramáticos ).

Como as realidades e necessidades das Regionais ( e Setoriaisno caso da Capital de São Paulo ) são diferentes uma das outrasé lógico que os temas apresentados são sugestivos para que osDirigentes possam fazer uso de cada um como bem lhes convier.

Assim, pode-se utilizar partes de todos os 4 níveis e planejar umCurso “misto”, sem nenhum prejuízo dos objetivos a serematingidos. Porém, entendemos que no mínimo devamos ter ospontos do nível básico, já que são na quase totalidade exploradosem grande parte dos Cursos em andamento.

Este pequeno Manual tem a intenção de servir como guia. Osassuntos podem e devem ser aprofundados, bem como servemde base para os recursos audiovisuais, que ficam a cargo dosDirigentes responsáveis pelos seus Cursos daqui por diante.

O grande objetivo é fornecer os elementos conceituais maisimportantes para que todos os cursos, independente de suasnecessidades Regionais, possam ter a mesma linguagem, e oexpositor da Aliança tenha sua orientação padronizada em todosos locais atingidos pela luz dos programas orientados pelaEspiritualidade.

Muita paz a todos,

As sugestões e críticas serão sempre muito bem vindas,

Equipe do Curso de Formação de Dirigentes de Curso deExpositores – Regional Capital – SP – RGA 2004

( [email protected] )

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORESREGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

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APRESENTAÇÃO

DOS

PROGRAMAS

NÍVEL BÁSICO PÁG.OBJETIVOS DO EXPOSITOR 012NOVA POSTURA 015POSTURA E GESTICULAÇÃO 030VOZ 038ARTICULAÇÃO E EXERCÍCIOS 039OLHAR 043RITMO E ENTONAÇÃO 045PREPARAÇÃO DO TEMA 047REFERÊNCIAS PARA TEMAS 054ESTRUTURA DA EXPOSIÇÃO 056OBSTÁCULOS PERSONALIDADE 059OBSTÁCULOS DECORRENTES DA LINGUAGEM 062OBSTÁCULOS DECORRENTES DE VÍCIOS DE LINGUAGEM 063DEFEITOS DE LINGUAGEM 064EXERCÍCIOS PRÁTICOS ( 3 MINUTOS ) 069DINÂMICAS DE GRUPO 071MOCIDADE 089PRELEÇÃO EVANGÉLICA - CONCEITO 096DECÁLOGO DO EXPOSITOR 147

NÍVEL INTERMEDIÁRIO PÁG.PRÉ-QUESTIONÁRIO 007COMUNICADOR 014AUTODOMÍNIO 028MOVIMENTAÇÃO 032APARÊNCIA 033PRESENÇA ELOQÜÊNTE 035FLEXIBILIDADE 036QUALIDADES LITERÁRIAS 037MEMÓRIA 046PRONÚNCIA 061MEDO - CAUSAS / CONTROLE 066RESPIRAÇÃO 068DINAMIZAÇÃO DE AULAS 082PRELEÇÃO - TÉCNICAS 101VIDA PLENA 108EAE - CONCEITO 116ORIENTAÇÕES GERAIS 144

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PROGRAMA AVANÇADO CAP.DISPOSIÇÃO MENTAL 013CACOETES 029HIDRATAÇÃO E SALIVAÇÃO 042CONGRUÊNCIA 044QUADRO DE IDÉIAS 050IMPROVISAÇÃO X PLANEJAMENTO 053COLA OU LEMBRETE 055MOTIVAÇÃO / ENTUSIASMO 084EXERCÍCIOS PRÁTICOS PRELEÇÃO ( 15 MINUTOS ) 105PREPARAÇÃO E ELEVAÇÃO SIMPLIFICADA 106ENCERRAMENTO E VIBRAÇÕES SIMPLIFICADAS 107PRECONCEITO 112CURSO BÁSICO 115EXERCÍCIOS PRÁTICOS EAE ( 45 MINUTOS ) 124ESTÁGIO ( COM EXPOSITORES ESPECIALIZADOS ) 127SESSÃO DOUTRINÁRIA 128QUESTIONÁRIOS PROGRAMÁTICOS 131TIPOS DE ALUNOS 135ATITUDES A SEREM EVITADAS 146

Programa Básico: Aplicar apenas os itens da primeira caixa.Programa Intermediário: Aplicar os itens das primeira e segundacaixas.Programa Avançado: Aplicar os itens das três caixas.

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PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO CAP.COMUNICAÇÃO 010NEUROLINGÜÍSTICA 011ATITUDES PRIMÁRIAS 027RETENÇÃO DO CONHECIMENTO / PROCESSOS DEAPRENDIZAGEM 058NÉS, TÁS, HUNS 060INIBIÇÃO 065DINÂMICAS LÚDICAS 083QUALIDADE NA APRESENTAÇAO 086PROCRASTINAÇÃO / QUERER 087LIDERANÇA 088PRELEÇÃO ASPECTOS ESPIRITUAIS / PSICOLÓGICOS 104CONCEITOS DE ALIANÇA 114PRECE DOS APRENDIZES 118O BOM SERVIDOR 119EAE - PROGRAMA 120ESCLARECIMENTOS SOBRE O PLANO DA EAE 122APADRINHAMENTO ( ACOMPANHAMENTO ) 126ESCOLA DE PAIS 129CURSO DE MÉDIUNS 130AMBIENTES DE LIDERANÇA 138COMPORTAMENTO DO EXPOSITOR 139JANELA DE JOHARI / ÁREAS DA PERSONALIDADE 141AS DEZ DICAS DO PERFEITO ORADOR 149

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POR

ORDEM

DE

CAPÍTULOS

ASSUNTO PÁG.QUESTIONÁRIO PRÉ 007COMUNICAÇÃO 010NEUROLINGÜÍSTICA 011OBJETIVOS DO EXPOSITOR 012DISPOSIÇÃO MENTAL 013COMUNICADOR 014NOVA POSTURA 015ATITUDES PRIMÁRIAS 027AUTODOMÍNIO 028CACOETES 029POSTURA E GESTICULAÇÃO 030MOVIMENTAÇÃO 032APARÊNCIA 033PRESENÇA ELOQÜÊNTE 035FLEXIBILIDADE 036QUALIDADES LITERÁRIAS 037VOZ 038ARTICULAÇÃO E EXERCÍCIOS 039HIDRATAÇÃO E SALIVAÇÃO 042OLHAR 043CONGRUÊNCIA 044RITMO E ENTONAÇÃO 045MEMÓRIA 046PREPARAÇÃO DO TEMA 047QUADRO DE IDÉIAS 050IMPROVISAÇÃO X PLANEJAMENTO 053REFERÊNCIAS PARA TEMAS 054COLA OU LEMBRETE 055ESTRUTURA DA EXPOSIÇÃO 056RETENÇÃO CONHECIMENTO / PROCESSOS APRENDIZAGEM 058OBSTÁCULOS PERSONALIDADE 059NÉS, TÁS, HUNS 060PRONÚNCIA 061OBSTÁCULOS DECORRENTES DA LINGUAGEM 062OBSTÁCULOS DECORRENTES DE VÍCIOS DE LINGUAGEM 063DEFEITOS DE LINGUAGEM 064INIBIÇÃO 065MEDO - CAUSAS / CONTROLE 066RESPIRAÇÃO 068

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EXERCÍCIOS PRÁTICOS ( 3 MINUTOS ) 069DINÂMICAS DE GRUPO 071DINAMIZAÇÃO DE AULAS 082DINÂMICAS LÚDICAS 083MOTIVAÇÃO / ENTUSIASMO 084QUALIDADE NA APRESENTAÇAO 086PROCRASTINAÇÃO / QUERER 087LIDERANÇA 088MOCIDADE 089PRELEÇÃO EVANGÉLICA - CONCEITO 096PRELEÇÃO - TÉCNICAS 101PRELEÇÃO ASPECTOS ESPIRITUAIS / PSICOLÓGICOS 104EXERCÍCIOS PRÁTICOS PRELEÇÃO ( 15 MINUTOS ) 105PREPARAÇÃO E ELEVAÇÃO SIMPLIFICADA 106ENCERRAMENTO E VIBRAÇÕES SIMPLIFICADAS 107VIDA PLENA 108PRECONCEITO 112CONCEITOS DE ALIANÇA 114CURSO BÁSICO 115EAE - CONCEITO 116PRECE DOS APRENDIZES 118O BOM SERVIDOR 119EAE - PROGRAMA 120ESCLARECIMENTOS SOBRE O PLANO DA EAE 122EXERCÍCIOS PRÁTICOS EAE ( 45 MINUTOS ) 124APADRINHAMENTO ( ACOMPANHAMENTO ) 126ESTÁGIO ( COM EXPOSITORES ESPECIALIZADOS ) 127SESSÃO DOUTRINÁRIA 128ESCOLA DE PAIS 129CURSO DE MÉDIUNS 130QUESTIONÁRIOS PROGRAMÁTICOS 131TIPOS DE ALUNOS 135AMBIENTES DE LIDERANÇA 138COMPORTAMENTO DO EXPOSITOR 139JANELA DE JOHARI / ÁREAS DA PERSONALIDADE 141ORIENTAÇÕES GERAIS 144ATITUDES A SEREM EVITADAS 146DECÁLOGO DO EXPOSITOR 147AS DEZ DICAS DO PERFEITO ORADOR 149

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

PRÉ-QUESTIONÁRIO DE PESQUISA ( A SER APLICADOANTES DO INÍCIO DAS AULAS )

Objetivo: Situar o aluno sobre a responsabilidade do expositordedicar-se à pesquisa e ao estudo dos assuntos mais diversos.Despertá-lo para a necessidade de procurar outros locais paraachar os livros que necessita para o trabalho. Selecionar os queestão realmente dispostos a estudar e conscientizar que nãosomos “sabe-tudo”. Normalmente dá-se 3 a 4 semanas ( semaulas ) para que a pesquisa seja feita

Exemplo de questionário:

Questionário a ser respondido de forma objetiva. O participantedeverá traze-lo respondido na 2a. aula do curso, sem o qual nãopoderá permanecer no mesmo.

1a. Parte – Livro de consulta: “Entendendo o Espiritismo – CursoBásico de Espiritismo” – Editora Aliança.

01) Quais foram as grandes revelações Divinas ?02) O que é tiptologia ( fatos ocorridos com as irmãs Fox )?03) Como nasceu a psicografia ?04) Qual(is) o(s) criador(es) do corpo da Doutrina Espírita ?05) Hippolyte Leon Denizard Rivail ao iniciar seu estudo ondematriculou-se ?06) Qual a primeira obra publicada por Hippolyte Leon DenizardRivail ?07) Quem auxiliou Kardec a rever o trabalho que resultou em “OLivro dos Espíritos” ?08) Quem foi a médium inconsciente que operava com a cestinhade bico em 1856 ?09) Que personagem espírita é considerado como o “Kardecbrasileiro” ?10) Meimei – pseudônimo conhecido no meio espírita, qual foi seuverdadeiro nome ?11) Quantas perguntas continha a primeira edição de “O Livro dosEspíritos” ?12) Qual a composição e data de publicação do PentateucoKardequiano ?13) Ao morrer o corpo físico, em que corpo o Espírito manifesta-se no plano espiritual ?14) A Doutrina Espírita tem três bases: Ciência, Filosofia eReligião. Alguma merece destaque ? Por quê ?15) Quando se inicia a união entre o espírito e o corpo físico ?

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16) Ação e Reação ou carma, ante as dificuldades sofremos, comisto nos redimimos ? Ou seja “pagamos nossos débitos” ? Porquê ?17) Qual o tema mais importante contido no Evangelho de Jesus?

2a. Parte: Livro de consulta: “O Redentor” – Editora Aliança

18) Qual o fato moral que deve ser ressaltado nos seguintestextos:

18.1) Cap. 19 “Volta a Jerusalém”18.2) Cap. 24 “A morte de João Batista”18.3) Cap. 29 “Maria de Magdala”18.4) Cap. 33 “A cena do Tabor”

19) Simão Pedro falhou no momento decisivo da vida de Jesus ?Por quê ?20) Qual o motivo da ressurreição de Jesus ?

3a. Parte: Livro de consulta: “Iniciação Espírita” – Editora Aliança

21) Escolha uma passagem do Sermão da Montanha, descreva oaspecto moral do texto

4a. Parte: Livro de consulta: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”

22) Escolha dois temas abaixo, destaque os pontos principais.Seja breve e objetivo:

1. Cap. V Item 4 e 5 – Causas atuais das aflições2. Cap. VII Item 13 – Missão do homem inteligente na

Terra3. Cap. IX Item 06 – A paciência4. Cap. X Item 10 – O argueiro e a trave no olho5. Cap. XII Item 07 – Se alguém te ferir na face direita6. Cap. XVI Item 14 – Desprendimento dos bens

terrenos7. Cap. XX Item 04 – Missão dos espíritas

5a. Parte: Livro de consulta: “O Livro dos Espíritos”

23) Escolher duas perguntas, colocar sua interpretação de formabreve e objetiva

6a. Parte: Pesquisar um capítulo de cada livro abaixo relacionado,resumir o capítulo escolhido, ressaltando os aspectos morais e aimportância do mesmo:

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24) Livro: “Fonte Viva” de Emmanuel, no máximo em 5 linhas.25) Livro: “Bem aventurados os Simples” de Waldo Vieira, nomáximo em 10 linhas26) Livro: “Jesus no Lar” de Francisco Cândido Xavier, no máximoem 15 linhas

7a. Parte:

27) Pesquisar o Cap. XIV “A Lição de Nicodemos” do livro BoaNova de Francisco Cândido Xavier, resumir ressaltando aspectosmorais e a importância do mesmo, no máximo em 20 linhas

8a. Parte: Esboce o seu parecer sobre as questões abaixo:

28) Normalmente a assistência espiritual é a porta de entrada daCasa Espírita. A Preleção Evangélica ocorre antes do tratamentoespiritual. Qual a importância e responsabilidade do preletor ?29) A Preleção Evangélica é um tratamento espiritual ? Por quê ?30) Na Preleção Evangélica podemos: Falar de Reforma Íntima ?Pedirmos a participação dos assistidos ? Por quê ?31) Qual a abordagem mais importante a ser feita numa PreleçãoEvangélica ?32 ) O dirigente da EAE é responsável pela condução da turma,qual a participação do expositor neste processo ?33) Quais expositores se sobressaíram na sua EAE ou Curso deMédiuns ? O que lhe chamou a atenção ?34) Analisar a sua responsabilidade de estar comprometido com apalavra para levar a mensagem de Jesus, muita dedicação edesprendimento é exigido ao assumir tal tarefa.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

CONCEITO DE COMUNICAÇÃO

Comunicação vem do Latim ( comunicare ) que significa tornarcomum, partilhar, trocar opiniões, conferenciar.

É elemento fundamental no relacionamento, na socialização e naconvivência em grupos de qualquer espécie.

Os elementos do processo comunicativo são:

Emissor: É a fonte da comunicação, indivíduo que toma ainiciativa, que envia a mensagem.

Mensagem: Conteúdo da comunicação, pode ser falado, escrito,desenhado, etc., dependendo do canal de comunicação.

Receptor: Aquele que recebe a mensagem e a interpreta.

Canal de comunicação: Meio pela qual a mensagem é transmitida( escrita ou falada ).

Ruídos: Interferências no processo de comunicação ( emqualquer elemento do processo ), exemplos:– No emissor: Gagueira, atitude imprópria, desconhecimento,

etc.– Na mensagem: Falta de dados, de clareza, de objetividade,

etc.– No receptor: Surdez, falta de atenção, leitura deficiente,etc.– No canal: barulhos, defeitos em aparelhos, erros gráficos,

etc.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

NEUROLINGÜISTICA

Os canais de comunicação dos seres são:

– Visual: Percepção do mundo pelo que se vê.– Auditivo: Percepção do mundo pelo que se ouve.– Cinestésico: Percepção do mundo pelo que se sente

Em todo o nível de comunicação os três canais se fazempresentes. A aula deve estar preparada para ser “ouvida’, “vista” e“sentida”, pois só assim a comunicação se estabeleceráplenamente. Independentemente deste aspecto específico temosa realidade de que em média só retemos 20% do que ouvimos,30% do que vemos e 50% do que sentimos.

Para que se efetue a boa comunicação é necessária a sintonia (rapport ), algo em comum que alimente e sustente esta relação (no caso da EAE é o programa ). Em nosso caso o rapport seestabelecerá com o domínio que temos do programa e dosobjetivos de cada aula.

Um exemplo perfeito do rapport é o da dança de casal, poisquando se dança bem não se sabe quem está conduzindo ouquem é conduzido, as ações são comandadas em conjunto, poisos dois se movimentam ao sabor do mesmo ritmo e harmonia.

Espelhamento ( fisiologia empática ): Devemos ser simpáticos eaceitos pela turma, e para isto alguns aspectos são importantes:Aparência, identificação, postura, gestos e voz.

Motivação: Os atos humanos de cunho elevado e moral sãomotivados para que se evite a dor e se busque o prazer. Nossacomunicação deve ocorrer no sentido de auxiliar os alunos abuscarem o prazer e não só fugir da dor.

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NÍVEL

BÁSICO

OBJETIVOS DO EXPOSITOR

Esclarecer: Revelando o Evangelho pela Doutrina Espírita

Conscientizar: Da moral Cristã pelos exemplos de Jesus

Consolar: Transmitindo ânimo, fé, esperança, otimismo eentusiasmo

Focar a reforma íntima do aluno ( em caso de aulas de EAE )

“Mil conceitos teóricos de nada valem se não forem aplicadoscorretamente. Ensinar é aprender duas vezes” ( Vera Perez )

“O que vos digo aos ouvidos, proclamai-o sobre os telhados” (Jesus )

O expositor é um trabalhador diferente. É um discípulo de Jesuscomo os demais trabalhadores, é um divulgador da Doutrinacomo os demais, porém seu trabalho é equiparado ao de Pedro,João e Tiago quando por ocasião da eleição dos Diáconos, suavisão deve ser a de Paulo que compreendeu desde cedo que ailuminação da mente faz adeptos comprometidos com amensagem renovadora e não somente o consolo ou a esperança.

Ele realiza o “efeito multiplicador” propagando a Doutrina no queela tem de melhor.

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NÍVEL

AVANÇADO

DISPOSIÇÃO MENTAL

O expositor deve ter em si que a tarefa é agradável, gratificante.

Alimentar amor por ela e estar sempre motivado a exerce-la,independentemente das dificuldades do dia-a-dia. No inícioexistirá uma dificuldade natural que diminuirá com o treino, issose dará em forma de receio, de dúvida ( Será que estou à alturada tarefa ? Será que tenho bagagem literária para isso ? Como opúblico vai reagir à apresentação ? E se alguém perguntar algoque não sei ? Etc. ).

Deve-se começar a conversar muito com amigos de jornada,permitindo-se acrescer pontos de vista diversos e enriquecer osconhecimentos.

A disposição mental baseia-se em construir no nosso íntimo anecessidade de falar, mas não apenas da boca para fora, e simtransmitir o que se vivencia, em toda a plenitude dasexperiências, com todos os sentimentos que nos são gerados.

Devemos aproveitar todas as oportunidades que nos sãocolocadas às mãos. Quanto maior a prática, maior será oaprendizado e conseqüentemente os fatores que permitirãosegurança e harmonia nas apresentações.

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

O COMUNICADOR

O comunicador é o divulgador dos seus postulados, masdevemos lembrar que na tarefa Evangélica estes estão além danossa percepção de mundo e da vida, são postulados Cristãosnorteados pelo Evangelho de Jesus.

Com o decorrer das décadas houve uma progressão nas técnicase conceitos de exposição ( ainda que hoje algumas sãonecessárias de ser praticadas em segmentos específicos ),principalmente no que tange à atividade espírita.

Na década de 1950 tínhamos predominantemente a figura doorador, o poeta da exposição, que emocionava as massas.

Em meados da década 60 a linhagem do orador migrou para a depalestrador, que fazia a fusão entre o professor ( exposições tipoaula clássica ) e o orador. As informações ainda chegavam deforma meio “autoritárias” ao público ( era utilizado o palco aseparar o público do palestrante ).

Nos anos 80 os expositores receberam bastante informaçãoacadêmica mas sofriam de pouca experiência no campo vivencial,que os tornavam técnicos de aulas na sua maioria.

Chegam os anos 90 e com eles a valorização do ser comoelemento de um processo contínuo de aprendizado, dahorizontalização das diferenças e a necessidade do crescimentoconjunto. Com isso o expositor passa a ser simplesmente umfacilitador, participante de um processo de aprendizado coletivo,orientador de diretrizes e focado na liberdade de expressão,valorizando os sentimentos e experiências. Esta é a tarefa doexpositor moderno.

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NÍVEL

BÁSICO

TÉCNICAS DE NOVA POSTURA

No dia 25 de Setembro de 1988 no CEAE Genebra, em SãoPaulo, realizou-se o Encontro de Expositores de Escolas deAprendizes da Aliança, com a participação de 50 companheirosde 18 Grupos Integrados. Após mais de uma hora de troca deidéias, de forma livre, entre todos os presentes, o companheiroJacques André Conchón, Diretor Geral da Aliança fez proveitosascolocações que podem resumir-se na seguinte postura: Opotencial de crescimento, numa Escola de Aprendizes, está nogrupo, do qual o expositor faz parte.

Jacques Conchón começou historiando a evolução da “pregação”espírita, a partir da época dos grandes oradores que assomavama tribuna para emocionar as massas, na década de 50. Taisoradores, de grande valor na época utilizavam um esquemaexortativo em sua palestra e colocavam-se como “indicadores docaminho”.

Por volta de 1960, o orador transforma-se em “expositor”. Adoutrina é muito clara só precisa ser exposta. Exposição quedeve ser coerente, de maneira a motivar o ouvinte a iniciar umprocesso de modificação de si mesmo. Contudo, esse esquemaera ainda “autoritário”: O Expositor ficava alguns degraus acimados ouvintes, não se igualava a eles para aprender junto.

Confessando que ele mesmo mudou, e continua mudando suapostura com relação ao outro, Jacques ilustrou essa suamudança dizendo, que há 15 anos, quando a Aliança começava,ele dava muito valor às técnicas de exposição. “Utilizávamosrecursos audiovisuais até bastante sofisticados para a época,para jogar sobre a classe uma quantidade de informações”.

Quando encerrávamos a aula, o ambiente estava frio, a classehavia apenas assistido e não participado. Estávamos distantes doaluno, só havíamos transmitido informações e não vivências.”

Hoje temos muito claro que o expositor ( aliás, este nome deveser mudado, porque traz conotação autoritária ) deve motivar aparticipação plena do grupo, não importa o tamanho da classe.

Há tendência de dar-se ao luxo de dormir em classe casoconsidere que o expositor não está se saindo bem. Tal tendênciatem de ser modificada, com a participação do expositor e doDirigente da turma.

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“Precisamos mudar a tendência de pôr o expositor num lugar enenhuma responsabilidade dar-se à turma. Na Escola de

Aprendizes as aulas não são acadêmicas. A Escola traz, paratodos, uma proposta de crescimento, renovação de sentimentos eexpansão do coração. O expositor deve ficar junto com os alunos,colocando o tema da aula para discussão em grupo, paraafloramento de vivências pessoais de cada turma. Não é oexpositor, isoladamente, que deve preparar-se; é a turma quedeve esforçar-se por elevar-se, tendo o expositor como um deseus membros.”

Nessa altura, Jacques fala do “Curso de Expositores” da Aliança,que deve ser reformulado. É um curso que prepara “autoridades”em exposição, não companheiros que se misturam na classe,para crescer junto com ela.” No curso, dizíamos que a exposiçãotem começo, meio e fim, e que no encerramento poderíamos atédecorar um fecho. Isto está superado; o fecho quem deve dar ( sequiser ) é a turma como um todo. A aula não precisa serconclusiva, ela deve ser motivadora. Cada aluno deve sentir-separticipante, importante. Precisamos reverter a tendência de darmuito valor ao expositor com relação ao grupo. O expositorcaminha e aprende com o grupo; é um igual em busca decrescimento.

“Temos ouvido muita gente falar que estão faltando líderes noespiritismo”, disse Jacques. “Os líderes carismáticos são dopassado, e tiveram seu extraordinário valor. Hoje, todos sãolíderes. O aluno é um líder, principalmente se motivadoadequadamente pelo dirigente e pelo expositor. É um líder libertode imposições, em busca de seus próprios caminhos decrescimento. Como expositores, no mesmo nível da classe, temosde estimular esse crescimento sem dependências.”

Anteriormente, a postura do orador clássico iniciava com adisposição das cadeiras como a escola acadêmica ou enfileiradae o orador expondo a matéria. O orador, envolvia a platéia, erainformativo aos mais preparados, como se fosse o indicador docaminho; aos demais em tom de mero discurso, com umaexposição quase que acadêmica, onde não havia nenhumaparticipação, as pessoas acompanhavam apenas com o seusentimento e olhar, mas não falavam, eram simplesmenteouvintes. Não havia o relato de vivências e sentimentos, enfim atécnica de um orador.

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Ao findar a palestra alguns ouvintes indagados do que se tratourelatavam: ‘Exatamente sobre o que ele falou... Não entendi muitobem, mas como o Sr. Fulano de tal fala bonito ! Benza Deus!”.

Os seminários e palestras têm essa técnica expositiva, como a dogrande orador Divaldo Pereira Franco, médium inspirado. Eleexpôe o tema, não há participação, ele conduz a exposição damatéria, para que as pessoas entendam.

Como já foi relatado, em Setembro de 1988, no encontro Geraldos Expositores da Aliança; em consenso adotou-se como regraa nova postura de exposição de aulas.

A Aliança torna as escolas de Aprendizes do Evangelho um cursoque não é totalmente informativo, doutrinário; mas visa acima detudo uma proposta de crescimento interior, renovação desentimentos, com os instrumentos que o programa da escolaoferece, uma proposta de trabalho de preparar o aluno deconduzido para condutor de suas ações, como Cristão, a ter umaparticipação mais consciente na sociedade.

Neste contexto, o expositor tem participação e responsabilidademuito grande, pois, devemos levar o aluno a refletir econscientizar-se, pois metade ou mais do tempo da aula do cursoé do expositor.

O expositor tem de ter dinamismo, entusiasmo e conduzir a aulade forma participativa envolvendo os alunos, conduzindo-os areflexão, exposição de seus sentimentos e vivência durante asaulas.

Para tanto, a própria disposição física mudou. Formam-secírculos e aplica-se também da dinâmica de grupo, onde oexpositor passa a ser mais um participante, nesse processointerativo.

Ainda observamos expositores com aulas totalmente expositivas;falar dia, mês e ano que nasceu, exigindo conhecimento do aluno,dando poucas oportunidades dos alunos refletirem e participarem.Falar muito é cômodo e acomoda o aluno que só ouve e nãoparticipa; desta forma o aluno caminha o curso inteiro sem muitaresponsabilidade, só recebe a informação.

Há os expositores inflamados, com muito conteúdo na aula, maspecam por não dar abertura para a participação de alunos.

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Há, ainda, os que abrem tímida participação, não sabe se éabertura para os alunos participarem ou reflexão rápida paracontinuar o assunto. Muitas vezes o aluno ainda está ordenandoas idéias, ou fica na indecisão de falar, e o expositor já sente faltade participação e continua o assunto.

Qual pergunta é boa ? Exemplo ruim: Que vocês acham dareencarnação ou do racismo ?

A chamada nova postura, é nova entre “aspas”, é técnica antiga.Há anos atrás houve alterações, as mudanças e oaperfeiçoamento de técnicas foi chamado de “nova postura”, masé bem antiga.

Abrindo a participação a aula deslancha melhor. Não se exigindoconhecimento prévio maior e sim através de opiniões ouvivências.

Quando perguntamos o que vocês acham, pensam ou sentemnão há resposta certa.

Aula interessante é a que abre oportunidade para o aluno exporsua experiência e seu sentimento.

Há casos de turmas onde a participação é bastante restrita,conclui-se:

– Dirigente fala muito, conclama tudo.– Dirigente que deixa tudo por iniciativa dos alunos.– Alunos acanhados, diante da presença estranha do

expositor.– Alunos que não são estimulados à leitura da apostila.

