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“O Front National será o meu combate de sempre” 06 Adeline Roldão Martins Candidata às Legislativas DR GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 303 | Série II, du 29 mars 2017 Hebdomadaire Franco-Portugais Rui Braga Rui Braga do Secretariado do Comité Central do PCP veio a Paris para festejar o 96° aniversário do Partido 04 Passos Coelho diz não ser contra o voto eletrónico Líder do PSD veio ao encontro dos militantes em Paris 03 PUB Erasmus. O Comissário europeu Carlos Moedas visitou a Casa de Portugal André de Gouveia onde ficou alojado quando fez Erasmus em Paris 07 Lesados. Uma vez mais, centenas de emigrantes lesados do ex-Banco Espírito Santo, ma- nifestaram junto à Embaixada de Portugal em Paris 08 Negócios. Teve lugar em Paris na semana passada a reunião das Câmaras de comércio e indústria espalhadas pelos quatro cantos do mundo 11 12 Ribatejo. O Chef português com estrela no Guia Michelin Pedro Lemos, esteve em Paris para um showcooking de promoção de produtos do Ribatejo PUB

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Page 1: Adeline Roldão Martins Candidata às Legislativas · francofonia e que é importante que em França também se conheça melhor o que é a Lusofonia e a sua face institu-cional que

“O Front National será o meu combate de sempre”

06

Adeline Roldão MartinsCandidata às LegislativasD

R

GRATUIT

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 303 | Série II, du 29 mars 2017 Hebdomadaire Franco-Portugais

Rui Braga

Rui Braga do Secretariado do ComitéCentral do PCP veio a Paris para festejar o 96° aniversário do Partido

04

Passos Coelho diz não ser contra o voto eletrónicoLíder do PSD veio ao encontro dos militantes em Paris 03

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Erasmus. O Comissário europeu CarlosMoedas visitou a Casa de Portugal André de Gouveiaonde ficou alojado quando fezErasmus em Paris

07

Lesados.Uma vez mais, centenas deemigrantes lesados do ex-Banco Espírito Santo, ma-nifestaram junto à Embaixadade Portugal em Paris

08

Negócios. Teve lugar em Paris na semana passada a reuniãodas Câmaras de comércio eindústria espalhadas pelosquatro cantos do mundo

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12 Ribatejo.O Chef português com estrelano Guia Michelin Pedro Lemos,esteve em Paris para umshowcooking de promoçãode produtos do Ribatejo

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02 POLÍTICA

Delegação deDeputados franceses vão a Portugal

Os Deputados franceses do GrupoParlamentar de Amizade França-Portugal, presidido pela lusodes-cendente Christine Pires-Beaune,vão a Portugal de 3 a 6 de abril. Noano passado, foram os Deputadosportugueses do Grupo Parlamentarhomólogo, presidido por CarlosGonçalves, que se deslocaram aFrança.Para além dos contactos institucio-nais com a Assembleia da Repú-blica, os Deputados franceses vão aMafra, Cascais e Sintra.A Delegação francesa integra osDeputados Christine Pires-Beaune(PS, Puy-de-Dôme), Jean Launay(PS, Lot), Claude de Ganay (LR, Loi-ret), Elisabeth Pochon (PS, Seine-Saint-Denis) e Olivier Marleix (LR,Eure et Loir). Também viaja ThierryBeaugendre, Secretário do Grupode Amizade.

Presidente daCâmara de Arcosde Valdevez visitou DécinesCharpieu

Na sequência da visita recebida,em novembro do ano passado, porparte da Maire de Décines Char-pieu (69), Laurence Fautra, e suacomitiva, a Arcos de Valdevez, oPresidente da Câmara Municipaldesde concelho, João Esteves, re-tribuiu a visita e esteve na semanapassada neste município francêsda região de Lyon.A ida a Décines Charpieu tevecomo propósito conhecer melhor omunicípio francês, os diferentesserviços da Mairie, ver possíveisáreas de cooperação entre os mu-nicípios e as associações, aprofun-dar relações e realizar umaaproximação entre os dois conce-lhos, já que naquela região vivemmuitos Portugueses.

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, António Marrucho, Céline Pires, Clara Teixeira, CindyPeixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira,Jorge Campos (Lyon), José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Mickaël Fernandes, Nathalie deOliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits |Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenuede la porte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: mars 2017 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

Le 29 mars 2017

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Paulo Pisco debate lusofonia e francofoniaO deputado do PS eleito pelo Círculoda Europa, Paulo Pisco, participou, emParis, a convite da Fundação Jean Jau-rés, num debate com o tema “Olharescruzados sobre a Lusofonia e a Fran-cofonia”.Em diálogo com Jean-Jacques Kour-lianski, responsável da Fundação e eminteração com o público presente nasala, o Deputado do PS considerou quea oportunidade não podia ser melhor,dado estar-se em plena semana dafrancofonia e que é importante que emFrança também se conheça melhor oque é a Lusofonia e a sua face institu-cional que é a CPLP.Com efeito, a Lusofonia é pouco co-nhecida dos Franceses, bem como atéa própria dimensão da Língua portu-guesa no mundo, atualmente a quartamais falada com 261 milhões de fa-lantes, espalhados por todos os conti-nentes.

O Deputado do PS considerou quea lusofonia ganhou uma dimensãoinstitucional a partir do momentoque foi criada a CPLP, em 1996,apenas 20 anos depois da descolo-nização, o que é bem revelador doslaços de amizade e cooperação queexistem com os países de expressão

portuguesa.Paulo Pisco falou também da impor-tância da inserção de cada um dos paí-ses nas suas organizações regionais,seja a União Europeia para Portugal,o Mercosul, para o Brasil, a Asean,para Timor-Leste, a CEDEAO paraCabo Verde e Guiné-Bissau ou a

União Africana para todos os paísesafricanos de expressão portuguesa,entre muitos outras.Além de abordar a estrutura institu-cional da CPLP, falou também da im-portância das diásporas dos países deexpressão portuguesa, uma dimensãoque ainda precisa de ser aprofun-dada, mas constitui um elementofundamental da Lusofonia, na me-dida em que alarga as fronteiras daLíngua portuguesa e das expressõesculturais das nações lusófonas paramais de 150 países no mundo. NaEuropa, basta pensar na importânciada Comunidade portuguesa em paí-ses como a França ou o Luxemburgo.O Deputado socialista, acompanhadodo Coordenador do PS de Paris, An-tónio Oliveira, tiveram também umencontro na sede do PS francês, narue Solferino, com o Secretário Inter-nacional, Maurice Braud.

