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Administrador José Rocha Dinis • Director Sérgio Terra • Nº 4725 • Sexta-feira, 27 de Março de 2015 10 PATACAS PUB Agência de Hong Kong reteve 27 empregadas na Rua do Campo Pág. 8 Bollywood veio a Macau, Macau chegou a Coimbra, em “De Fonte Limpa” Págs. 2 e 3 Estaleiros de Coloane poderão ser classificados como Património Cultural Pág. 11 MIECF deixa COTAI mais verde durante o fim-de-semana Centrais Co-piloto da Germanwings trancou-se no “cockpit” e fez cair avião Última FOTO ARQUIVO Terrenos revertidos podem acolher habitação pública O Secretário para os Transpor- tes e Obras Públicas garan- tiu que ainda não tem planos concretos para os cinco lotes revertidos esta semana, porém adiantou que o Governo pre- tende utilizar os terrenos não aproveitados para construir habitação pública. Raimundo do Rosário salientou que os concessionários ainda podem recorrer da decisão junto dos tribunais no prazo de 30 dias. O Secretário disse ainda aos jornalistas que o trabalho de avaliação da situação dos ter- renos não aproveitados está a ser conduzido pela DSSOPT. No conjunto, os cinco terrenos revertidos têm mais de 18 mil metros quadrados, sendo que o lote de maiores dimensões localiza-se na zona do Aterro do Pac-On e tem cerca de 6.400 metros quadrados. O lote, con- cedido em 1988, era detido pela “Metalminer (Pacific) — Indústria de Materiais de Pre- cisão” que pretendia instalar uma fábrica de embalagens, materiais de embalagens e tin- tas de impressão. Fundo das Indústrias Culturais sob processo de averiguações O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, mandou ins- taurar um processo de averiguações ao Fundo das Indústrias Culturais, por alegada atribuição de um subsídio a uma empresa que pertence a um familiar de um dos membros dos órgãos sociais, soube o JORNAL TRIBUNA DE MACAU. O imediatismo da acção tem alguma coisa de inédita, mas justifica-se pelo facto de, segundo fonte próxima do processo, “a gestão pública ter de ser feita afastando qualquer suspeita de favoreci- mento que porventura possa existir”. Tendo considerado que “pode estar em causa a imperativa necessidade de gerir com rigor, imparcialidade e isenção dinheiros públicos, bem como o bom nome e a credibilidade do organismo”, o Secretário Alexis Tam “mandou, imediatamente, instaurar um processo de averiguações”. Criado em 2013 pelo Chefe do Executivo, através do Regulamento Administrativo nº 26, o Conselho de Administra- ção do Fundo das Indústrias Culturais é presidido por Leong Heng Teng, membro do Conselho Executivo e ex-deputado. De acordo com o regu- lamento, o capital inicial do Fundo integra uma verba de 200 milhões de patacas, destinada exclusivamente ao apoio financeiro e disponibilizada pelo Governo da RAEM. Pág. 9 Págs. 4 e 5 Pág. 7 Sónia Chan lança processo de revisão da Lei de Bases da Organização Judiciária Alexis Tam exorta instituições a “aprenderem” com IPM sobre aposta no Português Tribunal de Singapura questiona posição internacional da RAEM JORGE MENEZES ALERTA PARA “POTENCIAL AVALANCHE DE CONSEQUÊNCIAS”

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Page 1: Administrador José Rocha Dinis Sérgio Terra 4725 • Sexta ... · Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, ... lateral do Teatro D. Pedro IV, a todo o aparato que acompanha

Administrador José Rocha Dinis • Director Sérgio Terra • Nº 4725 • Sexta-feira, 27 de Março de 2015 10 PATACAS

PUB

Agência de Hong Kongreteve 27 empregadasna Rua do Campo

Pág. 8

Bollywood veio a Macau,Macau chegou a Coimbra,em “De Fonte Limpa”

Págs. 2 e 3

Estaleiros de Coloanepoderão ser classificadoscomo Património Cultural

Pág. 11

MIECF deixa COTAI mais verde duranteo fim-de-semana

Centrais

Co-piloto da Germanwingstrancou-se no “cockpit” e fez cair avião

Última

FOTO

ARQ

UIVOTerrenos revertidos

podem acolherhabitação públicaO Secretário para os Transpor-tes e Obras Públicas garan-tiu que ainda não tem planos concretos para os cinco lotes revertidos esta semana, porém adiantou que o Governo pre-tende utilizar os terrenos não aproveitados para construir habitação pública. Raimundo do Rosário salientou que os concessionários ainda podem recorrer da decisão junto dos tribunais no prazo de 30 dias. O Secretário disse ainda aos jornalistas que o trabalho de avaliação da situação dos ter-renos não aproveitados está a ser conduzido pela DSSOPT. No conjunto, os cinco terrenos revertidos têm mais de 18 mil metros quadrados, sendo que o lote de maiores dimensões localiza-se na zona do Aterro do Pac-On e tem cerca de 6.400 metros quadrados. O lote, con-cedido em 1988, era detido pela “Metalminer (Pacific) — Indústria de Materiais de Pre-cisão” que pretendia instalar uma fábrica de embalagens, materiais de embalagens e tin-tas de impressão.

Fundo das Indústrias Culturaissob processo de averiguaçõesO Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, mandou ins-taurar um processo de averiguações ao Fundo das Indústrias Culturais, por alegada atribuição de um subsídio a uma empresa que pertence a um familiar de um dos membros dos órgãos sociais, soube o JORNAL TRIBUNA DE MACAU. O imediatismo da acção tem alguma coisa de inédita, mas justifica-se pelo facto de, segundo fonte próxima do processo, “a gestão pública ter de ser feita afastando qualquer suspeita de favoreci-mento que porventura possa existir”. Tendo considerado que “pode estar em causa a imperativa necessidade de gerir com rigor, imparcialidade e

isenção dinheiros públicos, bem como o bom nome e a credibilidade do organismo”, o Secretário Alexis Tam “mandou, imediatamente, instaurar um processo de averiguações”. Criado em 2013 pelo Chefe do Executivo, através do Regulamento Administrativo nº 26, o Conselho de Administra-ção do Fundo das Indústrias Culturais é presidido por Leong Heng Teng, membro do Conselho Executivo e ex-deputado. De acordo com o regu-lamento, o capital inicial do Fundo integra uma verba de 200 milhões de patacas, destinada exclusivamente ao apoio financeiro e disponibilizada pelo Governo da RAEM.

Pág. 9

Págs. 4 e 5 Pág. 7

Sónia Chan lança processode revisão da Lei de Bases da Organização Judiciária

Alexis Tam exorta instituiçõesa “aprenderem” com IPMsobre aposta no Português

Tribunal de Singapura questiona posição internacional da RAEM

JORGE MENEZES ALERTA PARA “POTENCIAL AVALANCHE DE CONSEQUÊNCIAS”

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02 JTM | LOCAL Sexta-feira, 27 de Março de 2015

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Dinis • Director: Sérgio Terra • Grande Repórter: Fátima Almeida • Redacção: André Jegundo e Pedro André Santos (Editores), Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Helder Fernando, Raquel Carvalho e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Rita Cameselle e Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

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Poucos dias após o fecho da 34ª Semana Ver-de de Macau e com o 8º Fórum MIECF já em curso, o nosso “Baú de Recordações” presta hoje homenagem à protecção ambiental. Datada de 7 de Março de 1991, a foto que es-colhemos foi captada no Jardim Lou Lim Ioc, durante uma conferência de imprensa sobre a 10ª Semana Verde, promovida pela Câma-ra Municipal das Ilhas. A campanha decorreu entre 15 e 21 de Março de 1991, curiosamen-te numa janela temporal quase idêntica à do evento deste ano (14 a 22 de Março).

Passeio arriscado – IÉ certo que, sempre que possível, os animais devem ser levados a passear pelos donos para apanhar ar puro, mas a bagageira do carro talvez não seja o sítio mais indicado. Não sabemos o que este condutor estaria a pensar e, a julgar pelo seu aspecto, os dois cães também não estariam muito confortáveis...

Passeio arriscado – IIDepois de há umas semanas “De Fonte Limpa” ter publicado uma foto de uma senhora a conduzir um motociclo com uma criança na parte dos pés dentro de um saco, eis que as estradas do território voltam a servir de cenário a mais uma “pérola” a nível dos transportes.

Peões sob ameaçana Rua Pedro Nolasco – IA queda de materiais da fachada do edifício da Livraria Portuguesa, na Rua Pedro Nolasco, obrigou ontem os bombeiros a isolar parte do passeio à circulação. O alerta foi dado por peões que passaram no local por volta da hora do almoço e que se queixaram da queda de pequenas pedras no local.

Peões sob ameaçana Rua Pedro Nolasco – IIApós o passeio ter sido vedado, os Bombeiros e técnicos da DSSOPT realizaram uma vistoria preliminar ao edifício para avaliar as condições que se encontrava. O Corpo de Bombeiros disse a “De Fonte Limpa” que estavam a ser ponderadas as medidas a tomar em relação à situação.

Gente de Macaucom relevo em “As Beiras”-IA edição de 23 de Março de “As Beiras”, que se publica em Coimbra, deu grande relevo a várias pessoas que nasceram ou estudaram na Lusa Atenas e que se encontram a trabalhar em vários pontos do Globo. Entre eles, o Cônsul-geral de Portugal em Hong Kong e Macau, Vítor Sereno, e o administrador do JTM, José Rocha Dinis.

Gente de Macaucom relevo em “As Beiras”-IINo seu modo franco e aberto que Macau tão bem conhece, o Cônsul Vítor Sereno assinala que “Coimbra enche-me as medidas. Sou um ‘coimbrinha’ típico, nado e criado na cidade. Nasci no Instituto Maternal Bissaya e Barreto e vivi até aos 23 anos no Bairro Norton de Matos, lugar onde os meus pais ainda hoje habitam. Cresci a jogar à bola no ringue do Bairro e a dar os primeiros passos no Café Samambaia onde ia religiosamente com o meu pai comprar o jornal. Costumo dizer, meio a brincar, que o meu primeiro posto no estrangeiro foi Lisboa em 1994”.

Gente de Macau com relevo em “As Beiras”-IIIReferindo-se a Coimbra, o administrador do JTM salientou que “não tem uma única má recordação, pois foi aí que cresci, ganhei e reforcei convicções de sã convivência, humanismo, solidariedade e compromisso cívico que têm acompanhado a minha vida. Sou uma pessoa inteiramente realizada”.

• • • DO BAÚ DE RECORDAÇÕES

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Sexta-feira, 27 de Março de 2015 JTM | LOCAL 03

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Monopólio no Venetian - INa era da liberalização do jogo, Macau prepara-se para voltar a ouvir falar de monopólio por “culpa” de uma operadora de casinos. Não se trata, porém, de qualquer reivindicação ou “ajustamento” legal ao sector, mas do 14º Campeonato Mundial de “Monopoly”, um dos jogos de tabuleiro mais populares do planeta cuja final decorrerá este ano no Venetian Macau, entre 7 e 9 de Setembro.

Monopólio no Venetian - IIPelo menos desta vez, operadoras, investidores e analistas não terão de fazer contas às muitas fortunas e bancarrotas instantâneas em jogo, já o mesmo não se aplicando aos representantes de cerca de quatro dezenas de países e regiões que vão marcar presença na final. Em todas as edições, o primeiro prémio ascende a 20.580 dólares americanos (quase 165 mil patacas), o mesmo montante total na versão standard do “Monopoly”. No ano passado, o cheque foi entregue ao jovem norueguês Bjorn Halvard Knappskog.

Monopólio no Venetian - IIICriado em 1933 por Charles Darrow e adquirido pela Parker Brothers em 1935,

o “Monopoly” celebrou este mês o seu 80º aniversário. Publicado em 47 línguas e vendido em 114 países, o “Monopoly” já terá sido jogado por mais de mil milhões de pessoas, número que promete aumentar, uma vez que a produtora do jogo anunciou agora uma edição mundial com 22 cidades de 22 países diferentes, após uma eleição online que atraiu quatro milhões de votos de 182 países.

Monopólio no Venetian - IVLisboa foi a quarta cidade mais votada, pelo que surgirá no segundo quarteirão de “imóveis” mais valiosos do jogo – o bairro verde, ao lado de Riga (Letónia) e Istambul (Turquia). A Torre de Belém foi o monumento escolhido para ilustrar Lisboa no tabuleiro. Lima (capital peruana) e Hong Kong foram as cidades mais votadas e vão formar, por isso, o bairro mais caro (azul-escuro).

Bollywood veio para ficar - IA RAEM voltou a servir de cenário para mais uma produção cinematográfica, mas desta feita de um filme de Bollywood. Na tarde de quarta-feira, “De Fonte Limpa” pôde assistir “in loco”, no átrio e passeio lateral do Teatro D. Pedro IV, a todo o aparato que acompanha a rodagem de um filme.

Bollywood veio para ficar - IIUm elemento da equipa de produção confirmou que se trata de uma película indiana e já tinham sido filmadas cenas com muita dança, mas “não soube dizer” os nomes dos artistas, talvez porque o “segredo seja a alma do negócio”. Certo é que do lado de fora do portão, podia ver-se um

grupo de mais de 10 dançarinas, vestidas a rigor com os característicos véus, bindis e jóias, embora os traços de algumas pouco ou nada tivessem de indianos.

Bollywood veio para ficar - IIIO “namoro” entre Bollywood e Macau parece assim estar para durar, depois da cidade já ter acolhido em 2013 a 14ª edição dos “International Indian Film Academy Awards”, que decorreu no Venetian. A própria Direcção dos Serviços de Turismo considera a Índia um dos mercados internacionais com mais potencial de crescimento, mantendo uma representação naquele país desde 2002. Em 2014, a RAEM recebeu 167 mil visitantes oriundos da Índia, mais 4,5% do que no ano anterior, 80,1% dos quais pernoitaram na cidade, o que traduziu uma subida anual de 3,1%.

Ivo Estorninho premiadoem Cantão – IIvo Estorninho, actual director geral dos hotéis Sheraton e Four Points, em Cantão, foi distinguido com o “Starwood Career Award” pelos seus feitos ao nível da gestão hoteleira na região Ásia-Pacífico. O prémio faz parte do programa de carreiras do grupo Starwood, baseando-se nos contributos positivos globais dos vencedores e resultados dessas iniciativas.

Ivo Estorninhopremiado em Cantão – IICom mais de 25 anos de carreira, Ivo Estorninho tem vindo a progredir a olhos vistos no sector, tendo iniciado o seu percurso em Macau, em 1992, no Westin Resort, sendo promovido em 1999 a director do sector “Food & Beverage”. Foi posteriormente transferido para Cantão onde seria novamente promovido, em 2012, sendo actualmente o director geral dos hotéis Sheraton e Four Points, ambos do grupo Starwood.

O “equipamento” do JTM – IFoi com agradável surpresa que “De Fonte Limpa” encontrou na internet uma imagem com um equipamento do JORNAL TRIBUNA DE MACAU. O autor, Hermes Trabuco, explicou-nos que a ideia fez parte de um projecto para uma aula do curso de arquitectura da Universidade de São José.

O “equipamento” do JTM – IIA “obra”, feita através de Photoshop, serviu para o futuro arquitecto praticar os conteúdos que tem vindo a aprender e parece já dominar com mestria, a julgar pela forma como concebeu o equipamento deste jornal. Segundo nos contou, a imagem foi publicada na página do Facebook e também no Instragram, tendo recebido vários elogios pelo seu trabalho. E aqui fica mais um, em “De Fonte Limpa”.

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Sexta-feira, 27 de Março de 201504 JTM | LOCAL

NAPE poderá ter mercado municipal

O presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) disse ontem, na Assembleia Legislativa, que vai estudar com a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes a possibilidade de construção de um mercado municipal na zona do NAPE. “Todos depositam esperança num mercado no NAPE, por isso, vamos entrar em conversações com as Obras Públicas para tentar colocar um mercado no NAPE com vista a satisfazer as necessidades da população”, disse Alex Vong, notando que existem sete mercados em Macau, um na Taipa e outro em Coloane. Com a inflação a incomodar muitas carteiras, os deputados mostraram-se preocupados com a falta de oferta diversificada e pediram ao Governo não só para melhorar o funcionamento do mercado abastecedor como também para aumentar as fontes de compra de produtos. A Secretária para a Administração e Justiça referiu ainda que o Governo vai dar início às obras de reconstrução do Mercado da Ribeira e do Patane. Por outro lado, foi reiterado que a proposta da Lei de Protecção dos Direitos Consumidores está em fase de elaboração.

65 pedidos para licenças fora de prazo

No ano passado, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais deu resposta a 174 pedidos para atribuição de licenças de espaços comerciais. Segundo o presidente daquele organismo, em 2014, não foi possível proceder à aprovação de 65 pedidos dentro de 49 dias úteis. “Houve algumas situações que levaram ao atraso, como o facto de os planos não conseguirem satisfazer os requisitos, por exemplo, contra incêndios”, justificou Alex Vong.

DEPUTADOS PEDIRAM MAIS DETALHES SOBRE RACIONALIZAÇÃO DO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS

Reestruturar Função Pública será “complexo”O Governo definiu como uma prioridade, para este ano, a reestruturação da Administração Pública, mas embora a ideia agrade aos deputados, para já são mais as dúvidas do que as certezas sobre o trabalho que o Governo vai desenvolver. A Secretária para a Administração e Justiça, que ontem iniciou o ciclo de debates sectoriais sobre as Linhas de Acção Governativa, explicou apenas que este é um “trabalho complexo” uma vez que implica mexidas em muitos serviços e instalações

Fátima Almeida

No discurso da Secretária para Administração e Justiça foram muitos os parágrafos em que se

ouviram as palavras “reestruturação” e “optimização” da máquina administrati-va, mas a ausência de medidas para cum-prir este objectivo, definido como priori-tário, levou vários deputados a pediram explicações sobre o plano do Executivo.

