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 CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS - SEPLAG 1 www.pontodosconcursos.com.br RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Olá, pessoal, tudo bem? Estamos nós aqui, de volta. Esta semana, como em todas, teremos outro tema de importância para o nosso curso: a responsabilidade civil do Estado, do tipo extracontratual. Evidentemente, seremos objetivos, de forma a atender o conteúdo do edital. Mas, detalhe: a FUNIVERSA não tem tantas questões a respeito deste assunto. Desse modo, começaremos a aula com uma série de questões de outras bancas, com as exposições necessárias, para que, em seguida, façamos as (poucas!) questões que temos da FUNIVERSA acerca do assunto. PARA O DESAFIO FICAR MAIOR: façam as questões da FUNIVERSA em forma de simulado. Na próxima aula, no início, comentamos só as questões de tal banca, ok? E, detalhe: teremos algumas exposições relativamente longas, em algumas passagens, para que tenhamos o embasamento necessário para resolver as questões da nossa querida FUNIVERSA de maneira mais objetiva. Então, vamos nós! QUESTÕES EM SEQUÊNCIA 1 - (2007/CESPE/Pref. de Vitória/Procurador) Quanto à evolução doutrinária da responsabilidade civil da administração pública e à reparação do dano causado pelos agentes públicos, julgue os itens a seguir. 1 - A doutrina da culpa administrativa representa um estágio de transição entre a doutrina da responsabilidade civilística e a tese objetiva do risco administrativo. 2 - (2007/CESPE/PMVITÓRIA/AGENTE) Na situação apresentada, configuram-se os seguintes elementos: conduta, resultado danoso, nexo de causalidade e culpa. 3 - (2007/CESPE/Pmvitória/AGENTE) A doutrina que se aplica ao caso apresentado é a doutrina do risco administrativo. 4 - (2007/CESPE/Pmvitória/AGENTE) A responsabilidade do Estado pelo ato ilícito de Marcelo é subjetiva. 5) (2006/FCC – OAB/SP) No campo da Responsabilidade Extracontratual do Estado, diz-se que este não se converte em Segurador Universal, visto que o direito brasileiro não adota a teoria: a) do Risco Administrativo.

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    RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

    Ol, pessoal, tudo bem? Estamos ns aqui, de volta. Esta semana, comoem todas, teremos outro tema de importncia para o nosso curso: aresponsabilidade civil do Estado, do tipo extracontratual. Evidentemente,seremos objetivos, de forma a atender o contedo do edital. Mas, detalhe: aFUNIVERSA no tem tantas questes a respeito deste assunto. Desse modo,comearemos a aula com uma srie de questes de outras bancas, com asexposies necessrias, para que, em seguida, faamos as (poucas!) questesque temos da FUNIVERSA acerca do assunto. PARA O DESAFIO FICAR MAIOR:faam as questes da FUNIVERSA em forma de simulado. Na prxima aula, noincio, comentamos s as questes de tal banca, ok?

    E, detalhe: teremos algumas exposies relativamente longas, em algumaspassagens, para que tenhamos o embasamento necessrio para resolver asquestes da nossa querida FUNIVERSA de maneira mais objetiva.

    Ento, vamos ns!

    QUESTES EM SEQUNCIA

    1 - (2007/CESPE/Pref. de Vitria/Procurador) Quanto evoluo doutrinria daresponsabilidade civil da administrao pblica e reparao do dano causadopelos agentes pblicos, julgue os itens a seguir.

    1 - A doutrina da culpa administrativa representa um estgio de transio entrea doutrina da responsabilidade civilstica e a tese objetiva do risco administrativo.

    2 - (2007/CESPE/PMVITRIA/AGENTE) Na situao apresentada,configuram-se os seguintes elementos: conduta, resultado danoso, nexo decausalidade e culpa.

    3 - (2007/CESPE/Pmvitria/AGENTE) A doutrina que se aplica ao casoapresentado a doutrina do risco administrativo.

    4 - (2007/CESPE/Pmvitria/AGENTE) A responsabilidade do Estadopelo ato ilcito de Marcelo subjetiva.

    5) (2006/FCC OAB/SP) No campo da Responsabilidade Extracontratual doEstado, diz-se que este no se converte em Segurador Universal, visto que odireito brasileiro no adota a teoria:

    a) do Risco Administrativo.

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    b) da Responsabilidade objetiva nos casos de nexo causal.

    c) do Risco Integral.

    d) da Responsabilidade subjetiva por condutas comissivas.

    6) (2007/Esaf SEFAZ/CE) A teoria que responsabiliza o Estado pelos danos queseus agentes causarem a terceiros sem admitir qualquer excludente deresponsabilidade em defesa do Estado denomina-se teoria:

    a) objetiva.

    b) subjetiva.

    c) da falta do servio.

    d) da irresponsabilidade.

    e) do risco integral.

    Risco Administrativo

    7) (2005/NCE Eletrobrs/Advogado) Quanto responsabilidade civil do PoderPblico, trata-se de: a) responsabilidade objetiva, devendo ser provada a culpa no exerccio daatividade;

    b) responsabilidade subjetiva, devendo ser provada a falta do servio;

    c) responsabilidade objetiva fundamentada na teoria do risco administrativo;

    d) responsabilidade subjetiva, devendo comprovar a culpa no exerccio daatividade;

    e) irresponsabilidade da Administrao quando decorrente de atos de gesto.

    8) (2006/Esaf Agente Executivo/SUSEP) A responsabilidade objetiva do Estado,como pessoa jurdica de direito pblico interno, compreende os danos causados aterceiros, at mesmo quando: a) haja culpa do paciente (quem sofreu o dano).

    b) no haja culpa do agente (quem causou o dano).

    c) no haja nexo causal (entre o fato e o dano).

    d) o fato danoso no seja atribudo ao Estado.

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    e) o fato danoso seja causado, por ato doloso ou fraudulento do juiz, no exercciode sua funo.

    9) (2008/FGV Senado Federal Analista Legislativo-Administrao Em relaoao Estado, correto afirmar que: a) o Estado s civilmente responsvel se a conduta decorrer de culpa ou dolode seu agente.

    b) para que o Estado tenha o dever de indenizar o lesado, preciso que o agente causador do dano seja servidor estatutrio.

    c) o direito indenizao do Estado assegurado ao lesado ainda que este tenhacontribudo inteiramente para o resultado danoso.

    d) a regra geral adotada no direito brasileiro a da responsabilidade subjetivados entes estatais.

    e) o Estado pode exercer seu direito de regresso somente quando seu agente setiver conduzido com culpa ou dolo.

    10) (2008/FGV SEFAZ/RJ Fiscal de Rendas) Assinale a afirmativa correta. a) O Estado responde objetivamente por dano causado a particular relativamentea ato ilcito praticado por Fiscal de Renda.

    b) O Fiscal de Renda responde objetivamente pela autuao indevida departicular.

    c) Em caso de dano causado a particular por erro de autuao, o Fiscal de Rendaser sumariamente demitido, independentemente de processo administrativo.

    d) Em caso de negligncia no exerccio das funes, o Fiscal de Renda estsujeito pena de demisso.

    e) A repreenso constitui ato pblico e oral do superior hierrquico do Fiscal deRenda faltoso nos seus deveres funcionais.

    GABARITO: alternativa A

    Responsabilidade Civil das Empresas Estatais

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    11) (2008/Cespe TJDFT Cargo 10) A Caixa Econmica Federal, por serempresa pblica exploradora de atividade econmica e integrar a chamadaadministrao indireta, responde de forma objetiva, conforme a ConstituioFederal de 1988, pelos danos que seus servidores causarem a terceiro, noexerccio de sua atividade. (Certo/Errado)

    12) (2005/Esaf AFRFB) Assinale, entre as entidades abaixo, aquela que no sesubmete responsabilidade objetiva pelos danos que seus agentes, nessaqualidade, causem a terceiros. a) FUNASA Fundao Nacional de Sade

    b) CAIXA ECONMICA FEDERAL

    c) ANATEL Agncia Nacional de Telecomunicaes

    d) REDE GLOBO DE TELEVISO

    e) TELEMAR

    13) (2005/Esaf Juiz do Trabalho Substituto/TRT 7 Regio) Tratando-se deresponsabilidade civil do Estado, assinale a afirmativa falsa. a) Empresas pblicas podem se sujeitar responsabilidade objetiva ou subjetiva,dependendo de seu objeto social.

    b) A teoria francesa da faute du service enquadrada como hiptese deresponsabilidade objetiva.

    c) Pessoas jurdicas de direito privado, no integrantes da Administrao Pblica,podem se sujeitar responsabilidade objetiva.

    d) A responsabilidade do Estado por omisso caracteriza-se como de naturezasubjetiva.

    e) A responsabilidade civil por danos nucleares independe da existncia de culpa.

    14) (2006/Esaf IRB/Brasil) A respeito da responsabilidade civil da AdministraoPblica pode-se afirmar que respondem objetivamente pelos danos que seusagentes causarem a terceiros, exceto: a) as estatais que explorem atividade econmica.

    b) as agncias reguladoras de servios pblicos.

    c) as agncias reguladoras de atividades econmicas.

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    d) as concessionrias e permissionrias de servio pblico.

    e) as fundaes pblicas, desde que possuam natureza jurdica de direitoprivado.

    Responsabilidade das prestadoras de servios pblicos

    15) (2008/Cespe SEMAD/SE Procurador) A responsabilidade civil deconcessionria de servio pblico de transporte municipal objetiva apenasrelativamente aos usurios do servio. (Certo/Errado)

    16) (2004/Cespe STJ Analista Judicirio) As empresas estatais no estosubmetidas responsabilizao objetiva, pois adotam critrios prprios emvirtude da condio de prestadoras de servio pblico. (Certo/Errado)

    17) (2005/Esaf Juiz do Trabalho Substituto/TRT 7 Regio) Assinale a opocorreta. a) Para haver a responsabilidade civil do Estado imprescindvel que estejapatente o nexo de causalidade, direto ou indireto, entre a ao ou a omissoatribuda a seus agentes e o dano causado a terceiro.

    b) O direito de regresso contra o agente pblico responsvel por dano ensejadorde responsabilidade civil do Estado somente se d em caso de comportamentodoloso do agente, no se configurando na hiptese de o servidor ter agidoapenas com culpa em sentido estrito.

    c) A responsabilidade civil das pessoas jurdicas de direito privado prestadoras deservio pblico objetiva quer em relao aos usurios do servio, quer emrelao a pessoas outras que no ostentem a condio de usurio.

    d) No existe responsabilidade civil do Estado por ato lcito.

    e) Tratando-se de ato omissivo do poder pblico, a responsabilidade civil doEstado por esse ato subjetiva, exigindo demonstrao de dolo ou culpa emsentido estrito.

    18) (2008/Cespe PGE/CE Procurador c/adaptaes) Assinale a opo corretano que concerne responsabilidade civil do Estado.