Como a quantia de aulas da Escola de Aprendizes somadas àsdo Curso Básico são em maior número, é mais voltado a elas oCurso de Expositores, mas também estão os alunos preparadospara exporem no Curso de Médiuns, Mocidade Espírita, PreleçãoEvangélica, Sessão Doutrinária e Escola de Pais. Estamos sendohabilitados a trabalhar as mais diversas técnicas para a atividadeescolhida.

Divaldo Pereira Franco é maravilhoso em qualquer técnica; éincomum, ponto fora da curva, não pretendemos equipara-nos aele, além do que seu conhecimento é fantástico. O grandeexpositor é raro; cremos que o tempo deles passou, nãoaparecem mais. Hoje há expositores normais, trabalho de

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formiguinha de cada um de nós, levedar a massa na EAE fazendoo todo crescer. Difícil um grande expositor fazer o trabalho deuma só vez. Temos vários tipos de exposição: Desde a nãoparticipação da oratória, até o outro extremo da Vida Plena comparticipação total do aluno. Qual a melhor? Depende de umasérie de fatores, além do expositor há o tema, tem matéria queexige exposição.

Temos oportunidades de ver várias técnicas de exposição. Achamada técnica de oratória, é bastante expositiva. Grandesoradores a utilizam. O orador fala a quem ouve, a platéiaacompanha com seu sentimento e olhar, sem participar, não fala.

Divaldo é um grande expositor que usa esta técnica; expõe otema sem participação, perguntas, nem os cinco minutos,simplesmente expõe a matéria; conduz o tema para as pessoasentenderem, mas não existe a participação do ouvinte.

Utilizamos esta técnica nas preleções no Centro. Expomos amatéria sem dar abertura a perguntas. Conduzimos o assuntopara tocar o sentimento, colocar princípios de lógica e raciocíniona pessoa; mas sem participação. O assistido não pergunta, nãoopina, nem diz o que sente a respeito; só acompanha o exposto.

Esta é a técnica que no Curso de Expositores aprendemos,fazemos exercícios, ficamos em pé, treinamos, isso porque esta éuma técnica ainda hoje utilizada. Às vezes há necessidade defazermos a exposição em pé como no caso específico dapreleção. A preleção deve ser expositiva.

Curso de Médiuns: É expositivo por ter carga de informações queprecisam ser passadas e, muitas vezes, não aberta a discussões,há tempo no fim para perguntas. No Curso de Médiuns há umagrande carga informativa, com pequena participação dos alunos eestilo diferente de participação dos mesmos; não deve ocorrer aseguinte situação - “O que vocês sentem a respeito desteassunto?”.

Mocidade Espírita: São aulas mais descontraídas, com dinâmicaspara o jovem poder interagir da forma como que age e pensa.

Exemplo: Aula sobre Eurípides Barsanulfo: “Quando ele nasceu ?Q que ele fez ? Quais são os livros que escreveu ? Qual o nomeda escola que ele fundou ? – Vamos lá pessoal... participem”.

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Esta seria uma técnica errada. A matéria em si não permiteparticipação que exija conhecimento prévio, tem que serexpositiva. O mérito do expositor está em saber os pontos chavese importantes que o aluno precisa receber a informação, entra nomérito a sensibilidade do expositor.

”Batuíra, nasceu em... que fez, escreveu e qual escola fundou?” –Evidentemente a resposta a estas perguntas será o silêncio, aturma não participa, pois o tema não permite, exige conhecimentoprévio.

Aulas assim são expositivas. O tema é ponto importante. Temmatéria que permite participação, mesmo assim há pontos chave,importantíssimos que precisamos informar, para o aluno tirarconclusões, analisar e comparar seu comportamento e forma depensar, ele precisa primeiro de informações. Está ai a habilidadedo expositor em captar os pontos chave que alunos não podemdeixar de saber.

A participação não se pode exigir conhecimento, podemosaquecer o assunto dizendo o que você acha, sente; chegaríamosao ápice buscando fazer que os alunos coloquem seu sentimento,expondo vivências em relação ao assunto.

Passar as informações que acalmem a ansiedade das pessoas.

Em temas como da reencarnação: não existe forma de discutir areencarnação como princípio moral, é um fato e ponto, devemosdiscutir não os fatos, mas sim as conseqüências.

Em 30 minutos da aula, na parte expositiva, levamos informaçõesque somam ao conhecimento das pessoas, para resolver dúvidasde suas questões, explicar como algo ocorre. Ao lermos um livro,absorvemos informações; como trabalhar tais informações? Éalgo pessoal, de cada um. Para refletir um aspecto, precisamosde muita informação. Ler o Livro dos Espíritos é importante, eletem grande quantidade de informações e, em aula, temos depassar informações e a posterior buscar os aspectos morais pararefletir, pensar, assim o aluno cresce efetivamente.

Na EAE sobre vários aspectos morais, abre-se a participação. Emaula histórica há tópicos morais a serem destacados. Assimtemos que estudar com antecedência tais tópicos para podermosdestaca-los, em aula que parece ser muito informativa. Exemplo:“A Criação” aparentemente não há tópico moral, porémanalisemos: - O comportamento cotidiano – submissão do homem

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a Deus – As leis que regem a criação. Nestes aspectos moraisabrimos a participação.

A EAE é no fundo reflexão de aspectos morais, a história sóilustra, serve para destacar o aspecto moral que está contido. Oselementos morais que trazemos a tona, são o objeto da analisede como a gente age e sente ante eles.

Expomos o conceito e abrimos o campo a vivência, ai depende daturma. Mas informações fundamentais e pontos básicos forampassados. Se a aula não progredir em conversa, um básico, ummínimo foi passado. Assim as aulas têm sua parte expositiva,onde faremos a introdução, a abertura do assunto, e apósabrimos a participação.

Depende também do andamento da EAE, seu nível, 1º ou 2º ano,no início a EAE precisa ser mais expositiva, à medida quecaminha diminuímos a exposição da aula. Colocamos os pontosbásicos e abrimos a participação. As aulas iniciais da Apostila sãomais expositivas. A partir do Redentor, buscamos o fundo moral,o aluno passa a colocar suas vivências e sentimentos.

Existe uma técnica em que há pequena participação dos ouvintes:digamos uma Técnica Semi-Expositiva usada por expositores emaulas da EAE e Curso de Médiuns, onde há uma cargainformativa que tem de ser transmitida e um pequeno tempo parao ouvinte participar da aula. O tempo maior é do expositor queestudou o tema, faz longa exposição e no fim dá um tempo paraesclarecer dúvidas; ao colocar suas dúvidas e opiniões os alunostêm uma pequena participação.

No caminho da participação do aluno, podemos utilizar técnicasde Dinâmica de Grupo, onde há muita participação e passamos amatéria aos alunos. Conduzimos a aula de forma a existir umaparticipação mais intensa; o expositor começa a ficar em segundoplano ou no mesmo plano dos alunos. Nesta técnica existegrande participação do aluno.

Caminhamos para uma técnica, não de dinâmica, mas ondepermitimos a participação mais intensa do aluno; começamos acolocar o tema e conforme vamos abrindo o assunto, permitimosao ouvinte colocar o que pensa, sente, suas experiências, comoage ante os fatos. A aula no início é expositiva, quandointroduzimos o assunto, depois abrimos a participação da turma.Esta é a aula participativa.

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Aula participativa na EAE, não se consegue sem abertura para oaluno expor suas experiências, o que sente e pensa. Toda aulatem de ter abertura, mas há pontos básicos fundamentais damatéria que devemos passar, não podemos deixar de passar, oupermeamos no meio da matéria ou falamos tudo de uma vez noinício, escolhemos a forma.

Importante é como abrir a participação. Hoje, aula não conduzidapara a participação está fadada ao fracasso. Todo expositor devesaber conduzir uma aula participativa. Há os que caem no erro docaso de “Batuíra” (data do nascimento). O problema, no caso, nãoé o aluno, mas o expositor ao exigir conhecimento do aluno.

Sempre que exigirmos conhecimento do aluno, seremos mauexpositor ao usar a técnica de forma errada. Exemplo de uma boapergunta: “O que vocês acham ou pensam sobre...reencarnação... racismo?”.

Exemplo com a aula da EAE de nº 50 “Preconceitos”:

– Qual a opinião sobre preconceito. Que acham? Já sentirampreconceito sobre uma religião?

Preconceito: Prática de idéia imposta ou pré-concebida, semanálise, sem parar para pensar com profundidade, recebemos epraticamos. Ex.: Na família que possui preconceito racial,religioso e de comportamento sexual, recebemos algo pré-concebido, dogmático e não pensávamos; ao começarmos apensar, percebemos onde temos preconceito ?

Preconceito é feio ? Não, ele deve ser encarado comodescoberta, pois, o preconceituoso ainda não descobriu que o é,desta forma nega.

Fato hipotético: A mãe do meu marido é Judia, como Judia, aome conhecer só falava comigo através do meu marido: “Vocêarrumou uma Turca ?”. Não sou Síria, mas possuo traços Árabes,enfrentei isso, não é coisa ruim, eu respeito. Temos de encarar,às vezes o preconceito não é descoberto, a pessoa não tem aextensão do ato nocivo.

Preconceito homossexual: O homem é condicionado a ter atitudede macho. Aparece alguém com jeito feminino, acabamarginalizado do grupo. É diferente teorizar de comoencararíamos o problema conosco. Preconceito se adquire sem

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saber o que é certo ou errado. O contato pessoal às vezesderruba o preconceito que temos a respeito.

Que sentimos sobre o preconceito? Que atitude tive sobrepreconceito? Quando eu senti realmente preconceito? Falar dehomossexualismo, prostituição é fácil, mas se é alguém da nossacasa, como encararíamos? Analisar coisas de fora é fácil, masver se temos ou não preconceito, aceita ou não, se aceito nãotenho preconceito; se rejeito, tenho vergonha, escondo ou queroque mude, tenho preconceito; analisemos em nós se temos ounão o preconceito.

Na EAE parece que ninguém tem preconceito. Não paramos parapensar e analisar. Conforme cada um cai em si, aparecempreconceitos e onde somos preconceituosos no controle daquilo.

Ciclo natural: pensamos e agimos, o ato é o final. Ao expor nossoato, de certa forma buscamos o sentimento por trás, o que iniciou;é importante saber como sentimos e agimos ante o preconceito.São os 2 pontos importantes; há a parte intermediária: Opensamento, mesclado por muitas coisas, pelo própriosentimento, ha uma série de controles; o superconscienteinterfere no que devemos ou não fazer, a zona da moral controla,enfim o preconceito é mesclado. A opinião é algo no meio docaminho, temos de ir ao nível do comportamento como aachamos e sentimos.

Na pergunta que acham, sentem, pensam, não há resposta certa,fazer com que as pessoas participem, tal pergunta é mediana, éclaro que estamos dentro de normas que regem a EAE, quantoao respeito da opinião das pessoas, que é não julgar opiniões, efaz parte também como regra pedir as pessoas que falem de si enão dos outros, dizer que meu vizinho é preconceituoso, oexpositor deverá trazer de volta o assunto, o aluno venha refletir afalar de si.

Semelhante é perguntar: Quem leu a aula? Devemos sim, édurante a aula incentivar o aluno à leitura, sugerindo e nãocobrando, pois cria antipatia do aluno para com o expositor.

Podemos exigir conhecimentos universais tipo: “O nome de AllanKardec de quem era mesmo? O Livro dos Espíritos foi lançadoem... Como nasceu a Doutrina Espírita ?

Devemos induzir ou procurar formas dos alunos dizerem suaopinião, não o que é ou como deveria ser, a teoria a respeito da

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coisa, cada um colocando a sua opinião do que acha, pensa arespeito.

Ao abrir à participação a aula fica melhor, deslancha mais ao nãose exigir conhecimento e sim opiniões ou vivências. O ápice daaula da EAE é quando o expositor tem a oportunidade de colocarsua experiência e sentimento a respeito do assunto, então elepassa a ser um participante da turma.

O ponto máximo de participação ocorre ao atingimos a “VidaPlena”. Trazemos o assunto, fazemos ligeira abordagem eabrimos para todos colocarem sua forma de agir, pensar e sentirante o tema; então existe não teoria sobre o assunto, mas simvivências, experiências, sentimentos, pensamentos, a forma quecada qual age ante o tema.

A aula de Vida Plena é uma aula que conta com a vivência,experiência: Qual é a minha atitude ante de um determinadoassunto.

Na aula participativa, falsa é a idéia de não precisar prepararmuito, pois o aluno participa. Se houver tal enfoque vamos ématar tempo. Precisamos estudar a tema, saber a cargainformativa que deve ser passada, os princípios morais a refletir,sintetizar a informação e conduzir a abertura nos aspectos moraisplanejados. É muito mais difícil a aula participativa bem dada quese imagina. “É abrir o assunto, as pessoas falam, a turma conduza aula”, não é assim.

Ninguém espera um expositor perfeito, temos falhas e defeitos.

Para começar a dar bem uma aula observemos sempre astécnicas, procurando melhorar, mas só há uma forma de nostornarmos um bom expositor: expondo.

O Pai espera co-participação do jeito que somos, mas devemosnos preparar. Procurar dar a aula da melhor forma possível, nãomatar o tempo dos outros. Saber que nossa aula não estápreparada é crime gravado na consciência.

Recomendações úteis:

– Conhecer o ambiente ou local de aula onde irá proferir,conhecer a turma, o estilo de “participação de acordo com aaula do dia em exposição”/

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– Saber do Dirigente: Quantos alunos tem a turma, os alunosparticipam ou não das aulas, etc.

– Visitar outras turmas, outras casas integradas, ouvir aulas deoutros expositores.

– As aulas devem ser preparadas com bastante conteúdo;buscar entusiasmo, alegria, vibração, criar a empatia daturma, todos tem a ganhar, evidentemente o maiorbeneficiado é o aluno.

– As técnicas de comunicação evoluíram. Podemos utilizarprojetor de slides, transparências, vídeos e outros recursos.

– Qual a melhor técnica a ser adotada? Depende do estilo eda matéria da aula.

– Jamais passar a idéia de: Julgar, opinar, polemizar ouinterceder.

– Falar sempre dos seus sentimentos e não dos outros, nuncapodemos filosofar.

– Lembrar que analisar preconceito é um fato, mas aceitar éoutra coisa.

– Devemos passar sempre as informações básicas parapodermos acalmar a ansiedade dos alunos; depoispoderemos abrir a aula à participação e buscar o retorno daturma.

– Após 2 a 3 anos em trabalho de exposição as aulas adquiremuma melhor consistência.

– O bom expositor nunca está satisfeito com suas aulas, assim,busca sempre reestruturá-las, agregando novos conceitos.

– Procurar sempre buscar após a aula a avaliação do dirigente(aguardar até que o dirigente e o próprio expositor tenhamterminado de atender aos alunos).

– Expositor que não coloca dinamismo e entusiasmo em suasaulas está no trabalho errado.

– A forma de captar material para nossas aulas é através daleitura, do saber ouvir e da pesquisa.

– Exemplo de uma pergunta ruim (que afasta os alunos doexpositor): “Quem leu a aula?”. Existem formas muitomelhores de induzirmos os alunos à leitura sem sermosantipáticos.

– Em quanto tempo dou a aula? Tal tempo está fixado no“Vivência do Espiritismo Religioso”:

– Aulas do Curso Básico do Espiritismo – 1:00 hora.– Aulas da Escola de Aprendizes do Evangelho – 0:45 minutos.– Porém o expositor deve sempre possuir material de reserva,

“no bolso do colete”, para poder cobrir 15 minutos de tempoextra de aula.

Não vou poder dar esta aula, posso “devolver” a aula que peguei?

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O termo “devolver a aula pega” não existe no dicionário doexpositor. Um dos lemas do expositor é: “AULA PEGA É AULADADA”, costumamos brincar dizendo:

“O fato de um possível desencarne do expositor, não justifica suaausência na aula. Ele deverá estar presente para poder intuirquem quer que ministre a aula em seu lugar”.

Que horas chegar para a aula? Em uma cidade complexa comoSão Paulo, o expositor deve sempre programar-se para poderchegar com no mínimo 30 minutos de antecedência.

Quem é o chefe? Para quem damos aula? Nenhuma apatia entreo expositor e pessoas da turma ou casa espírita deve interferir notrabalho do dirigente. Nós expositores não ministramos aula paradirigentes, assistentes, secretários ou mesmo alunos. Nósexpositores ministramos aulas por sermos Discípulos de Jesus.Desta forma, nós expositores, ministramos nossas aulas peloAmor do Mestre.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

ATITUDES PRIMÁRIAS

Amor ao próximo ( Ama a teu próximo como a ti mesmo ).

Ter tato pedagógico ( Domínio da classe, não deixar que oraciocínio encubra o discernimento. Levar amor ).

Fidelidade à mensagem Cristã.

Paciência e compreensão ( Observação, força de vontade,autoridade moral, bom senso e sensibilidade ).

Simpatia ( Conter a tirania dos nervos ).

Aparência pessoal ( Simplicidade, limpeza, não usar enfeitesexagerados que desviem atenção, não vestir-se como estarindo a um clube ou baile de gala ).

Reserva e dignidade ( Compreender os defeitos ou mástendências – vícios, desvios de comportamento, atitudesinadequadas, etc. ).

Imparcialidade ( Não tomar defesa de questões exteriores epolêmicas, partidos políticos, esportes, etc. ).

Sinceridade ( Criar ambiente positivo. Todos percebem quepodem ser sinceros e espontâneos, sem melindres ).

Conhecimento ( É o primeiro passo que leva ao desabrocharde virtudes ).

Promover disciplina ( Dar exemplo, impor limitações comcarinho, obedecer horários – Sala cheia e silenciosa nãosignifica aprendizado ).

Capacidade de despertar a atenção e o interesse ( Atenção éo interesse em ação ).

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

AUTO-DOMÍNIO

É necessária a prévia preparação psicológica, concretizandointernamente que a tarefa é importante para si e para o próximo.

Acalmar-se, relaxar-se e entregar-se naturalmente aocompromisso é norte para um bom desempenho. A segurançapsicológica passa pela adequada preparação do tema, através deestudo dedicado e ensaio. A prece e vivência natural do que seprega são fatores primordiais para que a vida de preletor ouexpositor seja agradável, consistente no que se diz e afirma.

É muito importante que saibamos que pequenos “picos” detensão são comuns e nestes casos devemos utilizar recursosfáceis de serem aplicados.

A prece é básica para atingirmos a harmonização interior eestreitarmos os canais inspirativos.

Exercícios respiratórios também são valiosos, a prática darespiração diafragmática ( com a barriga ) de forma lenta,pausada ajuda a diminuir a tensão nervosa e fluxo sangüíneo naregião do gástrico, equilibrando o emocional.

Devemos conhecer da melhor maneira possível o assunto empauta, e sempre nos abastecermos com material em excesso. Afalta de conhecimento ou subsídios gera insegurança perceptíveisa nós e ao público, bem como a tendência ao superficialismo oupersonalismo da mensagem.

Uma boa preparação do tema proporciona confiança em si,capacidade de responder a perguntas e liberdade para aabordagem de assuntos correlatos.

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NÍVEL

AVANÇADO

CACOETES

Os cacoetes desfocam a atenção dos ouvintes, que passam aperceber e prestar atenção na atitude e não na mensagem.

Alguns cacoetes são bastante típicos ( “jogar” o cabelo para olado, “coçar” a barba, puxar a calça para cima, tirar e colocar osóculos, coçar a cabeça, estalar as juntas do dedos, “puxar” odente, etc. )

Todos estes comportamentos são hábitos inconscientes e afloramna esfera da exposição como recursos de busca de afirmação oude ganho de tempo.

São quatro os estágios da percepção e eliminação dos cacoetes:

Não consciência: Quando é um ato involuntário, automático. Consciência: Quando percebemos ou somos alertados de tal

comportamento. Tentativa de acerto: Que é o esforço para vigiar as atitudes e

corrigir na medida do possível as tendências para taisreações.

Eliminação: Que é conquistada com bastante esforço e apóspassar pelos estágios acima.

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NÍVEL

BÁSICO

POSTURA E GESTICULAÇÃO

O expositor deve ter postura natural e espontânea, sem empregargesticulação desnecessária, os gestos devem ser moderados ecoerentes com a dinâmica da exposição.

A indumentária deve ser apropriada e discreta, evitar adornossonoros.

Não trazer objetos nas mãos, a não ser que façam parte dealguma dinâmica ou técnicas de incentivo e de fixação de idéias.

Não beber água durante a exposição ( salvo secura na garganta), ou abanar-se, neste caso enxugar discretamente o suor comlenço. Estes gestos caracterizam descontrole e influenciamnegativamente a platéia.

Não desculpar-se seja a que protesto for, pois os alunos torcempor uma boa aula e não desejam justificativas que só tornarãoclaro o despreparo.

Buscar sorrir naturalmente.

Lembrar que a timidez expressa vaidade.

Nunca apoiar-se em cadeiras, mesas, etc.

Não dar tapas ou pancadas na mesa ou objetos.

Ser autêntico, natural, não imitar outros expositores.

Cuidado com ombros caídos.

Não manter a posição do tórax rígida.

Ao apresentar-se em pé, apoiar-se sobre as duas pernas,evitando fadiga muscular e movimentação de apoio de pernas.

Palavras expressam idéias, gestos expressam sentimentos.

Não gesticular apenas com as mãos.

Não exagerar nos movimentos, variá-los.

A movimentação nunca deverá ser posterior à fala.

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Não descansar as mãos nos bolsos.

Evitar gestos repetidos mecanicamente.

Não cruzar os braços, tampouco cruzar as mãos à frente ou àscostas.

Usar a coerência entre o que se fala e o que se demonstra nafisionomia.

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

MOVIMENTAÇÃO

Os movimentos tem o poder de aumentar a concentração dosouvintes, já que “força-os” a prestar atenção no intelocutor.

Ao olhar os ouvintes encare-os de frente, sem medo ( sem altivez), movimentando a cabeça de forma não linear, usando aflexibilização do pescoço, ombros e tronco.

Quanto a movimentação em classe é importante não dar ascostas para os participantes, ou seja, não criar movimentoscirculares pela classe.

Precisamos ter cuidado para que os movimentos não criemmonotonia, deve-se quebrar a uniformidade.

A movimentação deve ser triangular e variada, cuidando para quetodos possam enxergar-nos e vice-versa.

Cuidado com o efeito “tigre na jaula” que é a movimentaçãolateral constante e nervosa.

Os modernos conceitos de postura e movimentação recomendamque tiremos “os pregos dos pés”, ou seja, dentro de umaadequação consciente utilizemos a movimentação como fator deemoção superando antigos conceitos de que o preletor deve ficar“estancado” ao solo de forma estática, como se houvesse umabarreira invisível entre as partes.

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

APARÊNCIA

É necessário que o expositor adeque-se à sua tarefa, inclusive noâmbito social, para que sua aparência seja agradável aos olhos,evitando imagens negativas ou preconceituosas.

Por não se tratar de evento social, faz-se necessário tomar algunscuidados para a apresentação pessoal, tanto em preleçõesquanto em exposições de aulas. É sabido que na grande maioriadas vezes o expositor tem que se deslocar diretamente de seulocal de trabalho físico para a tarefa espiritual, o que pode geraralgumas distorções, que devem ser minimizadas se tomarmosalguns pequenos cuidados.

É muito importante cuidarmos do hálito, principalmente quandopermanecemos muitas horas sem alimentação, quando temosproblemas estomacais ou gengivais. Este fato é de simplessolução, basta criarmos o hábito de carregarmos conosco umtubo de pasta dental e escova para a devida higienização umpouco antes da apresentação ( pode ser no banheiro do CentroEspírita mesmo ). Ainda nesta questão podemos fazer um“lanchinho” rápido, no deslocamento para o Centro, com algosimples como biscoitos, sucos naturais, barras de cereais, etc.,isso não exclui a posterior higienização.

A higiene corporal é mais difícil quando nos deslocamosdiretamente das atividades materiais. Muitas vezes trabalhamosem atividades que exigem desgaste corporal econseqüentemente nos vemos “sujos” ou “suados” além da conta.Um “mini-banho” na pia do banheiro do Centro, com aplicação deum suave desodorante pode auxiliar neste caso. Uma boa trocade camisa também faz-se necessário.

O contrário também vale. Podemos trabalhar em local que exigeuma formalidade extrema de vestimenta e nos deslocamos para atarefa espiritual em local muito simples, humilde. O bom sensonos indica que neste momento devemos ao menos tirar osexcessos do formalismo ( terno, gravata, salto alto, ornamentos,lenços, maquilagem carregada, etc. ) e apresentarmo-nos deforma mais natural.

Aparência agradável não combina com desleixo ou falsidade.Devemos ser nós mesmos, sempre. A vestimenta deve sercoerente conosco. Exemplo: Não queiramos ir à uma aula deMocidade Espírita de bermudão, tênis colorido, camiseta do“Rapa” ou do “Ratos de Porão” se nosso estilo natural é outro, vai

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soar ( e será ) falsidade, que será detectada no primeiro instantepor toda a platéia.

Também não adianta nos vestirmos com a “roupa de missa” sesabemos que nosso dia-a-dia é outro, ficaremos incomodados epreocupados com algo que não vai à essência da tarefa.

Basta cuidar da apresentação com crítica, nos pequenos detalhes( meias de cores diferentes, sapatos trocados, roupas furadas,rasgadas ou manchadas, camisa desalinhada, meia calça com fiopuxado, etc. ). E caso algo aconteça no caminho ou pouco antesda apresentação encare com bom humor, já que a vida nosreserva surpresas inimagináveis.

Apenas um cuidado: Nunca se apresente de camiseta regata,chinelos ou bermudas, isso pode aparentar desdém ao público ecom certeza passa pela falta de respeito ao próximo.

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

PRESENÇA ELOQÜENTE

Alguns fatores são básicos para que a presença do preletor ouexpositor seja agradável e eloqüente, fluindo com naturalidade eem clima de abertura.

Riqueza de conteúdo doutrinário através de estudo metódico,permanente, compromissado.

Clareza quando simplifica-se o conteúdo e utiliza-se apronúncia correta das palavras.

Objetividade no tema, exercitando a capacidade de síntesede assuntos periféricos e controlando o tempo disponível,isso se consegue com ensaio constante.

Criatividade: Que é a capacidade de tornar a preleçãointeressante e original, fugindo aos padrões formais etrazendo o tema para a situação atual de vida da sociedade,cuidando para não personalizar as idéias em conceitoscristalizados da própria vida ou introjetar situações nãovivenciadas.

Versatilidade com enfoques e argumentações diferentes eatuais. Ter a “cabeça aberta” para pensar além do mundo doautor da literatura estudada, sem fugir à sua linha deraciocínio.

Ser verdadeiro no que diz e faz, Jesus já nos orientava: “Sejaseu dizer sim, sim; não, não”

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

FLEXIBILIDADE

Ao expositor espírita é necessário e imprescindível ser flexível emsua vida interior. Abrir-se ao mundo sem defesas, não subir aopedestal da vaidade e praticar a máxima Cristã: “Amar ao próximocomo a ti mesmo”. O respeito pela individualidade do ser e dosdiferentes estágios culturais, espirituais e intelectuais é obrigatóriopara quem deve muito mais exemplificar do que teorizar.

O primeiro ponto deste processo de flexibilização é reconhecer-seem formação, que a única diferença entre si e os alunos ouassistidos é que tenha estudado um pouco mais, iniciado seuprocesso de despertamento um pouco antes, mas que ainda está( e estará por um bom número de encarnações ) buscando suamelhora, depurando seus sentimentos e pensamentos, crescendoem um compromisso pessoal e coletivo, onde aqueles que aliestão consigo são companheiros de jornada.

Respeitando a individualidade deve admitir a diversidade, asdiferentes formas de encarar a vida e as situações, as pessoassão unas em sua persona. Experienciam e introjetam asrealidades de formas diferentes, buscam seus ideais porcaminhos diversos, não são nem melhores nem piores uns dosoutros, somos espíritos em busca de luz, no caminho do CelesteCriador.

Abertos ao próximo e à sua forma de agir e pensar, abrimos aexposição para o incentivo das trocas vivenciais, que enriquece oconteúdo da exposição com fragmentos vivos das experiênciasevolutivas de cada um, como numa grande terapia terrena, ondesomos todos pacientes e o Cristo o grande Terapeuta dassessões guiando-nos pelo Evangelho Redentor.

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

QUALIDADES LITERÁRIAS

Não é possível a um expositor ou preletor desenvolver os temasse não tiver o mínimo de qualidades literárias exigidas. Isso passapelo hábito da leitura, de forma constante, metódica.