Na Fundação Jean Jaurés

Carlos Zorrinho quer voto eletrónico presencialO Deputado europeu socialista CarlosZorrinho defende que o voto eletró-nico presencial pode ajudar a robus-tecer a democracia representativa.“Aproveitemos a tecnologia para ro-bustecer a democracia”, afirmou Car-los Zorrinho ao intervir em Strasbourgno ponto da ordem de trabalhos doParlamento Europeu sobre Democra-cia Eletrónica na Europa.Com os modelos de funcionamentodas sociedades democráticas a seremfortemente reconfigurados pela ado-

ção das novas tecnologias de informa-ção e comunicação, para o DeputadoSocialista “os processos colaborativossão cada vez mais facilitados e issotem que ter consequências nas op-ções para facilitar a participação doscidadãos na vida cívica e política”.“A aceleração tecnológica não podepor em causa os valores fundamen-tais da democracia representativa.Pelo contrário, a tecnologia deve serusada para os fortalecer”, sustentou,por outro lado, Carlos Zorrinho, sa-

lientando a propósito três dimensõesfundamentais desta temática: a qua-lificação dos cidadãos para a socie-dade digital; a transparência e aequidade no acesso à informação re-levante; e a possibilidade de voto ele-trónico presencial.“Qualificar os cidadãos para a socie-dade digital é decisivo para evitaruma dupla exclusão na participaçãopolítica ativa”, considerou o eurode-putado, que seguidamente defendeua promoção do “acesso a informação

e fiável” como sendo “condição deequidade determinante para a forma-ção da opinião e a livre expressão dasescolhas”.“Instalar sistemas de votação presen-cial que tenham em conta a mobili-dade na sociedade de hoje, permitindoa votação eletrónica segura no localmais conveniente para o eleitor é umaforma de reduzir a abstenção nas elei-ções e tornar mais robusto o sistemarepresentativo”, concluiu o DeputadoCarlos Zorrinho.

Associação Cívica no Salão da AMIFPelo 11° ano consecutivo, a associaçãoCívica de autarcas de origem portuguesaem França, está presente no Salon desMaires d’Île de France, que tem lugarentre os dias 28 e 30 de março, no ParisEvent Center, na Porte de la Villette, emParisA Associação des Maires d’Île de Francerepresenta as 1.297 autarquias dagrande Paris região Île de France.A Cívica está presente com o seu FórumCívica, num espaço dedicado à informa-ção sobre participação cívica dos Portu-

gueses em França, “para informar do po-tencial eleitoral dos Portugueses eFranco-Portugueses da região” explica oPresidente da Cívica, Paulo Marques, aoLusoJornal.A Cívica organiza vários eventos no seuespaço. Un Coktail Lusófono todas asmanhãs, a apresentação da Banda De-senhada sobre a participação dos maisnovos nos Conselhos municipais dascrianças e dos jovens, vídeos da Cívica eo portal civica.frFinalmente a Cívica participa comomembro do júri do primeiro Trofeu dosConselhos municipais das crianças e de

jovens.Un coktail Lisboeta terá lugar esta quarta-feira, no espaco da AMIF (Association desMaires d’Île de France) com uma sessãode fado, oferecido pela Cívica.Pela primeira vez, o Salon des MairesdiÎle de France conta com a presença deuma cidade europeia: Albufeira. A coo-peração entre a cidade de Albufeira e aassociação Cívica permitiu essa presençae Paulo Marques explica que “um dosobjetivos é mostrar a cidade de Albufeiraaos autarcas, já que são eles que deci-dem os destinos das viagens compartici-padas pelos municipios franceses”. O

Presidente da Cívica diz que “os autarcasfranceses da Île de France mandam maisde 150.000 Franceses por ano a Portu-gal, com viagens organizadas pelas au-tarquias. A Cívica tenciona, com apresença de Albufeira, favorecer a des-coberta dessa cidade ainda desconhe-cida dos autarcas franceses” diz aoLusoJornal.A Cívica e a Câmara Municipal de Albu-feira vão propor uma visita dos MairesFranceses ao concelho de Albufeira, du-rante a próxima viagem de estudo da Cí-vica, a realizar de 29 de outubro a 1 denovembro.

Por Manuel Martins

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POLÍTICA 03

Passos Coelho em Paris: “Não há nenhuma razãopara ser contra o voto eletrónico”

