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Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território IP.001.00 Edifício “Fábrica dos Mirandas” Avenida Cidade Aeminium 3000-429 Coimbra Tel.: 239 850 200 Fax: 239 850 250 [email protected] http://www.arhcentro.pt 103 Relatório sobre as actividades desenvolvidas no âmbito da Ria de Aveiro, 2010 (Aditamento ao Relatório de Actividades de 2010) Administração da Região Hidrográfica do Centro, IP Abril 2011

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Relatório sobre as actividades desenvolvidas no âmbito da 

Ria de Aveiro, 2010 

(Aditamento ao Relatório de Actividades de 2010) 

Administração da Região Hidrográfica do Centro, IP 

 

Abril 2011 

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Índice 

Nota introdutória  107 

1. Enquadramento   

    1.1 Antecedentes sobre a gestão da Ria de Aveiro  109 

    1.2 Especificidades da Ria de Aveiro  110 

    1.3 A Gestão da Ria de Aveiro do âmbito das responsabilidades da ARH   111 

2. Principais actividades desenvolvidas   

    2.1 Medidas prioritárias no ano de 2010  115 

    2.2 Sistematização de informação de base  115 

          2.2.1 Explorador cartográfico  115 

          2.2.2 Geo‐referenciação da actividade de aquicultura na Ria de Aveiro  116 

          2.2.3 Actualização das áreas delimitadas do Domínio Público Marítimo  118 

          2.2.4 Levantamento das utilizações em Domínio Público Marítimo  119 

          2.2.5 Cadastro das ocupações da margem da Ria de Aveiro  122 

    2.3 Definição de critérios para a demarcação física do leito e da margem  122 

    2.4 Caracterização e monitorização de rejeições em águas marinhas e estuarinas  124 

    2.5 Planeamento, Ordenamento e Avaliação Ambiental  127 

    2.6 Plano de Ordenamento do Estuário do Vouga  131 

    2.7 Intervenções de requalificação  133 

    2.8 Titulação e fiscalização 

           2.8.1 Titulação 

 

137 

           2.8.2 Fiscalização  139 

    2.9 Monitorização – Qualidade da água  141 

    2.10 Taxa de Recursos Hídricos  143 

          2.10.1 Liquidação da Taxa de Recursos Hídricos na Ria de Aveiro   143 

          2.10.2 Distribuição dos valores por tipologia  143 

          2.10.3 Distribuição dos valores emitidos por tipologia de utilizadores  144 

    2.11 Colaboração institucional e participação pública  145 

    2.12 Constrangimentos  145 

3. Avaliação e desafios para 2011  146 

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Nota introdutória   

Este relatório tem por objectivo apresentar uma breve síntese das actividades desenvolvidas pela Administração da Região Hidrográfica do Centro, IP durante o ano 2010 no âmbito da Ria de  Aveiro. O  documento  pretende  constituir  um  "zoom"  do  relatório  de  actividades  geral sobre o trabalho desenvolvido na Ria de Aveiro. Estas actividades tiveram como instrumento de suporte a carta de Missão dos órgãos de gestão da ARH do Centro, o Plano de Actividades 2010  submetido  ao  Conselho  de  Região  Hidrográfica  do  Centro  bem  como  o  Quadro  de Avaliação e Responsabilização (QUAR) 2010.  O  presente  relatório  constitui  uma  apresentação  sintética  e  descritiva  das  actividades desenvolvidas pela ARH do Centro,  I.P., nas margens  e no  leito da Ria  de Aveiro,  i.e., nas imediações do Domínio Público Marítimo.   Para além da sistematização das principais actividades desenvolvidas este documento refere os  principais  constrangimentos  encontrados  e  os  desafios  para  o  próximo  ano.  A  sua elaboração assenta na assunção dos desafios de uma administração pública moderna atenta à importância  em  reportar  à  sociedade  a  sua  actividade.  Pretende‐se  também  com  a  sua divulgação, a  recolha de  contributos para o aperfeiçoamento, não apenas da  informação a integrar em futuros relatórios mas, sobretudo, de contributos para aperfeiçoar o trabalho a desenvolver pela ARH neste contexto.  O documento está  estruturado  em  três  capítulos. O primeiro  sintetiza os  antecedentes de gestão da Ria de Aveiro até ao presente, as especificidades da Ria de Aveiro, bem como, as responsabilidades  da  ARH  do  Centro,  IP  em  matéria  de  gestão  da  Ria  de  Aveiro,  que fundamentam a elaboração deste relatório dando conta dos primeiros passos desenvolvidos para a  sua gestão e governação. O  segundo e  terceiro  capítulos  sistematizam as principais actividades e identificam os principais desafios para o próximo ano. 

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1. Enquadramento          1.1 Antecedentes sobre a responsabilidade de gestão da Ria de Aveiro 