Deve-se dedicar alguns instantes do dia para isso, ler em localagradável, onde não haja interferências que possam desviar aatenção. Quanto mais lermos maior será nossa capacidade deabsorção de conceitos. É como um exercício físico: Devemos tero hábito salutar, pois do contrário torna-se estafante, pesado,como um castigo ou obrigação indesejável, e isso estácompletamente fora as diretrizes espirituais.

Praticando a leitura intensa e constantemente passamos a termaior intimidade com a nossa língua, as pronúncias, os verbos,as conjugações. Assim o expressar torna-se mais claro eadequado, menos repetitivo, mais rico em variações, maisfacilmente absorvível pelo público

As leituras devem se focar em obras edificantes, de elevadoconteúdo moral e espiritual, mas é muito importante estarmos emsintonia com o que acontece também no mundo, praticando aleitura do dia-a-dia, dos jornais, das revistas, das reportagens,das obras clássicas, dos poemas, dos livros polêmicos, etc.

Acrescentamos bagagem intelectual, abrimos nossas cabeçaspara o mundo real, exercitamos nossa capacidade dediscernimento, raciocínio e enriquecimento do nosso vocabulário.

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NÍVEL

BÁSICO

VOZ

Intensidade ( Volume ) Empregar uma intensidade média, permitindo variações. Utilizar o volume conforme as necessidades do recinto.

Tonalidade ( Freqüência ) Utilizar-se de tom médio para possibilitar variações. Utilizar o grave e agudo para demonstrar variações

emocionais na narrativa. O timbre deve ser natural e independente da voz que

tivermos. Não devemos criar forçamentos que a alterem maisainda, criando efeitos desastrosos.

Timbre ( Qualidade da Voz ) Falar com a boca. Não falar com:

o Narizo Peitoo Gargantao Flor nos lábios ( efeito Hebe Camargo )

Caso mais crítico é do expositor que fala com a boca mas nãoabre a mesma para tal.

Não começar a palestra com a voz em todo seu volume e timbre.

Não deixar a voz cair no fim de cada frase, nem a levantar emtodo o fim de frase ou período.

Falar para a frente.

Variar o tom e a intensidade da voz.

Não falar em jejum ( provoca astenia cárdio-pulmonar ), nem como estômago cheio ( contração do diafragma ).

Exercícios: Arredondar os lábios e dizer: ôô, abra-os num sorriso

apertado e diga: êê. Lábios cerrados, como se a boca tivesse cheia de água,

explodir os lábios dizendo: Bêê.

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NÍVEL

BÁSICO

ARTICULAÇÃO

É ter clareza e nitidez.

As palavras devem ser pronunciadas em um ritmo que não causeforçamentos levando-nos a prejudicar a dicção, engolindo sílabasque dificultam o entendimento da mensagem.

Articular é tornar as palavras distintas, utilizando todos osrecursos faciais para tal.

Devemos aproveitar os recursos faciais para movimentação de: Lábios Língua Mandíbula Musculatura da face

Pode ser adquirida pela leitura de poesias em voz alta

( aplicar no Curso os exercícios abaixo , pelo menos os 7primeiros ).

Fazer exercícios de “trava-linguas” ( abaixo ) repetindo as que setem mais dificuldades de fluência. Fazer os exercíciosdiariamente no início e no futuro sempre que sentir necessidade:

A grande gralha grua na grama da granja de grão.

Chuche sem cessar cem salsichões sem salsa e sem sal.

Se cem serras serram cem cigarros, seiscentas serrasserrarão seiscentos cigarros.

O solo está enladrilhado, quem o desenladrilhará ? odesenladrilhador que o desenladrilhar, bom desenladrilhadorserá.

Compadre, compre você pouca carpa parda, porque aqueleque pouca carpa parda compra, pouca carpa parda paga. Eu,que pouca carpa parda comprei, pouca carpa parda paguei.

Um prato de trigo para três tigres. Dois pratos de trigo paratrês tigres. Três pratos de trigo para três tigres.

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Um ninho de mafamagafos, com cinco mafamagafinhos; se amafamagafa os desmafamagafar, ficam todosdesmafamagafados.

Xuxa! A Sasha fez xixi no chão da sala.

Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que nãosabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somossábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somossabedores.

O desinquivincavacador das caravelariasdesinquivincavacaria as cavidades que deveriam serdesinquivincavacadas.

Se o Pedro é preto, o peito do Pedro é preto e o peito do pédo Pedro também é preto.

Embaixo de uma pedra tem uma rã e uma aranha, nem a rãarranha a aranha e nem a aranha arranha a rã.

O rato roeu a roupa do rei de Roma, a rainha com raivaresolveu remendar.

O vento perguntou para o tempo qual é o tempo que o tempotem. O tempo respondeu para o vento que não tem tempopara dizer para o vento que o tempo do tempo é o tempo queo tempo tem.

Perlustrando patética petição produzida pela postulante,prevemos possibilidade para pervencê-la porquanto perecempressupostos primários permissíveis para propugnar pelopresente pleito pois prejulgamos pugna pretáritaperfeitíssima.

A Iara agarra e amarra a rara arara de Araraquara.

Embaixo da pia tem um pinto que pia, quanto mais a piapinga, mais o pinto pia.

Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista,ornitorrinco com ornitologista, ornitologista comotorrinolaringologista, porque ornitorrinco é ornitorrinco,ornitologista é ornitologista e otorrinolaringologista éotorrinolaringologista.

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Alô, o tatú taí ? Não, o tatú não tá, mas a mulher do tatútando é o mesmo que o tatú tá.

O original nunca se desoriginou e nem nunca sedesoriginalizará.

A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia que osábio não sabia que o sabiá não sabia que a sábia não sabiaque o sabiá sabia assobiar.

Disseram que na minha rua tem paralelepípedos feitos deparalelogramos. Seis paralelogramos tem um paralelepípedo.Mil paralelepípedos tem uma paralelepipedovia. Umaparalelepipedovia tem mil paralelogramos. Então umaparalelepipedovia é uma paralelogramolândia ?

Qual é o doce mais doce que o doce de batata doce ?Respondi que o doce mais doce que o doce de batata doce éo doce que é feito com o doce do doce da batata doce.

Vejo no jardim japonês gentis jaçanãs, jandeiras jaspeadas,jubujurus janotas e juritis gemendo.

Nas jaulas o jaguar girando, javalis selvagens, jararacas ejibóias gigantes, girafas gigantes gingando com jeito degente, jacarés, jucuruxús e jabotis jejuando.

O pinto pia, a pipa pinga. Pinga a pipa e o pinto pia. Quantomais o pinto pia mais a pipa pinga.

O mameluco melancólico meditava sobre a megeramegalocéfala e macabra.

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NÍVEL

AVANÇADO

HIDRATAÇÃO E SALIVAÇÃO

Sabemos que dependendo da condição emocional, fatoresclimáticos e de saúde podemos ter efeito de “boca seca”. Umaboa orientação com relação a este fato é a ingestão de líquido emquantidade adequada antes de iniciar a exposição, permitindo ahidratação em nível suficiente para que o corpo não necessite demais líquido. Caso a exposição seja extensa é permitido utilizar aágua em intervalos ou ao fim da mesma.

Precisamos tomar cuidado com a quantidade ingerida, poispodemos ser surpreendidos com a necessidade de excretar olíquido ainda no período da apresentação, o que gera umasituação de muito desconforto e desconcentração.

Para protegermos o desempenho vocal devemos fazer uso daágua apenas sem gelo, assim não afetamos a mobilidade dascordas vocais.

O uso de balas é desaconselhável pois cria uma dependênciapsicológica e serve como muleta para conter a ansiedade, a issoacrescenta-se a rotulação que se faz ( sujeito da água, sujeito dabala de hortelã, etc. )

Os principiantes podem utilizar este recurso no início de suasatividades para estimulação das glândulas salivares, mas apenasantes das apresentações. Com o tempo o metabolismo psíquicose encarrega de estimular automaticamente as mesmas.

É claro que é melhor tomar um copo d’água ao invés de ficartossindo continuamente, sem forças para retomar o discurso.

Nestes casos não há nenhum “pecado” em fazer uso do líquidodurante a apresentação, desde que tomemos cuidado para nãodispersarmos a atenção da classe ou assistência com relação aoque está sendo dito.

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NÍVEL

BÁSICO

OLHAR

O olhar deve ser natural e dirigido a todos os presentes,percorrendo com os olhos e com movimentos da cabeça todaa platéia. O expositor deve sentir-se à vontade.

Pode-se criar variações quando queira causar algum efeitoou incentivar participações. As expressões das sobrancelhasauxiliam, e muito, na exposição do que se quer transmitir.

O olhar deve ser firme mas sem altivez, transmitindosegurança sem transformar o expositor em antipático ouarrogante.

Perceber as reações e adaptar o andamento daapresentação. Pessoas dispersas, cochilando oudesatenciosas são sintomas claros que a apresentação nãovai bem, devemos utilizar todo o potencial do olhar para notarestes detalhes e ir adequando os recursos necessários (ritmo, entonação, etc. )

Não permanecer com os olhos fechados.

Não fixar o olhar em determinada pessoa ou grupo, para quenão haja nenhuma “pressão” psicológica às pessoas.Especialmente nas preleções pode acontecer das pessoaspensarem que o assunto está sendo dirigido somente a elasporque o plantão ( entrevistadores ) “passaram ainformação”. É necessário percorrer o olhar por toda a sala,com suavidade e carinho.

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NÍVEL

AVANÇADO

CONGRUÊNCIA

Ë a integração entre as expressões físicas e verbais. Não se podeexpressar algo triste com feições de alegria no rosto, ou dealegria com um choro sentido. Normalmente esta integração sefaz naturalmente, mas o nervosismo ou deslocamento podedistorcer as expressões e suas relações com a verbalização dasidéias.

A congruência permite, quando temos uma atitude constante nocampo emocional e psicológico, uma sinergia entre as idéias e asações, potencializando a mensagem e o valor de seu significado.

Um olhar colocado de forma certa em uma frase de efeito podemodificar uma idéia cristalizada no ouvinte.

Para atingirmos esta sinergia é muito importante perceber-se a sie ao ambiente, colocando-se no tempo e no espaço, observandoas dimensões, sua postura, sua posição na classe ou no salão depreleções, as pessoas, seus olhares, os móveis, ou seja, tudoaquilo que faz parte daquele momento. Isso permite maissegurança e tranqüilidade, desta forma a congruência se dará deforma natural.

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NÍVEL

BÁSICO

RITMO E ENTONAÇÃO

Variar a velocidade, que nunca deve ser superior a quatro sílabaspor segundo.

Velocidades muito altas proporcionam falta de entendimento porparte dos ouvintes, agitação e quebra vibracional. Os ritmos muitolentos causam apatia, sonolência e dispersão. Usar um ritmonatural de conversa e variar a velocidade quando se querexpressar algo forte, conciso ( mais rápido ) ou algo mais doce,mais amoroso ( mais lento ).

As pausas são necessárias para que a platéia tenha tempo de“digerir” as idéias, raciocinar rapidamente sobre a seqüência dosassuntos e colocar em si. Pequenas pausas de 1, 2 segundosnão são perceptíveis, e até são agradáveis, tirando o ritmo“alucinante” da apresentação.

Uma boa forma de usar as pausas é fazer valer a pontuação.Articular as frases com todas as vírgulas, pontos e parágrafospermite um entendimento pleno da idéia a ser transmitida.

A pontuação mal aplicada pode distorcer o sentido de uma frase ecolocar a perder todo o esforço de entendimento do assunto.

As palavras e as idéias devem ser expressivas, citemos comoexemplo:

Amigo José engana-se na análise dos fatos em São Paulo.

Amigo José engana-se na análise dos fatos em São Paulo ?

Amigo, José engana-se na análise dos fatos em São Paulo.

Amigo, José engana-se na análise dos fatos em São Paulo ?

Amigo José: Engana-se na análise dos fatos, em São Paulo.

Amigo José: Engana-se na análise dos fatos em São Paulo?

Amigo José engana-se na análise dos fatos, em São Paulo.

E assim por diante...

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

MEMÓRIA

Regra áurea: “NUNCA CONFIAR NA MEMÓRIA”

Não confiar na memória não quer dizer decorar textos ouexposições completas. A bagagem literária e doutrinária deveestar consistente em nós pela prática constante de estudo, leiturae participação em palestras, reciclagens, etc.

O que devemos memorizar é a idéia central da apresentação, alinha mestra que permitirá o desenvolvimento do tema de formanatural e espontânea, já que nos preocupamos em abastecermo-nos de informações necessárias para o livre desenrolar daatividade.

O que podemos memorizar também é um resumo da palestra, ouem outras palavras, o quadro de idéias, para que não fujamos àlinha central de raciocínio lógico.

Quando dizemos “memorizar” é colocar as questões no coração,sempre pensando na platéia e suas necessidades espirituais.

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NÍVEL

BÁSICO

PREPARAÇÃO DO TEMA

Sugestão de preparação passo-a-passo:

1. Estudar o tema profundamente.

2. Estudar o assunto e coloca-lo de “molho”, estar com a menteaberta para as intuições que forem chegando.

3. Comentar com os colegas e trocar idéias sobre o tema,buscando outras visões sobre o assunto.

4. Ler assuntos correlatos, em outras literaturas, em outrasobras.

5. No momento de começar a montar efetivamente o temabuscar a ligação espiritual e orar.

6. Consultar o Dirigente da turma sobre características daturma, da classe, particularidades, etc.

7. Definir o objetivoa. Sem rebuscamento.b. Rapidamente compreendido.c. Direto.d. Seguir com rigor o tema e objetivo.

8. Fazer um brain-storming ( tempestade cerebral ) semseqüência lógica ou cronológica, buscar uma chuva de idéiaspessoais.

9. Pesquisar referências da Aliança e Vade Mecum.

10. Estudar Fontes da Aliança, Obras da Codificação, Bíblia,Literatura Espírita ( clássica e atual ), Biografias, DatasComemorativas, etc.

Observações:

11. Estabelecer um horário para estudo ( tempo ).

12. Definir um local ( não muito confortável )

13. Está com sono ? Durma !!!

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14. Leitura: Deve-se ter muito cuidado com o momento da leitura,pois existem obstáculos naturais que podem evitar umperfeito estado de concentração para as devidas absorçõesde idéias. O local inadequado, fatores que possam distrair ousono são obstáculos que potencializam esta dificuldade deconcentração. O grande desafio é ler mais em menor espaçode tempo, já que nossa vida diária é corrida e nem semprenos é permitido termos tempo para outras atividades que nãosejam as do dia-a-dia da vida material. É salutar esforçarmo-nos para destinarmos pelo menos cinco minutos diários paraleitura, criando assim o hábito da leitura constante, isso nostrará domínio das informações, poder de argumentação eclareza de expressão. Ao fazer-se a leitura a principalpreocupação deve ser absorver as idéias do autor, mas paraisso deve-se estar motivado e não deve-se apenas vocalizar,e sim raciocinar, refletir sobre o que foi lido.

15. Fazer uma pré-leitura = autor, edição, orelhas, índice,introdução, prefácio.

16. 1a. Leitura ( rápida ), absorve-se a proposta do autor, obtêm-se uma idéia geral ( sublinhar os pontos principais do texto ).

17. 2a. Leitura ( detalhes ), proporciona um diálogo entre aspartes ( autor e leitor ), sublinhar as palavras chaves queserão os argumentos.

18. Refazer o raciocínio do autor ( criar o quadro de idéias ).

19. Fazer leitura crítica usando o raciocínio próprio.

20. Comprovar a lógica da seqüência de idéias.

21. Ensaiar, ensaiar, ensaiar ( utilizando recursos simples e quesão de acesso a qualquer pessoa. Deve-se fazer aapresentação frente ao espelho, observando a postura egesticulação, ter em mãos um relógio e controlar o tempo evariar as palavras utilizando-se de sinônimos , para gravar aseqüência dos assuntos podemos criar imagens mentais,visualizando as mesmas durante a apresentação.

22. Tomar cuidado com personalismos.

23. Preparar Recursos Audiovisuais.

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24. Na exposição não enfatizar temas controvertidos e aspectospolêmicos, pois a platéia se divide em prós, contras e neutrose não haverá domínio do tema central.

25. Fazer análise crítica da importância do tema para a vidaprática, pois além dos aspectos históricos e obrigações decumprimento do programa, a EAE deve ser prática.

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NÍVEL

AVANÇADO

QUADRO DE IDÉIAS

O quadro de idéias é uma ferramenta eficaz na orientação daseqüência lógica do raciocínio a ser desenvolvido na aula. Nãodeve ser uma folha ( ou mais ) com todo o texto que se deve falarescrito nela. Ao contrário, o quadro de idéias deve refletir tãosomente os pontos a serem abordados, todo o desenvolvimentodo tema deve ser objeto de estudo e assimilação cultural einspiracional do expositor. As exceções devem-se somente anomes, datas e lugares, para quem tem dificuldades dememorização.

O quadro é o roteiro da exposição, é o norte, é o lembrete quenos alertará se estamos esquecendo algo importante, se estamosfugindo ao objetivo traçado.

Faz parte integrante da técnica de preparação do tema, emespecial das fases de leitura, onde podemos resumir da seguinteforma:

Fazer uma leitura rápida e sublinhar os trechos principais,captando a proposta do autor.

Refazer a leitura, agora atento aos detalhes, sublinhando edestacando apenas as palavras-chaves, que são osargumentos.

Trazer para um papel na as palavras-chaves e verificar comcritério se a seqüência está em lógica com as idéias a seremexpostas.

Ensaiar a apresentação usando a seqüência obtida noquadro de idéias, para certificar-se de que nenhum detalheimportante vai passar em branco.

Transcrever para o quadro algum nome, data, etc. que porventura tenha dificuldade em memorizar.

Um exemplo de como montar o quadro de idéias ( que é bastantepessoal ) segue abaixo:

Diferentes categorias de mundos habitados

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Do ensino dado pelos espíritos, resulta que muito diferentes umasdas outras são as condições dos mundos, quanto ao grau deadiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eleshá os que estes últimos são ainda inferiores aos da Terra, física emoralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outrosque lhe são mais ou menos superiores a todos os respeitos. Nosmundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanasas paixões, sendo quase nula a vida moral. À medida que esta sedesenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que,nos mundos adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.Nos mundos intermediários, misturam-se o bem e o mal,predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento damaioria dos que os habitam. Embora não se possa fazer, dosdiversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se contudo,em virtude do estado em que se acham e da destinação quetrazem, tomando por base os matizes mais salientes, dividi-los.De modo geral, como segue: Mundos primitivos, destinados àsprimeiras encarnações da alma humana; mundos de expiações eprovas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quaisas almas que ainda tem o que expiar aurem novas forças,repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bemsobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos, habitações deEspíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terrapertence a categoria dos mundos de expiação e provas, razãoporque aí vive o homem a braços com tantas misérias.

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. III

O quadro poderia ficar desta forma ( os grifos acima são nossos ):

Condições: física e moral. Mundos inferiores (material e paixões ). Mundos adiantados ( espiritual ). Mundos intermediários ( bem e o mal ). Classificação ( estado e destinação ).

o Primitivos.o Expiações e provas.o Regeneração.o Ditosos.o Celestes.

A Terra.

Os assuntos relativos aos tópicos são desenvolvidosnaturalmente pelo expositor. Há a possibilidade de “decorar” os

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tópicos acima, mas é sempre bom fazer uso da preparação doquadro para fixar os pontos principais.

Para isso é importante que o texto do quadro seja: Claro ( saberque será acessível ao público ), ter unidade ( ter amarração, ouseja pé e cabeça ), conciso ( não ser longo ) e coerente ( lógico ).

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NÍVEL

AVANÇADO

IMPROVISAÇÃO X PLANEJAMENTO

É importante a conscientização do planejamento de umaapresentação. Com a experiência tem-se uma tendência a“relaxar” na preparação, confiando nas suas habilidades econteúdo doutrinário. Mas isso não deve ser uma constante, éclaro que podem ocorrer problemas que nos impeçam depreparar uma apresentação convenientemente, mas estes casosdevem ser realmente uma exceção.

O improviso ( falta de estudo e/ou preparação do tema ) trazcomo conseqüência insegurança na exposição e pode gerarenganos nas afirmativas doutrinárias. Sem lastro, o conteúdotorna-se pobre, repetitivo e rotineiro, gerando no público ouvinteimagens mentais negativas. Trata-se de um desrespeito aopúblico, pois deixamos de oferecer o que a Doutrina tem demelhor para ofertarmos apenas uma pequena parcela que estáviva em nosso consciente, ou o que é pior, que faz parte de nossaestreita visão.

Improvisar não atinge plenamente objetivos de assimilação daessência do conteúdo.

Quando partimos para o planejamento de uma apresentação, deimediato recebemos a sustentação da espiritualidade, mesmosemanas antes da apresentação. Planejar faz parte da buscaintensa pela reforma íntima e o adequado comportamento moral eético na Doutrina. Aí sim, com a essência devidamente exposta,sem distorções doutrinárias, podemos transferir no campo mentale na vida os exemplos que comentamos nas prédicas.

Lembremo-nos: improvisar pode render 10 frutos de umasemeadura, mas com planejamento colheremos 1000 frutos damesma.

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NÍVEL

BÁSICO

REFERÊNCIAS PARA TEMAS

Pentateuco Kardequiano Outras obras de Kardec Obras de André Luiz e Emmanuel Obras de Edgard Armond e “O Trevo” Revista Espírita ( Kardec ) Vade Mecum Espírita ou pelo site www.vademecum.com.br Para histórias: “A Vida Escreve” e “Almas em Desfile”

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NÍVEL

AVANÇADO

COLA OU LEMBRETE

Recurso normalmente necessário aos ainda inseguros, queutilizam o livro, o bilhete ou o papel mais como apoio psicológicodo que como consulta.

Não é pecado fazer uso da mesma nos casos de aulas, já que osassuntos normalmente são extensos. Deve ser pequena eorganizada. Nada de folhas e folhas escritas como longasdissertações, mas apenas os tópicos organizados em ordem deprogressão dos assuntos ( em forma de quadro de idéias ).

Devemos ter muito cuidado com o efeito “Mata-Moscas” ou opapel que é agitado constantemente no ar, tirando a atenção dosouvintes e produzindo barulho típico.

Nos casos das preleções, por se tratarem de exposições curtas,onde a veia principal está em um tópico Evangélico não serecomenda sua utilização, com ensaio e preparação espiritualadequada o tema flui naturalmente.

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NÍVEL

BÁSICO

ESTRUTURA DA EXPOSIÇÃO

INÍCIO ( 15% do tempo da exposição )

Abertura, preparação. Onde se inclui a saudação e asexplicações sobre a natureza do trabalho, do tema e assimpor diante. Capta a atenção e resume o que se vai dizer.

Deve ser sem formalidades e sem desculpas. Deve despertar curiosidade no auditório. Pode-se contar uma história, fazer uma pergunta ou relatar

um fato recente. Não ser dogmático.

EXPOSIÇÃO ( 75% do tempo da exposição )

É o meio, abordagem do assunto em foco. É odesenvolvimento do tema propriamente dito, relata-se ospontos principais com ordenação lógica e sustentação dotema.

Usar palavras claras e conhecidas. Falar à altura do nível intelectual do público. Evitar termos técnicos desconhecidos. Usar e abusar dos recursos audiovisuais. Usar a gesticulação que reflitam os sentimentos. Cria-se o cenário para uma argumentação que convence e

comove. É o lugar onde cabem as manipulações.

CONCLUSÃO OU EPÍLOGO ( 10% do tempo da exposição )

É o fim, o encerramento. Onde a idéia central é realçada paraser fixada. Deve ser simples, objetiva, dinâmica e útil.Recapitula e deve ser uma afirmação memorável.

Poderá ser decorado, é um resumo enfático do que foi dito Maneiras de encerrar uma palestra:

o Apelar para que a tese seja aceitao Fazer um resumo dos pontos mais importanteso Agradecer os presenteso Construir clímax e concluir com palavra de vibração

forte e positivao Deve ser rápido e decisivoo Terminar sempre como o auditório deseja

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EXEMPLO DE ESTRUTURA DE AULA

Aula de 60 minutos do Curso Básico de Espiritismo:

15% - Introdução ( 9 minutos ). 75% - Apresentação ( 45 minutos ). 10% - Conclusão ( 6 minutos ).

Aula de 45 minutos de Escola de Aprendizes do Evangelho:

15% - Introdução ( 7 minutos ). 75% - Apresentação ( 34 minutos ). 10% - Conclusão ( 4 minutos ).

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

RETENÇÃO DO CONHECIMENTO / PROCESSOS DEAPRENDIZAGEM

Estudos da Socondy-Vaccum Oil Co. Studies: Temos algumascaracterísticas quanto ao fatores de retenção das informaçõesque nos chegam através dos modos sensoriais.

Em estudos de 3 horas e de 3 dias temos os seguintes quadrospercentuais resultantes:

Tudo aquilo que recebemos via auditiva ( exposição oral ) após 3horas apresentamos 70% de retenção, enquanto que após 3 diasesta retenção de informações cai para apenas 10%.

Quando a informação nos chega sob forma visual, após 3 horastemos 71% de retenção, enquanto que após 3 dias esta retençãoestaciona na casa do 20% apenas, mas é o dobro da informaçãooral.

Aliando-se os recursos das vias auditivas e visual, após 3 horas aretenção sobe para 85% enquanto que após 3 dias cai apenas 20pontos, estacionando na casa dos 65%.

Ainda neste estudo temos os resultados da retenção mnemônica (técnica de desenvolver e fortalecer a memória medianteprocessos artificiais auxiliares ). No uso dos recursosmnemônicos, a gravação das informações na memória são:

Paladar 1%, tato 1,5%, olfato 3,5%, audição 11% e visão 83%.

Quanto aos processos de aprendizado imediato tirou-se aseguinte conclusão:

Aprende-se 10% do que se lê.Aprende-se 20% do que se escuta.Aprende-se 30% do que se vê.Aprende-se 50% do que se vê e escuta.Aprende-se 70% do que ouve dizer e logo discute.Aprende-se 90% do que ouve dizer e logo realiza.

Com os dados acima podemos notar a importância de recursosauxiliares dinâmicos e trocas vivenciais nas aulas.

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NÍVEL

BÁSICO

OBSTÁCULOS DECORRENTES DA PERSONALIDADE

Auto-Suficiência: O indivíduo auto-suficiente julga saber tudosobre o assunto e dessa forma, incorre em erro grave: Toma oparticular pelo geral. Expressão de orgulho, sente-se maisimportante que a própria aula. Trata-se de personalismo puro.

Tendência à complicação: Observada em alguns expositores queadoram tornar as coisas mais difíceis, amantes de controvérsias.

Superficialismo: Tendência de se dar maior importância aospalpites, hipóteses, gráficos, notícias de jornais do que aos fatosem si.

Recomendação: Tratar os semelhantes com nobreza e respeito,exercitando a humildade.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

OS NÉS, TÁS, HUNS, ÃÃS, ÁÁS

São vícios adquiridos ou provenientes de fatores internos e/ouexternos.

Nada mais irritável para uma assistência a repetição destasflexões por parte do palestrante. É muito importante trabalharestes vícios para que não haja rotulações ou introjeções.

Em uma experiência real, após alguns estudos destas falhasexpositivas tivemos a oportunidade de contar 136 “Nés” em umapreleção de 14 minutos cronometrados ( já descontado o tempoda preparação e das vibrações ); e por um companheiro “antigo”na tarefa da preleção. Isso realça a importância de nosreciclarmos e praticarmos constantemente nosso auto-treinamento.

Se considerarmos que 136 “Nés” foram pronunciados em 14minutos teremos 9,7 “Nés” por minuto, ou seja, um “Né” a cada6,2 segundos !!! Se considerarmos ainda que cada “Né” leva 1,5segundo do início de sua expressão até a retomada da próximapalavra somamos 204 segundos ou seja, 3 minutos e 24segundos. Portanto, nesta apresentação de 14 minutos opalestrante falou sobre o tema apenas 10 minutos e 36 segundos.

Estas flexões podem estar relacionadas a: Necessidade deafirmação de uma idéia, insegurança, “deslocamento” doambiente, improvisação ( falta de planejamento ), falta devocabulário, ensaio deficiente, falta de critério na exposição,atitude defensiva ( esperando “retorno” da platéia ), malplanejamento do tempo, etc.

