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1 A A D D I I F F E E N N O O T T Í Í C C I I A A S S ASSOCIAÇÃO DE DIPLOMADOS DA FACULDADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE PUBLICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE DA ADIFE ANO VIII – N.º 8 – DEZEMBRO DE 2003 FEUALG ORGANIZA XI CONGRESSO DA SPE Decorreu na FEUALG, entre os dias 24 e 27 de Setembro, o XI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estatística. O congresso, organizado pela Faculdade, contou com cerca de 300 participantes, entre os quais alguns especialistas de reconhecido mérito internacional. Durante os 4 dias do congresso foram apresentadas dezenas de comunicações inseridas nas áreas científicas das Probabilidades e da Estatística. ENTREVISTA COM CARLOS BAÍA A ADIFE entrevista o Dr. Carlos Baía, diplomado pela FEUALG e director do Centro de Formação Profissional de Faro. A entrevista aborda questões relacionadas com o percurso profissional e académico do entrevistado. AINDA NESTA EDIÇÃO Actualização do Estudo das Saídas Profissionais dos Licenciados da FEUALG Investigação – Resumo de duas dissertações de mestrado defendidas na FEUALG da autoria de Fernando Ferreira e João Pedro Monteiro Valorização e Qualificação do corpo docente da Faculdade (Parte II) Outras Notícias

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AADDIIFFEE

NNOOTTÍÍCCIIAASS ASSOCIAÇÃO DE DIPLOMADOS DA FACULDADE DE ECONOMIA DA

UNIVERSIDADE DO ALGARVE

PUBLICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE DA ADIFE ANO VIII – N.º 8 – DEZEMBRO DE 2003

FEUALG ORGANIZA XI CONGRESSO DA SPE

Decorreu na FEUALG, entre os dias 24 e 27 de Setembro, o XI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estatística. O congresso, organizado pela Faculdade, contou com cerca de 300 participantes, entre os quais alguns especialistas de reconhecido mérito internacional. Durante os 4 dias do congresso foram apresentadas dezenas de comunicações inseridas nas áreas científicas das Probabilidades e da Estatística.

ENTREVISTA COM CARLOS BAÍA

A ADIFE entrevista o Dr. Carlos Baía, diplomado pela FEUALG e director do Centro de Formação Profissional de Faro. A entrevista aborda questões relacionadas com o percurso profissional e académico do entrevistado.

AINDA NESTA EDIÇÃO

Actualização do Estudo das Saídas Profissionais

dos Licenciados da FEUALG

Investigação – Resumo de duas dissertações de mestrado defendidas na FEUALG da

autoria de Fernando Ferreira e João Pedro Monteiro

Valorização e Qualificação do corpo docente da Faculdade

(Parte II)

Outras Notícias

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EDITORIAL A redacção do Editorial do ADIFE Notícias é, por decisão dos membros da direcção, rotativa. Neste contexto de democraticidade, é com imenso prazer que escrevo estas palavras na qualidade de membro da direcção.

Como todos sabem, um dos objectivos primor-diais da nossa Associação é o de informar os associados acerca das actividades da Facul-dade. É com imenso orgulho que assistimos, desde a publicação do ADIFE Notícias n.º 7, a uma série de iniciativas organizadas dentro da nossa Faculdade e que a presente edição noti-cia. Dentro destas iniciativas destacam-se dois importantes eventos: a organização do XI Con-gresso da Sociedade Portuguesa de Estatística, o qual reuniu cerca de 300 participantes e a organização da II Semana da Faculdade de Economia, que contou com destacados confe-rencistas do mundo académico e empresarial.

A investigação continua a ter lugar de destaque na Faculdade e também na presente edição. Cumprindo uma promessa feita no boletim ante-rior apresenta-se uma listagem dos 19 docentes da Faculdade que estão neste momento a tra-balhar nas suas teses de doutoramento e que brevemente se irão juntar ao corpo de doutora-dos que a Faculdade possui actualmente. No seguimento da edição anterior, são também apresentados dois resumos de trabalhos de mestrado defendidos recentemente na FEUALG.

Internamente, a ADIFE continua o seu trabalho em reconquistar o interesse e a participação dos

associados. Para tal, estão a ser estudadas novas acções de formação, que tanto sucesso obtiveram no passado, e que esperamos dentro em breve anunciar. Retomando uma antiga tra-dição, voltámos a oferecer um beberete aos finalistas. Foi durante o beberete que foi anun-ciada uma nova funcionalidade disponível na página da Internet da Associação e que consiste na possibilidade de colocação on-line dos currí-culos dos recém-licenciados e finalistas para posterior consulta por parte das entidades empregadoras.

Uma importante missão que a Faculdade está empenhada neste momento relaciona-se com o processo de Auto-Avaliação dos cursos de Eco-nomia e de Gestão de Empresas. A contribuição da ADIFE neste processo prende-se com a ava-liação da situação dos licenciados da Faculdade perante o emprego. Para tal, a Associação reforça o apelo efectuado a todos os licenciados dos últimos 5 anos para o preenchimento do inquérito produzido para o efeito e que deverá estar já em vossa posse.

Para além destes temas, o ADIFE Notícias n.º 8 contém ainda outras razões de interesse, as quais nos parecem suficientes para que nin-guém possa dispensar a sua leitura. O conteúdo desta edição é apenas mais uma prova da dinâmica da nossa Faculdade. A todos, votos de boa leitura!

Rúben M. T. Peixinho

ACTUALIZAÇÃO DO ESTUDO DAS SAÍDAS PROFISSIONAIS DOS LICENCIADOS DA FEUALG

A ADIFE realizou, entre 1998 e 1999, o primeiro estudo sobre as saídas profissionais dos licen-ciados da Faculdade de Economia. Este estudo, cujos resultados mereceram ampla divulgação por parte dos órgãos de comunicação social, obedeceu a dois objectivos fundamentais. O primeiro era o de reunir num só documento informações sobre todos os aspectos relevantes da inserção profissional dos diplomados em Gestão de Empresas e em Economia. O segundo era contribuir com essas informações para a prestação de serviços mais ajustados às necessidades dos alunos das licenciaturas, dos próprios licenciados, das entidades empregado-ras, da Faculdade e da Região. (Um resumo deste estudo está disponível na página da Inter-

net da ADIFE, em http://www.fe.ualg.pt/adife/informacao.)

É sabido que as universidades se preocupam, cada vez mais, com a inserção profissional dos estudantes de licenciatura. Esta preocupação reflecte-se na proliferação de gabinetes de inserção profissional. Como que a comprovar esta proliferação, realizou-se, em 2002, o Pri-meiro Encontro Nacional de Gabinetes de Apoio à Inserção Profissional dos Diplomados do Ensino Superior. Neste encontro estiveram representados diversos gabinetes e outras enti-dades. A maior parte dos gabinetes, verdadeiros interfaces, ou pelos menos interlocutores na cooperação universidade/empresa, são estrutu-

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ras internas das universidades. Existem, tam-bém, entidades com o Estatuto de Associação de Diplomados, como a ADIFE, e outros, ainda, que se inserem no interior das próprias empre-sas, como por exemplo o gabinete da SONAE que coordena o Programa Contacto.

