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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5094 • Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016 10 PATACAS 26 0 C/31C • HOJE Fonte SMG CONTRADIÇÕES NAS PRAIAS EGÍPCIAS DOSSIER Centrais China espera organizar Mundial de Futebol em 2030 O vice-presidente da Fede- ração Chinesa de Futebol, Zhang Jian, manifestou a esperança de que o Mundial de 2030 se possa realizar na China. “Todos os amantes chineses do futebol têm um sonho: receber o Campeona- to do Mundo na China. Espe- ro que se realize o mais cedo possível, mas a FIFA tem as suas regras e nós respeitamos isso”, disse à agência France- -Presse (AFP) o candidato a representante da Confedera- ção Asiática de Futebol (AFC) no conselho da FIFA, durante um congresso realizado em Goa, Índia. O Mundial2018 será realizado na Rússia e o de 2022 no Qatar, país mem- bro da AFC, o que, em teoria, impede a China de organizar o de 2026, já que a FIFA não permite que o campeonato seja organizado duas vezes seguidas no mesmo conti- nente. O Presidente chinês Xi Jinping já expressou o de- sejo de que o país acolha a maior competição de futebol mundial, apesar, do ponto de vista desportivo, a selecção da China continuar longe do topo, ocupando o 78º lugar no “ranking” da FIFA. Título da “Bolinha” decide-se hoje Pág. 9 Um relatório dos Serviços de Assuntos de Justiça indica que os funcionários da sua tutela têm sido, ao longo de cinco anos, o maior motivo de apresentação de queixas e sugestões, com destaque para as Conservatórias de Re- gistos. Segundo aquela Direcção de Serviços, o facto dos números se manterem ao mesmo nível em 2014 e 2015, e este ano até crescerem, mostra que ainda há “melhorias pendentes” e que todos os departamentos devem refor- çar a supervisão do desempenho e atitude do pessoal, se- guindo “o espírito de serviço ao cidadão”. “Melhorias pendentes” nos registos e notariado Estação Postal do Carmo alia antigo e moderno Obras atrasadas no posto fronteiriço da ponte do Delta Pág. 6 Pág. 2 Pág. 3 FOTO AETEC Biblioteca Central gera dúvidas no Conselho da Cultura Pág. 8 História de Drácula é atracção no fecho do Fogo de Artifício Pág. 9 Grupos e partidos marcaram aniversário do “Occupy” na RAEHK Última Docentes queixam-se de falta de tempo Pág. 4 Compradores querem “congelar” Polytec Pág. 5

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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5094 • Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016 10 PATACAS

260C/31C• • • HOJE

Fonte SMG

CONTRADIÇÕES NAS PRAIAS EGÍPCIAS DOSSIERCentrais

China esperaorganizar Mundial de Futebol em 2030

O vice-presidente da Fede-ração Chinesa de Futebol, Zhang Jian, manifestou a esperança de que o Mundial de 2030 se possa realizar na China. “Todos os amantes chineses do futebol têm um sonho: receber o Campeona-to do Mundo na China. Espe-ro que se realize o mais cedo possível, mas a FIFA tem as suas regras e nós respeitamos isso”, disse à agência France--Presse (AFP) o candidato a representante da Confedera-ção Asiática de Futebol (AFC) no conselho da FIFA, durante um congresso realizado em Goa, Índia. O Mundial2018 será realizado na Rússia e o de 2022 no Qatar, país mem-bro da AFC, o que, em teoria, impede a China de organizar o de 2026, já que a FIFA não permite que o campeonato seja organizado duas vezes seguidas no mesmo conti-nente. O Presidente chinês Xi Jinping já expressou o de-sejo de que o país acolha a maior competição de futebol mundial, apesar, do ponto de vista desportivo, a selecção da China continuar longe do topo, ocupando o 78º lugar no “ranking” da FIFA.

Títuloda “Bolinha”

decide-se hoje

Pág. 9

Um relatório dos Serviços de Assuntos de Justiça indica que os funcionários da sua tutela têm sido, ao longo de cinco anos, o maior motivo de apresentação de queixas e sugestões, com destaque para as Conservatórias de Re-gistos. Segundo aquela Direcção de Serviços, o facto dos

números se manterem ao mesmo nível em 2014 e 2015, e este ano até crescerem, mostra que ainda há “melhorias pendentes” e que todos os departamentos devem refor-çar a supervisão do desempenho e atitude do pessoal, se-guindo “o espírito de serviço ao cidadão”.

“Melhorias pendentes”nos registos e notariado

Estação Postal do Carmoalia antigo e moderno

Obras atrasadas no posto fronteiriço da ponte do Delta

Pág. 6

Pág. 2

Pág. 3

FOTO

AET

EC

Biblioteca Central gera dúvidas noConselho da Cultura

Pág. 8

História de Drácula é atracção no fechodo Fogo de Artifício

Pág. 9

Grupos e partidosmarcaram aniversáriodo “Occupy” na RAEHK

Última

Docentesqueixam-se

de falta de tempo

Pág. 4

Compradoresquerem

“congelar” Polytec

Pág. 5

Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Fátima Almeida, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Eva Cabral, Francisco José Leandro, João Figueira, Jorge Rangel, Luíz de Oliveira Dias, Marques da Silva e Regina Azevedo Pinto • Grafismo: Suzana Tôrres • Secretário da Redacção : Alex Sampaio • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

02 JTM | LOCAL

INAUGURADA ESTAÇÃO POSTAL DO CARMO

Preservar o antigo com ar de modernidade

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AET

EC

Foi com a premissa de preservar a “pré-existência” introduzindo elementos modernos e amigos do ambiente que o atelier da arquitecta Maria José de Freitas assumiu o projecto de remodelação da Estação Postal do Carmo, inaugurada ontem. Segundo a arquitecta, o novo edifício contempla uma zona de exposição, uma sala “polivalente” com suporte para receber um restaurante. Foi reconstruído um anexo modernista, mas sempre mantendo o estilo arquitectónico ao estilo “português suave”

A Estação Postal do Carmo, na Ave-nida de Carlos da Maia na Taipa, abriu ontem oficialmente ao pú-

blico depois de ter sido sujeita a obras de recuperação e construção que começa-ram em 2012 ficando concluídas em 2014.

“Entretanto houve uns acréscimos, umas licenças, umas questões que foi ne-cessário resolver com as Obras Públicas e com todos os serviços [ligados à área] e por isso só agora é que se conseguiram as licenças todas para funcionar tudo em pleno”, explicou a arquitecta Maria José de Freitas ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

O edifício, datado de 1953, apresenta um traço arquitectónico ao estilo “portu-guês suave” - que se poderia encontrar na zona do Bairro do Restelo, em Lisboa – e foi totalmente remodelado pelo atelier da arquitecta Maria José de Freitas que conseguiu ter acesso a desenhos “mui-to característicos, engraçados e datados daquela época” nos arquivos das Obras Públicas.

O projecto inclui revitalizações e reconstrução mas sempre com a pre-missa de por um lado “preservar a pré--existência” e, por outro lado, introduzir “elementos contemporâneos e amigos do ambiente”, disse.

Segundo a arquitecta, o projecto ini-cial contemplava o edifício principal e um segundo - erguido depois de 1953 - que já tinha traços modernistas mas que “estava em muito más condições, muito degradado do ponto de vista de imper-meabilização”, disse Maria José de Frei-tas.

Por isso, o edifício teve de ser demoli-

do e refeito mas sempre “mantendo aquele desenho original que tinha e que nós con-seguimos de alguma forma exteriormente recuperar”, acrescentou a arquitecta.

A Estação Postal do Carmo passa agora a conjugar uma série de valências, nomea-damente uma sala de exposições concebi-da dentro do espaço modernista que foi reconstruído. “É um anexo modernista e que está dotado de infraestruturas actuais e contemporâneas”, explicou Maria José de Freitas.

Ainda sobre os acréscimos, a arquitecta destaca um novo espaço, uma caixa de vi-dro, desenhado pelo atelier e erguido com materiais ecológicos. “Foi uma empresa de

Zhuhai que forneceu os materiais e toda a tecnologia para pôr este cubo de vidro de forma sustentável. É uma empresa com uma grande dinâmica ligada à pro-teccão ambiental, painéis solares, entre outros, e que se portou muito bem na parte da concretização desta nossa caixa de vidro”, asseverou.

Por outro lado, Maria José de Freitas indicou que no andar superior do edifí-cio principal, outrora residência do di-rector da Estação, foi criado um espaço “polivalente” e que poderá, inclusive, ter uma “cozinha ou servir de restaurante de apoio a qualquer situação”.

Desconhecendo a finalidade que será

dada a esse espaço, Maria José de Freitas pede no mínimo que “seja qualquer acti-vidade que permita valorizar ainda mais este conjunto e este polo atraente da ilha da Taipa”.

Além disso, a arquitecta admite que este projecto foi trabalhoso até porque por vezes trabalha-se com empresas pouco experientes na recuperação. “Isso depois vai reflectir-se na qualidade do output final e como arquitectos estive-mos sempre muito vigilantes durante todo o processo para que fossem cum-pridos os cadernos de encargos e dese-nhos do projecto”, concluiu Maria José de Freitas.

Catarina Almeida

Projecto de remodelação da Estação Postal do Carmo foi desenvolvido pelo atelier de Maria José de Freitas

Para a arquitecta Maria José de Freitas, responsável pelo projecto de remode-

lação das Casas-Museu da Taipa, estão reunidas as condições para abrir um restaurante na moradia número cinco, embora este pro-jecto tenha sido suspenso uma semana depois de ter sido anun-ciado pelo Governo que alegou

falta de consenso social.Na época, o grupo interde-

partamental tutelado pela Se-cretaria dos Assuntos Sociais e Cultura alegou ter recebido um “número significativo” de opi-niões de cidadãos preocupados com a possibilidade do projecto poder afectar o ambiente envol-vente.

Ora, segundo Maria José de Freitas “falta muita informação” a este nível tanto quando todos os equipamentos pensados para a construção respeitam as condi-cionantes ambientais. “Não há problemas de ordem ambien-tal”, vincou a arquitecta ao JOR-NAL TRIBUNA DE MACAU.

Quanto à possibilidade do

Falta “muita informação” sobre Casas-MuseuA arquitecta responsável pelo projecto de remodelação das Casas-Museu da Taipa defende que “falta muita informação”, nomeadamente quanto à moradia número cinco onde estava prevista a instalação de um restaurante português com capacidade para 100 pessoas. Maria José de Freitas indicou que o restaurante fecharia um ciclo e, embora tenha sido suspenso, continua na “expectativa” de que terá o desfecho previsto

restaurante atrair um elevado número de turistas àquela zona, causando ruído e muita movi-mentação, a arquitecta desmis-tificou esta ideia, já que aquele espaço foi pensado para “ter 100 pessoas”. “Não ia atrair grandes multidões”, disse.

A arquitecta admite não es-tar a par de mais detalhes, so-bretudo se o IFT retirou ou não o projecto que compreendia o restaurante. Porém, o facto é que o projecto de modificação foi entregue às Obras Públicas para revisão há um mês e meio. “Se o [IFT] esperasse pela licen-ça poderiam estar daqui a um mês e meio a lançar a obra que é relativamente rápida”, disse.

“Mais outros quatros meses de obra e diria que a moradia nú-mero cinco estaria pronta para receber o restaurante”, apontou, ao lamentar que o projecto tenha mudado de rumo pois seria o encerrar de um ciclo.

“Faz sentido existir ali um ponto de apoio à parte da culi-nária, criava ambiente. Há tanta coisa nova, bonita e super high--tech a acontecer que fazia todo o sentido que houvesse um local onde toda essa tecnologia se en-contrasse”, vincou. “Há muitas ideias que podiam ser postas em prática e ainda não perdi a ex-pectativa”, concluiu Maria José de Freitas.

C.A.

JTM | LOCAL 03Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016

QUEIXAS CRESCEM E REFLECTEM “MELHORIAS PENDENTES”

Funcionários vistos como “calcanhar de Aquiles” da DSAJ

Perdidas numa secção da página electrónica da Direcção dos Servi-ços de Assuntos de Justiça (DSAJ)

estão as “estatística sobre queixas”. Apesar de frios como costumam ser, os dados espelham uma tendência de au-mento da insatisfação dos cidadãos, re-lativamente aos serviços daquela tutela e, em especial, aos funcionários.

De acordo com os dados da DSAJ, entre Janeiro e Junho deste ano, esses serviços receberam 36 queixas, mais nove do que no mesmo período de 2015, facto que representa um aumento de 33,3%. Do total, a maioria (23) é con-tra funcionários e nove são relativos a “procedimentos e formalidades”.

Para além disso, foram recebidas 28 sugestões, mais 12 que nos meses ho-mólogos. Do total de 64 casos (queixas e sugestões) recebidos, seis foram “des-truídos” por terem sido apresentados em formato anónimo, deixando três em acompanhamento. Os restantes 55 fo-ram arquivados num prazo de 45 dias.

Ao contrário da versão em portu-guês da página de internet, o documen-to redigido em língua chinesa fornece--nos um relatório detalhado da situação em 2015, que permite perceber a situa-ção real dos serviços públicos abrangi-dos pela DSAJ.

No documento em chinês, é referi-do que, ao longo de cinco anos, a ca-tegoria dos “funcionários” foi sempre aquela com maior proporção de quei-xas e sugestões.

No computo geral do ano passado, foram recebidas 68 queixas (apresen-tando um crescimento de 5,56% em relação a 2014) das quais 38 visaram os trabalhadores. A categoria “procedi-mentos e formalidades” foi a segunda com mais queixas (17).

Além destas, existem ainda queixas classificadas como “outras” que visa-ram a colocação de cartazes publicitá-rios nas vias públicas. Um deles estava colocado perto de uma passadeira e impedia a visualização dos carros, ou-tro cartaz do Dia Mundial da Criança foi instalado num local “inapropriado”.

Dos 38 casos referidos, três deles envolviam motoristas ou funcionários de segurança e três não incluíam in-formações suficientes. Relativamente aos restantes 32, a DSAJ concluiu, de-pois da investigação, que em 20 situa-ções o desempenho dos trabalhadores não suficientemente bom, tendo os vi-sados sido instados a prestar atenção às suas acções e a aumentar o nível de profissionalismo.

Na conclusão desse relatório, a DSAJ indica que o número semelhante a 2014 mostra que ainda existem “melhorias pendentes” e que todos os departamen-tos devem reforçar a supervisão do de-sempenho e atitude do pessoal, “lem-brando que devem seguir o espírito de serviço ao cidadão”.

Para além disso, o Departamento de Gestão Administrativa e Financeira

Um relatório dos Serviços de Assuntos de Justiça indica que os funcionários dos serviços da sua tutela têm sido, ao longo de cinco anos, o maior motivo de apresentação de queixas e sugestões. Segundo aquela Direcção de Serviços, o facto dos números se manterem ao mesmo nível em 2015 e 2014, e este ano até crescerem, reflecte que as melhorias exigidas continuam pendentes

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JTM

/ARQ

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Liane Ferreira

Conservatória do Registo Civil, instalada no Edifício daAdministração Pública, lidera lista das queixas registadas pela DSAJ

foi aconselhado a estudar a abertura de acções de formação sobre técnicas de atendimento ao público, de como pres-tar um serviço de qualidade e conhecer as suas funções de trabalho.

Sugestõesque parecem queixas

Do relatório anual consta uma sec-ção dedicada à análise de “sugestões” feitas por cidadãos. No entanto, pare-ce ter sido confundida com a coluna das queixas, já que são denunciadas situações como: “a lei de Macau está atrasada”; “documentos em chinês e português autenticados pelo Governo de Macau não são aceites no exterior ou o Governo não emite documentos certificados em inglês”. Para além des-tes, é ainda sugerida a revisão de leis antigas e do tempo da administração portuguesa, bem como alterar “o regi-me jurídico de arrendamento previsto no Código Civil”.

Indicando que foram tomadas 16 medidas de acompanhamento para diferentes casos, são reveladas situa-ções que muitos utentes já poderão ter encontrado. Por exemplo, no De-partamento de Divulgação Jurídica da DSAJ, o telefone tocou múltiplas vezes e ninguém atendeu. O mesmo aconte-ceu na Conservatória do Registo Civil. No primeiro caso, os colegas de traba-lho foram instruídos a atender o telefo-ne e passar o recado à pessoa respon-sável. Já a Conservatória instalou um sistema de atendimento por forma a que, quando a linha estiver ocupada, o cidadão possa deixar uma mensagem para ligarem de volta.

Outro caso alvo de acompanha-mento envolveu um funcionário do Primeiro Cartório Notarial que estava na internet e ao telemóvel durante o expediente. Para combater esta situa-ção, foi instalada uma câmara de vi-deovigilância.

Outros dois casos dizem respeito a limpezas. No Cartório Notarial das Ilhas houve referência a um funcioná-rio de limpeza mal educado. Em reac-ção, a empresa responsável foi con-tactada e o trabalhador em causa não voltou a exercer naqueles serviços. Para além disso, foi pedida a garantia de que funcionários das limpezas não voltem a adoptar comportamentos semelhantes. No Primeiro Cartório Notarial também foi exigido um reforço da limpeza do espaço, algo que vem a acontecer desde Março de 2015.

Outra denúncia visou um motoris-ta da DSAJ que aparentemente tinha o carro ligado enquanto estava à es-pera, “poluindo o ambiente e desper-diçando combustível”. A DSAJ diz no relatório que “lembrou o motorista de que quando o carro está parado deve desligar o motor”.