“O Governo vai proceder à reestrutu-ração dos vários organismos. Pode avan-çar com mais pormenores sobre esta reor-ganização e optimização?”, perguntou Melinda Chan. “Tem alguma ideia para resolver a sobreposição de funções?”, questionou, por sua vez, Ho Ion Sang.

Já Kou Hoi In, perante a falta de expli-cações do Executivo, acabou mesmo por apresentar sugestões para levar a cabo este processo. “Alguns serviços não pre-cisam de ter tantos funcionários. O mais importante é controlar o número global. Quanto à quantidade tem que haver um controlo e definir-se um pacote de crité-rios para aferir os resultados para depois definir os regimes de castigo ou de incen-tivo. Acho que devia fazer o que estou a sugerir”, referiu o deputado.

Na réplica, a Secretária para a Admi-nistração e Justiça, Sónia Chan, explicou apenas que o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais - através da trans-ferência de alguns dos seus poderes para o Instituto Cultural e para o Instituto do Desporto, processo que já foi colocada em marcho - e a Direcção para os Assuntos de Justiça são os primeiros organismos alvo da reestruturação e optimização na Função Pública.

A governante alertou apenas que a reforma da Função Pública será uma missão árdua que envolverá muitos ser-viços, pelo que terá de haver um trabalho gradual. “A reestruturação é um traba-lho difícil e complexo porque implica as funções e as instalações de muitos ser-viços bem como está relacionado com a legislação. Basta ver que para as funções desportivas já estão envolvidas oito leis e regulamentos. São esses os trabalhos que temos que fazer”, exemplificou a gover-

nante durante a sua estreia na Assem-bleia Legislativa para apresentação das Linhas de Acção Governativa por tutelas.

À semelhança do que disse o Chefe do Executivo, a Secretária para a Admi-nistração e Justiça reforçou que “a rees-truturação de quadros não pode impli-car prejuízo para os serviços prestados à população”. “Nalguns serviços não podemos reduzir o número de funcio-nários. Tendo em conta, por exemplo, o novo posto fronteiriço”, disse Sónia Chan prometendo, contudo, que só recrutará funcionários públicos “em casos neces-sários”.

Para mostrar que a máquina adminis-trativa tem sido empolada ao longo do tempo, alguns deputados apresentaram dados que indicam que existem cerca de 35.000 funcionários públicos, o que re-presenta quase 9% da população activa.

Contudo, a Secretária para a Administra-ção e Justiça contrapôs os números. “De acordo com as estatísticas dos Serviços de Administração e Função Pública, até ao final de 2014 existiam 31.240 funcio-nários públicos. E no relatório das LAG no ano passado em termos de orçamento estava previsto um aumento de 2.000 tra-balhadores”, deu conta Sónia Chan, não avançando, contudo, com estimativas de recrutamento para o futuro.

Funções do IACM em dúvida

Com a reestruturação da Função Pú-blica e a possibilidade de serem criados órgãos municipais, sem poder político, foram ainda levantadas dúvidas quanto às futuras funções do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM). “O IACM é um serviço público que foi reestruturado. Lida com áreas abrangen-tes. As áreas da cultura e do desporto já passaram para outros serviços, mas ainda há muitos museus e bibliotecas cuja ges-tão cabe ao IACM. Não sei qual é a natu-reza deste serviço público. Quais são os poderes que o IACM tem agora? Como é que o IACM exerce os seus poderes?”, questionou Victor Cheung Lup Kwan.

No seu discurso, Sónia Chan indiciou

que “no domínio dos Assuntos Cívicos e Municipais, a ideologia da acção go-vernativa é concentrar-se nos problemas sociais, satisfazer as necessidades rela-cionadas com a qualidade de vida da po-pulação e promover o desenvolvimento num clima de harmonia entre as pessoas e a natureza”.

Ao mesmo tempo, a Secretária afir-mou que a sua tutela vai ainda “continuar o desenvolvimento de acções de melho-ramento do ambiente urbano e comuni-tário, abrangendo as zonas onde se en-contra localizado o Património Mundial, fazendo unir as ruas e realçando as carac-terísticas dessas zonas antigas”. “Iremos criar também espaços de lazer nas zonas costeiras que apresentação condições fa-voráveis” e “continuar a promoção de ac-ções de enverdecimento tridimensional, aproveitando plenamente o espaço limi-tado de Macau para decorar a paisagem urbana em tons de verde”, prometeu ain-da a governante.

Contudo, os deputados reclamaram pelo facto do Governo não ter definido políticas concretas para a reabilitação dos bairros antigos, depois da lei de reordena-mento daquelas zonas ter sido retirada da Assembleia Legislativa em 2013.

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Sexta-feira, 27 de Março de 2015 JTM | LOCAL 05

Fátima Almeida

PLANO EXIGE REFORÇO DE PESSOAL NA DSAJ

Governo planeia regime para acompanhar leisA revisão pendente de várias leis está a afectar a vida da população, alertaram ontem deputados no debate com a Secretária para a Administração e Justiça. Sónia Chan disse à Assembleia Legislativa que o Governo quer criar um regime para que a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Justiça possa acompanhar o processo legislativo de todos os diplomas, plano que dependerá, contudo, do aumento do número de funcionários deste organismo. Em marcha está já o processo de revisão da Lei de Bases da Organização Judiciária

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Para que a elaboração de leis possa seguir o ritmo do desenvolvimento social, a Secretária para a Adminis-

tração e Justiça avançou que o Governo pretende criar um regime de acompanha-mento do processo legislativo de todos os diplomas, que ficará na dependência da sua tutela. Contudo, este plano de coor-denação legislativa está dependente do aumento do número de trabalhadores da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Justiça (DSAJ), avisou Sónia Chan.

“Os deputados mencionaram que, devido à falta de um ajuste em diversas leis, a vida da população está a ser afecta-da. Neste momento, são os próprios ser-viços a propor a alteração de diplomas, mas estamos a pensar em lançar um pla-no de coordenação legislativa”, começou por explicar a Secretária. “Esperamos que a DSAJ, quando contar com um número suficiente de trabalhadores, possa partici-par do início até à conclusão do processo legislativo”, indicou.

Segundo Sónia Chan, o objectivo é que haja um acompanhamento mais pormenorizado dos diplomas por parte da sua tutela, mesmo quando a iniciati-va pertence a um serviço de outra área. “Quando a DSAJ contar com um número suficiente de trabalhadores esperamos que possa participar em todo o processo. Mas, para isso temos que ajustar o pes-soal, porque até agora o número não é suficiente”, vincou a governante.

No plano das Linhas de Acção Go-vernativa para este ano está prevista a

revisão de leis como o regime jurídico de cooperação judiciária inter-regionais, lei da habitação económica, bem como pro-ceder aos trabalhos de alterações ao Có-digo Penal e ao Código de Processo Civil. “Vamos ver quais as leis prementes que devem ser revistas e depois é que iremos rever as outras leis. Esperamos, com este plano, poder melhorar os trabalhos admi-nistrativos. Muitas leis têm que ser revis-tas. O nosso trabalho é definir as priorida-des”, frisou Sónia Chan.

Pensar nos magistradosA revisão legislativa foi um dos tó-

picos abordados por vários deputados, nomeadamente Melinda Chan, que no-tou que há várias penas definidas no Código Penal e no Código Civil que “são demasiado leves” e, por isso, não “surtem efeitos”. Por outro lado, a de-putada sublinhou ainda a necessidade de efectuar melhorias para as carreiras dos magistrados.

“Houve um aumento de 12 por cento

no número de casos e em termos de pro-cessos registou-se uma subida de seis por cento. Os Tribunais e o Ministério Público depararam-se com o aumento de casos, o que pode baixar a qualidade dos traba-lhos”, assinalou Melinda Chan, exigindo a tão falada revisão da Lei de Bases da Organização Judiciária.

Na réplica, a Secretária para a Admi-nistração e Justiça disse que este diploma já está a ser revisto para dar resposta às necessidades dos trabalhadores da área judicial, bem como vincou que o Gover-no também está atento aos funcionários da camada de base.

Mas, Melinda Chan cobrou ainda a promessa que o Chefe do Executivo deixou em 2010 no sentido de “acele-rar os planos para construir um edifício próprios para os organismos judiciais”. “Qual é o seu plano para cumprir este objectivo?”, questionou a deputada, sem obter resposta.

Depois do anúncio que o Governo vai estudar a criação de órgãos municipais, alguns depu-tados questionaram o Governo sobre o seu

modelo de funcionamento, sem obter, porém, uma resposta concreta da Secretária para a Administração e Justiça. Sónia Chan explicou apenas que aqueles ór-gãos, sem poderes políticos, vão seguir “o rumo de ajudar a criar” Macau como “um centro ou uma pla-taforma”.

“Quanto às funções deste órgão é servir a popula-ção, bem como dar pareceres de carácter consultivo ao Governo”, referiu a governante, notando que assim que o Governo “tiver um plano concreto” irá divulgá-lo.

Um dos deputados que questionou a Secretária so-bre esta questão foi Si Ka Lon. “Este órgão municipal será baseado naquilo que está consagrado no artigo 91

da Lei Básica? Como é que vão ser criados os órgãos municipais?”, perguntou.

O Chefe do Executivo anunciou, na segunda-feira, que a implementação destes órgãos irá ser estudada a partir deste ano estando prevista uma consulta públi-ca, cujo consenso irá determinar a sua criação ou não.

Chui Sai On também não concretizou os moldes em que estes órgãos podem vir a funcionar, mencio-nando apenas que a medida se inclui na realização de “um estudo geral sobre a reorganização, a transferên-cia, a fusão de atribuições e competências da estrutura administrativa bem como para aperfeiçoar o mecanis-mo de cooperação interdepartamental no sentido de aumentar a eficiência administrativa”.

De acordo com o calendário disponibilizado pelo Governo, prevê-se que o estudo tenha início este ano e

culmine em 2017 com uma consulta pública a partir da qual, “sob a premissa do consenso”, se vai “estabele-cer de forma jurídica as competências e a constituição do órgão municipal”.

Este plano faz parte da reorganização e optimiza-ção da estrutura orgânica da Direcção dos Serviços dos Assuntos de Justiça e da Direcção dos Serviços da Reforma Jurídica e do Direito Internacional. “Os órgãos municipais antes da transferência de sobera-nia e os órgãos municipais provisórios finalizaram os seus objectivos históricos e prestaram o seu serviço à população naquela altura. Nós levantamos de novo a questão quanto à criação de órgãos municipais por-que está de acordo com a Lei Básica”, explicou Chui Sai On aos jornalistas.

F.A.

Órgãos municipais “sem plano concreto”A Secretária para a Administração e Justiça ainda não definiu “um plano concreto” sobre a futura constituição dos órgãos municipais, adiantando apenas aos deputados que terão a função de dar pareceres consultivos ao Governo. A sua missão é ajudar a construir Macau como um centro e plataforma, disse Sónia Chan, sem especificar

Reforçada formação de intérpretes-tradutores

A Secretária para a Administração e Justiça garantiu que o Governo vai “continuar a organizar cursos de língua portuguesa nas vertentes de conversação, atendimento ao público e português funcional, para formar um maior número de intérpretes-tradutores de chinês e português e aumentar as competências em língua portuguesa dos trabalhadores da Administração Pública nos diversos níveis”. Para tal, vai continuar a realizar, em conjunto com entidades como a Direcção Geral de Interpretação da Comissão Europeia, o programa de formação de tradução e interpretação daquelas duas línguas.

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Sexta-feira, 27 de Março de 201506 JTM | LOCAL

Direcção dos Serviços de Turismo

Mandado de Notificação Nº 136/AI/2015

--Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora NG, Yee Ying, portadora do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da RAEHK n.° P0743xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 82/DI-AI/2013 levantado pela DST a 10.08.2013, e por despacho da signatária de 16.03.2015, exarado no Relatório n.° 155/DI/2015, de 25.02.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por controlar a fracção autónoma situada na Travessa da Encosta n.° 18, Sun Fung Court, 11.° andar K onde se prestava alojamento ilegal.--O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma.--Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Pro cesso Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro.--Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.--Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada.--O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.ºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. --Direcção dos Serviços de Turismo, aos 16 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

Direcção dos Serviços de Turismo

Mandado de Notificação Nº 141/AI/2015

--Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora HOANG THI XUAN, portadora do passaporte de Vietname n.° N1393XXX, que na sequência do Auto de Notícia n.° 69/DI-AI/2013, levantado pela DST a 05.07.2013, e por despacho da signatária de 16.03.2015, exarado no Relatório n.° 159/DI/2015, de 02.03.2015, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de prestação de alojamento ilegal na fracção autónoma situada na Estrada dos Cavaleiros n.° 26, Heng Long, 2.° andar D.--No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele auto de notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito não sendo admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010.--A matéria constante daquele auto de notícia constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma.--O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.ºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.--Direcção dos Serviços de Turismo, aos 16 de Março de 2015..

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

Direcção dos Serviços de Turismo

Mandado de Notificação Nº 142/AI/2015

--Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presen-te notifique-se a infractora HOANG THI XUAN, portadora do passaporte de Vietname n.° N1393XXX, que na sequência do Auto de Notícia n.° 69.1/DI-AI/2013, levantado pela DST a 05.07.2013, e por despacho da signatária de 16.03.2015, exarado no Relatório n.° 160/DI/2015, de 02.03.2015, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório, por suspeita de angariar pessoas com vista ao seu alojamento ilegal na fracção autónoma situada na Estrada dos Cavaleiros n.° 26, Heng Long, 2.° andar D.--No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele auto de notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito não sendo admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010.--A matéria constante daquele auto de notícia constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 2 do artigo 10.° do mesmo diploma.--O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.ºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.--Direcção dos Serviços de Turismo, aos 16 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

INSTITUTO DE FORMAÇÃO TURÍSTICA DIVULGOU ESTUDO

Capacidade de acolhimento é “ajustável”

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IFT

Ponto de saturação da capacidade de acolhimento não é estático, defendem investigadores do IFT

Leonardo Dioko, director do Centro de Investigação do Instituto de Formação Turística, alerta que turistas e residentes começam a indicar experiências negativas no território, devido ao crescente movimento de pessoas em Macau. Porém, o professor responsável por um estudo sobre a capacidade de acolhimento sublinha que esta não é fixa, mas antes algo que se ajusta

Inês Almeida

A capacidade ajusta-se”, disse Leonardo Dioko, director do Centro de

Investigação do Instituto de Formação Turística (IFT). O mesmo responsável nota, no entanto, que o estudo sobre a “Capacidade de Acolhimento de Macau em 2013 e 2014” con-firmou que turistas e residentes começam a viver “experiências negativas”, o que é sintoma de uma maior dificuldade do terri-tório em absorver pessoas.

O facto de existirem pro-jectos “atrasados” no âmbito das infraestruturas foi apon-tado como possível causa dos inconvenientes mencionados pelos inquiridos.

Destacando que estão ac-tualmente a ser construídas novas unidades hoteleiras, um factor “determinante” para o acolhimento de turistas, o in-vestigador reconhece que Ma-cau está “a chegar a um ponto de saturação”.

Pelo facto do fluxo de tu-ristas não ser sempre igual, a capacidade de receber pessoas vindas de fora é também um conceito que não está fixo. “Às vezes, o crescimento na procu-ra atinge a nossa capacidade de resposta e então sentimos alguma pressão. Nalguns dias do ano isso acontece, mas é por isso que a nossa capacidade de

acolhimento está a crescer”, destacou o responsável.

Como solução para o eleva-do fluxo de turistas que chega ao território em épocas como a Semana Dourada ou o Ano Novo Lunar, o investigador referiu que seria desejável dis-tribuir mais os visitantes ao longo do ano.

“Pode-se fazer promoções e utilizar o marketing de forma a indicar a melhor altura para visitar Macau”, referiu, des-tacando que se a experiência vivida pelos visitantes numa fase em que existe um crescen-te movimento de pessoas não for boa, “também não é positi-vo”.

Por outro lado, os próprios visitantes podem tomar a de-cisão de se afastar das áreas mais visitadas, disse. “Se sou-bermos que vão estar milhões de pessoas num local, prova-velmente também quereremos evitá-las”.

Grande parte dos proble-mas advém da falta de espaço do território, assim, Leonardo Dioko defendeu “o modelo da Ilha da Montanha” como sendo “eficaz” e uma experiência que poderia repetir-se. Advertindo que existem espaços “que não estão a ser usados e para os quais não existe regulação”, o académico frisou a necessida-de de regras “mais específicas” sobre como se pode “avançar”.

Ainda que nesta edição do

estudo não tenha sido contem-plado o sector da saúde e o im-pacto que o fluxo de turistas tem nesse sector, o investiga-dor admite a possibilidade de incluir a questão em edições futuras pois pretende “come-çar a multiplicar as perspecti-vas com que se responde a esta questão da capacidade”. No futuro devem ser também in-cluídos o impacto ambiental e a perspectiva económica.

A presidente do IFT, Fanny Vong, também presente na apresentação do estudo consi-

derou-o “muito importante” pelo facto de ser efectuado com frequência há 12 anos. “Quan-do se conduz uma investigação num tópico durante tempo su-ficiente, é possível fazer uma melhor análise e ter conclusões mais correctas”.

Relativamente aos dados que indicam uma descida na capacidade de acolhimento de turistas entre o ano de 2013 e o ano passado, Fanny Vong re-força a ideia de que “estamos a falar de uma margem que resulta de uma estimativa, não

significa um nível mágico que assim que se atinge” implica que foi atingida a capacidade máxima. Pelo contrário, res-salva, o facto de ele não ser atingido também não significa que tudo esteja bem. “É apenas uma referência”.

A presidente do IFT acredi-ta que é necessário estar atento à situação especifica das zonas turísticas.

O estudo ontem apresenta-do pelos professores Leonardo Dioko e Patrick Lo é desenvol-vido todos os anos desde 2003.