Para além da organização de estágios, estas entidades, quando sedeadas na universidade, realizam muitas outras tarefas de apoio à inser-ção profissional dos licenciados. Incluem-se, nestas tarefas, a oferta de cursos breves de organização de currícula vitae e de preparação dos licenciados para as entrevistas com os potenciais empregadores, a divulgação de novas oportunidades de emprego e, não menos importante, a elaboração de estudos sobre saí-das profissionais. Nestes estudos apuram-se indicadores como o tempo de espera para admissão a estágio ou ao primeiro emprego, a taxa de empregabilidade, a correspondência do primeiro emprego com as expectativas dos licenciados, a adequação dos conhecimentos adquiridos durante o curso às exigências do mercado de trabalho, as expectativas de pro-gressão na carreira, a influência da classificação final do curso no tempo de espera para o pri-meiro emprego e no tipo de emprego, entre outros.

Naturalmente, estes estudos pretendem ser veí-culos de informação relevantes para a melhor adequação dos cursos às necessidades dos empregadores. De igual forma, inquéritos direc-cionados para a obtenção da opinião das enti-dades empregadoras, podem enriquecer subs-tancialmente o diálogo sobre a reestruturação de cursos.

A ADIFE pretendia realizar, entre 2003 e 2004, uma actualização do seu primeiro estudo que abrangesse os diplomados entre 1998 e 2003. Porém, no início de 2003, a Fundação da Juventude solicitou à ADIFE apoio para a reali-zação de um estudo semelhante, que estaria já a ser lançado, e que teria como âmbito todos os diplomados por instituições de ensino superior sedeadas no Algarve, incluindo a Faculdade de Economia. Naturalmente, a ADIFE colocou-se à disposição para prestar todo o apoio ao seu alcance. Para tornar este estudo um sucesso, assinou em Maio do corrente ano um protocolo de colaboração com a Fundação da Juventude. A ADIFE comprometeu-se a colaborar com a Fundação na revisão do inquérito a submeter aos jovens diplomados e na cedência de infor-mação não confidencial relevante para o pro-jecto. Por seu turno, a Fundação comprometeu-se a ceder à ADIFE os dados apurados refe-rentes aos alunos da Faculdade de Economia.

Infelizmente o estudo da Fundação não abrange o ano de 2002 nem o de 2003, pelo que a ADIFE irá, em colaboração com a Faculdade de Economia, enviar a todos os diplomados entre 1998 e 2003 um inquérito para poder apreciar também a inserção profissional no período mais recente, não abrangido pelo estudo da Funda-ção. Simultaneamente, será também endere-çado um pequeno inquérito às entidades empre-gadoras – empresas, organismos regionais, etc. – para que se possa obter também o seu ponto de vista sobre os recursos humanos formados na Faculdade de Economia nos últimos 5 anos.

Carlos J. F. Cândido

O XI CONGRESSO DA SPE

Decorreu na Faculdade de Economia da Univer-sidade do Algarve, o XI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estatística, entre os dias 24 e 27 de Setembro de 2003. O con-gresso, organizado pela Faculdade, reuniu apro-ximadamente 300 participantes, na sua maioria nacionais, com o principal objectivo de oferecer uma plataforma para, cientistas, investigadores, professores e alunos, apresentarem os seus trabalhos nas áreas científicas em torno das Probabilidades e a Estatística, e fazer uma sín-tese do estado da arte destas áreas. O con-gresso teve, também como objectivo, um propó-sito pedagógico, no sentido de proporcionar aos graduandos um contacto directo com a investi-gação e despertar novos interesses.

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O congresso contou com a presença de seis especialistas convidados, de reconhecido mérito científico internacional, nomeadamente, o Pro-fessor Peter Rousseeuw da Universidade de Antwerp, Bélgica; o Professor Carlos Silva Ribeiro do ISEG da Universidade Técnica de Lisboa; o Professor Fernando Galvão de Melo da Escola Nacional de Saúde da Universidade Nova de Lisboa; o Professor David A. Dickey da North Carolina State University, EUA; o Profes-sor Eric Ghysels da University of North Carolina, EUA; e a Professora Carmen Batanero da Uni-versidade de Granada, Espanha.

No primeiro dia do congresso, realizou-se um mini curso subordinado ao tema, Séries Tempo-rais: Modelações Lineares e Não Lineares, lec-cionado pelas professoras Esmeralda Gonçalves e Maria de Nazaré Mendes Lopes, ambas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Univer-sidade de Coimbra. Durante os restantes três dias de congresso foram apresentadas 147 comunicações, entre as quais 77 em forma de comunicação oral e 70 em forma de poster. As apresentações em comunicação oral foram organizadas sob treze temáticas divididas por um total de vinte sessões, que abrangeram temas como, Processos Estocásticos e Aplica-ções, Análise Multivariada, Estatística de Extre-mos, Análise de Regressão, Séries Temporais, Estimação Robusta, Estatística e Aplicações, Estimação Bayesiana, Controlo e Qualidade,

Análise de Sobrevivência, Estatística Espacial, Modelos Lineares Generalizados e Estimação de Densidades. À semelhança de anos anteriores, a SPE pre-miou o melhor trabalho científico, entregue para concurso, por jovens investigadores. O prémio, este ano, foi entregue ao Dr. Frederico Caeiro, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Uni-versidade Nova de Lisboa.

O programa social do congresso, que contribuiu de forma importante para o estabelecimento de contactos entre os participantes e discussão informal, constou de um agradável beberete de boas vindas seguido por um concerto da Orquestra do Algarve no primeiro dia, gentil-mente oferecidos pela Reitoria da Universidade do Algarve. O jantar do congresso ocorreu no segundo dia no Casino de Vilamoura. O penúl-timo dia ficou marcado por um inesquecível safari em viaturas de todo-o-terreno pelas pro-fundezas do Algarve, interrompido por um breve lanche típico na Quinta do Freixo. Sem dúvida, um ambiente de alegre convívio e descontrac-ção, tudo em nome da ciência!