Outras situações incluíam tempo de espera longo ou o facto do conteú-do disponibilizado na página da Con-servatória do Registo Civil ser “incon-sistente”, neste caso relativamente aos documentos e declaração de divórcio.

Instruções pouco claras das máqui-nas e baixo nível de eficiência de traba-lho no Primeiro Cartório Notarial são outras situações apontadas. Sobre esta última, a DSAJ diz ter sido criado um sistema de relatórios de desempenho de trabalho actualizado mensalmen-te e disponível a todos os colegas para aumentar a transparência e funcionar como uma avaliação. Noutro caso, o ar

condicionado do Cartório das Ilhas es-tava a pingar para o passeio.

De acordo com as informações, a Conservatória do Registo Civil esteve envolvida na maioria dos casos, sendo que em 33,82% das situações tratavam--se de queixas. A Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis ocupa o segundo lugar na categoria de queixas, representando 20,59% do total.

Quinta-feira, 29 de Setembro de 201604 JTM | LOCAL

NOVO REGULAMENTO AUMENTOU SALÁRIOS EM 30%

Professores queixam-se de não ter vida privada

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ARQ

UIVO

DSPA vai instalar 50 “pilhómetros”Raymond Tam, director dos Serviços de Protecção Ambiental revelou que vão ser instalados 50 “pilhómetros” em depósitos do lixo. De acordo com o “Ou Mun Tin Toi”, numa próxima fase, o Governo prevê instalar esses depósitos à porta dos supermerca-dos. A medida vai ser aplicada atra-vés do Instituto para os Assuntos Cívicos Municipais e da Companhia de Sistemas de Resíduos.

Casal de namoradosterá burlado 18 pessoasUm casal de namorados terá burla-do pelo menos 18 residentes, alegan-do que podia comprar telemóveis mais barato e arrendar veículos com duas matrículas, autorizados a cir-cular entre a China e Macau. Não sa-tisfeitos, disseram ainda que podiam comprar casas públicas com descon-to. De acordo com a Polícia Judiciá-ria, o suspeito de 28 anos e a com-panheira de 21 anos são namorados e já têm registo criminal por burla. Os 18 lesados registaram perdas de 700.000 patacas.

658 funcionários concorreram a 110 casasA Direção dos Serviços das Finanças divulgou o resultado dos processos de candidatura a residências do Go-verno para os funcionários públicos. Nesta fase, o Executivo disponibili-zou 110 casas e foram aceites a con-curso 658 candidatos. Além desses, 57 pretendentes não foram aceites por várias razões, tais como falta de documentos ou por não fazerem par-te do quadro do serviço. Outra situa-ção inclui o facto do casal já possui outro imóvel. Do leque de unidades oferecidas, 24 são de tipologias T2, T3 e T4 para funcionários da carreira igual ou superior de técnicos.

• • • BREVES

O “Quadro geral do pessoal do-cente das escolas particulares do ensino não superior” está a

gerar descontentamento entre alguns professores, que afirmam ter menos tempo para a sua vida privada em detrimento da profissional, devido ao excesso de trabalho não relacionado com a educação dos alunos.

No programa matutino do “Ou Mun Tin Toi”, uma professora ligou queixando-se de que o marido, tam-bém professor, continua a sentir uma “elevada pressão” no trabalho, apesar de ter menos tempo de aulas. Segun-do explicou, tal deve-se aos trabalhos administrativos extra, não ligados à educação, deixando para segundo plano a vida familiar.

Em reacção, Leong Lai, directora dos Serviços de Educação e Juventu-de (DSEJ), disse que o problema está no facto de alguns professores serem demasiado “exigentes” consigo pró-prios.

No mesmo sentido, foi referido que ainda são exigidos cursos de for-mação de 30 horas, que também estão a prejudicar a vida pessoal dos do-centes. Sobre esta matéria, Leong Lai afirmou que os docentes podem pedir às escolas para eliminar esta tarefa, que não está incluída nos trabalhos de educação.

Outro ponto debatido no progra-ma foi o contrato assinado pelos do-

Embora tenha sido reduzida a quantidade das aulas, muitos professores do território queixam-se de ter pouco tempo para a sua vida pessoal, por terem de participar em acções de formação e outros trabalhos não relacionados com as aulas. No entanto, segundo a directora da DSEJ, recebem mais 30% de ordenado graças às novas regras

centes, já que muitos se dizem “assus-tados” por terem um vínculo anual. A responsável da DSEJ garantiu que o modelo de contratação referido não existe na lei.

Apesar das críticas, professores com mais anos de experiência con-cordam que os novos parâmetros le-varam a um aumento salarial, já que o sistema permite aos docentes de nível mais elevado tenham direito a uma remuneração 1,3 vezes mais ele-vada do que os de nível mais inferior. Leong Lai salientou assim que o au-mento superior a 30% no salário dos docentes foi fruto dessa medida.

No que diz respeito aos alunos, ouviram-se queixas de demasiados trabalhos de casa e de preparação para os exames nos feriados. Neste ponto, a directora considera que o excesso de trabalhos de casa “não é adequado”, já que não são o melhor

método educativo, assim garantiu ter dados instruções às escolas sobre o volume adequado. Para além disso, lembrou que as actividades familiares promovem o desenvolvimento equili-brado e completo dos alunos.

Sobre a mesma situação, a depu-tada Chan Hong disse ser importan-te que haja um volume apropriada de trabalhos de casa, porém negou ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU a existência de um denominador comum, já que todas as escolas têm quantidades diferentes.

A directora da DSEJ indicou ainda que os materiais escolares são o foco da reforma de educação, encontran-do-se já concluídos os novos manuais de moral e cidadania e da geografia. Estes foram elaborados por um gru-po de 10 especialistas, que também se encontra a criar um manual de edu-cação geral.

Rima Cui

Execução Ordinária nº CV1-15-0058-CEO 1° Juízo Cível

Exequente: 中國銀行股份有限公司, em inglês BANK OF CHINA LIMITED, com sede em Pequim, China e representação permanente em Macau, na Avenida Dr. Mário Soares, nº 323, Edifício Banco da China. Executados: 1. 黃木繼 WONG MOK KAI, portador do BIRP nº 5xxx7xx(5) e mulher 2. 羅運香 LO WAN HEONG, portadora do BIRP nº 1xxx3xx(9), casados no regime de comunhão de adquiridos, ambos de nacionalidade chinesa e com última residência conhecida em Macau, na Avenida da Concórdia, nºs 216-278, Edifício “Mayfair Garden”, Bloco 5, 21 andar “I” e “J”.

FAZ-SE SABER que no dia 12 de Outubro de 2016, pelas 09:30 horas, no local de arrematação deste Tribunal e no processo acima indicado, a venda por meio de propostas em carta fechada, dos seguintes:

BENS IMÓVEISVerba nº 1

Fracção autónoma designada por “I21”, do 21º andar “I”, para habitação, do prédio sito em Macau, com os nºs 216 a 278 da Avenida da Concórdia, 309 a 435 da Avenida do Conselheiro Borja, 115 a 121 da Avenida do General Castelo Branco e 5 a 97-A da Travessa da Concórdia, denominado “Mayfair Garden, Ka Ying Court”, inscrito na matriz sob o artigo nº 73299, descrito na Conservatória do Registo Predial sob o nº 21689, a fls. 125v, do livro B67, com a constituição da propriedade horizontal inscrita sob o nº 16599 do livro F.

O valor base da venda é de: Dois Milhões, Oitocentas e Onze Mil, Novecentas Patacas (MOP$2.811.900,00).

Verba nº 2Fracção autónoma designada por “J21”, do 21º andar “J”, para habitação, do prédio sito em Macau,

com os nºs 216 a 278 da Avenida da Concórdia, 309 a 435 da Avenida do Conselheiro Borja, 115 a 121 da Avenida do General Castelo Branco e 5 a 97-A da Travessa da Concórdia, denominado “Mayfair Garden, Ka Ying Court”, inscrito na matriz sob o artigo nº 73299, descrito na Conservatória do Registo Predial sob o nº 21689, a fls. 125v, do livro B67, com a constituição da propriedade horizontal inscrita sob o nº 16599 do livro F.

O valor base da venda é de: Três Milhões, Vinte e Oito Mil, Duzentas Patacas (MOP$3.028.200,00).São convidadas todas as pessoas com interesse na compra dos bens a entregarem as suas propostas

na Secção Central deste Tribunal, até ao dia 12 de Outubro de 2016, pelas 09:30 horas, devendo o envelope da proposta, conter, a indicação de “PROPOSTA EM CARTA FECHADA” bem como o “NÚMERO DO PROCESSO CV1-15-0058-CEO”.

No dia da abertura das propostas, podendo os proponentes assistir ao acto.Quaisquer titulares de direito de preferência na alienação dos bens supra referidos, podem, querendo,

exercer o seu direito no próprio acto da abertura das propostas, se alguma proposta for aceite, nos termos do artº 787º do C.P.C.M.

É fiel depositário o Sr. CHOI WING MING, com domicílio profissional em Macau, na Avenida Dr. Mário Soares, nº 323, Edf. Banco da China, que está obrigado, durante o prazo dos editais e anúncio, a mostrar o bem a quem pretenda examiná-lo, podendo fixar as horas em que, durante o dia, facultará a inspecção.

RAEM, 21 de Setembro de 2016,

A Juiz,Ana Meireles

O Escrivão Judicial Especialista,Cheang U Wai

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

1ª Vez “JTM” - 29 de Setembro de 2016

Processo de Execução Ordinária nº CV1-15-0132-CEO 1° Juízo Cível

Exequente: Golden Gain Companhia Limitada, com sede da pessoa colectiva em Macau, na Estrada Governador Albano de Oliveira, nº 142, Hotel “Grandview”, 1º andar.Executada: Ng Lee Wa Candy, do sexo feminino, maior, de nacionalidade chinesa, titular do BIlhete de Identidade de Residência não Permanente da R.A.E.M., residente em Macau.

FAZ-SE SABER que pelo Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M. que nos autos acima indicados são citados os credores desconhecidos da executada para, no prazo de QUINZE DIAS, que começam a correr depois de finda a dilação de vinte dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, reclamarem o pagamento dos seus créditos pelo produto do bem penhorado sobre que tenham garantia real e que é oseguinte:

Imóvel penhoradoDenominação: Fracção autónoma designada por “W4”, do 4º andar W, The Carat.Situação: Avenida Dr. Sun Yat-Sen, nºs 1561 a 1657: Alameda Dr. Carlos D’Assumpção, nºs 18 a 40; Avenida do Governador Jaime Silvério Marques, nºs 13 a 43; Rua de Madrid, nºs 8 a 116.Fim: Para habitação. Número de matriz: 073859.Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: 21938-II do Livro B.Número de inscrição da propriedade horizontal: 33939 do Livro F.

Aos 22 de Setembro de 2016

A Juiz,Ana Meireles

A Escrivã Judicial Especialista,Lei Ka Lou

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

2ª Vez “JTM” - 29 de Setembro de 2016

Aviso de reboque de veículos

Os veículos, abaixo indicados, são rebocados por violação de estacionamento, devendo os seus proprietários dirigirem rapidamente ao Comissariado de Trânsito do Corpo de Polícia de Segurança Pública para procederem ao pagamento para o levantamento dos veículos. Os veículos que não forem reclamados dentro do prazo de 90 dias, a contar do dia da publicação do presente aviso, serão considerados abandonados, e serão encaminhados para a entidade competente.

Matrícula dos veículos: MK-73-78, MH-28-02, CM69217, CM76431, CM74686, MM-57-46, MB-14-40, ML-36-55, MI-13-93, MK-35-26, MH-57-67, MQ-71-85

Para mais informações, contacte: 28715596

Sociedade de Administração de Parques Foieng, Limitada

2016-09-28

Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016 JTM | LOCAL 05

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PROTESTO REGRESSA À RUA NO DIA NACIONAL

Compradores querem “congelar” bens da Polytec

Os compradores de fracções no empreendimento de luxo “Pearl Horizon” temem que o grupo

Polytec possa aproveitar as lacunas da lei para fugir às suas responsabilidades, no-meadamente no que diz respeito ao pa-gamento das indemnizações. Para evitar este desfecho, um grupo de proprietários instou o Governo a “congelar” os bens do grupo Polytec.

Em declarações ao JORNAL TRIBU-NA DE MACAU, o presidente da Asso-ciação dos Proprietários do “Pearl Ho-rizon”, Kou Meng Pok, garantiu que os Lote T e T1 do projecto do Polytec vão entrar no mercado de venda muito em breve, o que poderá levar a empresa a transferir todo o dinheiro das vendas para outra companhia e declarar falência.

Kou Meng Pok afirmou que o trata-mento do Governo sobre este caso polé-mico é “vergonhoso” depois do Executi-vo ter concluído que o processo envolve uma disputa económica no sector priva-do e, por isso, não se mistura com os ser-viços públicos.

O representante dos proprietários sa-lientou que a pré-venda das fracções ha-bitacionais e a questão dos terrenos estão intimamente ligados ao Governo e, por isso, “não pode excluir-se deste caso”, asseverou.

Um grupo de compradores dos apartamentos no “Pearl Horizon” pediu ao Governo para tomar uma medida especial que levasse ao congelamento de bens do grupo Polytec. Os proprietários temem que a empresa fuja à sua responsabilidade de pagar as indemnizações. Além disso, a Associação dos Proprietários do “Pearl Horizon” volta a demonstrar a sua indignação através de um protesto marcado para o Dia Nacional da China

Viviana Chan

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Protesto vai juntaroperários desempregados no Dia da ChinaVai arrancar pelas 14:00 deste sábado, 1 de Ou-tubro, uma manifestação promovida por um grupo de operários desempregados. De acor-do com a associação organizadora da iniciati-va, “Macau People Power”, os manifestantes vão pedir ao Governo a implementação do salário mínimo para os trabalhadores dos es-taleiros e dos sectores da restauração e retalho, com o objectivo de combater a inflação. Numa petição ao Chefe do Executivo é contestada a “tendência invertida” que se caracteriza por uma opção por trabalhadores não-residentes ao invés de locais, sendo ainda sublinhado o recente caso de despedimento colectivo. A associação recordou a promessa feita pelo Go-verno no início deste ano que assegurou que iria implementar plenamente o salário mínimo no prazo de três anos, o que na sua óptica é de-masiado longo, já que os operários residentes estão a ser alvo de cortes nas remunerações. Para os promotores da petição, o ordenado mí-nimo diário dos operários da construção deve variar entre 800 e 1.700 patacas. Nesta propos-ta os trabalhadores que operam o ferro devem ter o salário mais elevado, seguindo-se os que trabalham com o cimento e os pintores. R.C.

Rima Cui

QUATRO CASOS DO GÉNERO DESDE 2013

Furto de gás motiva prisão suspensa

Um residente, alegadamente desempregado, abriu uma ligação directa de gás para o seu apartamento, situado na zona de Toi San, rou-

bando assim o fornecimento da Companhia Mei Fong. O caso ocorreu no início de 2014 e, no espaço de meio ano, o indivíduo livrou-se de pagamento de gás no va-lor de aproximadamente 40 mil de patacas.

O julgamento decorreu na terça-feira, sendo que o arguido foi acusado de furto e, por isso, vai sofrer uma pena de prisão de um ano com execução suspensa por dois anos. Para além disso, o arguido terá de pagar 10 mil patacas.

O caso foi descoberto em Novembro de 2014 por uma empresa de reparação e manutenção de canali-zação, depois de ter sido alertada por um vizinho do arguido para a existência de uma fuga de gás. Os ope-rários de reparação observaram que na habitação em causa estavam instalados, de forma “não profissional”, uma ligação de gás, um tubo e regulador de pressão.

Às autoridades, o arguido, de 41 anos, confessou ter comprado esses objectos e de feito a ligação através de um canal já existente e que tinha sido colocado pela Companhia de Gás Mei Fong que tinha deixado de for-necer gás ao apartamento em 2013.

O arguido acabou por não ser acusado do crime de furto qualificado, devido à incerteza do valor concreto envolvido neste caso. Mas, como o acto em causa po-deria ter afectado a segurança dos outros moradores,

Um morador da zona de Toi San foi condenado a pena de prisão de um ano, com pena suspensa de dois anos, por ter feito uma ligação ilegal de gás que usufrui durante mais de meio ano. Além da pena de prisão, o arguido ficou obrigado ao pagamento de 10 mil patacas

foi acusado da prática de furto. Face a este caso, a companhia de gás alertou os ci-

dadãos para a necessidade de chamarem agentes pro-fissionais aquando da instalação deste tipo de equipa-mentos.

De acordo com a Companhia de Gás Mei Fong, fo-ram detectados quatro casos relacionados com o furto de gás nos últimos três anos. Um deles envolveu a uti-lização de uma ligação de água para receber gás, o que poderia ter causado grande perigo.

Proprietários do “Pearl Horizon” convocaram novo protesto para 1 de Outubro

De acordo com o anúncio publica-do no jornal “Ou Mun”, a Associação dos Proprietários de Pearl Horizon lis-tou várias acusações contra o construtor “Polytec” e o Governo. O anúncio refere que o Executivo tem frisado que a co-brança de imposto de selo na transição de imóveis é um dever das autoridades,

embora esse pagamento não assegure o direito de propriedade.

Os compradores vincaram que, “se não houver nenhuma garantia de que o imposto foi pago, trata-se apenas de exploração”. Ao mesmo tempo, a asso-ciação criticou as intenções do Governo neste caso frisando que só pretende ver o

caso resolvido.