 Na  sequência  da  extinção  da  Junta  Autónoma  do  Porto  de  Aveiro  e  da  criação  da Administração do Porto de Aveiro, S.A. (APA) (Decreto‐Lei nº 339/98, de 3 de Novembro, cuja área de  jurisdição  se  tornou mais  restrita, o quadro  institucional de  responsabilidade pela gestão da Ria de Aveiro  foi  alterado,  tendo  ficado  em 2002  sob  a  tutela do Ministério do Ambiente  e  do Ordenamento  do  Território  (Decreto‐Lei  nº  40/2002,  de  28  de  Fevereiro). Desde então foram‐se sucedendo tentativas para promover outros quadros  institucionais de gestão integrada da Ria: i) Uma assentou na criação do Departamento da Ria de Aveiro  (DRIA) em 2001,  inserido na orgânica da Direcção Regional do Ambiente e do Ordenamento do Território Centro (DRAOT Centro) mas que não chegou a exercer funções. ii) Outra foi a celebração de um protocolo entre a DRAOT Centro e a APA com vista à gestão das áreas da Ria transferidas para a DRAOT e formação de técnicos da primeira mas que foi mais tarde considerado nulo.  iii) Outra ainda teve a ver com a tentativa de criação, em 2005, de um Gabinete de Gestão Integrada  da  Ria  de  Aveiro,  através  de  um  Decreto  Regulamentar  que,  no  entanto,  não chegou a ser promulgado.  iv) Entre 2006 e 2008 a gestão da Ria de Aveiro esteve atribuída à CCDRC na sequência da integração da DRAOT nos  seus  serviços. Na  falta de uma efectiva  transição, não apenas de processos  de  licenciamento  de  utilização  do  domínio  público  marítimo,  mas  também,  e sobretudo,  de  recursos  técnicos  e  financeiros,  as  medidas  de  gestão  promovidas  foram diminutas.  Com  a  criação  da  Administração  da  Região  Hidrográfica  do  Centro,  IP,  a  partir  de  1  de Outubro  de  2008,  a  gestão  do  domínio  público  marítimo  da  Ria  de  Aveiro  ficou  sob  a responsabilidade  deste  novo  instituto  desconcentrado  do  Ministério  do  Ambiente  e  do Ordenamento do Território. A ARH resulta de um modelo institucional de gestão dos recursos hídricos criado no âmbito da Lei da Água (Lei 58/2005, de 29 de Dezembro) permite que, pela primeira vez, tenhamos um conjunto de condições chave para equacionar o modelo de gestão dos recursos hídricos de forma inovadora e adaptada às especificidades da Ria de Aveiro. Por um  lado,  o  quadro  legislativo  criou  organismos  específicos  e  completamente  dedicados  à gestão integrada da água e dos recursos hídricos interiores e costeiros, as Administrações de Região  Hidrográfica  (ARH),  que  se  revestem  de  particular  importância  para  enquadrar  o modelo  de  gestão  da  Ria  de  Aveiro.  Por  outro  lado,  este  novo  quadro  legislativo  cria condições inovadoras para uma maior proximidade entre a administração e os administrados através  de  mecanismos  que  permitem  uma  maior  participação  dos  utilizadores  e  da sociedade na gestão dos  recursos hídricos. Um destes mecanismos assenta no conselho de região  hidrográfica,  que  reúne  um  conjunto  diverso  de  entidades  de  nível  central  mas também  de  representantes  de  interesses  regionais  que  acompanham  e  escrutinam  as actividades desenvolvidas pela Administração de Região Hidrográfica.  

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Outro mecanismo  assenta  na  possibilidade  de  delegação  de  competências  de  gestão  dos recursos  hídricos  em  associações  de  utilizadores  do  domínio  público  hídrico,  cujo  regime jurídico ficou estabelecido através do Decreto‐Lei nº 348/2007 de 19 de Outubro de 2007, ou mesmo em municípios, de acordo com o artigo 9º da Lei nº 58/2005 de 29 de Dezembro, ou associações de municípios, nos termos do artigo 13º do Decreto‐Lei nº 226‐A/2007, de 31 de Maio.  Ainda  no  contexto  da  Lei  da  Água  e  da  sua  interface  com  a  gestão  do  território  importa acrescentar a  referência ao  futuro Plano de Ordenamento de Estuário  regulamentado pelo  Decreto‐Lei nº 129/2008, de 21 de  Julho, que estabelecerão as grandes orientações para a gestão integrada das massas de água e recursos estuarinos bem como as margens associadas. Este documento, aplicado ao Estuário do Rio Vouga tal como previsto no referido Despacho n.º 22550/2009, de 13 de Outubro, reveste‐se de particular importância no modelo de gestão da Ria de Aveiro já que vai permitir reunir num documento as principais normas para a gestão da Ria de Aveiro à luz dos princípios estabelecidos pela Lei da Água. 

        

1.2 Especificidades da Ria de Aveiro  

A gestão da Ria da Aveiro requer particular atenção por parte da ARH do Centro, IP por razão dos factores seguintes: i) dos efeitos negativos das pressões do crescimento económico sobre os recursos hídricos, e dos valores naturais, ambientais, socioeconómicos e paisagísticos associados; ii)  da  multiplicidade  de  utilizações  dos  recursos  hídricos  e  das  suas  implicações  para  a manutenção da qualidade e do estabilidade da Ria de Aveiro; iii) da extensão que abrange; iv) do ambiente de interface em que se encontra por força da sua ambiência litoral, estuarina e, integração na bacia hidrográfica do Rio Vouga; v)  da  complexidade  institucional  envolvente,  que,  para  além  dos  organismos  de  diversos sectores de actuação da administração central, é abrangida por onze municípios, e  vi)  da  carência  de  intervenções  estruturais  de  valorização  e  de  controlo  das  diversas utilizações numa parte importante do domínio hídrico nesta zona.  A  Ria  de  Aveiro  integra  ainda  a  lista  de  sítios  da  Rede Natura  2000,  sendo‐lhe,  portanto, atribuída  importância  europeia  e  nacional,  facto  que  implica  acrescidas  responsabilidades sobre o Estado português na adopção de uma solução célere e eficaz para a gestão da Ria de Aveiro,  à  luz  dos  princípios  modernos  de  governação  ambiental  e  gestão  dos  recursos hídricos. Apesar dos problemas da Ria envolverem um âmbito mais vasto, é particularmente oportuno centrar o seu modelo de gestão no âmbito da Lei da Água (Lei nº 58/2005, de 29 de Dezembro).  Coloca‐se  o  elemento  água  como  o  centro  do  processo  de  concertação  de interesses o que pode tornar‐se mais fácil do que o território, a biodiversidade ou a paisagem que são elementos mais difusos na percepção dos agentes e da sociedade.    À luz do actual quadro institucional e legislativo entre os principais requisitos para a gestão da Ria de Aveiro, enquadrados no  âmbito de  actuação da ARH do Centro,  IP, destacam‐se os seguintes: i) elaboração e adopção do Plano de Ordenamento do Estuário do Vouga (Ria de Aveiro) que oriente  e  regule  as  utilizações  preferenciais  e  identifique  novas  oportunidades  de  uso  de acordo com a capacidade de carga; ii)  articulação  de  usos  e  licenciamento  e  fiscalização  de  utilizações  (múltiplas  e  por  vezes conflituosas entre si); 

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iii) articulação entre diversas entidades com responsabilidade na Ria;  iv) manutenção dos canais navegáveis, dos cais de acostagem públicos, de diques e motas em DPM e de pequenas infra‐estruturas hidráulicas; v) controlo da qualidade da água e de espécies infestantes; vi) dotação de base de dados e SIG que sistematize jurisdições, utilizações e títulos, etc; vii) mecanismos colaborativos que envolvam utilizadores e administração pública; viii) medidas de minimização e adaptação a variações e alterações climáticas e a riscos. ix) recursos humanos adequados às atribuições. 