Susy A. Rodrigues

Responsável do Gabinete de Relações Internacionais (GRI) da FEUALG

II SEMANA DA FACULDADE DE ECONOMIA

A II Semana da Faculdade de Economia foi organizada pelos estudantes do Núcleo Pedagógico da Faculdade, sempre com o apoio incondicional do Conselho Directivo, na pessoa do Prof. Doutor Efigénio Rebelo, e da Reitoria. Ao contrário de outras semanas a nível nacional, optámos por não escolher um tema generalista. A semana foi pensada de maneira a que houvesse temas diversificados, para que os participantes gostassem de pelo menos um assunto. Assim, foram abordados temas como “As Relações entre Portugal - Espanha no sector bancário”, pelo Dr. Horta Osório, “O Empreendedorismo”, pela Prof. Doutora Virgínia Trigo, “A Crise do Desemprego e a Estagnação da Economia”, pelo Prof. Doutor João César das Neves, “Os públicos da ciência”, pelo Prof. Doutor António Firmino da Costa, “Como formar uma empresa” pelo Dr. Miguel Santos (ANJE), “Publicidade”, pela Dra. Aira Melo (Directora de Marketing da Fiat Auto

Portugal) e “Como elaborar um curriculum” pela Dra. Isabel Silva (IEFP). Não foi uma Semana fácil de organizar, até porque havia também a preocupação de inserir temas relacionados com os 3 cursos da Faculdade (Economia, Gestão de Empresas e Sociologia). Além disso, e numa fase em que andamos todos em contenção de custos,

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tentámos arranjar patrocinadores para que, não houvesse prejuízo e, também, para que a participação pudesse ser totalmente grátis para todos. Foi um objectivo conseguido com êxito. Isto tudo só mostra a excelente formação dos estudantes da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve. Para além dos docentes e estudantes da Faculdade, estiveram presentes alunos de Escolas Secundárias, empresas que utilizaram o evento para a formação dos seus funcionários, pessoas que simplesmente vieram observar e aprender um pouco sobre os temas e professores de várias instituições de ensino. Ou seja, foi aberta a toda a comunidade. Mas, penso que correu bem. Espero que neste momento se tenha aberto uma porta, para que todos os meus colegas acreditem e pensem nas suas capacidades. Com mais ou menos custo, normalmente é sempre tudo possível. A organização deste tipo de eventos só ajuda na

nossa formação. Na minha opinião, mais do que somente ir assistir. Em Março de 2004 iremos ter na Faculdade de Economia o V ENEEC (V Encontro Nacional de Estudantes de Economia), onde irão estar presentes estudantes de Economia de todo o país. Vai ser um evento ainda mais exigente em termos de organização, pois envolve mais pessoas, envolve alojamento, alimentação, entre outras coisas. Espero que corra tão bem ou melhor que a II Semana da Faculdade de Economia. Fazendo votos de que mais colegas se juntem a estas organizações, agradeço à ADIFE por me ter convidado para escrever esta descrição da Semana da Faculdade.

Emanuel Almeida Estudante do curso de Economia da FEUALG

Membro do Núcleo Pedagógico da Faculdade de Economia

AUTO-AVALIAÇÃO DOS CURSOS

Decorre neste momento na Faculdade de Eco-nomia o processo de Auto-Avaliação dos cursos de Economia e Gestão de Empresas. Este pro-cesso está a ser coordenado através de uma Comissão interna constituída para o efeito e que elaborará um Relatório de Auto-Avaliação final. Esta Comissão é constituída por Professores, Funcionários e Alunos, entre os quais um repre-sentante da ADIFE. O papel da ADIFE neste processo relaciona-se, entre outros pontos, com a avaliação da situação perante o emprego dos licenciados da Faculdade. Os resultados desse relatório serão posterior-mente certificados por uma Comissão de Avalia-ção Externa, a qual poderá eventualmente efectuar sugestões dirigidas à melhoria de alguns aspectos. Esta Comissão Externa é constituída por docentes de outras instituições de ensino superior, nomeados pelo Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CNAVES), o qual está a supervisionar o pro-cesso de avaliação. O principal objectivo da Avaliação é o de analisar e estimular a quali-dade das actividades académicas de ensino. Com o objectivo de avaliar a situação perante o emprego dos licenciados da Faculdade, a ADIFE

enviou um inquérito de apenas uma página para todos os licenciados da Faculdade que concluí-ram as suas licenciaturas nos últimos cinco anos. O preenchimento do inquérito, o qual já deverá estar na posse destes licenciados, revela-se de extrema importância para a obten-ção de resultados representativos da situação actual. Assim, a ADIFE reforça o apelo efec-tuado na carta que acompanha os inquéritos, no sentido destes serem preenchidos e devolvidos através do RSF disponibilizado para o efeito com a maior celeridade. Para além do inquérito aos licenciados, a ADIFE enviou simultaneamente um inquérito às entida-des empregadoras, no sentido de avaliar o grau de satisfação destas em relação aos licenciados da FEUALG. Os resultados obtidos, têm como objectivo enriquecer o relatório final de Auto-Avaliação, nomeadamente com a perspectiva das entidades empregadoras em relação ao desempenho dos licenciados.

Rúben M. T. Peixinho Representante da ADIFE na

Comissão de Auto-Avaliação

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INVESTIGAÇÃO

Na sequência do número anterior, a Associação apresenta mais dois trabalhos desenvolvidos na nossa Faculdade conducentes à obtenção do grau de mestre, os quais foram recentemente defendi-dos. O primeiro texto, da autoria de Fernando Ferreira insere-se no mestrado em Ciências Económi-cas e Empresariais e o segundo texto, da autoria de João Pedro Monteiro, resume a sua dissertação para obtenção do grau de mestre em Gestão Empresarial.

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO SISTEMA

FINANCEIRO PORTUGUÊS: EVOLUÇÃO E PERSPECTIVAS

A questão central que orientou o fluxo de investigação relaciona-se com o estudo das

tendências evolutivas do sistema financeiro português, tendo em consideração o contributo da inovação tecnológica para a sua modernização e desenvolvimento. Do ponto de vista conceptual, a dissertação pretendeu analisar o processo de difusão das tecnologias de informação e comunicação nos serviços financeiros portugueses e a evolução dos procedimentos estratégicos e de gestão nele envolvidos. Com efeito, definiu-se inicialmente o enquadramento conceptual, onde se atribuiu especial relevo aos conceitos de tecnologia e inovação e à sua inserção no sector financeiro nacional. Partindo do enquadramento conceptual e dos fundamentos apresentados, desenvolveu-se um estudo centrado no contributo que a inovação tecnológica proporciona ao desenvolvimento do sector no nosso País. Nesse sentido, para além de parecer evidente que o processo inovatório promove o desenvolvimento, achou-se apropriado demonstrar que a inovação tecnológica se traduz numa resposta dada, pelas instituições financeiras, a um ambiente competitivo e em constante mutação. Por conseguinte, a abordagem temática desenvolvida procurou igualmente demonstrar que a inovação tecnológica se traduz num elemento indutor de competição nos mercados e de criação ou destruição de vantagem competitiva, perspectivando toda uma mudança de atitude e filosofia de actuação das diferentes unidades do sistema financeiro. O objectivo final do estudo traduziu-se, com recurso a metodologia adequada, na caracterização da actual dinâmica tecnológica e na sistematização de um conjunto de procedimentos que

permitisse estruturar soluções no domínio da aplicação de novas tecnologias no sistema financeiro. Daí que fosse desenvolvido, na parte final da dissertação, um estudo empírico com o intuito de consultar a opinião de um painel de especialistas – método DELPHI – e identificar e analisar Pontos de Vista (respectivos Descritores e Níveis de Impacto das acções a tomar), sobre os principais entraves estratégicos evidenciados na aplicação de novas tecnologias no sistema financeiro português – método MACBETH. Em traços gerais, o que se pretendeu com o ensaio prático desenvolvido foi captar informação relevante para caracterizar a actual dinâmica tecnológica patente no nosso sistema financeiro e detectar os factores promotores ou bloqueadores à consecução de vantagem competitiva. Trata-se, na sua essência, de uma análise complexa que envolve variáveis de natureza muito diversa, desde estratégica a estrutural, afectando não só o domínio tecnológico como também o domínio organizacional, a fim de se poder confrontar o grau de difusão dos SI/TI com as necessidades reais das instituições financeiras e com os objectivos da estratégia geral do negócio.