Protesto no Dia Nacional A Associação dos Proprietários do

“Pearl Horizon” convocou os comprado-res de mais de três mil fracções no com-plexo habitacional a manifestarem-se no próximo dia 1 de Outubro, Dia Nacional da China.

No anúncio de convocação do pro-testo, divulgado na terça-feira, lê-se que “o caso ‘Pearl Horizon vai completar um ano, mas nem o grupo Polytec nem o Governo deram garantias aos lesados”. Por isso, “somos obrigados a protestar e vamos expressar a nossa indignação e reivindicar os nossos direitos”, garante a associação.

O ponto de partida do protesto será em frente à sede do grupo Polytec, na Areia Preta, terminando uma hora de-pois em frente à sede do Governo.

Recorde-se que a manifestação reali-zada no Dia da RAEM do ano passado atraiu cerca de 1.400 pessoas embora te-nha ficado marcada por confrontos com as autoridades e pela interrupção do trânsito na Rotunda da Amizade, na zona da Areia Preta.

Numa resposta ao JORNAL TRI-BUNA DE MACAU, o Corpo de Po-lícia de Segurança Pública informou que a lista de associações participan-tes no protesto deste sábado será di-vulgada hoje.

Quinta-feira, 29 de Setembro de 201606 JTM | LOCAL

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ANTÓNIO MANUEL DO ROSÁRIO SOUSA

“MAMUTE”

Os irmãos José, Luís e João Manuel do Rosário Sousa informam

que o seu ente querido ANTÓNIO MANUEL DO ROSÁRIO SOUSA

também conhecido como “MAMUTE” faleceu no dia 27 de Setembro, no Brasil, aos 57 anos de idade.

Deixa a mulher Edna dos Santos e o filho Bruno Sousa.

O corpo foi enterrado no Cemitério dos Girassóis em Parelheiros,

São Paulo, pelas 17h30 de 27 de Setembro.

Governo da Região Administrativa Especial de Macau

Serviços de Saúde

ANÚNCIO

Faz-se saber que no concurso público n.º 42/P/16 para o «Fornecimento de Refeições Confeccionadas aos Serviços de Saúde», publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 36, II Série, de 7 de Setembro de 2016, foram prestados esclarecimentos, nos termos do artigo 3.º do programa do concurso público pela entidade que o realiza e que foram juntos ao respectivo processo.

Os referidos esclarecimentos encontram-se disponíveis para consulta durante o horário de expediente na Divisão de Aprovisionamento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.º andar, e também estão disponíveis no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo).

Serviços de Saúde, aos 22 de Setembro de 2016.

O Director dos ServiçosLei Chin Ion

Viviana Chan

NOVA DEMORA NA PONTE DO DELTA DO LADO DE MACAU

“Critérios diferentes” atrasam obras da fronteira

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Há mais um atraso na constru-ção da Ponte do Delta, desta vez causado por demoras no

projecto do posto fronteiriço de Ma-cau, na Ilha Artificial da mega infra--estrutura. O coordenador do Ga-binete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI) aponta como motivo o facto de o empreiteiro de Zhuhai ter um “sistema” de trabalho

Diferentes critérios que criam uma “barreira” entre arquitectos e construtores estão a contribuir para os atrasos na construção do posto fronteiriço de Macau, na Ilha Artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, obra esta concessionada à cidade do Continente, em Março

Quatro anos para concluir casas sociais em Mong-Há

O Secretário para os Transportes e Obras Públicas rejeitou divulgar o valor da indemnização paga pelo Governo ao anterior empre-iteiro do Pavilhão e do complexo de Habitação Social de Mong-Há. Raimundo do Rosário ressalvou que não se trata exatamente de uma indemnização, já que inclui os custos dos materiais de construção, o recurso em tribunal e a devolução do depósito. Chau Vai Man, coordenador do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas indicou que a construção da segunda fase dos edifícios de habitação social requer, pelo menos, mais quatro anos, sendo que as instalações em redor devem entrar em funcionamento ao mesmo tempo.

muito diferente do seguido na RAEM. O projecto em causa foi concessio-

nado a uma companhia de Zhuhai, em Março, devido aos custos reduzidos e ao prazo proposto para execução da obra. Na altura, o coordenador do GDI garantiu que a construção ia de-correr segundo os padrões utilizados no território.

De acordo com o jornal “Ou Mun”, Chau Vai Man apontou ainda os dois sistemas e critérios diferentes como principais motivos de atraso, acres-centando que não há um calendário

para a conclusão da obra, pelo que não é possível saber se afectará a aber-tura da nova ponte.

O mesmo responsável explicou que anteriormente entidades locais es-tariam envolvidas no design, controlo de qualidade, supervisão e gestão do projecto, salientando que este é resul-tado de uma cooperação entre o Go-verno de Zhuhai e Macau.

Nas mesmas declarações, Chau Vai Man disse que depois de negociações com as autoridades de Guangdong, foi encontrada uma solução prelimi-

nar. Garantiu ainda que as obras do aterro nunca pararam.

Retomada empreitadado Parque do Metro

Por outro lado, o Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimun-do do Rosário, revelou que a constru-ção da Superestrutura do Parque de Materiais e Oficina do Metro Ligeiro já recomeçou, garantindo que se mantém confiante na capacidade de ter o seg-mento da Taipa a funcionar em 2019.

Por sua vez, o coordenador do Gabinete para os Infra-estruturas de Transporte (GIT) adiantou que a con-cessionária da obra da Superestrutu-ra do Parque de Materiais e Oficina do Metro, Companhia de Engenharia e Construção da China (Macau) foi contactada por ter proposto um me-nor prazo para conclusão da obra. Ho Cheong Kei referiu que o contrato de concessão inclui a implementação de mais exigências, sanções e prémios. O Governo vai pagar 1,07 mil milhões de patacas à empresa.

Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016 JTM | LOCAL 07

IC VOLTA A DESTACAR URGÊNCIA DO PROJECTO

Acessibilidade da Biblioteca Central gera dúvidas

A dimensão da futura Biblioteca Central é a mesma da Biblioteca

da Universidade de Macau (UM), no entanto, na da ins-tituição de ensino superior cabem 3.000 pessoas e para o novo projecto o Instituto Cul-tural (IC) prevê uma capacida-de de acolhimento que ronda os 8.000. “Como é possível?”, perguntou Lei Chin Pang, um dos membros do Conselho Consultivo da Cultura.

A capacidade de acolhimen-to do espaço foi apenas uma das questões levantadas pelos pre-sentes na reunião plenária de ontem e que, embora garantam que apoiam o projecto, mostra-ram ter dúvidas em relação a al-guns pontos da proposta.

O estacionamento foi outra das preocupações, porém, Ung Vai Meng desvalorizou-as. “O período de maior utilização [dos parques de estacionamento na-quela zona] é durante o horário de trabalho. Fora do horário de trabalho ou aos fins-de-semana, os auto-silos estão mais disponí-veis”, frisou o presidente do IC.

Ung Vai Meng garantiu ain-da que a altura terá um tecto máximo de 53 metros, apesar de na zona haver edifícios de maio-res dimensões.

A nova Biblioteca Central foi o tema de discussão no Conselho Consultivo de Cultura com a acessibilidade do espaço e a sua capacidade de acolhimento a preocuparem alguns membros. Ambrose So e Carlos Marreiros foram os maiores defensores do projecto por considerarem que vem responder às necessidades da população

Inês Almeida

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Apesar das preocupações manifestadas por alguns mem-bros, há também quem mante-nha uma atitude mais optimista, destacando a importância da nova Biblioteca Central, como é o caso de Ambrose So. “Apoio este projecto porque vem res-ponder às exigências da popula-ção”, indicou. “Há quem pense que construir esta biblioteca é gastar dinheiro mas não concor-do, porque assim podemos pre-servar um edifício antigo e usá--lo para fins culturais”.

Ainda assim, o responsável mostrou compreender algumas das preocupações levantadas. “Não sei se é possível reservar alguns lugares de estacionamen-

to?”, questionou, rapidamente atirando uma solução: “a biblio-teca está num lugar central e de encontro entre pessoas e livros. Os cidadãos também se podem deslocar a pé”.

Também Carlos Marreiros voltou a surgir em defesa do projecto. “A Biblioteca Central precisa muito do espaço. A ac-tual já não tem espaço suficiente, e não estou só a falar da biblio-teca mas também do centro de documentação”, explicou. “Os livros antigos mantêm-se e dia-riamente há livros novos, então, como podemos arrumar tudo?”, questionou.

O arquitecto destaca ainda que divergências de opiniões

não podem “assustar”. “Não po-demos ser conservadores, temos de olhar para longe e não ficar assustados quando alguém con-traria as nossas decisões”.

Além disso, defendeu, “os trabalhos do Governo na área da cultura parece que não são mui-to significativos. Não quero criti-car mas precisamos de medidas mais significativas”.

A questão do estacionamento também foi endereçada pelo res-ponsável de uma forma muito directa. “Não é só aquela zona que tem problemas de estaciona-mento, é Macau inteiro. Se aqui funcionasse um tribunal, já não havia esse problema? A lógica é a mesma”, frisou.

O presidente do IC voltou a salientar a importância da cons-trução da nova Biblioteca Cen-tral, nomeadamente para que os 70.000 livros escritos em língua portuguesa que estão guarda-dos num armazém “terem um lugar apropriado para serem co-locados, porque estes livros não se destinam só à nossa geração mas também às futuras”.

A chefe do Departamento de Gestão de Bibliotecas Públicas indicou ontem que estas obras abrangem diferentes áreas e es-tão armazenados devido à “falta de espaço da biblioteca”. Ainda assim, garante Tang Mei Lin, podem ser consultados. “Temos muitos leitores que nos pedem para consultar estes livros nos armazéns”. A obra mais antiga data de 1622.

Apesar de estarem armaze-nados num edifício industrial, os livros não foram danificados, garante. “Temos dado grande atenção a este aspecto e à humi-dade e temperatura do próprio armazém de forma a preservar os livros”. “Os livros não estão a deteriorar-se”, assegurou. “Temos colegas encarregues da preservação e da manutenção destes livros e outros a fazer investigação e manutenção dos documentos antigos, e que tra-balham na biblioteca do Insti-tuto para os Assuntos Cívicos e Municipais”.

OBRA APRESENTADA HOJE NA FUNDAÇÃO RUI CUNHA

20 anos do Código Penal assinalados em livro

O Centro de Reflexão, Estudo, e Difu-são do Direito de Macau apresen-ta hoje, às 18:30, na Fundação Rui

Cunha, a obra “Estudos Comemorativos dos XX Anos do Código Penal e do Código de Processo Penal de Macau”, um projecto com a coordenação científica a cargo de Pedro Pe-reira Sena e José Miguel Figueiredo.

A apresentação do livro será orientada por Manuel Leal- Henriques e pelo professor Sun Tongpeng, em língua portuguesa e man-darim, com tradução simultânea para canto-nense e português.

O livro reúne textos escritos por mais de 20 autores, locais e internacionais, sobre as “mais variadas temáticas constantes em dois dos mais importantes Códigos do sistema jurídico de Macau”, indicou a Fundação Rui Cunha.

Através desta obra, é intenção dos coor-

denadores contribuir para a “melhoria e con-solidação do direito penal de Macau” e uma “ainda maior longevidade dos seus pilares fundamentais”.

Para a Fundação Rui Cunha, a melhor forma de comemorar os 20 anos dos dois Códigos é falar e reflectir sobre eles, promo-vendo e fomentando a produção de artigos científicos incidentes sobre as suas normas e o regime que as mesmas instituem. “Só desta forma se fará luz sobre as regras cerradas na sombria clausura de um Código, só assim se permitirá que cada um dos caracteres verti-dos na prensa do legislador se avive e funda com os demais, num corpo identitário pró-prio, cognoscível pelos seus destinatários”

O livro vai ser lançado em versão bilin-gue, português e chinês, e conta com a edição da Fundação Rui Cunha e o apoio da Funda-ção Macau.

A obra “Estudos Comemorativos dos XX anos do Código Penal e do Código de Processo Penal de Macau” é hoje apresentada na Fundação Rui Cunha. Pedro Pereira Sena e José Miguel Figueiredo são os coordenadores científicos do projecto literário que reúne artigos de mais de 20 autores nos quais são abordadas vários temas dos dois códigos mais importantes do sistema judiciário No ano passado, as receitas

das agências de viagens cifraram-se em 6,5 mil mi-

lhões de patacas, tendo diminuído 10,6%, face a 2014. De acordo com dados dos Serviços de Estatística e Censos, apesar de um aumento de 7,6% nas receitas provenientes das excursões, as dos bilhetes de trans-porte de passageiros, na ordem dos 1,9 mil milhões de patacas, e das re-servas de quartas, 1,09 mil milhões, registaram diminuições homólogas de 17,9% e de 31,6%, respectiva-mente.

Como principais motivos foram apontados a reserva electrónica de quartos de hotéis e de bilhetes de avião que se tem “gradualmente vulgarizado entre os residentes”.

No ano em análise, havia 250 estabelecimentos de agências de

viagens em actividade, mais 13 em relação a 2014. O pessoal a trabalhar em agências de viagens totalizou 4.545, dos quais 1.404 eram moto-ristas, representando 30,9% do total.

As despesas das agências de viagens cifraram-se em 6,21 mil mi-lhões de patacas, traduzindo uma diminuição de 9,5%, em compara-ção com 2014. Por sua vez, os gas-tos de aquisição de bens e serviços e as comissões pagas cifraram-se em 4,76 mil milhões de patacas, 76,7% do total, desceram 13,9%. Porém, os gastos de exploração, 749 milhões de patacas, e as despesas com pes-soal, 699 milhões, subiram 7,1% e 10,8%, respectivamente.

O valor acrescentado bruto, que reflecte o contributo económico do sector, foi de mil milhões de patacas, menos 4,8% que em 2014.

RECEITAS DO SECTOR CAÍRAM 10,6% EM 2015

Reservas “online” penalizamagências de viagensAs agências de viagens tiveram uma quebra anual de mais de 10% nas receitas. Os ganhos com as excursões aumentaram 7,6%, no entanto, a tendência geral de queda foi seguida nos bilhetes de transporte de passageiros e da reserva de quartos

Quinta-feira, 29 de Setembro de 201608 JTM | PUBLICIDADE

Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016 JTM | LOCAL 09

A 28ª edição do Concurso Inter-nacional de Fogo de Artifício (CIFAM) despede-se este sába-

do com duas actuações que prometem destacar-se pela diferença, tanto nos temas como no material pirotécnico.

Diferenças à parte, poderá ser uma noite épica começando logo às 21:00 com a actuação da companhia “Pyro--Technic Transilvânia Srl”, originária da Roménia, que promete encantar e agarrar o público com um espectáculo colorido e apetrechado de efeitos para narrar a história de Vlad III, príncipe da Valáquia (na Transilvânia), gover-nador que serviu de inspiração ao escritor irlandês Bram Stoker para a construção da personagem Drácula.

“A história será contada através da música e dos efeitos porque o nos-so espectáculo será bastante forte na componente musical, através de uma selecção de música épica”, disse Jakab Szaboles, director de projectos da “Pyro-Technic Transilvânia Srl”.

A companhia vai contar a história de Vlad, lembrado como um cavaleiro

A última noite do Concurso Internacional de Fogo de Artifício promete agraciar o público com uma actuação épica e misteriosa da companhia da Roménia que traz a Macau a história do governador que deu mote à criação da personagem “Drácula”. Já a empresa pirotécnica de Hunan reservou todo o seu fogo de artifício para comemorar, este sábado, o Dia Nacional da China

cristão que lutou contra o expansio-nismo islâmico na Europa, a partir de 1448, e como um herói na Roménia e na Moldávia.

Mas, o lado mais sádico e louco do príncipe Vlad - e que motivou a criação da figura do Drácula - será também re-flectido nos céus de Macau, sobretudo a parte mais desumana do governador.

A empresa romena foi criada há 18 anos e organiza anualmente mais de

250 exibições pirotécnicas para gran-des festividades e eventos desportivos no país.

Para Jakab Szaboles, a selecção mu-sical de cariz épico vai proporcionar o ambiente “obscuro” e “místico” que a história pede. “Vamos ter muitos efei-tos, tais como a bandeira da Roménia a partir de alguns fogo de artifício, es-trelas, corações, entre outros”, explicou Jakab Szaboles.

COMPANHIA ROMENA MEDE FORÇAS COM EX-VENCEDOR DE HUNAN

Drácula recordado no Dia da China

Catarina Almeida

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JTM Numa selecção com sete músicas,

a actuação da Roménia vai fazer ecoar melodias como “A hero will rise”, dos Future World Music, “They hit without warming”, de Epic Score, e “Everybody Wants to Rule the World” da cantora Lorde.

A prestação deste sábado marca-rá a estreia da companhia no CIFAM, situação que admite poder fazer al-guma diferença na classificação final. “Acompanhei as exibições anteriores e temos a consciência de que será di-fícil superá-las, mas vamos fazer sem-pre o nosso melhor para oferecer um espectáculo muito bonito à população local”, vincou.

A partir das 21:40, a ambiência mudará completamente. O ponto de viragem fica a cargo da “Hunan Jing-tai Fireworks Co.Inc” proveniente do Interior da China. Pela terceira vez no CIFAM, a companhia de Hunan foi a vencedora na edição de 2014 e alcan-çou o terceiro lugar na 11ª edição.