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    a) Nos Estados absolutistas, negava-se a obrigao da administrao pblica deindenizar os prejuzos causados por seus agentes aos administrados, comfundamento no entendimento de que o Estado no podia causar males ou danosa quem quer que fosse (the king can do no wrong). Segundo a classificao dadoutrina, a teoria adotada nesse perodo era a teoria do risco integral.

    b) Perante o transportado, a responsabilidade da transportadora que exerafuno pblica sob concesso contratual e subjetiva.

    c) A Constituio Federal de 1988 adotou o princpio da responsabilidade civilsubjetiva para as autarquias.

    d) De acordo com a teoria da responsabilidade objetiva, o Estado responde pelosdanos causados por seus agentes a terceiros, independentemente da prova deculpa ou da demonstrao do nexo causal.

    e) Uma sociedade de economia mista prestadora de servio pblico responderpor danos causados a usurios independentemente da prova de culpa.

    Responsabilidade dos servidores e ao regressiva

    19) (2008/FGV Senado/Tcnico) Assinale a afirmativa incorreta. a) O lesado tem direito a ser indenizado pelo Estado por atos de seus agentesindependentemente de ao culposa.

    b) O Estado pode exercer o direito de regresso contra seu servidor ainda queeste no tenha agido com dolo ou culpa.

    c) Se o dano foi causado exclusivamente por fenmenos da natureza, no haverobrigao do Estado de indenizar o lesado.

    d) Se o dano causado por ao dolosa, a indenizao devida pelo Estado no necessariamente mais elevada do que nos casos de ao culposa.

    e) O dever do Estado de indenizar o lesado ocorre at mesmo se o agentecausador do dano no recebe remunerao pela funo pblica que exerce.

    Excludentes de Responsabilidade

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    20) (2004/Cespe AGU) Na teoria do risco administrativo, h hipteses em que,mesmo com a responsabilizao objetiva, o Estado no ser passvel deresponsabilizao. (Certo/Errado)

    21) (2007/Cespe CPC Renato Chaves-PA/Tc. em Info) So clusulasexcludentes da responsabilidade civil objetiva do Estado a culpa exclusiva davtima ou de terceiro, caso fortuito ou de fora maior. (Certo/Errado)

    22) (2004/Esaf MRE Oficial de Chancelaria) causa excludente, total ouparcial, da responsabilidade objetiva do Estado: a) dolo do agente. b) culpa do servio. c) culpa da vtima. d) fora maior ou caso fortuito. e) teoria da impreviso.

    23) (2007/Esaf PGDF) A respeito da Responsabilidade Civil do Estado, analiseos itens a seguir: I. O Distrito Federal responde pelos danos que seus servidores, nessa qualidade,causarem a terceiro por culpa exclusiva da vtima;

    II. A responsabilidade civil do agente pblico, em face de ao regressiva perantea Administrao Pblica, objetiva;

    III. De acordo com recente deciso do Superior Tribunal de Justia, reconheceu-se culpa exclusiva da vtima, que foi atropelada em linha frrea, utilizandopassagem clandestina aberta no muro sem conservao e sem fiscalizao daempresa ferroviria;

    IV. Haver responsabilidade civil objetiva do Estado, de acordo composicionamento do Superior Tribunal de Justia, no caso de presidirio que sesuicidou no estabelecimento prisional, tendo em vista que dever do Estadoproteger seus detentos, inclusive contra si mesmo;

    V. Com referncia Responsabilidade do Estado por atos jurisdicionais, najurisprudncia brasileira, como regra, prevalece a admissibilidade daresponsabilidade civil, devendo a ao ser proposta contra a Fazenda Estadual, aqual tem o direito de regresso contra o magistrado responsvel, nos casos dedolo ou culpa.

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    A quantidade de itens corretos igual a:

    a) 4 b) 2 c) 3 d) 1 e) 5

    24) (2007/Esaf DF/Procurador) Em face da responsabilidade extracontratual doEstado, dentro do sistema da Constituio Republicana de 1988 e da formulaoterica adotada pelo Direito Administrativo ptrio, correto afirmar que: a) eventual alegao de fora maior, por Procurador do DF, na defesaapresentada em ao de reparao de danos movida contra o Distrito Federal, relevante para excluir a responsabilidade estatal apenas na medida em que podecomprovar a inexistncia de nexo causal entre alguma atuao do Estado e odano ocorrido.

    b) a ocorrncia da denominada dupla causalidade (concausas) traz em seu bojo aexcluso da responsabilidade estatal.

    c) no tem sido admitida pela doutrina nem pela jurisprudncia a hiptese dereconhecimento de surgimento da responsabilidade estatal por atos danososcausados por multides.

    d) a aplicao da responsabilidade objetiva se satisfaz somente com ademonstrao do nexo causal.

    e) a teoria da faute du service, segundo entendimento predominante na doutrinaadministrativista ptria, insere-se no campo da responsabilidade extracontratualestatal objetiva, por aplicao da regra do 6 do art. 37 da CF/1988.

    25) (2007/FGV TJ/PA - Juiz Substituto) Analise as afirmativas a seguir: I. Apesar de a Constituio Federal ditar que o Estado indenizar o condenadopor erro judicirio, assim como o que ficar preso alm do tempo fixado nasentena, a regra a irresponsabilizao do Estado por atos de jurisdio.

    II. A Constituio Federal de 1988 adotou a Teoria da Responsabilidade Objetivado Estado, teoria que se fundamenta no risco administrativo e que isenta olesado de provar a culpa do agente estatal, bastando que este aponte o nexocausal entre o fato administrativo e o dano.

    III. A Teoria da Responsabilidade Objetiva do Estado no prev excludentes, porisso s se aplica s condutas ilcitas do Estado.

    Assinale:

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    a) se nenhuma afirmativa estiver correta.

    b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

    c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

    d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

    e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    26) (FGV - Polcia Civil/RJ - Inspetor da Polcia Civil-Amarela/2008) Na hiptesede automvel que venha a cair em buraco, na via pblica, gerando dano ao seuproprietrio, o Poder Pblico dever ser acionado no prazo de: a) 1 ano.

    b) 2 anos.

    c) 3 anos.

    d) 4 anos.

    e) 5 anos.

    G A B A R I T O S

    1 C; 2 C; 3 C; 4 E; 5 C; 6 E; 7 C; 8 B; 9 E; 10 A; 11 A; 12 B; 13 B; 14 A; 15 C; 16 E; 17 C e E; 18 E; 19 B; 20 C; 21 C;22 C; 23 D; 24 A; 25 B; 26 C.

    INTRODUO EVOLUO HISTRICA

    1 - (2007/CESPE/Pref. de Vitria/Procurador) Quanto evoluo doutrinria daresponsabilidade civil da administrao pblica e reparao do dano causadopelos agentes pblicos, julgue os itens a seguir.

    1 - A doutrina da culpa administrativa representa um estgio de transio entrea doutrina da responsabilidade civilstica e a tese objetiva do risco administrativo.

    GABARITO: CERTO

    Comentrios: essa primeira questo muito boa para esclarecermos a evoluodoutrinria a respeito do tema da responsabilidade civil do Estado at os diasatuais. Vejamos.

    De forma geral, a responsabilizao civil do Estado encontra origem noDireito Civil, ramo do direito que, inicialmente, tratou da matria. Pela teoria da

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    responsabilizao civil do Estado, aquele que causou o prejuzo tem a obrigaode indenizar o dano patrimonial causado por um fato lesivo. Porm,diferentemente do que ocorre na relao entre os particulares, aresponsabilizao do Estado constitui modalidade extracontratual, visto que noh um pacto, um contrato, a sustentar o dever de reparar, alcanando, portanto,particulares (terceiros) em geral.

    Sinteticamente, podem ser apontados com o elementos necessrios para adefinio da responsabilidade civil extracontratual do Estado:

    I) o ato ou fato lesivo causado pelo agente em decorrnciade culpa em sentido amplo, a qual abrange o dolo (inteno) e aculpa em sentido estrito, a qual, por sua vez, engloba a negligncia,a imprudncia e a impercia;

    II) a ocorrncia de um dano patrimonial ou moral; e,

    III) o nexo de causalidade entre o dano havido e ocomportamento do agente, o que significa ser necessrio que o danoefetivamente haja decorrido, direta ou indiretamente, da ao ouomisso do agente.

    Em resumo: fala-se em responsabilizao CIVIL da Administrao Pblicaquando h ocorrncia de DANO causado algum decorrente de conduta doagente pblico, entenda: na qualidade de agente pblico (mais frentedetalharemos melhor esse aspecto).

    A doutrina aponta a responsabilidade patrimonial extracontratual do Estadocomo a correspondente obrigao de reparar dano causados a terceiros emdecorrncia de comportamentos comissivos (ao) ou omissivos (inao),materiais ou jurdicos, lcitos ou ilcitos, imputveis aos agentes pblicos. Difere aresponsabilidade civil das responsabilidades penal e administrativa. As trs soindependentes entre si, com sanes especficas a serem aplicadas em cada umadessas esferas, quando for o caso.

    No h que se falar, necessariamente, de ao ilcita por parte do Estadopara que este seja responsabilizado civilmente. Regra geral, haver correlao:fato ilcito X responsabilizao civil do Estado, conforme ser visto no devidotempo. Mas, repita-se, nem sempre o ilcito estar presente. Por exemplo: aindenizao decorrente da realizao de uma cirurgia, mal feita, pelo Estado,embora lcita, tenha causado prejuzo a imagem do administrado.

    Registramos que preferimos a expresso Responsabilidade Civil do Estado Responsabilidade Civil da Administrao Pblica pela 1 ser mais acertada. Defato, a idia passada pela 2 de que s o desempenho das tarefas daAdministrao Pblica poderia levar responsabilizao civil, em nosso sentir,um equvoco. Veremos mais adiante que mesmo atos legislativos oujurisdicionais podem levar responsabilizao civil do Estado, a depender dascircunstncias.

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    Pois bem. Superada essa rpida introduo para delinearmos o que se deveentender quanto expresso Responsabilidade Civil da Administrao Pblica,passemos questo sobre a evoluo histrico-doutrinria do tema.

    O conceito e a fundamentao da responsabilidade civil do Estado soextremamente dinmicos e no podem ser encarados, por exemplo, luz dosfundamentos jurdicos do sculo XIX. Diversas so as concepes doutrinrias arespeito da evoluo do instituto ora tratado, a qual se apresenta,resumidamente, logo a seguir, indo da irresponsabilidade do Estado at a Teoriado Risco Integral (que no adotada no direito brasileiro, de acordo com aviso que as bancas tm do assunto, ressaltamos!).

    1 Teoria: A irresponsabilidade do Estado

    No princpio, o Estado no era responsabilizado pelos danos causados porseus agentes. Valia, ento, a mxima: The King can do no wrong (o rei noerra), ou, ainda, le roi ne peut mal faire (o rei no pode fazer mal), para osfranceses.

    Adotada na poca dos estados absolutistas, evidentemente tal teoria caiuem desuso, dado o seu evidente carter injusto, uma vez que o Estado, guardiodo Direito que , no poderia deixar de ser responsabilizado pelos danoscausados a terceiros.

    Mesmo nos pases em que se resistiu com intensidade ao abandono destateoria (Inglaterra e EUA, at meados do sec. XX), ela no mais se sustenta nosdias atuais.