Na sexta-feira da semana passada, oex-Primeiro-Ministro português PedroPassos Coelho, e atual líder do PSD,esteve em Paris para um encontro comos militantes do PSD. Estavam presen-tes cerca de uma centena de militan-tes, não apenas do PSD Paris, mastambém da província, como por exem-plo Alexandra Custódio de SaintEtienne e Rui Barata de Strasbourg,mas igualmente da Suíça, do Luxem-burgo e da Bélgica.A reunião teve lugar na sede do partidoLes Republicains, na rue Vaugirard, efoi Paulo Marques, militante do PSDParis e do Les Republicains, quem fezas honras da casa. Em palco estava umcartaz a dizer “Levar as Comunidadesportuguesas a sério”.O Deputado Carlos Gonçalves, agrade-ceu aos presentes e lembrou que a reu-nião também tinha como objetivo“mostrar que mesmo no estrangeiro osPortugueses também sabem organizar-se”. Lembrou que Pedro Passos Coe-lho “ganhou as eleições legislativas” eque “Portugal contou com o apoio dosemigrantes nos momentos difíceis dacrise”.“A última vez que estive aqui, lideravao PSD na oposição. Foi em 2011”disse Pedro Passos Coelho, antes delembrar que depois assumiu as fun-ções de Primeiro Ministro.“Tivemos de corrigir desiquilibrios for-tissimos”. Lembrou depois que “tinha-mos de prestar contas todos os trêsmeses. Hoje temos outra margem demanobra”.Durante cerca de 45 minutos, PassosCoelho falou de improviso, lembrou asdificuldades que teve em governar.“Mas conseguimos recuperar a credi-bilidade financeira do país. O déficiteexterno cresceu durante cerca de 10anos, na ordem dos 10%. Apesar deestarmos no euro, ficámos a devermuito dinheiro”. Disse também que“quem não paga o que deve, não temmais dinheiro emprestado”.“Os países que não conseguem pagaras suas dívidas, têm de as estruturar.Nós levamos muito a sério as nossas

contas. Foi muito importante ultrapas-sar a situação e voltar a ter crédito”disse o ex-Primeiro-Ministro.Depois confessou que “os Portuguesesfizeram muito esforço” mas acrescen-tou que “contaram muito com os Por-tugueses do estrangeiro. Quero dar otestemunho dessa avaliação”.Foi das poucas vezes que se referiu aosPortugueses residentes no estrangeiro.Senão, o discurso podia ter sido profe-rido em Vila Real ou em Faro. Não teveem conta a particularidade que estavaem Paris, a falar para Portugueses queresidem fora do país.Voltou a falar da Troika, do déficite, deesforços e de fiscalidade.No fim do discurso, os jornalistasforam convidados a sair da sala. Foipena, porque na assistência começa-ram a surgir perguntas sobre o voto ele-trónico, sobre participação cívica, sobredescriminação em relação aos emi-grantes,... Eram respostas que gosta-ríamos de conhecer para aquitransmitir. Mas nessa altura, os jorna-listas foram impedidos de trabalhar.Pedro Passos Coelho recusou dar umaentrevista ao LusoJornal. Mas, duashoras de espera mais tarde, o LusoJor-nal conseguiu falar dois minutos - ape-nas dois minutos - com o líder do PSD.

Optámos por lhe perguntar qual a po-sição do PSD em relação ao voto ele-trónico:

Acha que o voto eletrónico é viável?Temos de estudar a questão do votoeletrónico de forma a que na legislaçãoque o possa prever seja salvaguardadoque a integralidade do voto se man-tém. Não há nenhuma razão para ter-mos um voto contra a solução do votoeletrónico. Se for tecnicamente viávele se for possível garantir a integridadedesse voto, não há nenhuma razão...

Então porque não avançam? Porqueestá tudo parado?Infelizmente, temos em Portugal, emrelação às leis eleitorais, uma visão queé muito conservadora, muito poucoaberta a inovações e quando olhamospara as Comunidades emigrantes, re-paramos que tem sido difícil ao longodos anos, persuadir sobretudo o Par-tido Socialista ser mais aberto nestamatéria. Houve progressos muito sig-nificativos nestes últimos anos. HouveComunidades portuguesas que se ba-teram muito para que esses direitos fi-cassem reconhecidos na lei eleitoral.Foi assim que foi possível acabar coma injustiça dos Portugueses não pude-

rem votar para a escolha do Presidenteda República, porque antigamente sópodiam votar para a Assembleia da Re-pública. Agora permanece uma injus-tiça: por um lado pode-se votar porcorrespondência, mas para a eleiçãoPresidencial é só por voto presencial, eisso reduz muito a possibilidade departicipação. O que nós queremos fi-nalmente é que possa haver alteraçãoà lei eleitoral, de modo a, em primeirolugar, facilitar o recenseamento,...

Mas na emigração, o recenceamentonão é obrigatório...Pode até nem ser obrigatório, tem é deser facilitado. Há muitos atos consula-res que podiam, quase automatica-mente, conduzir ao recenseamento ouà atualização do recenseamento e issonão é feito por rotina, o que significaque muitas vezes o recenseamentofica mais pobre do que o que era de-vido. Basta dizer que muitos dos en-velopes, por exemplo, para o voto porcorrespondência, acabam por ser de-volvidos porque as moradas não estãoatualizadas, ora não estão atualizadasporque a atualização do próprio recen-seamento não aproveita todas estasfacilidades dos contactos consularesque existem para produzir automati-

camente essa atualização. Portanto,nós podemos criar mecanismos parafacilitar este recenseamento, mesmoque o Partido Socialista não concordeque o recenseamento seja obrigatório,que facilite o recenseamento. E emsegundo lugar que permita um acessoao voto mais diversificado, seja porcorrespondência, seja presencial-mente. Hoje em dia o voto presencialé obrigatório para o voto Presidencial,o voto por correspondência não é ad-mito e nós achamos que devia ser ad-mitido também. E depois devemosestudar o voto eletrónico. Se for pos-sível o voto eletrónico, não há ne-nhuma razão que esse salto não sejadado, quer nas Comunidades portu-guesas, quer nos residentes em Por-tugal, porque facilitava tambémmuito a vida. Mas em primeiro lugaré necessário que o Legislador estejamuito confortado de que os ensaiosque venha a fazer para o voto eletró-nico, garantam a integridade do voto.Nós estamos muito abertos a discutiresta matéria e a poder estudá-la e aensaiá-la.

No dia seguinte, o líder do PSD seguiupara o Luxemburgo, onde foi participarno Congresso do CSV.