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Sexta-feira, 27 de Março de 2015 JTM | LOCAL 07

ALEXIS TAM DEIXA RECADOS NA INAUGURAÇÃO DE CURSO DO IPM

A licenciatura “oportuna” e o “exemplo” do IPMA cerimónia de inauguração da licenciatura em Relações Comerciais China-Países Lusófonos do Instituto Politécnico de Macau ficou marcada pela presença de Alexis Tam, que aproveitou a ocasião para exortar todas as instituições de ensino superior do território a seguirem o exemplo do IPM no ensino da língua portuguesa. Frisando que o curso é “oportuno”, o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura assegurou não ter dúvidas sobre a importância do novo programa para a formação de quadros bilingues

Liane Ferreira

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JTM

O Instituto Politécnico de Macau (IPM) lançou ontem oficialmente o curso de Relações Comerciais

China-Países Lusófonos, programa que motivou críticas de Rita Santos, com a ex--coordenadora do Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Por-tuguesa a lamentar a ausência de conteú-dos relacionados com Macau.

Para afastar quaisquer dúvidas quan-to à utilidade e ao valor acrescentado desta licenciatura, o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, participou no evento e aproveitou para deixar alguns recados às restantes insti-tuições de ensino superior, bem represen-tadas na plateia.

“Espero com toda a sinceridade que todas as instituições de ensino superior possam aprender com o IPM, melhor uti-lizando os recursos disponíveis para di-vulgar as relações de cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, afirmou Alexis Tam.

Declarando categoricamente que o desenvolvimento de uma plataforma de cooperação comercial entra a China e os países lusófonos será sempre um ob-jectivo da RAEM, o Secretário mostrou--se confiante num “futuro brilhante” em termos de colaborações económicas e co-merciais, embora com grandes responsa-bilidades pela frente.

No mesmo sentido, lembrou que Pequim tem enfatizado a relevância do papel de plataforma de Macau, cabendo por isso ao Governo desempenhar essa missão. Assim, considerou a nova licen-ciatura do IPM como “oportuna”.

“Vai contribuir sem dúvida nenhuma para formar mais bilingues, específicos para as relações entre a China e os países lusófonos, também conhecedores de re-gimes económicos e linguísticos”, disse, elogiando de seguida o esforço do IPM na promoção do ensino da língua por-tuguesa, que também já foi reconhecido pela sociedade local.

No discurso que proferiu, o mesmo responsável frisou que a função de pla-taforma de Macau não deve ser limitada a uma mera perspectiva do desenvolvi-mento das relações comerciais sino-lusó-fonas, mas também ao reforço dos laços culturais e do ensino da língua portugue-sa em Macau e na China Continental.

Alexis Tam fez referência ao cresci-mento exponencial no número de insti-tuições de ensino da China Continental que leccionam português, lembrando que aumentaram de seis para 20 na última década, e reconheceu que esse interesse acrescido gerou novos desafios ao nível da formação de professores e de materiais pedagógicos de qualidade. Nesse contex-to, para o Secretário, o lançamento dos manuais “Português Global”, fruto da cooperação entre o IPM e a Universidade de Lisboa, também é útil e representa um bom ponto de partida.

Em declarações ao JORNAL TRIBU-NA DE MACAU, Lei Heong Iok, presi-dente do IPM, confessou que a presença na cerimónia de Alexis Tam, “grande conhecedor da língua e cultura portugue-sa”, foi muito significativa e um incentivo para a instituição continuar a trabalhar nessa área.

Escusando-se a comentar as críticas feitas ao curso, Lei Heong Iok apontou apenas que todas as opiniões são bem--vindas, no sentido de melhorar os tra-balhos.

“Há muito para fazer, não apenas pelas necessidades particulares de Ma-cau, mas também da Grande China e da Ásia”, disse o presidente do IPM, ao adiantar que a instituição tem recebido muitos pedidos do Vietname, de Taiwan e da Coreia do Sul na área do português. “Macau também pode ser a plataforma para a região da Ásia Pacífico. Eles que-

rem mais ensino de português e o IPM pode ser útil para esses países”, afirmou.

Indicando que a prioridade agora passa por transferir o Centro Pedagó-gico da Língua Portuguesa e ocupar as residências de estudantes “o mais depressa possível” no antigo campus da Universidade de Macau na Taipa, o presidente do IPM explicou que essa mudança permitirá, por um lado, uma expansão para outras áreas para além da língua e cultura e, por outro, receber mais estudantes. Estes terão como pon-tos de origem, sobretudo, China, Portu-gal, África e Brasil, locais que já mostra-ram interesse. Apesar da necessidade de espaço, ainda não foi definida uma data para a mudança.

Em conjunto com a Universidade de Coimbra, o IPM está ainda a preparar projectos de intercâmbio e investigação nas áreas da informática e economia.

Declamação de poesia em portuguêsreuniu sete instituições de ensino

O Instituto Politécnico de Macau (IPM) realizou na quarta-feira mais uma edição do Con-curso de Declamação de Poesia em português. Com sete instituições de ensino, locais e da China Continental representadas por 16 estudantes na “luta” pelos lugares cimei-

ros, os prémios acabaram por ficar todos por Macau. Em destaque, esteve o IPM que arrecadou dois prémios para o nível básico e avançado, nomeadamente devido ao trabalho da Luísa e Natália, enquanto a Universidade de Ciência e Tecnologia (MUST) triunfou no nível intermé-dio, graças a Cristiano, que também obteve o prémio “BNU para a melhor apresentação de estudante oriundo de instituições de Macau”. Nina Verónica Dela Cruz Gutierrez, estudante da Universidade de Macau, ganhou o prémio “BNU para a melhor escolha de poema”. Luísa acumulou ainda o prémio Especial Fundação Oriente e “BNU para a melhor apresentação de estudante oriundo de instituições da China continental”. O júri foi composto por Rui Cunha, Miguel Senna Fernandes, Carlos Morais José, Ana Paula Cleto Godinho e Ana Paula Paiva Dias. O evento contou com o apoio da Fundação Rui Cunha, Fundação Oriente e do BNU.

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Sexta-feira, 27 de Março de 201508 JTM | LOCAL

2ª Vez

Divórcio Litigioso nº FM1-14-0122-CDL Juízo de Família de Menores

Autor: LAO KIN WA, casado, titular do Bilhete de Identidade de Residente de Macau e residente em Macau 澳門新橋大纜巷恆豐大廈

3樓B室.Ré: 黃玉芬, casada, de nacionalidade chinesa, com última morada conhecida na RUA DA GLORIA 640 AP. 41 LIBERDADE SAO PAULO, BRASIL, ora ausente em parte incerta.

FAZ-SE SABER que pelo Tribunal, Juízo e processo acima referidos, correm éditos de TRINTA DIAS, contados da segunda e última publicação do anúncio, citando a Ré acima identificada, para no prazo de TRINTA DIAS, findo o dos éditos, contestar, querendo, a Acção de Divórcio Litigioso, com a advertência de que a intervenção do citando nos autos implica a contituição de advogado - artº 74º do Código de Processo Civil e a falta de contestação não importa a confissão dos factos articulados pelo Autor.

O pedido formulado nos presentes autos resumidamente consiste em declarar-se dissolvido o casamento entre o autor e a ré, tudo como melhor consta da petição inicial, cujo duplicado se encontra na Secretaria do Juízo de Família e de Menores à disposição do citando.

RAEM, 16 de Março de 2015.

A Juiz de Direito,Shen Li

O Escrivã Judicial Auxiliar,Mok Ka Kei

“JTM” - 27 de Março de 2015

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO DE FAMEÍLIA E DE MENORES

ANÚNCIO

2ª Vez “JTM” - 27 de Março de de 2015

Acção Ordinária nº CV1-15-0005-CAO 1° Juízo Cível

Autora: SOCIEDADE DE INVESTIMENTOS E FOMENTO IMOBILIÁRIO SON TAT LIMITADA, com sede em Macau, R. Nova da Areia Preta nº 337, Ed. Kam Hoi San Garden, Bl, I, r/c. “C”. Réus: SUN LUNG e sua mulher LI SAN MUI, casados no regime de separação de bens, ambos de nacionalidade chinesa, com residência habitual em Hong Kong, Sheung Wan, 20 Rutter Street, LG/F, Units D & E.

FAZ SABER que, pelo 1º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Base da RAEM, correm éditos de TRINTA DIAS, contados da segunda e última publicação dos respectivos anúncios, citando os Réus SUN LUNG e sua mulher LI SAN MUI, acima identificados, para no prazo de TRINTA DIAS, decorridos que sejam o dos éditos, contestarem, querendo, a Acção Ordinária, cujo pedido consiste em - deve o Tribunal declarar que o contrato promessa de compra e venda da fracção autónoma “A 17” do prédio descrito sob o nº 21966-XII na Conservatória do Registo Predial de Macau de 28/07/1993, em que a sociedade Autora foi promitente-vendedora e os Réus foram promitentes-compradores se encontra resolvido por incumprimento definitivo dos Réus.

Tudo como melhor consta da petição inicial, cujo duplicado se encontra nesta secretaria à disposição dos citandos.

A intervenção dos citandos nos autos implica a constituição de advogado - art. 74º do C.P.C.

Os citandos ficam advertidos de que a falta de contestação não importam a confissão dos factos articulados pela Autora, caso os mesmos permaneçam na situação de revelia absoluta.

Tribunal Judicial de Base de R.A.E.M., aos 20 de Março de 2015.

A Juiz,Cheong Weng Tong

O Escrivão Judicial Auxiliar,Chan Long

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

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“Dairy Farm” comprousupermercados “San Miu”O grupo “Dairy Farm International Holdings”, gigante do retalho asiático, anunciou a aquisição da cadeia “San Miu”, proprietária de 15 supermer-cados em Macau. Sem revelar o valor da compra, a “Diary Farm” sublinhou que o negócio reforça e complementa a presença do grupo no território.

Teleférico da Guia estásuspenso até 3 de AbrilDevido à inspecção anual de segurança, o funcio-namento do teleférico da Guia será temporaria-mente suspenso entre hoje e 3 de Abril. No mesmo período, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e os Bombeiros vão proceder também a exercícios de salvamento, “reforçando a capaci-dade de resposta em crises e situações de salva-mento em altitude”, referiu o IACM.

IFT recolheu dois milhões para apoiar família de alunoUma campanha organizada pelo Instituto de Formação Turística (IFT) recolheu mais de dois milhões de patacas em donativos, tendo o valor sido entregue à família do aluno da instituição que morreu na semana passada na sequência de um acidente junto ao Aeroporto de Macau. Dois jo-vens que seguiam numa mota faleceram após um choque com um veículo pesado que circulava na Avenida Wai Long.

CESL Ásia registou800 milhões em negócios A CESL Ásia registou no ano passado um volume de negócios de 800 milhões de patacas, revelou à Rádio Macau o CEO da empresa, António Trinda-de, acrescentando que as várias empresas do gru-po já empregam cerca de mil pessoas. Trindade mostrou-se também muito satisfeito com a gestão da “maior lavandaria industrial do Mundo”, que após ter sido criada pelo actual Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, é agora geri-da pela CESL Ásia. “Trata por dia cerca de 30-35 mil fardas dos trabalhadores dos nossos clientes. Processa também cerca de 70 toneladas de toalhas, lençóis, etc.”, disse.

VÍTIMAS SÓ ERAM LIBERTADAS APÓS ENCONTRAREM TRABALHO

Agência da RAEHK “prendeu”27 empregadas em MacauUm homem e uma mulher foram ontem detidos por suspeitas de envolvimento num caso de sequestro de 27 empregadas domésticas de Hong Kong

A Polícia Judiciária descobriu um apartamento onde se encontravam 27 mulheres, todas em-pregadas domésticas de Hong Kong, que esta-

vam à espera de colocação para novo trabalho através de uma agência de emprego da antiga colónia britâni-ca. O apartamento, na Rua do Campo, foi localizado depois das autoridades terem recebido, na quarta-fei-ra, uma denúncia de sequestro por parte de uma das vítimas. No total, foram encontradas duas mulheres de origem filipina, nove do Bangladesh e 16 da Indo-nésia, todas entre 29 e 55 anos.

As empregadas tinham vindo para Macau enquan-to procuravam emprego na RAEHK, uma vez que, devido à lei imposta por Hong Kong, após o fim dos respectivos contratos laborais as mulheres são obriga-das a sair do território, só podendo voltar depois de encontrarem novos postos de trabalho.

Antes de saírem da região vizinha, as vítimas rece-biam um papel onde constava o número de telemóvel do suspeito, de 48 anos. Ao chegarem a Macau, esse mesmo indivíduo, também de Hong Kong, recebia-as no Terminal Marítimo e levava-as directamente para o apartamento onde a outra suspeita, que ganhava 4.000 dólares de Hong Kong por mês, guardava os passa-portes das vítimas.

As empregadas só podiam procurar trabalho atra-vés da referida agência de emprego, sendo que tinham ainda que pagar uma comissão de 5.000 dólares de Hong Kong caso conseguissem colocação. Enquanto não arranjassem trabalho, eram mantidas na habitação com apenas três quartos, onde a suspeita, também em-pregada doméstica de Hong Kong, se encarregava de as alimentar. Segundo as autoridades, muitos dos pas-saportes encontrados já tinham os vistos expirados.

Furto nas alturasNoutro caso revelado, um homem é suspeito de ter

tentado furtar a mala de um passageiro num voo entre Xangai e Macau.

Nas declarações prestadas às autoridades, uma testemunha disse que o voo já tinha começado quan-do se apercebeu de que um indivíduo estava a mexer nos pertences do amigo que o acompanhava. Após ter sido alertado, o passageiro visado, de 39 anos, deci-diu confrontar o suspeito. Depois de ouvir uma justi-ficação que não o terá convencido, sobre um alegado engano, acabou por pedir a ajuda da hospedeira que contactou de seguida a polícia.

Após a aterragem da aeronave em Macau, as au-toridades fizeram uma revista ao suspeito, acabando por encontrar 1.550 renminbis, 300 libras da Tailândia, 10 dólares americanos e dois telemóveis. No entanto, o queixoso não deu por falta de nada na sua mala.

As autoridades deram ainda conhecimento de um caso de furto numa agência imobiliária na Areia Pre-ta. A funcionária da loja, residente de Macau, disse ter deixado a porta da agência aberta enquanto foi à casa--de-banho. Quando voltou, reparou que a sua mala tinha desaparecido de cima da mesa. B.M.

Mulheres foram encontradas num apartamento na Rua do Campo

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Sexta-feira, 27 de Março de 2015 JTM | LOCAL 09

DECISÃO JUDICIAL SURPREENDE E MOTIVA CRÍTICAS DE JURISTAS

Tribunal de Singapura põe em causa “posição internacional” da RAEM

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ARQ

UIVO

Jorge Menezes critica decisão do Tribunal de Singapura

Num caso que opunha o Governo do Laos à empresa Sanum, sediada em Macau, o Supremo Tribunal de Singapura concluiu que o Tratado de Protecção de Investimento assinado entre a China e o país do sudeste asiático não se aplicava ao território da RAEM. A decisão destinava-se a resolver o diferendo jurídico entre a empresa que investiu na área da hotelaria e do jogo e o Governo do Laos mas vários juristas alertam para as inesperadas implicações políticas que o caso pode ter. Durante a batalha jurídica, na qual foram ouvidos especialistas em Direito Internacional, estiveram sob análise a Declaração Conjunta Sino-Portuguesa sobre a Questão de Macau e o estatuto da RAEM dentro da República Popular da China

André Jegundo

A economia de Macau deverá regis-tar uma contracção de 6,0% em 2015 e voltar a valores positivos

em 2016 com uma taxa de 5,3%, depois de encerrar 2014 com um crescimento nega-tivo de 0,4%, referem previsões da Econo-mist Intelligence Unit (EIU) citadas pelo portal macauhub.

Os analistas da publicação justificam o baixo crescimento económico em 2014 e a queda do Produto Interno Bruto em 2015 com a campanha anticorrupção lançada pelo governo da China, que fez com que a receita bruta do jogo em casino esteja em

queda há nove meses consecutivos.A EIU antecipa que a campanha anti-

-corrupção será mantida em 2015/2016 mas adianta que a receita dos casinos ten-derá a estabilizar a meio do ano de 2015, antes de voltar a crescer, provavelmente no último trimestre do ano.

Recorde-se que o PIB caiu 0,4% em 2014, naquela que foi a primeira queda desde a transição em 1999 e num movi-mento potenciado pela descida, em termos reais, de 17,2% no último trimestre do ano.

De acordo com dados dos Serviços de Estatística (DSEC), a economia local cres-

ceu 13,1% no primeiro trimestre, 8% no segundo e iniciou um período de queda no terceiro trimestre com uma contracção de 2,3%. No último trimestre, o PIB dimi-nuiu 17,2%, atingindo 443,3 mil milhões de patacas e o PIB per capita de 713.514 patacas, o que traduz uma diminuição real de 4,79%. A DSEC associou a contra-mão do PIB à queda de 7,9% nas exporta-ções de serviços de jogo já que a formação bruta de capital fixo aumentou 35,2% ao longo de 2014.

Economist Intelligence Unit assinala que à medida que os novos empreendi-

mentos turísticos com casinos e hotéis forem concluídos em 2016 a economia de Macau começará gradualmente a crescer de novo. A taxa de inflação acompanhará este movimento de queda da economia, devendo descer dos 6,1% em 2014 para 4% em 2016, voltando a subir em 2016 com um valor de 4,9%.

A EIU considera que o saldo negativo do comércio externo que se tem vindo a registar desde 2006 continuará mas regis-tará valores menores uma fez que se se prevê em 2015 e 2016 um ligeiro aumento nas exportações e re-exportações locais.

“Economist” prevê contracção de 6% em 2015A Economist Intelligence Unit prevê que a economia do território possa voltar a crescer 5,3% em 2016 depois de uma contracção de 6% este ano

O Supremo Tribunal de Singapura concluiu que um Tratado de Protecção de Investimento assi-nado entre a China e o Laos não se aplicava ao

território da RAEM, contrariando uma decisão anterior de um Tribunal Arbitral internacional. Se a jurisprudên-cia for seguida noutros casos, isso significa que “uma parte muito significativa dos mais de cem tratados de protecção de investimento” que a China assinou com outros países podem também não aplicar-se à RAEM, alertam juristas portugueses, realçando a desprotecção para os investidores que pode resultar de tal facto e a fragilização da posição internacional da RAEM. O ad-vogado de Macau Jorge Menezes, que critica a decisão do Supremo Tribunal de Singapura, considera que o juiz “foi longe demais na definição dos seus poderes”, produzindo uma decisão que pode produzir uma “po-tencial avalanche de consequências para a posição inter-nacional de Macau”.