    2 Teoria: A Responsabilidade com Culpa Civil do Estado (naturezasubjetiva)

    Aps a superao da teoria da irresponsabilidade do Estado surge a teoriada responsabilidade com culpa civil do Estado. Por meio dessa teoria, o Estadoresponderia apenas pelos prejuzos decorrentes de seus atos de gesto,desprovidos de supremacia estatal, praticados pelos seus agentes, norespondendo, contudo, pelos atos de imprio (protegidos pela posiodiferenciada do Estado na sociedade), regidos por normas de direito especial,exorbitantes do direito comum e decorrentes da supremacia do Estado.

    Pela teoria baseada na culpa civil (teoria civilista), o Estado responde pelosdanos causados por seus agentes, ao praticarem atos de gesto, no caso deculpa ou dolo. Ao particular prejudicado, alm de individualizar o causador dodano, incumbiria demonstrar a existncia dos elementos de culpa em sentidoamplo do agente, por esse motivo a doutrina afirma ser uma teoria denatureza subjetiva, enfim, em que devem ser discutidos os aspectosintencionais (dolo) ou no-intencionais (culpa).

    Ainda que tenha atenuado a irresponsabilidade do Estado, os preceitos daTeoria da Responsabilidade com Culpa so de difcil aplicao, dada a dificuldade,por vezes, impossibilidade, de fazer separao entre atos de imprio ou de

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    gesto do Estado ou, ainda, de o particular individualizar o agente pblicocausador do dano e de provar sua culpa ou dolo.

    3 Teoria: A Teoria da Culpa Administrativa

    Esta teoria representa mais um estgio evolutivo da responsabilidade civildo Estado. Uma transio, como apontado na questo, entre a teoria da culpacivilista (baseada na necessidade de comprovao da culpa) para o riscoadministrativo (objetiva, que independe da necessidade de comprovao deculpa), o qual ser visto logo a seguir. Da, CORRETO o item.

    O principal acrscimo da teoria de que se trata agora foi quanto desnecessidade de se fazer diferena entre os atos de imprio e os de gesto.Independente de qual categoria de ato se tratasse (imprio ou gesto),ocorrendo o prejuzo, o Estado responderia por este, desde que possusse culpaobjetiva quanto situao, dizer, o interessado possua o dever de provar aculpa do Estado, mesmo que no fosse possvel identificar o agentecausador do prejuzo. Dessa maneira, a doutrina reconheceu a teoria como deculpa annima ou da falta do servio, a faute de service, na doutrina francesa,inspiradora da nossa.

    Chamamos ateno para o fato de que a falta do servio pode consumar-sede trs modos diversos: inexistncia, mau funcionamento ou retardamento doservio. Ressaltamos que os fundamentos dessa teoria ainda servem de subsdiopara responsabilizao do Estado em algumas situaes, como na omissoadministrativa genrica. Esclareceremos melhor o assunto em questesposteriores.

    4 Teoria: Teoria do Risco Administrativo

    De acordo com esta teoria, o Estado tem o dever de indenizar o danosofrido de forma injusta pelo particular, independente de falta do servio ou deculpa dos agentes pblicos. Existindo o dano (o FATO do servio e no a FALTA,como na teoria anterior), o Estado tem a obrigao de indenizar.

    A teoria do risco administrativo (surgida com a CF/1946) encontrafundamentos, em nossa ordem jurdica, a partir do 6 do art. 37 da CF/88, queassim dispe:

    As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privadoprestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seusagentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado odireito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa.

    O dispositivo tambm ser melhor desdobrado nas questes mais abaixo,mas j possvel trazer duas importantes observaes:

    I) o risco administrativo no se aplica a todas as hipteses em quergos/entidades do Estado causem prejuzos a terceiros, mas to s nos casos

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    em que a AO (no de omisso genrica) de uma PESSOA JURDICA DEDIREITO PBLICO ESTATAL venha a causar dano a particulares;

    II) as prestadoras de servio pblico, independente de serem entidadesadministrativas estatais ou no, submetem-se s regras de responsabilizaocivil vlidas para o Estado (com algumas ressalvas). assim porque estasentidades assumem o RISCO da atividade estatal (administrativa), emcontrapartida aos rendimentos que auferiro em decorrncia da prestao dosservios. a velha regra: para todo bnus h um correspondente nus.Como exemplo: a teoria do risco administrativo vale para concessionrias epermissionrias de transporte coletivo, as quais obtm dos usurios seu bnus.Logo, respondero objetivamente (assumiro o nus) perante os usurios.

    Ainda que a teoria do risco administrativo no exija que o particularcomprove a culpa da Administrao, possvel que o Poder Pblico demonstre aculpa da vtima para excluir ou atenuar a indenizao. Esta a fundamentaldiferena com relao ao risco integral, como veremos mais abaixo. Assim,permite-se que a Administrao possa comprovar a culpa do pretenso lesado noevento danoso, de forma a eximir o errio, integral ou parcialmente, do dever deindenizar.

    5 Teoria: A Teoria do Risco Integral

    O risco integral consiste em uma modalidade exacerbada, por assim dizer,da teoria risco administrativo. Na modalidade risco integral, a Administrao ficaobrigada a indenizar os prejuzos suportados por terceiros, ainda que resultantesde culpa exclusiva da vtima.

    A maior parte da doutrina brasileira entende no ser aplicvel o riscointegral em nossa ordem jurdica, em razo do exagero contida em suaconstruo conceitual.

    H parte da doutrina que defende ser o acidente nuclear umapossibilidade de aplicao da teoria do risco integral. No entanto, a prpriaLei de Acidente Nuclear afirma que o Estado no responder em ocorrendo aculpa exclusiva da vtima. Assim, para a prova, sugerimos que os amigoslevem a posio de que, atualmente, NO ADOTAMOS A TEORIA DO RISCOINTEGRAL, EM NOSSO PAS.

    Marcelo, servidor pblico de um municpio, trabalhava como motorista para aprefeitura. Certa vez, ao sair do ptio da prefeitura para buscar o secretrio desade em determinado local, imprimiu maior velocidade ao veculo e, semquerer, terminou por atropelar um colega, tambm motorista, que ficougravemente ferido. Considerando a situao hipottica apresentada, julgue ositens seguintes.

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    2 - (2007/CESPE/PMVITRIA/AGENTE) Na situao apresentada,configuram-se os seguintes elementos: conduta, resultado danoso, nexo decausalidade e culpa.

    GABARITO: CERTO

    COMENTRIOS: com acerto, o examinador aponta que na situao emanlise configuram-se

    I) CONDUTA: de Marcelo, que o servidor pblico. A conduta, no caso, imprimir maior velocidade ao veculo, ou seja, dirigir sem a prudnciarequerida;

    II) RESULTADO DANOSO: o atropelamento do colega de trabalho, ferindo-o, o dano causado por Marcelo. Interessante notar que DANO nonecessariamente diz respeito a prejuzos em pecnia (em dinheiro), mas simalgo que seja prejudicial a algum, em sentido amplo, tal como os ferimentoscausados ao colega por Marcelo;

    III) NEXO DE CAUSALIDADE: a ligao entre o agir de Marcelo (dirigir) e odando gerado (os ferimentos ao outro servidor) constitui o nexo causal;

    IV) CULPA: Marcelo, como vimos, agiu com imprudncia, caracterizando suaculpa.

    Enfim, esto postas todas as variveis necessrias responsabilizao civildo ESTADO, o qual, a princpio, deveria promover a reparao (a indenizao) aoservidor ferido, para, ento, buscar, em sede de ao regressiva (ou de regresso)a responsabilizao de Marcelo, dada a sua culpa na situao. Mas esse assunto(ao regressiva) um papo que levaremos em outras questes...

    3 - (2007/CESPE/Pmvitria/AGENTE) A doutrina que se aplica ao casoapresentado a doutrina do risco administrativo.

    GABARITO: CERTO

    COMENTRIOS

    O presente item serve para apontarmos o atual estgio da responsabilidadecivil do Estado no Brasil, a partir do que estabelecem as normas sobre o assunto.

    O atual Cdigo Civil CC/2002 fixa em seu art. 43:

    as pessoas jurdicas de direito pblico interno so civilmenteresponsveis por atos dos seus agentes que nessa qualidadecausem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra oscausadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.

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    Ainda que em consonncia com a atual Constituio Federal de 1988, odispositivo do CC/2002 de menor amplitude que o 6 da Carta Magna.Vejamos, de novo, o dispositivo constitucional:

    As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privadoprestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seusagentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado odireito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa.

    Como se v do dispositivo, duas so as regras estabelecidas: aresponsabilidade objetiva do Estado, que quem responde pelo prejuzocausado, e subjetiva do agente, o qual responder regressivamente perante oEstado, aps a reparao por parte deste (Estado) do dano causado.

    Destacamos que o dispositivo constitucional transposto diz respeito spessoas sujeitas responsabilizao objetiva: TODAS as pessoas jurdicas dedireito pblico (entes polticos, autarquias, e fundaes pblicas de direitopblico), independente da atividade que exeram, e, ainda, as pessoas jurdicasde direito privado que prestem servios pblicos, sejam ou no integrantes doEstado, respondero de forma objetiva em razo de prejuzos porventuracausados.

    Desse modo, a regra alcana tambm os delegatrios do Estado queprestem servio pblico, bem como entidades da Administrao Indireta quedesenvolvam tal tipo de atividade.

    De outro modo, deve-se excluir, regra geral, da responsabilidadeobjetiva, portanto, empresas estatais que explorem atividade econmica, talcomo o Banco do Brasil, por exemplo. Estas respondero, regra geral, pelosdanos causados a terceiros da mesma forma que as demais pessoas privadas,regidas pelo Direito Civil ou Comercial, ou seja, com base na responsabilidadeSUBJETIVA, pautada na necessidade de comprovao de culpa.

    O Estado responder de forma objetiva no caso da AO de seus agentes. que se verifica do trecho ...danos que seus agentes, nessa qualidade,CAUSAREM a terceiros... (grifo nosso). Ah a expresso agentes no serefere apenas a servidores pblicos, como pode se pensar em conclusoapressada. De outro forma, agentes abrangem servidores, empregadosceletistas (da indireta ou no) e quaisquer outros prepostos do Estado, quandono desempenho de atribuies do Poder Pblico. O verbo causarem estabelecea ao como fundamento para a responsabilizao objetiva do Estado, o qual,portanto, no responder objetivamente tratando-se de atos omissivosgenricos. Enfim, quando da ocorrncia da omisso genrica, h necessidade decomprovao da culpa do Estado (aguardem a prxima questo).

    Como j se disse, reforamos, por oportuno, que o agente do poder pblicodeve estar atuando nessa qualidade, isto , no papel de agente pblico, para quevalha a tese da responsabilizao objetiva do Estado, sendo irrelevante se talagente agiu nos limites ou fora de sua competncia. A arbitrariedade (o vcio doexcesso de competncia) s ter o condo de agravar a responsabilidade da

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    Administrao, em razo da m escolha do agente (a Administrao incide nachamada culpa in eligendo por ter escolhido mal um agente seu).

    preciso, verdade, que haja nexo de causalidade entre a ao do agentee a atuao em nome do Estado para que incida a responsabilidade objetiva.Assim, um policial fardado, ainda que fora de seu horrio de trabalho, masagindo em nome do Estado (circunstncia dada pelo uso da farda pelo policial)levar responsabilizao civil objetiva do Poder Pblico, caso, agindo em nomedeste, venha causar prejuzo a algum, resguardando-se o direito de o Estadodemandar em ao regressiva o agente causador do dano (veremos mais frente como funciona o direito de regresso por parte do Estado).