  

1.3 A Gestão da Ria de Aveiro do âmbito das responsabilidades da ARH     

A  gestão  da  Ria  de  Aveiro,  essencialmente  no  que  respeita  ao  domínio  público marítimo associado às suas margens, leito e massas de água constitui desde o início da criação da ARH do  Centro,  IP  um  núcleo  de  particular  atenção.  Esta  foi  desde  logo  sublinhada  entre  os objectivos operacionais da ARH do Centro quando se inclui a "promoção da gestão integrada das principais massas de água, dando prioridade à Ria de Aveiro". As Figura 1 e 2 sintetizam as principais responsabilidades de gestão da ARH no contexto da Ria de Aveiro, acompanhadas pelas  reuniões  da  Conselho  de  Região  Hidrográfica,  bem  como  os  principais  domínios  de actuação. 

  

Planeamento

Requalificação

Licenciamento

Monitorização

Fiscalização

Domínios de actuação

Municípios

Agricultura e Pescas

Economia

Turismo

Saúde

ICNB

INAG

CCDR

Autoridade Marítima

Obras Públicas

SEPNA

Entidades com que interage

Principais Utilizadores

Das massas de água

Das margens

Conselho de Região Hidrográfica  

Figura 1. Gestão da Ria de Aveiro no âmbito de actuação da ARH do Centro, IP  

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Planeamento

Requalificação

Licenciamento

Monitorização

Fiscalização

Quadro de referência de decisão e investimento, definição de prioridades, definição de medidas de valorização, regras de utilização, medidas de concertação de usos

Promoção de medidas de valorização, requalificação ou manutenção

Controlo do tipo e da intensidade de usos, articulação de usos

Acompanhamento do estado e da qualidade, identificação me medidas de aperfeiçoamento da gestão – planeamento, requalificação, licenciamento, monitorização

Verificação do cumprimento das condicionantes de licenciamento ou das regras de uso

Gestão da Ria de Aveiro no âmbito das

atribuições da ARH do Centro,

IP

Figura 2. Domínios de actuação da ARH do Centro, IP na Ria de Aveiro 

O desenvolvimentos dos trabalhos nos domínios referidos requer uma relevante colaboração institucional com um conjunto diverso de organismos tal como  ilustra a Figura 3, bem como um  constante acompanhamento de um complexo e diversificado utilizadores,  ilustrados na Figura 4, cujos objectos e métodos de utilização dos recursos da Ria evidenciam  frequentes situações de conflito. 

Planeamento

Requalificação

Licenciamento

Monitorização

Fiscalização

Municípios e Conselho de Região Hidrográfica da ARH

Municípios, Agricultura e Pescas, Obras Públicas, Turismo, INAG, ICNB

Municípios, Agricultura e Pescas, Economia, Turismo, Saúde, ICNB,CCDR, Autoridade Marítima

Saúde, INAG, Autoridade Marítima, SEPNA

Municípios, Agricultura e Pescas, Economia, Saúde, ICNB, CCDR, Autoridade Marítima, SEPNA

Administração da Região

Hidrográfica do Centro, IP.

 

Figura 3. Interfaces institucionais 

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culturas de bivalvesaquicultura em terrenos marginais, piscicultura semi-

intensiva em marinhas, secas de bacalhau

marinhas de sal, armazéns para sal, aprestos de pesca e similares, pesca

principais utilizadores sujeitos a título

parques de campismo, estaleiros de obras, estabelecimentos industriais, similares de

hotelaria, comerciais, turísticos desportivos, quiosques, habitação unifamiliar, vedações,

paineis de publicidade, cabos e condutas

Marinas e actividades de desporto náutico, cais, pontes e moirões, folsas, docas de recreio,

estacionamento de embarcações nos canais, trapiches e embarcadouros colectivos e

individuais

Administração da Região

Hidrográfica do Centro, IP.

actividades agrícolas e similares em terrenos públicos, ervagens

Figura 4. Principais utilizações sujeitas a título pela ARH do Centro, IP 

Nos domínios do planeamento territorial e dos recursos hídricos a ARH do Centro, IP também acompanha e/ou elabora um  conjunto diversos de  figuras de planos  tal  como  ilustrado na Figura  5.  Estão  sob  sua  responsabilidade  a  elaboração  do  Plano  de  Gestão  de  Região Hidrográfica do Centro, os Planos de Ordenamento de Estuário dos Rios Vouga e Mondego. 

desenvolvimento ordenamento

Lei 48/98 de 11.8 alterada pela Lei 54/2007 de 31.8

Programa Nacional de PolíticaOrdenamento do Território (PNPOT)

PE

OT Plano de Ordenamento da Orla

Costeira Ovar Marinha Grande (POOC)

Planos de Ordenamento Da Reserva Natural de S. Jacinto

Plano Regional de Ordenamentodo Território do Centro (PROTC)

Plano Intermunicipal de Ordenamento da Ria de Aveiro (UNIR@Ria)

Planos Sectoriais

Planos Municipais de Ordenamento Território (PMOT)

ordenamento

Plano de Gestão de Região

Hidrográfica do Centro

Plano Nacional da Água

planeamento

Lei 58/2005 de 29.12

Plano de Ordenamento do Estuário

Figura 5. Interface entre a estrutura de planeamento territorial e dos recursos hídricos 

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Adicionalmente  importa  referir que na margem da Ria de Aveiro existem vários municípios em processo de  revisão dos  seus Planos Directores Municipais. Após o desdobramento das competências que  estavam  atribuídas  á CCDRC  em matéria de Domínio Hídrico,  a ARH do Centro  herdou  as  responsabilidades  anteriormente  atribuídas  ao  INAG  no  seu acompanhamento. Em sede de comissão de avaliação, de comissão mista de coordenação ou ainda de reuniões sectoriais, a ARH do Centro intervém a título vinculativo quer por força da servidão do Domínio Hídrico, quer por força da competência atribuída na gestão do Plano de Ordenamento da Orla Costeira. 

 

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2. Principais actividades desenvolvidas    2.1 Medidas prioritárias no ano de 2010  

No âmbito do processo de elaboração do plano de actividades de 2010, para além das diversas actividades de gestão corrente, foram consideradas as seguintes medidas prioritárias de actuação no que respeita à gestão da Ria de Aveiro: • Continuação da  inventariação das utilizações  e  sistematização dos  títulos de utilização dos 

recursos hídricos e do domínio público marítimo; • Definição de critérios para demarcação do leito e margem • Identificação e caracterização das rejeições para o meio Hídrico ‐ mar e estuários  • Clarificação dos processos de licenciamento na perspectiva do utilizador; • Complemento  do  sistema  de monitorização  da  qualidade  das massas  de  água  da  Ria  de 

Aveiro; • Reforço das acções de fiscalização em parceria com a Capitania e com o SEPNA; • Aproximação com os principais utilizadores da Ria. 