A decisão do Supremo Tribunal de Singapura re-sultou do recurso apresentado pelo Governo do Laos a uma decisão que havia sido tomada anteriormente por um tribunal arbitral, constituído sob as regras da Comis-são das Nações Unidas para o Direito Comercial Inter-nacional (UNCITRAL).

A disputa-se iniciou quando a Sanum, empresa se-diada em Macau que realizou investimentos no Laos na área da hotelaria e do jogo, considerou estar a ser alvo de uma carga fiscal “discriminatória e injusta” por parte das autoridades do país do sudeste asiático. Na argu-mentação apresentada junto do tribunal arbitral da UN-CITRAL, a empresa reclamava a condição de investidor ao abrigo do Tratado firmado entre a China e Laos, uma vez que estava sediada em Macau, uma interpretação que acabaria por ser secundada pelo colectivo arbitral.

Interpretação diferente veio a ter o Supremo Tribunal de Singapura que acabaria por considerar que a intenção dos Governos da China e do Laos na assinatura no trata-do de protecção de investimento passaria por considerar que a intenção das partes não era estender a aplicação da convenção à RAEM.

Jorge Menezes, foi advogado da sociedade Sanum em Macau, apesar de não ter tido qualquer participação

nos processos de arbitragem e de Singapura, que diz conhecer apenas “pela imprensa especializada”. O cau-sídico considera a decisão do Tribunal de Singapura sur-preendente por ter posto em causa “uma decisão unâni-me de um tribunal arbitral constituído por três árbitros com currículo e experiência, e de inequívoca reputação internacional”. Ainda para mais sublinha, a decisão foi protagonizada por “um juiz, com um ano de experiência e sem qualquer expertise em direito internacional”. “Ou seja, depois de um painel de especialistas ter entendido, com base em princípios e regras de direito internacional, que a convenção se aplicava a Macau, um juiz inexpe-riente e sem conhecimentos na área poderá ter provoca-do, com base num documento anónimo e não assinado, e recorrendo em grande parte ao direito interno de Sin-gapura, uma potencial avalanche de consequências para a posição internacional de Macau, como tem vindo a ser salientado”, disse ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

No caso em apreço, acrescenta, especialistas têm de-fendido “que o juiz de Singapura foi longe demais na definição dos seus poderes pondo em causa o papel que Singapura tem tido como local de assento de tribunais arbitrais internacionais”. Esses mesmos especialistas têm alertado para as implicações políticas que a decisão poderá produzir nas relações externas entre Singapura, a China e o Laos.

Advogados alertam para desprotecção de investidores

Num artigo de opinião publicado na imprensa por-tuguesa, José Miguel Júdice e outros dois advogados portugueses alertam que a decisão mostra também que investidores de Macau ou investidores que façam inves-timento na RAEM podem estar menos protegidos “do que anteriormente se pensava”.

Se a interpretação do Supremo Tribunal de Singapura se replicar em futuras decisões, noutras jurisdições, isso significa que “uma parte muito significativa dos mais de cem tratados de protecção de investimento em vigor na China não vigorará em Macau”, alertam.

“A decisão do Supremo Tribunal de Singapura obri-ga a que os investidores em Macau e aqueles que reali-zem investimentos a partir deste território no estrangeiro reavaliem até que ponto estão protegidos pelos tratados de protecção de investimento celebrados pela China”,

refere-se no artigo publicado ontem no jornal Público.Face à decisão judicial, os juristas consideram que os

Governos de Macau e a China devem rever “o quadro de protecção a que estão sujeitos os investimentos fei-tos neste território e feitos por investidores da RAEM no estrangeiro. “No entretanto, especial cuidado na análise do quadro legal aplicável a presentes e futuros investi-mentos recomenda-se”, ressalvam, acrescentando que a “possibilidade de recorrer a tribunais arbitrais inter-nacionais para resolver disputas entre investidores e Estados apresenta-se como um dos componentes mais relevantes do actual sistema internacional de protecção de investimentos”.

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Sexta-feira, 27 de Março de 201510 JTM | LOCAL

NO JTM A PARTIR DE 31 DE MARÇO

A ODISSEIA DA VIAGEM AÉREA DE PORTUGAL A MACAU EM 1924

RECORDADA PORANA PINTO COELHO

São cerca de 30 trabalhos, refe-rentes aos últimos dez anos, que Erwin Olaf trouxe a Macau, mais

concretamente à Casa Garden, que acolhe pela primeira vez no território a arte de um dos mais conceituados fotógrafos europeus. “Para mim foi uma surpresa este convite porque não conhecia muito bem Macau, esti-ve aqui só uma vez e vi praticamente apenas um casino. Quando surgiu a possibilidade vi fotografias do local e li um pouco sobre Macau. Achei que era agradável e, como fotógrafo, gosto de mostrar o meu trabalho”, começou por dizer Erwin Olaf em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Sempre com um semblante bem disposto, o fotógrafo holandês expli-cou que a exposição na Casa Garden “é um pouco o somatório dos últimos 10 anos”, incluindo retratos, trabalhos que fez para si ou para o jornal “New York Times”. “Há uma parte sobre emoções, outra sobre o sentimento de luto e infelicidade, aqueles momentos em que nos apercebemos que aconte-ceu algo de dramático nas nossas vi-das”, acrescentou.

Questionado sobre o tipo de men-sagem que pretendia transmitir com os seus trabalhos, sempre feitos num espaço muito pessoal, o fotógrafo contou que são uma “celebração de fantasias” feitas no seu estúdio, onde recria essas mesmas fantasias através dos mais diversos cenários. “Quero

que estabelecer um diálogo com os visitantes, incentivando as pessoas a recriarem as suas próprias histórias e fantasias. O objectivo do meu traba-lho é também educar-me a mim pró-prio e crescer enquanto pessoa”, pros-seguiu Olaf.

Com uma carreira de mais de 30 anos, Erwin Olaf explica que têm sur-gido uma série de desafios, a maioria dos quais ultrapassados ao longo dos anos. “Comecei a fotografar em 1981. Houve muitos avanços na fotografia na era digital, mas também algumas desvantagens. A fotografia foi passan-do de algo mais ligado às notícias e a casamentos para a arte, e isso foi uma dessas grandes vantagens”, referiu.

O fotógrafo destacou também o espaço onde está presente a exibi-ção, considerando que “encaixa mui-to bem com o meu trabalho”. Depois de passagens por Tóquio, Pequim e Hong Kong, o artista holandês exibe agora os seus trabalhos em Macau pela primeira vez, estando também prevista uma exposição ainda este ano em Xangai.

Os trabalhos ficarão patentes na Casa Garden até 8 de Maio, alguns dos quais ainda disponíveis para venda, já que a maioria está esgotada. Os preços vão desde 28 mil patacas, o mais ba-rato, até 222 mil patacas. Os interessa-dos em conhecer melhor o trabalho de Erwin Olaf poderão também adquirir um dos seus livros com fotografias referentes aos últimos 10 anos da sua carreira, que estarão à venda na Casa Garden por 500 patacas.

EXPOSIÇÃO DE ERWIN OLAF INAUGURADA ONTEM NA CASA GARDEN

Fotografias de uma década para recriar fantasiasEstá já patente na Casa Garden a exposição de fotografia de Erwin Olaf, artista holandês com mais de trinta anos de experiência. Após ter passado por algumas das mais conceituadas galerias um pouco por todo o mundo, o fotógrafo chega agora a Macau, onde os seus trabalhos estarão em exposição até Maio

Pedro André Santos

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Sexta-feira, 27 de Março de 2015 JTM | LOCAL 11

APRESENTADAS IDEIAS PARA REABILITAR OS ESPAÇOS

Estaleiros de Coloane poderão ser classificados

O chefe do Departamento de Património do Ins-tituto para os Assuntos

Cívicos e Municipais (IACM) adiantou que existe o objectivo de classificar os estaleiros navais de Coloane como património cultural da RAEM. As afirma-ções foram proferidas numa ses-são de apresentação de seis pla-nos de construção de edifícios sustentáveis para aquele local, projectos elaborados por alunos de arquitectura do Instituto Po-litécnico de Milão.

“Estamos a estudar a possi-bilidade de virem a ser listados como património cultural”, afir-mou Cheung Chak Cio, chefe do Departamento de Patrimó-nio do IACM, no início do deba-te. O representante referiu que a classificação seria benéfica para toda a população do território uma vez que permitia que o es-paço voltasse a ser utilizado.

“Achamos que a localização, porque fica mesmo em frente ao campus na Universidade de Macau na ilha da Montanha pode ser muito inspiradora”, afirmou Marco Imperadori, pro-fessor do Instituto Politécnico de Milão e coordenador do pro-jecto de conclusão de licenciatu-ra de arquitectura que originou as propostas.

Em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o pro-fessor lembrou que os estudan-tes chegaram a visualizar liga-

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Ideias de requalificação foram apresentadas por alunos de arquitectura

Durante um debate sobre os estaleiros Lai Chi Vun, em Coloane, um responsável do departamento de Património Cultural do IACM revelou que estes espaços poderão vir a ser classificados como património de Macau

Liane Ferreira

ções de barco entre os estaleiros e a universidade para que os alunos pudessem vir passear ou ver espectáculos à noite. “Mas sem alterar o equilíbrio em Co-loane, que tem um ritmo muito lento. Queríamos criar um lugar que possa beneficiar de uma pai-sagem tão bonita como aquela”, disse, salientando que devia ser uma construção elegante, dedi-cada a espectáculos de dança, teatro, música.

Destacando que a ideia era os alunos questionarem-se so-bre o que podia ser construído no local, o professor contou que

preferiram propor algo ligado à cultura e arte, muito diferen-te das áreas destinadas ao jogo e casinos existentes no Cotai e NAPE.

Marco Imperadori apontou que actualmente não está em causa a concretização real de ne-nhum dos seis projectos apresen-tados, no entanto não deixou de referir que seria uma boa opor-tunidade para trazer um novo ponto de interesse a Coloane.

“Macau é um cidade de diferentes escalas e podia ser uma oportunidade, porque o território é grande e atrai mui-

tos turistas”, afirmou o enge-nheiro civil. Acrescentando que “as autoridades já fazem muito em termos de património”, de-fendeu que deviam fazer ainda mais nessa área e em termos de inovação.

Para Marco Imperadori o valor patrimonial da RAEM está na mistura de culturas es-palhada por toda a cidade, que não deveria ser ignorada. Assim, considera que tal acontece não por falta de debate, mas porque existem dificuldades na passa-gem à acção.

“Depois do debate o que é

que acontece? Isso é que é impor-tante. Deve ser uma confluência, tanto de cima para baixo como no sentido contrário”, defendeu.

Intitulado “Cidade Oculta: cultura e ciência entre Oriente e Ocidente” e contando com o apoio do Albergue SCM e Ins-titutos de Estudos Europeus de Macau, este projecto reúne seis edifícios sustentáveis criados por 18 alunos. Incluindo no grupo está também a “aldeia de lótus” que propõe a cons-trução de casas flutuantes para os pescadores, perto dos esta-leiros navais.

CONVOCATÓRIA

Nos termos do Código Civil de Macau e nos termos dos artigos nºs 17 e 18 do Estatuto do Comité Olímpico e Desportivo de Macau, China (C.O.D.M.), convoco os associados do C.O.D.M., para o reunião da Assembleia-Geral do Ano 2014 que se realiza no dia 8 de Abril de 2015 (4ª . Feira), às 18:30, no Centro de Convenções e Entretenimento da Torre de Macau 4º andar sala de convenções, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Relatório de actividades2. Relatório financeiro3. Relatório do Conselho Fiscal4. Confirmação do mandato5. Votação6. Sugestões e pareceres7. Outros assuntos8. Conclusão do presidente

Os representantes dos associados que participam na referida reunião devem munir-se da credencial da designação, emitida pela respectiva associação. Mais informamos que podem servir de credencial a acta da reunião ou a carta da associação, a qual deve ser remetida ao Presidente da Assembleia-Geral para efeitos de verificação da qualidade de representante.

No caso de não estarem presentes à hora indicada, o mínimo de participantes exigido pelo referido diploma legal e Estatuto do Comité Olímpico e Desportivo de Macau, China (C.O.D.M.), a Assembleia-Geral decorrerá às 19:00 do mesmo dia, em segunda convocatória.

Para quaisquer sugestões e pareceres, solicita-se que seja enviado através de carta escrita à secretaria do Comité Olímpico e Desportivo de Macau, China (C.O.D.M.), apresentendo antes do dia 2 (5ª. Feira) de Abril de 2015.

Macau, aos 27 de Março de 2015

O Presidente da Assembleia-Geral doComité Olímpico e Desportivo de Macau, China,

Ma Iao Hang

CONVOCATÓRIA

Nos termos do Código Civil de Macau e nos termos dos artigos nºs 17, 18 e 31 do Estatuto do Comité Olímpico e Desportivo de Macau, China (C.O.D.M.), convoco os associados do C.O.D.M., para o reunião da Assembleia-Geral que se realiza no dia 8 de Abril de 2015 (4ª . Feira), às 19:15, no Centro de Convenções e Entretenimento da Torre de Macau 4º andar sala de convenções, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Revisão dos Estatutos2. Votação3. Outros assuntos

Os representantes dos associados que participam na referida reunião devem munir-se da credencial da designação, emitida pela respectiva associado. Mais informamos que podem servir de credencial a acta da reunião ou a carta da associação, a qual deve ser remetida ao Presidente da Assembleia-Geral para efeitos de verificação da qualidade de representante.

No caso de não estarem presentes à hora indicada, o mínimo de participantes exigido pelo referido diploma legal e Estatuto do Comité Olímpico e Desportivo de Macau, China (C.O.D.M.), a Assembleia-Geral decorrerá às 19:45 do mesmo dia, em segunda convocatória.

Macau, aos 27 de Março de 2015

O Presidente da Assembleia-Geral doComité Olímpico e Desportivo de Macau, China,

Ma Iao Hang

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12 JTM | LOCAL Sexta-feira, 27 de Março de 2015

SOLUÇÕES VERDESSistema de parede “verde”Com a falta de espaço que se ve-rifica actualmente em Macau, a construção em altura é uma solu-ção cada vez mais adoptada, até mesmo na agricultura. Esta pare-de “verde” foi construída a partir de materiais reciclados, podendo incluir desde três a várias dezenas de vasos. Cada recipiente indivi-dual contém um dispensador de água, evitando o desperdício de água que pode ocorrer ao regar--se as plantas da forma tradicional.

Corta-relva sem electricidadeAinda no âmbito da jar-dinagem, os visitantes do MIECF podem encontrar um corta-relva que fun-ciona sem necessidade de ligação à electricidade. O movimento e a força exer-cida pela mão de quem guia o aparelho é suficien-te para que ele se mova e corte a relva tal como faria um equipamento que re-queresse energia eléctrica.

QUALIDADE DO AR PREOCUPA EXPOSITORES

Indústria do jogo “deve tomar iniciativa” ambientalA eficiência energética, relacionada com o consumo dos casinos, e a poluição do ar em Macau foram algumas das preocupações manifestadas por expositores no Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau. Um responsável da Melco Crown admitiu que o sector do jogo deve tomar iniciativa no combate aos problemas ambientais do território

A indústria do jogo, enquanto principal sec-tor da economia de Macau, tem muitos recursos e, por isso, deve tomar a inicia-

tiva no que toca ao combate dos problemas am-bientais”, reconheceu o vice-presidente do De-partamento dos Serviços de Empreendimentos da Melco Crown, Joshua Ho, em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU. Tanto a Mel-co Crown como as restantes operadoras do jogo são responsáveis por “um grande consumo” no que respeita à energia, admitiu.

A Melco Crown integra o Fórum e Exposi-ção Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF na sigla inglesa) há vários anos, não apenas com o objectivo de dar a conhecer as suas acções no âmbito do crescimento sus-tentável como também para adquirir novos co-nhecimentos, através do diálogo com empresas estrangeiras, que possam ser adaptados à reali-dade local.

No MIECF estão reunidas centenas de em-

presas e instituições oriundas de várias regiões da China, de Hong Kong, Macau, de diversos países da Europa bem como dos Estados Uni-dos. A troca de ideias entre os vários expositores foi apontada pelo responsável da Melco Crown como um dos maiores benefícios do evento.

“Fui a alguns dos outros stands e reparei em ideias interessantes que vou analisar para per-ceber se é viável adaptá-las à nossa realidade”, disse Joshua Ho, destacando um sistema de ilu-minação que funciona com recurso a energia eó-lica.

O sistema de reciclagem actualmente em vi-gor nos empreendimentos da operadora de jogo partiram também de uma ideia que surgiu no evento, há dois anos.

Não tendo “produtos verdes” para vender, a Melco Crown marca presença no MIECF com o objectivo de “mostrar a preocupação” existente face às questões ambientais através da reutiliza-ção de materiais para a montagem do próprio espaço de exposição.

“Na parede estão componentes de vários computadores usados nas nossas propriedades,

a madeira que cobre o chão vem de caixas onde são transportadas as garrafas de vinho que che-gam aos nossos restaurantes e temos uma mesa com garrafas de águas, todas consumidas pelos hóspedes. Não tenho o número exacto mas pen-so que são perto de mil”, descreveu.

O bloco transparente em que as garrafas de plástico estão inseridas, no final da exposição será também reutilizado para a exposição de ob-jectos.

A eficiência energética foi outra preocupação salientada por Joshua Ho que referiu o facto de “para poupar energia”, os espaços de jogo da Melco Crown utilizarem maioritariamente lâm-padas LED. A empresa tem ainda um sistema de armazenamento e reutilização de água que redirecciona para os autoclismos água utilizada pelos hóspedes ou pelos profissionais das cozi-nhas, na confecção de alimentos.