A empresa pirotécnica de Zheng Wei Sheng promete “complicar” a vida aos adversários, apesar de ser a última participante deste ano, com um tema que é comum à maioria da audiência pois celebra o Dia Nacional da China. “Trouxemos um fogo de artifício que vai oferecer um espectáculo em gran-de escala pois só dessa forma podemos comemorar a efeméride”, disse Zheng Wei Sheng.

A actuação de encerramento vai dividir-se em quatro partes, “Dia da celebração Nacional”, “Coração puro”, “Em louvor à pátria” e “A costa do sul da China”. Segundo o CEO da empre-sa, o público vai conseguir perceber a mudança de temas através da música e dar cores do fogo de artifício. “Acre-dito que a nossa actuação vai marcar pela diferença, e como temos grande experiência conseguiremos mostrar a nossa autenticidade”, frisou.

O auditório do Seminário de São José vai acolher no sábado duas palestras a fim de divulgar o desenvolvimento da religião católica em Macau

SEMINÁRIO DE S. JOSÉ ACOLHE PALESTRAS NO SÁBADO

A religião católica em retrospectiva

A história do Seminário de São José bem como o desenvolvimento da religião católica em Macau são os dois temas centrais das duas palestras

que se realizam, este sábado, no auditório do Seminário, com entrada livre.

Entre as 10:00 e as 11:00, o auditório do Seminário vai aprofundar a “A Primeira Universidade do Extremo Orien-te em Macau: o Empenho dos Jesuítas na Educação Supe-rior na Ásia”, sob a orientação do director do Instituto Ricci, Stephan Rothlin.

Segundo o Instituto Cultural (IC), esta palestra vai apre-sentar os principais elementos da formação superior ofere-cida pela Sociedade de Jesus em Macau, bem como explorar as políticas seguidas pela Sociedade de Jesus em termos de educação superior tendo em conta as características do de-senvolvimento da China.

Stephan Rothlin nasceu em Zurique, na Suíça, ten-do obtido um doutoramento em Ética em 1991. Entre 1992 e 2005 ocupou o posto de professor ou director em diversas universidades ou instituições académicas de ensino superior.

Além disso, entre as 11:30 e as 12:30, a população pode assistir à segunda sessão intitulada “Contribui-

ções do Seminário de S. José para a Música no Século XX”, uma palestra coordenada pelo professor da Esco-la Superior de Artes do Instituto Politécnico de Macau, Dai Dingcheng, autor de várias monografias e artigos na área da música em chinês e inglês.

A palestra vai incidir sobre a música católica de Macau e o modo como, dadas as fundações únicas e os anteceden-tes tradicionais da rica história do catolicismo, levou a uma situação rara e próspera dos cidadãos chineses na região durante o séc. XX.

As obras originais de compositores do Seminário da épo-ca, tais como F. Maberini, Guiherme Schmid S.D.B. e Áureo Castro, entre outros, são hoje um “importante património cultural do Seminário”.

Além disso, jovens compositores e professores do Seminário como Doming Lam e Lau Chi Meng, compu-seram numerosas obras corais litúrgicas, fazendo com que a música litúrgica católica em Macau atingisse um ponto alto histórico.

Por outro lado, a partir de 8 de Outubro, o público pode-rá ainda apreciar o espólio “Tesouro de Arte Sacra do Semi-nário de S. José”, estabelecido pelo Seminário de São José, IC e Diocese de Macau.

Aceites 15 candidatospara a segunda fase deprograma de apoio ao design de modaO júri de selecção do Programa de Subsídios à criação de amostras de Design de Moda aceitou 15 propostas entre as 24 candidaturas recebidas na primeira fase de análise. Destas, 40% foram apresentadas pela primeira vez. Segundo o Instituto Cultural (IC), a selecção foi feita com base na “criatividade e origina-lidade, potencial de mercado, qualidade, efei-tos visuais globais, viabilidade e grau de per-feição do plano de participação em exposições e desfiles da moda”, entre outros. Na próxima fase, os candidatos terão de produzir um traje--amostra, além de uma entrevista, com base no trabalho seleccionado e que deverá ser “exibido por um modelo, com maquilhagem e penteado apropriados, de forma a realçar o efeito estilístico global”. Os candidatos admiti-dos serão ainda sujeitos a uma entrevista pelo júri. Segundo o IC, os candidatos vão receber um subsídio até um valor máximo de 11 mil patacas como compensação para a execução e apresentação das amostras, mediante a apre-sentação das respectivas facturas de despesas. No final vão ser escolhidos oito candidatos, os quais terão direito a um subsídio máximo de 160 mil patacas para a execução de amostras e materiais promocionais.

Pirotecnia das empresas de Zheng Wei Sheng (à esq) e Jakab Szaboles encerra o concurso deste ano

10 JTM | DOSSIER Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016

Mona Eltahawy conta a sua história ao “New York Times”. Explica que não ia à praia no Egipto havia anos e não ti-

nha certeza do que hoje era considerado como um traje de banho aceitável. Nas últimas três décadas, o pêndulo dos usos e costumes sociais do país oscilou numa direcção decididamente conservadora, e possivelmente o seu impacto mais visível tenha sido a tendência ao uso de véus e uma obsessão com a “modéstia” das mu-lheres. Como adulta jovem, usou o “hijab” du-rante nove anos, cobrindo tudo menos o rosto e as mãos.

Quando era criança, nos anos 1970, a ideia de que houvesse um código de vestimenta para a praia nunca lhe passou pela cabeça. Como mui-tas outras de classe média, a família de Mona Eltahawy costumava transferir-se anualmente para Alexandria, cidade na costa do Mediterrâ-neo, para fugir ao Verão insuportável no Cairo.

Algumas das suas mais felizes lembranças eram os finais de tarde passados comendo doces que o calor do dia tinha tornado pegajosos, ao lado do irmão menor e da tia, que, apenas qua-tro anos mais velha que ela, era mais como uma irmã. Enquanto estragavam os dentes, bronzea-vam-se ao sol.

Depois de deixar o Cairo em 1975 rumo a Londres, onde os pais fizeram doutoramentos de medicina com bolsas de estudo do Governo, a família passou anos a falar do azul fluores-cente do mar e da areia branca fina das praias egípcias. O cinza sombrio do Canal da Mancha e as praias de pedrinhas da costa meridional bri-tânica deixavam muito a desejar e as saudades estiveram sempre a crescer.

Desde aquela época, Mona Eltahawy mudou--se para o Egipto e para fora dele várias vezes; o regresso mais recente começou em 2013. A pes-quisa nada científica que realizou hoje da cultu-ra da praia egípcia mostrou-lhe que, enquanto Alexandria foi ficando cada vez mais lotada e suja, as pessoas mais abastadas transferiram-se para o oeste, passando os Verões em casas de praia com acesso a uma costa intocada e limpís-sima no norte do país.

Para a malta mais boémia, e com menos di-nheiro, o destino favorito hoje é o sul do Sinai, onde as cabanas na praia oferecem uma alterna-tiva acessível aos hotéis e fumar haxixe é uma

actividade recreativa aceitável. Para quem quer festa, nos últimos anos, Gouna, cidade turís-tica erguida em torno de uma lagoa artificial, tornou-se um destino favorito na costa do mar Vermelho.

A anarquista que vive dentro de Mona El-tahawy gosta de viajar ao sul do Sinai no Ve-rão e no Inverno. Em Janeiro de 2015, passou uma noite gelada acampando debaixo das es-trelas para poder assistir a uma famosa corrida de camelos que aconteceu pouco após o nascer do sol, com a participação de tribos beduínas e os seus animais altamente valorizados. Mona Eltahawy tinha visitado Gouna em 1999, muito antes de a cidade se tornar a central de festas

Na praia, o Egipto encara contradições

Quando fazia as malas para um passeio de última hora na costa norte do Egipto, conhecida em árabe como Sahel, parou por um instante para pensar: será que deveria levar um biquíni? Um maiô? Ou o quê?

Direcção dos Serviços de Turismo

ANÚNCIO

A Direcção dos Serviços de Turismo do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, faz público que, de acordo com o Despacho de 19 de Setembro de 2016 do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, se encontra aberto concurso público para adjudicação do serviço de realização de Espectáculo de Lançamento de Fogo-de-Artifício no Dia da Fraternidade Universal.

Desde a data da publicação do presente anúncio, nos dias úteis e durante o horário normal de expediente, os interessados podem examinar o Processo do Concurso na Direcção dos Serviços de Turismo, sita em Macau, na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.ºs 335-341, Edifício Hotline, 12.º andar, e ser levantadas cópias, incluindo o Programa do Concurso, o Caderno de Encargos e demais documentos suplementares, além disso ainda se encontra igualmente patente no website da Direcção dos Serviços de Turismo (http://industry.macaotourism.gov.mo), podendo os concorrentes fazer “download” do mesmo. O limite máximo do valor global da prestação de serviço é de MOP2.200.000,00 (dois milhões e duzentas mil patacas).

Critérios de apreciação das propostas e percentagem:

Critérios de adjudicação Factores de ponderaçãoPreço 50%Criatividade 25%- Descrição do tema do espectáculo de fogo-de-artifício- Utilização de tecnologia nova

(descrição de utilização de criatividade ou produto específico, ou descrição de efeitos espectaculares)- Descrição do plano do lançamento e dos seus efeitos

Maior garantia de segurança e eficiência na prestação do serviço 15%- Descrição do equipamento a ser utilizado- Plano de transporte dos materiais pirotécnicos- Plano do lançamento- Plano de segurança na operação do lançamento- Mapa do traçado do local do lançamento

Experiência do concorrente 10%

Os concorrentes deverão apresentar as propostas na Direcção dos Serviços de Turismo, sita em Macau, na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.ºs 335-341, Edifício Hotline, 12.º andar, durante o horário normal de expediente e até às 17:45 horas do dia 18 de Outubro de 2016, devendo as mesmas ser redigidas numa das línguas oficiais de RAEM ou em inglês, prestar a caução provisória de MOP44.000,00 (quarenta e quatro mil patacas), mediante 1) depósito em numerário à ordem do “Fundo de Turismo” no Banco Nacional Ultramarino de Macau 2) garantia bancária 3) depósito nesta Direcção dos Serviços em numerário, em ordem de caixa ou em cheque visado, emitidos à ordem do “Fundo de Turismo” 4) por transferência bancária na conta do “Fundo de Turismo” do Banco Nacional Ultramarino de Macau (número da conta: 8003911119).

Acto público do concurso, no Auditório da Direcção dos Serviços de Turismo, sito em Macau, na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.ºs 335-341, Edifício Hotline, 14.º andar pelas 10:00 horas do dia 19 de Outubro de 2016.

Os representantes legais dos concorrentes deverão estar presentes no acto público de abertura das propostas para efeitos de apresentação de eventuais reclamações e/ou para esclarecimento de eventuais dúvidas dos documentos apresentados ao concurso, nos termos do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 63/85/M, de 6 de Julho.

Os representantes legais dos concorrentes poderão fazer-se representar por procurador devendo, neste caso, o procurador apresentar procuração notarial conferindo-lhe poderes para o acto público do concurso.

Em caso de encerramento destes Serviços por causa de tempestade ou por motivo de força maior, o prazo de entrega das propostas e de abertuadas propostas serão adiados para o primeiro dia útil imediatamente seguinte, à mesma hora.

Direcção dos Serviços de Turismo, aos 23 de Setembro de 2016.

A Directora, Subst.ªTse Heng Sai

Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes

EDITAL

Notificação da decisão final relativa à reparação de prédio em mau estado de conservaçãoEdital n.º : 39/E-AR/2016Processo n.º : 38/AR/2014/FLocal : Rua Quatro do Bairro Iao Hon n.ºs 67-81, Centro Comercial Vong Kam, Macau.

Li Canfeng, Director da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, faz saber que ficam notificados os condóminos, inquilinos ou demais ocupantes do edifício acima indicado, do seguinte:

Em conformidade com o Auto de Vistoria da Comissão de Vistoria constante do processo em curso nesta Direcção de Serviços, o edifício acima indicado carece de reparação e encontra-se em mau estado de conservação, pelo que, nos termos do n.º 2 do artigo 54.º do Decreto-Lei n.º 79/85/M (Regulamento Geral da Construção Urbana) de 21 de Agosto, foi instaurado um procedimento administrativo relativo à notificação da sua reparação.

No uso das competências delegadas pela alínea 12) do n.º 2 do Despacho n.º 11/SOTDIR/2016, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) n.º 21, II Série, de 25 de Maio de 2016, o Chefe do Departamento de Urbanização da DSSOPT, Lai Weng Leong, homologou o Auto de Vistoria acima indicado através de despacho de 28 de Junho de 2016.

De acordo com os artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, foi realizada, no seguimento de notificação por edital publicado nos jornais em língua chinesa e em língua portuguesa de 6 de Julho de 2016, a audiência escrita dos interessados, mas não foram carreados para o procedimento elementos ou argumentos de facto e de direito que pudessem conduzir à alteração do sentido da decisão de ordenar a reparação do edifício acima indicado que carece de reparação e se encontra em mau estado de conservação.

Nos termos do n.º 2 do artigo 54.º do RGCU e por despacho de 19 de Setembro de 2016, ordena aos interessados que procedam, no prazo de 60 dias contados a partir da data da publicação do presente edital, à reparação do edifício acima indicado.

Para o efeito, de acordo com as disposições do RGCU, os interessados deverão apresentar nestes Serviços o Pedido da Aprovação de Projecto (de Alteração) da Obra de Reparação / Conservação, no prazo de 10 dias contados a partir da data da publicação do presente edital. O impresso do respectivo pedido está disponível na página electrónica da DSSOPT.

Findo o prazo acima referido, caso os interessados não tenham dado cumprimento à respectiva ordem, esta Direcção de Serviços aplicar-lhes-á a multa prevista nos artigos 66.º e 67.º do RGCU.

Na falta de pagamento voluntário da despesa, nos termos do n.º 1 do artigo 142.º do CPA, proceder-se-á à cobrança coerciva da quantia em dívida pela Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças.

Nos termos do n.º 1 do artigo 59.º do RGCU e das competências delegadas pelos n.ºs 1 e 4 da Ordem Executiva n.º 113/2014, publicada no Boletim Oficial da RAEM, Número Extraordinário, I Série, de 20 de Dezembro de 2014, da decisão acima indicada cabe recurso hierárquico necessário para o Secretário para os Transportes e Obras Públicas, a interpor no prazo de 15 dias contados a partir da data da publicação do presente edital.

RAEM, 19 de Setembro de 2016

O Director dos ServiçosLi Canfeng

Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016 JTM | DOSSIER 11

actividade recreativa aceitável. Para quem quer festa, nos últimos anos, Gouna, cidade turís-tica erguida em torno de uma lagoa artificial, tornou-se um destino favorito na costa do mar Vermelho.

A anarquista que vive dentro de Mona El-tahawy gosta de viajar ao sul do Sinai no Ve-rão e no Inverno. Em Janeiro de 2015, passou uma noite gelada acampando debaixo das es-trelas para poder assistir a uma famosa corrida de camelos que aconteceu pouco após o nascer do sol, com a participação de tribos beduínas e os seus animais altamente valorizados. Mona Eltahawy tinha visitado Gouna em 1999, muito antes de a cidade se tornar a central de festas

que é hoje.Mas nunca tinha voltado a Sahel. Aprendera

a associar as suas praias com o tipo de elitismo e riqueza que não estava interessada em colabo-rar. Este ano, porém, precisando de uma folga, aceitou de bom grado o convite de uma amiga para passar alguns dias em Sahel.

Para quem não sabe, explique-se que a cos-ta mediterrânica do Egipto estende-se por 1.050 km desde Rafah, no leste da península do Sinal, até Sallum no ocidente, já perto da fronteira coma a Líbia. No centro desta extensa costa fica Alexandria, no local escolhido pelo então “con-quistador” Alexandre o Grande, e pode dizer-se que, desde há 2300 anos, é o centro da navegação

entre o Mediterrânico e o Delta do Nilo.E foi ali, neste lugar a um tempo histórico e

paradisíaco, que foi despertada pelo som de um imã de uma mesquita próxima a fazer o sermão da sexta-feira. Não se incomodei com isso por-que só pensava em ir à praia.

Estavam hospedadas num condomínio fecha-do onde um parente possuía um apartamento e que tinha a melhor praia. Ali à frente deles es-tava tudo: a água azul e a areia branca. Os em-pregados do lugar tinham colocado espregui-çadeiras especialmente para nós duas. A meta de Mona Eltahawy era conseguir bronzear os ombros como nos verões da infância em Alexan-dria. E observar.

Pouco depois, um grupinho de cinco jovens egípcias chegou à praia, trajando shorts e cami-setas e estendendo as suas toalhas perto deles. Tiraram duas garrafas de vodka de suas bolsas e passaram a maior parte do tempo debaixo dos guarda-sóis, a fumar e a beber. Quando final-mente foram dar um mergulho, usaram maiôs de peça única.

Ali perto, outras três mulheres chegaram usando vestidos de verão. Quando decidiram ir para a água usaram biquínis cor de laranja e rosa-choque.

Naquela noite, Mona e a amiga saíram para um clube. Chegaram à uma da manhã, mas per-ceberam que era muito cedo e que estávamos praticamente sozinhas. Às 3h a casa estava com-pletamente cheia quando o DJ desligou a mú-sica. Era hora do “adhan”, o momento para as orações ao amanhecer e o DJ explicou que havia um acordo com a tribo beduína para que o clu-be respeitasse o momento da oração. No entan-to, mal a oração terminou a música voltou e o DJ confidenciou-lhes que a grande atracção da noite era a mais famosa dançarina do ventre do Egipto, Safinar.

