adriana gomes rêgo arrolamento de bens garantia do crÉdito tributÁrio

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Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

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Page 1: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Adriana Gomes Rêgo

ARROLAMENTO DE BENSARROLAMENTO DE BENSGARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIOGARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Page 2: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

ABORDAGEMABORDAGEM

CONCEITOFUNDAMENTO LEGAL - CTNDISPOSITIVOS LEGAIS – LEI nº 9.532/97REGULAMENTAÇÃO – IN SRF nº 264/2002JURISPRUDÊNCIA

Page 3: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

CONCEITOCONCEITO

É um procedimento administrativo preventivo, que visa a garantia da realização financeira do crédito tributário

Page 4: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

FUNDAMENTO LEGALFUNDAMENTO LEGAL

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL – LEI Nº 5.172/66 CAPÍTULO VI – GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO

CRÉDITO TRIBUTÁRIO- ART. 183 :

“ A enumeração das garantias atribuídas neste capítulo ao crédito tributário não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram”.

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LEI nº 9.532/97LEI nº 9.532/97

A autoridade fiscal competente procederá ao arrolamento de bens e direito do sujeito passivo sempre que o valor dos créditos tributários de sua responsabilidade for superior R$ 500.000,00 e a trinta por cento do patrimônio conhecido

Exceção: empresa em processo falimentar

Page 6: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

AUTORIDADE FISCALAUTORIDADE FISCAL

Auditor-Fiscal lavra o Auto de InfraçãoAuditor-Fiscal lavra a Comunicação de Débitos Titular da unidade da Receita Federal encaminha

ofício aos órgãos responsáveis pelos registros dos bens

Page 7: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

SUJEITO PASSIVOSUJEITO PASSIVO

Pessoa física ou jurídica

Se pessoa física, arrola inclusive os bens do cônjuge, exceto os gravados com cláusula de incomunicabilidade

Co-responsáveis ?

Page 8: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

CO-RESPONSÁVEISCO-RESPONSÁVEIS

Por solidariedade e por subsidiariedade? Limite de R$ 500.000,00 é aplicado por

crédito tributário arrolado ou por sujeito passivo?

Limite de 30% do patrimônio conhecido é aplicado para cada co-responsável ou soma-se o patrimônio total para aplicar o limite?

Page 9: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

PATRIMÔNIO CONHECIDOPATRIMÔNIO CONHECIDO

Valor constante da última declaração apresentada

Valor do ativo permanente (balanço), deduzidas as obrigações trabalhistas contabilizadas

Page 10: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

BENS E DIREITOSBENS E DIREITOSBens e direitos suscetíveis de registro

públicoPrioridade para os bens imóveisMontante suficiente para cobrir o crédito

tributário de responsabilidade do sujeito passivo

Bens onerados ou nãoArrolamento parcial de bens

Page 11: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

PROCEDIMENTOSPROCEDIMENTOSPreparo da Ação Fiscal: débitos do sujeito passivo Verificação, após constituição de crédito tributário,

se a soma dos débitos é igual ou superior a R$ 500.000,00

Possibilidade de diligênciaAFRFB faz a “Comunicação de Débitos” propondo

ao Superior Hierárquico o arrolamento dos bens Cadastramento de informações no sistema

Comprovi (Portaria RFB nº 2.661, de 5/11/2009),

Page 12: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

PROCEDIMENTOSPROCEDIMENTOSSuperior Hierárquico formaliza proposta de

instauração do procedimento de arrolamento, na própria Comunicação de Débitos

Titular da Unidade determina a elaboração da Relação de Bens e Direitos para arrolamento, que encaminha anexa a ofício, aos órgãos de registro do bem.

Uma via para o contribuinte / Uma via para processo de controle

Certidão Negativa de Débitos

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REGISTROSREGISTROS

Imóveis - Cartório do Registro Imobiliário;Veículos - Órgão de trânsito dos Estados;Embarcações - Capitania dos Portos;Aeronaves - Depto de Aviação Civil;Ações - Pessoa jurídica emissora;Quotas/títulos de Bolsas de Valores, de Bolsas de Mercadorias,

de Bolsas de Mercadorias e Futuros – Respectiva entidade.