Vigiar, observar e treinar, sempre.

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

PRONÚNCIA

É elemento primário para uma boa comunicação com o público.

Palavras proferidas de forma errada criam imagem mentalnegativa no público, que passa a perceber os erros e não mais oconteúdo. Um expositor com problemas na pronúncia deve,obrigatoriamente, buscar auxílio acadêmico, médico ou esforçar-se para corrigir seu problema, visto não ser possível umcomunicador sem o conhecimento de sua língua.

A má pronúncia muitas vezes tem sua origem na falta deexercícios de articulação e na velocidade da fala, fatorescorrigidos por exercícios específicos.

Deve-se pronunciar bem e integralmente as palavras, dizê-lascorretamente. Alguns exemplos:

Tamém ( também ); vâmo ( vamos ); cê ( você ); primero (primeiro ); janero ( janeiro ); precisá ( precisar ); trazê ( trazer );levamo ( levamos ), etc.

Quando tivermos dificuldade em pronunciar alguma palavra nãodevemos nos encabular e substituí-la esportivamente por outra deigual sentido, isso se dá com palavras longas ou de difícil dicção.

Não é o fim do mundo, encarar a situação com naturalidade,ninguém irá condenar o expositor por isso.

Em algumas situações a pronúncia pode ser prejudicada porfatores buco-maxi-faciais, neste caso o auxílio especializado évalioso.

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NÍVEL

BÁSICO

OBSTÁCULOS DECORRENTES DA LINGUAGEM

Fatos e opiniões: É muito comum apresentarmos um pelo outrosem clara distinção. O mesmo acontece com as inferências (induções, conseqüências ) e observações. Quando, numaexposição, afirmamos que “Pedro é gastador”, devemos deixarclaro que é gastador por que o vimos gastando ( fato, observação), porque alguém nos disse ( opinião ), ou, ainda, porqueconcluímos após uma breve análise da sua vida econômica (inferência ).

Obstáculos verbais: Compreendem aqueles decorrentes dautilização da gíria, palavras de duplo sentido, clichês ( chavões ),erros gramaticais e repetição de palavras, causando falta declareza. Em todos os casos a idéia central fica obliterada.

Eu: Devemos empregar sempre a primeira pessoa do plural aonos dirigirmos ao público. Dizendo “eu fiz”, ou “vocês devem”,“vocês precisam”, o expositor se distancia dos presentes. Alinguagem inadequada ao entendimento da maioria dos ouvintestambém proporciona este distanciamento, tornando a mensageminalcançável.

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NÍVEL

BÁSICO

OBSTÁCULOS DECORRENTES DE VÍCIOS DE LINGUAGEM

Os vícios de linguagem são verdadeiros obstáculos ao bomentendimento da mensagem transmitida pelo expositor, pois, oralançam nas idéias sentidos dúbios, ora tornam-se completamenteininteligíveis. Outras vezes conferem às palavras sons exóticosdificultando a atenção do ouvinte.

Vejamos a seguir os principais vícios de linguagem:

Barbarismo: Emprego de palavras ou construções estranhas àlíngua. Ex: “Gentlemen”, “feedback”, “link”, “deletar”.

Solecismo: Erro sintático de colocação, concordância ouregência. Ex: “Vou na cidade”, “vi ele passando”.

Ambigüidade: Oferece sentido duplo ou duvidoso. Ex: “Cama paracasal de ferro”, “o que tem nas mãos um homem no campo acava-lo”.

Obscuridade: Falta de clareza na exposição. Ocorre em virtudeda prolixidade.

Cacofonia: Junção de palavras formando outra de sentido torpe,ridículo, ou apenas desagradável. Ex: “Uma mão de ferro”, “porcada ponto passa uma reta”.

Hiato: Concorrência de vozes acentuadas. Ex: “Vou à aula”.

Eco: Repetição desagradável de fonemas no final das palavras.Ex: “No momento do casamento”.

Parequema: Colocar ao lado de uma sílaba, outra com o mesmosom. Ex: “Sempre presente”, “corpo poroso”.

Preciosismo: Emprego intencional de palavras ou expressõesraras, artificiais, ou extravagantes. Ex: “Fí-lo pelo Brasil”, “fí-lo porminha família”, “praticar-se-á tal esporte”, etc.

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NÍVEL

BÁSICO

DEFEITOS DE LINGUAGEM

Alguns são passíveis de correção através de orientaçãofonoaudiológica ou ortodontológica.

Lambadcismo: Esperto por EspeltoRotacismo: Trágico por TrrrrágicoSigmatismo: Os por OssssCeceismo: Fazer por FacerZetacismo: Juízo por ZuízoNasalação: Veja por Venja

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

INIBIÇÃO

A inibição atua em dois campos, primeiro no pensamento,retraindo a espontaneidade e automaticamente na ação,bloqueando as atitudes.

Por se tratar de um recolhimento psicológico, a prática e a auto-exposição são elementos para vencer este obstáculo.

Devemos exercitar a conversação, buscando conversar um poucomais com as pessoas da própria residência, assim exercitamos aconversação e passamos a falar com mais naturalidade. Soltandonossas “amarras” passamos a deixar fluir o vocabulário queestudamos através de leituras em voz alta para nós mesmos ( fazparte do processo de auto-exposição ).

Nas conversações devemos nos vigiar para empregarmos frasesbem coordenadas, sem gírias, termos grosseiros ou de duplainterpretação.

Caso a inibição seja muito intensa a busca por profissional é ocaminho mais adequado, normalmente os exercícios deexposição praticados durante o Curso de Expositores tem o poderde eliminar grande parte das barreiras da inibição, quandocorretamente aplicados.

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

O MEDO

O famoso “frio na barriga” causado por tensão do novo ou dodesconhecido é reflexo de atividade psicológica no âmbito dossentimentos. A auto-cobrança, o orgulho que poderá ferir-se casonos contrariem, a vaidade despedaçada caso notem que nãosomos perfeitos, tudo isso pode levar a duas condições naturaisdo ser, que podem ser denominadas:

Traço fóbico, condição normal de pressão, não impeditiva àtarefa, trabalhado pelo exercício, confiança, segurança, reformaíntima, exposição constante, leitura, etc., ou,

Fobia social, condição extrema de pressão, impeditiva, necessitade tratamento psicoterápico, geradora de Topofobia ( medo depalco ) potencializada por um quadro severo de ansiedade e emcasos mais profundos de ataques localizados de pânico.

O medo tem sua base no âmbito mental, da ansiedade do nãoconhecer experiências novas, das autocríticas depreciativas e dafértil imaginação ( normalmente negativa ), que gera umapseudoconcepção negativa da situação proporcionando o medo.

Suas conseqüências mais conhecidas são: A famosa “tremedeira”e os “brancos”, que reforçam esta autoconcepção negativa efazem que não consigamos raciocinar ou encontrar soluções paraa situação. É o que dizemos quando a pessoa “trava”, nãoraciocina mais, passa a ter alterações cardio-respiratórias enecessita imediatamente de socorro, inclusive espiritual.

É necessário reprogramar-se face à tendência do medo,conscientizando-se de que em primeiro lugar estamostrabalhando para e com o Cristo. Em segundo lugar devemosreconhecer que não somos os únicos a sofrer de medo, e quecom a experiência o mesmo estará gradualmente sendo reduzido.

A platéia está ali para ver nosso sucesso e não nossa falha e quedevemos concentrarmo-nos no que estamos dizendo e não comoestamos dizendo. Quando damos muito valor à técnica fechamosa ligação espiritual e passamos a atuar apenas no campo darazão.

Se conhecermos bem o assunto, ensaiarmos insistentemente,respiramos de forma adequada ( diafragmaticamente ) e orarmoscom harmonia poderemos controlar a emoção pelo intelecto sem

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prejuízo das ondas intuitivas. Tudo isso mais o vocabulárioaumentado pela leitura, estudo e as experiências vivenciadasgeram segurança, que proporcionam desenvoltura, seqüêncialógica e bem-estar físico e emocional, reforçando epotencializando a disposição de cumprir a tarefa com amor ededicação.

Normalmente um bom preparo intelectual e espiritual é suficientepara não extrapolarmos os limites do traço fóbico.

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

RESPIRAÇÃO

Deve ser diafragmática, movimentando-se a barriga, cominalação adequada ( profunda e controlada ), com issodescongestionamos o acúmulo sanguíneo formado na região,reduzimos a freqüência cardíaca, oxigenamos melhor as células,facilitando o raciocínio, a concatenação de idéias e análise crítica.

Não deve-se esvaziar os pulmões durante uma exposição: A vozsimplesmente “acaba” por falta de ar, e requer um sobre-esforçopara inspirar novamente o volume necessário para o perfeitofuncionamento do órgão.

Importante: Deve-se respirar entre uma idéia e outra, ninguémpercebe ou condena uma pausa de 1, 2 segundos numaexposição. Auxilia o trabalho de organização das idéias e tambémdá tempo mesmo que inconscientemente à platéia para absorveras informações.

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NÍVEL

BÁSICO

APRESENTAÇÕES PESSOAIS DE TEMAS

Objetivo: Expor o aluno à situação de avaliação, permitindotrabalhar a inibição e timidez. Avaliar a gesticulação e articulação.

Como o tempo é reduzido ( 3 minutos ) o aluno deve trabalhar opoder de síntese, transmitindo a introdução, desenvolvimento econclusão do tema de forma objetiva e concreta.

Não permitir que o aluno exponha o tema além do tempo, mesmoque isso acarrete uma frustração na classe ou no mesmo, sóassim o fator “Planejamento X Execução” começa a sertrabalhado pelo prévio ensaio da apresentação.

Os temas devem “obrigar” o aluno à pesquisa, exercitando suadisposição de buscar as informações e estudar algo quenormalmente está apenas na camada superficial de seu intelecto.

Podem ser livres ou ainda focados em situações específicas quepermitam uma exploração do sentimento do aluno. Uma boa dicaé utilizar os temas dos programas dos Cursos da Aliança paraestas apresentações ( Curso Básico, Escola de Aprendizes,Curso de Médiuns, Mocidade Espírita, Sessão Doutrinária, Escolade Pais, etc. ), corrigindo ou orientando sobre os objetivos decada um deles, para que os conceitos fiquem bem fixados aoalunos.

Sugestões de temas:

A poluição Um fato pitoresco O trânsito e o novo código Um sonho Um livro que li Dependência Química Um cientista de renome O estresse Clonagem Práticas esportivas Livre Uma reportagem de jornal ou revista Um filme Minha vida no espiritismo Uma aula do Curso Básico de Espiritismo ( Vide Vivência

Cap. 2 ) Uma aula da Escola de Aprendizes ( Vide Vivência Cap. 3 )

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Uma aula do Curso de Médiuns ( Vide Vivência Cap. 5 ) Uma exposição de Sessão Doutrinária com história ( Vide

Vivência Cap. 6 ) Uma aula de Mocidade Espírita ( Vide Vivência Cap. 8 ) Uma aula da Escola de Pais ( Vide Vivência Cap. 7 )

Podemos também ampliar os conceitos de exposições permitindoapresentações de Dinâmicas ( em suas respectivas aulas ) deGrupo com tempo ampliado para 6 a 10 minutos ( dependendo daquantidade de participantes ), de preferência com recursoslúdicos voltados a manipulação de objetos ( não cartazes,transparências, etc ), mas sim objetos concretos em que osparticipantes possam interagir com o tema ( flores, bonecos,recortes, cordas, espelhos, etc. ).

Para as apresentações do módulo de preleções, sempredependendo da quantidade de participantes e da disponibilidadede tempo, pode-se fazer apresentações em tempo real, ou seja,permitir o desenvolvimento de uma preleção na sua totalidade,desde a abertura, desenvolvimento e vibrações, com tempo entre15 e 20 minutos ( Vide nível avançado ).

As aulas da Escola de Aprendizes também poderão ser treinadasem tempo real, mas apenas ao término das apresentaçõessimplificadas, já que vão exigir maior preparo e domínio da classe( Vide nível avançado ).

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NÍVEL

BÁSICO

DINÂMICAS DE GRUPO

No século XIX, os estudos sobre comportamento humano emsociedade davam origem a um ramo das ciências, denominado“psicologia social”, cujo objetivo era estudar o homemsimultaneamente como causa e conseqüência da sociedade esuas relações. Neste século, à época da 2a. Guerra, em 1944,Kurt Lewin introduziu nesta ciência, o estudo das relações depequenos grupos ( para diferenciar do estudo das comunidades emultidões ), surgindo então o termo “dinâmica de grupo” origináriodo grego “dinamys” que significa força, energia, ação. Nesta área,diversos estudos se desenvolveram, multiplicando aplicações emáreas como a psicoterapia, as relações de trabalho e apedagogia. Nesta, destaque-se o trabalho de Jean Piaget naanálise do pensamento da criança, e suas extensões acerca dopensamento humano no aprendizado.

Não é intuito dos Cursos apresentar os conceitos teóricos destaciência, mas resumir as mais significativas conclusões referente àaplicação de aulas em nossos programas de Curso Básico,Escola de Aprendizes, Mocidade Espírita, etc., abordar-se-á tãosomente os conceitos estritamente necessários à compreensãodo que será exposto.

O que é aprender ?

A escola de nossa infância limitou-se a um único modo deaprender: O aluno escuta o professor numa sala de aula. Mas hámuitas fontes de aprendizado, sem que seja exclusivamente comos ouvidos. A primeira fonte de saber é a vida de todos os dias.

Por exemplo, aprender a ser pai ou mãe é coisa que se faz navida, e não na teoria. É, sobretudo agindo que se aprende, everificamos que nosso ser, todo mundo interior que temos emnós, constitui-se de tudo que vivemos e experimentamos, e nãoapenas do que ouvimos em um curso.

Processos de Aprendizagem:

Processo passivo: Exposição de conhecimentos; aprende-se comolhos e ouvidos, recebe-se; o aluno se abre para idéias esentimentos dos outros; aprende-se a ouvir e discutir com osoutros.

Processo ativo: Vivência e experimentação; aprende-se com acabeça, com o coração e com as mãos; o aluno dá de si, afirma-

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se; criando, compreende melhor a si próprio; descobre asaptidões e limites; aprende-se a trabalhar com os outros.

Exemplificando: Aprender sobre a caridade pode ir além doinformar sobre ela, seu significado, suas características. Oaprendizado será mais rico e completo se pudermos conduzir aspessoas à rua, por alguns momentos, para ver, conversar eobservar as pessoas e o mundo, com seus contrastes sociais, asolidão, a impiedade, as lacunas da comunicação humana. Emais ainda, se houver uma programação organizada de visitas outrabalhos em obras sociais de valor. É a diferença que existeentre observar um mecanismo e tentar montá-lo. Assim, quantomais o aprendizado se aproxima da vivência, mais autêntico setorna.

Elementos facilitadores do aprendizado das pessoas:

Ambiente que favoreça a participação. Encaminhamentos que possibilitam às pessoas descobrirem

e expressarem suas necessidades reais ( é inútil debater umassunto quando o grupo sente que ele nada tem a ver comsuas necessidades reais ).

Encaminhamento que valorize as idéias, os sentimentos, ospontos de vista de cada um e que aceite as diferenças deopinião com algo bom e aceitável.

Encaminhamento que reconhece a cada um o direito de seenganar.

Encaminhamento que concede tempo para aprender (quando se está absorvido pela idéia de que se tem quechegar ), “a resposta correta”, ou quando o expositor revelade imediato, não se aprende a buscar por si.

Encaminhamento pelo qual o grupo e o indivíduo podem,eles próprios, avaliar seus progressos.

Encaminhamento durante o qual cada um se sinta aceito:Quando a pessoa se sente obrigada a mudar, vê rejeitado oseu próprio ser, bloqueando qualquer aprendizado; quandoao contrário, pode livremente observar seus próprios valores,pode também se abrir ao que é novo, pois não se senteconstrangido

Educação, num aspecto mais amplo:

A educação vem do impulso íntimo da criatura em se conhecer,se aperfeiçoar, desenvolver em si mesmo todo o seu potencial.

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Essa educação não tem fim e é um pouco como o amor, é muitolivre ao mesmo tempo muito exigente. É permanentementeincompleta, devido às transformações rápidas do mundo e,sobretudo, devido às necessidades de evoluir que caracteriza oespírito. Desta forma, se estamos envolvidos num esforçoorganizado dentro da Doutrina Espírita, que liberta e faz crescer oespírito através da fé raciocinada, devemos nos preocupar emfornecer educação total, e não apenas a sua forma tradicional,restrita à idéia de bancos escolares. Se não oferecermos aaprendizagem mais rica e a educação mais ampla, os espíritas doamanhã serão, com raras exceções, pessoas apenas beminformadas, mas certamente mal formadas e sem aquele impulsoíntimo que leva à busca constante do progresso e doaprimoramento moral que é uma das características do espírita.

Resumo: Possibilita vivência, que ao ser refletida e partilhadagera aprendizado pessoal e grupal possibilitando:

Auto-conhecimento. Exercício de escuta e acolhida do outro como ser diferente. Experiência de abertura ao outro e participação grupal. Percepção do todo e das partes, da vida e da realidade. Desenvolvimento da consciência crítica. Confronto e avaliação da vida e da prática. Tomada de decisão de modo consciente e crítico. Sistematização de conteúdos, sentimentos e experiências. Construção coletiva do saber.

Aspectos práticos:

Extensão da aulao O expositor é responsável por equacionar, com

bom senso: Extensão do assunto,profundidade, técnica, número de participantes,nível de participação, de modo a não faltar coma pontualidade, ou seja, limitar-se aos 45minutos.

Objetivos e contexto da aulao A aula sempre faz parte de um programa de

aulas. É necessário ter plena consciência dosobjetivos da aula para não deixar de cumpri-losnem avançar no objetivo de outras aulas doprograma.

Preparação da aula

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o Além da preparação com relação ao estudopara domínio do assunto, o emprego dastécnicas de dinâmica de grupo exige oconhecimento dos seguintes fatores:

Quanto aos participantes: Suas necessidades e interesses, suasexpectativas e sentimentos em relação ao assunto da aula, etamanho do grupo. Verificar idade, quantidade e casos especiais (cegueira, surdez, analfabetismo, etc. ).

Quanto ao ambiente material: Adaptações das técnicas,atividades e recursos a adotar ( iluminação, eletricidade,disposição das mesas e cadeiras, dimensões da sala, materialdidático e audiovisual disponível, etc. ).

Aspecto prático do assunto: Ou seja, como o assunto da aulainfluirá na vida dos participantes ( deve haver ressonância navivência dos alunos, para motivar a participação e evitar que osensinamentos mais importantes caiam no esquecimento ).

Complexidade da matéria: É necessário definir limites razoáveisdentro da capacidade de compreensão e assimilação dos alunos.

Escolha das técnicas, atividades e recursos:

Tudo que foi citado acima deve ser considerado na escolha datécnica mais adequada. Algumas técnicas servem perfeitamentequando se deseja transmitir informações novas, outras paramotivar a reflexão, outras ainda para suscitar a participação pelaapresentação de opiniões individuais no grupo. Igualmente hárecursos que facilitam a fixação, a visualização, a motivação, oenriquecimento da experiência, etc.

Portanto, os aspectos fundamentais na aplicação de dinâmicassão:

Conhecer todos os passos da dinâmica e aplicá-los comsegurança.

Ter clareza de aonde se quer chegar, qual o objetivo. Saber que é apenas um instrumento dentro do processo a

ser desenvolvido. Saber que possibilita clima de espontaneidade para

participação geral. Percepção do nível de relações e entendimento do grupo. Observação das expressões corporais, sobretudo faciais,

para valorizar os sentimentos e reações de cada um.

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DINÂMICA NÃO TEM RESULTADO ERRADO, É OBJETO DEREFLEXÃO E APRENDIZAGEM

Técnicas mais conhecidas:

Expositiva: Um elemento expõe o tema para a assistência, comintrodução, desenvolvimento e conclusão. O expositor deve tercapacidade incentivadora, domínio vocal e perfeito conhecimentodo tema.

Observações: São bem vindos recursos visuais como quadros,cartazes, murais, slides e emprego de técnicas auxiliares comoperguntas e respostas, etc.

Simpósio: Aplicado por um grupo de expositores, apresentar àassistência os expositores e as partes dos assuntos que cada umexporá. Ao término de cada exposição resumir o assunto para aplatéia. No fim das exposições dar uma visão geral do tema,acatar perguntas e opiniões da platéia e dirigí-las aos expositores.

Observações: Os expositores participantes devem ter um limitede tempo bem definido, conhecer profundamente o assunto e terbom domínio vocal.

Pinga-Fogo: Lançar o tema para o grupo; dar alguns minutos paraque os elementos elaborem por escrito perguntas sobre o tema;convidar previamente elementos conhecedores do assunto pararesponder às perguntas dos participantes; encaminhar oralmenteas questões aos entrevistados.

Observações: Pré-selecionar as perguntas para que não fujam aoassunto.

Entrevista: Lançar um tema para o grupo, dar algum tempo paraque os participantes elaborem perguntas sobre o tema; Sortearelementos que formarão 2 grupos, o de entrevistadores e o deentrevistados; proceder às entrevistas, o expositor poderá daruma contribuição complementar.

Observações: Cuidar para que as perguntas e respostas nãofujam ao tema, a entrevista deve ser feita em tom de conversa, osassistentes poderão no fim emitir opiniões sobre entrevistados eentrevistadores.

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Dramatização: Lançar uma situação para o grupo; escolheralguns elementos para encenar estas situações; pedir a opiniãodos assistentes sobre a situação; concluir o tema analisando asituação encenada.

Observações: A duração deve ser curta, indicada para umaintrodução, a título de movimentação inicial para o debate ou aofinal, como forma de fixação; usar em grupos que se conheçamhá bastante tempo, em clima de mútua confiança e respeito.

Fórum: Lançar assunto controverso; convidar um elemento paradefender um lado da questão; convidar outro elemento paracontestar o tema, assumindo posição contrária; pedir aos demaisparticipantes para se posicionarem a favor de um ou outro;concluir a discussão expondo os aspectos relevantes para oobjetivo da aula.

Observações: A platéia só poderá fazer a avaliação após odebate; o expositor controla as manifestações evitando extremos,se for necessário fazer uma análise conjunta dos sentimentos dogrupo; cuidar para não criar animosidades ou clima ofensivo.

Oposição de idéias: Lançar uma tese controvertida; formar doisgrupos, pedir para um grupo defender a tese, pedir para o outrogrupo atacar a tese, assumindo posição contrária; em certomomento inverter as posições ( quem defendia passa a atacar evice-versa ), ao fim concluir selecionando os aspectos positivosao aprendizado e crescimento do grupo.

Mesa Redonda: Disposição inicial do grupo todo em círculo,lançar um problema ou questão; procurar acatar as idéias detodos os elementos, escolher um redator para anotar asconclusões do grupo.

Observações: Respeitar todas as idéias; incentivar a participaçãode todos os elementos; controlar o tempo da discussão; éadequado que o assunto seja de conhecimento do grupo pelomenos superficialmente.

Brain-Storming ( tempestade cerebral ): Formar um grupo únicoem círculo ou semi-circulo; lançar um problema ou uma questão,em poucos minutos exigir o máximo de idéias ou sugestões, iranotando tudo rapidamente em um quadro; depois da coleta deidéias, passar à análise de todas em conjunto, com mais tempo.

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Observações: O problema ou questão lançado não deve sercomplexo, a rapidez das respostas evita a auto-censura do grupo,buscando a originalidade das idéias, não se anota o autor decada idéia; a fase de análise é para compreensão eaperfeiçoamento das idéias originais.

Painel progressivo: Lançar um tema para discussão; formarpequenas equipes para a primeira fase do debate; reunir asequipes duas a duas prosseguindo a discussão pelas conclusõesda fase anterior; seguir o mesmo processo progressivo de fusãodas equipes até formar um “grupão”; colher a conclusão do grupototal.

Observações: Controlar rigorosamente o tempo de cada fase;incentivar a participação de todos, em todas as fases; é indicadouma análise final a partir de diversos pontos de vista detalhados.

Painel regressivo: Lançar um tema para discussão; formar umgrupo único em círculo para a primeira fase da discussão; apósminutos dividir o grupo em dois continuando o tema pelasconclusões anteriores; seguir o mesmo processo até a divisãochegar a pequenos grupos de dois ou três elementos; colher asconclusões de cada equipe.

Observações: Controlar rigorosamente o tempo de cada fase;incentivar a participação de todos em todas as fases; como emgrupos menores aumenta a liberdade de exposição individual éindicado para temas amplos ou complexos onde o assuntodesperta progressivamente diversos pontos de vista.

Fracionamento: O expositor expõe o tema e as diretrizes básicasao grupo único disposto em círculo; abre-se oportunidade paraperguntas e esclarecimentos iniciais; divide-se o grupo empequenas equipes que discutem o tema proposto; reunir todosnovamente em grupo único para nova discussão e conclusõesgerais.

Observações: Controlar rigorosamente o tempo de cada fase; éindicado para demonstrar a reciprocidade e multiplicidade deopiniões e para promover espírito de equipe.

Painel integrado: Dividir o grupo em várias equipes e número deelementos, exemplo: Grupo A – 4 pessoas numeradas de 1 a 4,Grupo B – idem, Grupo C – idem, Grupo D – 3 pessoasnumeradas de 1 a 3; subdividir o tema em vários tópicos de modo

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lógico, para cada equipe discutir; formar novos grupos com oselementos do mesmo número, exemplo: Grupo com as 4 pessoasde número 1, idem com número 2, idem com número 3, idem com3 pessoas com número 4; pedir aos novos grupos que debatamos resultados do trabalho da primeira fase.

Observações: Controlar rigorosamente o tempo de cada fase;procurar dividir as equipes de modo a obter igualdade numéricaentre a quantidade de equipes e o número de pessoas de cadaequipe.

Grupo de Observação / Grupo de Verbalização: Formar um grupode observação em círculo; formar um grupo de verbalização emcírculo no centro do grupo de observação; lançar um problema ouquestão para o grupo de verbalização; após certo tempo inverteros papéis e as posições das cadeiras dando oportunidade aosque observaram para participarem da discussão “obrigando” osque discutiam a observarem.

Observações: Ao inverter os papéis o grupo deverá discutir apartir do ponto onde o grupo anterior havia parado; érecomendado para assuntos onde seja importante oreconhecimento de opiniões diversas e quando se desejeaprender a ouvir o próximo.

Cúpula: Dividir a classe em pequenos grupos elegendo umsecretário em cada um; aplicar perguntas para debates internos,os secretários anotam as idéias; trazer todos para um grupo gerale os secretários lêem as anotações das discussões dos grupos;os outros elementos dos grupos complementam as anotações.

Observações: Não deixar polemizar, controlar a participação e otempo de cada grupo; complementar ou corrigir informaçõesdistorcidas.

Cochicho ou Zum-Zum: Dividir a classe em duas partes; solicitarpara que as conversas sejam feitas em tom de voz reduzido;chamar alguns elementos para exporem as conclusões de cadagrupo; verificar complementos com os que não foram chamados.

Observações: Controlar o nível de ruído para que não hajadesarmonia; controlar o tempo.

Seminário ( aulas seqüenciais, ex.: Sermão do Monte,Apocalipse, Parábolas, Evolução Anímica, etc. ): Dividir a classeem vários grupos; dar um tema para cada grupo, o grupo deve se

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reunir durante a semana fora da sala de aula para estudar epesquisar o assunto, na aula seguinte deverá haver a exposiçãodos trabalhos em classe.

Observações: Os participantes dos grupos devem ser afins, ostemas podem ser frações da aula ou o tema inteiro, controlar otempo de exposição de cada grupo, como o resultado torna-semuito rico face aos diversos pontos de vista; é necessáriocontrolar as distorções conceituais.

Teste antecipado: Levar questionários e distribuir à classe, dartempo para que as questões possam ser refletidas e respondidas;recolher os questionários respondidos, desenvolver o tema daaula de forma expositiva, ao final da aula devolver osquestionários e corrigir as questões individualmente ou em grupo,já que o nível de esclarecimento agora torna-se maior.

Observações: Deve-se conhecer profundamente os assuntosabordados; controlar o tempo; cuidado com casos especiais emsala ( alunos com problemas de leitura e/ou escrita )

Perguntas sem respostas: distribuir perguntas numeradas;distribuir respostas sem numeração; pedir à classe que seja feitaleitura das perguntas em ordem numérica, a classe deve localizara resposta correspondente; ao término de cada resposta dissertarsobre o assunto.