Mais famosa ou, quem sabe, mais notória. De origem arménia radicada no Egipto, a dançari-na, que também é conhecida como Safinaz, foi sentenciada no ano passado a seis meses de pri-são e multada em cerca de dois mil dólares por “insultar a bandeira nacional” - tinha usado as cores da bandeira num dos momentos de dança.

Assim que Safinar chegou, e foi cercada pe-los presentes, que tentavam tirar selfies com ela. Como não conseguiram sequer ver a apresenta-ção, Mona e a amiga decidiram ir para casa. Na maior parte do caminho de volta, foram a falar do impacto das dançarinas do ventre estrangei-ras sobre as dançarinas egípcias - outra dançari-na muito popular é ucraniana.

Mona Eltahawy expressou o receio de que os conceitos eurocêntricos de beleza sejam dis-criminatórios contra as dançarinas locais. Além disso, o clima moral actual é mais tolerante em relação a mulheres europeias. Tudo isso compli-ca a vida das dançarinas egípcias, que já enfren-tam uma reacção conservadora.

O biquíni virou algo totalmente inusitado nas praias da infância de Mona Eltahawy. Nas praias de Gouna às quais foi, o burquíni pouco aparece, pelo menos até agora. E no Sahel, havia lugar para todas nós.

Conclui Mona que o Egipto, com todas suas contradições e incongruências, estava definido ali na praia, numa convivência pacífica diante das águas azuis esverdeadas e tranquilas do Me-diterrâneo, apesar de tudo o que se vai dizendo nos media estrangeiros.

E isto, enquanto nalgumas praias de França, as mulheres que usam burquíni são expulsas pela polícia e pelos outros banhistas.

JTM com agências internacionais

Na praia, o Egipto encara contradições

Quinta-feira, 29 de Setembro de 201612 JTM | DESPORTO

FINAL DA BOLINHA DISPUTADA ESTA NOITE

Benfica e Monte Carlo querem evitar “lotaria” dos penaltiesAs duas equipas afastaram Sporting e Ka I nas meias-finais, mas só nas grandes penalidades. As “águias” estão na discussão do título da Bolinha pelo terceiro ano consecutivo

Estão reunidas as condi-ções para uma final da Bolinha interessante,

com as duas equipas, Benfica e Monte Carlo, apostadas em praticar um futebol de quali-dade, até porque haverá, no sintético do D. Bosco, jogado-res de bom recorte técnico.

Um jogo desta natureza tem sempre “prognóstico re-servado”, o que significa que, apesar de um ligeiro favori-tismo do Benfica, tudo aponta para uma partida equilibra-da, tal como foram as meias--finais.

No apuramento para esta discussão do título, tanto Benfica como Monte Carlo só conseguiram o passaporte para a final através dos pon-tapés da marca de grande pe-nalidade e aí o momento para brilhar pertence aos guarda--redes.

Essa lotaria até pode muito bem acontecer no jogo desta noite, marcado para as 20:30, mas quem se deslocar ao D. Bosco quererá ver golos duran-te o tempo regulamentar, para que os espectáculo seja ainda mais interessante.

As “águias” voltam a estar na final, tendo perdido para o Ka I (1-0) em 2015, enquanto que o Monte Carlo desperdi-çou a hipótese de ser campeão, depois de vários anos de jejum, quando defrontou precisamen-te o Benfica, na discussão do tí-tulo de 2014 e quando chegou a estar a jogar com mais dois elementos em campo.

Os “canarinhos” perderam então nos penalties, dando ao Benfica o pleno na temporada, “Bolão”, Taça e Bolinha.

Alguns dos jogadores do Monte Carlo, como Paulo Chieng e Geofredo Sousa, vão repetir agora esse jogo da atri-buição do primeiro lugar, ao lado de um plantel renovado e marcado pela influência que têm principalmente os brasilei-ros Andreson, Jackson Sousa, Camilo Neto e Julyan Duarte.

Face aos regulamentos da Bolinha, só três poderão actuar em simultâneo, tudo levando a crer que seja Neto o sacrifi-cado, a avaliar pela formação “azul e amarela” que entrou

Vítor Rebelo*

de início na meia-final face ao Ka I.

Do lado do Benfica, não há essa “dor-de-cabeça” para o treinador Tiago Simões, já que os estrangeiros são apenas dois, Jonathan Batista e Alison Brito.

Os dois jogadores deverão por isso começar o desafio de logo à noite, numa equipa onde há também, em termos de ataque, Leonel Fernandes e Nicholas Torrão.

Os dois emblemas estão na máxima força e o jogo prome-te. “Será um desafio dentro do que tem sido a partir das meias-finais e do que foi o con-fronto entre Benfica e Monte Carlo na última jornada do grupo”, começou por dizer ao JORNAL TRIBUNA DE MA-CAU o técnico dos “encarna-dos”.

Tiago Simões, adjunto de Henrique Nunes no futebol de onze, teve o seu baptismo na Bolinha e pode dizer-se que com sucesso até esta altura, sem ter perdido qualquer jogo.

Mas apesar das “águias” do território terem ultrapassado o Monte Carlo anteriormente por 2-1, o treinador sabe que não há jogos iguais.

“O Monte Carlo é uma equipa muito bem organizada defensivamente, que procura saídas de contra-ataque, tal como aconteceu no encontro da fase de grupos. Durante o jogo eles optam por ter qua-lidade na saída de bola, saem bem a jogar. Vão-nos criar di-ficuldades e por isso temos de encontrar soluções para o

contrariar. Acreditamos que podemos ganhar e durante o tempo regulamentar, porque se houver penalties isso depen-derá muito do momento dos guarda-redes”, sublinha Tiago Simões.

Se a “lotaria” das grandes penalidades voltar a aconte-cer, lá estará o guarda-redes Jonathan Batista para tentar defender os disparos de curta distância.

“Queremos de facto decidir o título nos 50 minutos, mas se tiver de ser nos penalties lá estaremos para resolver. Vai ser um bom jogo e nós não po-demos dar o espaço que con-cedemos ao Sporting na meia--final. O Monte Carlo é mais experiente”, refere o brasileiro que actuou pelo Ka I na Liga de Elite.

O guardião assinou pelo Benfica apenas para a Boli-nha, ficando a dúvida se irá continuar ou não para o “Bo-lão”, ainda que tenha havido conversas nesse sentido, como afirma Batista: “Só conversá-mos, mas nada está decidido, logo se verá. O que posso dizer é que fui muito bem recebido. Superou as minhas expectati-vas, fiz novos amigos e é uma satisfação estar a defender as cores do Benfica”, disse.

Moral em alta

Do lado do Monte Carlo o momento é de igual confiança numa vitória, com a moral dos jogadores a subir ainda mais depois do triunfo sobre o Ka I.

O clube tem feito uma ex-celente campanha e quererá

vingar-se do desaire na fase de grupos, numa altura em que tudo estava decidido em ter-mos de apuramento para as meias-finais.

O capitão Paulo Chieng dá igualmente a sua opinião na antevisão da partida: “Há 50 por cento de hipóteses para cada lado. Na qualificação per-demos por 2-1, mas sabemos a forma de jogar do Benfica e po-demos agora ganhar. Temos de nos focar nos detalhes, porque eles são mais fortes do que nós a nível individual e de posição no terreno, mas temos treinado bastante bem e iremos apostar tudo no colectivo, com grande concentração na táctica de jogo. Penso que quem errar menos é campeão.”

O treinador Cláudio Rober-to conseguiu que o plantel assi-milasse as suas ideias ao longo da época no futebol de onze e transportou-as para a bolinha.

“As ideias vão permanecer, as peças é que podem mudar”, destaca o técnico brasileiro, que considera o Benfica favo-rito: “Sim, na minha opinião, eles são os grandes favoritos, mas nós temos formas de po-der ser uma equipa organiza-da e buscar o título. O Benfica é muito mais rápido do que o Ka I, mas acredito que nos pos-samos encaixar no jogo contra eles. A equipa está bem, na má-xima força, é tudo uma questão de opções a tomar para o en-contro.”

Cláudio Roberto diz que as duas equipas são as melhores da Bolinha: “Monte Carlo e Benfica tudo fizeram para estar

nesta final, apesar do Ka I ter sido considerado um favorito. Por isso, na nossa cabeça, esse triunfo nas meias aumentou a confiança. Agora já sonhamos com o título.”

Continuidade ou não

nas mãos de MendonçaO treinador brasileiro, res-

ponsável pela vinda dos com-patriotas (jogadores) Jackson Sousa, Andreson Ribas, Julyan Duarte, Camilo Neto e Amaril-do Ristof, este último já regres-sado ao Brasil, devido a lesão, ficará a saber o seu futuro nos próximos dias.

“Tudo está agora nas mãos do presidente (Firmino Men-donça), porque conversámos, ele apresentou-me uma pro-posta e eu fiz-lhe uma contra--proposta, ficando a aguardar. Há na verdade algumas inde-finições, não vou ocultar a ver-dade. Os dirigentes do Monte Carlo sabem quais as minhas condições para continuar”, su-blinha Cláudio Roberto, que deixará Macau amanhã, para férias ou em carácter definitivo (se não houver acordo), viajan-do com todos os atletas brasi-leiros, que também eles pode-rão ou não voltar.

O Benfica-Monte Carlo des-ta noite (20 e 30), que terá trans-missão em directo no Canal de Desporto da TDM (com comen-tários em português no sistema Nicam), será antecedido pelo jogo Ka I-Sporting, de apura-mento dos terceiro e quarto classificados do campeonato de Bolinha.

*Jornalista

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Benfica eliminou o Sporting na meia-final da “Bolinha”

Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016 JTM | DESPORTO 13

Costa Santos Sr*Especial para o JTM

LIGA DOS CAMPEÕES

Sporting mostra argumentos e Porto sofre com a falta deles

Quase poderíamos dizer que “estava escrito no livro do destino” o que

aconteceu em Alvalade e em Leicester, neste caso no baptis-mo do estádio em jogos da Liga dos Campeões.

Na previsão que aqui dei-xámos, apontávamos o indica-dor às possibilidades de uns e preocupações de outros. E como em futebol raramente os mila-gres acontecem - como afirmou Fernando Santos, os milagres fazem-se aqui com entrega e esforço - os resultados foram a condizer. Para mal do “ranking” da UEFA, no que aos interesses portugueses diz respeito.

Em Alvalade, com Jorge Je-sus na bancada, o Sporting atra-sou-se cinco minutos a entrar no jogo. Algum nervoso miudinho emperrou a atitude mental da equipa mas, passado esse tem-po, “regressou” a Alvalade a equipa que jogou em Madrid, colocando no relvado o futebol pressionante, de transições rápi-das, de bola a viajar pelos flan-cos e de um meio-campo que sufocava, sempre que os polacos tentavam sair a jogar.

Dois golos - de Bryan Ruiz e de Bas Dost - no primeiro tem-po, trouxeram tranquilidade, se-renidade para que o futebol cria-

Os números falam por si: “leões” marcam na primeira parte e “dragões” perdem no mesmo período. Depois, enquanto uns geriram o resultado e o jogo em si, os outros não esconderam que o seu poder de fogo, o jogo “colectivo”, não tinha argumentos para modificar o resultado

tivo, de olhos postos na baliza, empolgasse os muitos milhares que enchiam as bancadas do es-tádio de Alvalade.

Antes de Bryan Ruiz inau-gurar o marcador, já Gelson, Adrien e William Carvalho ti-nham colocado à prova o guar-da-redes do Légia de Varsóvia, Malarz (um punhado de gran-des defesas). Do outro lado, Rui Patrício era mero espectador de um jogo que se desenrolava lon-ge, muito longe da sua área.

O segundo tempo foi dife-rente. Por “culpa” do Sporting que entendeu gerir o resultado,

dar “aula” de poder de circu-lação de bola, de ter o jogo na mão e sentir, acima de tudo, que o adversário não tinha armas e muito menos talento, para subir no terreno e colocar problemas à sua defesa.

Mesmo assim, voltou a ser o Sporting a dispor de situações para aumentar a vantagem, mas umas vezes Malarz, outras a má pontaria, não permitiram que se dilatasse o resultado.

Rui José, o adjunto de Jorge Jesus, lacónico quanto baste, sa-lientou o bom jogo da sua equi-pa, a forma como chegou à van-

tagem e, claro, como encarou o segundo tempo, com a tranqui-lidade que o resultado permitia. Palavras tradutoras do que tinha passado no relvado.

O outro jogo do grupo F aca-bou empatado. O Real Madrid, à frente no marcador (Ronaldo abriu o caminho…), permitiu sempre que o Dortmund igua-lasse. Caricato foi o primeiro golo alemão, com o guarda--redes madridista a defender a soco, para a frente – um remate de Raphael Guerreiro, na se-quência de um livre - e a bola a embater com violência em Ser-gio Ramos e entrar na sua pró-pria baliza!

Um jogo vivo, de parada res-posta, com um resultado justo.

Borussia Dortmund e Real Madrid somam agora quatro pontos, mais um do que o Spor-ting.

Slimani, para não variar...Em Inglaterra, o FC Porto

deu 45 minutos de avanço a um Leicester empolgado, empurra-do pelo seu público a viver uma noite histórica - foi a primeira vez que o seu Estádio acolheu um jogo para a Liga dos Cam-peões –que entregou a Slimani a missão de bater Casillas e, de-pois, soube posicionar-se para impedir uma reacção portista, no segundo tempo.

Depois de um primeiro tem-po sem dinâmica de jogo, sem

andamento capaz de surpreen-der o campeão inglês, o facto de ter de correr atás do prejuízo obrigou, muitas vezes, a usar o coração em vez da cabeça e, por via disso, não ter o discernimen-to necessário para encontrar o antídoto para o estilo e modo de jogar do adversário.

É verdade que Corona ainda enviou uma bola ao ferro e o FC Porto teve predomínio no tempo de posse de bola, mas se no pri-meiro caso é um lance de jogo, com mais ou menos sorte, no segundo, é muito pouco signifi-cativo ter mais posse de bola. O que conta mesmo é marcar mais golos que o adversário. E por aí, os artilheiros portistas não “esti-veram” em jogo!

Também no grupo G, o Co-penhaga, que foi empatar ao Dragão, recebeu e goleou o Club Brugge (4-0). Os números dizem tudo…

O Leicester lidera o grupo, com seis pontos, seguido de Co-penhaga (4), FC Porto (1) e Club Brugge (0).

O Mónaco manteve o primei-ro lugar do grupo E, ao empatar 1-1 com o Bayer Leverkusen. Já o Tottenham venceu na Rússia o CSKA por 1-0.

No grupo H, a Juventus ven-ceu por 4-0 em Zagreb e o Sevi-lha superou o Lyon (1-0).

*Jornalista profissionalespecializado em desporto

Bas Dost voltou a facturar

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FUTEBOL INGLÊS

“Armadilha” derrubou Allardyce

O ex-seleccionador inglês de futebol Sam Allardyce, que na terça-feira deixou o cargo após a divulgação de

um vídeo comprometedor, disse ontem que cometeu “um erro de avaliação” e está “a pa-gar as consequências”.

Referindo que “a armadilha venceu desta vez”, Allardyce admitiu ter sido “uma coisa estúpida de se fazer” e justificou que apenas queria “ajudar alguém que conhece há mais de 30 anos”.

O treinador aproveitou também para pedir desculpas à Federação e aos seus fun-cionários: “o acordo com a FA foi feito muito amigavelmente e peço desculpas a todos, face à infeliz posição em que me coloquei”.

Allardyce justificou ter um acordo confi-dencial e que, por isso, não poderia responder a mais questões, adiantando que irá reflectir sobre tudo, mas deixou uma mensagem de confiança para Gareth Southgate, o técnico dos sub-21 que assumirá a selecção principal nos próximos quatro jogos.

A Federação Inglesa (FA) anunciou a saí-da do técnico, de 61 anos, apenas 67 dias de-pois de ter assumido funções, num período

em que dirigiu somente um jogo, na vitória perante a Eslováquia (1-0), no apuramento para o Mundial2018.

Sam Allardyce foi apanhado numa inves-tigação de um jornal a dar conselhos sobre a forma de contornar as regras de transferên-cias, tendo a notícia sido revelada na segun-da-feira, o que levou a FA a analisar o caso.

O técnico foi filmado secretamente por re-pórteres do jornal “Daily Telegraph”, que se apresentaram como investidores asiáticos, e revelou formas de circundar os regulamen-tos de transferências da FA, nomeadamente a propriedade de passes de jogadores por parte de terceiros.

Durante o vídeo, Allardyce aceita viajar a Singapura e Hong Kong como embaixador da empresa fictícia, a troco de 400 mil libras. Criticou ainda o antigo seleccionador inglês, Roy Hodgson, afirmando que foi “muito in-deciso” na gestão do Euro2016, e que devia ter mandado “sentar e calar” Gary Neville, na altura treinador adjunto, assim como con-siderou “estúpido” gastar mil milhões de eu-ros para reconstruir o Estádio de Wembley, em Londres. JTM com Lusa

Sam Allardyce deixou o posto de seleccionador inglês, após a divulgação de uma reportagem em que explicava a forma de contornar as regras de transferências

Hoje, em Lviv, o Braga vai medir forças com o Shakhtar Donetsk, num

jogo que tem a particularidade de colocar frente a frente o técnico Pau-lo Fonseca - o homem responsável por esta entrada bracarense na Liga Europa, graças à sua vitória na final da Taça de Portugal, frente ao FC do Porto - e os ex-pupilos que coman-dou na época passada.