Poluição do ar preocupaA poluição atmosférica também se destaca

entre as problemáticas apontadas por vários ex-positores.

Vesa Makipaa, presidente do conselho de ad-ministração da Lifa Air, uma empresa dedicada à manutenção da qualidade do ar em espaços fechados, destacou que “a poluição atmosféri-ca é a maior causa da má qualidade do ar” no interior de edifícios. Assim, “se forem tomadas medidas” no âmbito do controlo da emissão de poluentes, a situação melhora. Porém, refere, as preocupações com a economia incitam ao recur-so a “fontes de energia como os combustíveis fósseis”.

O mesmo responsável acredita que a Euro-pa pode dispor de tecnologia útil para a Ásia no combate à poluição atmosférica.

Jason Lau, director de projectos do Centro de Desenvolvimento Urbano Verde, partilha da mesma preocupação. O responsável acredi-ta que a melhoria da qualidade do ar não passa apenas pelas políticas do Executivo mas pelas acções de todos os cidadãos. “Eu penso que toda a gente pode e deve contribuir”, afirmou, refe-rindo ainda o problema da eficiência energética, em particular, na utilização de aparelhos de ar condicionado.

Inês Almeida

Operadoras de jogo voltam a marcar presença no MIECF Feira ambiental junta mais de 450 expositores Empresas europeias apresentam várias soluções tecnológicas

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JTM | LOCAL 13 Sexta-feira, 27 de Março de 2015

Quando os Estados Unidos e a China, responsáveis por

quase metade das emissões de gases poluentes, deci-direm adoptar um sistema de crescimento sustentável, vai ser mais fácil para paí-ses mais pequenos adopta-rem as mesmas medidas”, disse ontem enviada espe-cial da ONU para as Alte-rações Climáticas, num dis-curso proferido no Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF).

Em declarações ao JOR-NAL TRIBUNA DE MA-CAU, Gro Harlem Brun-dtland aprofundou a ideia, admitindo ter “esperança” que os dois países estejam “a ocupar-se do tópico não apenas de uma perspectiva nacional mas de uma perspectiva global e que cheguem a Paris com decisões positivas, o que leva a que outros países se unam a eles”. Recorde-se que, no final do ano, a capital fran-cesa vai acolher a COP21 – Conferência das Partes sobre Alterações Climáticas.

Gro Harlem Brundtland frisou também que “nada move dema-siado rápido ou com demasiada força” se não existir a intervenção dos EUA.

Ainda que realce o papel dos EUA e da China por serem os dois principais poluidores mundiais, a enviada da ONU acredita que “to-dos os países têm a responsabilidade de fazer um esforço para que, em conjunto, seja possível salvar o planeta de mudanças climáticas devastadoras”.

A enviada da ONU acredita que “o mundo demorou a responder às necessidades impostas pelas alterações climáticas”. No entanto, “muito líderes apercebem-se agora que têm de fazer face ao proble-ma”.

A mesma responsável frisou o facto de actualmente já não ser pos-sível ignorar que as acções que tomamos hoje “vão causar mudanças drásticas” se não existir uma alteração na atitude.

Além disso, destaca, a população mundial tem crescido sendo ex-pectável que em 2040 atinja 9.000 milhões de pessoas. Estima-se ain-da que em 2030 sejam necessários mais 30% de produtos alimentares e mais 40% de água, registando-se também um aumento na procura de energia. Estes três elementos, salienta, formam os “pilares do de-senvolvimento sustentável”.

Na região do Delta do Rio das Pérolas “estamos perante uma emergente megacidade de quase 60 milhões de pessoas, carac-terizada pelo Banco Mun-dial como a maior área do mundo em termos de po-pulação e dimensão”, des-tacou, alertando que este crescimento terá efeitos à escala global.

EUA negam tensões ambientais com Pequim

O vice-cônsul-geral dos EUA para Macau e Hong Kong garantiu ontem que as questões ambientais são um ponto em que Pequim e os EUA apresentam pontos de vista semelhantes. “Os EUA e a China têm uma longa história de diálogo e

existem algumas tensões e problemas entre os países”, porém, “no que diz respeito ao ambiente e às alterações climáticas todos concor-damos que é um problema que afecta o nosso futuro e o dos nossos filhos”, referiu Tom Cooney ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Acrescenta ainda o facto dos problemas ambientais estarem re-lacionados “com prejuízos sociais ao nível da saúde, sobretudo nas camadas mais envelhecidas”, sendo crucial tomar decisões “rapida-mente”.

Destacando a poluição atmosférica como a principal preocupação na China, sendo inclusivamente “falada na Assembleia Nacional Po-pular”, o vice-cônsul relembra que ao longo da história os EUA en-frentaram questões semelhantes, quando ainda estavam em processo de desenvolvimento, podendo assim, “partilhar experiências passa-das, tanto boas, quanto más”.

Para além da poluição atmosférica, no Delta do Rio das Pérolas deve atentar-se ainda à poluição marinha. Nesse âmbito, Tom Coo-ney chamou a atenção para o facto da Agência de Protecção Ambien-tal americana ter já enviado responsáveis a Macau, Hong Kong e a Guangdong com o objectivo de partilhar conhecimentos adquiridos com as experiências nos portos americanos.

A abertura do MIECF contou ainda com a presença do Chefe do Executivo, Chui Sai On, que destacou o facto do ar limpo ser funda-mental para a saúde humana e o desenvolvimento sustentável. As-sim, garantiu que o Governo deverá reforçar o controlo sobre a polui-ção atmosférica, não só pelos residentes como pelos turistas.

I.A.

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ENVIADA DA ONU APELA À UNIÃO DE ESFORÇOS

China e EUA cruciais para “acordo global”A enviada especial da ONU para as Alterações Climáticas, Gro Harlem Brundtland, acredita que se a China e os Estados Unidos cooperarem no combate às alterações climáticas outros países seguirão a mesma tendência. Tom Cooney, vice-cônsul geral dos EUA para Macau e Hong Kong, garante que as duas nações expressam divergências em muitos tópicos, porém, o ambiente não é um deles

Desumidificador controlado por “app”Face aos elevados níveis de humidade no território, o de-sumidificador é um aparelho comum nos lares, podendo até ser controlado através de uma aplicação para telemóvel, por estar equipado com sistema “wireless”. Esta característica permite que seja programado à distância para se ligar e desli-gar a determinado momento, mesmo quando o proprietário está ainda a caminho de casa.

Desumidificador controlado por “app”Face aos elevados níveis de humidade no território, o de-sumidificador é um aparelho comum nos lares, podendo até ser controlado através de uma aplicação para telemóvel, por estar equipado com sistema “wireless”. Esta característica permite que seja programado à distância para se ligar e desli-gar a determinado momento, mesmo quando o proprietário está ainda a caminho de casa.

Limpeza a vapor para aspiradoresUma estrutura pensada es-sencialmente para indústrias como a hoteleira permite não só o armazenamento dos tu-bos de aspirador como a sua limpeza automática. O equi-pamento possui um sistema de aquecimento que permite a limpeza a vapor dos tubos dos aspiradores, incluindo um forte sistema de absorção para que o vapor não provo-que danos nos materiais.

Enviada especial da ONU mostra-se “optimista” face às relações entre a China e os E.U.A

QUALIDADE DO AR PREOCUPA EXPOSITORES

Indústria do jogo “deve tomar iniciativa” ambientalA eficiência energética, relacionada com o consumo dos casinos, e a poluição do ar em Macau foram algumas das preocupações manifestadas por expositores no Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau. Um responsável da Melco Crown admitiu que o sector do jogo deve tomar iniciativa no combate aos problemas ambientais do território

Vesa Makipaa, presidente do conselho de ad-ministração da Lifa Air, uma empresa dedicada à manutenção da qualidade do ar em espaços fechados, destacou que “a poluição atmosféri-ca é a maior causa da má qualidade do ar” no interior de edifícios. Assim, “se forem tomadas medidas” no âmbito do controlo da emissão de poluentes, a situação melhora. Porém, refere, as preocupações com a economia incitam ao recur-so a “fontes de energia como os combustíveis fósseis”.

O mesmo responsável acredita que a Euro-pa pode dispor de tecnologia útil para a Ásia no combate à poluição atmosférica.

Jason Lau, director de projectos do Centro de Desenvolvimento Urbano Verde, partilha da mesma preocupação. O responsável acredi-ta que a melhoria da qualidade do ar não passa apenas pelas políticas do Executivo mas pelas acções de todos os cidadãos. “Eu penso que toda a gente pode e deve contribuir”, afirmou, refe-rindo ainda o problema da eficiência energética, em particular, na utilização de aparelhos de ar condicionado.

Empresas europeias apresentam várias soluções tecnológicas

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Sexta-feira, 27 de Março de 201514 JTM | LOCAL

NOTIFICAÇÃO

A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, no uso das suas atribuições nos termos n.º 16, do Decreto-Lei n.° 38/98/M, de 7 de Setembro, na redacção dada pelo Regulamento Administrativo n.° 34/2002, tendo-se frustrado todas as tentativas de notificação nos termos do n.º 1, do artigo 72.º, do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro, vem, nos termos do n.º 2, do referido artigo, NOTIFICAR o interessado Ho Keng Ieong de que contra ele foi instaurado procedimento administrativo no qual é acusado de ter prestado serviço de apoio pedagógico complementar ao público na Avenida 1 de Maio, n.º 247, Edifício Jardim Kong Fok Cheong, R/C, Macau, sem que para o mesmo estivesse, devidamente, autorizado com alvará válido, emitido pelos serviços competentes.

Mais fica o interessado notificado de que deverá, no prazo de 10 dias, a contar do dia seguinte ao da publicação da presente notificação, comparecer na Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, na Av. D. João IV, n.ºs 7-9, 1.º andar, Macau, para, nos termos dos artigos 10.º, 58.º e 93.º do Código do Procedimento Administrativo, ser ouvido em audiência de interessados, podendo, também, no mesmo prazo e local, consultar o processo, apresentar defesa escrita, juntar documentos e pareceres ou requerer diligências de provas úteis para o esclarecimento dos factos e com interesse para a decisão. A falta de comparência, no referido prazo, sem prévia justificação válida, será considerada desistência do interessado do direito a ser ouvido no presente procedimento, antes da decisão final por parte da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude.

O interessado: Ho Keng Ieong (BIR n.º5179XXX(X))

Local da suposta infracção: Avenida 1 de Maio, n.º247, Edifício Jardim Kong Fok Cheong, R/C, Macau

Macau, aos 23 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços, Leong Lai

Governo da Região Administrativa Especial de Macau Direcção dos Serviços de Educação e Juventude

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“Peregrinação” vai inspirar filme de João BotelhoO cineasta português João Botelho prepara-se para levar a “Peregrinação”, de Fernão Mendes Pinto, para o grande ecrã, trabalho que espera ter pronto dentro de dois anos e meio e que quer filmar “no mundo inteiro”

Escritora Wang Anyi em destaque na recta final da Rota das Letras

A escritora chinesa Wang Anyi, presidente da Associação de Escritores de Xangai, está em destaque na programação do último fim-de-semana do Festival Literário de Macau - Rota das Letras com uma sessão livre ao público, agendada para amanhã, pelas 18:00, no Edifício do Antigo Tribunal, sob o tema “Retratando Cidades: Xangai e Macau na Literatura”. No mesmo dia, pelas 16:30, no mesmo local, a Rota das Letras vai lançar o terceiro volume da colecção “Contos e Outros Escritos do Festival Literário de Macau”. Após a apresentação da colecção, será a vez do autor local Joe Tang lançar o livro “O Assassino” numa edição quadrilingue (Português, Chinês Tradicional, Chinês Simplificado e Inglês).

Quero fazer a ‘Peregrinação’, que-ro filmar o Oriente, quero filmar a viagem portuguesa, mas não é

a tragédia marítima. A ‘Peregrinação’ é a diáspora portuguesa toda efabulada com coisas que não aconteceram e coi-sas que aconteceram, mas é uma ideia do que é Portugal no mundo inteiro e isso é fascinante”, disse João Botelho Botelho em entrevista à agência Lusa, durante a sua passagem por Macau, para participar no festival Rota das Le-tras.

Este filme, em que espera começar a trabalhar dentro de cerca de um ano, terá a forma de uma viagem.

“Vou fazer uma ligação com o Japão, com a China, com Macau. Vou fazer no mundo inteiro, trago um barco que

se possa transportar, que vá mudando consoante os locais onde está. Não será bem uma reprodução histórica mas com as situações possíveis”, explicou.

Com este filme o cineasta quer trans-mitir o que entende como o “encanta-mento da ‘Peregrinação’”, uma “ideia de descoberta, de encontro com os ou-tros, que podem ser animais fabulosos ou pessoas diferentes”.

Para Botelho, este filme é também uma forma de regressar, ainda que de modo simbólico, ao tema da guerra co-lonial, que já abordou em “Um Adeus Português” (1985), quando se assinalam os 40 anos das independências.

“A ‘Peregrinação’ faz isso. E é uma coisa maravilhosa festejarmos 40 anos de países independentes, mesmo que

alguns não sejam tão democráticos quanto as pessoas pensam”, comentou.

Ainda antes de começar a trabalhar neste filme, João Botelho vai dedicar--se a outro sobre o escritor brasileiro Oswald de Andrade, um dos protago-nistas do modernismo no Brasil, para o qual se vai deslocar em breve a esse país.

Terminado está “A arte da luz tem 20

mil anos”, um filme sobre as gravuras de Foz Côa, que lhe causaram uma forte impressão. “É maravilhoso, é se calhar a coisa mais importante em termos de arte em Portugal, pôs em causa toda a minha concepção artística. Tem movi-mento, tem cinema, e foi feito há 20 mil anos. [As gravuras] têm traços tão bons como os do Picasso”, elogiou.

JTM/Lusa

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Sexta-feira, 27 de Março de 2015 JTM | LOCAL 15

Comitiva instalada em Shah Alamvai jogar no Estádio do Selangor

A delegação de Macau a este Asiático de Sub23 está instalada num hotel de Shah Alam, cidade que alberga a competição e está situada a 25 quilómetros de distância da capital Kuala Lumpur. Shah Alam tem quase a mesma população de Macau, cerca de 647 mil habitantes, e dispõe da maior mesquita do país, de nome Sultan Salahuddin Abdul Aziz, uma das maiores do Sudeste Asiático. Os jogos irão decorrer no Estádio do Selangor, onde cabem 80 mil pessoas.

ASIÁTICO DE SUB23

Japão é o primeiro adversário de MacauSão quase nulas as ambições da selecção de futebol da categoria, com o primeiro teste a ser já diante do favorito do grupo, o Japão, seguindo-se Malásia e Vietname. O grande objectivo é ganhar experiência

Vítor Rebelo

É já hoje na Malásia, em Shah Alam, arredores da capital Kuala Lumpur, que a selecção de Sub23

de Macau inicia a qualificação para o Asiático da categoria, num mês mar-cado por competições internacionais do futebol de Macau. Os jovens do ter-ritório iniciaram a sua preparação há mais de um mês, juntamente com os trabalhos da formação principal, e vão tentar provar que tem havido alguma evolução na qualidade das selecções, apresentando teste torneio de apura-mento jogadores que serão certamente o futuro do futebol de Macau.

Apesar dos resultados não serem o que se desejaria, como aconteceu re-centemente com a selecção A nas elimi-natórias do Mundial Rússia2018 (der-rota no Camboja por 3-0 e empate em casa a uma bola), o principal objectivo continua a ser o da competitividade, experiência, aprendizagem com adver-sários mais cotados, como irá suceder neste Asiático de Sub23.

Depois da entrada da nova equipa técnica, chefiada por Tam Iao San, du-rante vários anos treinador das cama-das jovens da RAEM e desde sempre ligado ao Monte Carlo, parece haver uma maior vontade por parte dos atle-tas, no que diz respeito à disponibili-dade para integrar o trabalho das se-lecções.

E o certo é que, nestas duas últimas convocatórias, os jogadores têm apare-cido com mais frequência aos treinos, ao contrário do que acontecia anterior-mente, dando a entender que estão de “corpo e alma” na selecção, lutando por um lugar dentro da equipa.

Neste espírito foi formado o grupo que viajou para a Malásia na manhã da passada quarta-feira, ciente das enor-mes dificuldades que vai encontrar. “Isto para eles é uma óptima expe-riência e a realidade é que, apesar de ser difícil, esta formação de Sub23 terá mais possibilidades de mostrar o seu futebol e quem sabe lutar com países como a Malásia ou o Vietname”, disse Tam Iao San ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, quando a comitiva aguarda-va, no Aeroporto Internacional de Ma-cau pela partida para Kuala Lumpur.

Para além de malaios e vietnami-tas, o conjunto da RAEM vai ter de defrontar os japoneses no Grupo I, sem dúvida o adversário mais cotado e aquele que, em teoria, irá provocar a

maior goleada, dada a diferença enor-me entre as duas formações. O técnico do território pede aos seus jogadores que não tenham medo. “Espero que os atletas não tenham qualquer receio quando defrontarem principalmente o Japão, façam o jogo pelo jogo e de-pois se verá. Todos os nossos três opo-sitores estão muito bem preparados, fizeram vários desafios antes desde torneio e nós apenas um (diante do Benfica), pelo que sabemos das gran-des dificuldades que vamos encontrar. Japão, Malásia e Vietname, têm uma grande maioria de jogadores profis-sionais e a nossa equipa nenhum. Por isso não podemos pedir muito mais do que atitude e concentração. Temos de defender bem em todos os jogos, mas claro que vai ser difícil evitar bastan-tes golos. Tentaremos minimizar esses resultados e criar algumas oportuni-dades para igualmente chegarmos ao golo.”

Há seis jogadores nesta selecção de Sub23 que já integraram equipa princi-pal que defrontou o Camboja, concre-tamente Ho Man Fai, Pang Chi Hang, Chan Man, Alexandre Matos, Lei Tin U e Ho Chi Fong, o que dará outra con-sistência à equipa.