Vareta Mágica: Ficar de costas para a classe, entregando umarégua ou vareta que deverá circular de um a um; bater palmaspara parar a passagem da vareta; lançar pergunta e o aluno queestá de posse da vareta responde; explanar.

Observações: Deve-se ter muito domínio da técnica e da classe;há uma tendência ao tumulto já que ninguém vai querer ficar coma vareta na mão, em grupos grandes esta dificuldade se acentua.Respeitar os limites de cada um, inclusive a timidez de algunsalunos não forçando-os a se exporem caso não desejem.

Discussão Circular: Dividir a classe em grupo elegendo umcoordenador em cada um; a pessoa á direita deve falar duranteum minuto e passa a seqüência ao próximo da direita, só se podeusar a palavra uma segunda vez após todos terem falado e adiscussão ter voltado à sua vez; formar novamente um só grupo epedir aos coordenadores que exponham as conclusões dosgrupos.

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Observações: explicar muito bem as regras do jogo para nãohaver “melindres”; os grupos não devem ser grandes para quehaja possibilidade de todos expressarem-se; controlarrigorosamente o tempo, os coordenadores de grupos deverão terrelógios.

Técnicas de iluminação e fixação:

Musical: Trazer uma música relacionada com o assunto, poderáser disco, fita cassete ou pode-se interpretá-la com auxílio daturma, se houver interesse e possibilidade todos poderãoaprendê-la e cantá-la.

Desenho: Os participantes são incumbidos de interpretar, fazendouma gravura ou desenho da mensagem, do assunto da aula.Pode ser feito individualmente ou em grupo.

Poesia: A aula ou uma parte do assunto deverá ser comentadaem versos, criados ou lembrados pelos elementos, estejam só oudivididos em grupos.

Palavras Cruzadas: Preparar uma palavra-cruzada com palavraschaves do assunto estudado, colocando-a em um cartaz, e, nodecorrer ou no final da aula os participantes deverão,individualmente ou em grupo, preencherem ou completarem apalavra cruzada, através das perguntas do coordenador.

Mensagem: Trazer uma mensagem relacionada com o tema daaula, esta deverá ser lida e interpretada pelos participantes.

Mural: Pode-se afixar fotografias, reportagens, trabalhos dadosem aula, etc.

Jogos: Preparar um jogo ou brincadeira para antes ou depois daaula, relacionado com o assunto da mesma.

Distribuição de perguntas: Distribuir perguntas escritas aosparticipantes que deverão ser respondidas no decorrer ou no finalda aula.

Retro-Projetor ou Slides: São meio de ilustração, muito viáveis,importante observar para que a aula não se torne “sonífera”.

Visitações e passeios: São importantes à medida que mostram aparte prática, de uma teoria previamente exposta.

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Outros recursos: Jogo da forca, objetos, vídeo, datashow, quadronegro, quadro branco, flanelógrafo, mapas, exemplares deperiódicos, etc.

A criatividade de cada um deve ser usada, com bom senso eadequando às necessidades de cada turma.

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

DINAMIZAÇÕES DE AULAS

Vimos que os recursos de Dinâmicas são essenciais para umamelhor fixação os objetivos das aulas, contribuem também paraum processo de abertura às experiências, mesmo que a nívelexperimental, e proporcionam momentos valiosos no íntimodaqueles que necessitam exporem-se ao próprio “eu”.

Como podem ser classificados em expositivas e lúdicas osprocessos devem ser balanceados para que os objetivos sejamatingidos plenamente.

É um erro tomarmos uma atividade de grupo como o início, meioe fim de um processo de aprendizado. Isso normalmenteacontece quando não há preparação suficiente do tema paraabordagens mais profundas, e toma-se a atividade comocondutora da superficialidade do assunto.

As aulas devem ser dinamizadas, quebrando-se assim a distânciaentre os fatos e o eu. Lembremo-nos que na estrutura da auladevemos dar espaço para a introdução ou explanação do tema, oseu desenvolvimento ( aí cabem os exercícios, desde que bemaplicados e equacionados com o tema ), o tempo de reflexãoindividual e coletiva ( troca de experiências no campo interior eexterior ) e a fixação dos valores e conceitos transmitidos eadquiridos. A aplicação de exercícios tende a criar-se umambiente de brincadeira, o que não pode ser verdade. Osexercícios devem mexer com a emoção, com a persona doindivíduo, “chacoalhar” seu campo de visão do mundo.

As apresentações com recursos audiovisuais tendem também ase tornarem auto-suficientes, e devemos quebrar esta auto-suficiência com interferências explicativas ou vivenciais.

Vivemos dias corridos e desgastantes onde o interesse e odesencanto tomam conta de grande parte da população. Estarealidade também aflige os nossos alunos e removê-los destemarasmo é responsabilidade do expositor ciente de sua missão epara tanto podemos nos utilizar de dinâmicas para incentivoinicial, para fortalecimento de argumentação e fixação de idéias.

Independente do tipo de aula e de seu conteúdo a utilização dedinâmicas sempre contribuirá para despertar a atenção eaumentar o interesse.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

DINÂMICAS LÚDICAS

Qual o objetivo de uma atividade lúdica ? Criar ambiente aberto,fraterno e alegre.

Como as técnicas expositivas também são consideradasdinâmicas de grupos é importante que esteja claro que asdinâmicas voltada a objetos, músicas ou participação ativa doaluno são eficazes para uma maior ilustração, iluminação ouexplanação de um tema.

Quando se faz parte de um processo de aprendizado, sendoelemento do mesmo, tornamo-nos mais motivados e temos ointeresse despertado porque as noções abstratas e subjetivas sãoilustradas de forma objetiva, concreta.

Algumas das dinâmicas que já foram objeto de estudo e astécnicas de dinamizações de aulas são lúdicas, mas é importantesalientar este fator por permitir uma aproximação dos alunos dassituações normais e aumentando a capacidade de observação eenvolvimento emocional com o tema.

Pode-se utilizar vários recursos, dentre os quais os já citadosslides, fotos, gravuras, cartazes, álbuns, flanelógrafos, varal decartazes, filmes, transparências, mapas, lousas, quadros, discos,fitas cassetes, cd’s, rádios, filmes sonoros, teatros, videocassete,televisão, slides com som, microcomputador, datashow, água,plantas, pedras, animais, bibliotecas, museus, cinemas, parques,jardins, indústrias, lojas, creches, asilos, orfanatos, hospitais,albergues, etc.

O diferencial aqui é que os recursos utilizados não sejam de usoexclusivo do expositor, que os próprios alunos sejam oselementos da exposição ou da manipulação de tais recursos.

Por elevar a condição de participação de todos, é necessárioharmonizar o ambiente após a atividade lúdica para que oexpositor, aí sim na sua tarefa esclarecedora e de fixação dotema, possa “fechar” a aula. Deve-se trazer todos de volta aoslugares, pode-se usar música suave e texto de reflexão, pedirpara que os pensamentos retornem ao ambiente e que todostranqüilizem-se. Após a harmonia ter se restabelecido podemosconcluir a aula com amor e de coração aberto. São experiênciasvalorosas.

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NÍVEL

AVANÇADO

MOTIVAÇÃO E ENTUSIASMO

Não entraremos aqui em aspectos psicológicos do estar e do sermotivado, mas apenas lembrar que somos seres constantementeinfluenciáveis pelas ações do meio.

Assim temos tendências a variarmos nossas disposições, mentaise físicas, dependendo do que nos ocorre no dia-a-dia. Muitasvezes, em nome da razão deixamos de acreditar na possibilidadede algo dar certo e perdemos a ação de concretizar este algo.

Isso é que o expositor tem que ter em mente constantemente. Atarefa deve ser gratificante e estimulante, encararmos cada aula,cada preleção, como oportunidades valiosas de estudo,aprendizado e crescimento. O fardo não deve ser pesado, aocontrário, o fardo é leve porque a recompensa é muito maior, asensação do dever cumprido, o olhar penetrante do aluno, osorriso nos lábios, a reflexão profunda em torno da vida, tudo issoé a recompensa que deve nos mover à frente, conscientes que otrabalho é pelo Cristo e não por nós.

A motivação segundo Taylor ( 1910 ) baseia-se na obediência aosmétodos e nas penas e recompensas. A máxima é: Quanto vouganhar com isto se fizer deste jeito ?

Maslow ( 1943 ) expõe que o homem só buscará satisfazer suasnecessidades quando a anterior estiver satisfeita, como umapirâmide de valores.

Em 1970 formulou-se a teoria do X,Y,Z onde X seriam pessoasacomodadas que só se mexem quando punidas, coagidas ouobrigadas. O Y seriam pessoas inquietas que aceitam desafios eZ seriam as pessoas a favor da cooperação, dão ênfase aotrabalho em equipe, para elas o sucesso vem da direção emcomum e não do trabalho em todas as direções. São dinâmicas,solidárias, pedem ajuda e dividem responsabilidades. Este estudoserve para esclarecer o expositor quanto aos tipos de motivaçãoexistentes e que com certeza ele encontrará nos alunos. O seutexto deverá ter a qualidade que satisfaça pelo menos o tipo demotivação dominante.

Ser motivado é ter otimismo aliado a comportamento estusiástico.

Ser otimista é acreditar que tudo vai dar certo. Lembremo-nos dosconceitos de vida plena, onde todas as experiências são amigas,e agir entusiasticamente é transformar, agir, transmutar em

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realidade.

Quais são as conseqüências de se agir estusiasticamente ?

Primeiro: estimula e contagia positivamente o grupo para umobjetivo, levanta o moral, eleva a vibração. Segundo: Favorece ocrescimento e a mudança, pois com um clima de maiorintensidade emocional o sujeito se dispõe a mudar, a cortar laçoscristalizados, a “não se recalcitrar contra os aguilhões” comorecebeu a instrução Paulo de Tarso. Terceiro: Com este estadode disposição potencializado o indivíduo se abre à busca denovas experiências e oportunidades.

Sugestões para se agir entusiasticamente:

Passar das palavras à ação. ( Emmanuel: A palavraesclarece, mas o exemplo arrasta ).

Para de se lamentar. ( Evitar dizer: Não sei..., é impossível...,mas... ).

Administrar o tempo. Concentrar-se no agora. Aprender com as experiências passadas. Distinguir o essencial do não essencial. Planejar, estabelecendo prioridades. Desenvolver a autodisciplina. Vencer o medo. Tentar, começar, caminhar. Tomar iniciativas. Errar: De vez em quando acertar. Aprender com os insucessos. Avaliar causas e conseqüências. Cultivar boa saúde física e mental. Ter visão criativa. Sair da rotina. Ser flexível e tolerante.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

QUALIDADE NA APRESENTAÇÃO

É uma arte ser excelente e pode-se demonstrar em 6 níveis.

1. Mudança – A busca de valores.2. Empenho – Persistência, continuidade.3. Confiança – Consciência do potencial humano.4. Limitações – Somos seres incompletos e portanto limitados.5. Medos – As ameaças se diluem, pois caminhamos para uma

melhora global.6. Técnicas – Somos guiados por sistemas que disciplinam

nossas ações.

A busca da qualidade dentro dos tópicos acima, criará ao nossoredor uma aura que envolverá as nossas ações ( exposição ) equem conosco se relacionar ( alunos ). Sentiremos assim:

Confiáveis – Nossa exposição terá mais crédito e mais força.Racionais – Nossa exposição apelará para a razão.Receptivos – Mais intuição, maior sensibilidade.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

PROCRASTINAÇÃO E QUERER

Procrastinação é o ato de deixar para amanhã o que se podefazer hoje. Para efeito de estatística, mais de 80% de executivossofrem deste mal.

Temos a capacidade de nos sobrecarregarmos de tarefassecundárias e de pouca importância, consumindo energia. Donosso tempo total, 60% são consumidos por tarefas que agregampouco ou nenhum valor, é a conhecida “forma ativa de perdertempo”.

Acaba sendo uma forma de fuga dos reais problemas quedevemos encarar e resolver. A procrastinação nos traz uma boadose de ansiedade e depressão, pois quem procrastina temsempre a sensação que deixou de fazer algo e existe a culpa anos pesar.

Os procrastinadores são propensos a pequenas e constantesdoenças, pois experimentam frustrações em função de estaremsempre atrasados com suas tarefas e quando a cumprem ofazem sempre abaixo da expectativa.

A vida é uma sucessão de vontades, busca de satisfações, umeterno querer. Saber o que se quer é decisivo para toda equalquer forma de sucesso. Querer envolve escolhas e objetivose para que o nosso “querer” não desfigure os mais belos quadrosda vida se torna necessário direcionar a vontade para nobressetores do espírito.

Querer fabricado é buscar aquilo que não precisamos:Modas, mídia, cultura.

Querer de qualquer forma é capricho, é paixão que uma vezatingida nada nos mudou.

Querer tudo é a vontade desenfreada, ciumenta e invejosa. Querer o que todos querem é massificação.

Não vivemos sem querer e ele jamais deve ser destruído ouanulado, ele deve ser orientado, pois assim alimentamos o desejode melhora constante ( RI ). O que necessitamos é treinar nossavontade para que obedeça aos ditames da razão e da livreconsciência.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

LIDERANÇA

“O Discípulo de Jesus é aquele que deixou de ser conduzido paraconduzir”, isto é liderança.

Líder no movimento espírita, além dos atributos normais de umcondutor comum, deverá reunir outras características, pois suaação está estreitamente ligada à evangelização do próximo e acontinuidade da Doutrina. As características necessárias são:

Comprometimento – “Tatuar a pele”. Envolvimento – Ele faz com as pessoas. Entrosamento – Ele conhece o que faz. Responsabilidade – Sabendo que a tarefa é sua, cria

condições e faz. Aferição – Checa o resultado de seu trabalho. Entusiasmo – Gosta de que faz. Firmeza – Contorna os obstáculos.

Todos estes valores servem e valem para o expositor espírita, sefaltar algum deles deixa de cumprir com a tarefa integralmente.

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NÍVEL

BÁSICO

MOCIDADE ESPÍRITA

O que é: Um programa organizado para proporcionar a vivênciado Cristianismo como proposta essencial de aperfeiçoamentomoral dos jovens. Também é o nome da área no Centro Espíritaque está dedicado à juventude.

Quais são seus objetivos: Dar ao jovem uma formação moral eintelectual que seja a base sólida sobre a qual ele construirá suavida, e onde concentrará forças para enfrentar a si mesmo e omundo, diante da realidade em que vive, e caminhar para a frentepor seus próprios recursos. Outro objetivo importante é promovera construção da base religiosa e moral da juventude, preparandoo jovem para assumir uma posição participativa dentro daDoutrina Espírita e do grupo a que se filia, para que, através doseu dinamismo e coragem, possa realmente exteriorizar oEspiritismo de maneira atuante.

Como se estrutura: Reuniões semanais com duração de 90minutos com o seguinte roteiro básico: 10 minutos – Preparação,elevação gradativa e prece; 25 minutos – Avisos, comentários,músicas, etc.; 45 minutos – Apresentação da aula, sobre assuntoespecífico, conforme a programação; 10 minutos – Encerramento,vibrações coletivas e prece de agradecimento.

As dificuldades por alguns expositores, quando diante de turmasde Mocidade espírita não tem como causa essencial nem oposicionamento dos jovens, nem a qualidade dos expositores.Basicamente é um problema de desinformação destes a respeitodo meio onde vão trabalhar ( os jovens ) que é algo diverso doambiente “de adultos” das Escolas de Aprendizes. Veicularalgumas informações sobre a Mocidade Espírita e seu programade estudos é o objetivo deste capítulo, extraído de um texto maisamplo, que é a apostila do “Curso de Expositores –Especialização em Mocidades e Dinâmicas de Grupo”,organizado pelo Comitê de Apoio às Mocidades da Aliança.

O jovem na dimensão psicológica e social:

A adolescência é uma fase de intensas e simultâneastransformações biológicas, mentais, emocionais e sociais para oser humano. Por isso mesmo é uma tarefa complexa, masessencial, compreender o jovem para comunicar-se com ele.Vejamos superficialmente tais aspectos:

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Transformações biológicas da adolescência:

Nesta fase advém a maturidade sexual, ou puberdadecaracterizada pela eclosão das funções sexuais ( ovulação namoça, espermatogênese no rapaz ), que possibilitam acapacidade de procriação. A razão destas mudanças é a intensaalteração na atividade glandular, que também acarretatransformações anatômicas gerais e aparência no corpo, na voz,na velocidade de crescimento, na estrutura óssea, etc.

Transformações psicológicas:

No que toca ao item anterior, as transformações anatômicaslevam o jovem a um auto-conhecimento sobre seu corpo. Asnoções de estética e força também influem profundamente norelacionamento em grupo, envolvendo funções como liderança,namoro, esportes, etc. Mas decididamente é a atividade mentalem si que passa por radical transformação e podemos citaralguns fatores importantes:

Ampliação das capacidades de percepção, imaginação,memória, lógica e atenção.

O pensamento mágico infantil é substituído pelo pensamentológico.

Amplia-se a vontade e o poder de concentração. Interesse pela sociedade ( noção de coletividade ). Descoberta do mundo interior ( abstração, interiorização do

pensamento, processo de percepção – interpretação –dedução – conclusão ).

Diminuição do interesse pelos estímulos sensoriais (brinquedos de luz, cor, som ).

Desenvolvimento da crítica. Atração física pelo sexo oposto.

Percebe-se nítida evolução no campo da razão e no campo daemoção. Especificamente os itens que devem ser consideradospelos expositores em seu contato com os alunos são:

No campo da razão: Despertamento das capacidades degeneralização, lidar com abstrações, domínio do conceito detempo, substituição do egocentrismo infantil pelo interesse porassuntos não pessoais, reciprocidade de opinião (reconhecimento de idéias contrárias ou diferentes ),aprofundamento da reflexão e da lógica.

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No campo da emoção: Capacidade de auto-realização,reconhecimento dos pais como seres falíveis, engajamento aideais ( coletivos e individuais ), vínculos de amizade extra-familiares, atração pelo sexo oposto, idealização da vida afetiva,sentimento de justiça, espírito de aventura, necessidade deindependência em opiniões e ações, sede de liberdade, de ação ede expressão.

A proposta da Mocidade Espírita: Adolescência é uma fase deintensas e simultâneas transformações biológicas, mentais eemocionais. Nesta fase de mudanças, qual é o papel daMocidade Espírita ?

O conceito de religião como forte sentimento de evolução daalma é o grande impulso do jovem na busca de seus ideais.Entretanto, na acepção convencional de separação porpráticas religiosas costuma afastar o jovem menosinformado.

A religião espírita, como religião alicerçada em ciência econseqüências filosófico-morais, constitui um avanço e possuicaracterísticas afins com a postura crítica e idealista do jovem.

Os objetivos da Mocidade Espírita são a proposta de uma vidaconsciente e equilibrada para a formação do espírito em suatransição de jovem para adulto, com o auxílio dos conceitosespíritas. Além deste objetivo, um outro importante é a oferta deum campo de realizações através do trabalho no meio espírita.

Para atingir tais objetivos, a Mocidade Espírita possui umprograma de aulas e atividades que apresenta aos jovens osconceitos doutrinários à análise da vida e oferece aberturasuficiente para os questionamentos naturais.

Do acima exposto é importante salientar que o objetivo daMocidade não é o de modificar o comportamento oupersonalidade do jovem. Isto seria uma violência para com ele eseu livre arbítrio.

O que espera-se é que ele possa aceitar-se como ser humano talque é, e, se sua maneira de ser o incomoda, que saiba ondeencontrar os elementos necessários para que, por sua própriavontade e esforço, efetue mudança. Claro que isto não exclui oapoio e a força que podemos e devemos oferecer na medida denossas responsabilidades, sem, contudo esquecer aindividualidade daquele que nos procura.

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Sistemática das aulas para a Mocidade:

O Local: A distribuição na sala é a do pessoal sentado em roda,inclusive o coordenador ( expositor ). O objetivo desta distribuiçãoé a de incentivar o diálogo e a participação geral.

É importante também que o expositor conheça as característicasdo local, tais como tamanho da sala e capacidade deacomodação, recursos didáticos disponíveis ( lousa, projetores,etc. ), outros fatores ( existência de cortinas, telas de projeção,tomada de energia, nível de ruído na vizinhança, etc. )

A turma: É importante para o expositor conhecer ascaracterísticas da turma para a qual irá dar a aula, ou seja,número de participantes assíduos, faixa etária média, nível sócio-cultural, nível de participação nas aulas, relação dos jovens daturma com o assunto. Estes conhecimentos são pontosprimordiais para um bom preparo da aula e, implicam numaquestão básica: Deve haver uma boa integração expositor XDirigente da Turma.

O expositor:

A posição – O primeiro ponto a abordar-se é a nova posiçãodo expositor frente à aula: Coordenador. Pois a postura doexpositor nas aulas de Mocidade nem sempre será dealguém que simplesmente expõe o assunto para uma platéia.Dentro da dinâmica de aula, o coordenador deverá dividir osgrupos, explicar a dinâmica de aula, animar para a máximaparticipação, supervisionar o estudo, Medir as discussões,esclarecer pontos difíceis ou duvidosos, concluir dentro doobjetivo do tema.

Qualidades – A competência se adquire, sobretudo pelaexperiência e ninguém é competente logo de cara.Entretanto, o coordenador deveria possuir clareza de idéias,simplicidade de expressão, capacidade de síntese, saberdistinguir o essencial do acessório, informalidade,conhecimento doutrinário profundo, bons conhecimentosgerais, humildade e calor humano, presença de espírito.

Aptidões – trata-se aqui de talentos e disposições pessoaisque cada um possui mais ou menos do ponto de partida eque podem ser desenvolvidas. Um coordenador de grupodeve estar convencido do valor do que está sendo aprendidose quiser motivar os outros, ser capaz de estruturar e

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coordenar um trabalho em grupo, ser capaz de enfrentardiversas situações que surgem no relacionamento dentro daaula ( agressividade, passividade, etc. ), ser capaz de deixar“de molho” suas idéias pessoais para dar oportunidade aosoutros de expressarem as suas próprias, ser capaz de daratenção, ouvir de fato e de compreender os outros, ser capazde estudar / pesquisar e ter desejo constante de aprender. Éna prática se adquirem e desenvolvem as aptidões. Se nãoas possuímos, não perderemos nada em tentar aexperiência, pelo contrário, é um serviço que prestaremos àturma, ajudando-a a funcionar bem.

Apresentação – Não necessariamente, mas tanto quantopossível, o coordenador deverá apresentar-se vestido demaneira informal, sem exageros.

Postura – Se a meta que estamos almejando é a doaprendizado, do assunto com liberdade de participação dojovem, é importante que o coordenador assuma uma posturasincera e predominantemente aberta ao diálogo. Assimacredita-se que a figura do expositor deveria ser aquela deum amigo que se coloca lado a lado, que se porta como umapessoa que sabe que não conhece muita coisa, mas o poucoque sabe, vai tentar transmitir, e acredita que não vem alisomente para ensinar, mas também aprender com os jovens.

Metodologia: Para a apresentação das aulas, mais que umatécnica, é necessário uma metodologia. Não se exige umaprofunda especialização, mas tão somente o conhecimentode métodos que facilitem a comunicação com o jovem, quepassa por esta fase tão rica e profunda como é a juventude.Com esta meta, recomenda-se a aplicação de Dinâmicas deGrupos, todavia pode ocorrer o uso destas técnicasdissociadas dos objetivos essenciais. Ou seja, a “técnica pelatécnica”. É fundamental notar que o objetivo pretendido emcada aula vai orientar a escolha de uma técnica, nunca ocontrário. Somente conhecendo a fundo o que pretende daaula é que podemos eleger a técnica a empregar entre asque forem do nosso conhecimento. Além disso, a bandeirados nossos programas é a da educação moral. Fazendo umaanálise do assunto, é importante reciclarmos constantementenossos modos de comunicação, nossas formas deexpressão, nossos exemplos, para podermos possibilitar aaproximação, amorosamente e com os “pés no chão”, oensinamento Cristão da vida comum dos que participam daaula. Devemos buscar padrões mais claros e simples para

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expressar nossas idéias. É preciso, antes de tudo,acreditarmos que é possível e necessário vivermos oque pregamos, não na cegueira do fanatismo, mas naluz do Mestre que nos ama e conduz. É por isso quedefende-se o uso das técnicas de Dinâmicas de Grupos,em nome do amor e do esclarecimento, e não comopreenchimento técnico.

Lembremos que a Doutrina Espírita vem quebrar alguns mitoscom relação ao jovem, preconceituado pela sociedade como umfator generalizado, dentre estes mitos podemos citar aindependência precoce, liberdade sem responsabilidade,alienação, ideologias violentas, etc.

Sugestões úteis:

Informe-se com o Dirigente da Turma, antecipadamente,sobre as característica dos jovens, como faixa etária, grau deestudo e interesse em outras aulas, assuntos relativos àDoutrina ou à conduta moral que haja necessidade de reforçoou esclarecimento.

Chegar mais cedo para conversar com os jovens,principalmente se você ainda não conhece a turma, atravésde uma conversa informal é fácil identificar-se e comunicar-se com os jovens.

Sua apresentação ( vestimenta, linguajar, olhar, conduta )não deve ser solenes ou demonstrar superioridade, e sersimples e acessível.

Se for a primeira vez que tem contato com a turma,apresente-se enunciando claramente o nome e suaparticipação como trabalhador da casa, se for de outro grupomencione também como está a Mocidade do Grupo.

Defina e exponha claramente os objetivos da aula. Facilite as trocas de opiniões ( através de perguntas,

sugestões, etc. ). Dê aos diferentes pontos de vista igual oportunidade de

serem avaliados e examinados pelo grupo. Mantenha a ordem na discussão. Conceda com justiça o direito à palavra. Reconduza os que se desviam do assunto original. Esclareça os sentidos das diversas intervenções, quando são

passíveis de gerar alguma confusão. De tempo em tempo, faça um apontamento ( ou resumo ) do

que foi dito ou feito. Faça a síntese da reunião ao final.

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Fazer uma auto-avaliação, após a aula, para isso, conte coma ajuda do Dirigente, que poderá indicar pontos a melhorarem sua atuação como Coordenador da aula.

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NÍVEL

BÁSICO

PRELEÇÃO EVANGÉLICA - CONCEITO

Preleção Evangélica é muito diferente de pregação.

Finalidades: Serenar o assistido para que ele possa refletir sobreum tema evangélico e refletindo abra seu campo interiorsintonizando seus sentimentos com o alto, tornando-se maisaberto e receptivo aos benefícios fluídicos do passe. Quando bemfeita, a preleção pode prestar a principal assistência porque é oesclarecimento que o torna independente.

Fatores:

Instruir-se: Permanentemente. Devemos estudar o Evangelho elivros capazes de nos orientar a reforma íntima que se prolongapor toda a vida. Lermos principalmente Kardec, o que Emmanuel,André Luiz, Meimei, Caírbar Schutel e Armond escreveram, entreoutros.

Também “A vida em família” de Rodolfo Calligaris, “Opensamento” de Emmanuel, a biografia de Bezerra de Menezes,etc. Com certeza, ler e vivenciar o capítulo do Evangelhoreferente ao tema, semanas antes de o abordar é muitorecomendável para que haja oportunidades de vivenciá-lo e seilustrar.

Ilustrar-se: Para estudar adequadamente o tema é indispensávelmeditar e procurar histórias simples e perfeitamente coerentescom o tema. Convém que o preletor receba inspirações,principalmente em público, o que é possível de se conseguir apraticar efetivamente, o que se prega na preleção. É assim quenos tornamos mais flexíveis e com bom repertório de histórias evivência no assunto. No momento da preleção, basta estar comos melhores sentimentos, um forte desejo de se comunicar comclareza e se abrir para receber inspirações adequadas àquilo queos assistidos mais precisam para o estágio que se encontram.

Sem polêmicas: Isto não é possível de se conseguir quando seaborda o assunto com polêmicas. Quem não consegue receberinspirações desta maneira, é melhor falar conforme seu planoprévio com o Evangelho.

Preparar-se: Chegar meia hora antes dos trabalhos se iniciarem eantes de fazer a preleção, o preletor precisa de 15 minutos parase preparar como se fosse atuar na câmara de passes e em

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seguida fazer um profunda reflexão sobre a relação entre o temae a necessidade dos assistidos. Nestes momentos vêm à menteos assuntos estudados e vivenciados, sobre os quaisprovavelmente falaremos.