Líder do PSD veio encontrar Militantes do PSD

Por Carlos Pereira

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LusoJornal / Mário Cantarinha LusoJornal / Mário Cantarinha

Le 29 mars 2017

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PSD questionaGoverno sobrea “CláusulaMolière”

Deputados do PSD eleitos pela emi-gração perguntaram ao Governose está a acompanhar a aplicaçãoda “cláusula Molière”, uma me-dida que obriga os trabalhadores afalarem francês nas obras, quealertam que pode prejudicar em-presas portuguesas.Os Deputados social-democratasJosé Cesário e Carlos Gonçalvesentregaram, na quarta-feira da se-mana passada, no Parlamento,uma pergunta dirigida ao execu-tivo sobre a decisão de algumasregiões francesas de aplicarem achamada “cláusula Molière”, queimpõe a obrigatoriedade de co-nhecimento da língua francesapara todos os trabalhadores dosetor das obras públicas.Uma medida que, recordam, foiadotada pela primeira vez em An-goulême, no ano passado, “edesde então tem sido alvo de críti-cas de diversos setores políticosfranceses, que a acusam de serilegal, inaplicável e também con-trária ao trabalho em destaca-mento”.Para os dois Deputados, eleitos peloscírculos da emigração da Europa ede fora da Europa, esta cláusulapode “contribuir para limitar oacesso de empresas estrangeiras,nomeadamente portuguesas, a vá-rios concursos públicos em França”,além de “prejudicar as empresas deportugueses de França que recor-rem ao recrutamento de trabalhado-res e técnicos qualificados emPortugal”.O PSD quer saber de que forma oGoverno está a acompanhar estasituação.As regiões de Île-de-France, Norman-dia, Hauts-de-France, Auvergne-Rhône-Alpes e alguns municípiosadotaram uma cláusula nos contratosde atribuição de obras públicas queimpõe a utilização da língua francesanos estaleiros ou a contratação de umtradutor.A cláusula é apresentada comouma medida de segurança paraque os trabalhadores conheçam epercebam as regras de higiene esegurança, mas a comissária eu-ropeia para o Emprego, MarianneThyssen, afirmou que se trata deuma “discriminação contrária à le-gislação europeia”.Portugal é o segundo país commais trabalhadores destacados emFrança (16,1%) a seguir à Polónia(16,9%), segundo dados da Co-missão Europeia de 2015.

04 POLÍTICA

Rui Braga nas comemorações dos 96 anosdo PCP em Nanterre

A Organização em França do PartidoComunista Português (PCP) organizouum Encontro-Debate no domingo pas-sado, dia 26 de março, em Nanterre,para comemorar o 96° aniversário doPartido. Para o efeito convidou RuiBraga, membro do Secretariado do Co-mité Central.Rui Braga tem 40 anos, é operário emVila Franca de Xira e é o mais recentemembro do Secretariado do ComitéCentral, eleito há menos de quatromeses, e passa a ter o “pelouro” daEmigração. Esta foi a primeira vez quese deslocou ao estrangeiro, nestas fun-ções.Justifica-se pois uma entrevista alar-gada com o LusoJornal.

O que veio dizer aos militantes Comu-nistas em França?Acima de tudo, espero aprender. Pro-curamos estar o mais próximo possíveldos nossos Camaradas e por isso querosaudá-los em representação deste Par-tido que ao longo dos anos tem hon-rado os seus compromissos. Nestaminha vinda a França trata-se de co-nhecer a realidade, de conhecer aovivo e de aprender. Mas acima de tudotransportar esta experiência e as preo-cupações com que a nossa Comuni-dade se debate principalmente aquiem França e poder dizer ao meu Par-tido quais são, para, em conjunto coma Comunidade portuguesa, conseguir-mos melhorar e construir essas mes-mas propostas.

Falamos de participação cívica dosPortugueses residentes no estrangeiro:como melhorar essa participação?É uma questão que nos preocupa.Temos vindo a apresentar várias pro-postas nesse sentido, não só duranteesta legislatura, mas também nas an-teriores. Há dois ou três anos, inclusivéaqui em França através da nossa orga-nização, promovemos uma iniciativa edebate onde precisamente lancámosuma campanha pelo recenseamento ediscutimos formas que poderiam serintroduzidas para melhorar o recensea-mento com vista à participação cívicada Comunidade portuguesa e comoforma de levar mais Portugueses resi-dentes no estrangeiro a participaremnas questões que estão colocadas emPortugal. Sendo algumas das nossaspropostas acolhidas, depois não têmcorrespondência com a verba que sedestina do Orçamento de Estado paradar seguimento às mesmas. Num qua-dro em que há 6 anos a esta parte,fruto do anterior Governo PSD-CDS/PPe da política levada a cabo, cerca de500 mil Portugueses se viram força-dos a abandonar Portugal e a procuraro seu sustento fora, muitos deles vindopara França. Na altura foram incenti-vados pelo próprio Primeiro Ministroque fez um convite às gerações maisnovas para deixarem a sua “zona deconforto” e procurarem o seu ganha-pão noutros países. Depois não são to-madas as medidas necessárias paraacompanhar esses Portugueses, numquadro onde se fechou Consulados eEmbaixadas e se criou uma série dedificultades.

Mas agora o PCP pode fazer maispressão. O que tem conseguido nestamatéria?A nossa posição é muito clara: não háum Governo de Esquerdas, não háuma coligação parlamentar, como gos-tam de chamar. O que existe é umaposição conjunta, assinada pelo PCPe pelo PS, onde foi possível chegar aacordo num conjunto de matérias, nasmatérias onde não foi possível chegara acordo, o mesmo não está transcrito.Nós afirmamos desde o início que nãonos cohibiriamos de termos iniciativaprópria e de apresentarmos as nossaspropostas.

Mas porque se opõe o PCP ao voto ele-trónico?O PCP não tem uma posição definidacontra. Consideramos que é necessá-rio discutir, com vista a salvaguardarque a vontade do voto expresso sejadepois o que aparece. Nos casos ondeo voto eletrónico foi usado e generali-zado, colocam-nos dúvidas. É o casodos Estados Unidos com a investiga-ção em curso de uma alegada infiltra-ção de hakers russos no resultado finalda votação. Por isso consideramos queé uma matéria melindrosa e que exigealgum estudo. Também há dúvidas seo voto eletrónico leva mais pessoas avotar. Temos países onde o voto eletró-nico existe e em que os números daabstenção se mantêm.