Será um jogo em que as van-tagens são mútuas e…por isso se anulam. De um lado, o treinador conhece como as suas mãos os jo-gadores que orientou na época finda e, do outro, os jogadores sa-bem muito bem a filosofia de jogo e as exigências do seu ex-treinador. Mas, há sempre o factor surpresa. E desse, claro, estamos à espera.

José Peseiro não perfilha a mes-ma estratégia de Paulo Fonseca, não gosta do seu modelo de jogo e poderá ser por aqui que a equi-pa portuguesa ganhe alguma van-tagem. Pouca, acrescento, porque

Paulo Fonseca também já sabe de cor a forma “actual” de jogar da ex--equipa.

Embora sem desvendar a sua es-tratégia, Peseiro não confirma, nem desmente, que Marafona poderá ser o guarda redes de “serviço” em Lviv, a cidade onde o Shakhtar joga desde que Donetsk se transformou numa cidade de fogo constante.

Na primeira jornada, o Shakhtar, grande favorito no grupo H, ven-ceu na Turquia o Konyaspor (1-0), e o Braga cedeu um empate em casa frente aos belgas do Gent (1-1).

Noutros jogos de hoje, desta-que para a visita dos ucranianos do Zorya ao campo do Manchester United, derrotado pelo Feyenoord na ronda inaugural.

No grupo K, o Inter de Milão também tentará recuperar do ines-perado desaire em São Siro frente aos israelitas do Hapoel Beer-Sheva (0-2). Os italianos visitam o Sparta de Praga.

C.S.

LIGA EUROPA

Braga reencontra ex-treinador

Quinta-feira, 29 de Setembro de 201614 JTM | ACTUAL

Os Presidentes de Estados Uni-dos, França e Alemanha sauda-ram o líder israelita Shimon Pe-

res como um “campeão” que acreditou sempre na paz. Peres faleceu na madru-gada de ontem aos 93 anos num hospi-tal da região de Tel Aviv, onde estava internado desde o início do mês depois de sofrer um acidente vascular cerebral.

Peres foi “um pai fundador do Es-tado de Israel e um homem de Estado cujo compromisso com a segurança e a busca da paz era fundamentado na sua inquebrantável força moral e optimis-mo”, declarou Barack Obama, apontan-do o “amigo” como “uma das poucas pessoas capazes de mudar o curso da história humana”.

“Talvez porque tenha visto Israel su-perar imensos perigos, Shimon jamais renunciou à possibilidade da paz entre israelitas, palestinianos e os vizinhos de Israel”, concluiu o líder americano.

O Presidente francês afirmou que “Israel perde um dos seus estadistas mais ilustres; a paz, um de seus mais

Vários líderes mundiais prestaram homenagem a Shimon Peres, ontem falecido, destacando acima de tudo o compromisso pela paz assumido pelo ex-presidente israelita

ardentes defensores, e a França, um amigo fiel”.

Segundo François Hollande, Shi-mon Peres era um “visionário que im-pressionava os seus interlocutores com a capacidade de propor iniciativas au-dazes e ideias novas”.

Na mesma linha, o Presidente ale-mão recordou a “força de vontade” de Peres para “fazer avançar o processo de paz com os palestinianos”. “Ape-sar das atrocidades perpetradas (pelos nazistas) contra a sua família durante o Holocausto, Shimon Peres estendeu a mão” aos alemães, disse ainda Joa-chim Gauck numa mensagem enviada

ISRAEL

Líderes mundiais recordam “campeão” da paz

ao homólogo israelita, Reuven Rivlin, acrescentando que, “por esta atitude, estamos-lhe muito gratos”.

“A sua vida ao serviço da paz e da reconciliação pode servir de exemplo para os jovens”, rematou o Chefe de Es-tado alemão.

Para o ex-presidente americano Bill Clinton, Peres foi “um génio com um grande coração”. Clinton, que supervi-sionou a assinatura, em Washington, dos Acordos de Oslo entre israelitas e pales-tinos, disse que Peres foi “um fervoroso advogado da paz e da reconciliação”.

Já Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico e enviado especial do Quar-

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UIVO teto para o Oriente Médio, disse que

“Shimon Peres era um gigante da po-lítica, um homem de Estado que conti-nuará a ser considerado um dos maio-res de nossa época e de todas as épocas, alguém de quem eu gostava profunda-mente”.

Na perspectiva do Primeiro-Minis-tro israelita, Benjamin Netanyahu, o país viu desaparecer um “visionário” e “paladino” da segurança de Israel.

O facto de ter sido um dos principais artesãos dos acordos de Oslo, assinados com os palestinianos em 1990, valeu a Shimon Peres atribuição do Nobel da Paz em 1994. Peres investiu o dinheiro do prémio na criação do Centro Peres para a Paz, para promover a coexistên-cia entre árabes e judeus.

O seu contributo mais reconhecido internacionalmente foi o de impulsio-nar da aproximação entre palestinianos e israelitas que culminou, em 1993, com o reconhecimento israelita da Organi-zação para a Libertação da Palestina e o início de um processo de negociações que aproximou como nunca ambas as partes no sonho da paz e que deveria ter conduzido à criação de um Estado palestiniano.

Perante os olhares de vários líderes mundiais, Shimon Peres amanhã no cemitério do monte Herzl, onde estão enterradas as grandes figuras de Israel, afirmou à AFP um porta-voz do Minis-tério dos Negócios Estrangeiros.

JTM com agências internacionais

Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016 JTM | ACTUAL 15

Açores querem lacticínios na ChinaO governo dos Açores está a estudar a cooperação com a China na área dos lacticínios

CHINAQuatro pessoas que lideravam um grupo chinês responsável por fraudes via telefone, no valor de 32,2 milhões de yuan, foram con-denados com penas até 14 anos de prisão. Os burlões, dois dos quais administradores de empresas de propriedade intelectual, ge-riam um grupo de 140 pessoas - a maioria seus funcionários -, que contactavam alea-toriamente pessoas para dizer que tinham ganhado prémios numa lotaria.

TAILÂNDIAAs forças de segurança da Tailândia des-cobriram uma moto bomba pronta para o ataque, escondida na selva da região sul do país, palco de uma luta separatista que já deixou mais de 6.500 mortos des-de 2004. O veículo continha um explosi-vo de fertilizantes, armas, granadas e mu-nições, segundo o “Bangkok Post”.

INDONÉSIAEquipas de resgate foram ontem mobiliza-das na Indonésia para retirar cerca de 400 turistas de uma montanha muito procura-da para o “trekking”, uma modalidade de caminhada, após a erupção do vulcão Rin-jani, noticiou a AFP. As autoridades reco-mendaram aos caminhantes para ficarem a pelo menos três quilómetros do vulcão.

NEPALPelo menos 19 pessoas morreram e 16 ficaram feridas, incluindo seis com gra-vidade, num acidente de autocarro que caiu numa ravina a nordeste de Katman-du, capital do Nepal. A viatura fazia uma rota interna no distrito de Dhading, um dos mais afectados pelo terramoto que no ano passado matou cerca de 9.000 pessoas no país.

SUÍÇAO Conselho Nacional Suíço, câmara baixa do Parlamento, votou a favor da proibição da burca no país. A proposta, apresentada pelo principal partido, a União Democrá-tica do Centro, obteve uma maioria aper-tada, e deverá ser agora discutida pelo Conselho dos Estados (câmara alta), mas o mais provável é que a palavra final seja dada pelos eleitores em referendo.

EUA/CUBAO Presidente dos EUA nomeou o diplo-mata Jeffrey DeLaurentis, actual chefe da missão norte-americana em Havana, como embaixador do país em Cuba, o primeiro a exercer funções na ilha em mais de 50 anos. “A nomeação de um em-baixador é um passo em frente para uma relação mais normal e produtiva entre os nossos países”, afirmou Barack Obama.

PANAMÁO Panamá solicitou aos EUA a extradição do ex-presidente Ricardo Martinelli, que diz residir desde 2015 em Miami, para julgá-lo por espionagem a opositores durante a sua administração (2009-2014). As autoridades do Panamá acusam o ex-governante dos “crimes contra a inviolabilidade do sigilo, direito à intimidade e peculato”.

ARÁBIA SAUDITAO Governo do rei saudita, Salman, decidiu reduzir os salários dos seus ministros em 20% e cortou benefícios a outros agentes estatais, continuando uma política de aus-teridade em resposta à descida do preço do petróleo. Os 160 membros do um con-selho consultivo do rei, designado Shura, que inclui 30 mulheres, vão sofrer um cor-te de 15% no subsídio anual para habita-ção, recheio da casa e viaturas.

VOLTA AOMUND

O BCP assinalou a existência de avanços substanciais nas nego-ciações com a Fosun com vista

à entrada do grupo chinês no capital do banco, numa comunicação enviada ao mercado. “O Banco Comercial Por-tuguês, S.A. (“BCP”) informa que, em reunião de ontem (terça-feira), o seu Conselho de Administração apreciou fa-voravelmente o desenvolvimento, com substanciais progressos, das negociações com a Fosun Industrial Holdings Limi-ted (“Fosun”) referidas no comunicado de 14 de Setembro de 2016”, refere a in-formação enviada ontem à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Apesar de admitir que permanecem ainda “condições por verificar, entre as quais as relativas às aprovações pelas en-tidades de supervisão bancária”, o banco liderado por Nuno Amado diz ter cons-tatado “a evolução favorável já registada quanto ao preenchimento das condições suspensivas a que o investimento pro-posto pela Fosun foi sujeito”.

“O Conselho decidiu mandatar a Co-missão Executiva para prosseguir e fina-lizar com exclusividade as negociações com a Fosun, e apresentar os respectivos resultados para aprovação em próxima reunião do Conselho de Administração”, refere ainda a nota enviada à CMVM.

A 30 de Julho passado, a empresa de investimento chinesa Fosun propôs ao BCP a realização de um aumento de capital social, exclusivamente reservado para si, que lhe daria uma posição de 16,7% do banco, admitindo vir a elevar esta posição para entre 20% e 30%.

Na ocasião, o grupo chinês, que de-

O presidente do Governo Regional dos Açores disse que estão a decorrer negociações para promover a coope-ração entre Portugal e China na área dos lacticínios e

que espera resultados positivos.“São vários assuntos que têm estado em cima da mesa, um

dos quais tem a ver com questões relativas a lacticínios. Há um trabalho que está em curso, que estamos a desenvolver e que esperamos que possa chegar a um bom porto”, afirmou Vasco Cordeiro, em resposta a uma questão sobre a visita do Primeiro-Ministro português à China.

Vasco Cordeiro falava aos jornalistas na base aérea nº 4, nas Lajes, depois de se despedir do Primeiro-Ministro chinês, Le Keqiang, que fez uma escala de dois dias na ilha Terceira, nos Açores, numa viagem entre Cuba e a China.

Questionado sobre o balanço da visita da comitiva chinesa à ilha Terceira, o presidente do Governo Regional reiterou que se tratou apenas de uma escala técnica. “Foi uma oportunida-de de mostrar ao senhor Primeiro-Ministro da China vários pontos de interesse aqui na ilha Terceira e referir outros nos Açores. Desse ponto de vista, penso que foi uma visita que cumpriu os seus objectivos”, frisou.

Na segunda-feira à noite, após uma reunião com o Primei-ro-Ministro chinês, à sua chegada à ilha Terceira, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, disse que o encontro serviu para preparar a visita do Primeiro--Ministro português à China, em Outubro, revelando que nes-sa ocasião será possível “avançar nos trabalhos que estão em curso” e “assinar já alguns acordos”.

Questionado sobre essa visita, Vasco Cordeiro não quis fazer comentários, mas disse que os assuntos que interessam aos Açores, no âmbito de possíveis parcerias com a China, já

PORTUGAL/CHINA

Fosun mais perto do BCPA comissão executiva do BCP foi mandatada para “prosseguir e finalizar com exclusividade as negociações com a Fosun”, visando a entrada do grupo chinês no capital do banco, com uma participação inicial de 16,7% que poderá vir a ser aumentada até 30%

tém em Portugal a seguradora Fideli-dade e o grupo de prestação de cuida-dos de saúde Luz Saúde, mencionou várias condições para a realização do negócio, designadamente a aprovação pelo supervisor bancário da aquisição da participação qualificada, a clarifi-cação por parte das autoridades com-petentes quanto à desnecessidade de contribuições especiais, um preço de subscrição não superior a dois cênti-mos, a aprovação da cooptação de pelo menos dois administradores indicados pela Fosun e na data da realização do aumento de capital. O BCP adiantou na altura que reconhecia interesse es-tratégico à proposta, mas que tal não podia ser entendido como garantia de a operação se realizaria.

Na semana passada, o governo por-tuguês aprovou um regime legal que possibilita que as empresas cotadas em bolsa façam o reagrupamento das suas acções sem diminuir capital, algo que satisfaz as pretensões dos chineses da Fosun para investirem no BCP.

No final de Abril, os accionistas do BCP já tinham aprovado, em assembleia--geral anual, uma proposta de reagrupa-mento de acções, de forma a reduzir o número de títulos do banco e aumentar o seu valor unitário. Este foi o último ponto (de um total de 10) da ordem de trabalhos da reunião, na qual 99,86% dos accionis-tas deliberaram sobre uma operação de reagrupamento de títulos, sem redução do capital social, em que 75 acções são reagrupadas numa só. JTM com Lusa

foram “apresentados e transmitidos”. “Eu não vou comentar a visita do senhor Primeiro-Ministro português à China. Espero que ela corra tão bem quanto correu esta escala técnica do se-nhor Primeiro-Ministro da China aqui nos Açores”, salientou.

Questionado sobre a possibilidade de serem discutidas também nesse encontro parcerias na área do mar, em que se es-pecula que haja interesse da China nos Açores, Vasco Cordeiro não rejeitou essa hipótese. “Pode ser uma das hipóteses, mas é uma matéria que necessita de ser trabalhada, naturalmente”, adiantou.

Na Ilha Terceira, Li Keqiang teve uma reunião de poucos minutos com o ministro dos Negócios Estrangeiros e com o presidente do Governo Regional, tendo ainda assistido a um concerto ao ar livre, em Angra do Heroísmo, e visitado vários pontos turísticos. JTM com Lusa

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Quinta-feira, 29 de Setembro de 201616 JTM | OPINIÃO

GUTERRES VOLTA A GANHARO ex-primeiro-ministro português António Gu-

terres ficou à frente na quinta votação secreta ocor-rida entre os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas para eleger o próximo secretá-rio-geral da organização. Durante o voto, cada um dos 15 membros do conselho indicou se “encoraja”, “desencoraja” ou “não tem opinião” sobre os 11 candidatos. Fontes diplomáticas disseram que Gu-terres teve 12 votos “encoraja”, dois “desencoraja” e um “sem opinião”, precisamente o mesmo resul-tado da última votação. Agora depois da ofensiva diplomática ao mais alto nível levada a cabo por Marcelo Rebelo de Sousa e o ex-Presidente Sampaio o risco que Guterres corre é que na próxima votação de Outubro um dos cinco membros do Conselho de Segurança utilize o seu direito de veto. Neste mo-mento se aparecer um “candidato de última hora” o reforço de transparência da ONU que se quis as-segurar com estas votações desaparecerá, e o prestí-gio da instituição sairá beliscado.

PAZ CHEGA À COLÔMBIAForam mais de cinquenta anos de guerra que

esta semana terminaram na Colômbia, país da América Latina com imensas potencialidades tu-rísticas. O Governo da Colômbia e a guerrilha das FARC assinaram um acordo que põe fim a um con-flito armado que fez centenas de milhares de mor-tos e desaparecidos. O Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e Rodrigo Londoño, chefe das For-ças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC, marxistas), mais conhecido pelo nome de guerra “Timochenko”, assinaram este acordo de 297 pá-ginas, numa cerimónia solene em Cartagena das Índias (norte). Curiosamente este acordo culmina quatro anos de negociações entre Governo e FARC realizadas em Cuba, e teve a particularidade de simbolicamente ser assinado com canetas feitas de balas.

PSD QUER CENTRAL DE ALMARAZ FECHADATradicionalmente a luta contra o nuclear era uma

das bandeiras das esquerdas. Agora foi a distrital do PSD de Castelo Branco a manifestar profunda preocupação com o anúncio da construção de um armazém de resíduos nucleares em Almaraz, Es-panha, e criticou a fraca determinação do Governo português perante a evidência de que desta forma se prepara o alargamento do tempo de vida da cen-

De Lisboa ainda se vê o Mundo

tral. Os sociais-democratas criticam a passividade do Ministério do Ambiente português e recordam que o Governo “deveria pressionar activamente” o executivo espanhol para o encerramento da central de Almaraz, dando cumprimento a uma resolução aprovada pela Assembleia da República.

METADE DAS RECEITAS DAS CÂMARAS DO NORTE SÃO IMI

O IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) tem estado a ser alvo de intensa polémica nesta fase pré-via à apresentação do Orçamento para 2017.A Co-missão de Coordenação e Desenvolvimento Regio-nal do Norte (CCDR-N), responsável pelo “Norte Estrutura” acaba de divulgar que o IMI representou metade das receitas fiscais conseguidas pelos mu-nicípios da região Norte em 2015, tendo estas, jun-tamente com as transferências do Estado, pesado mais de 74% do financiamento autárquico. Quando se equaciona o aumento do IMI os dados revelados pelo “Norte Estrutura” revelam que já em 2015 as receitas de IMI corresponderam, a metade (49,6%) dos 862 milhões de euros de receitas fiscais conse-guidas pelos municípios.