Roteiro:

Avisos e convites para cursos, palestras, etc. Prece inicial com roteiro de elevação simplificado Apresentação da Preleção Evangélica, cujo tema deve seguir

uma programação prévia, semestral ou anual Vibrações pelos necessitados, também com roteiro

simplificado Breves explicações sobre Passes e ou Evangelho no Lar

Início: Comunicar semanalmente um aviso de interesse dosassistidos, sobre o funcionamento da casa. O próprio dirigente daAssistência pode recomendar assunto que se faz necessário nomomento. Recomenda-se que os assuntos referente a eventoscom objetivos de arrecadação de fundos, festas, etc. sejamcomunicados fora do ambiente de preleção ( por recepcionistasou plantonistas ) deixando-se para este momento apenas oscursos e palestras que possam trazer ao assistido luz na buscapor algo que procura.

Com palavras que conduzem à prece, e devem ir envolvendotodos os assistidos num crescendo, até permitir-lhes a ligaçãocom entidades que estão prestando ajuda, avisar que não épreciso fechar os olhos, ou descruzar as pernas mas convémrecomendar que fiquem confortáveis nas cadeiras. Começarconvidando a aproveitarem o ambiente harmonioso para seaproximarem mais de Jesus Cristo.

Prece inicial: Devemos nos referir somente aos Mentoresindividuais, Jesus e Deus, a fim de não se criar mal entendidos,mistificações e confusões. Consultar o “Vivência do EspiritismoReligioso” sobre este assunto. Quando sentirmos que estamosjunto de Jesus, o preletor pode orar o Pai Nosso, em voz alta epausada, enquanto os assistidos ficam em silêncio. Usa-se o PaiNosso conforme a inspiração nos recomendar, para conduzir osassistidos inicialmente para um estado de meditação, mas porvezes pode-se usá-lo para culminância final das vibrações.

Tema: Enunciar o título do dia e o capítulo do Evangelho que sevai abordar. Enfocar um só assunto baseando-se no “EvangelhoSegundo o Espiritismo”, desde que procurando confortar e

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esclarecer sem jamais polemizar. Falar somente o que umapessoa qualquer possa entender e praticar, sem muito esforço.

Lembrar-se que os assistidos que chegam ao Centro desejam serbeneficiados, não conhecem Espiritismo e nem sabemos sepretendem conhecê-lo, é preciso didática e clareza adequadaspara mostrar que desde Kardec, os espíritas continuamprocurando confirmação de cada informação e submetem “à luzda razão” os novos conhecimentos. Muito mais importante écumprir a finalidade da preleção para serenar e renovar asesperanças, contar uma boa e simples história, coerente com otema, a qual sensibilizará e será lembrada pelo assistido, e assimvalerá por muitas horas de pregação. Falar sobre o que estásentindo. Pode-se falar sobre Espiritismo sem criticar qualquerentidade, religião ou crença. Falar sobre Jesus Cristo, citar oEvangelho como uma recomendação a ser analisada eexperimentada, sem desejar que o sigam cegamente.

Vibrações: Em seguida convidamos todos à vibração. Explicarserenamente como vibrar sentimentos, que são emitidos econduzidos pelo fio de nossas emoções e pensamentosgenéricos, para ajudar e beneficiar pessoas e / ou lugares.

Vibração não é pedido, é esforço pessoal, devemos vibrar porpoucos itens: Apenas pela humanidade, por todas as nações,pelos lares, pelos doentes, pelos irmãos cujos nomes estãoescritos nos papéis das caixas de vibrações, pelos nossos lares epor nós mesmos ( neste último caso não é pedir por si próprio,mas agradecer a Deus estar sempre disponível para quem desejaajudar com humildade ). As vibrações são encerradas com umbreve e simples agradecimento a Jesus. Às vezes o Pai Nosso écabível, se ainda não foi proferido.

Encerrando a preleção: Recomenda-se aos assistidos quepermaneçam serenos aguardando o encaminhamento para opasse, e saímos cuidadosamente em silêncio, nunca tendodemorado mais que 20 minutos a contar do momento quedissemos a primeira palavra.

Fala-se muito quando não conseguimos sintetizar o assunto,sendo difícil abordar os pontos essenciais, portanto nãoconseguiu-se sensibilizar os ouvintes. Se o preletor percebe quelhe falta emoção para estes 20 minutos fala apenas dez minutos,mas indispensavelmente “com o coração na boca”, encerrandocom o “assim seja” ao invés de ficar em curto-circuito sem fim.

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Breves explicações sobre Evangelho no Lar ou Passes:

Evangelho no Lar: Em poucas palavras lembrar que o estudo doEvangelho nos leva à autocrítica e à reforma interior. Aceitar oEvangelho significa mudar e reformular nossas atitudes econseqüentemente melhorar o relacionamento de todos. A preceno lar, ou em família renova energias para a vida. A meditaçãoem grupo aproxima os corações, cria laços de amor e transformao desafeto do passado em amigo de ideal. Convém que em casa,o assistido ore em voz alta mesmo que só, para se aproximar doCriador e dos necessitados em geral, vibrando pelo lar, pelaspessoas que lá residem, por seus parentes de relacionamentofamiliar, deixando as vibrações específicas para amigos e outros,para quando estiver no Centro espírita.

Passes: Lembrar que ao entrarmos na Casa Espírita recebemosum primeiro passe de caráter geral, igual para todos e que é umareposição de energias através de fluidos calmantes que nosajudam a nos equilibrar e harmonizar com o ambiente. Somosconvidados a nos sentar, deste ou daquele lado para facilitar oencaminhamento de acordo com o passe que iremos receber nacâmara. Temos alguns minutos com música e luz suaves quepodemos utilizar para nós mesmo, meditando, ou lendo longe dacorreria habitual. Após ouvirmos a preleção que é semprebaseada em ensinamentos de Jesus, que nos ajudar a entendermelhor a nós mesmos somos encaminhados à câmara. Paraaqueles que vem pela primeira vez ao Centro explicar que trata-se da Assistência Espiritual onde um a um seremosencaminhados para o passe, que é transmitido por irmãos queprocuram doar fluidos curativos e calmantes, tudo com a maiorharmonia e silêncio, com profundo respeito sem qualquer tipo deritual. O importante é que, aquele que vai receber o passe ofereçaa sua fé e confiança em Deus, para que possa melhor receber osbenefícios. Esse bem-estar pode ser prolongado e durar muitotempo, se dermos também a nossa colaboração mantendo-noscalmos, lendo o Evangelho e meditando sobre os ensinamentosde Jesus. Depois do passe podemos nos retirar, meditando sobrea paz e a harmonia que sentimos nesse instante.

O passe que vamos receber é uma soma de vibrações que nosserá transmitida do alto, por um conjunto de colaboradores.

Vamos assim receber os benefícios de uma corrente de luz eharmonia. O passe é uma doação de paz, transmitida por umacorrente de cooperadores que trabalham em nome de Jesus.

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Para que essa doação possa melhor nos beneficiar é importanteque, durante o passe, nos mantenhamos serenos e confiantescomo se estivéssemos diante de Jesus, assim os fluidos do passenos trarão melhores resultados. O passe é o princípio de nossacura, o Evangelho é o grande remédio para nossos males.

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

PRELEÇÃO EVANGÉLICA – TÉCNICAS

O bom preletor prepara-se adequadamente, fazendo antecipada eprofunda reflexão sobre o tema, articulando-o com a sua própriavida.

Cria empatia com os assistidos, falando muito mais com ocoração que com a razão, transmitindo emoção e despertandosentimentos elevados.

Preleção não é discurso, é bate-papo amoroso. O preletor nãoacusa nada e ninguém e só tem gestos e palavras de acolhidafraterna para nossa casa.

Inclui-se entre os beneficiados da Assistência Espiritual, usandosempre a palavra “nós” ao invés de vocês.

Tem voz modulada em média tonalidade e timbre, para ser bemouvida com serenidade por todos os assistidos, durante aexposição não grita nem fala baixo demais.

Informa intelectualmente com o coração as palavras, que sãosempre coerentes e lógicas. Com português preciso e simplespara qualquer cidadão entender. Durante a exposição fala alto,com bom volume, sem gritar, com tonalidade e timbre de vozserena, para alçar o ouvido e coração de todos. Deve transmitiremoção e motivar sentimentos. Fazer frases com a palavras “nós”desde que signifique sinceramente que eu mesmo estou entre osassistidos, isto tem que ser absolutamente verdadeiro. Se falarcom o coração, o preletor cria empatia com os assistidos, não éuma informação intelectual, é um gesto de acolhida fraterna emnossa casa. Palavras e frases raras atrapalham este processoamoroso.

Evitar falar sobre “Mestre”, “Divino Rabi” e similares, nem falar de“matéria” ao invés de corpo, evitar falar sobre “mãe espiritual”para denominar Maria, e outros para que todos entendam nasimplicidade o que estamos a transmitir.

Não convém falar sobre pessoa só conhecida no meio espírita,neste caso explicar quem é e o que fez, não se preocupando como nome. Evitar falar sobre “planeta de expiações” ao invés deplaneta terra, mas explicar como e porque é planeta de expiação.

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Evitar falar em limpeza, preparação, miasmas e outros termosespecíficos do Espiritismo, mas se necessário explicar antes etoda a vez.

Não usar a preleção para dissertar sobre conhecimentosdoutrinários, lembrar-se do primeiro dia que sentou-se na cadeirade um salão de preleções e o que estava esperando ouvirdaquela pessoa lá na frente.

Não movimentar-se em demasia e jamais adentrar à assistência,dando as costas para quem está mais à frente.

Ser natural na postura, usar gestos sem exageros e abusar dasexpressões faciais verdadeiras.

Não levar “cola”, “lembrete” ou ler a história em livros. Preparar apreleção com muita antecedência, chegar cedo e elevar ocoração à equipe espiritual. Ficar alguns momentos dentro dasala de preleções equalizando suas vibrações com a daassistência.

Treinamento: fazer a preleção para um auditório imaginário, nãopara decorar, mas para fixar os pontos essenciais.

Ter consciência de que no início deve ter dificuldades naturais.

Ler muito, metodicamente e ampliar o vocabulário.

Não expor um assunto que não conheça e ouvir as críticas doscolegas como fator de aprendizado.

Expor o pensamento de forma clara, sem dúvidas.

Não faltar aos compromissos assumidos.

Não usar a preleção para discorrer sobre problemas do Centro oudo Movimento espírita.

QUERER SER ENTENDIDO E NÃO ADMIRADO

Durante a exposição:

Evitar individualizações ( senhor presidente, senhor diretor,etc. ).

Não comentar sobre suas próprias limitações e deficiências.

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Não auto-biografar-se, omitir toda e qualquer experiênciapessoal, evitando o individualismo próprio.

Calar referências nominais ( elogios levam à vaidade ). Evitar referências a dinheiro ou à política. Não criticar instituições religiosas, pessoas e seus

empreendimentos. Não aludir sobre auditórios maiores ou menores. Apresentar-se trajado adequadamente. Usar jóias de forma moderada. Ser pontual. Ter conduta evangélica. Evitar comparações negativas. Não fugir ao tema. Toda citação deve ser feita com exatidão ( livro e nome do

autor ). Vigiar os nés, tás, etc.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

PRELEÇÃO EVANGÉLICA – ASPECTOS ESPIRITUAIS EPSICOLÓGICOS

Ter consciência de que o público deseja ouvir uma boamensagem.

O preletor passa a ser a figura principal pela função queexerce naquele momento, portanto aceitar esta condição esituar-se no ambiente.

Aceitar a atenção geral com naturalidade, atitudes refratáriasou hostis do público ( percebe-se pelas expressões faciaisdos assistidos ) correspondem a atitudes de petulância,arrogância, ostentação, etc.

“Conquistar” ( ganhar confiança ) sendo fraterno, vibrarbondade, ser simples e atencioso.

Ser modesto mas não tímido. Manter-se em sintonia com planos elevados ( por

pensamentos e vibrações ). “Medir” a vibração do local e tratá-la interiormente com o

coração aberto. Saber que o “frio” na barriga é normal e que é controlável

naturalmente após o início da preleção. Procurar iniciar os trabalhos com assistências menores, ao

adquirir confiança partir para platéias maiores.

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NÍVEL

AVANÇADO

EXERCÍCIOS PRÁTICOS DE PRELEÇÕES

Pode-se utilizar parte das aulas para permitir a apresentaçãointegral de uma Preleção Evangélica. Esta tarefa permite ao novoexpositor ter noção de todo o processo de preparação de umapreleção, partindo do tema, passando pela pesquisa dasliteraturas indicadas, etc.

Deve ser aplicado ainda no decorrer do Curso de Expositores epróximo ao término deste, onde as técnicas já estão absorvidas ea inibição já foi vencida. O próprio ambiente de amizadecontribuirá para que a apresentação se faça sem perigo demelindres, já que todos estão em mesmo estágio de aprendizadoe exercício.

Deve-se criar o clima de uma Assistência Espiritual, com a classeem formação de “escola clássica”, ou seja, com cadeiras emfileiras, e os participantes do Curso devem ser os “assistidos”.

Ao término da preleção devemos realçar os pontos importantesnão abordados e comentar sobre os pontos bem aplicados.Fazermos uma pequena vivência entre os participantes, de modoa pontuarmos os detalhes positivos e onde e como melhorar ospontos fracos.

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NÍVEL

AVANÇADO

PREPARAÇÃO E ELEVAÇÃO ESPIRITUAL SIMPLIFICADA

Normalmente utilizada em Preleções Evangélicas:

Prece inicial de forma simples. Não envolver nomes de entidades espirituais. Citar apenas: Mentores individuais, Jesus e Deus. Não criar mal-entendidos, mistificações e confusões. Pai-Nosso.

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NÍVEL

AVANÇADO

ENCERRAMENTO E VIBRAÇÕES SIMPLIFICADAS

Recolhimento. Vibrações por: Humanidade, todas as nações, pelos lares,

pelos doentes, pelos irmãos cujos nomes estão na caixinhade vibrações, pelos nossos lares, por nós mesmos.

Agradecimento a Jesus e a Deus.

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

VIDA PLENA

Todo homem, em sua caminhada, delineia um estado ideal quevaria de pessoa para pessoa, para o qual se dirige, envidandotodos os esforços. Atingir o estado ideal seria, segundo pensam,ingressar na plenitude da vida.

Tomemos o exemplo de um caminheiro que ao encetar a suamarcha, define um ponto de chegada, até onde sua vista alcança,analisa a paisagem e, ao divisar ao longe uma elevação define ocume da montanha como o ponto a ser alcançado, munido debom ânimo e determinação caminha disposto a vencer todos osobstáculos.

Aos poucos, evoluindo em sua marcha, começa a entender, ao seaproximar do alvo, que o estado ideal não é estático, pois, umavez alcançado transforma-se em real, ou seja, ao chegar ao cumeda montanha conquistou uma posição real e, maravilhado pelapaisagem que se descortina em sua frente, define um novo pontode chegada que muito em breve, ao ser alcançado, seráigualmente transformado em novo ponto de partida.

Em certos momentos, no intervalo reservado ao descanso, passaa refletir que se o seu ideal jamais poderá ser alcançado, ondeele encontrará a vida em toda a sua grandeza e plenitude ?

A resposta vem dele mesmo: Vida plena é caminhar e nãoalcançar. Em outras palavras poderemos entender que a vidaplena é um processo e não um estado.

Embora seja necessário que tenhamos um ideal e que não opercamos de vista, vamos aprendendo que a grandeza da vidanão se encontra num ponto definido, mas sim, no fato deestarmos caminhando em sua direção.

Vida plena é uma rota ascensional onde nos extremosidentificamos, de um lado a animalidade e no oposto aespiritualidade, ou o homem animal ( defensivo ) e o homemespiritual ( aberto a experiências ).

Caminhar pela rota ascensional é um processo de gratificaçõesintensas, no qual nos afastamos do estado defensivo e nosaproximamos da condição de abertura.

Com isso, somos convidados a uma importante renovação deconceitos, bem contrariamente ao que pensávamos, não é aquele

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que alcançou um elevado estado na rota ascensional, mas aqueleque está caminhando. Logo, todos podem ser bons,independentemente do ponto em que nos encontramos nopercurso. Mais vale o habitante das trevas que se esforça porcrescer do que o arcanjo que, satisfeito com sua posição elevada,estaciona.

Entende-se o estado defensivo, no qual no identificamos, em tudoe em todos, ameaças, como vestígio de animalidade que, deacordo com a teoria da evolução da espécie, teríamos herdado denossos ancestrais ( dos quais fazemos parte na história espiritual).Dispensável são comentários sobre o comportamento defensivodo animal como benéfico e para sua sobrevivência, entretanto hácerca de 160.000 anos surgiu o homem no cenário terrestre,tendo dentro de si, ao lado do instinto, a razão.

Com razão aprendeu a discernir e passou a assumirresponsabilidade pelos seus atos.

Paremos um pouco para pensar e ponderemos: Quão instintivo (defensivo ) é ainda o homem moderno, e chegaremos àconclusão que a experiência da razão ainda é muito nova,deixando-se o homem muitas vezes se conduzir por açõespuramente instintivas. É o homem animal que ainda nãoaprendeu a viver com todos os privilégios que a natureza lheoutorgou.

Rotineiramente saímos às ruas protegidos por um escudoinvisível tão espesso, tão reforçado, que chega, assim comoacontecia aos cavaleiros medievais, a dificultar a locomoção e aobliterar a visão. Tão “protegidos” estamos que mal conseguimosver a beleza que há no sol, nas flores, nos pássaros e tambémnas pessoas.

Aceitamos os fatos com reservas, segundo um critério seletivo,admitindo somente aqueles que se identificam com nossospadrões e os demais são rechaçados consciente ouinconscientemente. E por assim fazermos perdemos aoportunidade de viver a vida em toda a sua riqueza e plenitude. Eentão saímos por aí falando em dia bonito e em dia feio, como serealmente existissem dias feios.

A pior situação é a daquele indivíduo que em profunda defesanão aceita a realidade como ela é, chegando a pretender altera-la. É o caso do indivíduo que ao observar o pôr-do-sol acha que o

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fundo deveria ser mais azulado e não tão vermelho como estáaparentando.

Tão defensivos somos que diante da dúvida ou do desconhecido,via de regra, optamos pela rejeição.

À medida que o processo se desenvolve em nossa rotaascensional, nos distanciamos do estado defensivo e nosaproximamos da condição de abertura às experiências.

Uma pessoa aberta às experiências reconhece que os fatos sãosempre amigos, sem exceção, pois expressam a realidade e arealidade, por sua vez, desprovida de ilusões, é sempreenriquecedora.

“E os fatos negativos ?” São também “amigos”? Na verdade nãoexistem fatos negativos, todos são positivos, pois nos ensinam,embora possam às vezes parecer desagradáveis. Consideremosque em termos de crescimento interior o fracasso é mais valiosodo que o sucesso, pois nos obriga a revisões, reestudos,correções, traduzindo-se em verdadeiro aprendizado, coisa quenem sempre o sucesso nos proporciona. Conclusão: Osfracassos não existem !

Reconhecendo os fatos como amigos e o valor da experiência,saímos às ruas, para a vida, de “peito aberto”, sem temores,desprezando paulatinamente os mecanismos de rejeiçãoinconsciente que tão caro nos custam ao equilíbrio interior.

Sem manipularmos ou distorcermos os fatos para encaixá-los noesquema de padrões preconcebidos, aceitando a vida como é,deixando-nos conduzir pelo seu curso natural queharmoniosamente flui. Tal como o aficcionado à canoagem, aoser lançado nas águas impetuosas do rio, o remador não tentamodificar seu curso, nem tampouco remar contra a correnteza.Deixa-se levar, apreciando a natureza com todas as suas cores,concentrando seus esforços para mudar o que pode ser mudado.

Deixando a vida fluir, aceitando os fatos sempre comoexperiências enriquecedoras, passaremos a viver a vida em todaa sua plenitude. Desarmados de defesas, identificamos a belezaque existe nas pessoas, as quais passaremos a olhar livrementede rótulos ou generalizações, mas como seres diferenciados.

O exercício intitulado “Vida Plena” consiste em uma reunião degrupo em clima totalmente descontraído, onde alguém inicia o

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exercício espontaneamente tecendo comentário sobrecomportamentos defensivos e os outros à medida que se sentemestimulados dão a sua participação. O crescimento embora nosminutos iniciais seja lento, quase sem ação, basta o “pontapéinicial” para que a evolução se processe muito rapidamente,assemelhando-se em certos casos a uma explosão dereformulações e conquistas.

USAR AS EXPERIÊNCIAS DE CADA DIA VIVIDO, DE CADAEXPOSIÇÃO, PARA ENGRANDECIMENTO DA TAREFA DOEXPOSITOR.

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NÍVEL

AVANÇADO

PRECONCEITO

Cada um de nós tem uma vida e uma realidade mental,experiencial. Não podemos dizer que exista uma realidade únicae absoluta para todas as pessoas. As reações diante dos fatosacontecem segundo a percepção de realidade de cada um, eessa percepção é para o indivíduo a própria realidade. Arealidade é o mundo particular das percepções de cada serindividualizado embora dentro de uma ótica social a realidadeconsiste de percepções que são comuns a vários indivíduos.

A conduta do indivíduo é uma reação ao campo das experiênciascomo este é aprendido, mas há duas maneiras de viver-se asexperiências.

Conceito: De forma consciente, livre, não alterada pelanecessidade ou pelo desejo de se defender, ou seja, estaremosvivendo a situação bem próxima de sua realidade, livre de idéiasou atitudes defensivas, partindo de um fato vivenciado,forteleceremos a nossa parte interior de conceitos e valores.

Preconceito: As experiências não vividas, que poderíamosdenominar pseudo-experiências ou introjeções, gerampreconceitos. Estas tem origem em um comportamentonitidamente defensivo, as generalizações. A título de nosdefendermos, rotulamos as pessoas ou fatos, pois negamo-nos adiscutir em um todo as coisas boas que cada um,individualmente, tem a dar.

As introjeções tem origem, via de regra, nos campos da educaçãoformal, educação escolar, educação no lar, herança social,convivência, propaganda, literatura, opiniões, interpretações,formalidades, etc.

Outro tipo de preconceito, muito mais pessoal e ao qual somosresistentes e defensivos são os preconceitos que criamosconosco mesmos. Não podemos mais nos acomodar dizendo quenão conseguimos modificar esse ou aquele aspecto da nossaconduta, visto que sempre haverá condições de transformar seuspreconceitos em conceitos.

A capacidade de julgar, entendida como de discernir é umaconquista do ser humano. O preceito evangélico nos adverte doperigo de, numa manifestação precipitada a partir de nossasempre insuficiente escala de valores. Assim é sempre umaavaliação mutável e parcial pois bloqueamos o nosso auto-

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conhecimento através dos mecanismos de defesas. Vale a penaanalisar também as críticas de outros a nosso respeito, pois nosvêem em outro ângulo e contribuem muito para nosso auto-conhecimento.

A ciência e a religião, abarrotadas de dogmas e preconceitos temsomente realizado separação em vez de união, guerra em vez depaz, descrença em vez de fé. O espírito se perturba concentrandona esfera das coisas físicas todas as suas preocupações. O quese faz mister é compreender a necessidade da tarefa deespiritualização, trabalhando o edifício sublime do progressocomum. Operemos na difusão da verdade, quebrando a cadeiaférrea dos formalismos impostos pelas pseudo-autoridades dacátedra ou do altar, amando a vida terrena com intensidade edevotamento.

Não julgar é não criar preconceitos, Jesus exemplificou em todasua vida pública sobre esse assunto, vencendo os preconceitossociais, de costumes, intelectuais, morais, regionais, sexuais,raciais, etc. Nunca cometeu falta de respeito de rotular, via emcada um seu irmão, filho do mesmo Pai, colocando os interessescoletivos acima dos interesses pessoais.

Devemos receber cada um dos alunos como verdadeiroscompanheiros de jornada e de crescimento, visto que a reformaíntima é eterna.

O preconceito na aula gera ineficiência e descrédito nos objetivosprecípuos da Doutrina.

NÃO HÁ ESPAÇO PARA PRECONCEITOS NA VIDA DOEXPOSITOR.

Vivenciar é exemplificar o que se fala.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – CONCEITO

A Aliança é um ideal de vivência espírita consubstanciado em umprograma de trabalho e fraternização.

Não é uma nova sociedade espírita nem representa divisão oucompetição em relação a quaisquer instituições ou sistemas, massim uma realização simples, honesta e positiva de fraternizaçãointegrada para se efetivar o ideal de vivência evangélica nacomunidade dos adeptos, com desprendimento e humildadecristãos. Estas são as bases que assegurarão sua sobrevivênciae crescimento.

Tem como finalidades tornar efetivo o ideal de vivência doEspiritismo Religioso na comunidade de seus adeptos.

Difundir pelos meios que julgar conveniente o EspiritismoReligioso, como revivescência, na atualidade, do CristianismoPrimitivo, agremiando em torno dessa finalidade instituiçõesespíritas que comunguem os mesmos ideais.

Propugnar pela criação e funcionamentos nos Grupos Integrados,de Escolas de Aprendizes do Evangelho, de Cursos de Médiuns ede Assistência Espiritual nos termos estabelecidos na década de1940 pelo Plano Espiritual Superior, em caráter gratuito, aberto elivre de quaisquer restrições ou discriminações, inclusivereligiosas.

Estimular a aplicação dos programas de Mocidade Espírita e deEvangelização Infantil nos seus Grupos Integrados.

As atividades da Aliança Espírita Evangélica desenvolvidas porseus Grupos Integrados são Caravanas de Evangelização eAuxílio, Curso Básico de Espiritismo ( Kardec e obras básicas ),Obras Assistenciais, Formação e Aperfeiçoamento deExpositores, Cursos para Evangelizadores da Infância,Reciclagens, Multiplicação de Centros Espíritas e outros.

Visa formar trabalhadores espiritualizados, libertos da cegueira edo fanatismo científico ou religioso, aptos a difundir em espírito everdade, os esclarecimentos herdados e a orientação espiritualredentora dos que habitam esse predestinado País.

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NÍVEL

AVANÇADO

CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO – CONCEITO

É um curso informativo sobre Doutrina espírita. Seu programa érápido e de natureza simples e objetiva, buscando uniformizarconceitos em relação ao espiritismo

Tem a finalidade de informar aos alunos sobre o histórico e osprincípios básicos do Espiritismo. Preparar os alunos para oingresso nas Escolas de Aprendizes do Evangelho.

Estrutura-se em reuniões semanais, abertas ao público, comduração de 90 minutos com a seguinte sugestão de divisão detempo:

10 min. = Preparação e prece de abertura.10 min. = Comentários, apresentações, breves reflexões sobreconduta cristã.50 a 60 minutos = Exposição da aula10 min. = Vibrações e prece de encerramento

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

ESCOLA DE APRENDIZES DO EVANGELHO – CONCEITO

É um programa organizado para proporcionar as vivências doCristianismo como proposta essencial de aperfeiçoamento moralda humanidade através da Reforma Íntima do ser. Busca arenovação do homem em seus sentimentos, pensamentos eatitudes, proporcionando-lhes experiências de verdadeiro auto-conhecimento e despertamento de seus ideais divinos.

Não se trata de um curso como habitualmente se entende a partirda palavra “escola”, mas sim de um processo de IniciaçãoEspiritual baseado no Evangelho de Jesus, entendido como aforma mais pura de vivenciar a proposta religiosa do Espiritismopara o bem da humanidade. As EAE’s preparam e purificam osespíritos para o ingresso em vidas mais perfeitas, na comunhãode todos os dias com Deus, despertando a consciência internapara que vibre em sintonia com os planos espirituais maiselevados. Não é um curso comum de preparação teórica, mas aoportunidade que o aprendiz tem para adestrar suas forças, semtemor e represálias, terçar armas contra si mesmo, isto é, contratodas as suas imperfeições: Maus pensamentos, más palavras emás ações, e provar a si próprio que está combatendo pordecisão própria sem engodos ou forçamentos, visando seupróprio engrandecimento espiritual.

