10 patacas 50 “junkets” licenciados estão inoperacionais · guarda-redes não causará...

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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5018 • Terça-feira, 14 de Junho de 2016 10 PATACAS PUB Fonte SMG 24 0 C/29 0 C • HOJE Explosão em Pudong causada por homem endividado no jogo A polícia chinesa identificou ontem um homem de 29 anos endividado devido ao jogo ‘online’ como sus- peito de causar uma explosão no principal aeroporto de Pudong, em Xangai, e que causou quatro mortos. Zhou Xingbai trabalhava numa em- presa da área electrónica na cidade de Kunshan, perto de Xangai, mas perdeu as suas poupanças no jogo e tinha dificuldades em pagar des- pesas diárias, disse a polícia. Zhou terá dito aos seus amigos através das redes sociais que “devia dinheiro a muita gente” e estava a preparar- -se “para fazer algo extremamente louco”, afirmando que perderia a sua “vida inútil de certeza”. Um co- municado difundido anteriormente pelo governo detalhara que Zhou atirou, no domingo, uma garrafa de cerveja cheia de explosivos para um balcão de embarque no terminal dois do Aeroporto Internacional de Pudong. A seguir, espetou uma faca no pescoço, antes de ser levado para o hospital em estado crítico. Entre 45 a 50 promotores de jogo licenciados este ano pelo Governo não estão a desenvolver operações por não terem conseguido adaptar-se às novas condições e exigências de um sector onde, cada vez mais, impera a lei do mais forte. Segundo a consultora Sanford C. Bernstein, mais de 70% do mercado VIP já é dominado por apenas cinco grupos de “junkets”, sendo que só a “Suncity” detém uma fatia de quase 40%. Pág. 7 “Tabus” do corpo e da sexualidade patentes no Albergue Centrais Jovens vão ser guias em bairros antigos 50 “junkets” licenciados estão inoperacionais Pág. 9 RAEM aposta em noite de Portugal TRMA • Págs. 2 a 5 ATFPM quer reformas antecipadas aos 20 anos de serviço Pág. 8 Lote do Pavilhão de Mong Há está ao abandono Pág. 12

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Page 1: 10 PATACAS 50 “junkets” licenciados estão inoperacionais · GUARDA-REDES Não causará qualquer admiração que o lugar de guarda-redes principal, esteja entregue. Razões? Várias

Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5018 • Terça-feira, 14 de Junho de 2016 10 PATACAS

PUB

Fonte SMG

240C/290C• • • HOJE

Explosão em Pudongcausada por homem endividado no jogoA polícia chinesa identificou ontem um homem de 29 anos endividado devido ao jogo ‘online’ como sus-peito de causar uma explosão no principal aeroporto de Pudong, em Xangai, e que causou quatro mortos. Zhou Xingbai trabalhava numa em-presa da área electrónica na cidade de Kunshan, perto de Xangai, mas perdeu as suas poupanças no jogo e tinha dificuldades em pagar des-pesas diárias, disse a polícia. Zhou terá dito aos seus amigos através das redes sociais que “devia dinheiro a muita gente” e estava a preparar--se “para fazer algo extremamente louco”, afirmando que perderia a sua “vida inútil de certeza”. Um co-municado difundido anteriormente pelo governo detalhara que Zhou atirou, no domingo, uma garrafa de cerveja cheia de explosivos para um balcão de embarque no terminal dois do Aeroporto Internacional de Pudong. A seguir, espetou uma faca no pescoço, antes de ser levado para o hospital em estado crítico.

Entre 45 a 50 promotores de jogo licenciados este ano pelo Governo não estão a desenvolver operações por não terem conseguido adaptar-se às novas condições e exigências de um sector onde, cada vez mais, impera a lei do mais forte. Segundo a consultora Sanford C.

Bernstein, mais de 70% do mercado VIP já é dominado por apenas cinco grupos de “junkets”, sendo que só a “Suncity” detém uma fatia de quase 40%.

Pág. 7

“Tabus” do corpo e da sexualidadepatentes no Albergue

CentraisJovens vão ser guiasem bairros antigos

50 “junkets” licenciadosestão inoperacionais

Pág. 9

RAEM aposta em noite de PortugalTRMA • Págs. 2 a 5

ATFPM quer reformasantecipadas aos20 anos de serviço

Pág. 8

Lote do Pavilhão de Mong Háestá ao abandono

Pág. 12

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JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Fátima Almeida, Helder Fernando, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres e Tiago Alcântara • Secretário da Redacção : Alexsandro Sampaio • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral

Terça-feira, 14 de Junho de 201602 JTM | TEMA

• • •PORTUGAL RUMO AO EUROPEU DE FRANÇA

Costa Santos Sr*Em Portugal

GUARDA-REDESNão causará qualquer admiração

que o lugar de guarda-redes principal, esteja entregue. Razões? Várias.

RUI PATRICIO. Desde o Europeu de 2012 que tem sido o “dono” do lu-gar e esta temporada, no seu clube – o Sporting – sofreu 21 golos em 34 jogos, ajudando a defesa do seu clube a ser a menos batida da Liga Portuguesa.

Se na fase de qualificação foi o único totalista utilizado por Fernando Santos -8 jogos e cinco golos sofridos – enten-de-se como natural o dizer-se que “a baliza já está entregue”. Os seus 28 anos não reflectem a sua experiência inter-nacional e se esta época foi, para ele, a melhor de sempre, significa que chega à selecção com todas as suas qualidades no “top”. Uma curiosidade: a UEFA co-locou-o no onze ideal do campeonato.

E depois:ANTHONY LOPES, a jogar no Lyon

e EDUARDO, a actuar no Dinamo de Zabgreb – têm passado e idade muito distintas. O primeiro, com 25 anos, fez 37 jogos pela sua equipa, conquistando um honroso 2º lugar no campeonato Francês. Um pormenor: foi nomeado, pela segunda vez consecutiva, para o tí-tulo do melhor guarda-redes da prova. É um estreante em provas desta enver-gadura, mas as exibições realizadas ao longo do campeonato francês, são aval importante que poderá “capitalizar”.

Eduardo, com os seus 33 anos – e em vésperas de regressar ao futebol por-tuguês pela mão do Sporting, assim o Dínamo concorde – “tem” nas mãos a vantagem de uma experiência valiosa: foi titular no Mundial de 2010, esteve no Euro de 2012 e no mundial de 2014. No campeonato croata, é bi-campeão e, esta temporada, foi titular em todos os jogos, incluindo a participação na Liga dos Campeões.

SECTOR DEFENSIVOSe o adágio popular diz que “a velhi-

ce é um posto”, no futebol as coisas não são bem assim, principalmente no bloco defensivo onde são necessários alguns predicados como velocidade, destreza de movimentos e resistência física. Ver-dade que, por outro lado, a experiência dos anos, pode ajudar a “esconder” al-gumas das faculdades enumeradas, so-bretudo com uma boa leitura de jogo e sentido de colocação.

Pois é nesta simbiose que o nosso bloco defensivo terá de funcionar. A média de idades é de 30,6 anos, sendo o mais velho Ricardo Carvalho (38) e o mais novo Raphael Guerreiro (22) Para além deste, apenas Cedric Soares ainda “mora” na casa dos 20 (24) anos. Por maioria de razões, os restantes cinco elementos têm mais de 30 anos!

CÉDRIC SOARES, foi o lateral di-reito titular no encontro com a Estó-nia, com Vieirinha a actuar no segun-

do tempo.Factores comuns: têm bom sentido

ofensivo – o que se deseja num lateral moderno – e excelente sentido posi-cional em função defensiva, o que lhes permite ganhar muitas bolas. Se Cédric tem “pulmão” q.b. para se integrar em situações ofensivas e executar os cru-zamentos “à media”, Vieirinha não lhe fica atrás (aliás, o inicio da sua carreira foi na posição de extremo) e a sua co-laboração atacante é, também, perfeita. Para ambos, uma perfeita leitura de jogo.

PEPE e JOSÉ FONTE, foi a dupla titular no último jogo de preparação, e que tão boa conta deu. É verdade que Pepe, pelo seu estilo, pela sua volunta-riedade, “dá” mais nas vistas, enquan-to José Fonte é mais sóbrio o que não significa menos eficiente. Pepe é um jo-gador ágil, fortíssimo na marcação e no jogo aéreo e elemento importante nos lances de bola parada que favoreçam Portugal. Com a moral em alta – pela conquista da Liga dos Campeões – ape-nas se lhe pede um “esforço” para con-ter a sua impetuosidade que, por vezes, é passível do cartão indesejável

José Fonte, com uma época brilhan-te no Southampton, mereceu honras de capitão de equipa. Igualmente forte na marcação e no jogo aéreo, com boa lei-tura de jogo, poderá ser a “arma secre-

ta” quando defrontarmos adversários fisicamente poderosos.

BRUNO ALVES – Expulsão em In-glaterra à parte, duvidamos que haja alguém com igual capacidade no jogo aéreo. Igualmente forte no 1x1 mas mais débil quando tiver que deitar mão à velocidade. Parece-nos, no entanto, pela experiência e pela forma como se posiciona, o “parceiro” escolhido para acompanhar Pepe, no eixo da defesa. A recente contratação do Cagliari, deverá querer mostrar no Europeu que as suas qualidades estão intactas. Não pode é descontrolar-se, como sucedeu em In-glaterra…

RICARDO CARVALHO – O mais velho da selecção mas… não se nota em campo. A importância do treino oculto, o saber cuidar de si, prolongar-lhe-ão a carreira por mais uma ou duas tempo-radas. Armas que o defendem: perfeito sentido posicional, poder de antecipa-ção – o que revela excelente leitura de jogo – e muito bom nas bolas paradas na área adversária.

ELISEU – Um lateral esquerdo de muita qualidade, muito embora no seu clube nem sempre lhe tivessem dado o devido merecimento. Na seleção, tem demonstrado a sua veia atacante, os cruzamentos quase milimétricos, a sua perfeita integração em lances ofensivos a que não falta uma capacidade de re-

mate notável.RAPHAEL GUERREIRO – O benja-

mim da defesa mas não por isso menos importante. Exímio na marcação de li-vres – o golo frente à Noruega é disso exemplo -, tem a virtude de se envol-ver com êxito nos lances ofensivos. Um candidato fortíssimo à titularidade, no flanco esquerdo.

MEIO CAMPOÉ o sector dourado. Não nos lem-

bramos de, numa selecção nacional, es-tar um lote tão vasto quanto valioso, de médios com cotação alta no mercado.

Vários esquemas tácticos podem ser engendrados por Fernando Santos por-que tem gente que faz, com qualidade, duas posições se necessário. Será este o sector que poderá brilhar nos êxitos que se esperam!

Se quisermos interpretar assim, está aqui uma deliciosa dor de cabeça para quem tem a missão de escolher.

Individualmente:JOÃO MOUTINHO é o mais “ve-

lho” do sector. Infelizmente, não teve uma época a seu gosto, com várias lesões, a última das quais no tornoze-lo esquerdo que lhe deu um final de temporada algo complicada. Mas o seu valor, a sua capacidade, a sua excelente leitura de jogo, são atributos intactos e, por isso mesmo, importantes. >>

A selecção portuguesa por sectores

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Terça-feira, 14 de Junho de 2016 JTM | TEMA 03

Costa Santos Sr*

Mialgia põe Quaresma de foraPrimeira contrariedade para Portugal. Ricardo Quaresma, o futebolista da selecção portuguesa que irradiava melhor forma é quase certo que vai ficar de fora. A culpa é de uma mialgia, dizem os médicos

Faltam poucas horas para os es-colhidos por Fernando Santos provarem, no relvado do estádio

Geoffrroy Guichard, em Saint-Ettien-ne, com capacidade para 42 mil espec-tadores e inaugurado em Setembro de 1931, as suas mais valias, a sua capaci-dade e a dinâmica de vitória.

Não, não temos dúvidas que os se-leccionados portugueses, têm valor de sobra para levar de vencida o onze islan-dês comandado por Lars Lagerback – um senhor que esteve em cinco europeus e mundiais consecutivos – nórdico e tam-bém apelidado de “profeta nórdico”.

Sem entrarmos em detalhes, sempre diremos que a Islândia foi a selecção que mais evoluiu, competitivamente, no futebol europeu, graças, sobretudo, à metodologia usada por Legerback que assenta o futebol da sua selecção numa excelente capacidade físico-atlética-tác-tica, usando um 4x4x2 com as linhas re-cuadas que, de repente, passa para um 4x5x1, servindo-se de gente no ataque com o perfil perfeito para “homens da área”. Com um meio campo forte, esta selecção tida, aprioristicamente, como “dócil”, vai obrigar os jogadores portu-gueses a “muito suor”.

É evidente que a selecção portu-guesa tem, a seu favor, o elevado ín-dice técnico individual e, obviamente, transposto para colectivo, é uma for-ça quase “destruidora”; porém, ou há concentração máxima e o engenho e arte sobe ao relvado para criar os es-paços onde possam explodir Ronaldo e Quaresma ou… alguns calafrios po-derão acontecer.

Será bom recordar que esta Islân-

dia ficou em segundo lugar na fase de qualificação, à frente da Turquia e Holanda. Portanto, não será nada de subestimar!

Perguntará o leitor: isto não será receio a mais? Portugal foi o primeiro do seu grupo…

Respondemos: Não. Será, talvez, al-guma cautela, mas não receio. E a clas-sificação portuguesa na fase de qualifi-cação, teve a Albânia como “algoz” – a única derrota e logo em Portugal! – no resto, o mais experiente adversário (a Dinamarca) não logrou tirar-nos um ponto que fosse! Mas voltando à nossa selecção, em situação normal, a técnica é o melhor antídoto para a força. E por aí, estamos uns furos muito acima dos nossos adversários de hoje!

Nani com RonaldoÀ hora que escrevemos, a lesão de

Quaresma impede o jogador que mais alegria tinha revelado nos jogos de preparação de dar o seu contributo à equipa. A notícias mais recentes dão conta de que nem sequer é certo que possa jogar no sábado contra a Aus-tria, o que é uma contrariedade.

Deste modo, tudo faz crer que seja Nani a jogar na frente com Ronaldo, isto caso Fernando Santos não faça al-guma surpresa.

Sem pretensões algumas, apenas e só “entrando” na mente do selecciona-dor, acreditamos que Portugal vá ali-nhar da seguinte forma: Rui Patricio; Cédric Soares, Pepe, Ricardo Carvalho e Rafhael Guerreiro; João Mário, Da-nilo Pereira, João Moutinho e André Gomes; Nani e Ronaldo.

Logo mais veremos se acertámos...

*Jornalista profissional especializado em desporto

• • •PORTUGAL RUMO AO EUROPEU DE FRANÇA

>> RENATO SANCHEZ, o benjamim da selecção. Apenas 18 anos. Explodiu em Janeiro, quando o Benfi-ca se preparava para ir ao mercado “comprar” um mé-dio. Entrou na equipa e… não mais saíu. É certo que a sua juventude e alguma inexperiência, poderiam ser factores “contra”, mas a sua capacidade física, as suas “explosões”, são predicados importantes. Por mérito está onde está!

WILLIAM CARVALHO, tem várias qualidades fundamentais: excelente visão de jogo, excelente qua-lidade de passe a média e longa distância, forte poder de contenção e controlo da bola e não raras vezes está no ínicio de qualquer processo ofensivo.

DANILO PEREIRA, justificou perfeitamente esta chamada. Se no Maritimo dava gosto vê-lo jogar, no FCP, apesar da onda negra que varreu o plantel, a sua bitola exibicional foi sempre positiva. Muito bom no jogo aéreo – já marcou alguns golos… - e muito bom na marcação. Não nos esqueçamos que é vice-cam-peão do mundo de sub-20!

JOÃO MÁRIO – Excelente época no Sporting onde demonstrou todas as suas mais valias. Um criativo nato, com a particularidade de poder jo-gar nas alas e pelo meio. Um dos pilares da selecção portuguesa.

ANDRÉ GOMES – Com duas temporadas de grande relevo no Valência, esta “pérola” que o Benfi-ca deixou partir, tem muito tempo para evoluir e, esta chamada, poderá trazer-lhe a motivação que lhe tem

faltado. Nos jogos de preparação, deu nas vistas. Fer-nando Santos sabe muito bem como tirar o máximo rendimento de um jogador que de lento não tem nada.

ADRIEN SILVA – Mais uma época brilhante no Sporting. Um polivalente que tanto poderá jogar a trinco – se necessário – como a 10, muito embora prefi-ra zonas onde ajude o ataque e não demore a socorrer a defesa, recuperando muitas bolas e municiando o ataque onde, também, gosta de aparecer em zonas de finalização. Não é novidade estar no melhor momento da sua carreira.

OS AVANÇADOSCom alguma objectvidade e salvo que outros sur-

jam num pico de forma elevado, não poderemos es-conder que o sector que terá a obrigação de fazer go-los, é aquele que mais preocupações dá…

CRISTIANO RONALDO – É (será!) o motor da equipa. As indicações deixadas no único jogo de pre-paração que realizou (45 minutos), com a obtenção de dois golos, não mostrando um Ronaldo explosivo, foram, porém, melhores do que a exibição na final da Liga dos Campeões. Mas é inegável que se está a poupar o físico do atleta. Até nos treinos. Bom sinal? Pelo menos, um sinal de precaução face ao que dele se precisa: carregar a equipa às costas e levá-la até à área contrária.

Inquestionavelmente a mais valia da selecção e, seguramente, não irá ter muito espaço para se mo-

vimentar. Aqui… surgirá talento de criar e fugir às marcações.

RICARDO QUARESMA – Surpreendeu a sua condição física, a sua movimentação e o alarde da sua técnica individual. Acreditamos que seja o “par” de Ronaldo e se o “andamento” for o que mostrou fren-te à Estónia, seguramente que tudo irá funcionar bem melhor.