UBS DESACONSELHA DÍVIDA PORTUGUESAEm fase de pré-orçamento os números macroe-

conómicos estão a ser palco de uma guerra de pa-lavras entre a oposição PSD e CDS, e o Governo do PS viabilizado no Parlamento com o apoio do BE e PCP. Do lado dos credores e instituições financeiras as palavras sobre o futuro da economia de Portugal

estão a ser muito cautelosas. Ainda esta semana, e apesar da taxa de juro a dez anos estar em torno dos 3,4 %, o banco suíço UBS diz que “o risco não compensa”. Para o UBS, a razão principal para o pessimismo prende-se com o desempenho aquém do esperado na economia. Outros factores de preo-cupação, partilhados por outros bancos de investi-mento e agências de rating, são o elevado endivi-damento público e o estado da banca. Ou seja, para a UBS “as obrigações portuguesas não apresentam uma relação risco-recompensa atractiva”, num aler-ta claro aos investidores de que o futuro pode trazer complicações.

GOVERNO ADMITE MUDANÇAS NO IVAOs empresários portugueses tradicionalmente

queixam-se da imensa burocracia com graves cus-tos de contexto associados. Esta semana o secretá-rio de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, confirmou que o IVA vai ser alterado na proposta de OE2017 para reduzir custos das empre-sas que não se traduzem em receitas fiscais. Recu-sando antecipar as alterações específicas previstas, que serão apresentadas em Outubro, o governante disse que a alteração ao IVA é “uma prioridade” do Governo” e que vai constar já do próximo orçamen-to um “alívio” dos custos que os impostos repre-sentam para as empresas e que não se traduzem em receita fiscal. “Quando as empresas, por causa dos impostos, têm de cumprir mais um dever que custa horas de trabalho, constituir garantias, recorrer ao crédito, tudo isso são custos adicionais do funciona-mento da economia que não se traduzem em recei-tas fiscais”, explicou o governante.

COLECÇÃO MIRÓ FICA NO PORTOMais uma vez o Bloco de Esquerda “pediu” que

a colecção de quadros Miró ficasse no Porto, e o Governo PS acedeu. O primeiro-ministro anunciou que já se decidiu pela manutenção permanente na cidade do Porto da colecção de arte plástica do ar-tista catalão Joan Miró, o maior conjunto de obras mundial daquele autor. “O Governo já tomou a de-cisão de fixar definitivamente na cidade do Porto a famosa colecção dos quadros de Miró de forma a que o Porto possa ter um novo pólo de atractivida-de que ajude a consolidar e a reforçar a que tem tido ao longo dos últimos anos”, afirmou António Costa, que anunciou a medida durante a inauguração da III Cimeira do Turismo Português. A colecção Miró passou para a posse do Estado depois da nacionali-zação do Banco Português de Negócios (BPN) sen-do um activo que em caso de venda - como quis o executivo PSD/CDS - serviria para pagar a credo-res.

* Jornalista. Ex-assessora de Passos Coelhonos XIX e XX governos constitucionais.

EVACABRAL*

UM ARTIGO

As gajas do Bloco estão cada vez mais gajas do Bloco. Nem tan-to elas, mas o tanto as vermos

assim. Se o governo quer um novo im-

posto para ricos e o Bloco se adianta

Das gajas do Bloco à gaja do desplante total

FERREIRAFERNANDES*

e o anuncia, o caso não é o tamanho do imposto ou a extensão do conceito de rico, nem mesmo a usurpação do anúncio pelo pequeno aliado do go-verno.

O problema passa a ser a gaja do Bloco. Aliás, a gaja mais gaja do Bloco, a Mortágua, a mais Mortágua delas, a Mariana.

Da direita à esquerda, pois também o Jerónimo já o referiu, as gajas do Blo-co são todo um programa. Caçam vo-tos e, também já li essa tese, se as gajas do Bloco se juntam em Lisboa, uma es-

pécie de lista Varinas e Rosinhas dos Limões, ainda tramam o Medina.

Têm esse efeito, as gajas do Bloco: falam sobre o IMI e coisas rebarbati-vas, e olhamo-lhes a curva das sobran-celhas, ou outra.

A notícia é: não é testosterona nos-sa a mais, é porque é mesmo assim. O fenómeno de hiperatenção às gajas do Bloco é universal e ideologicamente transversal.

Ainda agora, outra gaja, mas esta mais chegada à Wall Street, estava em debate com Trump. E um tipo da Fox

disse, em balanço, que as caras tam-bém contam e Hillary, é o nome da gaja, parecia “não forçosamente atrac-tiva”.

E falava ela com Donald, o dos lá-bios voluptuosos, o Brad Pitt do imo-biliário...

Já outro tipo, da NBC, disse que Hillary parecia “demasiado prepara-da”. Foi o que deu cabo da carreira do Henry Kissinger, saber demais.

Gajas de todo o mundo, uni-vos...

JTM/DN

Depois da ofensivadiplomática ao mais altonível levada a cabo por

Marcelo Rebelo de Sousa e oex-Presidente Sampaio orisco que Guterres corre é

que na próxima votação de Outubro um dos cinco

membros do Conselho de Segurança utilize o seu

direito de veto

Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016 JTM | OPINIÃO 17

Dito

“Os contratos de trabalho são de facto uma forma de manter a faca no pescoço, para que os trabalhadores sejam mais obedientes (...)”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

29/09/1996

ATLETAS PORTUGUESESVÊM PARA GANHARO interesse que as provas de mara-tona suscitam em todo o mundo e, igualmente, em Macau, como está provado pelo êxito que coroou as várias competições anteriores da modalidade que tiveram lugar nos últimos anos no Território, levou mais uma vez a que as entidades que superintendem no desporto ma-caense, nomeadamente o Instituto de Desportos, decidissem organizar mais uma vez um evento deste tipo. Anunciada ontem em conferência de imprensa pelo presidente daquele Instituto e da Comissão Organiza-dora, Manuel Silvério, a Maratona Internacional de Macau-96, que terá lugar no dia Primeiro de Dezembro, promete, pelas suas componentes, ser um excelente espectáculo des-portivo. Para já está assegurada a presença em Macau de dois grandes maratonistas portugueses: Henrique Crisóstomo e Paulo Catarino. Na conferência de imprensa de ontem à tarde, disse Manuel Silvério: “Esta-mos num período em que se vive um interesse extraordinário pelas mara-tonas em todo o mundo, verificando--se um elevado acréscimo de apoian-tes. Também, estando as maratonas e o turismo cada vez mais interliga-das, esperamos por este facto um au-mento de participantes estrangeiros, que irão conferir à nossa prova um estatuto de maior relevo a nível in-ternacional. Todavia”, acrescentou Manuel Silvério, “sem pretendermos ficar prisioneiros dessas influências, procuramos criar motivações inova-doras na 16ª Maratona Internacional de Macau - particularmente a criação da prova de “3 Km Fun Run” – e a mudança da hora da partida para as 8 horas.

BALANÇA COMERCIALVAI RECUPERANDOA balança comercial de Macau regis-tou um défice de 581 milhões de pa-tacas nos primeiros sete meses deste ano, diminuindo 4% relativamente ao mesmo período de 1995, indicam estatísticas oficiais. Em função da-quele valor, a taxa de cobertura das exportações sobre as importações passou de 93,5% nos primeiros sete meses de 1995 para 93,6% no perío-do homólogo deste ano. De acordo com a Direcção dos Serviços de Esta-tística e Censos (DSEC), as exporta-ções entre Janeiro e Junho deste ano ascenderam a 8,5 milhões de pata-cas, o que representa um decréscimo nominal de 2,9% em relação ao mes-mo período de 1995. Entre Janeiro e Junho, as importações cifraram-se em 9,1 mil milhões de patacas, cor-respondendo a uma diminuição em valor de 3% comparativamente ao período homólogo de 1995.

(Já) tudo é possível

Pereira Coutinho, ao “Hoje Macau”

O samba do avião

Conta-se que um dia, há muitos anos, num voo da Varig, a anti-ga companhia aérea do Brasil,

o avião começou subitamente a estre-mecer. Houve passageiros que ficaram amarelos, outros com sorrisos nervo-sos, outros, ainda, em silêncio... Pouco depois, ouve-se a voz do comandante a dizer algo do género: “a turbulência que acabaram de sentir foi o avião a sambar em homenagem ao poeta Vi-nicius de Moraes, que hoje nos dá a honra de viajar connosco”.

Lembrei-me desta estória quando, domingo passado, aterrei no Rio de Janeiro, no aeroporto António Car-los Jobim, por muito boa gente ainda conhecido por Galeão. E ao falar de Vinicius, de Tom Jobim e de aviões, é imperioso falar do “samba do avião”,

que os dois compuseram. A música, verdade se diga, nem é grande coisa. Assim com os versos. Pura brincadei-ra deles, entre dois goles, que se de-liciaram a fazer de uma aterragem e sobrevoo pela baía de Guanabara um sambinha divertido e fresco.

No caso de Jobim, o seu nome ser placa de chegada de turistas e gente estrangeira até que nem tem nada de especial. Ele tem experiência que che-gue com malta dessa. As suas músicas - e não falo de Garota de Ipanema - fo-ram cantadas e tocadas por estrelas de todo o mundo. De Sinatra a Stan Getz, passando do Ella Fritzgerald, Dizzie Giellespie e Sarah Vaughan, as notas que ele criou ao piano acabaram nas melhores gargantas do mundo. Uma maravilha, portanto, embora mais acessível que outra maravilha para a garganta (e não só) que constava da lista do restaurante onde jantei ontem, no Leblom, e que custava a módica quantia de 10 mil euros a garrafa!...

Pois é, “a felicidade do pobre parece a grande ilusão do carnaval”, dizia Vini-cius e com toda a razão. Sete decilitros e

meio de tinto, mesmo que o seu nome, brazonado, seja Petrus, o cidadão vul-gar e comedido tem, como Pedro, de o negar três vezes e dizer mal da sua con-dição de cidadão remediado.

E, todavia, até parece que o pes-soal, por aqui, emborca uns valentes copos, a avaliar pelos comportamen-tos e declarações produzidas ao longo do processo que culminou com a de-missão de Dilma Roussef. “Pai, afasta de mim esse cálice”, cantava há uns anos Chico Buarque, levando a polis-semia da palavra homófona com cale--se às últimas consequências.

É uma sensação boa andar por estas ruas que foram e serão sempre do Vini-cius, do Tom e do Chico, mas também do João Gilberto e do Toquinho, com os versos deles na algibeira e as notas das músicas a soar na cabeça, como se a qualquer momento aparecesse, atra-vessando a rua, a garota de Ipanema. E como a felicidade não dura sempre, en-tão que “seja infinita enquanto dure”.

* Professor de Jornalismo da Universida-de de Coimbra e ex-residente em Macau

ANTÓNIOMARQUES DA SILVA*

CALHAUS ROLADOS

Chegar a velho é melhor do que a alternativa... morrer jovem.

Regina Brett (aos 90 anos).

1. Hoje é um daqueles dias em que me apetece fugir da sujidade que me rodeia e escrever apenas disparates. Na verdade, quando se mexe na porcaria os cheiros

pestilentos inundam as cidades e as sociedades. Por isso, nada como uma boa gargalhada, face ao ridículo de alguns desmentidos sobre evidências de notícias comprometedoras.

E, é verdade, esta laracha que recebi sem menção de autor deu-me vontade de rir porque reflecte bem, e com sentido de humor, o mundo em que vivemos: “Algo justo nesta vida? Sim, o sutiã: oprime os grandes, protege os pe-quenos e levanta os caídos”. Bendito o sutiã para aquelas que “saem ao pai”, sem ele pareceriam tábuas de engomar.

Mas não sou só eu a preocupar-me com o estado do Mun-do. Também os Bispos dos países de língua portuguesa reu-nidos no Brasil alertaram para a corrupção, a escravatura e o tráfico de seres humanos, as chagas do nosso tempo. É verdade, ele há seres humanos mais inumanos do que os bi-chos, mais bestas do que as bestas.

Tenhamos esperança e, por estas bandas, saúde e longa vida

a Xi Jinping para ver se ele mete mais uns “passarões”, “aves de arribação” e “cucos” (o cuco é uma ave parasita que não faz ninho e põe os seus ovos nos ninhos de outras aves!) na gaiola.

2. Muitas das coisas que fedem em Portugal têm ligações an-tigas a Macau. É o caso do livreco de José António Saraiva, “Eu e os políticos”, editado pela Gradiva. É que Guilher-

me Valente o editor do livro foi em Macau assessor cultural no Consulado do General Rocha Vieira. E, da passagem dele por cá recordo apenas que diziam que tinha medo de andar de avião e aquele episódio de um jogo de futebol no campo do D. Bosco (coxos contra barrigudos, a propósito já não me lembro de quê) em que, perante uma entrada menos ortodoxa e mais dura do C..., ele desatou a gritar histérico e a chamar-lhe assassino.

Adiante. O livro referido é execrável, fede. Na verdade, da sua leitura, no geral, não se conseguem extrair quaisquer infor-mações que coloquem em causa o futuro político dos visados. E, para além da parcialidade, apenas, como o próprio autor reconhece na última página: “há no texto revelações duras e outras que roçam a violação da privacidade”. E muito voyeu-rismo. Mas o que choca, pela frieza e pela insensibilidade, é a falta de respeito pelos mortos. E aí são de extraordinário mau gosto e falta de vergonha as referências a Margarida Maran-te que não respeitam a sua memória e a Miguel Portas sobre pressupostas confidências suas sobre a alegada homossexua-lidade do seu irmão Paulo Portas. São reproduções cobardes, ainda que porventura verdadeiras, porquanto nem um nem outro se podem defender e o direito à imagem e ao bom nome, nos termos da lei civil, prevalece mesmo para além da morte.

*Jurista. Escreve neste espaço às quintas-feiras.

JOÃOFIGUEIRA*

CHOVER NO MOLHADO

• • • CARTOON • • •

JTM/DN

JOSÉ BANDEIRA

Quinta-feira, 29 de Setembro de 201618 JTM | LAZER

• • • ROTEIRO

CANAL MACAU13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:45 RTPi Directo 16:50 Liga Europa 2016/2017: Shakhtar Donetsk - Braga (Repetição) 18:30 Joia Rara (Preciosa Perla) - Repetição 19:20 TDM Talk Show (Repetição) 19:50 Água de Mar 20:30 Telejornal 21:15 Visita Guiada 21:45 Portu-gueses Sem Fronteiras 22:10 Joia Rara (Preciosa Perla) 23:00 TDM News 23:30 Resumo Liga Europa 23:45 O Mascarilha 02:15 Telejornal (Repetição) 03:00 RTPi Directo

30 FOX SPORTS11:00 LIVE LPGA 2016 Reignwood LPGA Classic Day 2 16:00 Goals! 16:30 The Ultimate Fighter 17:30 2 Wheels 18:00 Bundesliga 2016-17 Weekly 18:30 2016 AFC Cup Highlights 19:00 Bundesliga 2016-17 Hoffenheim vs Schalke #44 20:00 LIVE FOX SPORTS Central 20:30 Friday Night Football 21:00 Football Asia21:30 Bundesliga 2016-17 Bremen vs Wolfsburg 22:30 FOX SPORTS Central 23:00 UFC Tonight

31 FOX SPORTS 213:00 MLB Express Minnesota Twins vs Kansas City Royals 13:30 Porsche Carrera Cup Asia 2016 Highlights 13:55 (LIVE) F1 2016: Malaysia Grand Prix: Practice 2 15:30 AFC U16 Championship 2016 QF2 Winner vs QF4 Winner 17:15 AFC U16 Championship 2016 QF1 Winner vs QF3 Winner 19:00 World Rugby 19:30 Pro Bull Riding 20:30 MLB Express Boston Red Sox vs New York Yankees 21:00 Gillette World Sport 21:30 AFC U16 Championship 2016 QF2 Winner vs QF4 Winner 23:30 MLB Express Boston Red Sox vs New York Yankees

40 FOX MOVIES11:40 Home Alone 13:25 White House Down 15:40 Burnt 17:25 Brooklyn 19:20 Before I Go To Sleep 21:00 Date Night 22:45 Anacondas: The Hunt For The Blood Orchid

Número de Socorro 999

Bombeiros 28 572 222

PJ (Linha aberta) 993

PJ (Piquete) 28 557 775

PSP 28 573 333

Serviços de Alfândega 28 559 944

Hospital Conde S. Januário 28 313 731

Hospital Kiang Wu 28 371 333

CCAC 28 326 300

IACM 28 387 333

DST 28 882 184

Aeroporto 88 982 873/74

Táxi 28 283 283

Táxi 28 939 939

Água - Avarias 28 990 992

Telecomunicações - Avarias 28 220 088

Electricidade - Avarias 28 339 922

Directel 28 517 520

Rádio Macau 28 568 333

Macau Cable 28 822 866

Clube Militar de Macau 28 714 000

ANIMA 28 715 732

• • • CÂMBIOS - Info BNUPATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.93 8.03EURO 8.97 9.08YUAN (RPC) 1.189 1.212A programação é da responsabilidade das estações emissoras

41 HBO11:30 Entourage 13:05 Minions 14:35 Free Willy 2: The Adventure Home 16:15 Hollywood 16:40 The Curious Case Of Benjamin Button 19:25 Dracula Untold 21:00 Interstellar 23:50 Everest

42 CINEMAX13:00 Last Panthers13:50 Hollywood 14:20 Bill & Ted’S Excellent Adventure 15:55 Batman: Un-der The Red Hood 17:10 Batman: Mask Of The Phantasm 18:25 Redbelt 20:05 Daylight 22:00 Misconduct 23:45 Batman & Robin