Diz que é necessário estudas, mas jávai dando argumenetos contra. Porquenão avança no estudo? O que blo-queia?Se me pergunta se é essa a prioridadee se canalizamos todos os nossos es-forços para esse estudo, naturalmentedir-lhe-ei que não. Temos outras prio-ridades. Mas é um tema que não deixade estar na nossa discussão.

É a primeira vez que entra uma peti-ção levada à Assembleia da Repúblicapor emigrantes. É o assunto de mo-mento.

Os emigrantes que levam esta petiçãoà Assembleia da República, forçam asua discussão. Levaram-na porque éuma questão sentida. Repare, o PCPnão diz que não. O PCP diz apenasque é uma situação melindrosa e quenecessita de estudos sérios. O que nósqueremos mesmo é que haja maisparticipação cívica e que os emigran-tes não se sintam excluidos da vidanacional.

O PCP criticou os Governos anteriorespor terem encerrado Postos consula-res. Mas ultimamente não tem tomadoposição. Aceita portanto a situação?A situação é diferente. Enquanto o an-terior Governo encerrava postos, esteGoverno, pelo menos, não tem encer-rado. O que o PCP sempre defendeué que houvesse uma política quefosse ao encontro das populações mi-grantes, onde quer que elas estão. Enaturalmente isso não foi tido emconta pelo anterior Governo. Sobre-tudo num quadro onde as condiçõesse agravaram porque meio milhão dePortugueses viu-se forçado a abando-nar Portugal. Havendo mais Portu-gueses a residir no estrangeiro, o queseria natural seria reforçar os Consu-lados e as Embaixadas. O anterior Go-verno fez tudo ao contrário. Não sóincentivou a emigrar, como depoisnão deu as condições nos sítios paraonde as pessoas iam, fechando Con-sulados. O atual Governo ainda nãofez aquilo que se exige: na maiorparte dos casos, reabrir postos, e na-turalmente o PCP tem apresentadopropostas. Mas este não um Governodo PCP. O que podemos fazer mais?Continuar a pressionar o Governo.Mas em determinadas condições, oPS não segue o PCP. Em certos casossegue, noutros não.

O PCP tem estado ausente da lutados Emigrantes ex-Lesados do BES.Alguma razão?Temos um vastissimo trabalho feitonas Comissões de inquérito ao BES.Precisávamos de conhecer melhor,

ainda hoje não sabemos tudo. É pre-ciso perceber melhor a situação. Numquadro onde o populismo e o perigodo populismo graça, às vezes é fácilde defender um certo tipo de posi-ções que depois, ao mínimo abanãopodem ruir como castelos de cartas.

Refere-se ao Bloco de Esquerda?Não me refiro a ninguém em particu-lar. Podia ser fácil para nós estarmosnuma manifestação... Como sabe,nós não temos Deputado eleito pelaemigração, o que torna a nossa situa-ção mais difícil...

O Bloco de Esquerda também nãotem.Precisavamos de conhecer melhordeterminadas situações para separaro trigo do joio. Há exemplos em Por-tugal que quem lá pôs muito di-nheiro, pôs conscientemente. Até hácasos de quem lá tivesse ido buscaro dinheiro todo antes da derrocada dobanco! A maioria do pequeno aforra-dor pensava que estava a depositarnuma conta poupança e na práticacomprou determinados produtos, ofez de uma forma inocente, mas podeter havido situações em que quempôs muito, não o tivesse feito deforma inocente.

E sobre as eleições Presidenciais emFrança, qual é a sua análise?Acompanhamos com preocupaçãocertos traços que marcam a evoluçãointernacional, como o aumento doódio, da xenofobia, do racismo, masé necessário entendermos tudo issoindo ao fundo da questão: esta não éapenas uma questão política, é tam-bém uma questão social. Questão so-cial causada pelas desigualdades queo próprio capitalismo e o sistema ca-pitalista causa. Acompanhamos aseleições francesas, claro, mas comoexigimos respeito pela nossa inde-pendência, retribuimos também issomesmo. Naturalmente isso não excluifazer a análise política que se impõe.

Entrevista ao LusoJornal

Por Carlos Pereira

Le 29 mars 2017

LusoJornal / Carlos Pereira

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06 POLÍTICA

Adeline Roldão Martins, Candidate aux prochainesélections législativesAdeline Roldão Martins est la candi-date de l’UDI aux prochaines élec-tions législatives dans la 9èmecirconscription du Val-d’Oise, qui re-groupe les cantons de Gonesse, Gous-sainville et Luzarches. Ce sont 27villes dont Fosses, Louvres, Mareil-en-France, Roissy-en-France et Villiers-le-Sec.Le père d’Adeline Roldão Martins étaitde Pinhal Novo, Setúbal, et il est venuen France à l’âge de 17 ans. Parachu-tiste, il s’est engagé dans la LégionEtrangère. «C’est certainement de làque vient mon attirance pour le dra-peau de la France». Il a fait sa carrièremilitaire à Nouméa, à Djibouti, enCorse,… et Adeline est née en 1983,à Toulouse.Après avoir fait deux années d’écono-mie et avoir intégré Sciences-Po àToulouse, «j’étais très attirée par l’aé-rien» explique Adeline Roldão Martinsau LusoJornal. Elle a donc fait unMaster spécialisé en transport aérienà l’Ecole nationale d’aviation civile etest remontée sur la région parisiennepour faire ses armes chez Europe Air-post, l’ancienne Aéropostale devenuedepuis AMS Aviation, une société detransport aérien de passagers le jouret transport de fret la nuit.Elle y est restée 5 ans, avant de s’ins-taller à son compte et de diriger main-tenant une sarl de 70 personnesspécialisée dans le commerce en zonesous-douane à l’aéroport de RoissyCharles de Gaulle.Le lien d’Adeline Roldão Martins avecle Portugal est constant. Elle a d’ail-leurs donné rendez-vous à LusoJornaldans le café-restaurant le Maracana,à Gonesse, haut lieu du Portugal danscette ville. «Quand j’étais petite, j’al-lais tous les ans passer trois semainesau Portugal. J’y vais encore régulière-ment, voir ma grand-mère, mestantes, mes cousins. Je parle un por-tugais avec un accent qui fait rire toutle monde, mais je parle et je com-prends tout, bien sûr».La candidate de l’UDI dit avoir ac-compagné de très près la dernièrecrise économique au Portugal. Un demes cousins avait une entreprise quitravaillait beaucoup à l’international etqui s’est écroulée, il est débrouillardet il va s’en sortir, mais d’autres… J’aid’ailleurs fait venir un de mes cousinsici, car ça devenait très difficile pourlui, et ici il y a encore du travail».