Fernando Alberto Freitas Ferreira

Assistente do 2º Triénio Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico de Beja A dissertação, orientada pelo Prof. Doutor José Manuel Monteiro Barata, pode ser consultada na Biblioteca Central da Universidade do Algarve

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ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES AO NÍVEL DA ESTRUTURA DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS DA REGIÃO ALGARVE E

RESPECTIVO TECIDO EMPRESARIAL, DECORRENTES DA APLICAÇÃO DOS APOIOS COMUNITÁRIOS, COM ESPECIAL

INCIDÊNCIA NO PERÍODO 1994/99

Com o presente trabalho de dissertação, pretendeu-se proceder à análise das alterações da estrutura das explorações agrícolas da Região Algarve e respectivo tecido empresarial, num quadro conceptual preciso, delimitado e balizado pelo programa operacional de agricultura, extraído do Plano de Desenvolvimento Regional / Segundo Quadro Comunitário de Apoio, e num horizonte temporal suficientemente dilatado, de modo a que os efeitos de estrutura possam predominar sobre as contingências da conjuntura agro-rural. A análise do impacte desses apoios foi norteada por três vectores: as políticas, mormente as definidas para o sector agrícola algarvio; os mercados que, no caso concreto deste trabalho, foram encarados no seu sentido lato, ou seja, reportados ao conjunto dos «públicos» susceptíveis de exercer uma influência nas vendas de um dado produto; e os agentes com intervenção directa no sector, concretamente, os produtores agrícolas e suas organizações. As principais conclusões extraídas deste estudo, relevam para a manutenção do importante papel das explorações agrícolas enquanto unidades aglutinadoras, dinamizadoras e ordenadoras do meio onde se inserem, funcionando, na maioria das vezes, como o único “travão” à progressiva desertificação que ameaça as zonas mais deprimidas do interior, pese embora, a taxa de renovação do tecido empresarial agrícola e o aumento das suas valências técnicas ter ficado ainda aquém do desejável. Perante as duas

alternativas possíveis ao desenvolvimento, diversificação vs. especialização, a aposta das políticas e dos agentes foi, claramente, no sentido da especialização produtiva, a qual, não conduziu, genericamente, aos ganhos esperados em termos de competitividade e aumento da eficiência. Apesar de se manterem ainda fortes estrangulamentos ao nível da comercialização, é de salientar o facto das organizações de produtores terem aumentado, principalmente no quadro do sub-sector citrícola, a sua representatividade no conjunto da produção hortofrutícola regional comercializável. Em suma, o efeito indutor e dinamizador pretendido com a aplicação dos apoios comunitários, disponíveis para o sector agrícola algarvio, particularmente no período 1994/99, nem sempre se traduziu na criação dos alicerces que garantam, efectivamente, às explorações agrícolas, e num sentido mais lato, às diferentes fileiras da agricultura algarvia, a sustentação adequada para lhes permitir fazer face à competitividade crescente duma economia cada vez mais global.

João Pedro Valadas da Silva Monteiro Mestre em Gestão Empresarial

A dissertação, orientada pela Prof. Doutora Maria Raquel Lucas e pelo Prof. Doutor António Covas, pode ser consultada na Biblioteca Central da Universidade do Algarve

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ENTREVISTA

A ADIFE entrevista o Dr. Carlos Baía, diplo-mado pela FEUALG e director do Centro de Formação Profissional de Faro. O nosso entrevistado tem trinta e um anos, nasceu, estudou, vive e trabalha em Faro. Como se adivinha, é um farense e algarvio de alma e coração! A entrevista decorreu no local de trabalho do nosso colega Carlos Baía, no Areal Gordo. Foram também usadas as facili-dades que a Internet nos permite. Carlos Baía licenciou-se em 1995 em Gestão de Empresas, com média final de 15 valores. Concluiu em 2000 o 4º curso de mestrado em Ciências Económicas e Empresariais, também

da FEUALG, com a classificação de Muito Bom. A sua tese tratou do tema do desemprego em Portu-gal. O nosso entrevistado apresenta um extenso currículo, com uma rica formação profissional. A sua experiência profissional passada remete-nos para o apoio ao investimento empresarial no âmbito do QCAII (Quadro Comunitário de Apoio 1994-99), para o planeamento operacional e o controlo de ges-tão, e formação em gestão e informática. O nosso colega é director do, conhecido por, Centro de Formação do Areal Gordo desde Junho de 2001, onde lidera uma equipa de 37 pessoas, que traba-lham com mais de uma centena de formadores, realizando formação profissional para cerca de 2.500 jovens e adultos por ano. As suas funções estendem-se ainda à Comissão de Acompanhamento do CACE (Centro de Apoio à Criação de Empresas) de Loulé. É ainda director do Centro de Reconheci-mento, Validação e Certificação de Competências Escolares. O nosso entrevistado ainda encontra tempo para a natação, leitura, cinema e informática. A sua preo-cupação com a região leva-o também a manifestar publicamente a sua opinião, que pode ser lida regularmente no Jornal do Algarve, numa coluna que integra um grupo, denominado Alternativa, onde pontuam alguns diplomados pela FEUALG. ADIFE: A formação profissional está de saúde? Recomenda-se? CARLOS BAÍA: A formação profissional recomenda-se cada vez mais. Hoje em dia, ouvimos falar com muita insistência na necessidade de qualificar técnicos nas mais diversas áreas (electricidade, frio, canalizações, ...). O país precisa cada vez mais de técnicos com o saber fazer e menos de licenciados, que sabem a teoria mas muitas vezes não sabem, na prática, fazer coisas básicas e das quais as empresas precisam, como por exemplo soldar. A formação profissional está de saúde. Existem um conjunto de instrumentos (medidas de formação profissional) ajustados ao caso de cada indivíduo (jovens ou adultos; à procura do 1º emprego, desempregados ou activos) e que lhes abrem portas para um mais fácil acesso ao mercado de trabalho, ou lhes reforçam as competências para evolução profissional. Onde as coisas falham é nas mentalidades. As pessoas ainda preferem ter um diploma universitário que, infelizmente, em cada vez

mais casos, não permite obter emprego. Em alternativa, existem hoje cursos profissionais com elevado grau de empregabilidade. E a questão é mesmo de mentalidade. Muitas das chamadas profissões “sujas”, como serralheiro ou canalizador, são hoje mais sofisticadas, com a introdução de tecnologias que diminuíram ou mesmo eliminaram a tal sujidade. Estes profissionais auferem remunerações muito aliciantes e são cada vez mais necessários. ADIFE: Por falar de mentalidades e em mudar. Como vai a formação para as lideranças, para os empresários? CARLOS BAÍA: Relativamente à formação de empresários verifica-se que as poucas acções que temos incluído em plano, nomeadamente em áreas comportamentais (gestão e motivação de equipas e outras acções), apresentam um número reduzido de inscritos, pelo que não foi, até ao momento, possível avançar com formação nestas áreas. Verifica-se pois uma reduzida adesão dos empresários à formação, o