As reuniões de uma turma de EAE são encontros semanais de 90minutos. As atividades podem ser divididas genericamente comosegue:

10 minutos = Preparação do ambiente, constituída de sintoniaprogressiva com esferas espirituais superiores, culminando com aprece do Pai Nosso e na Prece dos Aprendizes.10 minutos = Leitura de temas pelos aprendizes, comunicação denovos temas.10 minutos = Avisos gerais, nomes para vibrações, comentáriossobre o bem.45 minutos = Exposição da aula por expositor previamenteescalado de acordo com o programa da EAE.15 minutos = Comentários finais, vibrações coletivas, intercâmbiomediúnico ( em datas preestabelecidas ), prece de agradecimentoe encerramento.

Normalmente a disposição da sala para acomodação dos alunosdeve facilitar a formação de círculo, possibilitando todos osparticipantes serem vistos e ouvidos uns pelos outros com

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facilidade, respeitados os limites das condições físicas das sedesdos Centros Espíritas.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

PRECE DOS APRENDIZES DO EVANGELHO

Ao início das aulas das Escolas de Aprendizes do Evangelhotemos após a elevação espiritual e Pai Nosso, o entoar da Precedos Aprendizes.

É muito comum termos, em razão da orientação dos dirigentes deturmas, maneiras diferentes ou erradas de entoar a cançãooriginal.

Recomendamos consulta ao livro ‘Vivência do EspiritismoReligioso” sobre o assunto ( inclusive os conceitos de prececantada ) e observar a forma correta de entoar a prece como noCD “Pai Celeste” - faixa 16 ( Prece dos Aprendizes – formatradicional ).

Mas o mais desagradável é uma turma entoando corretamente aPrece enquanto o expositor, que teoricamente vem ali paraorientar a classe no tema daquele dia, entoar de forma errada oucom “esses” a mais.

Os pontos mais delicados da Prece são as frases referente aDeus, onde substitui-se o “TEU” por “SEU”, também temos oponto “DÁ-NOS” ao invés do tradicional “DAÍ-NOS” que profere-se. Mas o mais grave é o termo “FORÇA” substituído quase queautomaticamente por “FORÇAS”.

As frases corretas são:

“Para o TEU reino atingir.”“DÁ-NOS Pai, a luz que aclara”.“DÁ-NOS FORÇA para sermos”.“Os arautos do TEU amor”.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

O BOM SERVIDOR

Algumas turmas de Escola de Aprendizes costumam entoar aotérmino das aulas, à partir do segundo ano, o lema do BomServidor, constante no livro “Vivência do Espiritismo Religioso” àpágina 106.

É importante ao expositor saber letra de tal canção, pois pode sersurpreendido em uma aula caso não saiba do que se trata.

Por fim, além de decorar a letra da música é necessário pararpara refletir sobre seu conteúdo, um compromisso de trabalhojunto ao Cristo, onde nos colocamos como verdadeiros soldadosda mensagem do amor.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

O PROGRAMA DA ESCOLA DE APRENDIZES

É de vital importância o expositor saber se situar nas fases daEscola de Aprendizes do Evangelho. Grande parte das“frustrações” das aulas é que as mesmas não foram adequadasao momento vivenciado na escola.

Falar profundamente sobre atitudes defensivas e processos deabertura no início da escola é desperdiçar energia, já que nestemomento os alunos ainda estão chegando à Escola, movidos pelacuriosidade, encaminhados pelo plantão, ou porque ouviram falarque é bom.

Igualmente é gastar energia ao ensinar a fazer o Evangelho noLar ao término do terceiro ano ( aula Recursos do Cristão porexemplo ) pois a esta altura todos os alunos já sabem fazê-lo,basta esclarecer e fixar os benefícios do mesmo.

As aulas tem significações paralelas com os momentos da Escola( vibrações coletivas, implantação de caderneta, testes,caravanas, exames espirituais, etc. ), devemos aproveitar asaulas para afirmarmos as ferramentas e colaborarmos com oprocesso de auto-descoberta e melhoria pessoal.

No início da Escola as pessoas estão fechadas e não propensasà mudança, pelo menos no sentido que se entende por processode abertura imediata, os comportamentos são defensivos e ossignificados giram em torno da curiosidade e da descoberta.

Quando passamos a estudar a vida de Jesus ( O Redentor ) oaluno descobre coisas que nunca tinha parado para pensar, é aquebra de paradigmas e isso permite ao mesmo iniciar umprocesso de abertura, pois percebe que coisas tão cristalizadasdentro de si podem ser analisadas à luz da razão.

Durante o segundo ano da Escola temos as maiores diferençasentre os alunos, alguns mais próximos do início do processo deabertura, receosos de dedicar-se ao próximo, outros empolgadospelas oportunidades de trabalho e aceitando a abertura comoalgo bom, mas muitos conflitos ainda persistem. Muitas dúvidassão geradas, ele está fazendo Curso de Médiuns, Caravanas,trabalhando na EI, na AE, ou seja, muitas atividades que chegama ser sufocantes, mas tudo feito com amor e dedicação.

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No terceiro ano já há um processo bastante amplo de abertura, émuito mais fácil falar de si, de seus problemas e suas conquistas,desperta-se para a tarefa Cristã. O Discipulado pode parecer algoinatingível, há a crítica e as inquietações. Aparecem as liderançaspermanentes, os que estão assumindo tarefas complexas noâmbito da casa espírita. O desejo de abertura de uma nova casa,a ansiedade para tal choca-se com o receio, a responsabilidade.É momento de orientar e não de querer dar sermão.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇAMENTO

ESCLARECIMENTOS SOBRE O PLANO DA EAE

Qual é o principal objetivo do expositor ? A reforma Íntima doAprendiz.

Mesmo não sendo completo, nem limitador ou conclusivo, espera-se que o expositor enriquecido com recursos, faça sua aula sevoltar mais para a Reforma Íntima dos Aprendizes. Isto deverátornar mais fácil o apoio dos dirigentes espirituais do curso,inspirando o expositor no momento da aula por que, conhecendocom mais clareza os objetivos, seu esforço será maisharmonioso. É claro que antes de tudo, cabe ao expositor mostrarconstantemente seu entusiasmo pela reforma íntima permanentee pelos resultados das aulas.

1. O Aprendiz precisa compreender sua vida e ter vontade demodificá-la de maneira a ter convivência mais amorosa comas pessoa – O assunto que está programado para a aula éescolhido para transformar o dia-a-dia dele e para isto,convém que durante a aula, ele assuma consigo mesmo umanova postura de perdão e amor frente a vida e aos que orodeiam. Este propósito precisa ser bem claro e se tornaruma verdadeira bússola do expositor e do dirigente, tópico atópico, grau por grau; ao perceber isto com clareza durante aaula, será mais fácil ao aluno, ouvir sua consciência eexercer seu direito de praticar, ou não, aquilo que o expositoraborda; é isto que o Aprendiz precisa encontrar na aula e atédeclarar no exercício de Vida Plena, que estamos passandoa fazer em tantas aulas.

2. O Conteúdo da aula precisa ser o que está na apostila – Aapostila é a essência da Escola a qual está sendo observadae aperfeiçoada desde que o Comandante a iniciou, e oexpositor não pode divagar, pois geralmente o tempo de aulaé pouco para o conteúdo da apostila. Ao ministrar a aula oexpositor pode se guiar por um resumo de tópicos daapostila. Para isto, o primeiro passo pode ser o repetirresumos da apostila e a cada vez, resumir mais, preservandoa clareza e os detalhes para ele mesmo. O expositor precisavoltar seus esforços para que a aula desperte no Aprendiz avontade de comparar sua vida com a apostila.

3. O método precisa se adequar ao Aprendiz – Para se adequara aula ao Aprendiz, é melhor ir conversando e o expositor vaifazendo perguntas que vão levantando dúvidas que levam o

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Aprendiz a se rever, compreender melhor o assunto e entãose reformular. Os tópicos resumem a apostila na seqüênciaque previamente julgamos ser a cadeia de idéias paradesenvolver a aula. Inicialmente o expositor pergunta, paraque o Aprendiz fale como entende, ou até onde já entendeu oassunto, para que o expositor possa centrar suas explicaçõesna mudança que vai se processar no Aprendiz. Os presentesprecisam rever sua percepção sobre o assunto e irem sepronunciando e reorganizando esses novos conhecimentos;então centramos a aula na maioria dos Aprendizes que sepronunciarem. Desta maneira, não dá para usar a seqüênciados tópicos que organizamos previamente, ou seja, vamosabordar os mesmos tópicos que organizamos, mas naseqüência que eles mesmos requisitarem para nós osesclarecermos. Cada turma é diferente e por isto, a cada aulaé preciso rever tudo, para nos aprontarmos para asinspirações do plano superior, que esperamos vir a ter naaula.

4. As referências bibliográficas são como uma prateleira deinformações para fundamentar as inspirações; podem servirpara se argumentar, esclarecer e facilitar a compreensão daapostila. São os Aprendizes que determinam por onde vamosconduzir os tópicos e lançamos mão de nossa culturafundamentada nas referências bibliográficas para enriqueceras explicações que eles necessitam; uma explicaçãocentrada no caminho que o Aprendiz necessita seguir paraaprender. Para explicar centrando no Aprendiz, precisamosde bagagem de conhecimentos que dão origem àsexplicações, ou que dão lógica e coerência àquilo quedefendemos como certo ( pelo menos por enquanto ). Alémda apostila o expositor precisa conhecer a Doutrina osuficiente para repassar ao Aprendiz os conceitos queconstruiu em si para ser espírita e assim sendo, só podementrar na aula as referências que lembramos comoinspiração. Assim, convém usar somente as referênciasesclarecedoras das dúvidas que os Aprendizes manifestareme por isto, não podem ser parte dos tópicos previamenteestabelecidos ( falta de tempo ). Por isto, eles têm aobrigação de ler a apostila antes e o expositor tem aobrigação de conhecer muitas referências bibliográficas e sóusar as indispensáveis.

5. Objetivos precisam ser especificados com clareza – Oassunto da aula não pode se perder na transmissão deconhecimentos intelectuais, mas tem que envolver o

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Aprendiz para que os pratique no dia-a-dia. Para não seperder gastando tempo precioso em assuntosdesnecessários o expositor precisa saber com clareza qual oobjetivo da aula, aonde chegar; por sua vez, o curso precisade uma cadeia natural de aprendizagem formada pelaseqüência dos objetivos das aulas, os quais levam aosobjetivos intermediários da Escola ( concluído em cada grau), os quais levam aos objetivos gerais da Escola. Esta cadeianatural para a aprendizagem do Cristianismo tem assuntosque despertam o interesse do Aprendiz devido à felicidadeque sentimos ao adotá-los; às vezes temos certeza que oplano espiritual usou-a para apoiar o Comandante nosmomentos de inspiração que o levaram à EAE.

6. Ao especificarmos com clareza os objetivos das aulas,dirigentes e expositores podem conduzir seu esforço paraque os Aprendizes, passo a passo processem a mudançaque se faz necessária em sua vida, o que conseqüentementepode elevar o número de Aprendizes que passarão adiscípulos nos próximos anos. Vamos perceber que muitasvezes algum objetivo da aula se repete na aula posterior, oque vem a reforçá-lo, como sempre o faremos em nossavida.

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NÍVEL

AVANÇADO

EXERCÍCIOS PRÁTICOS DE EAE ( PROVA DE FOGO )

Pode-se utilizar parte das aulas para permitir a apresentaçãointegral de uma aula da Escola de Aprendizes do Evangelho. Estatarefa permite ao novo expositor ter noção de todo o processo depreparação de uma aula, partindo dos objetivos, passando pelapesquisa das literaturas indicadas, recursos audiovisuais, etc.

Deve ser aplicado no ambiente ainda do Curso de Expositores epróximo ao término deste, onde as técnicas já estão absorvidas ea inibição já foi vencida. O próprio ambiente de amizadecontribuirá para que a apresentação se faça sem perigo demelindres, já que todos estão em mesmo estágio de aprendizadoe exercício.

Deve-se “escalar” um dirigente, simulando uma aula real de EAE,no exato momento em que o mesmo “passa” a aula para oexpositor, envolvendo-o com carinho e amor. Na “classe”podemos ter os alunos mais variados ( perguntador, tímido, sabe-tudo, do contra, etc. ) e criar-se as situações mais diversas quepoderia acontecer em uma sala de aula.

Caso tenhamos possibilidade é indicado o acompanhamento deum “especialista” daquela aula ( expositor que conheçaprofundamente a matéria ministrada ) para que ao término destaele possa realçar os pontos importantes não abordados ecomentar sobre os pontos bem aplicados.

Ao término dos 45 minutos faz-se uma pequena Vivência entre osparticipantes, de modo a pontuarmos os detalhes positivos e ondee como melhorar os pontos fracos.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

APADRINHAMENTO ( ACOMPANHAMENTO )

Para que os alunos possam ter uma base segura e noções datarefa adiante a ser assumida pode-se sugerir um plano de apoiochamado de apadrinhamento.

Consiste em deixar este recém-formado sob os cuidados de umexpositor mais antigo e experiente durante um determinadotempo.

O recém-formado acompanhará o antigo em suas aulas epreleções, participando inclusive da preparação do tema e aospoucos ir tomando participação das exposições.

Nas preleções o recém-formado também pode acompanhar omais experiente, participando da preparação, recados, vibrações.

Quando for sentindo maior segurança em si deverá “ir sesoltando” e buscando assumir sozinho seus compromissos.

A pessoa responsável pelo intercâmbio de aulas da Regionaldeverá motivar, esclarecer e fazer os controles necessários paraque o apadrinhamento dê certo. É necessário envolver ecomprometer aos dirigentes de casas e diretores de estudo, masacima de tudo comprometer os expositores mais antigos, quepodem ter uma certa resistência em estar sendo acompanhados.

A colaboração deve ser solidária, e é conquistada com grandepoder de confraternização através de Encontros, reuniões ereciclagens de expositores e Dirigentes de Escolas.

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NÍVEL

AVANÇADO

ESTÁGIO COM EXPOSITORES ESPECIALIZADOS

Após a conclusão do Curso, verificações espirituais e orientaçõesgerais é hora de “colocarmos a mão na massa”. São naturais oreceio, nervosismo e relutância dos novos expositores para iniciaras tarefas.

Com algumas exceções todos podem e devem observar muito asaulas de outros companheiros mais experientes, assistiremmuitas preleções e com certeza, após o Curso a forma de assistiràs apresentações será mais crítica. Isso servirá para reforçarconceitos adquiridos nas semanas do Curso. Então chegará ahora de exporem-se realmente.

A Direção do Curso poderá fazer um levantamento de expositorescom boa identidade e conhecimentos específicos emdeterminadas aulas, e a exemplo do sistema de apadrinhamento (pág. 126 ), acompanha-los em suas apresentações.

Após 2 ou 3 aulas juntos, o expositor mais experiente deverá darsubsídios e suporte para que o novo expositor possa planejar eestruturar sua própria aula. A apresentação será acompanhadapelo mais experiente, que estará ali para corrigir alguma falha ouapenas dar segurança ao novo expositor.

Da mesma forma podemos proceder nas preleções.

É importante que o novo expositor acompanhe diferentescompanheiros mais antigos, para não “ficar com o jeito” de um sóamigo.

Após algumas aulas o novo expositor já terá a devida segurançapara aventurar-se pelo gratificante caminho da exposição espírita.

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NÍVEL

AVANÇADO

SESSÃO DOUTRINÁRIA – CONCEITO

Ë continuidade do tratamento, onde os passes são substituídospelo esclarecimento evangélico, é a forma de implementar atransição de processo de tratamento espiritual e as oportunidadesde esclarecimento através dos cursos proporcionados pelo CentroEspírita.

São excelentes instrumentos para motivar seus freqüentadores ainteressarem-se pela Doutrina aplicada a seu cotidiano, bemcomo inscreverem-se no Curso Básico de Espiritismo e na Escolade Aprendizes do Evangelho, para os quais devem sempre serconvidados, se desejarem ter maiores esclarecimentos.

Constituem um programa simplificado para exposição deconceitos básicos espíritas, dirigido às pessoas que concluemuma fase de tratamento espiritual na Assistência espiritual.

Tem como objetivo promover o auto-equilíbrio dos assistidosatravés do esclarecimento espírita evangélico.

As reuniões são semanais, de, no máximo 45 minutos, quepreferencialmente ocorrem em paralelo ao trabalho de PreleçãoEvangélica e passes. As cadeiras dos participantes devem estar,de preferência, arranjadas na forma de roda.

A abordagem deve ser altamente dialogante, visando umesclarecimento amplo, com base num conto ou estória com moralevangélica de fácil compreensão. O expositor deve estar apto edisposto a esclarecer eventuais dúvidas fora do assunto propostopara o dia, de forma sucinta.

A bibliografia das histórias sugeridas concentra-se nos livros “AVida Escreve” e “Almas em Desfile” do espírito Hilário Silva.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

ESCOLA DE PAIS – CONCEITO

A Escola de Pais é um programa de estudos voltado à orientaçãoda família, desenvolvido semanalmente, para os pais ouresponsáveis pelas crianças que freqüentam a EvangelizaçãoInfantil.

Não é uma escola nos moldes convencionais, mas sim umareunião fraterna, aberta a diálogos, sem pretensão de ser umcurso espírita ou doutrinador.

Através da exposição e debates de temas, propõe reflexão sobreo papel educativo dos pais para harmonizar o ambiente familiar,permitindo aos mesmos tomarem contato com assuntoseducativos que possam esclarecer suas dúvidas, ajudando asanar dificuldades de relacionamentos nos mais diversosaspectos diários.

Dentro os objetivos da Escola de Pais, destaca-se:

Conscientizar os pais no seu papel de educadores. Dar os pais informações atualizadas sobre questões

psicológicas, educacionais, pedagógicas e científicas sobre odesenvolvimento e a formação da criança e do adolescente.

Revisão dos seus próprios conceitos e atitudes. Planejamento de uma educação consciente. Integração dos pais com os evangelizadores. Educar-se para educar.

Como são ministradas em paralelo à Evangelização Infantil asaulas tem duração de 60 minutos, com tempo de exposiçãomédio de 45 minutos.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

CURSO DE MÉDIUNS – CONCEITO

Em geral, a mediunidade é exercida mecanicamente, semobjetivo definido, pelo simples fato de existir. Mas isso é um erro.

O médium deve saber porque é médium, quais faculdades possui,limites de sua aplicação, conseqüências de sua ação, objetivos aatingir e responsabilidades que assume, tanto como indivíduoquanto como membro da coletividade.

O Curso de Médiuns é um curso de preparação teórico-prático demédiuns para os alunos da Escola de Aprendizes do Evangelho.

Seu objetivo é educar médiuns para o desenvolvimento e uso damediunidade voltada para os trabalhos evangélicos tendo comobase os princípios da Doutrina Espírita.

As reuniões são semanais com 90 minutos de duração.

O roteiro de uma reunião da parte teórica é muito semelhante aodas EAE’s:

Leitura de texto evangélico ou pertinente à mediunidade,preparação com elevação gradativa e prece.

Avisos, leitura de temas, esclarecimentos em geral. Exposição da aula: assunto específico segundo a

programação. Encerramento com vibrações e prece de agradecimento.

Dependendo do estágio do Curso as exposições podem tomar de45 a 60 minutos.

Uma característica do Curso de Médiuns é que em alguns locaisde estrutura de trabalhadores e dirigentes, o Curso de Passes fazparte integrante do Curso de Médiuns ( assim como o programafoi aprovado originalmente em 27/12/1973 ), mas em locais comcarência de estrutura para tal os Cursos de Passes sãoministrado separadamente, até que se reúna quantidadesuficiente de participantes para um Curso de Médiuns natotalidade.

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NIVEL

AVANÇADO

QUESTIONÁRIOS PROGRAMÁTICOS

Quando utilizamos o Curso em nível avançado ( ou em estágio dePrograma de Aperfeiçoamento ) e apresentamos todos osconceitos, objetivos e finalidades dos programas da AliançaEspírita Evangélica, podemos utilizar questionários programáticosde acordo com o que será apresentado nas aulas. Uma sugestãoé reservar a cada aula um pequeno tempo para a abordagem deum programa em si. Temos a ser explorado o Curso Básico deEspiritismo, Escola de Aprendizes do Evangelho, MocidadeEspírita, Curso de Médiuns e Sessão Doutrinária. Podemosexplorar também através de questionários os assuntosrelacionados ao trabalho do expositor, tais como PreleçãoEvangélica, Escola de Pais e principalmente os Conceitos deAliança.

Tais questionários fixam os valores dos programas e são muitoprodutivos, trazendo aos participantes a idéia do todo e o detalhede cada um dos focos programáticos. Seus conceitos sobre aAliança se esclarecem e passam a enxergar todo o movimentocom olhos mais dedicados.

Abaixo alguns modelos que podem ser aplicados:

QUESTIONÁRIO - CONCEITOS DE ALIANÇA1) O que é a Aliança Espírita Evangélica ?2) Quais as finalidades da Aliança Espírita Evangélica ?3) Como se estrutura a Aliança Espírita Evangélica ?4) Resumidamente, qual a dinâmica de um Grupo Integrado àAliança em relação ao assistido ?5) Resumidamente, qual a dinâmica de um Grupo Integrado àAliança em relação ao processo de multiplicação de CentrosEspíritas ?6) Quais são os programas adotados pelos Grupos da Aliançacomo norma de Integração ?

QUESTIONÁRIO - CURSO BÁSICO1) O que é Curso Básico de Espiritismo ?2) Quais as finalidades do Curso Básico de Espiritismo ?3) Qual o tempo disponível ao expositor para ministrar a aula doCurso Básico ?4) Qual o público participante do Curso Básico de Espiritismo ?5) Qual a bibliografia básica para as aulas do Curso Básico deEspiritismo ?6) Quantas aulas compões o programa do Curso Básico deEspiritismo ?

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7) O Dirigente pode intercalar aulas revisionais entre as aulasnormais do Curso Básico de Espiritismo ?

QUESTIONÁRIO - ESCOLA DE APRENDIZES DO EVANGELHO1) O que é a Escola de Aprendizes do Evangelho ?2) Quais as finalidades da Escola de Aprendizes do Evangelho ?3) Qual o tempo disponível ao expositor para ministrar a aula daEscola de Aprendizes do Evangelho ?4) Qual o cunho ( objetivo ) das aulas da Escola de Aprendizes doEvangelho ?5) Qual a bibliografia básica para as aulas da Escola deAprendizes do Evangelho ?6) O que é Reforma Íntima ? O Expositor deve estar engajado noprocesso da mesma ?7) Quantas aulas compõem o programa da Escola de Aprendizesdo Evangelho ? Existem aulas que são somente do Dirigente ?

QUESTIONÁRIO - MOCIDADE ESPÍRITA1) O que é Mocidade Espírita ?2) Quais os objetivos da Mocidade Espírita ?3) Qual a duração da exposição na aula da Mocidade Espírita ?4) Quem são os integrantes participantes da Mocidade Espírita ?5) Quantos ciclos compõem o Programa de Estudos da MocidadeEspírita ?6) Quantas aulas compõem na totalidade a Mocidade Espírita (todos os ciclos ) ?7) O que recomenda o Programa de Estudos da MocidadeEspírita com relação aos métodos de ministrar aulas ?

QUESTIONÁRIO - PRELEÇÃO EVANGÉLICA1) O que é Preleção Evangélica ?2) Como deve ser a prece inicial da Preleção Evangélica ?3) Como deve ser a apresentação da Preleção Evangélica ?4) Qual o tempo de apresentação da Preleção Evangélica ?5) Como devem ser as vibrações ao final da Preleção Evangélica?6) Caso haja impossibilidade da apresentação quem substitui oPreletor ?7) Quais os cuidados pessoais que o Preletor deve ter para suaapresentação ?

QUESTIONÁRIO - SESSÃO DOUTRINÁRIA1) O que é a Sessão Doutrinária ?2) Quais os objetivos da Sessão Doutrinária ?3) Qual o tempo disponível ao expositor para ministrar a aula daSessão Doutrinária ?

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4) Quem são os participantes da Sessão Doutrinária ?5) Qual a bibliografia básica para as aulas da Sessão Doutrinária?6) Quantas aulas compõem o programa da Sessão Doutrinária ?7) As aulas da Sessão Doutrinária podem ser participativas edialogantes com o público, se tratando de Assistência Espiritual ?

QUESTIONÁRIO - CURSO DE PASSES E MÉDIUNS1) O que é o Curso de Médiuns ?2) Quais as finalidades do Curso de Médiuns ?3) Quem pode freqüentar o Curso de Médiuns ?4) Qual o tempo de exposição das aulas do Curso de Médiuns ?5) Quantas aulas teóricas fazem parte do programa do Curso dePasses ? E do Curso de Médiuns ?6) As aulas do Curso de Médiuns podem ser ministradas porexpositor não formado no Curso de Médiuns ? E as aulas doCurso de Passes ?7) O expositor pode ministrar aulas da parte prática do Curso deMédiuns ? E as aulas do Curso de Passes ?

QUESTIONÁRIO - CONCEITOS DO EXPOSITOR1) Para você quais os objetivos do Expositor Espírita ?2) Quais os aspectos principais que você entende como sendonecessários ao bom Expositor Espírita ?3) Quais as dificuldades que você imagina serem preocupantesem uma exposição ?4) Você costuma “tremer” ou sentir “um branco” emapresentações em público ? O que faz para superar estassensações ?5) Quais as obras que o bom expositor deve conhecer para ter omínimo de argumentos e subsídios a uma exposição ?6) O que você entende por Exposição ? E por Preleção ?7) Fale um pouco de suas expectativas como Expositor Espírita:

QUESTIONÁRIO - REVISÃO GERAL1) O que é e quais as finalidades do Curso Básico ? Quantasaulas compõem o curso ?2) O que é e quais as finalidades da Escola de Aprendizes doEvangelho ? Quantas aulas compõem o curso ?3) O que é e quais as finalidades da Sessão Doutrinária ?Quantas apresentações compõem o programa ?4) O que é e quais as finalidades do Curso de Passes e Médiuns? Quantas aulas teóricas compõem o curso ?5) O que é e quais as finalidade da Preleção ? Qual o tempo deexposição do tema ?

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6) O que é e quais as finalidades da Mocidade Espírita ? Quantasaulas compõem o curso ?7) Sente-se melhor esclarecido sobre os programas da Aliança eseus objetivos ?

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NÍVEL

AVANÇADO

TIPOS DE ALUNOS

Em uma classe, encontraremos os mais diversos tipos de alunose seus respectivos comportamentos. Tudo isso passa peloambiente de liderança exercido pelo Dirigente da turma e tambémpela fase em que se encontra o estudo, mas basicamente aspersonalidades são constantes e as reações são as mais diversaspossíveis. Apenas a título de exemplo descrevemos abaixo osprincipais tipos de alunos e suas “rotulações”:

O ETERNO PERGUNTADORPergunta para atrapalhar. Deseja saber sua opinião. Deseja quevocê apóie o ponto de vista dele.

Ação: Devolver a pergunta ao grupo. Não tomar partido, manter-se neutro.

O TAGARELAFala de tudo e sem parar, exceto do assunto em questão. Cansa,em geral, os interlocutores.

Ação: Cortar delicadamente o “discurso” que faz, dizendo que suaobservação é interessante, retornando ao assunto através deuma pergunta.

O HOMEM DOS APARTESÉ dispersivo, distrai os outros. Pede apartes para falar do assuntoou de outra coisa.

Ação: Fazer-lhe uma pergunta direta sobre o que está sendodiscutido

O ABERTONão se faz de rogado para manifestar sua opinião. Diz o quepensa. É bem humorado, fala com simplicidade e se tornasimpático a todos.

Ação: Usá-lo quando houver tensão no grupo

O TÍMIDONão tem coragem ou habilidade para expressar suas idéias.Teme a crítica e o julgamento “duro” dos outros. Necessita ajuda.

Ação: Fazer-lhe perguntas fáceis. Fazer com que o grupo valorizesua participação.

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O LEGALSempre pronto a ajudar. Seguro de si. Não foge às dificuldades.Encara-as espontaneamente. Sabe aceitar os colegas como são.Recebe sem melindres as críticas que lhe fazem.

Ação: Usá-lo em momentos oportunos. Não exagerar suaparticipação.

O SABE-TUDOQuer exibir-se. Quer impor sua opinião. Às vezes está beminformado, mas outras vezes é simplesmente um tagarela,convencido de saber tudo.

Ação: Dar uma função para que fale. Evitar que domine o grupo.Levar o grupo a julgar suas objeções. Interrompa-o dizendo: É umdetalhe interessante, mas vamos ver o que os colegas pensamdisso. Lançar uma pergunta difícil para limitá-lo.