    Nota-se, portanto, que as entidades que se submetem s regras daresponsabilidade objetiva assumem o risco da atividade administrativa (da onome RISCO ADMINISTRATIVO): basta que o prejudicado comprove que houve,efetivamente, o prejuzo causado pela AO de uma das entidades listadas no 6 do art. 37 da CF, com o devido nexo causal, para que surja seu direito de serindenizado. Da, basta que se verifique o FATO DO SERVIO, sem o concurso doprejudicado (lesado), para que este venha a ser indenizado. Por essa razo, oacerto da questo, ao afirmar que a tese utilizada na situao a do RISCOADMINISTRATIVO.

    Por fim, ressaltamos que a pessoa de Direito Pblico (ou a prestadora deservio pblico) ser eximida do dever de indenizar caso demonstre a culpaexclusiva da vtima que sofreu o dano (que deixaria de ser vtima e passaria a serculpada). O nus de provar neste caso, entretanto, da Administrao: caso nose comprove a culpa da vtima, caber ao Estado a responsabilidade civil pelodano, que deve ser reduzida, proporcionalmente, culpa do prejudicado.

    4 - (2007/CESPE/Pmvitria/AGENTE) A responsabilidade do Estadopelo ato ilcito de Marcelo subjetiva.

    GABARITO: ERRADO

    COMENTRIOS: bom, na questo 1 e na anterior delineamos as variveisnecessrias ao surgimento da responsabilidade civil do Estado do tipo OBJETIVA,que se baseia no RISCO ADMINISTRATIVO. Para relembrar tais variveis:

    I) AO ESTATAL (pessoa jurdica de direito pblico) OU DEPRESTADOR DE SERVIOS PBLICOS;

    II) RESULTADO DANOSO, O PREJUZO EM SI;

    III) NEXO CAUSAL ENTRE OS DOIS ANTERIORES.

    Surgindo a conjugao de tais variveis, surge a responsabilidadeOBJETIVA do Estado, o que leva INCORREO do item. Quanto ao Marcelo, ocausador do dano, a sim, a responsabilidade do tipo SUBJETIVA, baseada nanecessidade de comprovao de culpa.

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    27) (2006/FCC OAB/SP) No campo da Responsabilidade Extracontratual doEstado, diz-se que este no se converte em Segurador Universal, visto que odireito brasileiro no adota a teoria:

    a) do Risco Administrativo.

    b) da Responsabilidade objetiva nos casos de nexo causal.

    c) do Risco Integral.

    d) da Responsabilidade subjetiva por condutas comissivas.

    Gabarito: alternativa C.

    Comentrios: o Direito Administrativo Brasileiro no adota o riscointegral, no sentido de o Estado responder em qualquer situao (como se fosseum segurador universal!), mesmo quando diante de excludentes deresponsabilidade.

    Lembramos o que foi dito no 1 item: a Lei de Acidentes Nucleares dizexpressamente que o Estado no responsvel quando houver culpa exclusivada vtima. Ora, essa uma excludente de responsabilizao (culpa exclusiva davtima). Ento, como no adotamos o risco integral, no se fala em dever de oEstado promover a responsabilizao, pois no um segurador universal, comodiz o comando da questo.

    28) (2007/Esaf SEFAZ/CE) A teoria que responsabiliza o Estado pelos danos queseus agentes causarem a terceiros sem admitir qualquer excludente deresponsabilidade em defesa do Estado denomina-se teoria:

    a) objetiva.

    b) subjetiva.

    c) da falta do servio.

    d) da irresponsabilidade.

    e) do risco integral.

    Gabarito: alternativa E.

    Comentrios:

    Percebam pela leitura do comando da questo que ela no nega ou afirmaa existncia da aplicabilidade da teoria do risco integral. Apenas solicita docandidato o conhecimento de sua definio. Toramos para que seja mantidoesse padro, mais prudente, tratando-se de concursos pblicos, nos quais vidasso decididas.

    Risco Administrativo

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    29) (2005/NCE Eletrobrs/Advogado) Quanto responsabilidade civil do PoderPblico, trata-se de: a) responsabilidade objetiva, devendo ser provada a culpa no exerccio daatividade;

    b) responsabilidade subjetiva, devendo ser provada a falta do servio;

    c) responsabilidade objetiva fundamentada na teoria do risco administrativo;

    d) responsabilidade subjetiva, devendo comprovar a culpa no exerccio daatividade;

    e) irresponsabilidade da Administrao quando decorrente de atos de gesto.

    Gabarito: alternativa C.

    Comentrios: sem perda de tempo, vamos direto ao exame dos quesitos.

    Alternativa A INCORRETA. O art. 37, 6, do texto constitucional expresso em afirmar que a responsabilidade aplicada independentemente deculpa ou de dolo. Decorre disso o fato de o risco administrativo ser denatureza OBJETIVA.

    Alternativa B INCORRETA. A responsabilidade civil, de modo geral, de natureza objetiva.

    Alternativa C CORRETA. Como vocs estudaram, a responsabilidadepassou pela irresponsabilidade (o Estado no responde), pela culpa civilista(o Estado responde se identificado o agente causador do dano e provar que agiucom dolo ou culpa), pela culpa annima ou faute du service (em que o Estadoresponde pela falha do servio), at o estgio atual do risco administrativo,previsto, inclusive, no art. 37, 6, da CF/1988. Logo, correto o quesito.

    Alternativa D INCORRETA. Idem item B.

    Alternativa E INCORRETA. No vigora (e nunca vigorou) a tese de queo Estado no pode ser responsabilizado. Alis, nos dias atuais, sejam atos deimprio, sejam de gesto, o Estado permanece responsvel, caso surjam osrequisitos para tanto, vistos nas questes anteriores.

    30) (2006/Esaf Agente Executivo/SUSEP) A responsabilidade objetiva doEstado, como pessoa jurdica de direito pblico interno, compreende os danoscausados a terceiros, at mesmo quando:

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    a) haja culpa do paciente (quem sofreu o dano).

    b) no haja culpa do agente (quem causou o dano).

    c) no haja nexo causal (entre o fato e o dano).

    d) o fato danoso no seja atribudo ao Estado.

    e) o fato danoso seja causado, por ato doloso ou fraudulento do juiz, no exercciode sua funo.

    Comentrios: alternativa B

    Em frente que atrs vem gente! Vamos direto s anlises.

    Alternativa A INCORRETA. Embora aplicvel o risco administrativoentre ns, fato que, em determinadas situaes, o Estado no responder pelosdanos, ou seja, quando existirem excludentes de responsabilidade, como ocaso da culpa do paciente (vtima), logo, incorreto o item, pois, em havendoculpa exclusiva da vtima, o Estado no ser responsabilizado.

    Alternativa B CORRETA. O art. 37, 6, da CF/1988, claro aoestabelecer que a teoria do risco administrativo (de natureza objetiva) independeda demonstrao de dolo ou de culpa do agente. Com outras palavras, seja o atoilcito (com culpa ou dolo do agente) ou lcito, o Estado ser responsabilizado.Para tanto, basta que surjam os requisitos necessrios tal responsabilizao:AO DO ESTADO; O DANO E O NEXO CAUSAL.

    Alternativa C INCORRETA. Vimos que para a aplicao do RiscoAdministrativo faz-se necessrio, alm do dano e da ao, o nexo de causalidade.

    Alternativa D INCORRETA. Exatamente ao contrrio: o fato tem de seratribudo ao Estado, sob pena de inexistir nexo causal e, portanto, no haverresponsabilidade do Estado.

    Alternativa E INCORRETA. O Juiz poder praticar atos jurisdicionaiscom o intuito deliberado de causar prejuzo parte. Por fora do que dispe oart. 133 do Cdigo de Processo Civil CPC, o magistrado, pessoalmente,responder por perdas e danos quando, no exerccio de suas atribuies,proceder dolosamente, inclusive com fraude, assim como quando recusar, omitirou retardar, sem motivo justo, providncia que deva ordenar de ofcio, ou arequerimento da parte. Nessas situaes, a responsabilidade individual do juiz,a quem caber o dever de indenizar os prejuzos causados.

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    Com relao ao erro judicirio, a atual Carta Magna estabelece que oEstado indenizar o condenado por erros judicirios, assim como o que ficarpreso alm do tempo fixado na sentena. (CF, art. 5, LXXV). Tal regra,observe-se, abrange a rea criminal (penal), mas no a esfera cvel,autorizando apenas a denominada reviso criminal. Nestes casos, o Estadopoder ser condenado a indenizar na esfera cvel vtima do erro ocorrido naesfera penal. Resguarda-se, como no poderia deixar de ser, o direito do Estadoacionar em regressiva o juiz causador do dano, o qual, demonstrada sua culpa,dever ressarcir o Poder Pblico pelos prejuzos arcados.

    De qualquer forma, destaque-se que a regra geral continua a ser a dainexistncia de responsabilidade civil do Estado por atos jurisdicionais, a qual,contudo, ocorre quando das condenaes indevidas. Tal orientao est contidaem diversos julgados do STF, os quais, em sntese, podem ser resumidos dasetuinte forma: A responsabilidade objetiva do Estado no se aplica aos atos dosjuzes, a no ser nos casos expressamente declarados em lei1 . Merece destaqueo RE 429.518/SC, de 2004, do qual se transcreve a ementa:

    I. A responsabilidade objetiva do Estado no se aplica aos atos dos juzes,a no ser nos casos expressamente declarados em lei. Precedentes do S.T.F.

    II. Decreto judicial de priso preventiva no se confunde com o errojudicirio C.F., art. 5, LXXV mesmo que o ru, ao final da ao penal,venha a ser absolvido.

    Ainda que o acusado seja posteriormente absolvido, no h erro judiciriona priso preventiva, desde que essa seja adequadamente fundamentada,obedecendo aos pressupostos que a autorizam. Interpretao diversa, de acordocom o STF, implicaria total quebra do princpio do livre convencimento do juiz,afetando de modo irremedivel sua segurana para apreciar e valorar provas.

    31) (2008/FGV Senado Federal Analista Legislativo-Administrao Em relaoao Estado, correto afirmar que: a) o Estado s civilmente responsvel se a conduta decorrer de culpa ou dolode seu agente.

    b) para que o Estado tenha o dever de indenizar o lesado, preciso que o agente causador do dano seja servidor estatutrio.

    c) o direito indenizao do Estado assegurado ao lesado ainda que este tenhacontribudo inteiramente para o resultado danoso.

    1 REs 228.035-AgR/SC; 219.117-4-PR e outros, no mesmo sentido.

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    d) a regra geral adotada no direito brasileiro a da responsabilidade subjetivados entes estatais.

    e) o Estado pode exercer seu direito de regresso somente quando seu agente setiver conduzido com culpa ou dolo.

    Gabarito: alternativa E

    Comentrios: as revises anteriores foram vlidas ou no? Vejamos.

    Alternativa A INCORRETA. Vigora, entre ns, o risco administrativo,em que o Estado ser responsabilidade pelos atos comissivos,independentemente de dolo ou de culpa dos agentes, da a incorreo daalternativa.