NANI – Com Quaresma em forma, reduz-se o es-paço para Nani ser titular. De qualquer forma, é um atleta prontinho a entrar a qualquer momento e, ao seu estilo, conseguir criar espaços de penetração para quem “vier detrás”.

RAFA – A sua irreverência poderá ser determinan-te, em caso de necessidade absoluta. Rápido, boa téc-nica e excelente leitura de jogo. E o seu desejo de abrir as portas da Europa ao seu futuro, poderá ser, mesmo, determinante.

ÉDER – O gesto de Fernando Santos ao determinar que fosse Éder o capitão, depois da saída de Ricardo Carvalho, no encontro com a Noruega, galvanizou os ânimos do atleta que, infelizmente, não é das boas graças do adepto português. Marcou frente à Norue-ga e…marcou frente à Estónia. A sua utilidade não se pode questionar, mas o jogar só, no eixo atacante, é sempre problema para qualquer um. O jogo aéreo é seu forte e Fernando Santos sabe isso muito bem!

*Jornalista profissional especializado em desporto

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Terça-feira, 14 de Junho de 201604 JTM | TEMA

• • •PORTUGAL RUMO AO EUROPEU DE FRANÇA

Se depender das boas energias e confiança registada pelo públi-co em Macau, a selecção por-

tuguesa de futebol vai com certeza ganhar o primeiro confronto do Eu-ropeu de Futebol contra a Islândia. Nesta antevisão feita à equipa do JORNAL TRIBUNA DE MACAU a confiança reinou.

O apoio começa com a família Marreiros. “O rival que veio do frio vai ter de perder. Portugal tem mais argumentos individuais e colecti-vos”, disse Carlos Marreiros.

O arquitecto vai ver o jogo em casa e prevê uma vitória por 2-0 com golos de Cristiano Ronaldo e o André Gomes. “Os três jogos de preparação que a nossa equipa teve, mostrou bons argumentos, é uma equipa dinâmica e muito confiante”, afirmou, notando que a nível técnico e de talento futebolístico é superior à “minúscula Islândia”. Para além disso, há um forte apoio popular que fazem com que a selecção jogue em “casa” dada a “significativa po-pulação de emigrantes na França”.

Para Carlos Marreiros, a grande alegria de ver a selecção a jogar de-ve-se à nova geração de jogadores. Considerando essencial a vitória no primeiro jogo, lembra que os joga-dores devem ser humildes, “jogar para a equipa e estar concentrados”.

“Tudo corre a favor de Portugal e da vitória, embora a França não traga boas memórias para a nossa equipa. Mas desta vez estão reuni-

das as condições para que o galo de Barcelos esfrangalhe o galo galês”, concluiu.

Também Vítor Marreiros aposta numa vitória por um ou dois zero para a selecção das Quinas. “A equi-pa é equilibrada, tem bons jogado-res, tanto uns mais velhos e mais maduros como uns mais jovens. Não vai ter muitas dificuldades na primeira parte, se calhar mais para a frente pode começar a sentir algu-mas dificuldades”, disse

Estimando que Portugal vai pas-sar nesta primeira fase, Vítor Mar-reiros duvida no entanto que a se-lecção seja campeão do Euro 2016, apesar de gostar que tal acontecesse. “Há muitos factores que influenciam a possibilidade de chegar a campeão e há outras equipas que também são muito fortes”, declarou, salientando que a continuidade vai também de-pender dos adversários que venham no caminho.

Na mesma linha, Fernando Go-mes considera que a “vitória por 2-1 não será grande problema, mas será suada”, também porque o “primeiro jogo é sempre imprevisível”.

“A Islândia é uma equipa de jogo prático, tem um contra-ataque rápi-do e esta é a realidade mais forte da Islândia”, sublinhou o médico que vai ver o jogo em casa, acentuando que o onze de Fernando Santos não deve ter grandes novidades, ficando Quaresma reservado para a segunda parte.

Manuel Machado, presidente da Escola Portuguesa de Macau, afir-mou categoricamente “Portugal vai

vencer”. “Tirando o pequeno problema

com o Quaresma, existe a restan-te equipa que tem capacidade para vencer a Islândia”, disse, asseguran-do que vai ficar acordado para ver o jogo em casa.

Novata Islândia comfulgor de iniciante

Helena Brandão também está confiante com a vitória por 2-0, porque a selecção portuguesa “tem equipa e mais experiência”. “Mas a Islândia pode ser uma surpresa, por-que como é a primeira vez que está no Euro, vai ser uma equipa aguerri-da, forte e que pode criar dificulda-des. Todos os cuidados são poucos”, advertiu.

Sublinhando que Fernando San-tos fez uma boa escolha ao trazer sangue novo para a equipa em para-lelo com jogadores com mais expe-riência, que “podem já não ter per-nas para suportar o campeonato”, a presidente da Associação dos Ami-gos de Moçambique realçou que “jo-gadores jovens como o William em conjunto com os mais velhos podem dar bons resultados. Se Quaresma estivesse bom, por mim ia ele com Cristiano Ronaldo e Nani para de-cidir o jogo, quantos mais golos se marcar melhor”.

Para Helena Brandão “no grupo em que está, Portugal tem a obri-gação de ficar em primeiro lugar”. Depois de passar esta fase, os jogos serão mais difíceis mas simultanea-mente mais fáceis, porque “passa-ram os primeiros nervos” e a equipa

SELECÇÃO DEVE ESTAR ALERTA PARA SURPRESAS DA ISLÂNDIA

Galo de Barcelos vai cantarno primeiro jogo

OS JOGOS, RESULTADOS E CLASSIFICAÇÕES

1. O pequenino que vai resolvendoPequenino fisicamente, mas enorme no controlo do jogo a meio campo e, de vez em quando, com um potente remate de fora da área que resolve as partidas, eis Luka Modric, o médio do Real Madrid, que deu os três pontos à Croácia contra a Turquia. Mais equipa e com melhores jogadores, a Croácia poderia ter feito uma goleada (Rakitic quase marcou aos 2’) mas acabou por se ter de contentar com a diferença mí-nima e sofrer um pouco no final. Um jogo muito disputado, ao sabor deste Euro em que as selecções parecem ter chegado mui-to iguais, em termos físicos, o que aumenta a possibilidade de grandes surpresas.

2. Foi curto para tanto domínio Em Nice, a Polónia dominou por comple-to o jogo frente à estreante em fases finais Irlanda do Norte, mas venceu apenas pela margem mínima de 1-0, com um golo de Arkadiusz Milik, resultado que não traduz o domínio exercido. Na realidade, o domí-nio polaco foi tão evidente que a Irlanda do Norte só criou a primeira jogada de algum perigo aos 72 minutos, por Conor Washing-ton. Até lá o guardião Wojciech Szczesny foi quase figurante a ver os seus médios e avan-çados a perderem golos, em especial na par-te final da partida tanto em jogadas corridas como em lances de bola parada.

3. Os suspeitos do costumeNo Estádio Pierre Mauroy, em Lille, e como é habitual, a Alemanha venceu a Ucrânia, por 2-0, com golos de Shkodran Mustafi, aos 19’ e Bastian Schweinsteiger aos 90+2’, ele que depois de uma época de lesões no Manchester United entrara aos 90. A Ucrâ-nia teve no guarda-redes germânico Ma-nuel Neuer o grande obstáculo, principal-mente na primeira parte, em que o gigante germânico negou por duas vezes o golo. Com este triunfo, a Alemanha assume a li-derança do grupo C, de parceria com a Po-lónia, ambas com três pontos, com Irlanda do Norte e Ucrânia, a zero.

O optimismo reina entre os apoiantes da selecção portuguesa de futebol em Macau, segundo apurou o JORNAL TRIBUNA DE MACAU. As vitórias são por 2-1 ou 3-1, maioritariamente, sendo destacado pelos entrevistados que os jogadores devem ser humildes e estar preparados para a hipótese de serem surpreendidos pela Islândia

Café do IPOR de sala composta

Ainda há lugares vagos no café do IPOR para assistir ao jogo Portugal-Islândia. Patrícia Ribeiro do IPOR avançou que a “sala está a ficar composta”, com os cerca de 40 lugares quase reservados, havendo já reservas para o próximo jogo com a Áustria. “Temos visto uma boa recepção por parte das pessoas. Vemos pelas notificações do Facebook que o evento está a ser partilhado e temos muitos contactos directos”, afirmou.

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Liane Ferreira*

Francisco Manhão

“Como português é claro que apoio a selecção mas, em

termos de favoritismo para ganhar, Portugal é o escolhido”

Carlos Marreiros

“O rival que veio do frio vai ter de perder. Portugal tem

mais argumentos individuais e colectivos”

Fernando Gomes

“vitória por 2-1 não será grande problema, mas será suada”,

também porque o “primeiro jogo é sempre imprevisível”

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Terça-feira, 14 de Junho de 2016 JTM | TEMA 05

• • •PORTUGAL RUMO AO EUROPEU DE FRANÇA

Como tenho dito, com Quaresma tanto pode ser

como não ser - e dizem as notícias que hoje tal-vez não seja.

É disto que eu gosto em Quaresma, é sempre uma emoção. Seja lá den-tro arrancando curvas mágicas, trivelas (os ou-tros passam e centram, ele trivela), seja nem en-trando.

Hoje, estamos mais comovidos com o sim ou não de Quaresma no campo do que os ingle-ses, irlandeses, turcos e eslovacos se emociona-ram nestes três dias de Euro com todos os seus pobres diabos de jogado-res jogando.

Tem sido assim toda a carreira de Quaresma (e ele já vai nos 32): alguns feéri-cos beijos na boca, muitos murros nos dentes.

Na verdade, mais estes.O Mundial de 2006,

foram dois momentos, a cabeçada de Zidane e a não convocação de Quaresma. Tirando Ma-terazzi, que levou com a cabeçada, a todos doeu mais a ausência de Qua-resma (embora nem to-dos dessem conta).

E a mim doeu, parti-cularmente, porque foi a prova de que ninguém me liga: nesse ano, escre-vi 153 crónicas rogando por ele. No Natal, dele, nem um cartão: “Obri-gado, Sr. Fernandes Fer-reira.” Não me importei porque entretanto já ti-nha compreendido que ele é o bem chamado.

Quaresma, na liturgia católica, é a penitência a preparar a Páscoa. Muita Quarta-Feira de Cinzas mas ele, um dia, ressus-cita... Ou não, agora foi uma mialgia.

Mas até na dor Qua-resma é grande.

Mialgia podia ser um belo nome para futebolis-ta (o Chelsea tem um jo-gador chamado Amelia).

E eu insisto: Quares-ma é quando o homem quiser.

JTM/DN

Ferreira Fernandes

Quaresma é quando o homem

quiser

está mais confiante. “Talvez cheguemos aos quartos de final, não sei”, afirmou.

Na sua previsão, a Alemanha está muito forte e existem outras equipas mui-to fortes fisicamente. “Não sei se Portugal está assim tão bem em termos de força fí-sica”, salientou, indicando que vai tentar assistir aos jogos da selecção portuguesa em casa.

Na mesma perspectiva, Miguel Sen-na Fernandes também acredita na vitória por 2-1, sendo que a selecção tem espa-ço de manobra dentro do grupo. “Temos as condições mínimas para confrontar a Islândia, é uma equipa que está mais de fora mas pode reservar muitas surpre-sas”, salientou.

“A selecção sabe que é a favorita mas não pode deixar comandar-se por isso”, frisou Miguel Senna Fernandes, referin-do que existem condições para ganharem graças ao “onze bastante apelativo em termos de eficácia”.

Para além disso, “durante os jogos de preparação viu-se que existia dinâmica, coisa que antigamente não havia pois ha-via um cuidado na colocação dos supers-tar”.

José Basto da Silva faz o mesmo repa-ro relativamente aos cuidados com a no-vata. Nunca se sabe. Pelo facto de terem entrado no Europeu significa que as equi-pas têm um mínimo de qualidade, aliás viu-se logo no jogo de arranque da Fran-ça contra a Roménia que a Roménia não era de forma alguma uma equipa inferior. Com a Islândia também não se pode fa-cilitar, mas é preciso jogar com cuidado, com atenção, porque às vezes estas equi-pas aproveitam muito para marcar em si-tuações de contra-ataque”, afirmou.

“Espero que seja um bom jogo, com fairplay. Contra a Islândia, talvez 2-1 para Portugal”, disse, notando que Fernando Santos é “competente” e saberá escolher a melhor a equipa para defender os inte-resses da selecção.

Na sua opinião, a equipa está equili-brada “com um misto de juventude com

mais genica e outras pessoas com mais experiência”, resultando em boas condi-ções para ganhar.

“Temos um bocado a tradição de per-der o primeiro jogo ou empatar e depois andar a correr atrás do resultado. Temos que começar logo bem, tentar sacar o má-ximo de pontos logo à partida, para mais à frente podermos jogar com outra tran-quilidade”, destacou José Basto da Silva, que também não vai ver o jogo.

Três golos na vitóriados mais optimistas

“Estou muito confiante, porque as úl-timas prestações da equipa têm sido boas e acho que não vão desfraldar”, começa por dizer o designer André Falcão, pre-vendo uma vitória por 3-1 para Portugal.

Frisando que estava na altura de fazer mudanças na equipa e Fernando Santos tomou essa decisão, André Falcão afir-mou que “havia muitos jogadores que ocupavam os mesmos lugares há algum tempo e saíram para dar lugar aos mais novos, com valor demonstrado nas equi-pas em que jogam e por isso mesmo é um prémio merecido estarem na selecção”.

“Tivemos sorte no grupo e também estamos melhor do que anteriormente”, declarou, acrescentando que sente uma forte confiança em torno da equipa.

Francisco Manhão também aposta numa vantagem de 3-1 para Portugal, não tendo dúvidas de que Portugal será apurado para os oitavos de final.

“Como português é claro que apoio a selecção mas, em termos de favoritismo para ganhar, Portugal é o escolhido”, dis-se, notando que a selecção tem bons joga-dores, nomeadamente Cristiano Ronaldo que considera ser a “chave” da equipa, mas não deve ser pressionado.

“O André Silva devia ter sido convo-cado porque Portugal precisa de ponta de lança, já o Ricardo Carvalho não deveria ser titular por causa da idade, ele poderá trazer desvantagens para a equipa”, afir-mou Francisco Manhão, antevendo outra

vitória frente à Áustria. Já Vera Gonçalves é a mais optimista,

apostando no 3-0 para Portugal, porque tem “uma equipa com mais história e ca-pacidade” do que o adversário.

Indicando os riscos da Islândia sur-preender, mostrou-se confiante no resul-tado positivo.

Boa comunicaçãoem campo

Joe Chan, líder da “Macau Green Stu-dents Union”, não vai ver o jogo, no en-tanto defende que Portugal vai ganhar, porque a capacidade de resposta é supe-rior à equipa adversária.

Salientando que a selecção “não é só Cristiano Ronaldo”, considera que a equipa melhorou em termos de comuni-cação em campo.

“É difícil consagrar-se campeão, mas há espaço para se classificar nos quatro primeiros lugares na final”, disse.

Su Chan U, presidente da Macau Chi-ba FC, também prevê uma vitória por 2-0 para a equipa das Quinas, porque a Islân-dia é uma equipa muito fraca, bem como Áustria e Hungria, havendo hipóteses de apuramento para os oitavos de final, com muitos golos na fase de grupos. Já o cam-peão europeu deverá ser a Alemanha.

Ao contrário dos restantes, Scott Chiang, presidente da Associação Novo Macau (ANM), vai ver o jogo e deseja sorte a Portugal, apesar de confessar que apoiava a não-classificada Escócia. “Não acredito que cheguem à final, mas seria espectacular se isso acontecesse, tal como foi com o Euro 2004 e o jogo com a Gré-cia”, afirmou.

Para o presidente da ANM, a selecção portuguesa vai entrar muito lenta, de-vendo demorar dois a três jogos a “aque-cer”. “Esperemos que nessa altura não seja muito tarde para jogarem com todo o seu potencial”, frisou, prevendo que che-guem aos quartos-final.

*Com C.A./I.A./R.C

Helena Brandão

“no grupo em que está, Portugal tem a obrigação de ficar em

primeiro lugar”

Joe Chan

Salienta que a selecção “não é só Cristiano Ronaldo”

José Basto da Silva

“Espero que seja um bom jogo, com fairplay. Contra a Islândia, talvez 2-1

para Portugal”

Manuel Machado

“Tirando o pequeno problema com o

Quaresma, existe a restante equipa que tem capacidade para vencer a

Islândia”

Scott Chiang

“Não acredito que cheguem à final, mas

seria espectacular se isso acontecesse, tal como foi com o Euro 2004 e o jogo

com a Grécia”

Vera Gonçalves

“uma equipa com mais história e capacidade” - justificando assim a sua

aposta num resultado de 3-0 para Portugal

Víctor Marreiros

“Há muitos factores que influenciam a

possibilidade de chegar a campeão e há outras

equipas que também são muito fortes”

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Terça-feira, 14 de Junho de 201606 JTM | LOCAL

353 mil pessoas com contasreforçadas na Previdência

O Fundo de Segurança Social (FSS) publicou a lista de atribuição de verba a título de repartição extraordinária de saldos orçamentais do ano 2016 para contas individuais de previdência, envolvendo um total de 353.010 pessoas. Segundo o FSS, os indivíduos incluídos na lista não precisam de tratar de nenhuma formalidade, sendo creditado o valor de 7.000 patacas nas suas contas individuais. Os titulares que têm direito à atribuição de verba pela primeira vez, podem ter ao mesmo tempo o direito à atribuição da verba de incentivo básico no valor de 10.000 patacas. Por outro lado, 126.229 pessoas foram excluídas da lista.