50 DISCOVERY12:40 Saltwater Heroes 13:30 Weather Gone Viral 14:20 How Do They Do It? 14:45 How It’s Made 15:10 Abalone Wars 3 16:00 Treehouse Masters 16:50 Marooned With Ed Stafford 17:40 How Do They Do It? 18:05 How It’s Made 18:30 Free Ride 19:20 Saltwater Heroes 20:10 Weather Gone Viral 21:00 Harley And The Davidsons 22:40 Super Japan: Designed For Recovery 23:05 Super Japan 23:30 Weather Gone Viral 00:20 Fast N’ Loud

51 NATIONAL GEOGRAPHIC12:30 I Am Rebel Weegee The Famous 13:25 Family Guns 14:20 Innovation Nation Microsco-pic Windmills 14:45 Innovation Nation Medical Macgyver 15:15 Locked Up Abroad 16:10 Airport Security: Colombia 17:05 Brain Games 18:00 Fa-mily Guns 19:00 I Am Rebel The Love Drug 20:00 Street Food Around the World 21:00 Locked Up Abroad 22:00 Airport Security: Colombia 23:00 Original Sin: Education Wars

54 HISTORY13:00 10 Things You Don’t Know About 14:00 The Woodsmen 15:00 Mountain Men 16:00 Forged In Fire 17:00 Swamp People 18:00 Photo Face-Off 19:00 Celebrity Car Wars 20:00 Stan Lee’s Superhu-

mans 21:00 The Pickers 22:00 Outlaw Chronicles: Hells Angels 23:00 The Bible

62 AXN12:00 Elysium 13:55 The Voice 14:45 Alias 15:35 Hawaii Five-0 16:25 Terminator 3: Rise Of The Ma-chines 18:20 The Blacklist 19:15 Caught On Camera 20:05 Cyril:Simply Magic 20:35 Ebuzz 21:05 Hawaii Five-0 22:00 The Blacklist 22:55 Hawaii Five-0 23:50 The Blacklist 00:45 Cyril:Simply Magic

32 STAR WORLD12:35 Masterchef US 13:30 Empire 15:20 Hind-sight 16:15 Britain & Ireland’s Next Top Model 17:10 Masterchef Junior US 18:05 4 Girls and a Bucket List: Once in a Lifetime 18:30 Candidly Nicole How To Be A Boss 19:00 Desperate Hou-sewives 20:00 Revenge 22:00 Mistresses 23:55 Grey’s Anatomy

82 RTPI13:30 Manchetes 3 14:00 Agora Nós 15:45 O Preço Certo 16:45 Hora dos Portugueses (Diário) 17:00 3 às 10 17:30 Visita Guiada 18:00 A Cidade na Ponta dos Dedos 18:15 Dentro 19:00 Os Nossos Dias 19:45 Hora dos Portugueses (Diário) 20:00 Jornal da Tarde 21:15 No Ar 21:45 Grande Área 22:30 Design PT 23:00 Dentro 23:45 Tech 3

• • • TELEFONES ÚTEISCINETEATROS1 Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children14:30 • 16:45 • 19:15 • 21:30

S2 Deepwater Horizon14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

S3 Storks (2D)14:30 • 16:15 • 19:45

TORRE DE MACAUDeepwater Horizon14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

GALAXYThe Purge: Election Year13:30 • 16:45 • 19:20 • 22:30

Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children (3D)13:00 • 15:20 • 16:45 • 17:40 • 20:00 • 21:10 • 22:20

Bridget Jones’ Baby15:20 • 19:35 • 21:25

Sully (2D)13:30 • 17:45 • 19:10 • 21:55 • 23:45

Storks (3D)15:15 • 19:15 • 20:55

Deepwater Horizon13:20 • 15:30 • 17:35 • 19:40 • 21:45 • 23:50

22:00CINEMAX

Misconduct

21:15RTPi

No Ar

23:50HBO

Everest

Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016 JTM | LAZER 19

• • • MEDIA

• • • E AINDA

Beyoncé e Bieber lideram nomeações nos MTV EuropeEm cinco categorias cada, Beyoncé e Justin Bieber lideram as nomeações para os prémios europeus de música (EMA) da MTV. Com quatro nomeações cada surgem Adele, Coldplay, Lukas Graham e Shawn Mendes. Cada canal regional da MTV atribui ainda um prémio a um artista local. Este ano, para o prémio “Best Portuguese Act” estão nomeados Carlão, os D.A.M.A, David Carreira, os HMB e Aurea. Este ano a cerimónia dos prémios acontecerá a 6 de Novembro em Roterdão, na Holanda, e até lá os nomeados nas diferentes categorias estão a votos no site da MTV.

Katy Perry despe-se para apelar ao votoA cantora Katy Perry aceitou despir-se para um vídeo cómico apelando ao voto nas eleições presidenciais dos EUA, que decorrem em Novembro. No vídeo, em parceria com o canal “Funny or Die”, Katy lembra que se pode ir votar de qualquer forma, mesmo como se acabou de acordar. Por fim, despe o pijama junto às urnas de voto, acabando por ser detida pela polícia. A artista já declarou o seu apoio a Hillary Clinton e, em Julho deste ano, encerrou a Convenção Nacional Democrata cantando a música Rise pela primeira vez.

Tom Hanks “invade” casamento em Nova IorqueEnquanto tirava fotos para o álbum de casamento no “Central Park”, um casal de Nova Iorque teve uma incrível surpresa, depois do actor Tom Hanks, que passeava no local, ter parado para lhes desejar felicidades, noticiou a revista “Times”. A fotógrafa da cerimónia, Meg Miller, revelou que o actor pediu mesmo para tirar uma “selfie” com os jovens. Hanks também publicou uma foto do encontro no Instagram com uma legenda personalizada: “Elisabeth e Ryan, parabéns e bênçãos!”.

Os cinco dólares australianos da polémicaNos tempos actuais, os “media” vigiam os polí-

ticos segundo a segundo. Na maior parte dos casos fazem-no bem, contribuindo para que a

população saiba o que verdadeiramente fazem e pen-sam, e obrigando os governantes a prestarem contas das suas acções e inacções. Noutros casos, há claras dúvidas da justeza das situações.

Ainda há umas semanas, o ex-Primeiro Ministro bri-tânico David Cameron que voluntariamente deixou o Governo e o seu lugar de deputado, foi fotografado em férias sentado num muro da praia. Estava de sandálias, uma simples T-shirt e uns calções de banho como todos os banhistas usam, e parecia absorto em pensamentos, isto é não olhava sequer para a câmara. O Daily Mail, um tablóide que vende milhões diariamente e tem edi-ções nos Estados Unidos e na Austrália, estabelecia o pa-ralelo entre a maneira de vestir de um David Cameron Primeiro-Ministro, com a foto de um “desgraçado” Da-vid Cameron, mal vestido e triste porque tinha perdido o poder.

Na verdade, dias antes já fora avançado que tinha re-cebido um vultoso contrato para escrever um livro sobre os seus anos no número 10 de Downing Street, e que ia, tal como o anterior PM britânico Tony Blair, fazer o mi-lionário circuito mundial de conferências.

A polémica criada pela foto de um “desgraçado“ que deixou as preocupações da política para, mais descansa-damente, ganhar milhões, que nunca ganhou enquanto político, dá uma ideia do que hoje se faz no jornalismo internacional.

Agora da Austrália vem outra polémica que colo-ca interrogações semelhantes. Passando numa rua de Melbourne, a capital política do país o actual Primeiro--Ministro Malcolm Turnbull, fez o que muitos cidadãos fazem ao ver um pedinte numa rua: colocou uma nota de 5 dólares australianos e continuou pela rua a cami-nho de uma intervenção política.

A polémica nasceu dos contrastes contidos naquele momento de caridade que apareceram numa fotografia. Turnbull estava com os sapatos limpos e engraxados e o fato elegante, e muito provavelmente caro, de um ho-mem que governa um país que é um continente: diante dele aparecia um pedinte sentado no chão, vestido como um maltrapilho. E os media foram mais longe, compa-rando o rosto bem barbeado do primeiro-ministro que estava a centímetros dos cabelos desgrenhados e do ce-nho franzido do mendigo. Numa das mãos o PM tinha

um maço de notas; na outra, a nota única que colocou no copo descartável do mendigo - a tal nota de cinco dóla-res australianos.

Em questão de dias aqueles cinco dólares valeriam a Turnbull uma enorme atenção negativa, com uns a defendê-lo e a maior parte a criticá-lo, por considerarem que aquela não é sequer a melhor maneira de ajudar os desabrigados, um problema que aflige muitas das maiores cidades em todo o mundo.

Alguns críticos chamaram o primeiro-ministro de forreta, enquanto outros protestaram que sua acção in-dividual contrariou os esforços oficiais para combater o problema das pessoas que vivem nas ruas de Melbour-ne, uma cidade com cerca de 4 milhões de habitantes.

“Turnbull - um homem com uma fortuna líquida de 133 milhões de dólares australianos e que tinha numa das mãos, um maço de notas presas por um clipe, um homem que doou um milhão de dólares australianos para a sua própria campanha eleitoral - só tem cinco dólares para dar a outro homem mais pobre”, escreveu Erin Stewart no jornal “The Sydney Morning Herald”.

O prefeito de Melbourne, Robert Doyle, por seu tur-no, declarou que dar dinheiro a desabrigados apenas re-força o aumento do seu número. Propõe que, em vez de atitudes individualistas, as pessoas doem a organizações

de caridade, que têm mais condições de saber quem são os verdadeiros necessitados.

Em entrevista, Turnbull agravou o assunto, respon-dendo de forma lírica: “Sempre que vejo uma pessoa naquela situação, penso que se não fosse pela graça de Deus, essa pessoa poderia ser eu”, explicando que “foi uma reacção humana e tenho pena se alguém se sentiu decepcionado, mas a verdade é que naquele momento senti pena do homem”.

De acordo com o censo mais recente, há 247 pessoas a viverem nas ruas de Melbourne. O desabrigado que recebeu a doação de Turnbull, um homem que se iden-tificou apenas como Peter, disse a um repórter do “The Sydney Morning Herald” que o desconhecido elegante que pôs o dinheiro no seu copo lhe disse: “Tenha um bom dia”.

Ao saber que tinha sido o próprio primeiro-ministro, o homem foi mais elegante no seu comentário, que a polémica feita pelos media: “É um pouco mesquinho, já que ele é milionário, mas tudo bem. O dinheiro é dele e ele trabalhou duro para o ganhar”.

Um académico de Sydney limitou-se a comentar: “os media da Austrália também têm direito a ter uma silly season”...

JTM com agências Internacionais

20 JTM | ÚLTIMA Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016 • Fecho da Edição • 23:30 horas

Vários grupos e partidos de Hong Kong assinalaram ontem o segundo aniversário de ocupação das ruas por sufrágio universal

Guarda-chuvas amarelos reabertos dois anos depois

Dezenas de grupos e partidos políticos pró--democracia assinala-

ram ontem em Hong Kong o se-gundo adversário do “Occupy Central”, movimento que levou milhares às ruas em defesa do sufrágio universal e que mante-ve ocupadas algumas zonas da cidade durante 79 dias, até mea-dos de Dezembro de 2014.

Ontem, abriram guarda-chu-vas amarelos - símbolo do movi-mento - e observaram três minu-tos de silêncio às 17:58, quando há dois anos foi lançado pela primeira vez gás lacrimogéneo contra os manifestantes. Faixas amarelas de grande dimensão e com mensagens como “Eu que-ro o sufrágio universal” volta-ram a ser colocadas na zona de Admiralty, numa das principais avenidas junto ao Conselho Le-gislativo e sede do governo, sob o olhar atento da polícia, infor-mou a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK).

Durante a manhã, os bom-beiros removeram de uma zona de montanha uma faixa amarela

com seis metros de comprimen-to com as palavras “Eu quero o verdadeiro sufrágio universal”.

O movimento “Occupy Cen-tral” foi lançado pelos académi-cos Benny Tai e Chan Kin-man e pelo reverendo Chu Yiu-ming, para pressionar por reformas

políticas, mas os três acabariam por distanciar-se da ocupa-ção das ruas. Os protestos, que passaram a ser conhecidos por “Umbrella Revolution”, foram então continuados por activistas e estudantes como Joshua Wong que, então com 17 anos, ficou

conhecido como o rosto das ma-nifestações.

Vários grupos políticos fo-ram formados após a ocupação das ruas, distanciando-se da tra-dicional ala dos pró-democratas. Designados “localists”, reivindi-cam uma maior autonomia ou

mesmo independência de Hong Kong, com alguns a defenderem a radicalização dos protestos. Seis jovens ligados a novos gru-pos foram eleitos deputados no início deste mês.

Nathan Law, do partido polí-tico Demosisto, co-fundado este ano por Joshua Wong, e conside-rado moderado entre as novas formações por defender a auto-determinação mas não a inde-pendência, vai tornar-se o mais jovem deputado da RAEHK com apenas 23 anos.

“É muito importante que as pessoas recordem as razões pe-las quais se manifestaram (…), que continuem a manter a fé no futuro e a manterem-se firmes pelas gentes de Hong Kong”, disse Nathan Law à AFP.

À RTHK, o co-fundador do “Occupy Central” Chan Kin--man disse que a ocupação das ruas deixou uma mensagem po-sitiva que continua a encorajar activistas a “esforçarem-se para encontrar novas formas de lutar pela democracia”.

JTM com Lusa

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30 Rolls-Royce a caminhodo “Hotel The 13”A Rolls-Royce iniciou o processo de entrega ao magnata Stephen Hung de 30 viaturas do modelo “Phantom”, a maior encomenda da história da con-ceituada marca automóvel. Os carros já saíram de Inglaterra e estão a caminho de Macau chegando assim a tempo da abertura do “Hotel The 13” apontada para o início do próximo ano. Em co-municado divulgado pelas duas em-presas, a Rolls-Royce indicou que a “a pintura aplicada a cada um dos Phan-toms consiste num ‘vermelho Stephen’ especialmente formulada seguindo os requisitos do senhor Hung. As rodas Bespoke de 21 polegadas também rece-beram acabamentos em ‘vermelho Ste-phen’”. Além da gama de cor verme-lha, a encomenda inclui dois Phantoms dourados que serão utilizados por de-terminados hóspedes do “The 13”.

Bulgária altera candidata a secretário-geral da ONUA Bulgária mudou a sua candidata ao cargo de secretário-geral da ONU, substituindo Irina Bokova por Kristalina Georgieva, anunciou o Primeiro-Ministro do país, citado pela AFP. “Nós acreditamos que é uma candidatura de sucesso”, disse Boiko Borissov. Georgieva, candidata apoiada pela chanceler alemã, Angela Merkel, é considerada a mais difícil adversária do ex-primeiro-ministro português António Guterres na corrida à liderança das Nações Unidas. Apesar de tudo, Irina Bokova, directora-geral da UNESCO, já indicou que vai manter a sua candidatura. Bokova, que tem o apoio da Rússia, disse ter sido alvo, em alguns meios políticos búl-garos, “de uma campanha histérica de difamação e calúnias”, difundida por certos meios de comunicação nacionais.

Encontradas moedas do Império Romano em ruínas de castelo no JapãoQuatro moedas de cobre do Império Romano fo-ram descobertas nas ruí-nas de um castelo na Ilha de Okinawa, o que repre-senta o primeiro achado deste tipo no Japão. As moedas, que medem en-tre 1,6 e 2 centímetros de diâmetro, poderão datar dos séculos III ou IV de-pois de Cristo, segundo indicou o Conselho de Educação da cida-de de Uruma, citado pela agência EFE. A descoberta foi feita no Castelo de Katsuren, que existiu entre os séculos XII e XV, e que desde 2000 é considerado Património da Humanidade devido à sua ligação ao Reino de Ryukyu. Embora o desenho cunhado nas moedas não esteja visível devido ao desgaste, análises feitas com raios X mostram uma imagem que poderá ser a do imperador Constantino e de um soldado atingido por uma lança. Além des-tas moedas da Roma Antiga, foi encontrada outra do século XVII originária do Império Otomano. “Este valioso material histórico sugere um vínculo entre Okinawa e o mundo ocidental”, expli-cou a direcção do Conselho de Educação de Uruma, que irá expor as moedas no Museu de História da cidade até 25 de Novembro.

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Milhares de sauditas pedem eliminação do sistema da tutela das mulheres Milhares de sauditas assinaram uma petição que solicita ao rei Sal-man o fim do sistema que obriga as mulhe-res a terem autorização de um tutor para tra-balhar, estudar ou até mesmo viajar no reino. Os promotores da ini-ciativa querem que as sauditas sejam tratadas como “cida-dãs de pleno direito” e que seja fixada “uma idade para a maioria das mulheres a partir da qual serão adultas e res-ponsáveis pelos seus próprios actos”, disse a activista Azi-za al-Yusef, citada pela agência AFP. Explicando que ten-tou, em vão, entregar ao gabinete real a petição assinada por 14.700 pessoas, a professora universitária aposentada revelou que o texto será encaminhado por e-mail. Na Ará-bia Saudita, que aplica de modo rigoroso a lei islâmica, as mulheres precisam de autorização de um tutor para “tra-balhar, viajar, consultar o médico, obter um documento de identidade ou passaporte” e, inclusive, para casar, recor-dam os signatários da petição. O país é também o único do mundo onde as mulheres não têm o direito de conduzir.