    Alternativa B INCORRETA. O texto constitucional no fala emservidores, mas sim agentes, ou seja, conceito que engloba qualquer pessoafsica que, em carter temporrio ou permanente, com ou sem remunerao,desempenhe atividade pblica, da a incorreo da alternativa.

    Alternativa C INCORRETA. H situaes que afastam o dever de oEstado indenizar, as ditas excludentes de responsabilidade, tal como a culpaexclusiva da vtima, da a incorreo da alternativa.

    Alternativa D INCORRETA. A regra geral para a responsabilizao civildos entes do Estado de natureza objetiva, com o Estado respondendoindependentemente de dolo ou de culpa do agente. Item INCORRETO, ento.

    Alternativa E CORRETA. Mais frente, trabalharemos melhor oconceito de ao de regresso. Antecipamos que sempre de natureza subjetiva,ou seja, o Estado s pode se voltar contra seu agente, caso este tenha agido (ouno agido) com dolo ou com culpa, da a correo da alternativa.

    32) (2008/FGV SEFAZ/RJ Fiscal de Rendas) Assinale a afirmativa correta. a) O Estado responde objetivamente por dano causado a particular relativamentea ato ilcito praticado por Fiscal de Renda.

    b) O Fiscal de Renda responde objetivamente pela autuao indevida departicular.

    c) Em caso de dano causado a particular por erro de autuao, o Fiscal de Rendaser sumariamente demitido, independentemente de processo administrativo.

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    d) Em caso de negligncia no exerccio das funes, o Fiscal de Renda estsujeito pena de demisso.

    e) A repreenso constitui ato pblico e oral do superior hierrquico do Fiscal deRenda faltoso nos seus deveres funcionais.

    Comentrios:

    Vamos direto s anlises.

    Alternativa A CORRETA. A alternativa est correta, porm, a redaopoderia levar-nos ao erro. Primeiro: porque pode passar a impresso que oEstado s responde por atos ilcitos dos servidores. Mas o item no diz isso. Oque diz que NO CASO DE ATOS ILCITOS o Estado responde de maneiraobjetiva. E tambm no caso de atos lcitos, pois a ideia hoje que o Estadoresponde pelo PREJUZO, e no pela ilicitude do ato. Segundo: o Fiscal de Rendaagiu na qualidade de servidor? Vejamos.

    Para que o Estado seja responsabilizado, o ato ilcito deve ter sidopraticado pelo Fiscal de Renda, na qualidade de agente pblico. Parece que oexaminador esqueceu esse pequeno detalhe, deixando ao sabor do candidato ainferncia. Apesar dos pesares, a questo no foi alterada, e esse foi ogabarito oficial.

    Alternativa B INCORRETA. Servidores respondem sempreSUBJETIVAMENTE, ou seja, o Estado pode acion-los regressivamente. Noentanto, devem ser comprovados o dolo ou a culpa.

    Alternativa C INCORRETA. Que isso?! Sumariamente demitidos?! Empocas remotas, poderamos at cogitar desse tipo de atitude (a denominadaverdade sabida). Contudo, a convivncia no Estado de Direito e Democrticoafasta a existncia de penalidades no antecedidas de contraditrio e de ampladefesa, da a incorreo da alternativa.

    Alternativa D INCORRETA. Esse modelo de questo muito perigoso,porque exige do candidato grande jogo de cintura. A negligncia no Tribunal deContas da Unio, na Receita Federal, e em outros rgos federais pode simlevar demisso. Mas, no caso deste item, a banca pensou em atos culpososde pequena monta, sem gravidade, de baixo potencial ofensivo, portanto, nocausadores de danos ao patrimnio econmico e moral do Estado, e, por isso,insuscetveis da aplicao de demisso. A banca, no entanto, poderia ter sidomais um cadinho explcita no seu texto, no?!

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    Alternativa E INCORRETA. As penalidades sero estudadas mais frente. Antecipamos que a repreenso uma penalidade do estatuto dosservidores do Estado do Rio de Janeiro, que o ente federativo neste item.

    Responsabilidade Civil das Empresas Estatais

    33) (2008/Cespe TJDFT Cargo 10) A Caixa Econmica Federal, por serempresa pblica exploradora de atividade econmica e integrar a chamadaadministrao indireta, responde de forma objetiva, conforme a ConstituioFederal de 1988, pelos danos que seus servidores causarem a terceiro, noexerccio de sua atividade. (Certo/Errado) Gabarito: ERRADO.

    Comentrios: o tema Responsabilidade do Estado certo em qualquerprova de concurso, sendo o presente item um dos mais queridos dosexaminadores, porque exige do concursando um conhecimento de todo o sistemado Direito Administrativo.

    Vejamos o que estabelece o art. 37, 6, da CF/1988:

    As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privadoprestadoras de servios pblicos respondero pelos danos queseus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado odireito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa.

    As empresas governamentais tm, fundamentalmente, dois campos deatuao. O primeiro encontrado no art. 173 (interveno do domnioeconmico, como o caso do BB e da CEF). O segundo diz respeito prestaode servios pblicos, com base no art. 175 da CF/1988 (por exemplo: a Infraeroe a ECT, tpicas prestadoras de servios pblicos).

    Assim, as empresas estatais, PRESTADORAS DE SERVIOS PBLICOS,podem responder de forma objetiva pelos danos causados a terceiros. Issoocorre porque o prestador de servios pblicos, como dito, assume o RISCOADMINISTRATIVO da atividade desempenhada, a qual , em sua natureza,essencialmente pblica (servios pblicos).

    J as interventoras do domnio econmico so regidas regra geral pelaLegislao Civil, ou seja, quando da prtica de atos danosos, suaresponsabilidade ser regida pelo Cdigo Civil (teoria civilista naturezasubjetiva). A quem defenda que quando fornecedoras de servios, ser aplicado

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    o Cdigo do Consumidor, portanto, nesse caso, a responsabilidade serigualmente OBJETIVA, mas lembrem-se, no com base na Constituio!

    Tendo a explicao, conclumos pelo equvoco do item, dado que a CEF,como interventora no domnio econmico, no presta servios pblicos, nosendo o caso, portanto, de se lhe aplicar a responsabilidade objetiva do Estado.

    34) (2005/Esaf AFRFB) Assinale, entre as entidades abaixo, aquela que no sesubmete responsabilidade objetiva pelos danos que seus agentes, nessaqualidade, causem a terceiros. a) FUNASA Fundao Nacional de Sade

    b) CAIXA ECONMICA FEDERAL

    c) ANATEL Agncia Nacional de Telecomunicaes

    d) REDE GLOBO DE TELEVISO

    e) TELEMAR

    Comentrios:

    Questo de reforo. Se o amigo concursando acertou o quesito anterior e entendeu as explicaes, a questo, em anlise, torna-se fcil.

    A CEF responde regra geral SUBJETIVAMENTE, pois, entidades de Estado,mas que exploram ATIVIDADES ECONMICAS, seguem o Cdigo Civil.

    Ateno: a responsabilidade objetiva do Estado no aplicvel CEF e aoutras entidades do Estado que explorem atividades econmicas. Apesar disso,no podemos descartar a aplicao de outras normas de direito pblico CEF, apartir do que a doutrina chama de derrogaes, interferncias parciais do DireitoPblico, como, por exemplo, o dever de licitar, o de fazer concurso pblico etc.

    35) (2005/Esaf Juiz do Trabalho Substituto/TRT 7 Regio) Tratando-se deresponsabilidade civil do Estado, assinale a afirmativa falsa. a) Empresas pblicas podem se sujeitar responsabilidade objetiva ou subjetiva,dependendo de seu objeto social.

    b) A teoria francesa da faute du service enquadrada como hiptese deresponsabilidade objetiva.

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    c) Pessoas jurdicas de direito privado, no integrantes da Administrao Pblica,podem se sujeitar responsabilidade objetiva.

    d) A responsabilidade do Estado por omisso caracteriza-se como de naturezasubjetiva.

    e) A responsabilidade civil por danos nucleares independe da existncia de culpa.

    Gabarito: alternativa B.

    Comentrios: direto aos comentrios, tendo ateno que o examinadorquer a assertiva FALSA.

    Alternativa A CORRETA. Dentro do j comentado. As empresasgovernamentais, ora prestam servios pblicos, ora exploram atividadeeconmica. No primeiro caso, submetem-se responsabilidade objetiva doEstado; no segundo, a regra do Direito Civil (responsabilidade subjetiva, comoregra), portanto, no h qualquer erro no item apresentado.

    Alternativa B INCORRETA. Ao estudarmos a evoluo daresponsabilidade do Estado, observarmos que a responsabilidade em face daculpa annima (faute du service) de natureza subjetiva e no objetiva,como mencionado no item, da decorre sua incorreo.

    Alternativa C CORRETA. Por exemplo: concessionrias prestadoras deservios pblicos podem estar sujeitas responsabilidade prpria do Estado,apesar de no comporem a Administrao Pblica (direta ou indireta).

    Alternativa D CORRETA. Mais frente, o tema ser abordado com maisprofundidade.

    Alternativa E CORRETA. Apenas com a ressalva de que aresponsabilidade por danos nucleares baseada no risco administrativo (no integral!), logo, como decorre do art. 37, 6, da CF/1988,independentemente de dolo e de culpa, o Estado ser responsabilizado.

    36) (2006/Esaf IRB/Brasil) A respeito da responsabilidade civil da AdministraoPblica pode-se afirmar que respondem objetivamente pelos danos que seusagentes causarem a terceiros, exceto: a) as estatais que explorem atividade econmica.

    b) as agncias reguladoras de servios pblicos.

    c) as agncias reguladoras de atividades econmicas.

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    d) as concessionrias e permissionrias de servio pblico.

    e) as fundaes pblicas, desde que possuam natureza jurdica de direitoprivado.

    Gabarito: alternativa A.

    Comentrios: a questo, em anlise, segue o modelo das anteriores. Asempresas estatais (governamentais) exploradoras de atividade econmica soregidas, predominantemente, por normas de Direito Privado. Exatamente pelofato de no contarem com bnus, no podem ser obrigadas a arcar com o nus,sob o fundamento da responsabilidade objetiva do Estado.

    Tanto isso verdade (que no contam com bnus da responsabilidadecivil objetiva) que o Estado no pode a elas atribuir benefcios isoladamente, sobpena de concorrncia desleal do setor. Vejamos o 2 do art. 173 da CF/1988:As empresas pblicas e as sociedades de economia mista no podero gozar deprivilgios fiscais no extensivos s do setor privado. Ento, resumindo:empresas pblicas e sociedades mistas QUE EXPLORAM ATIVIDADE econmica responsabilidade civil SUBJETIVA (baseada na necessidade de comprovao deculpa); empresas pblicas e sociedades mistas QUE PRESTAM SERVIOSPBLICOS responsabilidade civil OBJETIVA (independe da comprovao deculpa).

    Responsabilidade das prestadoras de servios pblicos

    37) (2008/Cespe SEMAD/SE Procurador) A responsabilidade civil deconcessionria de servio pblico de transporte municipal objetiva apenasrelativamente aos usurios do servio. (Certo/Errado) Comentrios: com essa questo, entramos na questo peculiar daresponsabilidade civil dos PRESTADORES DE SERVIOS PBLICOS.