  

2.2 Sistematização de informação de base    

Durante o ano de 2009 uma das primeiras preocupações da actividade da ARH centrou‐se da actualização  de  uma  base  de  dados  sobre  as  utilizações  presentes  na  Ria  de  Aveiro,  no decorrer do ano de 2010  foi dada  continuidade a esta actualização  fundamental para uma adequada gestão dos recursos hídricos. A transição da gestão da Ria de Aveiro da antiga JAPA para  o  Ministério  do  Ambiente  e  Ordenamento  do  Território  não  foi  acompanhada  da necessária transferência de recursos técnicos nem das bases de dados.  Durante  o  ano  de  2010  destaca‐se  a  geo‐referenciação  de  todas  utilizações  tituladas  no Domínio  Público Marítimo,  a  geo‐referenciação  dos  lotes  de  bivalves  no  canal  de Mira,  e actualização  do  explorador  cartográfico  do  Litoral  e  Ria  de Aveiro  e  actualização  da  áreas oficialmente delimitadas. 

                                                                              

2.2.1 Explorador cartográfico  

No âmbito do processo de  licenciamento na área do  litoral tem vindo a ser actualizada uma aplicação cartográfica como instrumento de apoio ao próprio processo de licenciamento, que inclui  também  informação  relativa  ao  estuário  da  Ria  de  Aveiro,  disponibilizando  dados geográficos referentes às utilizações nela existentes. Pode ser observado na página da ARH do Centro I.P. em http://www.arhcentro.pt. 

 

 

2.2.2 Geo‐referenciação da actividade de aquicultura na Ria de Aveiro  

Durante o ano de 2010, a ARH do Centro, efectuou um  levantamento de campo na Ria de Aveiro,  para  proceder  à  georeferenciação dos  talhões  de  culturas  de bivalves  existentes  e deste modo corrigir e actualizar as suas áreas e  localizações. Este  trabalho  teve por base a necessidade de promover a devida  regularização dos  títulos de utilização com coordenadas geográficas correctas no sistema de Hayford‐Gauss militar e foi desenvolvido em articulação com a Direcção Regional de Agricultura e Pescas.  

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Trata‐se de um trabalho de natureza complexa mas fundamental não apenas para o controlo e fiscalização dos títulos de utilização dos recursos hídricos por parte da ARH mas, também, para  os  processos  de  renovação  ou  transmissão  de  licenças  de  exploração  emitidas  por aquela entidade.  

 

 

 

 

Figura 6. Georeferenciação de lotes de bivalves – Canal de Mira, Gafanha da Encarnação, Ílhavo 

 

2.2.3 Actualização das áreas delimitadas do Domínio Público Marítimo 

 Durante o ano de 2010 foram actualizadas e revistas no Geo‐Explorador do Litoral e da Ria de Aveiro, as delimitações do domínio público Marítimo, entretanto publicadas. 

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Figura 7. Actualização das áreas oficialmente delimitadas 

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2.2.4 Levantamento das utilizações em Domínio Público Marítimo 

 

Foi actualizado o levantamento das utilizações existentes no Domínio Público Marítimo (DPM) da Ria de Aveiro, nomeadamente o edificado na margem, a actividade aquicola, a  indústria existente na margem e as captações de água superficiais e subterrânea. 

 

 

 

Figura 8. Edificado na margem da Ria de Aveiro 

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Figura 9. Aquicultura e salinas no Salgado da Ria de Aveiro 

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Figura 10. Industria nas margens da Ria de Aveiro 

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Figura 11. Captações de água 

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2.2.5 Cadastro das ocupações da margem da Ria de Aveiro  

A  ARH  do  Centro,  I.P.,  em  colaboração  com  Polis  Litoral  da  Ria  de  Aveiro,  tem  dado continuidade  ao  trabalho  de  cadastro  das  edificações  nas margem  da  Ria  de  Aveiro  com identificação  dos  utilizadores  das  ocupações  com  construção  e/ou  com  áreas  vedadas  na margem, informação de base, essencial para melhorar e adequar eficazmente o processo de titulação, de fiscalização e de cobrança da taxa de recursos hídricos.   O  cadastro  está  a  ser  realizado  através da  recolha de  informação  e  registado  em base de dados  geográfica  com  relação  integrada  de  dados  alfanuméricos  e  geográficos,  tal  como ilustrado na Figura 12.  

Figura 12. Sistematização do cadastro na margem da Ria de Aveiro ‐ Imagem cedida pela Polis da Ria de Aveiro 

2.3 Definição de critérios para a demarcação física do leito e da margem para águas de transição em estuários.  

Na sequência de trabalhos já desenvolvidos em 2009 a ARH do Centro, I.P., desenvolveu uma proposta  de  definição  dos  critérios  fundamentais  para  a  demarcação  física  do  leito  e  da 

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margem, nos  termos da  Lei nº 54/2005, de 15 de Novembro, para  águas de  transição  em estuários, onde se inclui o estuário da Ria de Aveiro. Este trabalho pretendeu promover a clarificação espacial da área do  leito e da margem das águas de transição, tendo em conta a aplicação da legislação existente relativa aos regimes de utilização e económico‐financeiro dos recursos hídricos. 

        

Figura 13. Particularidades morfológicas existentes no Litoral Centro ‐ Imagem extraída de Critérios para a Demarcação Física do Leito e da Margem ‐ ARH do Centro 2010 

O documento desenvolveu, uma metodologia para o traçado da  linha da máxima preia‐mar de  águas  vivas  equinociais  (LMPAVE)  que  assenta  essencialmente  na  análise  efectuada  às particularidades morfológicas existentes na zona costeira e estuários, sob  jurisdição da ARH do Centro, I.P., onde se inclui o Sistema lagunar da Ria de Aveiro.  

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Figura 14. Evolução do estuário da Ria de Aveiro ‐ Imagem extraída de Critérios para a Demarcação    Física do Leito e da 

Margem – ARH do Centro 2010 

 

Este documento, já em apreciação pela Autoridade Nacional da Agua, surgiu na sequência do Despacho  n.º  12/2010  do  Instituto  da  Água  de  23  de  Janeiro,  e  vem  complementar  os critérios já estabelecidos para a demarcação do leito e margem das águas do mar. Trata‐se de um contributo de particular relevância para a gestão dos recursos hídricos, para a cobrança da  taxa de  recursos hídricos, bem  como para  a  elaboração dos planos de  gestão de bacia hidrográfica, para os planos de ordenamento dos estuários, para o plano de ordenamento de orla costeira Ovar‐Marinha Grande, bem como para os planos directores municipais. 