Un engagement progressifAdeline Roldão Martins était engagéedans le milieu associatif quand elle aété repérée par l’équipe municipalesortante de Survilliers. «En 2013,j’étais Trésorière d’une crèche associa-tive. On est venu me rencontrer pourme proposer d’intégrer la liste de can-didats aux élections municipales. J’aiaccepté plutôt pour aider et je me suisretrouvée Maire-Adjointe aux fi-nances. Cela exige un emploi dutemps très costaud, mais c’est trèsenrichissant».Adeline Roldão Martins dit avoir tou-

jours été centriste. C’est donc naturel-lement qu’un jour elle pousse la portedu Parti, en 2015. «Je me suis ditqu’à un moment donné il faut donnerun sens politique à mon engagement.Or, pour aller plus loin, il faut s’encar-ter et le Parti qui s’approche le plusde mes convictions c’est l’UDI».Claude Tibi, Conseiller municipal àGonesse et Conseiller communautaireen Val de France est le candidat sup-pléant dans cette circonscription.A 67 ans, ce «vieux de la vieille»comme il dit, très connu à Gonesse oùil a été Président d’un club de footpendant plus de 20 ans, n’a pas hé-sité à soutenir la candidate lusodes-cendante. «Elle est intelligente, elleest à l’écoute et je joue donc le rôlede père de famille» explique ClaudeTibi.Claude Tibi a été Président du Modem95 jusqu’au jour où Bayrou a soutenuHollande pour les dernières électionsPrésidentielles. «Au niveau national,nous avons décidé de ne pas donnerde consignes de vote. Bayrou a juste-ment dit cela, mais il a ajouté qu’ence qui le concernait, il voterait Hol-lande… J’ai écrit un communiqué etj’ai quitté le Parti. Il n’avait pas à ledire. J’ai adhéré à l’UDI dès la créa-tion du parti par Jean-Louis Borloo et30 à 35% des militants du départe-ment m’ont suivi».

«Je soutiens Macron»Pour les élections présidentielles,Adeline Roldão Martins ne suit pas lesconsignes de son Parti. «Je ne sou-tiens pas Fillon, je soutiens Macron».Et elle ajoute que «dans UDI, ce quej’aime le plus, c’est le ‘i’ d’indépen-dant».Elle explique ensuite que «si on faitde la politique, c’est pour être exem-plaire. S’il a dit une chose et s’il faitle contraire, ça ne va pas». AdelineRoldão Martins assure que «je suistrès attachée aux valeurs et à la paroledonnée. Fillon fait une campagneBlanche Neige. Il s’est adressé auxFrançais, les yeux dans les yeux, pourdire que s’il était mis en examen, il neserait jamais candidat. Et il est revenusur ces paroles. Ce n’est pas conceva-ble à mes yeux».De l’autre côté, Emmanuel Macron «atiré la politique de Hollande vers ladroite. La loi du travail, du moins cequ’il en reste, c’est un des chantiersimpératifs à faire en France. Le pro-gramme économique de Macron s’ap-proche du programme économique deFillon. C’est pour cela que je ne rougispas d’apporter mon soutien à Macron»explique la candidate au LusoJornal.«La valeur de l’exemplarité, ça ré-sonne. Les gens en ont marre. VoterMarine Le Pen c’est un vote contesta-taire».«Le FN sera toujours un de mes com-bats» assure Adeline Roldão Martins.«La culture française est une agréga-tion de plusieurs cultures. Les Portu-gais se sont bien intégrés en France,ce qui n’est pas le cas d’autres Com-munautés. Mais l’Etat français y estpour quelque chose. Le discours de

Marine Le Pen est complètement po-lissé à des fins électorales. Toute sastratégie de communication, très po-puliste, est mise en place pour pren-dre le pouvoir. J’ose espérer que cepays ne connaîtra pas ce qu’elle feraquand elle prendra le pouvoir».Mais la candidate de l’UDI reconnaitnéanmoins que «le discours du FN ré-sonne car nous avons vraiment dessoucis. Les politiques sont loin d’êtreexemplaires, les gens disent qu’ilssont tous les mêmes, tous pourris, au-tant voter FN! Surtout après ces 5 an-nées moles de hollandisme».C’est donc sur la moralisation de lapolitique qu’Adeline Roldão Martinssouhaite faire campagne électorale.«Mon site est fait depuis longtemps,donc je n’ai pas été influencée par lesaffaires de la Présidentielle» avoue-t-elle. «La moralisation et la simplifica-tion des institutions, ce sont dessujets qui ne tiennent à cœur. La po-litique n’est pas un métier. Bien sûrque c’est un risque que je prends,mais ce n’est qu’un CDD et non unCDI. Il faut le voir comme tel».