O DO CONTRAGosta de discutir e dar o contra sempre, mas às vezes, é um bomsujeito, descontrolado, revoltado talvez por dificuldades pessoais.

Ação: Acalmá-lo. Não deixar que o grupo se excite. Procurartratar de outro assunto. Dizer-lhe que os problemas individuaisserão resolvidos depois, em particular. Dar mérito a alguma desuas observações.

O PEDANTETrata o grupo com altivez. Não se integra nele. Critica duramenteos outros e se coloca num pedestal.

Ação: Não ferir sua suscetibilidade. Não o critique. Use a técnicaduvidosa: Sim… Mas… Concordar, mas depois ponderarconduzindo-o à reflexão.

O MUDO VOLUNTÁRIONão se interessa por coisa alguma. Considera-se acima dasquestões discutidas, achando-as simples demais, ou sente-seincapaz de abordá-las muito elevadamente.

Ação: Buscar sua participação através de um assunto que elesaiba. Se é do tipo “superior”, peça sua opinião, indicando o valorque o grupo dá a sua experiência, mas não exagerar para que ogrupo não se ressinta. Dar destaque na 1a. vez que falar.

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O OBSTINADO ( IDEÍA FIXA )Ignora sistematicamente o ponto de vista alheio. Não cede. Nadaquer aprender com os outros.

Ação: Passe o seu ponto de vista para o grupo. Conduza-o acompreender que a maioria está certa. Peça para aceitar, por uminstante o ponto de vista do grupo.

O INTROVERTIDOÉ naturalmente modesto. É prudente e reservado.

Ação: Procure integrá-lo lentamente, sem que ele perceba.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

AMBIENTES DE LIDERANÇA

Em sala de aula, o dirigente reflete seu “estilo” de liderança.Conhece-se o dirigente pela turma e em contrapartida, a possívelreação da turma pela postura do dirigente.

Temos os seguintes ambientes:

Autoritário: Onde predomina o verbo no modo imperativo.Exprime ordem, proibição, pedido. Exemplo: “Volte logo”. “Nãofiquem aqui”.

Democrático: Predomina o verbo no modo indicativo. Exprime umfato certo, positivo. Exemplo: “Vou hoje”. “Vocês tem granderesponsabilidade fazendo caravanas”.

Bonzinho: Predomina o verbo no modo subjuntivo. Enuncia umfato possível, duvidoso, de maneira vaga, imprecisa. Exemplo: “Épossível que”. “Se você trabalhasse”. “Sugerimos que faça oEvangelho”.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

COMPORTAMENTO DO EXPOSITOR

Ao assumirmos o papel de expositor, devemos entender que senão reunimos as condições necessárias, a arte de informar,comunicar, ensinar e dirigir não serão dignamente cumpridas epoderão causar irreparáveis danos à divulgação da Doutrina.

Estas artes são as mais gratificantes da atividade humana, é umadoação direta em benefício de uma comunidade que tem umobjetivo claro a cumprir e os expositores são colocados nocaminho destes irmãos para colaborar, e cumprir uma expectativado alto que a cada dia é maior, porque maior é também o númerode EAE’s a cada dia que passa.

O expositor deverá entender que o seu papel não pode servulgarizado, que o seu preparo não pode ser adiado e que atarefa é sua e uma vez não realizada pesará na economia doprocesso. Meditemos sobre a frase de André Luiz: “Se asemeadura não for boa, não haverá boa colheita”.

Quanto a postura o expositor não poderá aparecer mais que amensagem, devendo se posicionar o mais discreta ecorretamente possível. No tocante a sua vestimenta e linguagem,estas deverão sempre de acordo com o ambiente e o público.

Devemos atender aos objetivos de cada aula, evitando fuga aoprograma, avanços na aula posterior, leituras longas e improvisosdiversos.

Quanto às técnicas de oratória devemos utilizá-las semextravagâncias, sem exibicionismo, não ser formal, enfadonho emonótono, devemos ser didáticos e dinâmicos.

Quanto ao ambiente da classe devemos estar preparados paratodo e qualquer tipo de classe ( falta de lousa, tomada, extensão), sobre a disposição das cadeiras em círculo, semi-circulo, etc.Usar dinâmicas e técnicas de incentivo ( estes fatores sãominimizados ou eliminados pelo prévio contato com o Dirigente ouSecretário da turma ).

Quanto à platéia, ao mesmo tempo que o aluno torce por umaboa aula não permite falhas e normalmente rotula o expositortecendo até comentários com os demais alunos.

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No tocante a perguntas simples e até ingênuas, devemos evitar o“risinho” ( ironia ) e sempre termos uma resposta que encorajenovas questões.

Sobre as perguntas difíceis ou sem resposta no momentodevemos ter a humildade de reconhecer nossa momentâneaignorância e voltar com a resposta na primeira oportunidade enunca emitir opiniões ou citações evasivas.

Se houver perguntas maliciosas e não pertinentes ao tema,devemos reconduzir a discussão para a temática central e diantede insistências mostrar sua inconveniência.

Quando nos deparamos com atitudes inconvenientes e queestejam atrapalhando o bom andamento da aula e diante da faltade atuação dos dirigentes, devemos agir energicamente para quea aula não seja prejudicada.

Qual o melhor estilo de exposição ? Desde que respeite oselevados objetivos da Escola, o expositor pode se conduzirlivremente utilizando os mais variados estilos ( dinâmicas,exposições, narrações, dramatizações, recursos audiovisuais, etc.). O que deve ficar bem claro, é que todo estilo tem pontos fortese fracos e que o expositor deverá alavancar os pontos favoráveise inibir os aspectos que o atrapalhem, o que contribuiráindiscutivelmente para o sucesso da aula.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇOAMENTO

JANELA DE JOHARI

Para cumprir o objetivo único da vida que é a evolução, o espíritose abriga em estruturas mutáveis e que vai abandonando àmedida que delas não mais necessita. Nesse estudo temos duasestruturas:

Plano físico ( elementos inferiores ) – 1) Corpo físico, 2) Duploetérico.

Plano astral ( elementos intermediários ) – 1) Corpo astral, 2)Corpo mental.

Nestes dois planos ( físico e astral ) e em seus respectivos corpos( físico, etérico, astral e mental ) é que reside o que chamamos depersonalidade.

É na compreensão destas estruturas é que está a possibilidadede nossa mudança interior.

Físico: Exercícios, alimentação, relaxamento, respiração, asseio.

Etérico: Extensão dos benefícios acima.

Astral: Erradicação de vícios, controle de paixões, contenção dedefeitos.

Mental: Meditação, reflexões elevadas, fuga das inquietações.

A personalidade é o conjunto total de características que torna oindivíduo único, diferente dos demais. Ela se revela através daconduta e o indivíduo toma conhecimento dela através dasreações favoráveis ou desfavoráveis daqueles que o cerca. Essasreações são observadas quanto: Aparência física,intelectualidade, emoções, sociabilidade, valores.

Já que notamos ou tomamos conhecimento de nossapersonalidade pelas reações ( feedback ) dos outros, podemoslançar mãos de recursos que poderão nos auxiliar na identificaçãodo que é melhor ou mais adequado no relacionamento com opróximo e consigo mesmo.

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Nas áreas da personalidade temos os quadrantes:

Conhecido para EU Não conhecido para EUI

Eu abertoII

Eu cegoIII

Eu secretoIV

Eu desconhecido

Área I ( Eu aberto ) Conhecido por nós e pelos outros – Estecomportamento varia muito conforme nossa expectativa de certoou errado em um ambiente já conhecido. São coisas óbvias comofala, habilidades, atitudes gerais.

Área II ( Eu cego ) Conhecido pelos outros e não conhecido pornós – Manifestações nervosas, sob tensão, agressividades, altosdesafios, discordâncias. É nesta área que nos tornamos críticoscom os outros.

Área III ( Eu secreto ) Conhecemos e escondemos dos outros –Quando e onde nos sentimos ameaçados e por incapacidade decomunicação satisfatória, usamos máscaras que nos ajudam arepresentar papéis. Nesta área a pessoa é capaz de se abrir comestranhos e se fechar com aqueles que ama.

Área IV ( eu desconhecido ) Nem nós, nem os outros conhecem –Traumas de infância, potencialidades reprimidas, estado dedefesa.

Análise da mudança de quadrantes:

Área I ( eu aberto ) é o melhor de todos os estilos. A pessoa sabeo que faz e por isso aceita o retorno que é dado por aqueles queos cercam. O indivíduo se expõe mais, pois sabe seus limites e amedida que esta área cresce ela invade outras, masprincipalmente a área III.

Área II ( eu cego ) leva muito tempo para agirmos nesta área, poisdesconhecemos o que aí se passa e por não concordarmos como retorno, dificultamos a auto-análise e por nossa contrariedade eirritação os outros passam a sonegar informação o que dificultamais o processo. Nesta situação surge o autoritarismo, melindrese ressentimentos.

Área III ( eu secreto / fachada ) É o que mais existe nos dias dehoje e faz com que o indivíduo use máscaras para cumprir bemseus papéis sociais. Com a expansão desta área o indivíduo

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perde muito tempo e energias, pois fica cada vez mais difícildefende-la.

Área IV ( eu desconhecido ) Potencial inexplorado, criatividadereprimida, não assume riscos, observa superficialmente osacontecimento. É a situação mais perigosa, pois não sabemosonde estamos pisando e nos tornamos capazes de extremos.

CONCLUSÃO: Quando estamos preparando um tema paraqualquer tipo de apresentação onde estaremos expondo aalguém, devemos perceber qual área de nossa janela foiiluminada e utilizarmos o tema para nossa análise em primeirolugar.

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NÍVEL

INTERMEDIÁRIO

ORIENTAÇÕES GERAIS AO EXPOSITOR DE AULAS

1. Deve o expositor manter-se sempre dentro do assunto daaula que está ministrando.

2. Se achar necessário, informar sobre assuntos controvertidos( encarnações, corpo fluídico, etc. ) porém deixar sempreclaro tratar-se de opiniões particulares que não fazem parteda essência da Doutrina Espírita. Quando enunciar essasinformações, fornecer aos alunos as referências ( autor, livro,etc. ) em que está se baseando.

3. Evitar tomar partido com referência a tais assuntos,procurando sempre valorizar o campo reforma-moral para oqual as controvérsias pouco ou nada ajudam.

4. Ter sempre em mente que as obras básicas da Doutrina (Kardec ) devem estar no alicerce da exposição, mas nuncaantes do caráter Cristão ( aspecto religioso sempre primeiro).

5. Ter em mente que, principalmente no primeiro ano da escolade Aprendizes do Evangelho, há alunos provenientes dosmais diversos cultos e religiões. Expor assuntos de formaagressiva a essas religiões é, no mínimo, falta de caridade.

6. Evitar citações exageradas de autores, espirituais ouencarnados, sem preocupar-se em citar a fonte de ondeforam extraídas tais citações.

7. Evitar dogmatismo e radicalismos. Dar sempre liberdade parao aluno raciocinar, aceitar ou rejeitar, mas sempreorientando-o para o Cristianismo ( não negar ao Cristo ).

8. Explicar de forma simples o significado de certas palavrascomo ressurreição, céu, inferno, carma, etc.

9. Ter em mente que as aulas contidas na apostila “IniciaçãoEspírita” e “O Redentor” são obras básicas para a exposição.O expositor deve pesquisar em outras fontes para enriquecero assunto.

10. Não faltar em aula que assumiu. Quando convidado aministrar aulas, usar a franqueza se não puder aceitá-la.

11. Durante a aula, abster-se de emitir opiniões pessoais.12. Ter sempre um ou dois substitutos para emergências. Dar

subsídios a esses para que possam substituí-lo à altura.13. Ter agendadas organizadamente todas as aulas de sua

responsabilidade.14. Preparar bem a aula.15. Não cair na rotina. Colocar sentimento, viver as palavras

proferidas. Lembrar-se que os desencarnados tambémassistem às aulas.

16. Quem quer ensinar tem que aprender. Estudar sempre.Conhecer muito bem as obras básicas.

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17. Submeter-se periodicamente a programas de reciclagens dosmais variados assuntos para adquirir maior vivência naDoutrina e no movimento.

18. De início pode especializar-se num grupo de aulas, para quepossa aprimorar-se cada vez mais nesses assuntos.

19. Não fugir do tema. Não retroceder para a aula anterior. Nãoavançar para a aula seguinte.

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NÍVEL

AVANÇADO

ATITUDES QUE SE DEVE EVITAR

1. Falar baixo demais ou aos gritos.

2. Ler a aula.

3. Permanecer sentado ou em pé sempre no mesmo lugar.

4. Desordem em classe ( conversas paralelas, agitação, etc. ),isso significa que algo precisa ser modificado ( método,motivação, atividades, ritmo, etc. ).

5. Pessoas falando ao mesmo tempo ( dar atenção por ordem,ao levantar dos braços ). Caso haja esta situação reduzir ovolume da voz ou mesmo parar a exposição até que a classeperceba que o comportamento está inadequado.

6. Mau humor e cara feia.

7. Interrogatório inadequado e mal dirigido. Exemplos:“Gostaram da aula ? resposta: Não”, ou, “Estudaram a aula ?Resposta: Não”.

8. Não exemplificar o que transmite ( faça o que eu falo masnão faça o que eu faço ).

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NÍVEL

BÁSICO

DECÁLOGO DO EXPOSITOR ( ALKINDAR DE OLIVEIRA )

1. O expositor espírita não pode transferir para os mentoresespirituais o esforço e o preparo que lhe cabem;

2. O expositor espírita deve, de preferência diariamente,dedicar parte do seu tempo para ler bons livros, meditar,fazer elaborações mentais, tirar conclusões, coletarfrases e textos que lhe sirvam como futuras fontes dereferências, ou de inspirações, às suas palestras;

3. O expositor espírita deve preocupar-se em ter exemplarconduta e esmerar-se por colocar em prática o queprega;

4. O expositor espírita deve conscientizar-se que mesmosendo imperfeito e vacilante em relação à sua evoluçãomoral e espiritual a Doutrina necessita de suacolaboração, entender que o pouco que está fazendo emprol da Doutrina e de sua evolução é muitoconsiderando-se que foi dado o primeiro passo, poiscomo disse Emmanuel: “Quando uma centésima partedo Cristianismo de nossos lábios conseguir expressar-seem nossos atos de cada dia, a Terra será plenamenteliberada do mal”;

5. O expositor espírita deve evitar emitir opiniões pessoaiscontraditórias sem sustentação doutrinária, semprelembrar-se que a Doutrina tem sua base filosófica-científica e religiosa codificada nos livros de Kardec, osquais devem servir como sustentação maior nas suaspalestras, preocupar-se menos com a letra dos conceitosevangélicos e mais com os conceitos evangélicos daletra.

6. O expositor espírita deve ter a certeza de que nomomento de sua fala a ajuda espiritual não lhe faltará esim estará intensamente presente e atuante se ele fizer asua parte desenvolvendo sua expressividade e técnicasretóricas, estudando e preparando previamente o tema,compreendendo a importância do momento dedicando-se mentalmente a vibrações de amor, paz, humildade ecaridade.

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7. Mesmo em conversas pessoais e informais, o expositorespírita deve educar-se pois como disse André Luiz: “Noestado atual da educação humana é muito difícilalimentar por mais de cinco minutos conversação dignae cristalina numa assembléia superior a três criaturasencarnadas”.

8. O expositor espírita deve, quando for ditar normas deconduta incluir-se como pessoa também necessitada,em vez de dizer: “Vocês precisam preocupar-se com aevolução moral” deve dizer: “Nós precisamospreocuparmo-nos com a evolução moral”.

9. O expositor espírita deve ser um homem do seu tempo,falar com constância em suas palestras de Deus, deJesus e da Doutrina. Viver intensamente o sublimemomento da palestra, agradecendo ao Mestre e aosmentores espirituais pela felicidade de ser humildeinstrumento das palavras de Deus.

10. O expositor espírita deve ser simples e humilde poiscomo disse Padre Vieira: “Nada há tão grande como ahumildade”. E com humildade e simplicidade deve sentir-se motivado para proferir contínuas palestras, tendo acerteza da ajuda do Mestre e a convicção de que a“Rosa perfuma primeiro o vaso que a transporta”.

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PROGRAMA

DE

APERFEIÇAMENTO

AS DEZ DICAS DO PERFEITO ORADOR.

Você tem medo de falar em público? Nós vamos ajudá-lo aresolver o problema. ( John May )

George Scales, um agricultor troncudo e louro de Essex, ficoucontente por ter ganho uma bolsa que lhe permitiria estudar aprodução de batatas na Alemanha e na América. Até que soube,apavorado que teria que falar em público sobre os métodosestrangeiros, perante agricultores britânicos.

A idéia de ficar de pé diante de estranhos tentando manter viva asua atenção o assustava tanto que ele foi consultar um médico.“Preciso de ajuda, confessou”, pensando que lhe seriamreceitados tranqüilizantes. Em vez disso, o doutor lhe indicouminha escola.

Então eu disse a George, como já fiz a dezena de milhares deoutros alunos: “Falar bem em público é uma arte que pode seraprendida. Qualquer pessoa pode dominar as técnicas básicaspara fazer que um público se mantenha atento”. Ei-las aqui.

1) Seja simpático – O público é cordial para com os oradoresamáveis e de aspecto feliz. Winifred Ribchester, recém nomeadadiretora de uma escola de moças, estava com receio de seuprimeiro discurso perante um grande público de pais e membrosdo conselho diretivo da escola.

“Comece com um sorriso”, aconselhei. “O sorriso estabelece aligação com o público, despertando o interesse”.

No grande dia, Winifred apresentou-se na reunião com o maior emais caloroso sorriso que conseguiu arranjar. Claro que o públicolhe correspondeu também sorrindo. Tendo-o cativado, ela estavaapta a começar da melhor forma.

2) Descontraia-se – Mesmo uma oradora experiente comoMargaret Thatcher admite: “Fico nervosa em todas as ocasiõesque tenho que falar em público”. Mas nunca deixe transparecereste medo. As pessoas começam por ter pena de um orador quedeixa transparecer o pânico, mas depois acabam perdendo apaciência e o interesse.

George Scales que tentava se encher de coragem para fazer oseu primeiro discurso de um minuto em meu curso, estava

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alagado de suor. Recomendei-lhe que fizesse o exercício rítmicoque os atores fazem para se descontraírem antes de entrar nopalco. “Respire fundo várias vezes, sustenta a respiração omáximo tempo possível e expire lentamente”. Isso estabilizou suapulsação.

Outro remédio para os nervos é esquecer-se de que é você quemvai falar. Finja que é outra pessoa qualquer – um orador por quemsinta admiração, por exemplo.

3) Controle a situação – Mostre para o público quem é quedomina a cena e merece toda a atenção. O Orador que tenta ficarsentado perde a autoridade. O que luta com as costas da cadeiracomo um domador de leões, ou que se esconde por detrás daestante como se estivesse segurando uma metralhadora, só coma cabeça e as mãos à vista, está pondo os ouvintes à distância. Opúblico quer vê-lo bem de todos os ângulos. Sentirá assim quevocê confia nele.

4) Planifique seu discurso – Uma oração convincente tem de serpensada com antecedência.

Paul Homes era um orador rápido e enérgico, mas cujosdiscursos depressa perdiam a forma quando ele se afastava doessencial. Como apreciador de críquete, queria convencer a juntade sua freguesia a não proibir os jogos no jardim da aldeia (ummorador queixara-se de que a bola ia por vezes parar em seujardim).

Tendo freqüentado um de seus discursos, ele estruturou sua falacom um princípio (justificando as razões porque queria falar), ummeio (reforçando a argumentação com provas) e um finalotimista. Pouco depois, ele me escreveu: “No próximo ano, vamoster críquete por lá”.

Para a maior parte dos discursos, não se pode adotar o padrão játestado que o pároco da aldeia costuma usar para suas prédicas:“Em primeiro eu lhes falo sobre o que lhes vou falar; a seguir,digo a coisa; e por fim, falo-lhes sobre o que lhes disse”.

5) Não complique – Resista à tentação de sobrecarregar umdiscurso com um excesso de tópicos, pois o público não vaiconseguir fixá-los todos e pode até nem se fixar em nenhum. Umdiscurso eficaz incidirá no máximo sobre quatro pontos, quelevarão a uma conclusão final.

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Resista também à tentação de querer deslumbrar o seu públicocom expressões técnicas. Num de agentes de VIAGEM, IainWebster, da Telecom britânica, teve de fazer uma alocução sobrea utilização de computadores. Fiz-lhe notar que o discurso tinhade ser simples.

Mais tarde, ele me contou que incidiu sobre três itens numalinguagem concisa e sem uma única expressão técnica. “Fui oúnico orador a ter uma cobertura completa e exata na imprensano dia seguinte”.

6) Pareça espontâneo – A espontaneidade torna o discurso maisconvidativo, mas exige uma grande preparação prévia. Depois deescrever seu primeiro rascunho (tente 100 palavras por minuto),levante-se e fale para um gravador. Escute-se depois com umouvido crítico, apontando as hesitações ou as repetições quedevem ser eliminadas, e também as expressões de “linguagemescrita” que tem de ser corrigidas para a fluência da “linguagemoral”.

O teste para expressar qualquer coisa em termos orais éperguntar a si próprio: “Como diria eu isto a um amigo?”. Não iapor certo utilizar um estilo denso e literário. Alistair Cook, quandoestá preparando a sua Letter From América (Carta da América),diz em voz alta para si próprio as frases que vai datilografando,frases que são essencialmente orais.

7) Condense seu esboço final em tópicos – Breves, bemespaçados, fáceis de ler – escritos em fichas, que podem serguardadas no bolso até o início da sessão. Nada faz um públicodesinteressar-se tão rapidamente como um orador subindo aoestrado com a mão cheia de folhas de papel.

George Scales, o plantador de batatas, faz de memória asversões finais “espontâneas” de seus discursos, ouvindo-osanteriormente à hora no carro, enquanto dirige.

Aproveite as potencialidades de sua voz – Um orador esforçadopode controlar o público como um músico talentoso toca uminstrumento. Elevar a voz ativa as células do cérebro. Falardevagar, em voz baixa impressiona com a solenidade daalocução. Um discurso rápido e excitado confere um ar deurgência.

Pronuncie sempre as palavras claramente, com os lábios, alíngua e os dentes, para que o público entenda tudo o que diz.

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Peter Finch, um editor que freqüentou meu curso porque queriaprogredir na carreira, recorda que uma das mais eficientestécnicas de voz que aprendeu consiste em fazer uma pausa nomomento adequado e sussurrar: “Vou lhes contar um segredo”.Tal truque garante total e instantânea atenção do público.

8) Faça que todos participem – Um antigo diretor da EscolaGordonstoun, na Escócia, disse que aquela instituição tivera umdia um professor de Biologia que costuma desenhar diagramasno quadro sem olhar para os alunos. Num dia de verão, estandoele a desenhar na lousa, a turma inteira saltou pela janela dasala, que era no térreo, voltando a entrar rapidamente quandoele acabou. O professor nunca soube disso.

O orador que evita olhar o público de frente quase quecertamente perde a sua atenção, como o professor deGordonstoun. As pessoas sentem claramente que sua presençaestá sendo rejeitada.

Quando estiver falando, percorra o público com o olhar como umfacho de luz, de modo a mostrar que está se interessandosucessivamente por todos os presentes. Não se esqueça deninguém, mesmo daqueles que estão atrás de você.

9) Controle seu tempo – As pessoas nunca desculpam osoradores que falam sem cessar e os façam perder o almoço.

Uma hora é o tempo máximo para um discurso numa reunião denegócios. Dez minutos são suficientes para um acontecimentosocial, como uma festa de casamento. Se não tiver nenhumrelógio à frente, ponha o de pulso virado para baixo, de modo apoder olhar discretamente para ele.

Cinqüenta jovens executivos de publicidade fizeram uma reuniãode fim de semana em Cambridge e me presentearam com umasineta de bronze que trazia gravado, em latim, o melhor conselhoque se pode dar sobre o controle do tempo: “Praestate dicete ettacete” (Levanta-te, fala e cala-te).

10) Não deixe de praticar – As técnicas do discurso só podem sermelhoradas com a prática. Existem organizações onde se fazempalestras, aulas noturnas de oratória pública, associações de paise grupos semelhantes que oferecem a oportunidade de se falarpara um grupo reduzido de pessoas.

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Winifred Ribchester, a diretora que estava preocupada com odiscurso do dia de apresentação, descobriu que, em seu novocargo, tinha de fazer tantos discursos de vários teores que nãotardou a ganhar confiança.

Peter Finch, o editor, treinou o controle da voz lendo o sermãodominical na igreja.

E quanto ao plantador de batatas George Scales? Seus discursosa outros agricultores foram entusiasticamente recebidos.

Atualmente milionário, ele tomou gosto por falar em público, e atétem um programa de meia hora na televisão sobre agricultura.

FONTE: Este texto foi retirado da revista “Seleções do ReadersDigest” de abril de 1991.

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BIBLIOGRAFIA / CRÉDITOS:

Curso de Formação de Expositores da Setorial Norte – SP Curso de Formação de Expositores da Setorial Oeste – SP Curso de Formação de Expositores do CEAE Genebra – SP Curso de Formação de Expositores da Regional ABC Revista Seleções do Readers Digest, março 1994 Revista Seleções do Readers Digest, abril 1991 Técnicas de Dinâmicas de Grupo – Agostinho Minicucci – Ed.

Atlas Dinâmica de Grupo. Teorias e Sistemas – Agostinho

Minicucci – Ed. Atlas Janela de Johari – Silvino José Fritzen – Ed. Vozes Manual de Técnicas de Dinâmica de Grupo, e Sensibilização,

e Ludoterapia – Celso Antunes – Ed. Vozes Exercícios Práticos de Dinâmica de Grupo ( Volumes I e II ) –

Silvino José Fritzen – Ed. Vozes Treinamento de Líderes Voluntários – Silvino José Fritzen –

Ed. Vozes Exercícios de Dinâmica de Grupo e relações Humanas (

Volumes I, II, III e IV ) – Silvino José Fritzen – Ed. Vozes Caminhos de Encontros e Descobertas – Sônia Bitti –

Rosabel de Chiaro – Ed. Paulus Gráfica Como Animar um Grupo – André Beauchamp – Roger

Graveline – Claude Quivigem – Ed. Loyola Recriando Experiências ( Técnicas e Dinâmicas para Grupos

) – Instituto da Pastoral da Juventude – Leste II Dinâmicas em Fichas – Fazer Compras – Centro de

Capacitação da Juventude – Onivaldo Dyna Dinâmica em Fichas – Desenho dos Pés – Centro de

Capacitação da Juventude – Onivaldo Dyna Site: http://pwp.albnet.com.br/line/trava.htm ( Trava-Linguas ) Site: http://www.caeng.com.br/banca/travalingua.html ( Trava-

Linguas ) Noções Básicas de Exposições Espíritas – Rubens P. Meira

– Milton Felipeli – USE Como Falar Corretamente e Sem Inibições – Reinaldo Polito Curso de Formação de Expositores do C.E. Mansão da

Esperança ( Setorial Oeste – Regional Capital – SP ) Apostila de Conceito de Comunicação da Equipe da Escola

de Aprendizes do Evangelho à Distância

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Curso de Expositores do Comitê de Trabalho para asMocidades da AEE

Decálogo do Expositor Espírita – Alkindar de Oliveira Estudos do Socondy Vaccum Oil Co. Studies Vivência do Espiritismo Religioso – 5a. Edição – Edgard

Armond – Ed. Aliança Curso de Preparação para Evangelizador Infanto-Juvenil –

equipe da Evangelização Infanto-Juvenil da AEE – Ed.Aliança

Expositores Espíritas – Rubens Braga – Ed. EME Manual do Expositor Espírita – Departamento de Orientação

Doutrinária – Regional São Paulo – USE Como Trabalhar em Grupo – Juan Manuel Contreras – Ed.

Paulus Apostila de Dinâmicas de Celso Paulo Leite / Milton

Domingues Júnior – AEE Dinâmicas em Fichas – Vol. 2 – Onivaldo Dyna – Centro de

Capacitação da Juventude Tornar-se Pessoa – Carl Rogers – Ed. Martins Fontes Iniciação Espírita – Autores Diversos – 3a. edição – Ed.

Aliança

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