 

Figura 15. Exemplos de traçado da LMPAVE E do limite da margem na Ria Aveiro ‐ Imagem extraída de Critérios para a 

Demarcação Física do Leito e da Margem – ARH do Centro 2010 

  

2.4 Caracterização e monitorização de rejeições em águas marinhas e estuarinas  

Na  sequência  do  autocontrolo  imposto  nos  títulos  de  utilização  dos  recursos  hídricos  aos diversos  utilizadores  que  efectuam  rejeição  de  efluentes  de  águas  urbanas,  industriais  e aquicultura, para o meio hídrico marítimo e de transição, foi efectuado, numa primeira fase, e para  a  zona  da  Ria  de  Aveiro,  a  sistematização  destas  rejeições  em  termos  de  caudais rejeitados e cargas. Este  trabalho,  tem  como  objectivo,  vir  a  contribuir  para  uma  avaliação  dos  efeitos  destas rejeições  no meio  hídrico  e  ecossistema marinho/estuarino  bem  como  afinar  o modo  de actuação de fiscalização e de licenciamento destas utilizações. 

 

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 Figura 16. Valores de caudais rejeitados para o meio hídrico marítimo e de transição 

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Figura 17. Valores de cargas rejeitadas para o meio hídrico marinho e de transição

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2.5 Planeamento, Ordenamento e Avaliação Ambiental  

Foram  apreciados  documentos  no  âmbito  dos  processos  de  revisão  dos  Planos Directores Municipais (PDM) dos concelhos de Águeda, Aveiro, Ílhavo, Murtosa e Oliveira do Bairro. No âmbito da avaliação ambiental estratégica (AAE) foram apreciados processos que se localizam nos concelhos de Ovar, Estarreja, Murtosa, Vagos e Oliveira do Bairro. No âmbito da avaliação ambiental  estratégica  (AAE)  foram  apreciados  os  processos  descriminados  no  quadro seguinte,  com  localização  nos  concelhos  de Ovar,  Estarreja, Murtosa,  Vagos  e Oliveira  do Bairro. Foram também analisados processos de avaliação de impacte ambiental (AIA). 

Concelhos  Processos AAE analisados 

Ovar  

Plano de Pormenor  Relatório de Factores Críticos  

Murtosa  Plano de Pormenor 

Estarreja Relatório factores críticos da revisão do PDM  Plano de Pormenor  

Vagos  Plano de Pormenor  

Oliveira do Bairro  Plano Director Municipal 

 

 

Concelhos  Processos AIA analisados 

Oliveira do Bairro  Pedreira 

Murtosa  Estrada 

Aveiro  Projecto Portuário 

Aveiro/Murtosa  Linha ferroviária 

Ílhavo  Transformação de combustíveis 

Vagos Agro-pecuária

Esteve previsto o arranque do processo de elaboração do Plano de Ordenamento de Estuário do Vouga (Ria de Aveiro) documento essencial para garantir a sistematização de informação, identificação  de  cenários  de  evolução  da  Ria,  concertação  de  usos  e  estabelecimento  de regras  de  ordenamento,  nos  termos  do  Decreto‐Lei  n.º  129/2008,  de  21  de  Julho  e  do Despacho n.º 22 550/2009, de 13 de Outubro de 2009. Tal, não foi contudo possível por falta de abertura de aviso de  candidatura do POR Centro a  financiamento do QREN. Esperamos que se possa dar início a este processo em 2011.  

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Figura 18. Concelhos com avaliação de PDM e AAE     

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Figura 19. Concelhos com Processos de Avaliação de Impacte Ambiental apreciados 

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2.6 Plano de ordenamento do Estuário do Vouga   

A ARH do Centro promoveu a candidatura ao PO Regional, após a indispensável abertura do aviso da CCDR Centro, para a elaboração do Plano de Ordenamento do Estuário do Vouga, relevando  a  sua  importância  para  a  gestão  sustentável  dos  recursos  estuarinos.  Este instrumento de 2.ª geração de planeamento irá permitir construir uma visão e um quadro de governação  colectiva para  a Ria de Aveiro; definir normas de utilização da Ria  (margens  e leito),  procurando  a  concertação  de  usos;  dotar  o  estuário  de  um  instrumento  flexível  e dinâmico que promova a gestão partilhada e co‐responsável, bem como a sua coordenação transversal  e  sectorial;  e  por  fim  equacionar  as  intervenções  futuras  e  o  respectivo financiamento. A  elaboração  deste  plano  constituirá  uma  sede  privilegiada  de  discussão  de  opções  de ordenamento e gestão em torno de um estuário de  importância relevante na região Centro do País e entre os vários actores que sobre ele actuam e usufruem, perspectivando ‐se uma efectiva abordagem  integrada e sustentável de gestão da água e dos usos com ela conexos. Com  efeito,  a  elaboração  deste  instrumento  de  gestão  territorial  permitirá  realizar  a promoção  da  concertação  de  interesses  e  geração  de  consensos,  com  vista  a  uma responsabilidade partilhada no ordenamento e gestão na sua área de intervenção e com vista à  sua  sustentabilidade, bem  como almejar uma adequada  compatibilização das actividades económicas — portuárias,  industriais, turísticas de transporte e da pesca — com as funções de protecção dos valores naturais e as actividades de recreio e lazer, o que exige igualmente uma estreita articulação com os diversos actores que intervêm na área de jurisdição. O desafio da elaboração deste Plano consubstancia‐se no seu carácter inovador, por se tratar do primeiro plano de ordenamento em torno da problemática da valorização e protecção dos recursos hídricos estuarinos. Constitui assim uma sede privilegiada de discussão de opções de ordenamento e gestão entre os vários actores que sobre ele actuam e o usufruem, para uma efectiva  abordagem  integrada  e  sustentável  de  gestão  dos  recursos  hídricos  e  dos  usos conexos.  A área de intervenção do POE do Vouga/Ria de Aveiro integra as águas de transição, os seus leitos e margens, que constituem o estuário, e ainda a orla estuarina à qual corresponde uma zona terrestre de protecção cuja largura é fixada na resolução do Conselho de Ministros que aprovar  o  POE  Vouga  (até  ao  máximo  de  500  m  contados  a  partir  da  margem), excepcionalmente  sujeitos  a  acertos  até  formulação  final  do  plano  de  ordenamento,  e intersecta 8 municípios: Albergaria‐a‐Velha, Aveiro, Estarreja,  Ílhavo, Mira, Murtosa, Ovar e Vagos.  Intersecta  ainda uma  área de 189 ha da Reserva Natural das Dunas de  São  Jacinto (cerca de 26 % da área terrestre desta área protegida), criada pelo Decreto ‐Lei n.º 41/79, de 6 de Março, com o objectivo de promover a protecção das formações dunares  localizadas a norte  da  freguesia  de  São  Jacinto,  no município  de  Aveiro,  enquanto  sistema  sensível  de elevado  valor  geomorfológico,  florístico  e  faunístico,  a  qual  dispõe  de  um  plano  de ordenamento  aprovado  pela  Resolução  do  Conselho  de Ministros  n.º  76/2005,  de  21  de Março. Nos  termos previstos no n.º 3 do artigo 4.º do Decreto‐Lei n.º 129/2008, de 21 de Julho, o POE do Vouga/Ria de Aveiro estabelecerá apenas as regras de utilização do estuário no que respeita à defesa, valorização e qualidade dos recursos hídricos. 