Inês Almeida

MAIS DE 100.000 NO NOVO REGIME

Regime obrigatório causaria “pressão aos empregadores”O Governo espera conseguir atrair pelo menos 100.000 trabalhadores para o Regime de Previdência Central Não Obrigatório. A obrigatoriedade do regime dependerá da situação económica em 2019, ano em que a receptividade do mecanismo deverá ser avaliada, explicou o presidente do Fundo de Segurança Social, admitindo que, nesta fase, o Executivo optou por um sistema facultativo para não aumentar a pressão junto das entidades patronais

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JTM

Apesar de ser difícil pre-ver a adesão dos traba-lhadores ao Regime de

Previdência Central não Obri-gatório, dada a sua natureza, o Governo tem um número mínimo que pretende atingir. “Vamos realizar uma série de acções de sensibilização. Pre-tendemos atrair, no mínimo, 100.000 trabalhadores. Esse é o nosso objectivo”, frisou o presi-dente do Fundo de Segurança Social (FSS).

Iong Kong Io destacou que o FSS vai trabalhar para chamar a atenção dos empregadores para

o novo Regime que também os favorecerá, garante. “Eles [em-pregadores] também são bene-ficiados pelo regime já que as pessoas quando procuram um emprego têm em conta os bene-fícios sociais que lhes são ofere-cidos. Penso que será positivo para eles também”, explicou, acrescentando que o projecto já foi remetido para a Assembleia Legislativa que deverá agendar a sua discussão em sede de ple-nário para breve.

O responsável respondeu ainda às acusações que davam conta de o Regime não-Obriga-tório ser um sinal de falta de de-terminação do Executivo dizen-do que “a economia está numa

fase de ajustamento”. “Tornar o regime obrigatório logo de início pode trazer pressão aos empregadores e à própria eco-nomia”.

Questionado sobre a pos-sibilidade de o regime não vir a tornar-se obrigatório, caso a economia do território não te-nha melhorado em 2019, Iong Kong Io limitou-se a explicar que a situação financeira não é o único factor a ter em conta no âmbito da implementação.

Algumas regras defini-das pelo diploma levantaram questões como é o caso de os reformados poderem levantar o dinheiro que têm nas suas contas, quer do plano de con-tribuição conjunta, quer do

plano de contribuição indi-vidual, apenas quando atin-girem os 65 anos de idade. Nesse âmbito, o presidente do FSS garantiu que se “even-tualmente um trabalhador precisar de pedir um levanta-mento adiantado, por doença, por exemplo, avaliaremos o caso. Temos de ter em conta as necessidades dos trabalha-dores”.

O facto de 40% das empre-sas locais já oferecerem siste-mas de pensões privados não invalida o ingresso no novo Regime, frisou Ho Hoi San, técnico superior do FSS. “Há 11 entidades gestoras a ofere-cer planos privados. No âmbi-to deste regime, as entidades

podem fazer o registo dos seus planos, que, caso sejam aceites pelo Governo, são pu-blicados em Boletim Oficial. Depois, os empregadores po-dem optar por aquele que lhes parecer melhor”, explicou.

Os representantes do FSS referiram ainda que, embora o ingresso neste regime não--obrigatório dependa maio-ritariamente da vontade dos empregadores, os funcioná-rios têm uma pequena mar-gem de manobra com as con-tas individuais. “Mesmo que um empregador não queira aderir ao regime, o funcioná-rio pode fazê-lo no âmbito do plano de contribuições indivi-duais”.

Iong Kong Io destaca benefícios para os empregadores

2ª Vez “JTM” - 14 de Junho de 2016

Execução Ordinária nº CV2-15-0034-CEO 2° Juízo Cível

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

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O Juiz ,Jerónimo Alberto Gonçalves Santos

A Escrivã Judicial Auxiliar,Leung Ngan Kuan

2ª Vez “JTM” - 14 de Junho de 2016

Execução Ordinária nº CV1-15-0121-CEO 1º Juízo Cível

Exequente: IEONG KIN LENG, casada, titular do B.I.R.M., e residência em Macau, na Estrada Nordeste da Taipa, nºs 279 a 585, Edifício Choi Long Meng Chu, Bloco 2, 11º andar C. Executados: 1. LI JINHUI e 2. MO LIBING, casados no regime da comunhão de adquiridos, ambos titular do B.I.R.M., e residência na China, “中山巿三乡鎮雅居樂一期會所”.

FAZ-SE SABER que nos autos acima indicados são citados os credores desconhecidos do Executado para, no prazo de QUINZE DIAS, que começam a correr depois de finda a dilação de vinte dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, reclamar o pagamento dos seus créditos pelo produto do bem penhorado sobre que tenha garantia real e que é o seguinte:

Imóvel penhoradoDenominação: fracção autónoma, “G16” do 16º andar “G”.Situação: sito em Macau, nº 162 a 266 da Avenida 1º de Maio, nº 167 a 263 da Rua do Canal Novo, nº 111 a 213 da Rua Nova da Areia Preta e nº 12 a 108 da Rua 1º de Maio.Finalidade: para habitação.Número de matriz: 073104.Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: nº 21969-IV, a fls. 189 do Livro B111.Número de inscrição da propriedade horizontal: nº 26757, a fls. 124 do Livro F113M.Número de inscrição de proprietário nº 164163G.

Na R.A.E.M., 03/06/2016.

O Juiz, Chan Io Chao

A Escrivã Judicial Principal,Ana Capelo

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

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1ª Vez “JTM” - 14 de Junho de 2016

Execução Ordinária nº CV1-15-0173-CEO 1º Juízo Cível

Exequente:德晉博彩中介股份有限公司(由行政管理機關成員王佩琼 代表) COMPANHIA DE PROMOÇÃO DE JOGOS TAK CHUN S.A. (Rep. pela administradora WONG PUI KENG), com sede em Macau Starworld Hotel, 15º andar. Executado: KU CHAK LONG (古龍澤), titular do Bilhete de Identidade de Residente Permanente de Macau nº 7349XXX(X), residente em Macau, na Rua da Hotelãos, nº 12-52, Son Tak Garden, Bloco 2, 11º andar P.

FAZ-SE SABER que nos autos acima indicados são citados os credores desconhecidos dos executados para, no prazo de QUINZE DIAS, que começam a correr depois de finda a dilação de vinte dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, reclamar o pagamento dos seus créditos pelo produto do bem penhorado sobre que tenha garantia real e que é o seguinte:

Imóvel penhoradoDenominação: fracção autónoma, “P11-11”.Situação: sito em Macau, Rua da Hotelãos, nº 12-52, Son Tak Garden, Bloco 2.Finalidade: para habitação.Número de matriz: 73631.Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: nº 22450, do Livro B134, Fls. 3.

Na R.A.E.M., 03/06/2016.

O Juiz, Chan Io Chao

O Escrivão Judicial Adjunto,Lam Lok Kei Roque

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

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Terça-feira, 14 de Junho de 2016 JTM | LOCAL 07

Regresso ao crescimento “adiado” para Agosto

Numa altura em que os analistas ainda se mostram divididos sobre a possibilidade das receitas do jogo voltarem a crescer em Junho, após 24 meses de quebras consecutivas homólogas, a Sanford C. Bernstein prefere apostar em Agosto. “Esperamos que as receitas brutas do jogo em Macau continuem a sua tendência ‘menos má’ em Junho e Julho, e retomem o crescimento anual sustentável em Agosto”, concretamente de 4%, antecipa a consultora numa nota aos clientes. Segundo os analistas, as receitas brutas dos jogos de fortuna ou azar poderão descer 5,5% em Junho e 1% em Julho e aumentar 5% no segundo semestre deste ano, face a igual período de 2015, graças ao impulso da abertura do Wynn Palace e Parisian, bem como da desaceleração do declínio do segmento VIP.

Entre 45 a 50 promotores de jogo licenciados pelo Governo não estão a de-

senvolver operações por não terem conseguido adaptar-se às novas condições e exigências de um sector onde, cada vez mais, impera a lei do mais forte. A es-timativa surge num relatório da consultora Sanford C. Bernstein, que aponta para uma quebra entre 33% e 36% dos “junkets” actualmente no activo, em com-paração com o número de de-tentores de licenças no início deste ano.

Segundo a última lista da Direcção de Inspecção e Coor-denação de Jogos, publicada em Janeiro no Boletim Oficial, 121 pessoas colectivas e 20 singu-lares foram autorizadas a exer-cer a actividade de promoção de jogos de fortuna ou azar em casino, no entanto, as licenças apenas estão a ser efectivamente usadas por um universo variá-vel entre 90 a 95 “junkets”.

O número de promotores com licença para operar é o mais baixo desde 2006 e traduz uma quebra superior a 40% relativa-mente aos 235 contabilizados em 2013, ano em que o sector atingiu o “pico”. Só entre 2015 e 2016, registou-se uma descida de 42 angariadores de jogadores para as salas VIP.

Este processo selectivo tem evoluído naturalmente às custas dos “junkets” com menor ca-pacidade financeira, logo mais vulneráveis aos problemas de liquidez que atingem todo o sec-tor, devido à quebra das receitas brutas dos casinos e às dificul-dades sentidas na cobrança de dívidas contraídas pelos joga-dores. De acordo com o relatório assinado pelos analistas Vitaly Umansky, Simon Zhang e Cli-fford Kurz, os cinco principais operadores de salas VIP já do-minam mais de 70% das receitas totais desse segmento, sendo que a percentagem supera os 85% se tivermos em conta os 10

O actual número de promotores de jogo em actividade traduz uma quebra de um terço face ao total de licenças atribuídas e a tendência de declínio deverá manter-se num sector marcado pelo crescente domínio dos principais “junkets”, adianta um relatório da Sanford C. Bernstein. Segundo a consultora, mais de 70% do mercado VIP já é dominado por apenas cinco grupos de “junkets”, sendo que só a “Suncity” detém uma fatia de quase 40%

CERCA DE 50 PROMOTORES DE JOGO ESTÃO INOPERANTES

Cinco “junkets” controlam 70% do mercado VIP

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ARQ

UIVOSérgio Terra

maiores grupos.Reforçando o estatuto de

“primus inter pares”, o grupo “Suncity” controla uma fatia cada vez maior do mercado, ao deter uma quota próxima dos 40%, mais do dobro do “Guangdong Group”, seu rival mais directo, estima a Sanford C. Bernstein, que coloca nos lu-gares imediatos, mas com per-centagens menos expressivas, os grupos “Golden Resorts” e “Tak Chun”, que gerem sobre-tudo salas VIP de casinos da So-ciedade de Jogos. A lista dos 10 maiores “junkets” inclui ainda o “AG Group”, “Heng Sheng”, “Jimei”, “Megstar”, “David Group” e “Dore”.

Em Janeiro, um relatório da “Daiwa Securities”, citado pelo portal GGRAsia, já apon-tava a “Suncity” como líder do mercado, mas com uma quota de “apenas” 25%, assegurada por 219 mesas VIP distribuídas por vários casinos. As posições

seguintes eram então ocupa-das pelo “Guangdong Group” (15%) e “Tak Chun Group” (10%).

Liderado por Alvin Chau Cheok Wa, o “Suncity Group” também está a investir no exte-rior, tendo lançado recentemen-te a construção de um resort in-tegrado na província vietnamita de Quang Nam, no quadro de uma “joint-venture” que integra ainda o “VinaCapital Group”, do Vietname, e a “Gold Yield Enterprises Limited”, subsidiá-ria da “Chow Tai Fook Enter-prises Ltd”, grupo de joalharia com grande presença em Hong Kong e Macau. O complexo, que incluirá espaços de jogo e três hotéis, vai ser desenvolvido em três fases e apenas deverá ficar totalmente concluído em 2035.

Paralelamente, a “Suncity” continua muito activa em áreas extra-jogo, assumindo nomea-damente o estatuto de principal patrocinador das últimas três edições do Grande Prémio de Macau. Além disso, o patrão do grupo é uma das figuras de proa da primeira edição do Festival Internacional de Macau, uma vez que também preside à Asso-ciação de Cultura e Produção de Filmes de Macau, organizadora do evento em parceria com o Governo. O Festival conta com um orçamento de 55 milhões de patacas, incluindo 20 milhões canalizados pelos Serviços de Turismo.

Abraçando o lema “Inova-ção com a diversidade”, a acti-vidade do grupo de Alvin Chau também abrange sectores como o financeiro, imobiliário, desen-volvimento de recursos natu-

rais, criação de cavalos, produ-ção de filmes, organização de eventos, leilões, desporto, me-dia, educação, turismo, alimen-tos e bebidas, bem como artigos de luxo, segundo indica na sua página da internet.

Número de “junkets” vai continuar a baixar

No mesmo relatório, que tem um sugestivo título para os investidores (“A luz no fun-do do túnel está a aproximar-se - Agora não é altura de desis-tir”), os analistas da Sanford C. Bernstein referem ainda que a “consolidação” do sector foi um “tema constante” nos contactos estabelecidos com “junkets” numa recente viagem a Macau. Embora reconheça que o aperto das regras por parte do Gover-no da RAEM “poderá ser pre-judicial a curto prazo” para os promotores de jogo, a consulto-ra considera que, a longo prazo, as novas medidas contribuirão para a “criação de uma indús-tria VIP mais forte e mais estável em Macau”.

“Os promotores de jogo e pessoas do marketing interna-cional com quem falámos acre-ditam que o número de ‘junkets’ em Macau vai continuar a dimi-nuir, uma vez que a crescente re-gulamentação e controlo tornará os negócios mais difíceis para os ‘junkets’ menores. Estamos de acordo com essa avaliação”, realçam os analistas.

Apesar do segmento VIP continuar a enfrentar “ventos contrários”, a consultora vis-lumbra alguns sinais positivos para o futuro do sector. “Nota-mos uma melhoria no mercado

imobiliário e na liquidez na Chi-na, juntamente com o que pode ser uma moderação da campa-nha anti-corrupção. Estes facto-res devem apoiar o jogo VIP”.

No entanto, esse optimismo não deverá traduzir-se em gran-des resultados práticos a curto prazo. Segundo as projecções do trio de analistas, as receitas brutas do jogo VIP deverão cair 21% no primeiro semestre deste ano e 4% na segunda metade, fechando assim 2016 com uma quebra de 13,5%. A longo pra-zo, esperam uma taxa de cresci-mento anual composta (CAGR) na ordem de 1% até ao final da década.

Em contrapartida, “a abertu-ra de novos casinos no terceiro trimestre [Wynn Palace e Pari-sian], os desenvolvimentos de infra-estruturas e a resiliência do consumidor chinês” são en-carados como factores “catalisa-dores” para o mercado de mas-sas, pelo menos nos próximos 12 meses. Para Umansky, Zhang e Kurz, as receitas brutas do mer-cado de massas deverão crescer 7,5% no cômputo geral de 2016, fruto de subidas de 1% e 13%, respectivamente nos primeiros seis meses e na segunda metade do ano. Até ao final da década, prevêem um crescimento médio de cerca de 13%.

Ainda assim, os analistas reviram em baixa as previsões das receitas totais dos casinos para 2016, antecipando agora um decréscimo de 3,5% face ao ano anterior, ao invés de um aumento de 1%. Para o período compreendido entre 2015 e 2020 a fasquia da CAGR está coloca-da nos 7%.

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08 JTM | LOCAL Terça-feira, 14 de Junho de 2016

Novo Macau quer mais poderespara a Comissão Eleitoral

Au e Ng acusam Fundação Macau de abusar do dinheiro públicoOs deputados Ng Kuok Cheong e Au Kam San acusaram ontem a Funda-ção Macau de abusar do erário públi-co, defendendo que o “excesso” de dinheiro do organismo seja transferi-do para o Fundo de Segurança Social. De acordo com a “Ou Mun Tin Toi”, Au Kam San apontou que, segundo os Estatutos da Fundação Macau, originalmente o organismo só deve-ria receber uma contribuição de 1,6% das receitas da Sociedade de Turis-mo e Diversões de Macau (STDM), no entanto, actualmente entram nos seus cofres os montantes relativos às receitas das seis operadoras de jogo, incluindo da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), que integra o univer-so da STDM. Na opinião dos dois deputados, tais contribuições estão contra os Estatutos da Fundação Ma-cau, tendo Ng Kuok Cheong consi-derado mesmo que a canalização de 1,6% das receitas das seis operadoras de jogo para o organismo constituiu uma decisão precipitada e que cau-sou um desperdício de recursos.

V.C.

A propósito da revisão da lei eleitoral para a Assem-bleia Legislativa, proposta cuja consulta terminou no passado dia 5, a Associação Novo Macau su-

geriu ontem, em conferência de imprensa, a abertura das escolas do ensino não superior a todas as candidaturas du-rante o período de campanha, noticiou a Rádio Macau.

“Ou fecham as portas a todo o tipo de actividades po-líticas e mantêm a neutralidade, ou, se aceitarem apenas algumas campanhas nas escolas, devem dar uma oportu-nidade igual a todos”, defendeu o presidente da Novo Ma-cau, Scott Chiang.

Desta forma, a Novo Macau espera evitar a repetição de situações como a que envolveu, em 2013, cinco membros do grupo Consciência de Macau, que distribuíam panfle-tos junto à Escola Secundária Hou Kong quando foram interrompidos pela polícia, tendo sido criticados pela Co-missão Eleitoral, que considerou a acção como uma “reu-nião ilegal”.

Por outro lado, durante a conferência de imprensa de ontem, Scott Chiang disse esperar que a lei eleitoral possa levar mais longe a ideia de estabelecer limites para o di-nheiro gasto em campanha. De acordo com Rádio, a asso-

ciação sugere que as actividades de promoção que benefi-ciem uma determinada campanha, independentemente de quem forem os organizadores, sejam registadas e incluídas no total das despesas, para se evitar formas de contornar os limites.