    Revimos que a regra da responsabilidade civil objetiva se estende aoprestador de servios pblicos, independente da natureza de sua personalidadeou se o prestador integra (ou no) a Administrao Pblica. Isso se d em razode a entidade prestadora de servios pblicos assumir o risco (administrativo) daatividade prestada, a qual , sublinhe-se, incumbncia do Estado: o serviopblico.

    fato que o servio pblico incumbncia do Poder Pblico (art. 175 daCF/1988), o qual no necessariamente ser seu prestador. De fato, a

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    Constituio Federal d a possibilidade de delegao de servios pblicos, comoj sabemos.

    A responsabilidade civil objetiva do concessionrio do servio com relaoaos USURIOS do servio. E o amigo se questiona: e com relao aos terceiros, tambm objetiva? A resposta um sonoro SIM!

    Cuidado! Recentemente, o STF alterou seu posicionamento, agora, aresponsabilidade objetiva das concessionrias regra de proteo tanto dosusurios como terceiros.

    Gabarito: CERTO. Gabarito, poca. No entanto, a considerar o novoprecedente do STF, devemos alterar para ERRADO ( objetiva tambm paraterceiros!).

    38) (2004/Cespe STJ Analista Judicirio) As empresas estatais no estosubmetidas responsabilizao objetiva, pois adotam critrios prprios emvirtude da condio de prestadoras de servio pblico. (Certo/Errado)

    Gabarito: ERRADO.

    Comentrios:

    As empresas do estado prestadoras de servios pblicos respondem, sim,OBJETIVAMENTE, pelos prejuzos causados a terceiros, como diz, literalmente, noart. 37, 6, da CF/1988.

    39) (2005/Esaf Juiz do Trabalho Substituto/TRT 7 Regio) Assinale a opocorreta. a) Para haver a responsabilidade civil do Estado imprescindvel que estejapatente o nexo de causalidade, direto ou indireto, entre a ao ou a omissoatribuda a seus agentes e o dano causado a terceiro.

    b) O direito de regresso contra o agente pblico responsvel por dano ensejadorde responsabilidade civil do Estado somente se d em caso de comportamentodoloso do agente, no se configurando na hiptese de o servidor ter agidoapenas com culpa em sentido estrito.

    c) A responsabilidade civil das pessoas jurdicas de direito privado prestadoras deservio pblico objetiva quer em relao aos usurios do servio, quer emrelao a pessoas outras que no ostentem a condio de usurio.

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    d) No existe responsabilidade civil do Estado por ato lcito.

    e) Tratando-se de ato omissivo do poder pblico, a responsabilidade civil doEstado por esse ato subjetiva, exigindo demonstrao de dolo ou culpa emsentido estrito.

    Gabarito: alternativas C e E.

    Comentrios: j avanamos bastante na parte terica, vamos direto aoscomentrios, ento.

    Alternativa A INCORRETA. fato que um dos itens daresponsabilizao civil a demonstrao do nexo de causalidade, porm, naviso do STF, necessrio que seja DIRETO.

    Alternativa B INCORRETA. O art. 37, 6, da CF/1988, fala em DOLOou CULPA, logo, incorreto afirmar estar afastada a ao regressiva em caso deculpa. Esse binmio (culpa e dolo) chamado pela doutrina de culpa emsentido amplo. Por decorrncia, a culpa isoladamente, por ser espcie, denominada de culpa em sentido estrito.

    Alternativa C INCORRETA. Apesar de a alternativa apresentar-seincorreta, poca, devemos entender como CORRETA, haja vista a alterao doposicionamento do STF, o qual estendeu a responsabilidade objetiva igualmentepara terceiros no usurios do servio pblico.

    Alternativa D INCORRETA. O risco administrativo, gerador deresponsabilidade do Estado, ocorre tanto por atos lcitos, quanto ilcitos. Para aresponsabilizao, em termos civis, a licitude, ou no, do ato, irrelevante, oque importa o DANO causado. Logo, incorreto o quesito.

    Alternativa E CORRETA. A regra que a omisso geradora deresponsabilidade subjetiva.

    40) (2008/Cespe PGE/CE Procurador c/adaptaes) Assinale a opo corretano que concerne responsabilidade civil do Estado. a) Nos Estados absolutistas, negava-se a obrigao da administrao pblica deindenizar os prejuzos causados por seus agentes aos administrados, comfundamento no entendimento de que o Estado no podia causar males ou danosa quem quer que fosse (the king can do no wrong). Segundo a classificao dadoutrina, a teoria adotada nesse perodo era a teoria do risco integral.

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    b) Perante o transportado, a responsabilidade da transportadora que exerafuno pblica sob concesso contratual e subjetiva.

    c) A Constituio Federal de 1988 adotou o princpio da responsabilidade civilsubjetiva para as autarquias.

    d) De acordo com a teoria da responsabilidade objetiva, o Estado responde pelosdanos causados por seus agentes a terceiros, independentemente da prova deculpa ou da demonstrao do nexo causal.

    e) Uma sociedade de economia mista prestadora de servio pblico responderpor danos causados a usurios independentemente da prova de culpa.

    Comentrios: mais um pouco de fixao. Vamos s anlises.

    Alternativa A INCORRETA. O erro a afirmao de se estar diante dateoria do risco integral. A definio apresentada da Teoria daIrresponsabilidade, chamada tambm de Teoria Regalista/Feudal.

    Alternativa B INCORRETA. Perante os usurios (transportado) aresponsabilidade OBJETIVA, da a incorreo do quesito.

    Alternativa C INCORRETA. A responsabilidade OBJETIVA, afinal decontas, as autarquias so pessoas jurdicas de Direito Pblico, sendo, portanto,aplicvel o art. 37, 6, da CF/1988.

    Alternativa D INCORRETA. A primeira parte est certinha, isso porque mesmo dispensvel a demonstrao de culpa. Agora, no cabvel dispensar onexo de causalidade, da decorre a incorreo do quesito.

    Alternativa E CORRETA. A depender da rea de atuao, correto queas empresas governamentais possam mesmo responder objetivamente, como ocaso do Metr de So Paulo, sociedade de economia mista, prestadora de serviopblico.

    Responsabilidade dos servidores e ao regressiva

    41) (2008/FGV Senado/Tcnico) Assinale a afirmativa incorreta. a) O lesado tem direito a ser indenizado pelo Estado por atos de seus agentesindependentemente de ao culposa.

    b) O Estado pode exercer o direito de regresso contra seu servidor ainda queeste no tenha agido com dolo ou culpa.

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    c) Se o dano foi causado exclusivamente por fenmenos da natureza, no haverobrigao do Estado de indenizar o lesado.

    d) Se o dano causado por ao dolosa, a indenizao devida pelo Estado no necessariamente mais elevada do que nos casos de ao culposa.

    e) O dever do Estado de indenizar o lesado ocorre at mesmo se o agentecausador do dano no recebe remunerao pela funo pblica que exerce.

    Gabarito: alternativa B.

    Comentrios: vamos aproveitar a questo para trabalharmos o conceitode ao de regresso (ou regressiva).

    De pronto, lembramos que a responsabilidade do servidor causador dodano ser sempre subjetiva, no se confundindo com a responsabilidade doEstado, que, em alguns casos (boa parte), responde de forma objetiva poreventuais prejuzos causados sociedade, de modo geral, nos termos do 6 doart. 37 da CF/1988, da a incorreo da alternativa B.

    Avancemos. Respondam: poderia o particular acionar diretamente oagente estatal?

    J houve muita discusso a respeito de contra quem poderia (ou deveria)ser proposta a ao judicial cabvel para que fosse promovida a indenizao doprejudicado pela atuao estatal. Para fins de concurso pblico, a questo j foipacificada, conforme entendimento do STF (em especial no RecursoExtraordinrio RE 327.904):

    A ao de indenizao h de ser promovida contra a pessoa jurdicacausadora do dano e no contra o agente pblico, em si, que s responderperante a pessoa jurdica que fez a reparao, mas mediante aoregressiva. Alguns esclarecimentos. Em primeiro lugar, ao lanar tal entendimento, o STF acabou criando uma

    garantia de mo dupla:

    I) com a ao judicial de indenizao promovida contra a Administrao,fica (relativamente) protegido o prejudicado, j que, ao menos em tese, termais chance de ser indenizado, pois o Estado tem mais fora financeira que oservidor (regra geral). H, na viso da Corte Constitucional, uma chance maiorde indenizao por parte do administrado; e,

    II) protege-se, tambm, o servidor, o qual responder somente perante aprpria Administrao, mediante ao regressiva, depois de que esta promova aindenizao do eventual prejudicado, conforme tem entendido a doutrinamajoritria. Todavia, de acordo com a Lei, bastaria o trnsito em julgado dasentena judicial condenatria contra a Administrao para que esta intentasse aregressiva em desfavor do servidor.

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    Duas informaes adicionais:

    I) a necessidade de a ao judicial para que seja feita a indenizao doprejudicado ser movida contra a Administrao Pblica outra decorrncia doprincpio da impessoalidade. De fato, quem responde a PESSOA qual se liga oagente, independente deste estar agindo dentro ou fora dos limites de suacompetncia. Falta vontade ao Estado, verdade, uma vez que, apesar daexistncia real (em termos jurdicos), entidade abstrata (no possui existnciafsica). Mas, ainda que abstrata, o Estado pessoa (ou o prestador de serviospblicos), que tem seus deveres e responsabilidades. Pouco importa quem oagente, uma vez que, ausentes outras informaes, o Estado agiria daquelaforma;

    II) o julgado j destacado (RE 327.904) muda uma orientao que atento orientava o STF: a de que seria possvel o litisconsrcio passivo nas aesde indenizao promovidas contra a Administrao (litisconsrcio passivo - quemest respondendo veremos na questo abaixo). Hoje, pelo entendimentoconsignado pelo STF, a ao de indenizao deve ser movida contra a pessoajurdica causadora do dano e no mais contra o servidor, sequer com este sendoacionado em litisconsrcio.

    Quanto letra C, falamos nas causas naturais logo a seguir. As outrasalternativas so bem tranqilas. Ento, vamos avanar com a matria.

    Excludentes de Responsabilidade

    42) (2004/Cespe AGU) Na teoria do risco administrativo, h hipteses em que,mesmo com a responsabilizao objetiva, o Estado no ser passvel deresponsabilizao. (Certo/Errado) Gabarito: CERTO.

    Comentrios: essa questo nos serve para discutir as causas de exclusodo dever de o Estado indenizar eventuais prejuzos (notem que a questo fala emresponsabilidade civil objetiva, ou seja, pela ao estatal).

    A doutrina divergente quanto a essas causas de excluso daresponsabilizao civil do Estado, sobretudo no que diz respeito definio decaso fortuito e fora maior. As posies doutrinrias so absolutamente confusas,o que, obviamente, no nos interessa, para fins de concurso pblico. Assim,importa analisar a questo de forma objetiva, tendo em conta o pretendido nestecurso acertar as questes na prova! Vamos ento s anlises.

    Se o prejudicado, efetivamente, o responsvel integralmente peloresultado danoso (culpa exclusiva da vtima, como diz a questo), na realidade,

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    no vtima, mas o prprio responsvel, devendo, portanto, arcar com osprejuzos (materiais e morais) causados a si mesmo. A culpa exclusiva dopaciente causa excludente da responsabilidade objetiva do Estado, o que leva correo do item. De fato, h situaes em que o Estado, mesmo com a teseda responsabilidade civil objetiva, no responder, uma vez que pode terocorrido uma causa excludente do dever de indenizar.