“Penso que a selecção fica mais for-te com estes jogadores que já actuaram na formação principal e vamos dar o máximo para fazermos bons jogos. Claro que vai ser complicado ganhar-mos ou passarmos o grupo, mas pelo menos ganhamos experiência neste tipo de competições”, salienta Alexan-dre Matos, que esta temporada trocou o Sporting pelo Ka I.

Um outro bom valor do futebol de Macau é Chan Man, ele que experi-menta este ano outras cores, alinhando pelo Benfica depois de várias épocas de emblema do Monte Carlo ao peito.

O defesa direito é uma das mais va-lias desta selecção e considera que as duas selecções de Macau têm estilos de jogo distintos. “É diferente, até porque a maior parte dos jogadores são outros, mas com aqueles que já estiveram na selecção principal podemos ter um conjunto forte. Quanto a resultados, te-mos de ser realistas, os adversários são muito superiores. As nossas hipóteses são reduzidas, mas temos de ir lá pri-meiro com pensamento ganhador e de-pois, se não for possível, tentar empa-tar ou sofrer o menor número de golos. Vamos essencialmente para ganhar ex-periência, aprender alguma coisa com as equipas com quem vamos jogar.”

A estreia desta formação de Sub23, num jogo em que se espera uma tem-peratura a rondar os 34 graus centí-grados, é precisamente contra o gran-de favorito à vitória na série, o Japão,

que está a encarar a participação com grande cuidado e seriedade. “Não terá sido por acaso que a Federação Japo-nesa enviou um observador técnico a Macau, para ver o desafio que fizemos com o Benfica. Eles estão empenhados em ir longe neste Asiático mas também têm em vista os Jogos Olímpicos do próximo ano”, afirma Tam Iao San.

Sabe-se que o Japão integra uma maioria de elementos que actua pe-los seus clubes na I Divisão nipónica. Curiosamente alguns dos jogadores já defrontaram Macau há dois anos, na China, aquando das eliminatórias do Asiático de Sub 19, ganhando por 5-0.

Tarefa por isso nada fácil para este primeiro desafio do Campeonato da Ásia da categoria, cujos primeiros clas-sificados de cada grupo e ainda os cin-co melhores segundos seguirão para a fase final, a realizar em Janeiro do pró-ximo ano no Qatar.

Recorde-se que esta é a segunda edição do Asiático de Sub23, tendo Macau igualmente participado na pro-va inaugural (jogos finais para atribui-ção do título, em Oman), realizando a fase de apuramento em Pekanbaru na Indonésia, em Julho de 2012.

A equipa então comandada por Leung Sui Wing, que se mantem ain-da na estrutura actual da Associação como Director Técnico, perdeu todos os cinco desafios efectuados (Japão 6-0, Austrália 3-2, Singapura 3-0 e Timor Leste 4-1).

Alexandre Matos é um dos jogadores dos Sub23 que alinhou pela selecção A frente ao Camboja

Lista de convocados

Ho Man Fai e Ho Chi Fong (Monte Carlo), Lam Chi Pang, Lam Wai Cheong, Kam Chi Hou, Lo Kuan Ho, Lo Ka Hou, Lam Ka Seng e Cheong Hoi San (Sub 23), Ho Chi Hou e Iong Oi Chit (Hong Lok, II Divisão), Kou Ut Cheong, Leong Tak Wai e Ho Ka Seng (Chao Pak Kei), Chan Man e Tang Hou Fai (Benfica), Lei Tin U e Pang Chi Hang (Lai Chi), Chan Tsi Heng (Polícia) e Alexandre Matos (Ka I).

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Sexta-feira, 27 de Março de 201516 JTM | PUBLICIDADE

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Sexta-feira, 27 de Março de 2015 JTM | DESPORTO 17

Central do Real Madrid tem vindo a treinar de forma condicionada

SELECÇÃO PORTUGUESA

Pepe em dúvida para defrontar a SérviaPepe voltou ontem a trabalhar condicionado na selecção portuguesa, a três dias de defrontar a Sérvia, em jogo do grupo I da fase de qualificação para o Euro2016

No Estádio da Luz, em Lisboa, palco do en-contro de domingo, o

central do Real Madrid subiu ao relvado em conjunto com os restantes jogadores de Portugal, mas voltou a trabalhar separa-do dos colegas, tal como tinha acontecido na quarta-feira. Nos primeiros 15 minutos do treino abertos à comunicação social, Pepe efectuou corrida e alguns alongamentos sempre na com-panhia do fisioterapeuta Antó-nio Gaspar e sem qualquer con-tacto com bola.

Os restantes 23 convocados do seleccionador Fernando San-tos realizaram os habituais exer-cícios de aquecimento divididos em dois grupos e com bola sem-pre presente. Apesar de uma eventual contrariedade, o defe-sa Eliseu garantiu que a selecção vai estar preparada no domingo para vencer a Sérvia, um adver-sário que “grande qualidade” e que vai dificultar “muito” o encontro de apuramento para o Euro2016.

“Estamos a preparar com a máxima seriedade o jogo. Te-mos trabalhado muito desde terça-feira, sabemos da qualida-de da Sérvia, mas estamos pre-

parados para chegar a domingo e vencer”, afirmou Eliseu, em conferência de imprensa.

O lateral esquerdo do Benfi-ca explicou que os jogadores já “analisaram muito” bem o ad-versário do próximo domingo e referiu que o facto de a Sérvia ter apenas um ponto no Grupo I “não representa a qualidade que a equipa tem”.

“É uma grande equipa. Mu-dou recentemente de treinador e

isso pode ser uma motivação ex-tra para os jogadores quererem demonstrar que o único ponto que a equipa tem não traduz a qualidade que tem. Estamos a falar de uma selecção que tem grandes jogadores nas grandes equipas da Europa”, considerou.

Por seu lado, Ricardo Qua-resma assumiu que está um jo-gador bem diferente do que era há uns anos e elogiou Fernando Santos, revelando que espera

que o técnico se mantenha no cargo de seleccionador portu-guês “durante muito tempo”.

“É um treinador experiente que está habituado a lidar com grandes jogadores. Dá uma mo-tivação extra nesta selecção e es-pero que continue aqui durante muito tempo”, afirmou Ricardo Quaresma. Aos 31 anos e após um longo período sem marcar presença na selecção nacional, sobretudo durante a era Pau-

lo Bento, Quaresma tem sido sempre convocado desde que Fernando Santos assumiu o co-mando técnico no final de 2014. “Tenho evoluído muito. Não sou o jogador que era há uns anos. Sou mais jogador de equi-pa, o que acaba por ser normal. Vou aprendendo com a idade, com o tempo e estou num bom momento”, explicou.

O extremo do FC Porto refe-riu que não vai “chorar” o pas-sado por não ter tido mais opor-tunidades na selecção e garantiu que só pensa no presente e em ajudar Portugal a alcançar a fase final do Euro2016. “Não escon-do o desejo de ser titular, agora cabe ao treinador decidir. Eu tenho que respeitar, agora acei-tar ou não isso já é comigo. Não vou chorar por não ter tido mais oportunidades na seleção. Não olho para ao passado, olho para o presente e sinto-me bem, sin-to-me capaz de ajudar”, frisou.

Portugal ocupa o segundo lugar do Grupo I, a um ponto da líder, a Dinamarca, que tem mais um jogo disputado, enquanto a Sérvia divide o último lugar do agrupamento com a Arménia, ambos com apenas um ponto.

JTM com Lusa

www.iacm.gov.mo

Notificação n° 07/DLA/SAL/2015

(Notificação da decisão sobre o pagamento dos custos de remoção de publicidade ilegal)

Considerando que não se revela possível notificar o interessado, por ofício ou outras formas, para efeitos de cobrança dos custos de remoção de publicidade ilegal, nos termos dos artigos 10° e 58° do “Código do Procedimento Administrativo”, aprovado pelo Decreto-Lei n° 57/99/M, de 11 de Outubro, notifico, pela presente, nos termos do nº 3 do artigo 3º do Decreto-Lei nº 52/99/M, de 4 de Outubro, e dos artigos 68º e 72° do “Código do Procedimento Administrativo”, o interessado, do seguinte conteúdo:

O signatário, no uso das competências conferidas pelo Conselho de Administração e constantes da Proposta de Deliberação nº 01/PDCA/2014, de 9 de de Maio, exarou o seguinte despacho em 4 de Fevereiro de 2015:

Comprovada a não remoção, dentro do prazo fixado, da publicidade ilegal instalada no “ESTABELECIMENTO DE COMIDAS I PAT CHIO CHAO SI FONG CHOI”, sito na Rua do Gamboa, nos 21A-21C, Edf. Wing Tak, r/c, loja L, e na parede exterior da Rua das Lorchas, no 223, Macau, pela COMPANHIA DE FONDUE DE RESTAURANTE NAM YUN, LIMITADA, com a inscrição de empresa comercial, pessoa colectiva n°: 26820(SO), este Instituto realizou, nos termos do nº 2 do artigo 144° do “Código do Procedimento Administrativo”, aprovado pelo Decreto-Lei n° 57/99/M, de 11 de Outubro, e do nº 3 do artigo 33º do “Regulamento Geral dos Espaços Públicos”, aprovado pelo Regulamento Administrativo nº 28/2004, a remoção, por intermédio de terceiro, no dia 28 de Agosto de 2013, ficando todas as despesas por conta do obrigado, no valor de quatro mil e oitocentas patacas (MOP$4.800,00).

O interessado foi notificado por este Instituto, através da notificação nº 36/DLA/SAL/2014, de 11/12/2014, por edital, não havendo apresentado alegação escrita sobre o processo de pagamento dos custos de remoção da referida publicidade ilegal, dentro do prazo definido, levantado por este Instituto.

O interessado deve pagar os custos de remoção, no prazo de 10 (dez) dias (contado a partir do dia seguinte ao da publicação da presente notificação), no Centro de Serviços do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (Avenida da Praia Grande, nº 804, Edifício China Plaza, 2º andar, Macau); caso contrário, este Instituto emitirá uma certidão de execução à Repartição das Execuções Fiscais, para efeitos de cobrança coerciva.

Nos termos dos artigos 145º, 148º e 149° do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n° 57/99/M, de 11 de Outubro, o interessado pode, no prazo de 15 (quinze) dias, contado a partir do dia seguinte ao da publicação da presente notificação, apresentar reclamação para o autor do acto e/ou, no prazo de 30 (trinta) dias, nos termos do n° 1 do artigo 151°, nº 1 do artigo 155º e 156º do mesmo Código, apresentar recurso hierárquico necessário ao Conselho de Administração do IACM, salvo actos nulos.

O interessado pode ainda interpor recurso judicial ao Tribunal Administrativo, nos termos das condições e dos prazos previstos nos artigos 25º a 28º do “Código do Processo Administrativo Contencioso”.

Para qualquer informação ou consulta do processo, pode dirigir-se à Divisão de Licenciamento Administrativo dos Serviços de Ambiente e Licenciamento, sita na Avenida da Praia Grande, nº 804, Edifício China Plaza, 3º andar.

Aos 16 de Março de 2015.

O Presidente do Conselho de Administração Vong Iao Lek

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Sexta-feira, 27 de Março de 201518 JTM | ROTEIRO

TDM 13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:30 Do Ar à Àgua 15:00 Debate das Linhas de Acção Governativa para 2015 Área da Administração e Justiça 20:00 Sabia Que? 20:30 Telejornal 21:30 Vingança Sr.2 22:10 Avenida Brasil 23:00 TDM News 23:30 A Canção da Terra 01:10 Telejornal (Repetição) 02:00 RTPi Directo

30 FOX SPORTS13:00 Monster Jam 15:00 Gillette World Sport 15:30 Russian Premier Liga TBC 17:30 Sports Max 18:30 Sport Confidential 19:00 Perfection 19:30 World Rugby 20:00 FOX SPORTS Central 20:30 Football Asia 21:00

Russian Premier Liga TBC 22:00 FOX SPORTS Central 22:30 Dutch Eredi-visie AZ vs Cambuur 23:30 Russian Premier Liga TBC 00:30 Football Asia

31 FOX SPORTS 212:30 PGA Tour Highlights 2015 Arnold Palmer Invitational 13:30 Net-ball Nations Cup Final 15:00 AFC Asian Cup 2015 Group B, Uzbekistan vs Saudi Arabia 16:00 College Basketball NIT Tournament - TBA 17:30 MLB Postseason 2014 World Series - San Francisco Giants at Kansas City Royals 19:00 Beach Sports Network PDGA - 2014 19:30 LPGA 2015 KIA Classic Day 1 20:30 PGA Tour Highlights 2015 Arnold Palmer Invitational 21:30 AFC Asian Cup 2015 Final - Korea Republic vs Australia 23:00 PGA EuroPro Tour 2015 Preview 23:30 Football Asia 00:00 LPGA 2015 KIA Classic Day 1

40 FOX MOVIES11:45 The Heat 13:45 Battle Los Angeles 15:45 Maleficent 17:25 The Seeker: The Dark Is Rising 19:10 Grown Ups 21:00 The Monuments Men 23:05 Avpr: Aliens Vs. Predator 00:40 Bad Teacher

41 HBO13:00 Escape Plan 14:50 The Perfect Storm 17:00 Ocean’S Thirteen 19:05 Red 2 21:00 Casual Vacancy 22:00 Man Of Steel 00:20 Endless Love

42 CINEMAX12:30 Tyler Perry’S Temptations 14:30 Ike: Countdown To D-Day 16:00 Who’S Minding The Store? 17:30 Threshold 19:00 Ninja Iii The Domina-tion 20:30 Shadow Man 22:00 Dead Silence 23:30 Banshee

50 DISCOVERY13:00 Fast N’ Loud 14:00 River Monsters: Face Ripper 16:00 Siberian Cut 17:00 How Do They Do It? 17:30 How It’s Made 11 18:00 Deadliest Catch 19:00 Bering Sea Gold 20:00 Taiwan Made 21:00 The Gadget Show 22:00 Naked And Afraid 23:00 Alaskan Bush People 00:00 Taiwan Made

51 NGC12:30 Wicked Tuna 13:25 Yukon Gold 14:20 Science of Stupid 15:15 24 Hours In A&E 16:10 Perfect Storms 17:05 Roam 18:00 Yukon Gold 19:00 Wicked Tuna 20:00 Bad Trip 21:00 24 Hours In A&E 22:00 Taboo

00:00 Money Meltdown

54 HISTORY12:00 Clara’s Deadly Secret 13:40 MasterChef Australia 15:00 The Sister-hood: Becoming Nuns 16:00 The Ellen DeGeneres Show 17:00 Dance Moms 18:00 MasterChef New Zealand 20:00 The Ellen DeGeneres Show 21:00 Psychic Tia 22:00 The Ghost Inside My Child 23:00 MasterChef New Zealand 00:00 The Ellen DeGeneres Show

55 FYI13:00 Flipped Off 14:00 Sell This House: Extreme 15:00 Late Nite Chef Fight 16:00 You Gotta Eat Here 17:00 Bondi Vet 18:00 Flipping San Diego 19:00 B.O.R.N. To Style 20:00 24-Hour Catwalk 22:00 B.O.R.N. To Style 00:00 24-Hour Catwalk

63 STAR WORLD12:05 American Idol 13:45 Scandal 14:35 Empire 15:25 Glee 16:15 Benched 17:05 Scandal 18:00 Empire 19:00 Benched 19:30 Cristela 20:00 New Girl 20:55 Glee 21:50 Asia’s Next Top Model 22:45 Scandal 23:40 Sex and The City 00:35 Glee

82 RTPI14:30 Telejornal Madeira 15:00 Bom Dia Portugal- Directo 16:03 Os Nossos Dias 16:34 Boarding Madeira 17:02 Nos Passos de Fernão Mendes Pinto 17:11 Grande Entrevista 18:07 Bem-vindos a Beirais 19:00 Telejornal Ásia-Directo 19:32 Palcos Agora 20:00 Sabia Que? 20:24 Água de Mar 21:00 Jornal da Tarde-Directo 22:12 5 Minutos Num Instante 22:20 Maratona da Saúde 02:59 Sabia Que? 03:21 Nos Passos de Fernão Mendes Pinto 03:28 Água de Mar 04:00 Telejornal-Directo 05:02 5 Minutos Num Instante 05:08 Vida Animal em Portugal e no Mundo 05:13 Maratona da Saúde

Número de Socorro 999Bombeiros 28 572 222PJ (Linha aberta) 993PJ (Piquete) 28 557 775PSP 28 573 333Serviços de Alfândega 28 559 944Hospital Conde S. Januário 28 313 731Hospital Kiang Wu 28 371 333CCAC 28 326 300IACM 28 387 333DST 28 882 184Aeroporto 88 982 873/74Táxi 28 283 283Táxi 28 939 939Água - Avarias 28 990 992Telecomunicações - Avarias 28 220 088Electricidade - Avarias 28 339 922Directel 28 517 520Rádio Macau 28 568 333Macau Cable 28 822 866

• • • TEMPO

190C/240C

• • • CÂMBIOSPATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.94 8.04EURO 8.76 8.87YUAN (RPC) 1.276 1.297

SOCIEDADE PROTECTORA

DOS ANIMAIS DE MACAU

TEL: 28715732/63018939ANIMA

TELEFONES ÚTEIS

CLUBE MILITAR DE MACAUAvenida da Praia Grande, 975, Macau

TEL: 28714000

• • • AMANHÃ 14/03

• • • HOJE 27/03170C/230C

WWW.SMG.GOV.MO

A programação é da responsabilidade das estações emissoras

03:45 (DIA 28)

03:45 (DIA 28)

01:00 (DIA 29)

TDM HD

TDM SPORT

TDM SPORT

Inglaterra vs Lituânia

Espanha vs Ucrânia

Croácia vsNoruega

CINETEATROS1 Cinderella14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

S3 Run All Night19:30

TORRE DE MACAUJupiter Ascending (3D)14:30 • 16:45 • 19:15 • 21.30

GALAXYThe Hobbit : The Battle of the Five Armies (3D)13:40 • 16:10 • 19:50 • 21:00 • 22:00 • 00:35

Taken 316:10 • 15:35 • 19:00 • 20:00 • 22:45 • 23:40

Paddington14:20 • 18:10

Big Hero 6 (3D)14:06 • 20:40

Exodus: Gods and Kings (3D)12:30

Night at the Museum: Secret of the Tomb (2D) - 15:05 • 17:10 • 19:05 • 21:00 • 23:00

Seventh Son (3D)14:10 • 16:05 • 17:50 • 18:00 • 20:00 • 22:30

The Theory of Everything13:10

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Sexta-feira, 27 de Março de 2015 JTM | ACTUAL 19

CHINA

Encantados com o “Pai Xi”O carisma de Xi Jinping tem vindo a inspirar canções e poemas na China, apontando-o como um marido virtuoso, amigo dos agricultores e inimigo dos corruptos. Muitos não hesitam mesmo em “seguir os passos” do “grande líder”

Xi Jinping é visto como um amigo do cidadão comum

A Grande Muralha, a Cidade Proibida ou a Praça Tiananmen

formam desde há muito um grandioso circuito de atracções imperdíveis na China mas, o jornal “The New York Times”, sublinha que hoje há uma nova escala no percurso turístico: o restaurante de “fast-food” que se tornou um destino obrigató-rio para os fãs do Presidente Xi Jinping. Foi li que, no ano pas-sado, Xi encantou o país quan-do visitou a Casa Qingfeng de Guiozas, pagou pela comida e carregou a sua bandeja até uma mesa.