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Figura 20. Área de intervenção do POE do Vouga 

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2.7 Intervenções de requalificação   

 

Foram  as  seguintes  as  intervenções  promovidas  em  2010 na  Ria  de Aveiro  e  orla  costeira adjacente e em linhas de águas que desaguam directamente da Ria com comparticipação do Fundo de Protecção de Recursos Hídricos e do PORCENTRO nesta área. 

Intervenções de Requalificação na Ria de Aveiro e orla costeira adjacente ‐ 2010 

Designação da Empreitada  Comparticipação 

  

Adjudicação Situação física 

PORCENTRO  FPRH 

Gestão do Dique Barrinha Esmoriz  € 18.000,00  Concluída  € 0,00  € 18.000,00 

Intervenção de Emergência no Furadouro       0  € 0,00 

acção 1  ‐ Reforço da estabilidade do muro  € 18.360,00  Concluída  0  € 18.360,00 

acção 2 ‐ Selagem de fundações  € 6.600,00  Concluída  0  € 6.600,00 

acção 3  ‐  Reposição de areias  € 150.816,00  Concluída  0  € 150.816,00 

acção 4 ‐ Prolongamento da defesa longitudinal Praia Furadouro  € 198.554,00  0%  0  0,00 

Limpeza e desassoreamento do Rio Fontela  € 37.800,00  Concluída  € 28.350,00   € 9.450,00 

Demolição de Construções na Praia de Mira (conclusão)  € 8.100,00  Concluída  € 0,00   € 8.100,00 

Requalificação Marginal Norte e sistema dunar da Praia de Mira (1ª fase)  € 118.112,00 Concluída  € 88.584,00   € 29.528,00 

Requalificação ambiental da zona sul da Praia do Furadouro  € 239.446,90  0%  € 0,00   € 0,00 

Recuperação e requalificação do cais de atracagem da Torreira   € 50.129,70 Concluída  € 0,00   € 50.129,70 

         

  €845.918,60    € 116.934,00   € 290.983,7 

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Recuperação e requalificação do cais de atracagem da Torreira ‐ € 50.129,70    

 Antes 

Depois 

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Intervenção de emergência na Praia do Furadouro ‐ € 198 554,00   Antes 

Depois 

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Requalificação Marginal Norte e sistema dunar da Praia de Mira (1ª fase) ‐ € 118.112,00  

Pormenor 1 

Pormenor 2 

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Limpeza da vala afluente ao rio Fontela em Pardilhó ‐ € 37 800,00 

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 2.8 Titulação e fiscalização  2.8.1 Titulação     

Durante  o  ano  de  2010  foram  emitidos  um  total  de  75  títulos  de  utilização  dos  recursos hídricos,  dos  quais,  38  para  ocupações  do  Domínio  Público Marítimo,  8  para  rejeições  e captações  superficiais,  2  para  dragagens,  6  para  actividades marítimo  turístico  e  19  para aquaculturas, com as percentagens por tipologia de utilização representadas no Gráfico 1.  

Gráfico 1. Percentagem de Títulos emitidos por tipologia de utilização 

 

Uma parte significativa dos títulos emitidos, envolveu a colaboração intersectorial com outros serviços da administração pública central como os ligados à agricultura e pescas e economia, entre outros, para além da Autoridade Marítima.   Da evolução dos títulos emitidos por tipologia de utilização nos dois últimos anos verificando‐se um aumento significativo da aquacultura que resultou da regularização de pisciculturas e bivalves,  um  acréscimo  das  ocupações  no  leito  e  margem  e  uma  diminuição  pouco significativa  das  captações  superficiais  e  rejeições,  tendo‐se  também  verificado  uma diminuição do numero de dragagens em relação ao ano anterior. 

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Figura 21. Georeferenciação dos títulos de utilização dos recursos Hídricos emitidos – Ria de Aveiro 

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Gráfico 2. Evolução dos títulos emitidos por tipologia de utilização 

2.8.2 Fiscalização    

A  fiscalização  da  verificação  do  cumprimento  das  normas  previstas  na  presente  lei  pode revestir‐se das seguintes formas: 

sistemática pelas autoridades licenciadoras; 

pontual em função das queixas e denúncias recebidas; 

inspecção a efectuar pelas entidades dotadas de competência de forma casuística e aleatória ou em execução de um plano de inspecção previamente aprovado. 

 Durante o ano de 2010, e dada a escassez de meios humanos foi efectuado um esforço muito significativo  para  dar  cumprimento  ao  programa  de  fiscalização  e  que  resultou essencialmente  na  fiscalização  de  títulos  emitidos  e  em  resposta  a  denuncias,  tendo‐se verificado um aumento significativo das acções de fiscalização efectuadas na margem e leito da Ria de Aveiro face ao ano anterior.

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Gráfico 3. Acções de fiscalização por tipologia de utilização 

Gráfico 4. Documentos produzidos decorrentes das acções de fiscalização 

 

 

Tendo em  conta a especificidade das utilizações e há  falta de meios específicos, a ARH do Centro,  I.P.,  tem vindo a articular‐se com outras entidades com  jurisdição na Ria de Aveiro, em particular com a Autoridade Marítima Portuária, para o apoio ao processo de fiscalização. 