Além disso, a Novo Macau quer a Comissão Eleitoral menos “passiva” e que se torne capaz de investigar, bem como aberta a receber denúncias sobre eventuais ilegalida-des. Para tal, o vice-presidente da associação, Jason Chao, considera que a Comissão deve ter meios e recursos hu-manos: “A lei devia dar à comissão mais poder, meios e o dever de abrir investigações. Agora que se revê a lei é o momento para fazer isso”, disse.

Entre as sugestões da Novo Macau conta-se ainda o pedido de o Governo retomar a distribuição, por correio postal, dos livretos contendo a informação relativa às can-didaturas e respectivas ideias.

A associação teme que o recurso exclusivo às novas tecnologias deixe de fora uma parte significativa da po-pulação e receia, ainda, que as próprias listas sejam obri-gadas a fazer essa distribuição, o que agravará o problema ambiental.

A Associação Novo Macau entende que a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa deve ser dotada de mais poder e recursos, por forma a garantir eleições incorruptas e com igualdade entre todas as candidaturas

Durante a audiência de ontem com o Chefe do Executivo, a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau propôs a antecipação voluntária dos trabalhadores da Função Pública que tenham cumprido 20 anos de serviço. Segundo José Pereira Coutinho, a medida permitirá “abrir portas de oportunidades” e colocar “mais jovens na Função Pública”

COUTINHO “FALTA DE CORAGEM” DE ALGUNS SECRETÁRIOS

ATFPM propõe aposentaçõesapós 20 anos de serviço

O Chefe do Executivo recebeu ontem os diri-gentes da Associação

dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) que apresentaram a Chui Sai On uma série de opiniões rela-tivas a aspectos sociais e à Fun-ção Pública, deixando também um apelo para a revisão das regras de aposentação volun-tária dos funcionários.

“Neste momento, os fun-

cionários públicos podem aposentar-se, por direito, com 36 anos [de serviço]. Mas, ao abrigo da actual lei, podem também fazê-lo aos 30”, expli-cou o presidente da ATFPM, à margem do encontro com Chui Sai On.

“Atendendo que é um con-trato entre as duas partes, su-gerimos que possam antecipar a aposentação com 20 anos [de serviço]. Há trabalhadores que não se sentem felizes a traba-lhar dentro da função pública e querem sair. Assim, irá abrir-se

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GCS

uma porta de oportunidades e poderão colocar-se mais jovens na função pública”, sustentou José Pereira Coutinho.

Ainda no mesmo plano, a ATFPM reiterou o pedido de ajustamento salarial de 4%, uma proposta que Coutinho garante ter sido “bem recebi-da” por Chui Sai On. “Propu-semos também a manutenção do subsídio de compensação pecuniária para 12.000 pata-cas. Atendendo ao custo de vida e aos salários que são

praticados em Macau as fa-mílias tem pouca qualidade de vida, há muitas famílias pobres e a classe média-baixa também luta com enormes di-ficuldades”, explicou.

Por outro lado, a ATFPM sugeriu o aumento das pen-sões de sobrevivência para 80%, já que actualmente esses beneficiários têm direito a 50% da remuneração original. “O Chefe do Executivo concordou e é uma medida que temos vin-do a falar desde o ano passa-

do”, referiu Pereira Coutinho. Em contrapartida, lamen-

tou que “muitos dos assun-tos” levantados pela asso-ciação fiquem “perdidos nos corredores do poder”. “O senhor Chefe do Executivo é um bom homem, tem bom coração mas não tem Secre-tários ao nível do desejado pela população e, por isso, não conseguem dar resposta. Têm medo, falta de coragem ou não percebem”, concluiu o presidente da ATFPM.

Catarina Almeida

Conselheiros tiveram reunião“muito produtiva” com Chui Sai OnNa qualidade de conselheiros das Comunidades Portuguesas, Rita Santos e José Pereira Coutinho apresentaram ontem ao Chefe do Executivo alguns assuntos relacionados com a comunidade portuguesa, bem como um balanço da recente deslocação a Lisboa. Segundo Pereira Coutinho, a audiência com Chui Sai On foi “muito produtiva”. “Pela primeira vez o senhor Chefe do Executivo afirmou taxativamente o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo gabinete dos Conselheiros das Comunidades Portuguesas”, disse aos jornalistas à margem da reunião. “É bom que ele [Chefe do Executivo] conheça o trabalho dos conselheiros porque temos cada vez mais trabalho na área do registo civil, dos divórcios, dos passaportes, da aquisição de nacionalidade e dos investimentos. (...) Para nós é uma grande alegria ver que as coisas estão a correr bem”, concluiu.

ATFPM foi recebida ontem por Chui Sai On

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Terça-feira, 14 de Junho de 2016 JTM | LOCAL 09

A Direcção dos Ser-viços de Turismo (DST) tem vin-

do a defender uma maior aposta na divulgação dos bairros antigos de Macau como forma de evitar que os visitantes se concentrem apenas no Largo do Sena-do e outros locais com um Património reconhecido. Nesse sentido, a Associação de História Oral de Macau organizou um curso gratui-to que tem como objectivo formar guias turísticos es-pecializados que apresen-tem a cultura dos bairros mais antigos do território.

Em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o presidente da associação, Lam Fat Iam, afirmou que a iniciativa foi inspirada pela própria rea-lidade actual, em que as vi-sitas se centram apenas na divulgação do Património mais conhecido quando “de facto, os bairros antigos, as suas histórias, moradores e costumes também mere-cem ser conhecidos”.

As inscrições para o cur-so abriram ontem. A asso-ciação tenciona juntar um grupo de 30 jovens com idade superior a 16 anos, abrangendo desde estu-dantes a guias profissio-nais, incluindo locais e não--residentes. “Gostaríamos de atrair qualquer pessoa interessada pela cultura lo-cal, que seja atenta, curiosa e tenha vontade de desco-brir novas formas de fazer turismo. É também muito importante que os partici-pantes tenham tempo su-ficiente para actividade”, frisou Lam Fat Iam.

De acordo com o mes-

Para desmistificar a ideia de que que os guias turísticas mostram apenas o Património Cultural, a Associação de História Oral de Macau vai promover um curso que visa formar guias turísticos que dêem a conhecer os bairros antigos. Segundo o presidente da entidade, Lam Fat Iam, após a conclusão das aulas, os 30 alunos irão receber um certificado atribuído pela associação, podendo começar a trabalhar a partir das férias de Verão

ASSOCIAÇÃO DE HISTÓRIA ORAL PROMOVE CURSO PARA GUIAS

Jovens vão mostrar bairros antigos

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ARQ

UIVO Hospital das Ilhas “rende’

197 milhões à AECOMO Chefe do Executivo autorizou a cele-bração de um contrato com a Aecom Asia Company Limited, com vista à prestação dos serviços de gestão e fiscalização de projecto do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas. De acordo com o despa-cho de Chui Sai On, a empresa vai receber 197,6 milhões de patacas pelo contrato, em quatro tranches a liquidar entre 2016 e 2019. Por outro lado, o Chefe do Execu-tivo também deu “luz verde” a um con-trato com a Universidade de Macau re-lacionado com o “controlo de qualidade (civil)” da segunda fase da obra do novo Estabelecimento Prisional de Macau, que irá custar 10,6 milhões de patacas aos co-fres públicos.

Wabag garante contrato para ETAR de ColoaneA WABAG Serviços de Tratamento de Águas (Macau) Limitada vai receber 85,1 milhões de patacas pela prestação dos ser-viços de operação e manutenção da Esta-ção de Tratamento de Águas Residuais de Coloane. O pagamento do montante total será efectuado em três prestações anuais, entre 2016 e 2018, segundo indica o des-pacho do Chefe do Executivo que auto-riza a celebração do respectivo contrato.

Turistas subiram 10,4%na Festa dos Barcos DragãoMacau recebeu 626.996 turistas no fim--de-semana e no feriado do Dia de Tung Ng (Barco-Dragão), o que representa um acréscimo de 10,44% relativamente ao mesmo período do ano transacto, indi-cam dados oficiais ontem divulgados. Entre os dias 9 e 12, os postos fronteiriços de Macau registaram um movimento to-tal de 920.027 entradas e 918.690 saídas.

Cursos da DSAL juntaram6.000 formandos em 2015A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) organizou 282 cursos de formação em 2015, com a participação de 6.032 pessoas, das quais 4.642 já concluí-ram os 206 programas em que se inscre-veram. Segundo a DSAL, 2.203 obtiveram diferentes tipos de certificados de qua-lificação profissional. Em Dezembro, a DSAL lançou, pela primeira vez, o “Plano de formação de técnicas de manutenção de instalações” na modalidade de forma-ção remunerada, tendo 99 indivíduos de 14 empresas reunido as condições para participar neste curso.

Fórum cria WeChatpara Interior da China O Secretariado Permanente do Fórum Macau lançou uma conta oficial no We-Chat, numa versão dedicada ao Interior da China. Segundo o organismo, esta medida visa melhorar a divulgação de informações sobre a sua actividade e a plataforma de Macau junto dos residen-tes, serviços e empresas do Continente chinês.

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MAC

Cônsul recebeu APOMACLiderada por Jorge Fão e Francisco Manhão, uma delegação de cinco membros dos corpos gerentes da APOMAC, reeleitos e empossados a 29 de Abril, foi ontem apresentar cumprimentos a Vítor Sereno, Cônsul-Geral de Portugal de Hong-Kong e Macau. Segundo a APOMAC, no encontro foram trocadas opiniões sobre questões relacionadas com a comunidade portuguesa.

mo responsável, as aulas terão início a 9 de Julho e terminarão a 28 de Agos-to. Durante esse período, os estudantes vão receber conhecimentos teóricos no âmbito da cultura dos bairros antigos, técnicas de apresentação e planeamen-to de rotas turísticas. Numa vertente mais prática, se-gundo explicou o respon-sável, metade do conteúdo será transmitido através de um estágio nas ruas.

Os alunos vão receber certificados atribuídos pela associação que lhes permi-tirão trabalhar nesta área em qualquer actividade or-ganizada pela associação. A Rua da Felicidade será

a primeira zona a ser alvo da iniciativa, onde vão ser dadas a conhecer a cultu-ra comercial da zona e as vivências dos funcionários dos estabelecimentos ali si-tuados.

Em termos de despesas, Lam referiu que o orça-mento ascende a dezenas de milhares de patacas, mas não especificou um valor concreto. As verbas serão direccionadas para o recrutamento de pessoal para dar as aulas aos jovens e acompanhá-los, além da aquisição de manuais e uni-formes que devem conferir “dinamismo”, defendeu o presidente da associação.

Questionado sobre o

valor que será pago aos guias por cada visita, que terá a duração de duas ho-ras, Lam Fat Iam avançou que deverá situar-se entre as 150 e as 300 patacas por hora. A associação vai assu-mir essa despesa.

Por outro lado, além dos guias deverem conseguir expressar-se em chinês e inglês, o responsável mos-trou-se interessado em ter pessoas preparadas para interagir com a comunida-de portuguesa, garantindo que vai divulgar estas vi-sitas gratuitas aos bairros entre os residentes e turis-tas que falam a Língua de Camões.

R.C.

Rua da Felicidade será a primeira zona abrangida pelo projecto

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Terça-feira, 14 de Junho de 201610 JTM | LOCAL

ALBERGUE SCM INAUGURA AMANHÃ MOSTRA DE ALEXANDRE BAPTISTA

Desenhar os “tabus” do corpo e da sexualidade

O artista plástico Alexandre Baptista está de regresso a Macau para uma exposição individual que será inaugurada amanhã, pelas 18:30, no Albergue SCM.

Intitulada “Drawing is Giving One’s Heart”, a mostra vai apresentar em 38 trabalhos a relação que existe entre o corpo e a sexualidade.

“Escolhi várias peças, de vários períodos, para tentar ilus-trar algumas fases e para as pessoas perceberem os pontos que vão passando de um trabalho para o outro”, explicou Alexandre Baptista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

O tema central da exposição levanta as questões estive-ram desde sempre muito vincadas durante toda a carreira do artista. “O meu trabalho não é consensual nem dirigido a massas. Tenho esta ideia, e não estou enganado, de que as pessoas gostam ou não da minha pintura, não há meio ter-mo”, contou, reconhecendo que essa particularidade “afasta, muitas vezes, o público porque trabalho questões que não são fáceis de consumir”.

“Por exemplo, abordo questões como a sexualidade que continuam a ser tabu, e acho que as pessoas têm alguma di-ficuldade em falar e abordar essa temática, mas a mim in-teressa-me muito o comportamento do homem, a todos os níveis”, referiu.

Foi, desde sempre, um artista “polémico” e que “adorava provocar constantemente” através dos seus trabalhos. Defi-nindo-se como “mais contido”, Alexandre Baptista explica que teve de encontrar um “equilíbrio” na escolha das obras que seleccionou para Macau.

Essa polémica que o caracterizava existia não só nos seus trabalhos como na própria postura. “Hoje estou mais conti-do. São as próprias vivências, é a idade, é tudo e hoje creio que não preciso disso. O trabalho fala por si, se quiser pro-vocar o trabalho fala por mim que é a continuação do meu corpo noutro suporte”, acrescentou.

Além disso, é através da arte que tem procurado encon-trar a verdadeira essência do ser humano, algo que não tem sido fácil. “Tenho feito algum esforço para tentar perceber o

Catarina Almeida

Concerto “Final Fantasy” teve “casa cheia” no VenetianA Orquestra de Macau apresentou o primeiro concerto sinfónico audio-visual com o espectáculo “Mundos Distantes - Mú-sica de Final Fantasy”, que teve “casa cheia” no Teatro Venetian. A Or-questra garante que pre-tende apresentar novos formatos performativos de modo a “enriquecer a arte da música e de ofe-recer novas experiências musicais aos residentes e visitantes”. Segundo o Instituto Cultural, a Orquestra interpretou as criações do compositor japonês de música para video-jogos, Nobuo Uematsu, que se fizeram acompanhar de imagens proporcionando uma “experiência duplamente auditiva e visual”. Com o objectivo de concretizar um conceito de “música sem limites”, a Orquestra de Macau e a Sands China convidaram ainda uma série de associações de caridade e grupos desfavorecidos para assistir ao concerto, tais como a Escola Concórdia para o Ensino Especial, Escola Caritas de Macau, Sociedade Fuhong de Macau, Associação Richmond Fellowship de Macau e a Casa ECF Fellowship Orphanage. Por outro lado, já podem ser adquiridos os bilhetes para o concerto de encerramento da temporada 2015/2016, um espectáculo em que a Orquestra de Macau vai apresentar “Così fan tutte”, uma ópera bufa em dois actos, de Wolfgang Amadeus Mozart.

10 projectos locais em Feira de CinemaO Instituto Cultural vai seleccionar 10 projectos de cinema locais que irão ser apresentados na Feira de Investimento na Produção Cinematográfica e que visa servir de plataforma “de alta qualidade” de intercâmbio entre produtores e investidores da RAEM, Hong Kong e Cantão

Realiza-se em Agosto mais uma edição da Feira de Investimento na Produ-

ção Cinematográfica, evento que visa encontrar oportunida-des de negócio, investimento e desenvolvimento ao nível da sétima arte entre os membros da indústria de Macau, Hong Kong e Cantão.

De acordo com o Instituto Cultural (IC), os produtores lo-cais podem até ao próximo dia 28 enviar os seus projectos cine-matográficos que irão ser apre-sentados durante o certame.

O objectivo, indica o IC, é

“proporcionar uma plataforma de alta qualidade e conveniente para o intercâmbio e a coope-ração entre produtores e inves-tidores das três regiões, criar oportunidades e pontes para investimento e cooperação”. Além disso, a Feira de Investi-mento permitirá “estimular ta-lentos neste campo e promover o desenvolvimento da indús-tria cinematográfica nas três regiões”.

Anualmente são convida-dos para a Feira 30 produto-res e mais de 60 investidores. No ano passado, foi assinada

O Albergue SCM inaugura amanhã a mostra “Drawing is Giving One’s Heart” composta por 38 trabalhos em papel, desenhados pelo Alexandre Baptista. A mostra representa sobretudo a relação entre o corpo e a sexualidade, um tema que o artista português assume não ser “consensual” nem “dirigido para massas”

que vai na nossa cabeça mas é muito difícil”, disse.

Além do desenho, o artista recorre com grande frequência à utilização da palavra. Embora tenha começado pela língua portu-guesa, Alexandre Baptista optou por recorrer ao inglês mas admite que essa escolha gerou

algumas críticas. “Sempre disse que não te-nho nada contra a língua portuguesa e tenho muito orgulho em ser português. Só acho que o inglês permite um jogo de palavras que a língua portuguesa não nos deixa fazer, e o humor em inglês é fabuloso”, explicou.

Para além da língua, é também muito

influenciado pela “filosofia, psicologia, o homem e a forma como se relaciona com o outro, entre outros”, disse. “Daí não ser um trabalho fácil para o público e, como recorro muitas vezes às citações de textos, isso ainda torna o trabalho muito mais fechado”.

Porém, é no desenho que está o coração

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Artista plástico aborda temática em 38 obras

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Terça-feira, 14 de Junho de 2016 JTM | LOCAL 11

Entre 6 e 16 de Julho, Kristina Mar, artista portuguesa que está ra-

dicada no Japão desde 1993, vai ministrar, na Creative Ma-cau, um workshop sobre uma técnica japonesa de restauro de cerâmica, vidro ou madei-ra, conhecida por “kintsugi”.

“O mote deste workshop será a apreciação de um ob-jecto que estando danificado ganha por isso mesmo uma nova dimensão estética e um novo valor emocional a pre-servar e acarinhar”, explicou Kristina Mar ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Há também outros objecti-vos subjacentes a esta iniciati-va, como “dar noções de uma técnica de restauro, que qual-quer pessoa poderá usar para reparar objectos em cerâmica, madeira e vidro, e que está ao alcance de todos, tanto tecnica-mente como de um ponto de vista artístico”, acrescentou.