“Estamos a seguir os pas-sos do nosso grande líder. Os visitantes que vierem a Pe-quim e não passarem por aqui vão arrepender-se”, disse Bai Henglin, motorista de 29 anos, enquanto tirava uma “selfie” com a refeição “Combo Presi-dencial”, composta por “guio-zas” (uma espécie de massa re-cheada com carne e legumes).

Este é, no entanto, apenas um dos muitos barómetros da crescente adoração desde que Xi Jinping assumiu o poder, em 2012. O seu sorriso enfeita pratos ornamentais, e um li-vro com os seus pensamentos sobre a governança, traduzido para oito línguas, terá gerado a venda ou oferta de 17 milhões de exemplares vendidos ou dados de presente.

Por outro lado, canções e poemas celebram o “Pai Xi” como um marido virtuoso, amigo dos agricultores e ini-migo dos corruptos. Um dos tributos mais populares a Xi é uma canção: “Ele ousa enfren-tar qualquer tigre, por maior que seja; Ele não tem medo do céu ou da terra; Nós sonhamos

em conhecê-lo”.Um líder chinês não con-

quistava tamanha admiração do público desde que Mao Tsé-Tung dominou o país com uma mistura de populismo, fervor e medo. Grande parte da popularidade de Xi deriva da sua campanha anti-corrupção e de slogans positivos como o

“Sonho Chinês”, a proposta de um país poderoso e rejuvenes-cido.

A adoração também foi in-tensificada por retratos do Pre-sidente que apresentam o líder como alguém que segura o seu próprio guarda-chuva, pon-tapeia bolas de futebol e sabe disparar uma espingarda.

Recentemente, um teatro de Pequim apresentou um musi-cal inspirado na vida e nas po-líticas de Xi, e, no mês passado, candidatos ao curso de arte na Universidade de Tecnologia de Pequim foram mesmo solicita-dos a desenhar um retrato do Presidente no âmbito do res-pectivo exame de admissão. O jornal “Beijing Evening News” sugeriu que os candidatos fica-ram maravilhados. “Não sabia que teria tanta sorte com essa parte do exame”, disse um dos jovens.

De acordo com o “New York Times”, muitos cidadãos co-muns disseram aprovar a lide-rança carismática, especialmen-te depois do estilo “seco” do antecessor de Xi, Hu Jintao, cujo principal slogan, “Uma visão científica do desenvolvimento”, não tinha apelo emocional.

Acima de tudo, o povo chi-nês aprova o combate de Xi à corrupção, sendo que a sua postura de reforço das reivin-dicações territoriais através da diplomacia musculosa e investimento militar também se revelou popular. “Temos a sensação de que o Presidente Xi importa-se com o cidadão comum. Dá-nos esperança de que o Governo possa solucio-nar os nossos problemas”, dis-se Yang Tianrong, 75, soldado aposentado da província de Hebei.

Exército chinês fez manobras com fogo realna fronteira com MyanmarO exército chinês levou a cabo manobras mili-tares com fogo real na fronteira do país asiático com o norte de Mynamar, numa zona onde per-sistem os conflitos entre os rebeldes de minoria kokang e as forças armadas birmanesas. Se-gundo o canal militar da emissora de televisão estatal chinesa, CCTV, uma brigada do exército da província de Yunnan, que faz fronteira com Myanmar, levou a cabo “recentemente” mano-bras noturnas de grande escala com fogo real nas montanhas, de modo a provar que as tropas “estão prontas para combater de noite”.As ima-gens mostram soldados equipados com lança--chamas realizando, de noite, vários exercícios debaixo de intenso fogo de artilharia, mas não foram revelados mais pormenores sobre estas operações, nem a data em que aconteceram. As manobras militares do Exército de Libertação Popular chinês acontecem depois de a China ter denunciado este mês que aviões de guerra bir-maneses tinham entrado no seu espaço aéreo e foram responsáveis por uma bomba que matou cinco pessoas em Lincang, a oeste de Yunnan. Mynamar negou as acusações e, em troca, su-geriu que o ataque foi da responsabilidade dos rebeldes kokang, apesar de analistas considera-rem que estes não estão suficientemente equi-pados para lançar bombas à distância.

CAMBOJA

PM cambojano critica Michelle ObamaO Primeiro-Ministro do Camboja, Hun Sen, acusou a Primeira-Dama dos EUA de ter feito falsas promessas na recente visita ao país asiático para promover a educação de meninas

Michelle Obama apresentou no Camboja o progra-ma “LeT Girls Learn”, que visa melhorar o acesso das jovens ao ensino, e reuniu-se com 10 alunas

às quais pediu para continuarem a estudar, durante a sua visita à cidade de Siem Reap no passado fim-de-semana.

No entanto, segundo o jornal “Phnom Penh Post”, o Primeiro-Ministro do Camboja afirmou que a visita da es-posa de Barack Obama teve mais a ver com “retórica de esperança” do que com a implementação de melhorias concretas no sistema educacional do país.

“Pensava que os Estados Unidos dariam bolsas de estu-dos a essas estudantes até terminarem a universidade, mas não foi o caso. Tinha essa esperança, mas (Michelle Oba-ma) só veio aqui seleccionar pessoas para depois deixá-las ao Ministério da Educação”, criticou o Primeiro-Ministro cambojano.

As declarações de Hun Sen surgiram um dia depois do ministro da Educação, Hang Chuon Naron, ter pedido bolsas de estudos na universidade estatal para as 10 estu-dantes do último ano do ensino médio, cuja educação até agora é financiada pela organização “Room to Read”.

Um porta-voz da embaixada dos EUA disse ao jornal que Michelle Obama não prometeu nenhuma ajuda eco-

nómica e que a iniciativa “LeT Girls Learn” tenta romper as barreiras à educação através da consciencialização das desigualdades de acesso.

O Camboja foi uma das 11 nações seleccionadas para receber a primeira fase do programa “LeT Girls Learn”, que será administrada pela agência americana Corpos de Paz, e que Barack Obama e a esposa lançaram este mês.

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Sexta-feira, 27 de Março de 201520 JTM | OPINIÃO

UM OUTRO OLHARJorge Silva

Passar ao lado da questão1. A apresentação das Linhas de

Acção Governativa, por parte do Chefe do Executivo, acabou por

constituir mais uma oportunidade perdida para ser atacado o principal problema da vida do território - o pre-ço do imobiliário e os seus reflexos na inflação.

O Chefe do Executivo e os gover-nos da RAEM ignoram a resolução da questão, sempre com o argumento de que o importante é deixar o mercado funcionar...

O tema é recorrente e as autorida-des não percebem o mal que estão a fazer ao tecido económico e social do território. Não se trata, apenas, da ha-bitação, é só estarmos atentos ao que aconteceu, nos últimos cinco anos, ao pequeno e médio comércio, por causa do preço exorbitante das rendas.

Por mais que o Chefe do Executi-vo anuncie uma conjunto de medidas noutros sectores, por mais que se fale da Ilha da Montanha como a panaceia para a descida do preço das casas, enquanto não houver coragem, livre de amarras e dos grupos de pressão e financeiros ligados ao imobiliário, a qualidade de vida de Macau conti-nuará a deteriorar-se para níveis pró-ximos do insustentável.

É certo que o Chefe anunciou mais habitação económica, algo que não re-solve os obstáculos que a classe média enfrenta no que se refere ao acesso ao mercado imobiliário.

Os governos da RAEM legislam sobre tudo e mais alguma coisa e ati-ram o imobiliário para debaixo da carpete. Toda a gente sabe porque o fazem, mas não chegou a altura de se olhar mais para os interesses do cida-dão comum ou da população em ge-ral, em vez dos interesses e ganância de uns poucos que por aí andam e que querem controlar as nossas vidas?

2. Mais uma edição da Rota das Letras está em marcha, com um programa ambicioso, como sem-

pre. A Rota merece todos os elogios porque nasceu de uma ideia teimosa e sonho de Ricardo Pinto, coadjuva-do por Hélder Beja, que, aos poucos, construíram um roteiro cultural de enorme importância e visibilidade de Macau.

Felizmente, o governo da RAEM reconheceu o esforço e apoia a ini-ciativa que é um ponto de encontro das culturas em língua portuguesa e chinesa, em trânsito, segundo julgo saber, alargado para outras paisagens linguísticas...

3. O que seria de Singapura sem Lee Kuan Yew, o seu fundador, lí-der indiscutível e antigo primei-

ro-ministro da Cidade Estado?Não seria o portento económico

e social que conhecemos ao longo de anos. O trabalho de Lee foi notável, uma mistura de confucionismo e prag-matismo ocidental, mas longe dos por-tos de escala da democracia tradicional. Para os adeptos de regimes totalitários, como o chinês, Lee é o seu herói e a jus-tificação para práticas ditatoriais para os fins que se conhecem...

A obra de Lee Kuan Yew, que nos deixou no início desta semana, é inde-lével. O desenvolvimento económico,

o progresso social em Singapura, a par-tir do nada e num território sem recur-sos naturais, constituem o legado deste homem que, politicamente, não sabia conviver com a crítica e a oposição.

Criou um estado virado para o cida-dão, soube controlar o culto da perso-nalidade e, notavelmente, evitou que a corrupção tomasse conta dele próprio e da família que herdou a nação.

Este nepotismo esclarecido mais a democracia musculada, cultivada por Lee, são a prova de que Singapura é um local pioneiro e único no mundo, mas onde a atmosfera política é, desde há muito, irrespirável.

* Jornalista

Os governos da RAEM legislam sobre tudo e mais alguma coisa e atiram o imobiliário

para debaixo da carpete. Toda a gente sabe porque o fazem, mas não chegou a altura

de se olhar mais para os interesses do cida-dão comum ou da população em geral, em vez dos interesses e ganância de uns pou-cos que por aí andam e que querem con-

trolar as nossas vidas?

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Sexta-feira, 27 de Março de 2015 JTM | OPINIÃO 21

Dito

(...) “As autoridades chinesas leva-ram a questão [da corrupção] a sério e, em pouco mais de um ano, mais de uma dezena de altos quadros fo-ram presos. Mas há um efeito cola-teral que não esperavam: a acção do governo chinês está a afugentar os jogadores de Macau e os casinos da capital mundial do jogo não param de registar perdas (...) A verdade é que, depois de o governo chinês ter instalado câmaras no casino e ter começado a controlar as aquisições feitas na região, os casinos macaen-ses têm cada vez menos jogadores”

Rafaela Burd Relvas, autora de artigo do Diário de Notícias intitulado “Luta contra a corrupção

está a matar casinos de Macau”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

27/03/1995

MACAU QUER MAIS E MELHORES MÉDICOS CHINESESMacau pretende recrutar médicos na China com qualificações que permi-tam responder ao nível dos cuidados de saúde prestados no Território, dis-se a secretária-adjunta Ana Perez. “Os médicos que têm vindo para Macau são bons, mas poderiam ser mais di-ferenciados ainda, dada a tecnologia que utilizamos e o nível de cuidados que já prestamos”, referiu Ana Perez no final de um encontro no Território com uma delegação do ministério da Saúde da China. “Fizemos também sentir a necessidade de os médicos da China virem para Macau por períodos mais prolongados, que não os três me-ses eventualmente renováveis, porque só assim se dá estabilidade ao exercício da profissão”, indicou. Ana Perez refe-riu também que Macau pretende que os médicos da China apoiem o plano de formação de quadros especialistas para o Território, tendo nesse sentido sido apresentada à delegação uma “lis-tagem das áreas em que se pretende um apoio mais reforçado da República Popular”. A secretária-adjunta indi-cou ainda que a visita permitiu ao res-ponsáveis chineses “aperceberem-se melhor do nível necessário de qualifi-cação dos médicos”, para dar continui-dade, após 1999, ao sistema de Saúde vigente em Macau.

ATFPM QUER PÔR QUEIXA CONTRA A ADMINISTRAÇÃOA Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau pretende que a Administração do Território de-volva aos funcionários que queiram desvincular-se do funcionalismo e que não possuam 15 anos de serviço o di-nheiro dos seus descontos. Nos termos da chamada lei da integração, os fun-cionários públicos de Macau que não possuam 15 anos de vínculo ao servi-ço estão apenas habitados a requerer a sua integração nos quadros da Repú-blica antes do exercício da soberania do Território passar para a China em Dezembro de 1999, caso a sua opção não seja permanecer em Macau para além daquela data.Vieira manifestou a convicção de que a China está também muito interessada em manter o actual estatuto de Macau, bem como o seu sistema económico e social após 1999.

O tempo das avestruzes já passou!

OS DESATINADOSAlbano Martins*

Agora que se estão a discutir as LAG é altura ideal para se pensar no que se quer e não se quer para

Macau e suas gentes. É um bom exercício para toda a gente, um exercício que obriga a que todo um conjunto de questões, algu-mas quiçá fracturantes, seja respondido de forma clara.

É preciso saber-se para onde se quer ir, para que se saiba o que se quer e por que se quer determinado tipo de políticas, quando se apresentam as linhas anuais da governação.

E para se saber para onde se quer ir é obrigatório que se formulem juízos de valor sobre a realidade que encontramos e que pretendemos modificar. Esses juízos de valor são definidos pela equipa gover-namental, claro, atenta às preocupações le-gítimas da comunidade e aos seus anseios mais sentidos e mais prementes!

Mas nem todas as preocupações secto-riais ou de grupos devem ser consideradas legítimas!

Há neste exercício de política uma mão-cheia de bom senso! É preciso sepa-rar o trigo do joio!

Na sociedade, nem sempre as posi-ções se podem simplesmente justapor. Há claramente, em muitas situações, po-sições que são de difícil conciliação. Sim-plesmente, não é possível nem é razoável esperar-se que as expectativas de todos sejam exactamente as mesmas!

Há limites que não devem ser tolera-dos que sejam ultrapassados!

O governo, se quer governar em pro-veito da maioria da comunidade, deve ter de ser capaz de fazer opções, de separar águas. Há opções que são fáceis de tomar, outras são bem mais difíceis porque vão colidir com interesses instalados, habitua-dos a serem normalmente favorecidos.

Não estamos a falar em questões téc-nicas para execução de uma obra. Não faz sentido algum colocar-se em consulta pú-blica questões de natureza técnica. É pura perda de tempo.

Claro que esperamos que uma admi-nistração utilize de forma racional e da melhor forma todas as suas capacidades técnicas para a resolução das situações que vão surgindo. Aí ninguém espera deslizes.

Infelizmente nem aí a Administração se tem aguentado de forma razoavelmen-te brilhante!

O exemplo do Metro, do terminal ma-rítimo do Cotai, do novo hospital das ilhas, das infraestruturas viárias que nunca se fi-zeram, da saúde pública, da morosidade dos processos de decisão em vários de-partamentos, para só falar nalgumas que

mais incomodam, é uma prova que nem sempre se tem primado pela competência técnica ou pelo bom senso! Há muita inex-periência e naivismo nisso tudo!

É preciso prever as consequências de todas as medidas de política (económica, social, educacional, cultural, etc) que se avançam, tendo presente a tal sociedade de futuro que se quer atingir.

Claro que isso não é um exercício sim-ples nem se quer que tudo seja totalmente quantificado ou que seja possível saber-se milimetricamente onde iremos embocar!

Mas um bom exercício de análise ao longo de uma gestão anual, é já uma boa base para se medir os ganhos e os desvios dos objectivos propostos.

Um governo fica desacreditado se os seus próprios técnicos são incapazes de calcular com alguma segurança os prazos de completamento de uma obra e se siste-maticamente erram nesse exercício.

Que problemas tem hoje Macau? Uma recessão, cuja dimensão ninguém

avança, nem ninguém ousa aceitar que se calhar foi o que melhor terá acontecido a esta terra.

Um sector do jogo que cresceu demasia-do rápido em valor e demasiado rápido em espaço, em detrimento de toda a comuni-dade que precisa de terra. Em todo o caso, com o equipamento e espaço que hoje pos-sui, não se pode andar para trás, pelo que, pelo seu peso e importância na economia e na sociedade, não pode estar refém de uma política de crescimento de mesas que nin-guém percebe a lógica!

Um sector imobiliário que, puxado pelo jogo, cresceu exponencialmente em termos monetários, sem ligação alguma com os seus valores reais, e com ele fez disparar as rendas das habitações e dos espaços comerciais, criando uma enorme instabilidade nos agregados populacionais e nos profissionais que cá exercem.

Nenhuma economia ou ganho de uma economia se pode fazer contra a maioria da população e dos seus operadores! Mes-mo que estejamos numa sociedade em que não há um voto universal, é um risco que não se deveria nunca correr.

A China gosta pouco de instabilidade social que rapidamente pode vir a ter co-notações políticas!