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que é uma pena e tem que ser alterado, pois estes têm que ser os principais agentes de mudanças nas organizações. ADIFE: O que é o Centro de Formação Profissional de Faro? O que faz? Que resultados tem alcançado? CARLOS BAÍA: O Centro de Formação Profissional de Faro é uma unidade orgânica do Instituto do Emprego e Formação Profissional, sendo o único na região do Algarve. Procuramos, apesar da deficiente rede de transportes públicos, vencer o obstáculo que as distâncias constituem à frequência de formação. Vamos de encontro às pessoas através, nomeadamente, de facultar alojamento no próprio Centro a muitos formandos, ou, fazer formação um pouco por toda a região e não apenas nas instalações do Centro. O Centro possui espaços e equipamentos que permitem ministrar formação num leque alargado de áreas profissionais, destacando-se as Tecnologias de Informação e Comunicação, os Serviços Administrativos e Financeiros, a Construção Civil e Obras Públicas, a Electricidade e Electrónica, o Frio e Climatização, os Serviços Pessoais, a Metalurgia e Metalomecânica, a Agricultura e Desenvolvimento Rural e Madeiras, entre outras. A formação ministrada destina-se a todos: jovens à procura de 1º emprego, desempregados e activos. No caso dos jovens à procura de 1º emprego e dos desempregados, essa formação tem uma duração longa (cerca de 1 ano), podendo conferir apenas certificação profissional ou, em alternativa, dupla certificação – escolar e profissional. Nestes casos, destina-se à população que possui habilitações inferiores ao 9º ano de escolaridade. A oferta formativa resulta do constante levantamento de necessidades de formação da região, bem como das necessidades de formação manifestadas pelas diversas entidades/empresas, podendo neste caso o Centro disponibilizar “Formação à Medida”. O Centro ministra formação em horário laboral e pós-laboral, tendo em vista uma oferta formativa alargada a todos os activos empregados ou desempregados, tendo abrangido mais de 2.500 activos nos anos 2001 e 2002. Como complemento à actividade formativa, dispomos, desde final de 2001, do 1º Centro de

Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências da Região do Algarve. Esta estrutura destina-se a todos os jovens e adultos maiores de 18 anos, que não possuem a escolaridade básica, e pretendem obter uma certificação escolar equivalente ao 1º, 2º e 3º ciclos (4º, 6º e 9º anos) do Ensino Básico. ADIFE: Que podes dizer-nos sobre o CACE? Que resultados tem tido? CARLOS BAÍA: O CACE é também uma Unidade Orgânica do IEFP, com vocação para apoiar a criação de novas empresas, ministrando pontualmente formação dirigida a empresários. Como é sabido o grau de mortalidade das novas empresas é superior nos primeiros anos. Nesse sentido o CACE tem tido um papel importante, através da cedência de espaços e equipamentos, a preços simbólicos, para que novas empresas se possam instalar e crescer de forma sustentada, durante os 3 primeiros anos de actividade. Os resultados têm sido interessantes a julgar não só pela baixa taxa de mortalidade das empresas que passam pelo CACE, como também pelos casos de sucesso apresentados pelas empresas que por lá passaram, já saíram, e se encontram com uma boa projecção no mercado. ADIFE: Que valor teve a tese de mestrado na tua valorização profissional? CARLOS BAÍA: Podemos ver a licenciaturas como algo generalista, sendo os mestrados uma forma de especialização. Assim, defendo que a escolha e frequência de mestrados ou pós-graduações deve ocorrer após se ter enveredado por uma carreira profissional e se terem identificado quais as lacunas de conhecimento que trazemos da licenciatura. A frequência do Mestrado em Ciências Económicas e Empresariais foi, sem dúvida, uma mais-valia no meu percurso escolar e profissional. ADIFE: Podemos concluir que recomendas um voltar à escola para pós-graduação e formação ao longo da vida. CARLOS BAÍA: Penso que no actual contexto sócio-económico é um imperativo. Por alguma razão se fala cada vez mais em aprendizagem ao longo da vida. E esta questão envolve, também, obrigatoriamente os licenciados. É preciso não esquecer que vivemos num meio

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marcado por uma forte concorrência e mudanças organizacionais e tecnológicas cada vez mais rápidas, onde os recursos humanos se apresentam como um facto determinante na criação de valor acrescentado e diferenciação das empresas. As organizações só serão competitivas se os seus recurso humanos também o forem. E já não existem empregos para a vida. Os trabalhadores têm que se actualizar permanentemente para garantir o seu posto de trabalho. ADIFE: Logo após terminar a licenciatura, que dificuldades sentiste no primeiro embate com o mercado de trabalho? CARLOS BAÍA: Felizmente não senti qualquer dificuldade em obter colocação no mercado de trabalho, o que aconteceu dois meses antes de concluir a licenciatura, tendo conseguido um emprego numa associação empresarial da região. Posteriormente, ingressei nos quadros do IEFP, onde me encontro há quase oito anos. Posso dizer que tem sido uma experiência de trabalho muito rica e diversificada. ADIFE: Tens recomendações a fazer aos actuais finalistas e recém-licenciados? CARLOS BAÍA: Felizmente a Gestão e a Economia são áreas transversais, isto é, todas as empresas e organizações necessitam de profissionais destas áreas, o que poderá facilitar o ingresso no mercado de trabalho a este tipo de licenciados. No entanto, penso que é necessária alguma humildade e paciência no decurso do percurso profissional, e claro, muito esforço. Muitas vezes pensamos que, por sairmos da Universidade com uma licenciatura, vamos chegar a qualquer empresa para “mandar” e que vamos ganhar “mundos e fundos”. Esta é uma ideia errada. Tal como aprendemos nos cursos de Gestão e Economia, o preço é formado com base na oferta e na procura, sendo que cada vez há mais oferta e a procura é relativamente estável, o que no limite fará baixar os salários. As teorias microeconómicas assim o dizem, e os estudos publicados no vosso boletim assim o têm demonstrado. No entanto, aqueles que demonstrarem possuir qualidades vão seguramente subir na hierarquia da instituição onde obtiverem colocação. Todas as organização têm interesse em agarrar os bons trabalhadores.

ADIFE: Na tua perspectiva, que papel cabe à ADIFE?