Page 14: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

APÓS CIÊNCIAAPÓS CIÊNCIA

Obrigatoriedade do sujeito passivo de comunicar, em 5 dias, à RFB, quando: transferir, alienar ou onerar

Possibilidade de substituição do bem – prévia autorização do titular da Unidade da RFB

Page 15: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

ALIENAÇÃO DO BEMALIENAÇÃO DO BEM

Sujeito passivo comunica: SubstituiçãoSujeito passivo não comunica: Medida Cautelar

FiscalTitular do órgão de registro não comunica: Multa

para aqueles que deixam de fornecer informações à RFB (9° do Decreto-lei n° 2.303, de 21 de novembro de 1986)

.

Page 16: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

MEDIDA CAUTELAR FISCALMEDIDA CAUTELAR FISCAL

Sem domicílio certo: tenta se ausentar, alienar bens ou deixa de pagar obrigações no prazo

Com domicílio certo: tenta se ausentar, visando a elidir o adimplemento da obrigação

Caindo em insolvência: tenta alienarTenta contrair dívidas que comprometam a

liquidez do seu patrimônio

Page 17: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

MEDIDA CAUTELAR FISCALMEDIDA CAUTELAR FISCALNotificado para recolher o CT:

• Deixa de pagá-lo (salvo se suspender a exigibilidade)

• Tenta por seus bens em nome de terceirosPossui débitos que ultrapassam trinta por cento do

patrimônioÉ declarado inaptoPratica outros que dificultem a satisfação do CT

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CANCELAMENTO DO CANCELAMENTO DO ARROLAMENTOARROLAMENTO

Liquidação pelo pagamentoExtinção do crédito tributário, após decisão

final administrativaNulidade ou exoneração parcial do crédito

tributário

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CANCELAMENTO DO CANCELAMENTO DO ARROLAMENTOARROLAMENTO

Desapropriação pelo Poder PúblicoPerda total do bemAlienação por arrematação ou

adjudicação em leilão promovido pela Justiça do trabalho ou Justiça Estadual

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DISCUSSÕES JUDICIAISDISCUSSÕES JUDICIAIS

Ofensa ao princípio do contraditório, do devido processo legal

Ofensa ao pleno exercício do direito de propriedade

Ofensa ao princípio da proporcionalidade

Page 21: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

JURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIA – TRF 4ª– TRF 4ª“O arrolamento em questão visa a assegurar a realização do crédito fiscal, bem como a proteção de terceiros, não violando o direito de propriedade, o princípio da ampla defesa e o devido processo legal, pois é medida meramente acautelatória e de interesse público, a fim de evitar que contribuintes que possuem dívidas fiscais consideráveis em relação a seu patrimônio, desfaçam-se de seus bens sem o conhecimento do Fisco e de terceiros interessados”. (...)

Page 22: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

JURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIA – TRF 4ª– TRF 4ª

(...) “Diante da natureza da determinação, também não há falar em violação aos princípios da ampla defesa e do devido processo legal. Contudo, havendo impugnações na esfera administrativa, estas suspendem a exigibilidade dos créditos, conforme o artigo 151, III, do CTN, devendo, nesse caso, ser anulado o arrolamento.”

(TRF4, 2ª T., MAS 1999.71.04.004940-1/RS, Juiz Vilson Darós, abr/01).

Page 23: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

JURISPRUDENCIA – 1ª INSTJURISPRUDENCIA – 1ª INST “ (...) o contribuinte passa a ter uma clara

limitação do exercício do seu direito de propriedade de seus bens; limitação esta que dificultando o livre exercício de seu direito de propriedade indubitavelmente causa uma diminuição do valor de seus bens no mercado, tanto no que se refere à alienação como na simples exoneração para fins de garantia, como por exemplo na tomada de empréstimos bancários...

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JURISPRUDENCIA – 1ª INST.JURISPRUDENCIA – 1ª INST. (...) E, tudo isto sem o crédito tributário ostentar

exigibilidade, como ocorre no presente caso, em que a ora Impetrante impugnou os lançamentos tributários. Assim sendo, ditos efeitos tornam o ato administrativo de arrolamento de bens uma medida que fere o princípio da proporcionalidade em Direito Administrativo, pois se mostra excessiva em relação ao fim almejado pela Administração Pública.” (excertos de decisão liminar proferida pelo Juiz Federal Jorge Luiz Ledur Brito, nos autos do Processo 2005.70.05.002939-3, em 9/7/2005).