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2.9 Monitorização da qualidade da água    

Na área da Ria de Aveiro a ARH do Centro, I.P. tem 2 estações de amostragem que integram a rede de  referência de monitorização da qualidade de  águas  superficiais, definida  em 2002 com o INAG, para cumprimento da Directiva Quadro da Água. Estas as estações designam‐se por  10V  ‐  Foz  do  Rio  Novo  e  por  12V  ‐  Rio  Fontela. Nestas  estações  a  amostragem  tem periodicidade mensal e  são determinados os parâmetros então definidos de acordo  com o seu objectivo.   A ARH do Centro, I.P. considerou ser de alargar a rede de monitorização da qualidade da água da Ria de Aveiro, esperando‐se que esta possa  constituir uma  ferramenta  relevante para a gestão deste recurso, constituído como um conjunto de massas de água para usos múltiplos, como  por  exemplo  para  a  indústria,  a  aquacultura  e  actividades  de  recreio.  Para  o  efeito foram seleccionados 9 locais de amostragem, e atribuído um conjunto de parâmetros que se considerou  serem mais  significativos  para  a  avaliação  da  qualidade  da  água. Os  locais  de amostragem que actualmente constituem pontos de monitorização de qualidade da água são os seguintes: 

Ponto de Amostragem  Nome / Local  Objectivo 

10V  Foz do Rio Novo  SP/DQA 

12V  Rio Fontela  DQA 

RA1  Ponte da Varela   avaliar a qualidade para os usos actuais 

RA2  Zona de bivalves  avaliar a qualidade para os usos actuais 

RA3  Bico  avaliar a qualidade para os usos actuais 

RA4  Muranzel  avaliar a qualidade para os usos actuais 

RA5  Canal do Espinheiro  avaliar a qualidade para os usos actuais 

RA6  Vera Cruz  avaliar a qualidade para os usos actuais 

RA7  Bouco  avaliar a qualidade para os usos actuais 

RA8  Foz / Barra  avaliar a qualidade para os usos actuais 

RA9  Braço Sul / Biarritz  verificar qualidade balnear  

Os  parâmetros  até  então  previstos  incluem  parâmetros  físico‐químicos  e microbiológicos, conforme descriminado na tabela seguinte:  

         Pontos  Parâmetros 

10V  12V  RA1  RA2  RA3  RA4  RA5  RA6  RA7  RA8  RA9 

pH  ‐  ‐  x  x  x  x  x  x  x  x  x 

Temperatura   x  x  x  x  x  x  x  x  x  x  x 

SST  ‐  ‐  x  x  x  x  x  x  x  x  x 

NH4  ‐  ‐  x  x  x  x  x  x  x  x  x 

OD  ‐  ‐  x  x  x  x  x  x  x  x  x 

P total  x  ‐  x  x  x  x  x  x  x  x  x 

N total  ‐  ‐  x  x  x  x  x  x  x  x  x 

NO2  x  ‐  x  x  x  x  x  x  x  x  x 

CBO5  ‐  ‐  x  x  x  x  x  x  x  x  x 

TOC  ‐  ‐  x  ‐  ‐  x  ‐  ‐  x  x  x 

Salinidade  ‐  ‐  x  x  x  x  x  x  x  x  x 

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Cu  x  ‐  ‐  x  x  ‐  x  x  ‐  ‐  ‐ 

As  x  ‐  ‐  x  x  ‐  x  x  ‐  ‐  ‐ 

Hg  ‐  ‐  ‐  x  x  ‐  x  x  ‐  ‐  ‐ 

Pb  x  x  ‐  x  x  ‐  x  x  ‐  ‐  ‐ 

Ni  x  x  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

Cr  x  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

Cd  ‐  x  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

E.coli  ‐  ‐  x  ‐  ‐  x  ‐  ‐  x  x  x 

Enterococus  ‐  ‐  x  ‐  ‐  x  ‐  ‐  x  x  x 

Durante o ano de 2010, e pela falta de meios e equipamentos para a recolha de águas, houve uma suspensão temporária tendo entretanto sido activada a monitorização. 

Figura 22. Rede de amostragem de qualidade da água 

 

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2.10 Taxa de Recursos Hídricos    Até  2002,  ao  abrigo  de  legislação  então  em  vigor  foram  cobradas  taxas  de  utilização  do domínio público marítimo pela antiga JAPA. Entre 2002 e 2006 enquanto a Ria  já estava sob jurisdição do MAOTDR  (com  a DRAOT e depois CCDRC)  a  taxas  ainda  foram  cobradas pela Administração  do  Porto  de  Aveiro  ao  abrigo  de  um  protocolo  entretanto  considerado inválido. Durante os últimos anos os valores cobrados não sofreram actualizações. Em 14 de Dezembro foi publicado o Despacho n.º 25 522/2006, determinando novos valores para taxa específica para a Ria de Aveiro a aplicar pela CCDRC e que foi alvo de grande contestação por parte dos utilizadores nunca chegando a ser aplicado. A título de exemplo pode referir‐se que os valores totais cobrados na Ria de Aveiro pela APA, SA em 2005 foram aproximadamente de €184.371. Durante 2 anos não foram cobrados taxas na Ria de Aveiro.  A aplicação da Taxa de Recursos Hídricos (TRH) decorre do Decreto‐Lei n.º 97/2008, de 11 de Junho, assente em princípios do utilizador pagador e  incidente em vários tipos de utilização do domínio hídrico.  

 

2.10.1 Liquidação da Taxa de Recursos Hídricos na Ria de Aveiro   

O valor global cobrado pela ARH do Centro, I.P. no âmbito da Ria de Aveiro, relativamente ao período de cobrança de 2009 correspondeu a € 503.451,58 tendo o valor recebido até 31 de Dezembro de 2010  sido de € 322.279,69. O  valor pago da  TRH no período  acima  referido atingiu cerca de 64% do valor emitido.   

 

 

Gráfico 5. Valores emitidos 

      

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2.10.2 Distribuição dos valores por tipologia   

O Gráfico  seguinte mostra  os  valores  emitidos  por  tipologia  dos  utilizadores  evidenciando como principais utilizadores  a  indústria,  aquicultura, os  clubes náuticos  e  as ocupações na margem da Ria de Aveiro. 