Os participantes do workshop poderão dar con-tinuidade em casa ao que aprenderem nas aulas. “Com o tempo e prática, poderão ir substituindo os materiais de treino por outros mais precio-sos, como o ouro verdadeiro e a platina, e lacas mais fortes com determinadas caracterís-ticas para diferentes tipos de restauro”, explicou a artista.

Durante as aulas, Kristina Mar vai introduzir materiais como o “urushi”, uma laca ja-ponesa natural. Mas, devido ao facto de a laca poder ser alérgica para iniciantes, “se-rão usados outros produtos com mais baixa concentração de laca e pó metalizado de outros metais para a explica-ção das técnicas básicas”.

Com duração de 15 horas, o workshop vai segmentar-se em dois cursos: técnicas bási-cas ou artístico, funcionando um à noite e outro de dia.

KRISTINA MAR REGRESSA A MACAU PARA MINISTRAR WORKSHOP

Uma técnica de restauro “ao alcance de todos”A artista portuguesa Kristina Mar prepara-se para voltar a Macau para orientar um workshop de “kintsugi”, técnica de restauro de cerâmica, vidro ou madeira, típica do Japão, país onde reside. O curso decorrerá no início de Julho na Creative Macau

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JTMALBERGUE SCM INAUGURA AMANHÃ MOSTRA DE ALEXANDRE BAPTISTA

Desenhar os “tabus” do corpo e da sexualidade

10 projectos locais em Feira de CinemaO Instituto Cultural vai seleccionar 10 projectos de cinema locais que irão ser apresentados na Feira de Investimento na Produção Cinematográfica e que visa servir de plataforma “de alta qualidade” de intercâmbio entre produtores e investidores da RAEM, Hong Kong e Cantão

“proporcionar uma plataforma de alta qualidade e conveniente para o intercâmbio e a coope-ração entre produtores e inves-tidores das três regiões, criar oportunidades e pontes para investimento e cooperação”. Além disso, a Feira de Investi-mento permitirá “estimular ta-lentos neste campo e promover o desenvolvimento da indús-tria cinematográfica nas três regiões”.

Anualmente são convida-dos para a Feira 30 produto-res e mais de 60 investidores. No ano passado, foi assinada

uma carta de intenções entre o produtos de “San Chong Mei Ying” de Guangdong e o Grupo de Cinema Zhujiang de Guang-dong, recorda o organismo.

No total serão selecciona-dos 10 projectos que terão de responder a uma série de cri-térios, tais como a criatividade do argumento, experiência e capacidade executiva do can-didato, experiência e capaci-dade de execução do produtor e da empresa produtora, bem como a razoabilidade do orça-mento.

Além disso, só serão selec-

cionados os candidatos com idade igual ou superior a 18 anos e que sejam portadores do BIR. Por outro lado, devem ainda ser realizadores dos res-pectivos projectos e ter ante-riormente produzido filmes de ficção com uma duração míni-ma de 20 minutos.

A Feira de Investimento conta com a organização do IC, da Administração da Im-prensa, Publicações, Rádio, Ci-nema e Televisão da Província de Guangdong e pelo “Hong Kong Film Development Cou-ncil”.

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No workshop artístico será abordada outra faceta da técnica japonesa pelas mãos de artistas e designers con-temporâneos. “Cada pessoa fará um pequeno projecto de assemblage baseada na téc-nica kintsugi, mas com uma vertente escultórica ou outra, como o design ou a instala-ção”, indicou.

Embora conheça e prati-que o “kintsugi” há vários anos, a técnica não é muito expressiva nas peças originais da artista. “Uso as lacas natu-rais muito esporadicamente no meu trabalho artístico”. Recorre antes a gesso ou a vidro, como materiais de liga-ção entre várias peças que vai construindo “em trabalhos de instalação de maior volume, de cinco a 10 metros”.

Quanto a projectos pes-soais, Kristina Mar adiantou que desde a sua última visita ao território já colaborou com um artista nipónico na área do design, “numa linha de louça em porcelana desenvol-vida também com uma fábri-ca de Kyoto com porcelanas e técnicas tradicionais locais”.

Actualmente, está a cola-borar com o gabinete “Alpha-ville Architects”, em Kyoto, na elaboração final de um projecto relacionado com os acabamentos e materiais de revestimento. “Esta colabo-ração com a arquitectura tem muito interesse para mim e espero que evolua num senti-do mais amplo de concretizar trabalhos de maior porte na área urbana”, concluiu.

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influenciado pela “filosofia, psicologia, o homem e a forma como se relaciona com o outro, entre outros”, disse. “Daí não ser um trabalho fácil para o público e, como recorro muitas vezes às citações de textos, isso ainda torna o trabalho muito mais fechado”.

Porém, é no desenho que está o coração

da forma como se exprime artisticamen-te. “Desde sempre tive um interesse muito grande na relação com o papel e na pesquisa do desenho, e quando falo em desenho pen-samos no trabalho do lápis, mas para mim usar a fotografia ou tinta como uso no papel é desenho”, esclareceu.

“Vou ouvir coisas estranhas” Por não ser uma estreia no território e

de já conhecer em parte o público local, o artista admite que o objectivo da mostra é incentivar à reflexão de alguns temas que ainda são controversos socialmente. “Gostaria, pelo menos, que as pessoas não olhassem para o meu trabalho apenas e só como uma peça que pode ser pendurada na parede ou como objecto criativo”, disse.

No fundo, ambiciona que o público en-tenda que são obras cujo texto é rico em “signos linguísticos diferentes”, e que du-rante a observação “pensasse um bocadi-nho naquilo durante e após”.

Por ser uma sociedade “mais fechada” e “mais conservadora”, Alexandre Baptista teve de encontrar um “equilíbrio” na hora de organizar a exposição. “Há um certo pudor numa série de coisas e acho que tem muito a ver com a própria tradição chinesa e cultura. Nesse sentido, há uma diferen-ça muito grande em apresentar as mesmas coisas aqui, em Portugal ou em Londres. Acho que vou ouvir coisas estranhas aqui”, antecipou.

As obras do artista reflectem um con-junto de técnicas como a fotografia, a pin-tura e a escrita cujo produto final acaba por transmitir uma espécie de mensagem subliminar. Mas, essa mensagem só existe se “houver público” para a consumir.

A expor desde 1988 e com uma longa carreira, o artista plástica lamenta a falta de irreverência de alguns colegas de pro-fissão que optam por ficar na sua zona de conforto.

“Não consigo perceber como é que um artista consegue, durante 40 anos, pintar sempre a mesma coisa. Somos feitos de re-ferências, todos os dias somos tocados por notícias, acontecimentos e isso tem que nos fazer obrigatoriamente olhar para a vida de uma forma diferente”, concluiu.

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12 JTM | LOCAL Terça-feira, 14 de Junho de 2016

ERVAS E INFILTRAÇÕES PIORAM ESTADO DO ESTALEIRO

Lote do Pavilhão de Mong Há ao abandonoA economia de Macau sofreu uma quebra de 13,3% no primeiro trimestre deste ano, justificada em grande parte pelas descidas de 13,7% nas exportações de serviços e de 33% no investimento privado, indicam dados oficiais

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”A Autoridade de Aviação Civil e a Companhia de Segurança do Aeroporto organizaram um curso dedicado à gestão de crises que tem como público-alvo os funcionários responsáveis pela gestão das emergências no aeroporto. Entre os conteúdos ensinados estão os regulamentos, o conceito de gestão de crises e os componentes essenciais dos planos traçados para essas situações

ACTIVIDADE CONTOU COM 20 PARTICIPANTES

Curso ajuda a gerir crises no aeroporto

Termina na sexta-feira o curso organizado pela Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) e pela Companhia de Segurança do Aeroporto

(SEMAC), subordinado ao tema da gestão de crises. De acordo com uma nota da AACM, o curso é leccionado por um instrutor da SEMAC que já trabalha na área da segurança aérea há muitos anos “e possui uma enrique-cedora experiência neste campo”.

A formação decorre no centro de treinos da SEMAC, situado no Aeroporto Internacional de Macau e tem como público alvo os funcionários responsáveis pelas áreas das emergências e segurança do aeroporto. “O conteúdo do curso inclui regulamentos e requisitos da gestão de crises, o conceito de gestão de crise e os com-ponentes principais de um plano” numa situação de pe-rigo.

No total, 20 participantes estão a frequentar esta ac-ção de formação, incluindo representantes dos Serviços de Polícia Unitários, da Polícia Judiciária e do Corpo dos Bombeiros.

O instrutor do curso é o director da SEMAC, William Yeung. Antes de trabalhar em Macau, exerceu funções nas forças policiais da Califórnia, nos Estados Unidos, durante mais de 18 anos.

Posteriormente mudou-se para Hong Kong onde tra-balhou na Companhia de Segurança Aérea, tendo uma formação em operações de segurança aérea e prática na área por mais de 10 anos. Yeung é um instrutor com li-cença da Organização Internacional da Aviação Civil e da Associação Internacional de Transporte Aéreo.

No mesmo comunicado, a AACM salienta que or-ganiza diferentes tipos de cursos regularmente com o objectivo de ”fornecer aos trabalhadores da indústria e organizações nela envolvidas o treino necessário no que respeita à segurança, para que os participantes possam aumentar o seu nível de compreensão relativamente às regras e padrões internacionais”. Deste modo, refere a Autoridade de Aviação Civil, “os participantes podem desenvolver as suas capacidades e ficar mais capazes de lidar com emergências”.

Desde 2012 que a empreitada do pavilhão desportivo de Mong Há está parada, devi-

do a problemas relacionados com um processo judicial, fazendo com que o terreno pareça deixado ao abandono.

Segundo o Jornal do Cidadão, o es-paço está vedado com placas e repleto de ervas, muitas das quais já atingi-ram mais de um metro de altura. Para além disso, também há preocupações derivadas da frequente ocorrência de infiltrações nos arredores do estaleiro quando se registam chuvas fortes.

No início do ano, o Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estrutu-ras revelou que o projecto da recons-trução do Pavilhão de Mong Há será alvo de novo concurso público, a rea-lizar-se até ao final de 2016. A segun-da fase de construção do complexo de

habitação social de Mong Há também será sujeita a concurso na mesma al-tura.

Com as obras a voltarem a ser adiadas, o deputado Ho Ion Sang ins-tou os departamentos responsáveis a explicarem ao público os resultados do processo judicial, no sentido de investigar as responsabilidades pelo atraso nas obras e estudar as respecti-vas medidas de recuperação.

O deputado apelou ainda às auto-ridades para garantirem a qualidade dos preparativos do concurso públi-co, sobretudo através do reforço da supervisão no desenvolvimento do projecto e implementação de multas, caso o empreiteiro não consiga con-cluir as obras atempadamente.

Recorde-se que o Pavilhão de Mong Há fechou as portas em Setem-

bro de 2011, altura em que o Executi-vo divulgou o plano da transforma-ção da arquitectura para uma nova estrutura de cinco andares com uma área cinco vezes maior. A conclusão do projecto estava prevista para 2014 e 2015, porém, as obras pararam após o término dos trabalhos de demoli-ção, no início de 2012.

Em Janeiro do ano passado, José Tavares, então presidente do Institu-to do Desporto (ID), manifestou-se especialmente preocupado com o impasse nas obras. “No ID não está nada parado, está tudo a andar”, mas “as obras de Mong-há nunca mais acabam e estamos preocupa-dos”, alertou na altura, em decla-rações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

R.C.

Clube Militar organiza Clínica de Ténis O Clube Militar de Macau vai organizar mais uma Clínica de Ténis para todos os seus mem-bros que tenham alguns conhecimentos sobre a modalidade. A iniciativa decorrerá entre 6 de Julho e 28 de Setembro, todas as quartas-feiras, entre as 20:00 e as 21:00 (nível avançado) e 21:00 e 22:00 (básico). As inscrições custam 300 pata-cas e podem ser feitas até 5 de Julho na recepção do Clube ou no campo de ténis.

Boletim apresenta poesias sobre mundo das prostitutasEditado pela Fundação Macau em conjunto com o Comité de Criações da Associação dos Escritores da Província de Guangdong e a As-sociação dos Escritores de Zhuhai, o 59º volume do Boletim “Poesias do Oriente e do Ocidente” reúne sete poesias, acompanhadas de comentá-rios e anotações, que apresentam o mundo ín-timo das “prostitutas”. No Boletim, que está à venda nas livrarias locais por 20 patacas, desta-cam-se ainda, entre outros, os trabalhos premia-dos no “11º Concurso de Literatura de Macau” na categoria de poesia.

Campos desportivos da UM abertos ao públicoAs instalações desportivas do campus da Uni-versidade de Macau já podem ser utilizadas pelo público e associações fora do período do horário escolar. Segundo o Instituto do Despor-to, em causa estão o campo de relva de futebol, instalações para atletismo, campo de voleibol, três de ténis, dois de squash, quatro de badmin-ton, piscina, pavilhão desportivo e pavilhão de treino.

DSPA oferece passeionas Zonas EcológicasA Direcção dos Serviços de Protecção Ambien-tal (DSPA) vai organizar nos próximo dia 25 mais uma visita integrada no “Dia Aberto ao Público” das Zonas Ecológicas no COTAI. Es-tes passeios de duas horas são orientados por guias, permitindo apreciar plantas e aves na Zona Ecológica I e conhecer o ecossistema de mangue na Zona II.

Galaxy realiza Festa da Lagostaem mais de 25 restaurantes O grupo Galaxy Entertainment está a promover, até 31 de Julho, a sua primeira “Festa da Lagos-ta” no âmbito da campanha “Best of Asian Di-ning”. A iniciativa envolve mais de 25 espaços de restauração do Galaxy Macau, Broadway e StarWorld, cujos menus disponibilizam mais de 35 receitas de lagosta.

“Serenata Romântica” no Teatro D. Pedro V A Orquestra de Macau vai apresentar na pró-xima sexta-feira, dia 17, pelas 20:00, no Teatro Dom Pedro V, o concerto de música de câmara “Serenata Romântica”, cujo programa incluirá a Serenata Nº 12 para Sopros em Dó menor de Mozart e a Serenata para Cordas em Dó Maior de Tchaikovsky. Os bilhetes estão à venda na Bilheteira Online de Macau, aos preços de 100 e 120 patacas, sujeitos a alguns planos de des-conto.

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Terça-feira, 14 de Junho de 2016 JTM | LOCAL 13

CRIANÇA TINHA ESTADO NO INTERIOR DA CHINA

Bebé diagnosticado com tosse convulsa

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Falta de fiscalização em salões de estética preocupa Wong Kit ChengA moda coreana de recorrer à maqui-lhagem permanente nas sobrancelhas, lábios e olhos chegou ao território, com vários salões de beleza e clínicas a ofe-recerem tratamentos. No entanto, a de-putada Wong Kit Cheng considera que existem algumas lacunas na fiscaliza-ção, devido ao rápido desenvolvimento destes tipos de tratamento com fins es-téticos. Apesar dos Serviços de Saúde de Macau (SSM) terem garantido a criação de um grupo especializado para garan-tir a qualidade dos serviços de beleza, sobretudo das intervenções cirúrgicas, Wong Kit Cheng teme que os novos tipos de tratamento de beleza possam ficar à margem da fiscalização das au-toridades. “Os cidadãos não sabem dis-tinguir o tratamento normal de beleza ou uma intervenção cirúrgica”, indicou ainda a deputada. Wong Kit Cheng lem-brou que os SSM e o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais inspec-cionaram apenas 14 estabelecimentos entre Janeiro e 22 de Abril deste ano. Na sua opinião, a fiscalização é insuficiente face ao nível elevado de procura deste serviço no território.

V.C.

Um bebé com dois meses foi diagnosticado com tos-se convulsa, no Centro Hospitalar Conde de São Ja-nuário (CHCSJ), após análises efectuadas revelarem

a presença de um dos agentes causadores da patologia. De acordo com uma nota dos Serviços de Saúde de Ma-

cau (SSM), em Maio os pais do bebé deslocaram-se à cidade de Kai Ping, no Interior da China, onde a criança começou por manifestar sintomas como tosse paroxística, ou seja, acessos de tosse, que se agravaram no princípio deste mês.

A família recorreu várias vezes a assistência hospitalar no Continente, sendo que no dia 3 de Junho foi diagnosti-cada uma pneumonia à criança. De imediato regressaram a Macau, onde recorreram a um médico do sector privado e, posteriormente, ao Serviço de Urgência do CHCSJ. Poucos dias mais tarde, os sintomas agravaram-se e a família voltou ao CHCSJ onde a criança acabou por ser internada e subme-tida a análises que acusaram a presença de um dos agentes causadores da tosse convulsa.

O bebé, nascido em Macau, foi submetido à primeira dose da vacina que previne o surgimento da tosse convulsa no dia 18 de Maio. De acordo com os SSM, nenhuma das pessoas responsáveis pela criança possui antecedentes da doença, porém, os familiares que com ela conviveram na China apresentaram sintomas como tosse, pelo que foram

Os Serviços de Saúde detectaram um caso de tosse convulsa num bebé de dois meses. As pessoas que cuidavam da criança não possuíam antecedentes mas foram também medicadas. A criança não partilhou o espaço da enfermaria com outros pacientes enquanto esteve hospitalizado

sujeitos a medicação preventiva.Durante o período em que esteve no hospital público, o

bebé não partilhou a enfermaria com outros pacientes. Os SSM explicam ainda que a tosse convulsa é causa-

da por uma bactéria transmitida através da saliva. Caso a pessoa infectada não se submeta ao tratamento adequado, a doença pode prolongar-se até três meses, havendo o risco de se transformar em pneumonia, encefalopatia, podendo até levar à morte.