Uma inflação que continua a galo-

par, mas que se acredita que possa agora atenuar-se com a fase de contracção da economia, embora não haja transparência alguma na formação de preços e haja uma clara dominação em proveito próprio de uma série de operadores, à revelia do in-teresse geral.

Uma moeda que continua ligada indi-rectamente a outra que já nada nos diz, fazendo-nos reféns de políticas que nor-malmente respeitam a ciclos de economia opostos.

Uma economia, com poucos recursos de terra e sem recursos humanos, refém de políticas de mão-de-obra totalmente inadequadas ao ciclo onde se encontra e à necessidade dos sectores mais carentes. Nalguns casos com cariz de xenofobia!

Infraestruturas que rebentam pelas costuras, pouca audácia em olhar para a cidade no seu todo e encontrar uma linha de rumo que seja moderna, exigente, de-senvolvimentista, e não um recuo a um passado sem qualidade que nem a própria China hoje quer para si própria.

A juntar a isso tudo, políticas sociais que não vão ao fundo da questão, que não resolvem as questões de fundo que se vão colocar daqui a poucos anos devido ao en-velhecimento da população, mas que ha-bituam as gentes locais a uma subsidiação que em período de vacas magras vai poder constituir um forte pólo de instabilidade e de tensão social, e uma saúde degradada que afasta os que têm alguma capacidade de pagar para outras paragens.

Finalmente, uma sociedade que se quer em roda livre para alguns casos (uma economia livre) e fortemente con-trolada noutros.

É preciso que todos tenhamos os pés bem assentes: nem se deve intervir dema-siadamente nem se pode fechar os olhos a situações que jogam contra os equilíbrios da sociedade e das suas gentes e possam pôr em risco os ganhos que se conseguiram e que deveriam ser partilhados de uma for-ma não tão brutalmente desequilibrada!

Para isso existem os governos, que de-vem ter o bom senso de saber quando é importante dizer basta e quando se deve deixar a economia decidir sozinha!

As sociedades não podem em sítio al-gum andar em roda livre!

Acreditamos que os jovens governan-tes de hoje vão fazer o seu trabalho de casa, com maior ou menor dificuldade e maior ou menor celeridade. Temos de ter paciência!

Mas isso passa por não fazerem como a avestruz!

*Economista. Escreve neste espaço às 6as-feiras.

UM PONTO É TUDOFerreira Fernandes

Outra vez a mania de julgar os roubados do BES

Eu sei, para os espoliados no caso BES o vocabulário não é o principal. A questão substantiva de terem ficado sem as poupanças duma vida dói mais do que uma escorregadela

léxica, mais até do que um insulto. Mas era bom que qualquer banqueiro ou aparentado, já não

tendo zelado pelo dinheiro que foi posto à sua guarda e era de outros, passasse a ter com estes a atenção (gratuita, lembro) de uma linguagem cuidada.

Ontem, Carlos Tavares, o presidente da Comissão do Merca-do de Valores Mobiliários (CMVM), defendeu os interesses dos lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo. Ele está con-tra a prevista solução de as pessoas perderem mais de metade do capital investido.

Fica-lhe bem a preocupação. Embora seja pena não se ter tam-bém preocupado com o criminoso aumento de capital do BES a semanas da falência. Tavares, que já era presidente da CMVM, devia ter denunciado a burla. Adiante. Ao menos com os engana-

dos do papel comercial ele preocupa-se - ainda bem, repito. Mas oiçam-no a definir esses que ele defende: “(...) pessoas que

aplicaram de boa-fé as suas poupanças...” De “boa-fé”! Já Mar-ques Mendes, sobre os compradores de acções, classificou-os de “culpados.” Agora, Carlos Tavares passa certificados de “boa-fé.”

Mas quando é que esta gente se convence de que não está em condições de julgar os roubados? Insulto ou medalha, ambas ofendem.

Não souberam defender-lhes as poupanças, pelo menos pou-pem-nos ao vosso papel de juízes da treta. JTM/DN

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Sexta-feira, 27 de Março de 201522 JTM | LAZER

Musa das águasA publicação americana “Men’s Fitness” elegeu em 2013 as dez atletas mais sensuais do

mundo, e em sétimo surge a nossa musa de hoje: Alana Blanchard, uma surfista profissional e modelo. Actualmente pondera fazer uma pausa das competições de surf, não se desligando

no entanto deste sector já que está a desenhar uma linha de biquínis para a “Rip Curl”.

França quer proibir modelos excessivamente magrasO governo francês pretende aprovar um projecto de lei que irá proibir modelos excessivamente magras de desfilar na passarela. A nova lei prevê também a possibilidade de multar as agências de modelos ou empresas de moda que as contratarem e, inclusive, penas de prisão para os respectivos agentes. França junta-se assim a Itália, Espanha e Israel, países que adoptaram leis contra modelos demasiado magras nas passarelas ou em anúncios. O projecto de lei obriga a pesagens periódicas e multas para quaisquer violações, bem como até seis meses de prisão para funcionários envolvidos. As modelos serão obrigadas a apresentar um certificado médico que comprove terem um índice de massa corporal de pelo menos 18, ou seja na prática, 55 quilos para 1,75 metros de altura, antes de serem contratadas para qualquer trabalho.

Orlando Bloom visitou comunidades afectadas pelo ébola na LibériaOrlando Bloom, actor e embaixador da Boa Vontade da UNICEF, realizou uma visita de quatro dias à Libéria, onde se reuniu com representantes de movimentos sociais e educativos que se destacaram na luta contra a epidemia do ébola. Bloom, primeira personalidade a Libéria desde o início da epidemia, também visitou a escola de uma comunidade muito afectada pela doença na fronteira com Serra Leoa, onde pôde conhecer os protocolos de segurança que foram introduzidos para a reabertura das escolas, que permaneceram fechadas por sete meses.

Kutcher queixa-se da faltade fraldários nos WC masculinosAshton Kutcher utilizou as redes sociais para se queixar da falta de fraldários nas casas-de-banho masculinas. O actor, que recentemente se tornou pai de uma menina, Wyatt Isabelle, mostrou-se indignado por só existirem sítios para mudar a fralda aos bebés nas casas-de-banho femininas. “Nunca há fraldários nas casas-de-banho masculinas públicas. A primeira casa-de-banho que tiver um fraldário recebe publicidade gratuita na minha página do Facebook!”, prometeu Ashton Kutcher.

Estrelas asiáticas trouxeram “glamour” ao VenetianO Venetian voltou a re-

ceber mais uma edi-ção dos Asian Film

Awards, que tinha este ano 74 nomeados seleccionados de 42 filmes que competiam nas 14 categorias disponíveis. As grandes estrelas da noi-te acabaram por ser a actriz sul-coreana Bae Doo-na, que venceu o prémio de Melhor Actriz, Ann Hui, de Hong Kong, galardoado com o tí-tulo de Melhor Realizador, e Liao Fan, da China, que foi distinguido com o Melhor Actor. Destaque também para “Blind Message”, da China

Continental, que venceu o prémio de Melhor Filme. A 9ª edição do evento trouxe a Macau alguns dos principais nomes do cinema asiático, que fizeram vibrar os muitos presentes que se deslocaram ao Venetian para acompa-nhar o tradicional momento do tapete vermelho. Os Asian Film Awards são uma das mais prestigiadas cerimónias do cinema mundial, atrain-do sempre as principais re-ferências do cinema oriental, desde realizadores a actores, para além dos entusiastas pela sétima arte. Bae Doo-na, Ann Hui e Liao Fan foram os grandes vencedores dos Asian Film Awards

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Sexta-feira, 27 de Março de 2015 JTM | LAZER 23

Gente Gira

O que falta em Macau? por Alex Abalos

Sendo trabalhador não residente, sinto que os preços das rendas das casas estão a ficar mais altos todos

os anos. É por isso que muitos trabalha-dores não locais estão a pedir salários mais elevados, uma

vez que as casas aumentam mas as remunerações per-manecem quase no mesmo nível. Os aumentos que nos oferecem não são suficientes para compensar os preços das habitações. O governo deveria dar-nos mais apoio. Um quarto chega normalmente para duas pessoas, mas

muitos de nós vivemos num quarto dividido por quatro pessoas para aliviar as despesas de cada um. Mandamos parte dos nossos salários para as nossas famílias nas Fili-pinas mas também temos as nossas despesas em Macau. No final, acaba por não sobrar muito.

Envie as suas fotos para: [email protected]

De Myanmar com amorElaine Yeung, Wyine Myat, Ana Martins e Grita Chan (que não surge na foto), rumaram a

Myanmar para participar num casamento de um amigo comum. Já que o dia se fazia sentir solarengo, não puderam resistir a um pequeno desvio pelo “Sunny Paradise Resort”.

Passear a Hong Kong

Gabriel estava radiante por ir

passar o dia com a mãe a Hong Kong.

No momento da foto, Gabriel ainda se encontrava no

terminal do ferry a tomar um reforçado

pequeno-almoço, para um dia que viria a ser

cheio de emoções, segundo nos revelou a

mãe, Inês Dias. Uma fotografia cheia de místicaManuel Júnior esteve no “The Peak” em Hong Kong e conta ao GENTE GIRA que, mesmo tendo sido incorporados alguns filtros na imagem, as luzes e o

nevoeiro ajudaram imenso na criação de um ambiente místico.

Música contagiante

A abertura do festival literário Rota das Letras, no passado dia 22, no

Venetian, contou com a participação dos “Blademark”, banda local que

tem Fortes Pakeong Sequeira como vocalista. Segundo Ginger William

Keong, a energia da banda contagiou todo o pavilhão.

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24 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 27 de Março de 2015 • Fecho da Edição • 01:50 horas

Ontem, numa sessão no Instituto Politécnico de Macau ligada à Língua Portuguesa, não estavam mui-tos jornalistas portugueses ao lado da representante do JTM. O “eco” poderá, pois, não ser muito grande.

Estavam, contudo, os mais altos responsáveis dos diferentes estabelecimentos de ensino superior da RAEM. Tiveram, assim, a oportunidade de ouvir o Se-cretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, a acentuar a importância estratégica, para a República Popular da China e para Macau, do desenvolvimento do ensino da Língua Portuguesa imprescindível para as ligações com os países lusófonos.

Concretamente Alexis Tam disse: “espero com toda a sinceridade que todas as instituições de ensino supe-rior possam aprender com o IPM, melhor utilizando os recursos disponíveis para divulgar as relações de coope-ração entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.

Exemplar!Eu também espero. Espero que alguns responsáveis

tenham ficado com as orelhas a arder, tentem conhecer Macau, as suas instituições e o seu modo de vida e de-sistam de tentar “impor” soluções importadas dos paí-ses onde estudaram.

Eu também espero... todos esperamos!

ENPASSANTJosé Rocha Dinis

Eu também espero...todos esperamos!

Co-piloto da Germanwings fez avião despenhar-seO procurador encarregado da investigação à queda do avião da Germanwings declarou que o co-piloto despenhou intencionalmente o avião com 150 pessoas a bordo nos Alpes franceses. Brice Robin, em conferência de imprensa, disse que a hipótese mais plausível é que o co-piloto recusou abrir a porta do cockpit. “Carregou no botão que enviou a aeronave para descida fatal e acelerou a des-cida do aparelho. Foi uma acção voluntária da parte do co-piloto. Ele não é um terrorista conhecido, de certeza que não”, apontou. Nos primeiros 20 minutos de voo, disse o procurador, piloto e co-piloto conversaram de forma “normal e afável”. As respostas de Lubitz tornam-se depois “lacónicas”, quando o piloto preparou o relatório para a aterragem em Düsseldorf. “Depois, ouve-se o piloto pedir ao co-piloto para tomar o comando, um assento a ser deslocado para trás e uma porta a fechar”, disse o procurador, acrescentando que o piloto saiu provavelmente para ir à casa-de-banho. “O co-piloto ficou sozinho aos comandos. Ouvimos vários pedidos do piloto para en-trar no ‘cockpit’. Não há resposta do co-piloto”, disse. Só nos últimos momentos se ouvem gritos dos passagei-ros, prosseguiu, concluindo que os ocupantes do avião tiveram “morte instantânea”. O co-piloto é um alemão, com 28 anos, de nome Andreas Lubitz, e trabalhava para a Germanwings desde Setembro de 2013. Entretanto, só ao final da tarde de quarta-feira é que as autoridades conseguiram começar a retirar, por helicóptero, os restos mortais dos passageiros do avião da Germanwings.

Lucros da “Macau Legend” caíram 6,1%Os lucros da “Macau Legend Development” sofreram uma quebra de 6,1% para 478,9 milhões de dólares de Hong Kong em 2014, face ao ano anterior, anunciou ontem a empresa, atribuindo a descida sobretudo às despesas de 24,1 milhões com a pré-abertura do hotel Harbourview, novo empreendi-mento da Doca dos Pescadores, e as perdas cambiais relacio-nadas com juros e depósitos denominados em renminbis. No exercício financeiro de 2014, as receitas totais da companhia liderada por David Chow subiram 2,7% para 1.763,8 milhões de dólares de Hong Kong, mas o EBITDA ajustado (resulta-dos antes de ganhos e perdas financeiras, impostos, amortizações e subsídios) decresceu 4,4% para 842 milhões. Nos espaços de jogo geridos pela Sociedade de Jogos de Macau (SJM) nos empreendimentos da “Macau Le-gend”, as receitas subiram apenas 0,1% para 1.278,7 milhões de dólares de Hong Kong.

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Pequim promete Internet livre para atletas se acolher Olimpíadas de InvernoA candidatura de Pequim às Olimpíadas de Inverno de 2022 prometeu que, se escolhida, não vai sujeitar ao atletas à mesma censura na Internet que é aplicada aos cidadãos chineses, sendo possível aceder às páginas na Vila Olím-pica. A porta-voz da candidatura, Wang Hui, deixou esta promessa numa conferência de imprensa que coincidiu com a visita a Pequim de uma comissão de avaliação do Comité Olímpico Internacional. A porta-voz minimizou, no entanto, a importância do bloqueio a algumas páginas, argumentado que os cidadãos chineses são pouco afecta-dos. “Toda a gente fala do Facebook e do Twitter, mas as pessoas que conheço não gostam de usá-los”, assegurou, acrescentando que os 650 milhões de internautas chineses preferem redes sociais como o WeChat ou o Weibo. Nos Jogos Olímpicos de Verão de Pequim em 2008, a capital chinesa também prometeu inicialmente uma abertura da Internet para os participantes, mas esta não foi total e algu-mas páginas permaneceram inacessíveis a atletas e jorna-listas do mundo todo.

Kim Jong-un pede tácticas de “guerrilha” no desportoO líder norte-coreano Kim Jong-un pediu aos atletas do país para se inspirarem nas tácticas das “guerrilhas” de modo a aumentarem o seu grau de disciplina na cena desportiva internacional, onde a Coreia do Norte não deixou, até agora, boa impressão. “As autoridades desportivas e os treinadores devem implemen-tar tácticas semelhantes á da guerrilha anti-japonesa em cada evento desportivo de modo a triunfarem”, afirmou numa carta redigida por ocasião de uma reu-nião nacional de desportistas e de dignitários. Kim, conhecido pelo seu amor ao desporto, lamentou que a Coreia do Norte esteja “atrasada em relação ao resto do mundo”, no que toca à ciência e estratégia desportiva. A carta, replecta de retórica militar, explica que o desporto oferece à Coreia do Norte uma oportunidade para promover o país no estrangeiro. “Em tempos de paz, apenas os atletas podem elevar as cores da bandeira nacional da RPDC [República Popular Democrática da Coreia] no céu de outros países”, disse, citado pela agência oficial KCNA. Kim prometeu reunir o apoio da opinião pública mundial, que fará da Coreia do Norte uma potência desportiva “daqui a alguns anos”, e expli-cou que os atletas devem inspirar-se na luta contra a ocupação japonesa da península coreana para progredir.

Multados dirigentes de Qingdaoque mantinham tigres em casaTrês funcionários públicos, membros da Assembleia Po-pular da cidade chinesa de Qingdao, foram multados em 3.000 yuans (3.800 pata-cas) cada um por manterem pelo menos oito tigres sibe-rianos fechados nas respec-tivas casas como animais de estimação, noticiou o jornal “Beijing News”. O caso só foi descoberto depois de um dos felinos ter morrido ao cair do terraço de um edifício de 11 andares, aparentemente assustado com o rebentamento de panchões e fogo de artifício. Os tigres siberianos estão entre os mamíferos que correm maior risco de extinção em todo o mundo, com apenas 450 exemplares em liberdade na Rússia, China e península coreana.

FAO diz que criar peixes pode gerar “nova revolução verde” em ÁfricaO director-geral da Organização da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO) disse que a criação de peixes pode impulsionar o desenvolvimento da produção alimentar em países africanos com défice de alimentos. “A nova revolução verde dá-se na pesca. A aquicultura, a criação de peixes domésticos e seleccionados, tem demonstrado os melhores resultados. Há muitos anos, o Brasil importou a tilápia de África, que é originária do Nilo”, disse José Graziano da Silva à Rádio ONU, em Nova Iorque, onde participou numa reunião sobre a relação entre a consolidação da paz e a segurança alimentar. Graziano da Silva explicou como foi melhorada a qualidade da espécie de peixes com origem no continente africano, pela companhia dedicada à pesquisa de pecuária do Brasil. “Hoje, a tilápia da Embrapa é 25% mais produtiva do que a originária de África. Por cada quilo de ração, ela produz um quilo de peixe, o que é realmente uma grande esperança para prover a África, que tem recursos abundantes da água, com uma proteína de muito boa qualidade. A aquicultura tem ainda a vantagem de que, implantando a produção de peixe, não preci-samos derrubar a floresta tropical para criar pastagem”, disse. Para Graziano da Silva, a África ainda tem muito por explorar em relação ao potencial da revolução verde, que permitiu aumentar a disponibilidade de alimentos nos últimos 50 anos em várias partes do mundo, com destaque para Ásia.

Eleutério Guevane, JTM/Rádio ONU; em Nova Iorque