CARLOS BAÍA: O meu contacto com a Associação baseia-se na leitura do boletim que regularmente me vai chegando a casa. Leio-o com interesse e considero-o uma iniciativa muito interessante, assim como considero importante a actividade que a ADIFE vem desenvolvendo, pois para além de permitir o contacto entre os ex-alunos, é também um importante instrumento de ligação dos licenciados ao mercado de trabalho, abrindo-lhes algumas portas, nomeadamente por via da recolha de estágios profissionais ou mesmo empregos. ADIFE: Que opinião tens da FEUALG? CARLOS BAÍA: A FEUALG é um ponto de referência na minha vida. A licenciatura em Gestão de Empresas na UALG foi a minha primeira opção na candidatura à Universidade. A escolha deveu-se a critérios de ordem geográfica (ao facto de já residir em Faro), mas também à vontade que tinha em exercer a minha actividade profissional na região onde nasci, e que apresenta uma boa qualidade de vida. Gostei e voltei para fazer o Mestrado. Obviamente fui crítico quando por lá passei relativamente a alguns aspectos, mas faço claramente um balanço positivo. E não descarto a hipótese de voltar um dia ... Relativamente à FEUALG, vejo-a integrada na UALG, que é o maior centro de saber da região e que deve abrir esse saber à comunidade e às empresas. A investigação desenvolvida dentro de portas tem de passar para as entidades da região, não só por via dos diplomados que saem da Universidade, mas também por via do estabelecimento de acordos ou protocolos de cooperação, que permitam desenvolver produtos específicos para a região e aumentar as competências, alterar processos produtivos ou o marketing das empresas. ADIFE: És um cidadão empenhado pelo futuro do Algarve. Que desafios, que sonhos para a nossa região? CARLOS BAÍA: Para já, a região vive um período de alguma incerteza relativamente ao futuro a médio prazo, nomeadamente no que respeita à manutenção ou não dos apoios comunitários após 2006. É fundamental que esses fundos se mantenham pois tiveram ao longo dos últimos anos um papel muito importante no desenvolvimento da região.

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De resto penso que a região precisa de se unir mais, para ter poder reivindicativo junto dos órgãos do poder central. Não devemos estar à espera que a Via do Infante tenha portagens para que essa união aconteça. Embora cada vez mais apareçam aqui e ali associações sectoriais, regionais ou locais, que nos dividem e retiram esse poder reivindicativo. Outro aspecto que me preocupa tem a ver com a quantidade de projectos turísticos que estão a surgir na região. E preocupa-me acima de tudo que se possam vir a cometer os mesmos erros

que já se cometerem no passado, como em Quarteira ou Albufeira, que foram alvo que um crescimento anárquico que as descaracterizou. Crescimento sim, aposta no turismo sim, mas corrigindo os erros cometidos no passado. Espero que a abertura da auto-estrada, que ocorreu há mais de um ano, não sirva só para trazer turistas à região. Também deve permitir a vinda de quadros médios e superiores de qualidade, que contribuam para o desenvolvimento do Algarve.

FACULDADE / UNIVERSIDADEVALORIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE DA FEUALG (Parte II)

Retomando o assunto de destaque do ADIFE Notícias n.º 7, disponibilizamos a listagem dos 19 docentes da Faculdade que se encontram a realizar os seus trabalhos de doutoramento. Aos 18 referidos na edição anterior, juntou-se mais um doutorando que iniciou os trabalhos no final do ano lectivo anterior, pelo que a tabela já está actualizada. Estes trabalhos são fundamentais para o desenvolvimento científico do corpo docente e consequentemente para o reforço do prestígio da Faculdade. Através da análise da tabela, é notório a diversi-dade de temas tratados nestes trabalhos, bem como o facto destes estarem a ser desenvolvi-dos simultaneamente na nossa Faculdade e

também em outras Universidades nacionais e estrangeiras. Esta heterogeneidade contribuirá decisivamente para uma Faculdade cada vez mais madura em diversas áreas do saber. A listagem agora publicada poderá ser impor-tante não só para a divulgação dos trabalhos desenvolvidos, mas também para que todos os interessados nestas matérias, sejam ou não académicos, possam dialogar e trocar experiên-cias com os nossos docentes. Estamos certos que todos eles estarão disponíveis, uma vez que esta sempre foi uma das características do corpo docente da Faculdade.

Projectos de Investigação em curso conducentes ao grau de Doutor (Docentes da FEUALG)

Nome Ramo / Universidade Tema Adão de Jesus Gonçalves Flores

Gestão Universidade do Algarve “A Gestão de Destinos Turísticos”

António Jorge Peres Matias

Economia Universidade do Algarve

“Eficiência e Equidade no Preço da Água na região do Algarve”

Ana Paula Barreira Pimenta Ferreira Gonçalves

Métodos Quantitativos Univ. Tecnica de Lisboa

“Sistemas Dinâmicos Discretos: Aplicação à Economia”

Ana Paula Catarino Barreira

Finanças Universidade do Algarve “Finanças Locais”

Bernardino Duarte Direito Universidade Nova

“A vinculação das entidades privadas ao principio da igualdade”

Carla Alexandra Amado Invest. Operacional Univ.Warwick

“The use of Data Envelopment Analysis in the Assessment of the Quality of a Health Care Delivery System – A Dynamic approach”

Carlos Alberto do Carmo Correia Brígida

Gestão Universidade do Algarve

“Alteração dos modelos de gestão nos hospitais públicos; administradores, médicos e enfermagem num contexto de mudança institucional e organizacional”

Cristina M. Pereira Viegas de Oliveira

Gestão Universidade do Algarve “Novos Mercados Financeiros”

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Emílio José da Conceição Ferreira Rebelo

Gestão Universidade do Algarve

“As Raízes Económicas dos Sistemas Contabilísticos”

Fernando M. Rodrigues Gonçalves

Métodos Quantitativos Univ. Endiburgo

“Matemática Financeira”

João de Deus Martins Nunes

Gestão Universidade do Algarve

“A Eficiência da Banca Pública versus a Eficiência da Banca Privada: O Caso Português”

João Filipe Marques Sociologia Ecole Paris “Migrações: Espaços e Sociedades”

Júlio da Costa Mendes

Gestão Universidade do Algarve

“Avaliação da Qualidade do Produto Turístico Compósito”

Maria de Fátima Cabrita Mendes

C.Sociais (D. da Economia)

Universidade do Algarve

“Relações Produção Distribuição no Sistema Agro-Alimentar em Portugal”

Maria de Fátima Laginha Economia Universidade do Algarve

“Turismo e Desenvolvimento Regional: O Caso do Algarve”

Maria Emília Bárbara Madeira e Madeira

Economia Universidade do Algarve

“Evolução do Sistema Citricola Algarvio nos Últimos Trinta Anos. Estratégias Técnico-Económicas para o início do Séc. XXI”

Patrícia Oom do Valle Métodos Quantitativos Universidade do Algarve

“Modelos de Equações Estruturais – Uma Aplicação ao Marketing Social”

Sérgio Pereira Santos Invest. Operacional Univ. Strathclyde

“Integrating System Dynamics and Multicriteria Analysis: Towards Organisational Learning for performance Improvement” (provisório)

Sílvia Fernandes Economia de Inovação Universidade do Algarve

“Inovação Tecnológica das PME e Dinâmica Regional em Portugal”

Para além destes 18 trabalhos desenvolvidos por docentes da Faculdade, juntam-se mais 15 trabalhos que estão a ser desenvolvidos na Faculdade por investigadores que não são docentes da casa.