Terça-feira, 14 de Junho de 2016 JTM | LOCAL 13

CRIANÇA TINHA ESTADO NO INTERIOR DA CHINA

Bebé diagnosticado com tosse convulsa

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Falta de fiscalização em salões de estética preocupa Wong Kit ChengA moda coreana de recorrer à maqui-lhagem permanente nas sobrancelhas, lábios e olhos chegou ao território, com vários salões de beleza e clínicas a oferecerem tratamentos. No entan-to, a deputada Wong Kit Cheng con-sidera que existem algumas lacunas na fiscalização, devido ao rápido de-senvolvimento destes tipos de trata-mento com fins estéticos. Apesar dos Serviços de Saúde de Macau (SSM) te-rem garantido a criação de um grupo especializado para garantir a qualida-de dos serviços de beleza, sobretudo das intervenções cirúrgicas, Wong Kit Cheng teme que os novos tipos de tra-tamento de beleza possam ficar à mar-gem da fiscalização das autoridades. “Os cidadãos não sabem distinguir o tratamento normal de beleza ou uma intervenção cirúrgica”, indicou ainda a deputada. Wong Kit Cheng lembrou que os SSM e o Instituto para os As-suntos Cívicos e Municipais inspec-cionaram apenas 14 estabelecimentos entre Janeiro e 22 de Abril deste ano. Na sua opinião, a fiscalização é insufi-ciente face ao nível elevado de procura deste serviço no território.

V.C.

Um bebé com dois meses foi diagnosticado com tos-se convulsa, no Centro Hospitalar Conde de São Ja-nuário (CHCSJ), após análises efectuadas revelarem

a presença de um dos agentes causadores da patologia. De acordo com uma nota dos Serviços de Saúde de Ma-

cau (SSM), em Maio os pais do bebé deslocaram-se à cidade de Kai Ping, no Interior da China, onde a criança começou por manifestar sintomas como tosse paroxística, ou seja, acessos de tosse, que se agravaram no princípio deste mês.

A família recorreu várias vezes a assistência hospitalar no Continente, sendo que no dia 3 de Junho foi diagnosti-cada uma pneumonia à criança. De imediato regressaram a Macau, onde recorreram a um médico do sector privado e, posteriormente, ao Serviço de Urgência do CHCSJ. Poucos dias mais tarde, os sintomas agravaram-se e a família voltou ao CHCSJ onde a criança acabou por ser internada e subme-tida a análises que acusaram a presença de um dos agentes causadores da tosse convulsa.

O bebé, nascido em Macau, foi submetido à primeira dose da vacina que previne o surgimento da tosse convulsa no dia 18 de Maio. De acordo com os SSM, nenhuma das pessoas responsáveis pela criança possui antecedentes da doença, porém, os familiares que com ela conviveram na China apresentaram sintomas como tosse, pelo que foram

Os Serviços de Saúde detectaram um caso de tosse convulsa num bebé de dois meses. As pessoas que cuidavam da criança não possuíam antecedentes mas foram também medicadas. A criança não partilhou o espaço da enfermaria com outros pacientes enquanto esteve hospitalizado

sujeitos a medicação preventiva.Durante o período em que esteve no hospital público, o

bebé não partilhou a enfermaria com outros pacientes. Os SSM explicam ainda que a tosse convulsa é causa-

da por uma bactéria transmitida através da saliva. Caso a pessoa infectada não se submeta ao tratamento adequado, a doença pode prolongar-se até três meses, havendo o risco de se transformar em pneumonia, encefalopatia, podendo até levar à morte.

O Governo vai criar um Museu de palafitas em Coloane, projecto que deverá ser aberto ao público já no próximo ano. O plano está ser dirigido pela Direcção dos Serviços de Turismo, que garante ter auscultado os moradores sobre o projecto

DIREITOS DE PROPRIEDADE DIFICULTAM TRABALHOS EM LAI CHI VUN

Museu de palafitas pronto em 2017

A renovação de uma zona muito tradicional de Coloane poderá ser

concretizada já no próximo ano, segundo o projecto desen-volvido pela Direcção dos Ser-viços de Turismo (DST) com o intuito de dar uma vida nova às palafitas na Rua dos Nave-gantes, já que muitas se encon-tram ao abandono.

De acordo com a directora da DST, Helena de Senna Fer-nandes, o projecto de restauro ainda se encontra numa fase de design, mas o organismo já realizou várias consultas para recolher opiniões dos morado-res daquela zona, na expecta-tiva de aperfeiçoar a proposta de construção.

Segundo as previsões ofi-ciais, o projecto deverá estar concluído até ao final do ano para que a obra seja inicia-da logo no princípio de 2017. A DST espera também que a construção seja concluída no mesmo ano.

Quanto ao planeamento de Lai Chi Vun, onde existem os antigos estaleiros navais, a responsável do Turismo ressal-vou que a revitalização do lo-cal ainda tem de ser discutida entre departamentos, para que o projecto possa ser devida-

mente acompanhado. Embora o Plano Geral de

Desenvolvimento da Indústria de Turismo inclua várias medi-das para criar uma zona litoral de lazer em Coloane, a questão dos direitos de propriedade é uma grande dificuldade en-frentada. Mesmo no caso de Lai Chi Vun, que tem uma ne-cessidade de resolução urgen-te, o problema da propriedade ainda não foi resolvido.

De acordo com o jornal “Ou Mun”, Helena de Senna Fer-nandes esclareceu que caberá à Direcção dos Serviços dos So-los, Obras Públicas e Transpor-tes (DSSOPT) definir quais são os estaleiros disponíveis para obras. O Governo pretende transformar os estaleiros num espaço para exposição criativa e de arte ou para espectáculo.

Recentemente, a DSSOPT e a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimo e de Água (DSAMA) procederam em conjunto a uma inspecção à segurança da estrutura dos an-tigos estaleiros, acabando por encerrar 10.

Na semana passada, o Se-cretário para os Assuntos So-ciais e Cultura, Alexis Tam, su-blinhou que o futuro projecto de Lai Chi Vun deve envolver a participação da população residente e focar-se na eleva-ção da qualidade de vida dos

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moradores. O governante re-feriu ainda que os projectos da zona de Lai Chi Vun e a opção de tornar as palafitas em mu-seu, poderão contribuir para revitalizar o ambiente do bair-ro antigo de Coloane.

O Plano Geral de Desen-volvimento da Indústria de Turismo reconhece que a má qualidade da água marítima de Macau é um factor que des-favorece o desenvolvimento do turismo marítimo. Neste

aspecto, Helena de Senna Fer-nandes referiu que a compo-nente marítima envolve mais áreas técnicas, devendo contar com o apoio da Direcção dos Serviços de Assuntos Maríti-mos e de Água.

Viviana Chan

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Terça-feira, 14 de Junho de 201614 JTM | ACTUAL

INSÓLITO

No Brasil já ninguém fala em pizaSarney, Lula, DilmaCollor, Fernando Henrique Cardoso, e Color de Melo têm a polícia à perna. A Presidência já não é lugar seguro nem para Temer, o actual inquilino. Observadores aprovam com cautela

Em 2012, nas sondagens de opinião publicadas no Brasil sobre o julga-

mento do mensalão, escânda-lo de corrupção nos anos 1990 que envolveu a cúpula do go-verno de Lula da Silva (PT) e deputados da sua ampla base aliada, a maioria dos inquiri-dos respondia que o caso não ia dar em nada. “Já viu ricos e poderosos na cadeia neste país?”, argumentava o cida-dão comum entrevistado na rua. Tornou-se consensual dizer, em reuniões de cafés, fóruns de internet ou mesas--redondas na TV, que “vai terminar tudo em piza”, a ex-pressão brasileira equivalente a “acabar em águas de baca-lhau”.

Como se sabe, o mais me-diático dos réus, José Dirceu, histórico do PT e todo-pode-roso ex-ministro da Casa Civil de Lula, foi mesmo condenado a mais de dez anos de prisão. O presidente e o tesoureiro do partido idem, além de deze-nas de políticos e gestores.

Menos de quatro anos de-pois, no Brasil já ninguém fala em piza. José Sarney, alma do PMDB, o maior partido brasi-leiro, acaba de ver a sua refor-ma dourada no Maranhão, es-tado cuja família (ou aliados) governou durante meio sécu-lo, abalada por um pedido de prisão solicitado por Rodrigo Janot, procurador-geral da Re-

pública que Sarney presidiu nos anos 1980.

“Estamos a assistir ao maior expurgo que esta clas-se política formada depois de 1945 já passou, a classe políti-ca e o sistema político-parti-dário estão incomodados en-quanto a população celebra, é um novo Brasil”, defende o cientista político Paulo Baía ao DN.

Collor de Mello, primei-ro presidente eleito pós-re-democratização e único (por enquanto) destituído do car-go, chegou a chamar, em ple-no Senado, “filho da puta” a Janot. Foi dias depois de a polícia apreender três carros

supostamente pagos com di-nheiro desviado do petrolão.

Fernando Henrique Car-doso (F.H.C.), ministro das Finanças do falecido Itamar Franco e depois presiden-te, prestou depoimento em Abril à polícia federal sobre o caso do pagamento a uma ex--amante através de um contra-to fictício com uma empresa com bom trânsito em Brasília durante o seu governo.

Um caso que surgiu na im-prensa ao mesmo tempo que Lula, sucessor de F.H.C., era levado a uma esquadra para responder sobre a posse não declarada de duas proprie-dades pagas por construtoras

ligadas ao petrolão. Por causa da ligação a outra construto-ra, a Odebrecht, é suspeito de tráfico de influências interna-cional.

A sua sucessora, Dilma Rousseff (PT), é julgada pelo Senado por causa das “peda-ladas fiscais”, tem as contas da sua campanha em 2014 sob in-vestigação do Tribunal Eleito-ral e foi citada duas vezes por delatores da Lava-Jato. Michel Temer (PMDB), o seu substitu-to, foi citado ainda mais vezes.

“É uma questão estrutu-ral”, adverte ao DN o colu-nista da revista Carta Capital Matheus Pichonelli. “E só terá efeitos saudáveis se a opinião

pública entender que estes ví-cios não pertencem a um ou a outro lado político e sim a uma estrutura, caso contrá-rio a possibilidade de cair em contos de oportunistas com discursos messiânicos é gi-gantesca”, completa.

Além dos inquilinos do Planalto, também 40% dos se-nadores e 150 deputados têm questões por resolver com a justiça. Entre os quais os pre-sidentes das duas Câmaras, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, ambos do PMDB e os dois na lista de prisões pedida por Janot. No governo, apesar de dois ministros já terem caí-do por obstrução à Lava-Jato, metade deles ainda é alvo da justiça por motivos distintos. E Aécio Neves, do PSDB, o candidato derrotado por Dil-ma em 2014, é, como gracejava uma deputada do PT, “citado em todos os documentos do Brasil desde a carta do Pero Vaz de Caminha”.

Mais surpreendente ainda: estrelas do outro lado, o priva-do, como os construtores Mar-celo Odebrecht e Otávio de Azevedo ou o banqueiro An-dré Esteves, outrora assíduos nas colunas do social, estão ou passaram pelos calabouços da polícia. E José Dirceu, claro, também. Mas entre o julga-mento do mensalão e o caso do petrolão o antigo braço di-reito de Lula da Silva passou de manchete a nota de rodapé.

JTM/DN

Mas riem-se de quê?

O atirador que matou dezenas de pessoas num clube nacturno gay em Orlando, foi identificado como Omar Mateen, um cidadão americano de origem afegã que estava no radar do FBI desde 2013

EUA

Assasino era violento e bipolar

Mateen abriu fogo dentro do clube Pulse nas primeiras horas da madrugada de domin-go, no atentado a tiros com o maior nú-

mero de vítimas da história moderna dos Estados Unidos. O FBI diz que o homem de 29 anos morto pela polícia aparentemente “tinha inclinação” para a ideologia islâmica radical, embora ainda não este-ja claro se o ataque terrorista esteve ligado à acção de algum grupo estrangeiro.

Em ligações feitas para o número de emergên-cia da polícia antes de morrer, Mateen teria jurado lealdade ao grupo autodenominado Estado Islâmi-co (EI). Depois, o EI disse que um “combatente” do grupo havia feito o ataque, mas não especificou se ele estava directamente envolvido na acção ou se te-ria apenas “inspirado” o atirador.

O pai de Mateen disse à rede americana NBC que o ataque “não tinha nada a ver com religião”. Se-ddique Mateen afirmou que seu filho ficou “muito zangado” após recentemente ter visto dois homens a beijarem-se no centro de Miami. Adiantou ainda que a família não sabia que ele estava planeando um ataque e comentou: “Estamos chocados como todo

o país.”O agente especial do FBI, Ron Hopper, disse que

Mateen havia sido interrogado duas vezes em 2013 após fazer comentários inflamados a colegas dizen-do que tinha ligação com o EI. A investigação foi encerrada porque as autoridades não conseguiram confirmar as alegações. Mas Mateen foi interrogado outra vez em 2014 sobre uma possível ligação com Moner Mohammad Abu-Salha, um americano que cometeu um atentado suicida na Síria.

A investigação do FBI não descobriu nenhuma “relação substancial” entre Mateen e Abu-Salha e o caso foi fechado, disse Hopper.

Apesar de estar no radar do FBI, Manteen não estava na lista oficial de suspeitos por terrorismo e legalmente estava autorizado a ter licença de por-te de armas, de acordo com os registos oficiais da Florida. Mateen trabalhava como segurança armado para a empresa G4S desde 2007.

Segundo a polícia, realizou o ataque no Pulse com uma espigarda e um revólver, sendo possível, mas não confirmado que também possuisse um ex-plosivo.

Mateen nasceu em Nova York, filho de pais afe-gãos, mas mudou-se para Fort Pierce, uma cidade a cerca de 2h de Orlando.

A sua ex-mulher, Sitora Yusufiy, disse que ele era violento e psicologicamente instável e que lhe havia batido repetidamente.

Os dois casaram-se em Fort Pierce em 2009 após se conhecerem na internet. Quando souberam dos abusos cometidos por Mateen, os pais de Sitora in-tervieram e levaram-na de volta para sua casa.

“Ele não era uma pessoa estável”, disse ao Wa-shington Post. “Ele batia-me. Chegava e começava a bater-me porque as roupas não estavam lavadas ou coisa do tipo.”

Adiantou ainda que Mateen nessa altura não era muito religioso e que frequentava bastante o giná-sio. Tinha uma arma de baixo calibre e trabalhava como vigia numa unidade para jovens infractores.

Sitora disse ainda aos jornalistas que Mateen era bipolar e que, apesar de muitos ligarem a sua acção a religião ou ao Estado Islâmico, no seu entender as razões estariam ligadas mais a problemas de saúde mental.

João Almeida Moreira

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Terça-feira, 14 de Junho de 2016 JTM | ACTUAL 15

NAÇÕES UNIDASA Organização das Nações Unidas (ONU) disse ontem que vai tentar realojar um recorde de 170 mil refugiados no próximo ano, mais 30 mil pessoas do que tem previsto para este ano. Ape-sar de os 170 mil refugiados a realojar ser um número recorde, este ainda é pequeno quando comparado com os 1,9 milhões de refugiados que o relatório da ONU ontem divulgado estima que haverá em todo o mundo em 2017 a preci-sarem de ser reinstalados.

ANGOLAO Governo angolano adjudicou a empresas chi-nesas, por despachos do Presidente José Eduar-do dos Santos, 24 obras em várias áreas, por 1.265 milhões de dólares financiados pela Linha de Crédito da China. A informação consta de 15 despachos presidenciais com data de 7 de e mais nove de 8 de Junho, aprovando as respec-tivas propostas de adjudicação das empreitadas a empresas chinesas, mas prevendo a subcon-tratação de algumas empresas angolanas.

MOÇAMBIQUEA Economist Intelligence Unit considerou que o Governo de Moçambique vai “acabar por tomar medidas para recuperar o apoio dos doadores” e reformar as empresas deficitárias, mas uma mudança política rápida é improvável. “Espera-mos que o Governo acabe por tomar medidas para recuperar o apoio dos doadores e refor-me as empresas públicas deficitárias, mas para um partido dominante que está relutante em permitir transparência orçamental e é ideologi-camente oposto à privatização, uma mudança política rápida é improvável”, escrevem os ana-listas da Economist.

CHINA-IA venda de bilhetes de cinema na China pode atingir, em 2017, os 10 mil e 300 milhões de dólares, superando pela primeira vez as dos Estados Unidos, actualmente o maior mercado mundial, prevê um relatório da consultora Pri-cewaterhouseCoopers (PwC) que aponta para um crescimento anual do sector cinematográ-fico na China, de quase 20%, registando ainda uma ampla margem de crescimento, podendo as receitas ultrapassar os 15 mil milhões de dó-lares no final desta década.

CHINA-IIA China lançou seu 23º satélite de navegação para o sistema de navegação próprio Beidou (“Bússola”), a versão chinesa do sistema de GPS. O satélite foi lançado às 23h30 de domingo a partir do centro de Xichang na província su-doeste de Sichuan e foi posto em órbita pelo foguete “Longa Marcha 3C”, segundo um comu-nicado do centro espacial.

TIMORO primeiro-ministro timorense, Rui Maria de Araújo, inicia hoje uma visita a Bruxelas, Wa-shington e Nova Iorque, durante a qual manterá vários encontros multilaterais e bilaterais com vários líderes mundiais, informou o Governo. Em comunicado, o executivo explica que a visita pretende “melhorar a cooperação internacional e apresentar a posição do Governo sobre ques-tões de interesse nacional” para Timor-Leste.