Une pro-EuropéenneAdeline Roldão Martins est une «proeuropéenne». Mais elle reconnait que«l’Europe va droit dans le mur». Elledéfend une Europe fédérative, «avecune vraie gouvernance politique».«L’Europe est malade car elle s’est

construite trop vite. On est passé trèsvite à 28, avec des pays très écono-miquement différents». Mais AdelineRoldão Martins sait que «ce n’est pasle retour au franc, mais plutôt l’im-migration, qui marque des pointsdans le programme de Marine LePen».Interrogée par LusoJornal sur la«Clausule Molière» - qui oblige lestravailleurs détachés à parler français- la candidate explique que «la vraiequestion c’est la concurrence des sa-laires. Ils arrivent ici, ils cassent lesprix, et nos entrepreneurs, notam-ment les Portugais, se font des che-veux blancs. Il y a une règle quidevait être mise en place: les salairespratiqués en France ce sont ceux dela France et c’est tout. C’est donc surles salaires qu’il faut agir».

Tout est possiblePour la Candidate, il y a une contra-diction sur la circonscription. «Entermes d’emploi on n’a pas à rougir,mais la plupart des employés ne sontpas d’ici. Et c’est surtout sur les trans-ports que nous avons beaucoup deproblèmes. Venez de Luzarchesjusqu’à Roissy et vous verrez combiende temps vous mettez».Adeline Roldão Martins évoque égale-ment la question de l’insécurité deslignes RER. «Les touristes se font dé-pouiller. Les hôtels de la région sonten train de mettre en place des sys-tèmes de sécurité pour protéger leurs

clients. On devrait être une circons-cription phare. Or nous sommes lesparents pauvres de la région pari-sienne. Tous les élus locaux se plai-gnent et il faut se faire entendre auniveau national».Il se trouve que cette 9ème circons-cription du Val d’Oise est très ouverte.Le Front National sera certainementle Parti le plus voté, indépendammentdu candidat choisi.L’actuel Député est Jean-Pierre Blazy,le Maire socialiste de Gonesse. Mais ilne sera pas candidat à sa succession.C’est son suppléant qui a eu l’investi-ture du PS, Luc Broussy, candidatmalheureux aux Départementales surle canton de Goussainville. «MaisJean-Pierre Blazy ne soutient pas laliste car le suppléant de Luc Broussyest un Conseiller Municipal socialistequi ne s’entend pas avec le Maire etm’a rejoint dans l’opposition munici-pale» explique Claude Tibi.Il ne serait donc pas étonnant quecette circonscription bascule à droite.«C’est une circonscription très mou-vante» dit Adeline Roldão Martins. Eneffet, avant Jean-Pierre Blazy, le Dé-puté élu était Yanick Paternotte(UMP).Or, le candidat des Républicains seraitAnthony Arciero, élu municipal del’opposition à Survilliers, justement laville où Adeline Roldão Martins estMaire-adjointe.Tout est donc possible dans cette9ème circonscription. Mais ce sont lesélecteurs qui décideront, bien sûr!

9ème circonscription du Val d’Oise

Par Carlos Pereira

Le 29 mars 2017

Adeline Roldão Martins avec Claude TibiDR

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COMUNIDADE 07

Carlos Moedas visitou a Maison du Portugal André de Gouveia

O Comissário europeu para a Ciênciae a Inovação, Carlos Moedas, estevena semana passada, na quinta-feira23 de março, na Maison du PortugalAndré de Gouveia, na cidade univer-sitária de Paris, casa onde viveu entre1993 e 94, quando fez um estágioErasmus em Paris. “Foi aqui que aminha vida mudou” disse Carlos Moe-das perante uma plateia constituídaessencialmente pelos atuais residen-tes e por alguns dos residentes quecom ele conviveram naquela altura.A atual Diretora da Residência Univer-sitária subiu ao primeiro andar, ondeestava o quarto que Carlos Moedasocupou, apesar da casa ter entretantopassado por importantes obras de re-novação. “É uma grande inspiraçãopara nós, saber que de um quarto de11 metros quadrados, pode sair umComissário Europeu” disse Ana Paixãoquando apresentou Carlos Moedas.“Foi uma grande emoção. Era a pri-meira vez que vinha a Paris, chegueide Beja com uma mala, não falavapraticamente nada francês, e foi aquique aprendi a descobrir o mundo. Masfoi o meu primeiro choque cultural”disse Carlos Moedas, enaltecendo aimportância do programa europeu deintercâmbio Erasmus. Com humor,lembrou que tinha de abrir uma conta

num banco francês para depositar umcheque que trazia de Portugal e “tudome parecia difícil porque não sabia oque dizer”. Lembrou também o“efeito” da expressão “désolé”.“Quando entrava em qualquer lado eme diziam ‘désolé’, eu pensava queera o primeiro passo da negociação,afinal não. ‘Désolé’ quer dizer que jánão há negociação possível”.Depois dos 7 meses que passou naMaison du Portugal, o jovem enge-nheiro em hidráulica acabou por ficarmais 5 anos em França, começou a

trabalhar na Lyonnaise des Eaux, co-nheceu a mulher francesa com quemvive e com quem teve dois filhos luso-franceses. “A primeira entrevista quedei foi à Rádio Alfa, convidado pelaatual jornalista da SIC, Rebecca Abe-cassis, que na altura animava progra-mas na rádio Alfa” explicou CarlosMoedas. Ainda passou por Orléansonde aliás animou programas naRádio Arc en Ciel, “convidado poruma pessoa espetacular que é o Car-los Reis”. Depois da França, CarlosMoedas esteve nos Estados Unidos,