Projecto de Investigação em curso na FEUALG conducentes ao grau de Doutor (Outros Candidatos)

Nome Ramo Tema

Cristina Isabel de Jesus Gestão “Optimização do Subsistema Liquidez das Organizações”

Chan Wing Han Brenda Gestão “Information Systems Strategies and

Organizational Change” Eunice Rute Santos Gonçalves Economia “Turismo e Estruturação do Território”

Fernanda Maria dos Santos Pereira Dias

Gestão (Gestão Empresarial)

“A Estrutura das empresas concessionárias da distribuição da água”

Helder Manuel Brito Carrasqueira Economia “A Eficácia da Avaliação no Ensino Superior”

Idálio Gago de Brito Louro Métodos Quantitativos “Avaliação da Segurança Rodoviária com apoio de Modelos Matemáticos”

José Armando Tomé Economia “Um Modelo de Opções: Teoria e Evidência Empírica”

José Eduardo Florêncio Castel-branco

Gestão (Marketing)

“Aplicação dos métodos de customer relationship management ao tratamento de dados para o desenvolvimento de negócios”

João Manuel Pinto e Castro

Gestão (Marketing)

“Comportamento de compra e programas de relacionamento com os clientes”

Maria Leonor Cruz dos Reis Salsa

Gestão (Finanças e Contabilidade)

“O ciclo de vida das empresas e a política de dividendos”

Maria Lúcia de Paula Urban

Economia do Desenvolvimento

“Implicações do Comércio Internacional nas Estratégias Empresariais de Regiões Periféricas: O caso do sector agroalimentar em alguns países da América Latina”

Marisa Isabel Silva Cesário

Economia (Economia Regional e Urbana)

“Estratégias de mudança tecnológica nas indústrias portuguesas de trabalho – intensivo: uma abordagem regional”

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Miguel Nuno Vieira de Carvalho d’Abreu Varela

Gestão

“O Marketing em Transição: De Unidade Funcional a Uma Filosofia Integrada no Novo Contexto da Gestão na Sociedade da Informação”

Pedro Miguel Duarte Costa Baptista de Gouveia

Métodos Quantitativos (Econometria)

“Modelação e Previsão de Séries Temporais: Aplicações ao Turismo”

Rogério Guerra Santos Economia (Economia Internacional)

“Os Efeitos Indirectos do Investimento Estrangeiro: os casos de Portugal, República Checa e Hungria”

ARTIGO DE REFLEXÃO A estrutura do sistema fiscal português, divide-se, tradicionalmente, em três grandes domí-nios: Os impostos sobre o rendimento; Os impostos sobre o património; Os impostos sobre o consumo. No que aos impostos sobre o consumo con-cerne, encontramos o Imposto Geral sobre o Consumo, mais vulgarmente designado por IVA e os Impostos Especiais sobre o Consumo, vulgarmente designados por IEC´s. O IVA é claramente mais conhecido, pela generalidade das pessoas. Os IEC`s não sendo tão conheci-dos como o IVA, ainda assim, representam cerca de 25% das receitas dos impostos cobrados em Portugal. São Várias as diferenças e semelhanças, entre o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e os Impostos Especiais sobre o Consumo (IEC`S). Ambos são tributações indirectas, que incidem sobre o consumo, isto é, quanto maior o consumo, maior o imposto a pagar. Mas, enquanto o IVA incide sobre a transmissão dos produtos e sobre a prestação de serviços, os IEC`s incidem, presentemente, apenas, sobre 4 grandes grupos de produtos (produtos do tabaco, produtos petrolíferos, álcool e bebidas alcoólicas). Estes, além de IEC`s, também são tributados, cumulativamente, em sede de IVA. Também a forma de pagamento é diferente entre o IVA e os IEC`s. Enquanto o IVA vai sendo entregue faseadamente (imposto plurifá-sico), até chegar ao consumidor final (que na realidade é quem paga a totalidade do imposto), os IEC`s são totalmente pagos de uma só vez, sendo por isso, considerados monofásicos. A exigibilidade destes últimos ocorre, quando os produtos entram no con-sumo, isto é, quando saem de um regime de suspensão de impostos (por exemplo, de um entreposto fiscal) ou no momento da importa-

ção. Esta razão é por ventura a principal expli-cação do relativo desconhecimento do meca-nismo de funcionamento destes impostos, ape-sar deles estarem, indirectamente, presentes no dia a dia de todos nós e de representarem uma importante fatia nas receitas de impostos, em Portugal e em toda a União Europeia. Os produtos sobre os quais incidem estes impos-tos, quando introduzidos no consumo, já circu-lam pois, entre a generalidade dos operadores económicos, com o valor do imposto incorpo-rado no preço do produto. Razões de natureza ambiental e de saúde pública estão na base da criação dos impostos especiais, visando a aplicação do conceito de consumidor pagador, imputando a este os custos ambientais, sociais e económicos, associados ao consumo destes produtos. Pro-mover a redução do consumo e a eficiência energética, completam o leque das razões essenciais para a criação deste tipo de impos-tos. À semelhança do IVA, também existe um código para os IEC`s, (que entrou em vigor a 1 de Fevereiro de 2000), permanecendo em aberto a possibilidade de estender estes impostos a outros produtos para além dos refe-ridos anteriormente. Quer o IVA, quer os IEC`s estão harmonizados na U.E., embora com taxas diferenciadas, constituindo uma importante receita própria dos Estados Membros. A Taxa do IVA é Ad valo-rem, existindo três taxas diferentes, consoante os produtos. Nos IEC`s a tributação tanto pode ser Ad valorem, como fixa, como mista, variando conforme o produto em causa. Mais do que no IVA, nos IEC`s, as taxas che-gam a ser muito diversas, entre os diversos Estados Membros, (por exemplo, os vinhos de mesa, em Portugal, embora sujeitos, têm taxa zero, o que não acontece noutros países

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comunitários, onde são fortemente taxados). Esta situação aliada, à livre circulação da gene-ralidade dos produtos, dentro do espaço comu-nitário, é passível de distorcer os mercados e potenciar a evasão fiscal, dentro do próprio território comunitário (p. Ex., um maço de tabaco no Reino Unido, pode chegar a custar 4 vezes mais do que em Portugal). O risco de fraude fiscal é tanto maior quanto mais dispa-res forem as taxas dos impostos praticadas entre os diversos países. Na essência, os impostos sobre o consumo são devidos no local de consumo, excepto, quando se tratar de consumidores finais. Nes-tas situações, são pagos na origem, indepen-dentemente, do local de consumo. No caso dos IEC`s, em virtude da grande disparidade de taxas existentes entre os E.M., pode existir ainda a “tentação” de adquirir, como se de consumidor final se tratasse, produtos já intro-duzidos no consumo, noutro Estado Membro (logo com o imposto já pago), onde a tributação

seja menor e comercializa-los, ilicitamente, noutro Estado Membro, onde a tributação seja superior. Em face das elevadas taxas de IEC`s, e das grandes disparidades entre os territórios ade-rentes, a probabilidade de evasão fiscal, torna-se pois, potencialmente elevada, sobretudo, quando os produtos ainda se encontram em regime de suspensão do imposto (impostos ainda por pagar), em virtude dos elevados montantes de imposto que se encontram em jogo. Independentemente de ser imposto sobre valor acrescentado ou imposto especial sobre con-sumo, podem-se considerar estas duas formas de tributação indirecta, de assaz pertinência e ainda com muito potencial de evolução.