COREIA DO SULA Coreia do Sul anunciou que começou a fase mais crucial para fazer flutuar o ferryboat Sewol, no qual acredita-se que permaneçam nove cor-pos dos mais de 300 mortos no trágico naufrá-gio em 2014 em frente ao litoral sudoeste do país. O consórcio chinês Xangai Salvage levan-tou no domingo provisoriamente a parte frontal da embarcação do fundo do mar a uma profun-didade de 37 metros, e começou a instalar as plataformas que servirão para elevá-lo à super-fície, confirmou à Agência Efe uma porta-voz do Ministério de Oceanos e Pesca de Seul.

VOLTA AOMUND

Falta uma hora para o início oficial das marchas e a Rua Braamcamp, junto ao Mar-

quês de Pombal, é seguramente a mais colorida de Lisboa. Mari-nheiros cruzam-se com piratas que se cruzam com prisioneiras, arcos com lagostas gigantes ocupam vá-rios metros da estrada, marchan-tes de todas as idades, já vestidos a preceito, trocam dois dedos de conversa, os mais entusiastas en-tretém-se a entoar os seus “gritos de guerra”. O desfile das marchas ainda não começou, mas o espec-táculo sim.

São as marchas populares antes de se ligarem as câmaras e os holo-fotes. “Esta é a parte do convívio”, diz Manuel Domingos, aguadeiro da marcha do Bairro Alto. E o que faz exactamente um “aguadeiro”? “Faz tudo menos dar águas”, res-ponde de volta. “Faz todo o apoio logístico. Deve ser das pessoas mais importantes das marchas”, diz quem foi marchante “uns qua-renta e poucos anos”. “Agora já não tenho capacidade de estar ali a fazer passos de ballet”, remata Manuel Domingos. Mas, voltan-do ao convívio em torno das mar-chas: “Aqui é que se mostram as rivalidades, mas sadias. Fazem-se amizades para a vida. E grandes casamentos.” Pausa. “E estragos em casamentos também.”

Junto ao Marquês de Pombal, as primeiras marchas a desfilar já vão alinhando na rua, mais acima ainda é hora da fotografia. Os ven-cedores do ano passado identifi-cam-se pelas T-shirts – “Grande é a marcha que Lisboa ilumina, Alto Pina 16”. Sentada no passeio, já vestida a rigor, Filipa Valente diz que o título não pesa: “É tranqui-lo.”

Horas antes, Filipa Grouva também aguardava sentada no passeio, mas ainda em Alfama, antes da saída para a Avenida. É o terceiro ano que veste as cores deste bairro. Antes ainda desfilou pela Penha de França e foi precisa-mente nas marchas que conheceu o marido, também ele marchante. Mas em 2014 a Penha de França não desfilou e Filipa e o marido resolveram escolher os bairros “do coração”. Resultado: ela marcha por Alfama, ele pelo Alto do Pina, as duas marchas que têm disputa-do a vitória nos últimos anos. Por agora, o casal tem como saldo um empate – uma vitória para cada lado. No final só um ficará a rir.

Santo Antóniocom drones

O relógio marcava nove da noite quando a marcha infantil A Voz do Operário, convidada pela EGEAC e extracompetição, abriu o desfile. Depois, as 20 marchas a concurso foram aparecendo junto à rotunda do Marquês de Pombal. Apesar do vento e frio que come-çava a sentir-se, ninguém arredou pé. E por falar em pés a marcha da Madragoa desceu até aos Res-tauradores... descalça. Por ali, nin-guém deixou nada ao acaso. Antes do arranque, havia um drone a so-brevoar o grupo – dos mais anima-dos e barulhentos.

Já o Alto do Pina, a defender o título, impressionava pela di-mensão e organização. A Penha de França apostou em réplicas dos clássicos cacilheiros para embele-zar o desfile, ao passo que São Vi-cente deu ao Zé-Povinho um lugar de destaque, aproveitando o facto de se comemorar o 170.º aniversá-rio do nascimento de Rafael Bor-

dalo Pinheiro. Intervalados por dez minutos, os grupos iam sain-do e nas bermas repetiam-se os gritos de incentivo a cada bairro.

Isabel Ferreira e Clóvis Rodri-gues vão descendo a Avenida. Os nomes parecem portugueses e no caso de Clóvis são mesmo (“os meus avós eram de Trás-os-Mon-tes, ainda se chama assim?”), mas são brasileiros a visitar Portugal pela primeira vez. Não sabiam dos Santos Populares e descobri-ram de uma forma sui generis : chegados a Alfama, onde aluga-ram um apartamento, perceberam que alguma coisa se devia passar quando viram uma multidão na rua, contam, a rir. Outra surpre-sa foi não conseguirem chegar de carro a casa. “Tivemos de subir o morro.” Vindos de Maringá, no Paraná, dizem estar “encantados” com Lisboa e planeiam voltar no próximo ano.

Sardinhaa um euro e meio

Colin McLennan, escocês de Glasgow, e Katie Furlas, de Lon-dres, acabaram de chegar. Andam à procura de um sítio onde se sen-tar, em Alfama. Não fazem ideia do que seja o Santo António, mas já tinham ouvido falar num “gran-de festival” em Lisboa neste fim de semana. Ao final da tarde, o “fes-tival” já é grande: o bairro já en-trou em força na noite de Santos. A sardinha vende-se a um euro e meio. Junto ao Beco do Pocinho, numa banca que explora com a fi-lha e o neto, dona Carmelinda, do alto dos seus 82 anos, tem resposta pronta para a pergunta “há mais estrangeiros neste ano?”: “Há, en-tão não há... E moram cá.”

JTM/DN

PORTUGAL

Santos Populares animam LisboaAntes de os holofotes se acenderem para o desfile na Avenida, os marchantes já faziam a festa junto ao Marquês de Pombal

Alfama foi o vencedor da edição deste ano das Marchas Populares de Lisboa. Em segundo ficou a Penha de França e em terceiro o Alto do Pina

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Terça-feira, 14 de Junho de 201616 JTM | OPINIÃO

Talvez por que os 5 sím-bolos base, quadrado, tripla onda, círculo es-

trêla e cruz, multiplicados cin-co vezes, constituem o grupo das cartas ZENER, populari-zadas como “ESP”, são facil-mente identificáveis entre si, provoquem uma inocultável atracção visual e apetência menemónica, razão e intenção de Joseph Banks Rhine, nasci-do na Pensilvânia (1895-1980), a quem se atribui a paterni-dade da investigação científi-ca na parapsicologia, que de forma abreviada e descompli-cada é sugerida como pseudo-ciência tendo, como intenção, a pesquisa científica de hipo-téticos fenómenos, chamados de paranormais, relacionados com a Telepatia ou experiên-

• Um conjunto de seis sessões especiais (dias 10,11 e 12 de Junho) antecipou, a estreia do filme “Mestres da Ilusão 2” (Now You See Me 2) nos cinemas NOS, em Lisboa, Cascais e Mato-sinhos, acolhendo as actuações, ao vivo, de consagradas figuras do Ilusioninsmo internacional, com destaque para o português Luís de Matos . Estas “especiais” contaram, ainda, com as presenças de Hyunjoon Kim (Coreia), Thommy Ten e Amélie Van Tass (Austria) e Jan Van Kannen (Holanda) .

• Passos Coelho a 6 de Junho: “Não vale a pena estar a criar um inimigo externo que é a Co-missão Europeia, que é a União Europeia, quando nós próprios podemos não ter vontade de ter as nossas contas em ordem”. Posteriormente, numa outra intervenção, elencava um cardápio de dúvidas (suas) finalizando, a desencorajar o investimento externo, em Portugal. No dia 10 de Junho falava de “pequenos tropeções...” Dúvida de Mágico: este insistente e incompreensí-vel comportamento, do ex-primeiro-ministro, “quanto pior melhor” estará na causa de o PPD/PSD “despromovê-lo”, comparando o salário de Passos Coelho a vice-primeiro-ministro?

Dicas

A. CARDINAL *ENTRADA LIVRE

As cartas “ESP”no Ilusionismo

cias mais específicas como, a título de exemplo, a reencar-nação.

A invasão do Ilusionismo, nestas matérias, “desfazen-do” ou demonstrando o factor acaso e não o factor causal, não foi bem aceite nos adeptos e investigadores da parapsico-logia, havendo até quem tenha escrito “Os clérigos Ilusionis-tas, usando de suas ideologias mesquinhas (...) sempre com as armas assestadas contra o Espiritismo...”

Voltando às cartas ZENER (criadas em 1920) com o fim

de provar que era possível predizer um desenho oculta-do. Entretanto o dr. Rhine não escapava a criticas do “outro lado” acusado por nunca di-vulgar os nomes dos colabo-radores que testemunhavam as experiências e que supos-tamente manipulavam resul-tados, independentemente de haver “certezas absolutas” da existência do fenómeno da percepção extrasensorial.

Em rigor, o Ilusionismo, impôs um conceito de es-pectáculo e Arte, usando os símbolos ESP, ou cartas ZE-

NER, com total infalibilidade, salvaguardando, claro está, o erro artístico, na exibição do truque, da exclusiva respon-sabilidade do mágico. A este interesse do Ilusionismo a co-nhecida marca de cartas de jogar “Bycicle” respondeu, e vem correspondendo, com o fabrico de “cartas ESP “ ga-rantindo, dessa forma, não só a actualização dos truques existentes como a criação de outros mais interessantes e mais actuais. Refira-se que a “Bycicle” tem correspondido, sempre, à inovação de efei-tos mágicos de Cartomagia, a ponto de fabricar baralhos de variadíssima composição grá-fica que permitem maravilhar plateias em todo o Mundo. Um caso ( que conheço bem) vivi-do com o Ilusionista francês Boris Wild, próxima presen-ça no 7º Congresso Nacional de Ilusionismo/25º Festival Internacional de Ilusionismo MagicValongo, confirma o que acima escrevemos. Boris Wild convenceu a Bycicle a fabricar um baralho que respondesse, com precisão e “magicamen-te”, a um efeito de Mentalismo

recriado pelo francês. Já o norte americano Philip

Goldstein, nascido em Dezem-bro de 1950, mundialmente conhecido no meio mágico, como Max Maven e reconhe-cido como um dos mais bri-lhantes Ilusionistas na área do Mentalismo, inspirado nos símbolos ESP, é autor de um belíssimo e intrigante efeito a que deu título “Psign” anun-ciado comercialmente como “incrível efeito”. O especta-dor é convidado a escolher um símbolo, entre oito , e o “men-talismo” infalível do Ilusionis-mo confirma o previsto pelo Mágico/Mentalista. Tudo se passa de forma simples e con-trolada pelo público. Uma ma-ravilha do Ilusionismo.

No âmbito mágico das car-tas ZENER, não poderíamos deixar de aqui referir o notá-vel Aldo Colombini, falecido em Fevereiro de 2014, que terá sido o Ilusionista mais criati-vo e produtivo em truques de Cartomagia com uso dos sím-bolos ESP.

* Ilusionista – coordenadordo Magic Valongo Festival

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Os 5 símbolos ESP

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Terça-feira, 14 de Junho de 2016 JTM | OPINIÃO 17

UMA DIA EM CHEIOSOB SOL MUITO QUENTEO ministro Jorge Coelho citou o caso de Macau como um exemplo da “for-ma portuguesa de estar no mundo” e um modelo original de “entendimento entre dois povos e dois Estados na con-cretização de um objectivo comum”. Ao intervir nas cerimónias comemora-tivas em Macau do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portugue-sas, o ministro-adjunto salientou que a assinatura, em 1987, da Declaração Conjunta Luso-Chinesa pelos gover-nos de Lisboa e Pequim honra Portugal e a China e “enche a todos de orgulho”. “Ao fazê-lo, Portugal e RPC aceitaram, numa experiência original em todo o mundo, de um modo sereno, tranquilo, estável e sem descontinuidades, o de-safio de garantir a criação de condições para o surgimento, em 1999, de uma RAE dotada de uma grande autonomia política, económica, administrativa e cultural”, disse. O ministro saudou o governador Rocha Vieira “pelo im-portante trabalho que tem sido desen-volvido” nos últimos anos e assinalou que “o presente e o passado provam e evidenciam que o futuro (de Macau) só pode ser de confiança e de esperança”. Depois de notar que a acção governati-va de Rocha Vieira “tem possibilitado um quadro de desenvolvimento econó-mico e social que muito honra Portu-gal” e igualmente a República Popular da China, Jorge Coelho transmitiu ao Governador um mensagem de solida-riedade dos órgãos de soberania da Re-pública “para o exaltante trabalho que está a desenvolver e de cujo sucesso muito depende a estabilidade e o êxito do processo d transição”. Toda a comu-nidade de Macau – prosseguiu – “pode também contar, hoje e sempre, com a atenção e solidariedade de um País, de um povo e das suas instituições que têm orgulho na sua História, nas suas gentes e naquilo que foram capazes de ajudar a construir ao longo dos sécu-los”. Já o Governador Rocha Vieira sa-lientou que “ao defendermos o futuro de Macau baseado na sua autonomia, construída pela cooperação e pelo en-tendimento, estamos a defender, como é nossa obrigação, os interesses essen-ciais de todos os que aqui vivem”. Para o Governador, a defesa da autonomia do Território constitui também “um reforço das pontes de amizade entre Portugal e a China, que foram criadas durante séculos de convivência e que têm agora, neste período concreto, uma tradução que transcende as circunstân-cias de Macau para passar a ser uma exemplo de que o entendimento é sem-pre possível e é sempre positivo para todas as partes”.

In “JM”

O Povo e as Elites

Foram”nove minutos a puxar pelo povo!”, na ex-pressão viva de um comentador televisivo que já teve, aliás, funções governativas.

Referia-se, naturalmente, tal comentador, ao discur-so do Presidente no Terreiro do Paço, na manhã de Dez de Junho, nesse quadro magnífico de uma Lisboa que se abre ao Tejo e ao mundo.

E foram também “alguns minutos, menos embora, a desancar nas elites, em algumas elites” - acrescentaria eu que, secundando o ministro Augusto Santos Silva, direi: foi a parte da intervenção com que mais me iden-tifiquei... E foi mesmo!

Marcelo Rebelo de Sousa, o cirurgião-mestre da His-tória lusa, escalpelizou em menos de dez minutos os órgãos vitais do chamado “corpo da Nação”, para mos-trar aos seus alunos (que somos todos nós...) mais uma aplicação dessa regra vital da sobrevivência, a de que quando alguns órgãos falham, outros tentam compensá--los, para que o corpo inteiro sobreviva...

O Povo percebeu a mensagem. E a elite incomoda-se com o recado. Foi para isso que o discurso foi pensado e escrito. Para uns se sentirem reconhecidos e os outros, senão julgados, certamente “ observados”.

Mas podemos ainda ver uma outra dimensão nesta referência ao papel negativo das elites e que compro-mete a evolução para a modernidade que o Presidente almeja para o todo nacional.

Num país pequeno como Portugal, faz ainda hoje parte do inconsciente colectivo o sentimento da inca-pacidade de a arraia miúda (oportuna actualização do termo, Senhor Presidente!) vencer a distância até aos senhores da capital, o clube privado dos decisores, os que definem as oportunidades e os que confirmam as rejeições, ao arrepio do mérito.

O carreirismo tem os seus corredores. A chamada mobilidade ascendente, na nossa sociedade democrá-tica, tem múltiplos obstáculos que os anos paradoxal-mente reforçaram.

Quando uma sociedade não ultrapassa tais práticas, regride.

******Percebe-se agora melhor para que serve um Presi-

dente no nosso sistema constitucional, ele que não tem poderes executivos: não só para unir o país, mas para ajudar também a reformar mentalidades, no seu diálo-go contínuo com todos os sectores da sociedade.

Quais as vias? Por um lado assumir com orgulho o passado, assim fortalecendo o sentido de identidade co-lectiva. E ao mesmo tempo indicando, pelo magistério da palavra, pelo exemplo e isenção, os caminhos aos ou-tros actores políticos, os únicos capazes de exercerem o poder efectivo para a mudança.

Neste Dez de Junho o Presidente da República abriu simbolicamente o caminho, nessa sua direcção

Uma certa pazNuma Europa em que se voltam a ouvir pré-anún-

cios de conflito, mas apesar de tudo numa Europa em paz, o centenário das duas grandes batalhas da Primeira Guerra Mundial, Somme e Verdun, dois eventos milita-res decisivos da chamada Grande Guerra, onde a França e a Inglaterra rechaçaram a ofensiva alemã , concorren-do assim para o fim do conflito.

Passado e presente interagem, num dos grandes pal-cos da História do mundo, o continente europeu. Mas sa-ber História e comemorar acontecimentos históricos são uma coisa. Outra é o saber que lições retirar, no presente, dessa realidade bélica que se inscreveu para sempre na memória colectiva dos povos europeus mais atingidos.

As luvas de boxe e o CorãoMorreu Mohamed Ali, tendo com ele desaparecido

não apenas o melhor de sempre do desporto em que reinou sem rival, mas a figura carismática da causa da igualdade racial e respectivos direitos cívicos, numa América onde a discriminação era regra e não excepção.

O funeral do falecido herói não foi todavia isento de

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

14/06/1996

Dito“A renovação do subsídio é feita anual-mente, mas [no IAS] demoram quase seis meses de burocracia para aprova-rem papelada, com os nossos terapeu-tas profissionais pendurados nessa insegurança, sem saberem se vão poder continuar connosco ou não”

Eliana Calderón, coordenadora da Associação para o Desenvolvimento Infantil de Macau, ao “Ponto Final”

CARLOSFROTA*

NOTAS SOLTAS

tensão, com vários líderes islâmicos presentes, a presta-rem uma última homenagem ao seu irmão na Fé.

Só que o presidente turco desejava ir mais além e quis realçar a sua presença, intervindo, nesse quadro de recolhimento que pelos vistos pretendeu converter em plataforma política.