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JURISPRUDÊNCIA STJJURISPRUDÊNCIA STJ

(...) “3. Efetivado o arrolamento fiscal, deve o mesmo ser formalizado no registro imobiliário, ou em outros órgãos competentes para controle ou registro, ficando o contribuinte, a partir da data da notificação do ato de arrolamento, obrigado a comunicar à unidade do órgão fazendário a transferência, alienação ou oneração dos bens ou direitos arrolados. O descumprimento da referida formalidade autoriza o requerimento de medida cautelar fiscal contra o contribuinte.

Page 26: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

JURISPRUDÊNCIA STJJURISPRUDÊNCIA STJ

“4. Depreende-se, assim, que o arrolamento fiscal não implica em qualquer gravame ou restrição ao uso, alienação ou oneração dos bens e direitos do contribuinte, mas apenas, por meio de registro nos órgãos competentes, resguarda a Fazenda contra interesses de terceiros, assegurando a satisfação de seus créditos.”

Page 27: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

JURISPRUDÊNCIA STJJURISPRUDÊNCIA STJ

5. Ademais, a extinção do crédito tributário ou a nulidade ou retificação do lançamento que implique redução do débito tributário para montante que não justifique o arrolamento, imputa à autoridade administrativa o dever de comunicar o fato aos órgãos, entidades ou cartórios para que sejam cancelados os registros pertinentes.

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JURISPRUDÊNCIA STJJURISPRUDÊNCIA STJ

6. Tribunal de origem que entendeu desarrazoado o arrolamento de bens procedido pela Fazenda Pública, enquanto pendente de recurso o processo administrativo tendente a apurar o valor do crédito tributário, uma vez que não haveria crédito definitivamente constituído.

Page 29: Adriana Gomes Rêgo ARROLAMENTO DE BENS GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

JURISPRUDÊNCIA STJJURISPRUDÊNCIA STJ

7. A medida cautelar fiscal, ensejadora de indisponibilidade do patrimônio do contribuinte, pode ser intentada mesmo antes da constituição do crédito tributário, nos termos do artigo 2º, inciso V, "b", e inciso VII, da Lei nº 8.397/92 (com a redação dada pela Lei nº 9.532/97), o que implica em raciocínio analógico no sentido de que o arrolamento fiscal também prescinde de crédito previamente constituído,(...)

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JURISPRUDÊNCIA STJJURISPRUDÊNCIA STJ

(...) uma vez que não acarreta em efetiva restrição ao uso, alienação ou oneração dos bens e direitos do sujeito passivo da obrigação tributária, revelando caráter ad probationem, e por isso autoriza o manejo da ação cabível contra os cartórios que se negarem a realizar o registro de transferência dos bens alienados. (REsp 689472 / SE, 1ª T, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 5/10/2006).

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JURISPRUDÊNCIA STJ (2)JURISPRUDÊNCIA STJ (2)“Depreende-se do texto legal que os créditos cuja existência justifica o arrolamento devem estar constituídos ("formalizados ", na expressão do § 1º), pois somente com a constituição é que se podem identificar o sujeito passivo e o quantum da obrigação tributária, informações indispensáveis para que se verifique a presença ou não de tais requisitos de fato. 2. Importa, então, precisar o momento em que se tem por constituído o crédito tributário, quando a constituição ocorrer, como no caso, por via de lançamento.

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JURISPRUDÊNCIA STJ (2)JURISPRUDÊNCIA STJ (2)

3. "Encerrado o lançamento, com os elementos mencionados no art. 142 do CTN e regularmente notificado o contribuinte, nos termos do art. 145 do CTN, o crédito tributário estará definitivamente constituído (...) sendo evidente que, se o sujeito passivo não concordar com ele, terá direito de opor-se à sua exigibilidade, que fica administrativamente suspensa, nos termos do art. 151 do CTN (...).

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JURISPRUDÊNCIA STJ (2)JURISPRUDÊNCIA STJ (2)

“A suspensão da exigibilidade do crédito tributário constituído, todavia, não tira do crédito tributário as suas características de definitivamente constituído, apenas o torna administrativamente inexigível" (Ives Gandra Martins).(REsp 882758 / RS, 2ª Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 16/10/2008).

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Grata pela AtençãoGrata pela Atenção

[email protected]@receita.fazenda.gov.br