    A jurisprudncia dos Tribunais Superiores (e doutrinariamente tambm)tem admitido a pesquisa em torno da culpa da vtima para atenuar, e at mesmoexcluir, o dever de o Estado indenizar o prejudicado, conforme o caso. Assim, seh culpa parcial (no exclusiva, concorrente) da vtima, isso reduzirproporcionalmente o quantum devido pelo Estado a ttulo de indenizao, aquilo que a doutrina chama de culpa concorrente.

    Por exemplo: o STJ reconheceu culpa concorrente entre empresaferroviria e a vtima, esta atropelada na linha frrea depois de utilizarpassagem clandestina aberta no muro. Portanto, fica ntido o erro recproco: avtima porque ciente do ato ilcito cometido; a empresa porque no conservou omuro e sequer fiscalizou o trnsito de pedestres em rea proibida.

    Ainda entre as excludentes da responsabilidade civil do Estado, h o casofortuito, definido por alguns doutrinadores como uma decorrncia damanifestao da vontade humana. Todavia, h quem da doutrina que digaFORA MAIOR que seria ato humano. Outros dizem ser o caso fortuito ou afora maior, conforme o caso, evento da natureza. Enfim, a doutrina no chega concluso precisa quanto a um e outro.

    No o presente trabalho o local ideal para essas discusses doutrinrias.A inteno, cremos, no debater temas (apaixonantes, at) do direito, mas smarcar a bolinha no local correto. Ento, juntos, vamos aprender o que deveser marcado nas provas, tendo em conta a posio doutrinria majoritria.Normalmente, a banca tem se utilizado da literatura da autora Maria Sylvia DiPietro.

    Para a referida autora, fora maior acontecimento imprevisvel, inevitvele estranho vontade das partes, como catstrofes naturais. Exemplos: umatempestade, um terremoto, raios, tsunamis etc. No sendo atribuvel Administrao, no pode incidir a responsabilidade civil do Estado, pois no hnexo de causalidade entre o dano e o comportamento da Administrao.

    A Professora ilustra o caso fortuito como a situao em que o dano decorrede ato humano. Indica, ainda, que se houve falha da Administrao(omisso desta), no ocorre a mesma excluso prevista para a fora

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    maior. Tem toda razo a autora, mas faamos observaes que justificam aposio da banca no item que estamos analisando, tendo em conta, agora, outrodoutrinador de peso no pas, Jos dos Santos Carvalho Filho.

    Para este ltimo autor, tanto o caso fortuito quanto a fora maiorconstituem fatos imprevisveis, no imputveis Administrao. Da entendedesnecessria essa bifurcao entre eventos, naturais ou humanos, que soimprevisveis e que rompem a necessria causalidade entre a ao do Estado (aquesto fala em responsabilidade objetiva, logo, ao estatal) e o dano causado.

    Rompido o nexo causal, no h que se falar em indenizao. Muito bem,correta a posio do autor e acatada pela banca: tanto o caso fortuito, quanto afora maior, podem levar excluso da responsabilidade civil do Estado.

    Mas alertamos para uma situao: preciso, na prova (e na prtica)analisar com ateno as variveis lanadas pelo examinador na questo, parachegarmos concluso de que se o Estado responde, ou no, por prejuzoscausados no caso de eventos naturais ou decorrentes da manifestao davontade humana. Vejamos com exemplos.

    Inundao em uma cidade. Destruio de objetos, perda de patrimnio,etc. A princpio, no responde o Estado por tais prejuzos. Mas se este no tiverfeito a adequada manuteno na rede de escoamento de guas? Responderclaro, mas de forma subjetiva, em razo da omisso na prestao dos servios,no em razo do evento natural em si. isso mesmo: NA OMISSO DO ESTADO,A RESPONSABILIDADE DESTE PASSA A SER DO TIPO SUBJETIVA, OU SEJA,BASEADA NA NECESSIDADE DE COMPROVAO DE CULPA ATRIBUVEL OMISSO ESTATAL.

    Agora ateno, a ttulo de reforo do j comentado, o STF, por duas vezes,no ano passado reconheceu a responsabilidade do Estado por atosomissivos, porm, dentro do que a doutrina denomina omisso especfica.

    O primeiro julgado foi em razo da fuga do preso do sistema semi-aberto,sem que o Estado providenciasse a regresso para o regime fechado, ou seja,pelo fato de o Estado ter sido OMISSO, o fugitivo causou a morte de determinadafamlia.

    O outro julgado diz respeito ao suicdio provocado por determinadodetento, nesse caso, o Estado, mais uma vez, deixou de agir (entenda: atosomissivos), sendo causa direta da morte do presidirio.

    Ah na omisso estatal no h necessidade de individuao da culpa, ouseja, no necessrio que o prejudicado aponte foi esse cara aqui que me

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    causou o prejuzo, em razo de sua omisso! Basta que o prejudicado comproveomisso culposa estatal, sem importar, a princpio, quem foi o agente omisso.Depois, mais frente, que importar ao Estado identificar quem oresponsvel pela omisso, para que se possam apurar as devidasresponsabilidades. Isso ocorrer mediante uma ao especfica, cabvel, quandofor o caso: a regressiva.

    Em uma greve de servidores pblicos, fato no imputvel ao Estado,mas decorrente, da vontade humana, tem que se analisar, da mesma forma, emque medida caberia ao Estado tomar providncias para evitar eventuais prejuzos sociedade em geral.

    Deve-se verificar, mais uma vez, se o Estado foi omisso. No adotando asmedidas necessrias, acabar sendo responsabilizado, ao menos parcialmente.

    No que diz respeito ao fato exclusivo de terceiros, a posioprevalecente (doutrinria e jurisprudencialmente) de corresponder tambm excludente da responsabilidade civil da Administrao Pblica. o que ocorre,por exemplo, em assaltos nos nibus. Se no ficar caracterizada a omisso doprestador do servio pblico (que no precisa ser, necessariamente, o Estado),no h que se falar em indenizao de incumbncia deste.

    Nesse caso, o prprio prestador tambm prejudicado pelo infortniodeste evento to comum (infelizmente) nos dias atuais. Apesar de cada vez maise mais pessoas levantarem voz contra essa tese (de que o prestador noresponderia por assaltos realizados em coletivos), a posio que vale para finsde concurso pblico.

    Todavia, deve-se analisar se houve omisso por parte do Estado (ou doprestador do servio pblico) quanto a providncias de sua incumbncia paraevitar o prejuzo. Caso fique caracterizada a omisso culposa, h direito deindenizao por parte do prejudicado. Pedimos perdo por tantas citaesdoutrinrias neste item, mas foram necessrias...

    Pode-se dizer que todas as causas de excluso de responsabilidade civil doEstado tm um ponto comum: afastam o necessrio nexo causal entre a ao doEstado e o prejuzo sofrido por algum. Sem o link (nexo de causalidade) entrea ao do Estado e prejuzo causado, no h que se falar em indenizao (totalou parcialmente) a ser feita ao prejudicado.

    Ficamos assim. So excludentes da responsabilidade civil objetiva doEstado: a culpa exclusiva da vtima ou de terceiro, caso fortuito ou defora maior.

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    43) (2007/Cespe CPC Renato Chaves-PA/Tc. em Info) So clusulasexcludentes da responsabilidade civil objetiva do Estado a culpa exclusiva davtima ou de terceiro, caso fortuito ou de fora maior. (Certo/Errado) Gabarito: CERTO.

    Comentrios: A questo simples, a partir do que foi dito: emdeterminadas hipteses, haver casos em que o Estado ser desonerado dodever de indenizar o prejudicado. Exemplo disso: culpa exclusiva da vtima(que na realidade passaria a ser culpado). Vejamos outra ilustrao.

    Joo, servidor pblico, vem dirigindo, com cautela, viatura do Estado. Da,um particular qualquer avana o sinal e se joga contra o carro. Ser que o Estadoteria o dever de indenizar essa vtima?

    Por razes bvias, no, em razo da culpa exclusiva do prejudicado quantoao resultado danoso observado. nesse sentido a jurisprudncia dos TribunaisSuperiores, que admite a pesquisa em torno da culpa da vtima para abrandar,ou mesmo excluir, o dever de o Estado promover a indenizao do prejudicado,no caso de culpa exclusiva deste. No mesmo sentido, caso fortuito ou foramaior: excluem o dever de indenizar por parte do Estado.

    44) (2004/Esaf MRE Oficial de Chancelaria) causa excludente, total ouparcial, da responsabilidade objetiva do Estado: a) dolo do agente. b) culpa do servio. c) culpa da vtima. d) fora maior ou caso fortuito. e) teoria da impreviso.

    Gabarito: alternativa C.

    Comentrios: amigos, mais uma questo a ttulo de reforo culpa davtima exclui o dever de indenizar, por parte do Estado. Caso a culpa sejaexclusiva, o Estado se exime do dever de indenizar. Se a culpa for concorrenteno haver uma excluso total da responsabilidade do Estado, mas sim parcial.Da a correo do item C.

    45) (2007/Esaf PGDF) A respeito da Responsabilidade Civil do Estado, analiseos itens a seguir: I. O Distrito Federal responde pelos danos que seus servidores, nessa qualidade,causarem a terceiro por culpa exclusiva da vtima;

    II. A responsabilidade civil do agente pblico, em face de ao regressiva perantea Administrao Pblica, objetiva;

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    III. De acordo com recente deciso do Superior Tribunal de Justia, reconheceu-se culpa exclusiva da vtima, que foi atropelada em linha frrea, utilizandopassagem clandestina aberta no muro sem conservao e sem fiscalizao daempresa ferroviria;

    IV. Haver responsabilidade civil objetiva do Estado, de acordo composicionamento do Superior Tribunal de Justia, no caso de presidirio que sesuicidou no estabelecimento prisional, tendo em vista que dever do Estadoproteger seus detentos, inclusive contra si mesmo;

    V. Com referncia Responsabilidade do Estado por atos jurisdicionais, najurisprudncia brasileira, como regra, prevalece a admissibilidade daresponsabilidade civil, devendo a ao ser proposta contra a Fazenda Estadual, aqual tem o direito de regresso contra o magistrado responsvel, nos casos dedolo ou culpa.

    A quantidade de itens corretos igual a:

    a) 4 b) 2 c) 3 d) 1 e) 5

    Gabarito: alternativa D.

    Comentrios:

    Vamos direto s anlises.

    Item I INCORRETO. O erro que no haver responsabilidade doEstado quando houver culpa exclusiva do paciente (vtima).

    Item II INCORRETO. O agente responde sempre de forma subjetiva,logo, incorreto o item ao afirmar ser sua responsabilidade objetiva.

    Item III INCORRETO. No houve fiscalizao pela empresa, logo,houve erro da empresa. No entanto, a vtima no ingnua, como se v do usoda passagem clandestina. Logo, igualmente, errou. Com outras palavras, houveerro de ambas as partes, sendo um caso, portanto, de culpa concorrente e noexclusiva.

    Item IV CORRETO. J visto ao longo do presente captulo. Mas, parafixao: PESSOAS SOB A GUARDA DO ESTADO RESPONSABILIDADE OBJETIVADA ADMINISTRAO PBLICA, como no caso em questo.