A família do falecido não esteve pelos ajustes e o pre-sidente Erdogan, zangado, ferido no seu amor-próprio, correu para o aeroporto e voltou para casa.

Para que a História registe (I)Obama esteve no Vietname. Para além de óbvios

desígnios geoestratégicos actuais, ressurgiu a História como pano de fundo. E a História ainda fala, pelo menos aos ouvidos da gente da minha geração.

A Guerra do Vietname foi um conflito inútil, impopu-lar e fracturante da própria sociedade americana. Além disso, foi um sorvedouro de recursos, embora um bónus para a indústria militar. E foi sobretudo uma imensa sepultura colectiva, para milhares e milhares de vítimas de todas as forças combatentes.

Os mortos não têm hierarquia e por isso são todos respeitados.

Washington defendeu até quase ao fim um regime corrupto na antiga Saigão, obcecados o Pentágono e a Casa Branca pela teoria do efeito de dominó da suble-vação do norte.

Ho Chi Minh e sobretudo Vo Nguyen Giap, o herói anti-francês de Dien Bien Phu não se deixaram intimidar.

E para culminar a série de desastres, até na frente diplomática perdeu porque o Acordo de Paris que pôs formalmente fim ao conflito - duvidoso triunfo de Kis-singer - foi completamente anulado, no terreno, pela efectiva reunificação da antiga Indochina numa só en-tidade política.

O prémio Nobel da Paz acordado ao duo Henri Kis-singer - Le Duc Tho acabou por ser um prémio absurdo, atentos os galardoados e as suas circunstâncias.

Não se livra aliás Kissinger da acusação de ter pro-longado o fim do conflito, para que os ganhos da paz se convertessem em capital eleitoral para Nixon.

Pela primeira vez na História - dizia orgulhosamente o general Giap, o exímio estratego norte-vietnamita - uma nação pobre desafiara e vencera uma grande potência!

A abnegação de um povo provara ser mais forte do que a cobardia dos ataques aéreos a napalm, dos B-52 de triste memória.

E poderia ter acrescentado Le Duc Tho, o negociador de Hanói: pela primeira vez também, vencido e vence-dor presumíveis trocaram de lugares ...

Mas a grande, real, decisiva vitória do povo vie-tnamita é que, quatro décadas volvidas, o Vietname acompanha com muito sucesso o movimento geral de emergência das nações asiáticas, todas elas como outras tantas histórias de sucesso, fruto combinado da vitali-dade económica, de espírito de iniciativa e de trabalho árduo. E, sem dúvida nenhuma, de liderança política, pese embora aos mais reticentes no Ocidente.

A decisão mais difícil da História Outra iniciativa digna de registo nas últimas semanas

foi a cerimónia de memória e homenagem ás vítimas de Hiroxima e Nagasaki, pelo primeiro chefe do executivo americano que ousa assumir publicamente, e no lugar mesmo do drama, a terrível tragédia das bombas que, obrigando à rendição incondicional do Japão, inaugu-rou, infelizmente, um ciclo perigosíssimo de terror nas relações entre Estados.

Toda a corrida aos armamentos que caracterizou a Guerra Fria tem, como se sabe, a sua sinistra inaugura-ção no duplo bombardeamento das cidades nipónicas, e a quase imediata resposta da URSS e depois da China, com vista à paridade nesse domínio.

Mas o que esteve no centro das cerimónias, como fantasma sempre presente, foi Harry Truman, o mais re-lutante, o mais impreparado dos vice-presidentes ame-ricanos que, ascendendo à Casa Branca pela morte súbi-ta de Franklin D. Roosevelt , teve que tomar a decisão suprema de mandar detonar as duas primeiras e únicas bombas que a História regista. Resultado: 200 milhões de vítimas, entre mortos, feridos e pessoas permanente-mente afectadas pelas radiações.

* Primeiro Cônsul-Geral de Portugal em Macau.Docente da Universidade de S. José.

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Terça-feira, 14 de Junho de 201618 JTM | LAZER

• • • SOB OS HOLOFOTES

Liane Ferreira

Jovem empreendedora troca negócio pela músicaPrestes a partir para a Austrália para estudar música, Caleigh Cheang deixa para trás o mundo da educação, que descobriu há seis anos. Empreendedora e aventureira, é dona do seu próprio negócio, mas considera ser altura de lutar pelo sonho de ser música profissional e viver fora do território, plano que tem vindo a procrastinar. Apesar disso, considera Macau um bom local para cultivar negócios rapidamente

FOTO

JTM

Caleigh Cheang tem 26 anos de idade, mas o espírito trabalhador e empreendedor tornou-a numa

mulher de negócios aos 23 anos. Porém agora, é chegado o momento de se per-mitir lutar para concretizar o desejo de ser cantora e música.

A vida de Caleigh Cheang teve diver-sas reviravoltas, já que inicialmente estu-dou hotelaria na Suíça. “Macau ia ser um local muito turístico e minha mãe disse: ‘podias estudar hotelaria’. Então, fiz isso e quando voltei trabalhei num hotel, mas não gostava”, recordou ao JORNAL TRI-BUNA DE MACAU, acrescentando que na altura trabalhava em part-time na sala de estudo “My Gallery Playgroup” e adorava.

Assim, despediu-se do hotel e estu-dou educação, tendo ficado a trabalhar na mesma sala como professora. “Entre-tanto, o patrão decidiu vender a escola e comprei o negócio. Já lá vão quatro anos”, afirmou. My Gallery funciona como um “playgroup”, em que as crianças se reú-nem para brincar e aprender artes e mú-sica num ambiente divertido e neste caso totalmente em inglês.

“Foi uma coisa muito louca para os meus pais quando decidi mudar de ho-telaria para educação, porque investiram muito dinheiro em mim. A minha mãe colocava jornais com ofertas de trabalho em hotéis na minha secretária, mas não dizia nada, a pensar que eu poderia vol-tar atrás na decisão, mas no final sempre me deixaram fazer o que queria”, decla-rou Caleigh Cheang, confessando que está muito satisfeita com a escolha que fez.

Sublinhando que se sente uma sortu-da por ter o seu negócio desde os 23 anos, refere que tem sido uma “loucura”, mas que contou com muita ajuda e trabalhou duro. Atingindo sucesso no negócio, con-

sidera que “é altura de seguir o sonho”. “Sou nova, tenho de perseguir algumas coisas loucas”, frisou com um sorriso.

“Estava a pensar em vender a escola, mas mudei de ideias, porque é algo meu, que eu própria desenvolvi. Vejo muitas crianças, algumas com autismo, em que as artes e o amor ajudaram a melhorar muito”, afirmou, explicando que as ex-pectativas dos pais chineses e expatria-dos são muito diferentes, uns querem que estudem e os outros que brinquem , respectivamente.

“Vemos crianças com oito anos em que as avós ainda lhes dão a comida à

boca, porque a nossa maneira de mostrar carinho é fazer tudo por essa pessoa, mas depois as crianças não aprendem a ser independentes, nem percebem que têm um papel a desenvolver na sociedade”, afirmou.

Actualmente, Caleigh Cheang é vo-calista e guitarrista da banda “Pink Ele-phant” de música pop-rock. Para além disso, gosta de escrever música. “Tenho muitos pensamentos para partilhar com as pessoas, mas quando falo temo que não me ouçam. Quando faço música bo-nita, acho que podem ficar mais interes-sados em ouvir as mensagens que quero

passar”, declarou. “Zombie” da banda irlandesa The

Cranberries é a música que mais a mar-cou na vida. “Pode ser deprimente, mas é aquela que mudou a minha vida. Toca-va numa banda no ensino secundário e depois conheci pessoas mais velhas que tocavam rock e me apresentaram a mú-sicas inglesas. Na altura, só ouvia música chinesa e cantonesa”, lembrou.

Sobre o futuro, afirma que quer mui-to ficar na Austrália, já que há seis anos tinha intenção de sair do território, mas tal não chegou a concretizar-se. “Gosto de cá, mas apesar de ser a minha casa, não sou totalmente feliz cá. Não me vejo sempre aqui, por isso vou tentar ficar lá, procurar trabalho em jardins de infância ou abrir algum negócio meu”, contou.

“Agora que estou de partida, acho o território muito bonito, mas muito pe-queno. Desde pequena que sinto isso, por isso pedi aos meus pais para estudar fora. A minha mãe apoiou-me muito e deixou--me viver no EUA aos 15 anos. Depois quando voltei senti que já não estava ha-bituada”, disse, salientando que o territó-rio é um bom sítio para ter negócios.

Na sua opinião, “se trabalharmos muito conseguimos ter sucesso, porque as pessoas são mais relaxadas, por isso quando trabalhamos extra é mais fácil conseguir resultados”.

“Não quero ser muito cínica, mas toda a gente em Macau é muito sortuda, pois aqui não existem muitos problemas. Vivemos numa bolha de protecção”, de-clarou, acrescentando que “é bom sermos mais expostos a outros mundos, mas é importante sabermos quem somos, os nossos valores, não podemos ter uma la-vagem cerebral de materialismo”.

“Devemos estar mais atentos ao que se passa e não ir com a maré, apenas. Mas ainda ninguém liga muito a isso, porque estão ocupados a fazer mais dinheiro. Vai demorar mais 10 anos a mudar isso”, concluiu.

• • • ROTEIRO

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S2 The Jungle Book14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

TORRE DE MACAUTeenage Mutant Ninja Turtles: Out of the Shadows (3D)14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

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The Angry Birds Movie14:20 • 18:10

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Teenage Mutant Ninja Turtles: Out of the Shadows15:20 • 18:40 • 20:40

The Jungle Book13:20 • 14:15 • 17:30 • 18:45

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With Bear Grylls 23:00 Alaskan Bush People 00:00 Salt-water Heroes 00:55 Dual Survival

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• • • TELEFONES ÚTEIS

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Terça-feira, 14 de Junho de 2016 JTM | LAZER 19

Hailey Clauson posa para a Elle belgaA modelo norte-americana de 21 anos Hailey Clauson foi fotografada por Jan Welters para a capa da Elle belga. Hauley Clauson protagonizou recentemente um sensual anúncio para a Lexus. A modelo foi uma das três capas do número deste ano da Sports Illlustrated Swimsuit Issue.

• • • INSÓLITO

• • • E AINDA

Charlotte McKinney sensual em ensaio assinado por Tony DuranCharlotte McKinney mostra toda a sua sensualidade num ensaio assinado pelo fotógrafo Tony Duran. A modelo norte-americana de 22 anos posou para uma série de imagens a preto-e-branco e a cores em que as suas voluptuosas curvas são evidenciadas. Charlotte McKinney saltou para o estrelato com um anúncio a hamburgueres que acabou banido do Superbowl do ano passado. Este ano, a modelo posou para um sensual ensaio na GQ mexicana de Fevereiro.

Kristen Stewart belíssima em novos anúncios da ChanelKristen Stewart mostra toda a sua beleza e sensualidade nos novos anúncios da Chanel. A actriz norte-americana de 26 anos foi fotografada e filmada por Karl Lagerfeld, director criativo da marca, em imagens a preto-e-branco. Os anúncios fazem parte da campanha da colecção Pré-Outono da marca.

As restrições impostas pelo restaurante The Amrita provocaram críticas que consideram “ofensiva” a proibição e

questionam os argumentos.O restaurante refere na lista de regras pu-

blicada na sua página de Internet que “existe um limite em termos de peso”, advertindo que “pessoas que superem em 15 quilos o peso médio para a sua altura não poderão entrar no local”. “Por favor tenham cuidado com isto”, refere.

A justificação dada é a de que o estabeleci-mento quer recriar o ambiente da Roma clás-sica.

Os clientes que superem o limite estabele-cido não podem entrar no restaurante e o mon-

tante que pagaram pelo jantar não lhes será de-volvido.

Só se pode entrar no restaurante com reser-va, que implica um pagamento prévio, com va-lores que vão desde os 12 mil ienes (100 euros) do menu mais básico até 80 mil (669 euros) para jantares animados por modelos masculinos, que servem às mesas e protagonizam uma série de actuações musicais.

Outras restrições são a proibição de entrada a pessoas com mais de 60 anos (só podem entrar clientes entre os 20 e 60 anos) e a quem tiver tatuagens.

Apesar de se autointitular “restaurante nu-dista”, The Amrita impõe aos clientes o uso de roupa interior de papel, fornecida pelo estabe-

Restaurante nudista com restriçõesO primeiro restaurante nudista do Japão, com abertura prevista para 29 de Julho, não vai permitir a entrada de clientes com excesso de peso, noticiou a imprensa nipónica

lecimento.Também é proibido tirar fotos no local e

“falar com outros clientes ou tocar-lhes” du-rante o jantar, segundo a página na Internet.

JTM/Lusa

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20 JTM | ÚLTIMA Terça-feira, 14 de Junho de 2016 • Fecho da Edição • 23:20 horas

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Tribuna.pdf 1 11/4/16 5:46 pm

Sector MICE sofre quebra nos eventos e participantesEntre Janeiro e Março, realizaram-se em Macau 187 reuniões e conferências, com um total de 15.457 participantes, o que representa decréscimos de 7% e 28,7%, respectivamente, em comparação com o primeiro trimestre de 2015, revelou a Di-recção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Segundo os dados referentes ao denominado sector MICE, a duração média das reuniões e conferências foi de 2,0 dias e a área to-tal utilizada fixou-se em 74.876 metros quadrados. Nos três primeiros meses de 2016, decorreram ainda no território qua-tro exposições (menos seis, em termos anuais) que atraíram 109.503 visitantes, ou seja, menos 52,4%. A duração média das exposições situou-se em 2,8 dias e a respectiva área total uti-lizada alcançou 10.130 metros quadrados. De acordo com a DSEC, as receitas das exposições atingiram 5,44 milhões de patacas, sendo, essencialmente, “rendas das cabinas” (81,2% do total), enquanto os “subsídios concedidos pelo Governo ou por outras instituições” representaram 17,2% do total. As des-pesas das exposições fixaram-se em 6,17 milhões de patacas.

Investimento chinês desacelera a mínimos de 15 anos O aumento dos investimentos em activos fixos da Chi-na desacelerou para menos de 10% pela primeira vez desde 2000 entre Janeiro e Maio uma vez que o impulso do crescimento recorde do crédito parece estar desapa-recendo rapidamente, trazendo de volta expectativas de mais estímulos. Analistas dizem que a forte desa-celeração no investimento privado poderia colocar em risco a meta de crescimento da China de 6,5 a 7%este ano, a não ser que o governo injecte ainda mais dinhei-ro na economia, apesar dos crescentes temores globais de que o país já esteja a acumular demasiada dívida. Dados divulgados ontem mostraram que o crescimento do investimento em activo fixo - importante motor da economia chinesa - desacelerou para 9,6% entre Janeiro e Maio na comparação com o mesmo período do ano anterior, contra expectativa de 10,5%, o mesmo que entre Janeiro e Abril. Ainda mais preocupante, o investimento de empresas privadas desacelerou para mínima recorde, com crescimento de 3,9% contra 5,2% entre janeiro e abril e dois dígitos no ano passado. O investimento privado responde por 60% do in-vestimento total na China. A fraqueza do investimento privado sugere que o crescimento da China é cada vez mais dependente dos gastos do governo através de empresas estatais, cujos investimentos subiram 23,3% entre Janeiro e Maio. Também significa que as autoridades podem ter que adoptar medidas mais fortes para sustentar a economia se mantiverem a meta de expansão de 2016.

NATO vai posicionar quatro batalhõesnos países bálticos e PolóniaOs ministros da Defesa da NATO decidiram posicionar quatro batalhões em três países bálticos e na Polónia, anunciou o secretário da Aliança, Jens Stoltenberg. “Concordamos em mobilizar, de maneira rotativa, quatro ba-talhões multinacionais robustos nos países bálticos na Polônia», informou. “Isso enviará um claro sinal de que a NATO está disposta a defender to-dos os aliados em caso de agressão”, declarou Stoltenberg ao apresentar o programa da reunião ministerial de hoje e amanhã em Bruxelas. A decisão de enviar tropas aos países do leste da Aliança, vista por Moscovo como uma provocação, será tomada hoje pelos 28 ministros da Defesa, apesar de a composição desses batalhões ainda não estar definida. Esta mobili-zação completa uma série de medidas tomadas desde o início da crise na Ucrânia, em 2014, para aumentar a reacção das forças aliadas e acalmar os membros da NATO compartilham a fronteira com a Rússia. Os chefes de Estado e de Governo dos 28 membros da Aliança ratificarão esta decisão na Cimeira que realizarão em Varsóvia, em 8 e 9 de Julho.

Peru elimina Brasil da Copa AméricaUm golo com o braço do suplente Raúl Ruidíaz, aos 75 minutos, afastou domingo o Brasil da Copa América do Centenário em futebol e colocou o Peru, vencedor por 1-0, nos quartos de final. Necessi-tando apenas de empatar para seguir em frente, o ‘onze’ de Carlos Dunga, que deixou Jonas no ban-co, foi derrotado por um golo irregular, uma mão não detectada pelo árbitro uruguaio Andres Cunha e seus assistentes. Em Foxborough, os jogadores brasileiros protestaram muito, nomeadamente o guarda-redes Alisson, mas, depois de quase quatro minutos de hesitações e trocas de palavras entre ár-bitro e assistentes, o golo foi mesmo validado. O Brasil pode queixar-se pela forma como foi eliminado, mas o árbitro também lhe perdoou uma grande penalidade e foram muitos os seus erros próprios, sobretudo o ‘zero’ na finalização, apesar de várias oportunidades criadas. O Peru está nos ‘quartos’ - nos quais vai defrontar a Colômbia -, juntando-se ao Equador, que, antes garantira uma lugar nos ‘quartos’ ao golear o Haiti por 4-0.