 

Gráfico 6. Valores emitidos por componente 

 

 

2.10.3 Distribuição dos valores emitidos por tipologia de utilizadores  

O Gráfico  seguinte mostra  os  valores  emitidos  por  tipologia  dos  utilizadores  evidenciando como principal utilizador a ocupação nas margens da Ria seguido da indústria, aquacultura e clubes náuticos. 

 

Gráfico 7. Aplicação da TRH por tipologia de utilizadores 

 

 

 

Page 43: (Aditamento ao Relatório de Actividades de 2010) · desenvolvidas pela ARH do Centro, I.P., nas margens e no leito da Ria de Aveiro, i.e., nas imediações do Domínio Público Marítimo

Ministério do Ambiente e

do Ordenamento do Território

IP.001.00

Edifício “Fábrica dos Mirandas” Avenida Cidade Aeminium 3000-429 Coimbra Tel.: 239 850 200 Fax: 239 850 250 [email protected] http://www.arhcentro.pt

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2.11 Colaboração institucional e participação pública

No âmbito das iniciativas de colaboração institucional de aproximação aos utilizadores a ARH do Centro,  IP  importa destacar ainda seguintes  iniciativas, entre outras realizadas com este objectivo:  i) Estabelecimento de acordo de parceria entre a ARH do Centro, IP e a Câmara Municipal de Ílhavo para a conservação e reabilitação da zona costeira da margem da Ria, na Costa Nova do Prado: ii) Participação no debate organizado pela Associação dos Amigos do Cáster, sediada em Ovar, sobre  a  Praia do  Furadouro. Com uma  apresentação  intitulada:  “O  litoral no município de Ovar: medidas  previstas,  concretizadas  e  projectadas  para  resolver,  ou  atenuar,  os  efeitos sentidos com a erosão costeira”; iii) Participação no colóquio organizado pela Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos e a sua  Comissão  Especializada  das  Zonas  Costeiras,  subordinado  ao  tema:  “Gestão  Costeira: Vulnerabilidades e Riscos na Região Centro”; iv) Colaboração técnica com as Câmaras Municipais de Ílhavo, Aveiro e Murtosa na definição da linha de Máxima praia mar de águas vivas equinociais com o objectivo de demarcação da margem estuarina, para a revisões dos PDM´s; v) Continuação da Colaboração com a Câmara Municipal de  Ílhavo, SIMRIA, Associação das industrias de Bacalhau e Administração do Porto de Aveiro, SA. na procura de uma solução de ligação dos efluentes destas industrias ao emissário da SIMRIA, com posterior rejeição no mar pelo exutor submarino de S. Jacinto; vi) Coloração em acções de fiscalização com a SEPNA e Autoridade Marítima. Acrescem ainda todas as actividades de acompanhamento do Polis Litoral da Ria de Aveiro. 

 

 

2.12 Constrangimentos     

A  plena  prossecução  das  atribuições  da  ARH  do  Centro,  I.P.  tem  sido  essencialmente condicionada essencialmente pela manifesta  insuficiência de recursos humanos necessários. O trabalho aqui relatado contou com o empenhamento da Divisão da Ria de Aveiro mas foi essencialmente desenvolvido pelos serviços centrais do Departamentos de Recursos Hídricos do  Litoral.  Este  trabalho  poderia  ter  sido  significativamente mais  desenvolvido  com  uma equipa  local  enriquecida  e  reforçada.  O  recurso  a  soluções  tipo  outsourcing  constitui  um complemento a equacionar no futuro. Esta solução, contudo, para além de requerer sempre uma estrutura mínima que permita  internalizar os benefícios adquiridos, não é passível de realizar  determinadas  actividades  exclusivas  de  elementos  da  administração  pública  como sejam a fiscalização, aspecto de primordial importância para a gestão da Ria de Aveiro.  O facto da Ria de Aveiro mobilizar cerca de mil utilizadores (titulados ou em vias de o serem) e muitos  indirectos, que historicamente sempre dispuseram  localmente de um  interlocutor, contribuiu para a necessidade do  reforço da equipa  loca prestando apoio directo,  local aos utilizadores e permitindo uma fiscalização mais preventiva e proactiva.  Outro constrangimento com  implicações relevantes para o desenvolvimento do potencial da ARH  do  Centro,  IP  para marcar  a  diferença  na  gestão  da  Ria  de  Aveiro  prende‐se  com  a disponibilidade de bases de dados sistemáticas e actualizadas bem como de recursos técnicos que, apesar dos esforços desenvolvidos, importa desenvolver, enriquecer e reforçar.  

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IP.001.00

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3. Avaliação e desafios para 2011  

A avaliação da actividade da ARH do Centro,  I.P., na Ria de Aveiro, não pode deixar de  se considerar manifestamente positiva. No entanto ainda existem problemas persistentes que deverão merecer  rápida  solução,  com  a  continuidade  de  empenho  nomeadamente  com  a celeridade  na  apreciação  dos  pedidos  de  licenciamento,  a  maior  articulação  com  outras entidades,  o  reforço  dos  mecanismos  de  participação  e  a  procura  do  principio  da subsidiariedade.   Considerando o potencial da ARH e os novos mecanismos previstos para gestão integrada dos recursos  hídricos  e  a  aproximação  aos  utilizadores  e  às  outras  entidades,  os  dois  últimos parágrafos, apontam para duas áreas de trabalho fundamentais: a) o reforço da capacidade institucional e técnica da ARH do Centro, I.P., na Divisão da Ria de Aveiro; b) O  estreito  acompanhamento  da Operação  Polis  Litoral  da  Ria  de  Aveiro  que  permitirá promover medidas de requalificação e valorização da Ria de Aveiro; c) O estreitamento de processos colaborativos com as Universidades da região, em particular, com a Universidade de Aveiro face ao seu potencial de conhecimento de particular relevância para a gestão da Ria de Aveiro; d) A elaboração do Plano de Ordenamento do Estuário do Vouga (POEV) em conjunto com os utilizadores  da  Ria,  a  Comunidade  Intermunicipal  e  as  entidades  com  a  responsabilidades nesta  zona,  for  forma  a  construir  um  quadro  de  objectivos  e  de  regras  de  utilização  do estuário. Este documento permitirá a definição de medidas de protecção e valorização dos recursos hídricos, do estuário e da zona costeira que permitam a adaptação desta zona não apenas  aos  requisitos  dos  utilizadores  e  aos  desafios  da  Directiva  Quadro  da  Água, mas também, aos desafios que as variações e as alterações climáticas possam implicar sobre a Ria de Aveiro, no âmbito de uma nova cultura de governação e gestão dos recursos hídricos.