    Item V INCORRETO. A regra que no h responsabilidade do Estadopor atos jurisdicionais, ou seja, exatamente ao contrrio disso do que diz o item(ver, ainda, item E, questo 8).

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    46) (2007/Esaf DF/Procurador) Em face da responsabilidade extracontratual doEstado, dentro do sistema da Constituio Republicana de 1988 e da formulaoterica adotada pelo Direito Administrativo ptrio, correto afirmar que: a) eventual alegao de fora maior, por Procurador do DF, na defesaapresentada em ao de reparao de danos movida contra o Distrito Federal, relevante para excluir a responsabilidade estatal apenas na medida em que podecomprovar a inexistncia de nexo causal entre alguma atuao do Estado e odano ocorrido.

    b) a ocorrncia da denominada dupla causalidade (concausas) traz em seu bojo aexcluso da responsabilidade estatal.

    c) no tem sido admitida pela doutrina nem pela jurisprudncia a hiptese dereconhecimento de surgimento da responsabilidade estatal por atos danososcausados por multides.

    d) a aplicao da responsabilidade objetiva se satisfaz somente com ademonstrao do nexo causal.

    e) a teoria da faute du service, segundo entendimento predominante na doutrinaadministrativista ptria, insere-se no campo da responsabilidade extracontratualestatal objetiva, por aplicao da regra do 6 do art. 37 da CF/1988.

    Gabarito: alternativa A.

    Comentrios: vamos s anlises.

    Alternativa A CORRETA. Est perfeito. De fato, relevante, pois,tratando-se de culpa exclusiva da vtima, no s haver atenuao daresponsabilidade do Estado, como a excluso por completo.

    Alternativa B INCORRETA. A teoria que vigora entre ns do danodireto e imediato (ou da interrupo do nexo causal), de tal sorte que o danoresulte diretamente de ao ou de omisso do Estado. Assim, no h, de umaforma geral, responsabilidade pelas concausas (outras causas) sucessivas (pelodano remoto, indireto).

    O erro do quesito que a dupla causalidade no traz, necessariamente, emseu bojo, a excluso da responsabilidade do Estado, isso porque se as concausasso dependentes (ou relativamente dependentes) entre si, possvel sim aresponsabilizao do Estado. Agora, se as causas forem totalmenteindependentes, no h como imputar responsabilidade do Estado, como foi o

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    caso do dano decorrente do assalto por uma quadrilha de que participava umfugitivo da priso (RE 130764).

    Um exemplo pode ser esclarecedor. O atropelamento de transeunte empassagem clandestina em linha frrea. Quais foram as concausas doatropelamento? A primeira delas foi o dolo ou culpa, conforme o caso, dotranseunte, ao fazer uso indevido da passagem. A segunda foi a falta demanuteno/fiscalizao pelo Poder Pblico. Nesse caso, duas causasconcorreram para o ato lesivo, ou seja, houve concausas, no entanto, nohaver afastamento da responsabilidade do Estado, visto que, alm da vtima, oEstado concorreu para o evento, da a incorreo do quesito.

    Alternativa C INCORRETA. As reaes multitudinrias (das multides)podem sim provocar a responsabilidade do Estado, embora, como regra, noseja o caso de se imputar responsabilidade do Estado. Dois exemplos, paraesclarecer o que se diz.

    Em determinado domingo, houve o jogo entre duas grandes torcidas(Flamengo X Fluminense, ops...Flamengo X So Paulo), sendo que o Estado nodisponibilizou no local qualquer contingente policial. Nesse caso, emhavendo tumulto ps-jogo, em razo da derrota do So Paulo, com prejuzos aparticulares, o Estado poder (dever) ser responsabilizado, no sendo o caso decontar a seu favor a excludente caso fortuito.

    Um segundo exemplo. A polcia militar foi convocada para evitar oarrombamento, a depredao, de estabelecimentos comerciais em Madureira (Riode Janeiro), evitar o vulgo rapa. Houve o deslocamento de mil homens,contudo, cinqenta mil pessoas participavam do arrasto. Nesse caso, no seconfigura responsabilidade do Estado, afinal de contas, restou configurado o casofortuito, pois imprevisvel e incontrolvel a reao multitudinria.

    Alternativa D INCORRETA. Os elementos para a caracterizao daresponsabilidade do Estado englobam, alm do nexo de causalidade, a ao e oresultado danoso, logo, incorreto o quesito.

    Alternativa E INCORRETA. Opa! J vimos essa afirmativa, a culpaannima de natureza SUBJETIVA, e vivas Esaf!

    47) (2007/FGV TJ/PA - Juiz Substituto) Analise as afirmativas a seguir: I. Apesar de a Constituio Federal ditar que o Estado indenizar o condenadopor erro judicirio, assim como o que ficar preso alm do tempo fixado nasentena, a regra a irresponsabilizao do Estado por atos de jurisdio.

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    II. A Constituio Federal de 1988 adotou a Teoria da Responsabilidade Objetivado Estado, teoria que se fundamenta no risco administrativo e que isenta olesado de provar a culpa do agente estatal, bastando que este aponte o nexocausal entre o fato administrativo e o dano.

    III. A Teoria da Responsabilidade Objetiva do Estado no prev excludentes, porisso s se aplica s condutas ilcitas do Estado.

    Assinale:

    a) se nenhuma afirmativa estiver correta.

    b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

    c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

    d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

    e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    Comentrios: Ento, prontos? Vamos s anlises. Item I CORRETO. Os atos jurisdicionais tpicos sujeitam-se a regra

    assemelhada aplicada aos atos legislativos: inexistncia deresponsabilidade por parte do Estado, regra geral. Esse o entendimentodo STF, que, por exemplo, no RE 111.609, afirmou que no incide aresponsabilidade civil do Estado em relao a atos do Poder Judicirio, salvo noscasos expressos em lei.

    Item II CORRETO. Correto, porm, incompleto. O nexo de causalidadeno formado entre fato e dano, mas sim ato e dano. Alm disso, o nexo deveser formado entre ato de agente pblico (nessa qualidade) e o dano por eleprovocado.

    Item III INCORRETO. No h previso de excludentes?! Revimos queh, entre ns, a aplicao do risco administrativo e no risco integral, com outraspalavras, o Estado responde objetivamente pelos atos lcitos e ilcitos, noentanto, h situaes que podem atenuar e at mesmo excluir suaresponsabilidade, da a incorreo do item.

    Gabarito: alternativa B.

    48) (FGV - Polcia Civil/RJ - Inspetor da Polcia Civil-Amarela/2008) Na hiptesede automvel que venha a cair em buraco, na via pblica, gerando dano ao seuproprietrio, o Poder Pblico dever ser acionado no prazo de: a) 1 ano.

    b) 2 anos.

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    c) 3 anos.

    d) 4 anos.

    e) 5 anos.

    Gabarito: alternativa C. Comentrios: As bancas so verdadeiros camalees, ou seja, adaptam-se ao meio. Nesse

    contexto, a considerar a importncia da jurisprudncia, nos ltimoscertames, tem-se cobrado, ainda que em mensagem subliminar, entendimentosdas mais altas Cortes (STF e STJ), logo, ateno!

    A presente questo prova da mudana (ou adaptao) do enfoqueestritamente doutrinrio para o doutrinrio-jurisprudencial. De acordo com o STJ,aps o advento do CC/2002, o prazo prescricional de cinco anos cedeu espaopara os trs anos, da a correo da alternativa C.

    No se assustem! A alterao tem bastante lgica. Sabemos que aprescrio, no presente caso, conta em favor do Fisco, enfim, com o objetivode favorecimento dos entes pblicos. Se a ordem jurdica sempre privilegiou a Fazenda Pblica, estabelecendoprazo menor de prescrio da pretenso de terceiros contra ela, prazo essefixado em cinco anos pelo Decr. 20.910/32, raia ao absurdo admitir amanuteno desse mesmo prazo quando a lei civil, que outrora apontava prazobem superior quele, reduz significativamente o perodo prescricional, no casopara trs anos (pretenso reparao civil). (Por Jos dos Santos Carvalho Filho.Manual de Direito Administrativo. 22 Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p.550).

    SIMULADO - FUNIVERSA 1 (2005/FUNIVERSA/PREF.TO TCI) A reparao do dano causado pelaAdministrao a terceiros obtm-se amigavelmente ou por meio de ao deindenizao. Quanto responsabilidade civil do estado, no se pode afirmar: (A) Para obter a indenizao basta que o lesado acione a Fazenda Pblica edemonstre o nexo causal entre o fato lesivo (comissivo ou omissivo) e o dano. (B) A ao regressiva contra o causador direto do dano mandamento daConstituio Federal a todas as entidades pblicas e particulares prestadoras deservios pblicos. (C) O ato lesivo do agente s pode revestir apenas um dos aspectos civil, ouadministrativo ou criminal. (D) Como ao civil que , destinada a reparao patrimonial, a ao regressivatransmite-se aos herdeiros e sucessores do servidor pblico culpado. (E) A indenizao por dano moral tambm cabvel, mas apresenta dificuldadena quantificao do montante a ser pago vtima ou a seus responsveis.

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    2 - (2009/FUNIVERSA/ADASA ADVOGADO) Acerca do tema responsabilidadecivil do Estado, assinale a alternativa incorreta. (A) No atual regime jurdico brasileiro, convivem as teorias subjetiva e objetivade responsabilidade do Estado. (B) Dano ao particular derivado de conduta lcita do Estado pode gerar obrigaode indenizar. (C) A empresa pblica exploradora de atividade econmica submete-se responsabilidade objetiva pelos danos que seus agentes causarem a terceiros. (D) A responsabilidade objetiva das concessionrias e permissionrias de serviospblicos no se estende a terceiros no-usurios. (E) A responsabilidade civil do Estado por danos nucleares independe daexistncia de culpa.

    3 - (2009/FUNIVERSA/ADASA TCNICO EM REGULAO DE SERVIOSPBLICOS) De acordo com a Lei Orgnica do Distrito Federal (LODF), as pessoasjurdicas de direito pblico e as de direito privado, prestadoras de serviospblicos, respondero pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarema terceiros. Em complementao ao que dispe a LODF, assinale a alternativa correta. (A) assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ouculpa. (B) assegurado o direito de regresso contra o responsvel apenas nos casos dedolo. (C) assegurado o direito de regresso contra o responsvel apenas nos casos deculpa. (D) No assegurado o direito de regresso contra o servidor responsvel. (E) No cabe responsabilizao contra o terceiro que age com dolo ou culpa.

    4 - (2009/FUNIVERSA/GOV/DF AGENTE POLCIA) Acerca da responsabilidadecivil do Estado, assinale a alternativa correta. (A) Posto ser o sistema de responsabilizao objetiva o adotado peloordenamento jurdico nacional, no qual, independentemente de culpa, pode oEstado ser responsabilizado nos atos comissivos, ao autor cabe somentedemonstrar a conduta danosa do agente pblico. (B) A despeito da garantia constitucional de vedao de penas perptuas, tem-seadmitido a imprescritibilidade da responsabilidade civil dos agentes pblicosperante o Estado. (C) Os atos praticados pelo Poder Judicirio no ensejam respons