José P. S. Gordinho Sócio da ADIFE

BOLSAS / CONCURSOS / ESTÁGIOS

CONCURSO “JOVENS VALORES DA ECONOMIA”

"Com o objectivo de incentivar a produção de trabalhos inéditos na área da ciência económica e dar devido relevo público aos seus autores, a Ordem dos Economistas" lança o concurso “Jovens Valores da Economia”. Esta iniciativa pretende estimular os "melhores alunos dos cur-sos de licenciatura e" os "economistas estagiá-rios" - Citações retiradas da Carta Informativa da Ordem dos Economistas, Ano 5, Julho a Setem-bro de 2003. O concurso destina-se a: Licenciados em 2002/3 em Economia ou em Gestão; e Membros Esta-giários da Ordem dos Economistas.

Serão atribuídos dois prémios pecuniários de 3.750 EUR, um para cada especialidade: Eco-nomia Política; e Economia e Gestão Empresa-riais. O concurso decorre até 19 de Dezembro de 2003. Consulte o regulamento a partir de w3.ualg.pt/~rnper/oe ou em www.ordemeconomistas.pt. A candidatura deverá ser entregue em mão na sede da Ordem dos Economistas ou enviada, por correio registado, para: Concurso Jovens Valores da Economia; Ordem dos Economistas; Rua da Estrela, nº 8; 1200-669 Lisboa. Para mais informação: Ordem dos Economistas; Tel.: 21 3 929 470; Fax: 21 3 961 428; [email protected]

ACONTECIMENTOS / NOVIDADES

DIA DOUTORAL Decorreu na FEUALG, nos dias 29 e 30 de Setembro, o 2º Dia Doutoral. Durante estes dois dias foram apresentados 20 trabalhos de doutoramento, os quais se encontram em

desenvolvimento na nossa Faculdade, quer por parte de docentes da FEUALG quer de outros doutorandos (ver página 11). Foram dois dias muito importantes de diálogo científico, com o objectivo de trocar opiniões e contribuir para o enriquecimento dos trabalhos em curso.

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CURRÍCULOS NO SITE DA ADIFE

Com o objectivo de promover a inserção profissional dos diplomados da Faculdade, a ADIFE avançou com um projecto que pretende aproximar as entidades empregadoras dos diplomados à procura de emprego. Este projecto engloba, entre outras iniciativas, a possibilidade de inserção de currículos vitae por parte dos diplomados da Faculdade, através do site da ADIFE, mais especificamente em www.fe.ualg.pt/adife/oportunidades. A Associação está certa que esta nova funcionalidade facilitará o estabelecimento de um primeiro contacto entre os diplomados e as potenciais entidades empregadoras. Durante o mês de Setembro, a ADIFE realizou uma campanha de divulgação junto de algumas dezenas de entidades empregadoras no sentido de publicitar esta nova funcionalidade. A Associação continuará, tal como no passado, a divulgar junto dos finalistas e recém licenciados todas as informações sobre oportunidades de estágio e de emprego que nos chegarem por correio, fax ou e-mail.

BEBERETE

Retomando uma tradição antiga, a ADIFE organizou no passado dia 23 de Maio, um beberete para o qual foram convidados todos os finalistas dos cursos de Gestão de Empresas e de Economia. Os finalistas, que responderam ao convite em bom número, tiveram a oportunidade de ouvir por parte do Presidente da Direcção da ADIFE, Carlos Cândido, os principais objectivos da Associação, nomeadamente no que diz respeito ao estabelecimento e consolidação dos laços entre todos os antigos alunos e entre estes e a Faculdade. O beberete contou também com a presença do Presidente do Conselho Directivo da FEUALG, Prof. Efigénio Rebelo, o qual usou da palavra para salientar a importância da ligação entre a Faculdade e os seus antigos alunos. O beberete representou um importante momento de confraternização, que a ADIFE fará questão de repetir no final deste ano lectivo.

NOVAS INSTALAÇÕES As futuras instalações da nossa Faculdade estão praticamente finalizadas. Após vários adiamentos, prevê-se que a mudança seja efectuada durante a transição do 1º para o 2º semestre, ou seja, entre Janeiro e Fevereiro. As novas instalações situam-se no Campus de

Gambelas, do lado esquerdo da entrada principal da Universidade. Á ADIFE está também destinado um espaço próprio nesse novo edifício adequado às suas necessidades.

MESTRADOS Os mestrados ministrados na Faculdade continuam a ter uma procura bastante satisfatória. O número de alunos inscritos neste ano para os vários mestrados é os seguintes: - Marketing: 21; - Gestão Empresarial: 29; - Finanças Empresariais: 23; - Economia Regional e Desenvolvimento Local: 11; - Gestão e Desenvolvimento em Turismo: 21. Estes números mostram o interesse que estes temas merecem e comprovam também o contributo da Faculdade para a formação especializada de quadros técnicos altamente qualificados de que a região e o país necessitam.

LANÇAMENTO DE LIVRO

Após o lançamento, no início deste ano, do livro “A União Europeia e os Estados Nacionais”, o Prof. António Covas, Professor Catedrático da FEUALG, acaba de lançar mais uma obra. O novo livro, intitulado “Portugal e a Constituição Europeia a caminho da 4.ª República”, estará em breve disponível na biblioteca da FEUALG para consulta.

PÓS-GRADUAÇÕES NA FEUALG

A FEUALG oferece no ano que em breve se iniciará um leque muito interessante de pós-graduações:

- Administração autárquica e desenvolvimento regional;

-Gestão e Administração em Saúde;

- Segurança e Investigação Criminal; e

- Gestão e Administração Escolar

No sítio da Internet com o endereço www.ualg.pt/feua/ensino/graduacao/grade.htm pode aceder a mais informação e proceder à sua pré-inscrição.

As inscrições decorrem até 20 de Fevereiro de 2004.

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BOAS FESTAS

FICHA TÉCNICA ADIFE NOTÍCIAS: Propriedade da Associação de Diplomados da Faculdade de Economia da Univer-sidade do Algarve. COORDENAÇÃO: Carlos Cândido. COORDENAÇÃO DE EDIÇÃO: Rúben Peixi-nho. REDACÇÃO E EDIÇÃO: Ana Lúcia Guerreiro, Carlos Cândido, José Paulo Godinho, Josiane Martins, Maria Anabela Neto, Renato Pereira, Rúben Peixinho. COLABORARAM AINDA NESTE NÚMERO: Luís Coelho. APOIO TÉCNICO: Faculdade de Economia da Universidade do Algarve. ADMINISTRAÇÃO E REDACÇÃO: ADIFE – Campus de Gambelas, 8000 – 117 Faro; Tel.: 289800915; Telefax: 289815937; Internet: http://www.fe.ualg.pt/adife. IMPRESSÃO: Faculdade de Economia da Universidade do Algarve TIRAGEM: 800 Exemplares APOIO DA FEUALG – Faculdade de Economia da Universidade do Algarve