em Londres, e agora em Bruxelas.“Não conheço ninguém que tenhafeito uma escolha internacional e quediga que fez mal. É sempre muito en-riquecedor, mesmo se nos sentimosinfelizes por estarmos divididos entredois países”. Reconheceu tambémque o Erasmus mudou muito. “Naminha altura eu era visto como ummaluco, que vinha estudar para Paris.Hoje é a norma. E aqueles que fazemErasmus têm uma intervenção dife-rente na Universidade e na socie-dade. As pessoas são mais curiosas.Eu acho que devia ser uma escolhaobrigatória”. Aliás, Carlos Moedasafirmou até que, “se tivesse a respon-sabilidade do orçamento europeu,meteria mais dinheiro no Erasmus. OErasmus é o melhor programa euro-peu de sempre”.Carlos Moedas disse aos atuais resi-dentes que “por vezes podem pensar‘o que faço aqui’, mas daqui por 10anos tudo fará sentido” e lembrou aexperiência pessoal: “os residentesdesta casa, os meus amigos, ou eramcientistas, ou eram artistas. Na alturanão dei por isso, mas foi mais tardeque percebi que isso deu-me uma ca-racterística específica”.Os presentes também colocaram per-guntas e era evidente que a Europatinha de ser assunto de conversa. Car-los Moedas confessou que “é claro

que os cidadãos se sentem longe daEuropa. E é por falta de clareza nasatribuições. Quando algo é mau, osEstados têm tendência em dizer queé culpa da Europa e quando algo ébom, dizer que é graças aos Estados.Ainda recentemente visitei um Centrode engenharia em Manchester e todaa gente pensava que tinha sido inves-timento local, mas não foi. Nós mete-mos lá 25 milhões de euros e ninguémsabia. Isso não é dito”.O Comissário europeu diz que a Eu-ropa é um “projeto tão bom, que atéconsegue sobreviver a todas as crises:à crise dos refugiados, à crise finan-ceira e até ao Brexit. Se sobrevivemosé porque é um projeto impressio-nante”. E acrescenta que “a ciência ea inovação podem reconciliar as pes-soas com a Europa”.Antes de sair da Maison du Portugal,Carlos Moedas ainda referiu o perigoque representa para a Europa, a su-bida da Extrema Direita. “Eu sou por-tuguês, não faço declarações sobre aseleições presidenciais francesas, masposso dizer que a Extrema Direita émuito perigosa para a França e atépara o Mundo”.Depois da Maison du Portugal Andréde Gouveia, o Comissário Europeuproferiu uma conferência na Cité Uni-versitaire Internationale de Paris,sobre Paz e Inovação”.

Por Carlos Pereira

Comissário Europeu viveu na Cité Universitaire de Paris

Le 29 mars 2017

Centro Documental Raiano “nasce” para promoverecologia, saúde natural e agricultura biológicaO Centro Documental Raiano (CDR),espaço de recursos ambientais e al-ternativos imaginado pelo casal fran-cês Claude e Francine Rodet, acabade nascer em Idanha-a-Nova, comum acervo composto por 11 mil li-vros, 230 coleções de revistas e mi-lhares de documentos classificadosem mais 600 temáticas.As portas do CDR, instalado no Cen-tro Empresarial de Idanha-a-Nova,estão agora abertas para estudantes,professores, investigadores, empresá-rios e todos os demais interessadosnas áreas do ambiente, ecologia,saúde natural, agricultura biológica ebiodinâmica, botânica, nutrição, es-piritualidade, entre outras.Este espaço único na Europa foiinaugurado na quarta-feira, dia 22 demarço, pelo Ministro do Ambiente,

João Pedro Matos Fernandes, na pre-sença do Presidente da Câmara Mu-nicipal de Idanha-a-Nova, ArmindoJacinto, e dos fundadores do projeto,Jean-Claude Rodet e Francine Rodet.Durante a cerimónia, Armindo Ja-cinto anunciou Idanha-a-Nova comoprimeiro Bio Concelho de Portugal,onde o CDR desempenhará um papelincontornável.O autarca explicou que “o conceitode Bio Concelho vai além da produ-ção biológica, da economia verde edo turismo sustentável. É um com-promisso que envolve toda a socie-dade na promoção de valores queinteressa transmitir às gerações futu-ras, com a ambição de oferecermosum mundo melhor aos nossos fi-lhos”.O desafio foi prontamente aceite pelo

Ministro do Ambiente. “Acredito quetoda a economia tem de ser verde. E,nesse sentido, o Bio Concelho de Ida-nha lidera esse compromisso em Por-

tugal, afirmou o governante, queaplaudiu, entre outros projetos comsede em Idanha, a aceleradora“verde” I-Danha Food Lab.

Os fundadores do Centro DocumentalRaiano são o conceituado cientistafrancês Jean-Claude Rodet e a sua es-posa, Francine Rodet, que integradosna estratégia Recomeçar, escolheramIdanha-a-Nova para centralizar os co-nhecimentos e recursos que reuniramno decurso de uma carreira profissio-nal com mais de 30 anos.Na inauguração do CDR, os respon-sáveis divulgaram alguns dos objeti-vos do novo espaço: partilhar recursose soluções para resolver problemassocietais; promover e apoiar projetosde desenvolvimento sustentável; di-namizar ações de formação no campoda agricultura e da pecuária; promo-ver uma alimentação saudável juntode escolas e coletividades; valorizaras tradições locais para construção deum futuro melhor.

Criado por um casal de cientistas franceses

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LusoJornal / Carlos Pereira

CM Idanha-a-Nova

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lusojornal.com

Comunicadodo Núcleo Europa doBloco de Esquerdasobre os emigrantes Lesados doBES“Como sucedeu desde a primeirahora, o Núcleo Europa do Bloco deEsquerda vem afirmar a sua solida-riedade para com os Emigrantesportugueses lesados do BES e ajusta luta que travam há longosmeses para que lhe sejam devolvi-das as economias de vidas inteirasde trabalho e de sacrifício.Como tal, o Núcleo Europa do Blocode Esquerda respondeu ao apelodos Emigrantes lesados do BES emFrança e manifestou ao seu lado nosábado, dia 25 de março junto àEmbaixada de Portugal em Paris.O Bloco de Esquerda considerainadmissível que volvidos quase trêsanos sobre o colapso do BES, aindanão tenha sido encontrada uma so-lução para os emigrantes lesados,contrariamente ao que sucedeu comos lesados do papel comercial resi-dentes em Portugal.O nosso Partido cujo trabalho na Co-missão de Inquérito ao BES é sobe-jamente conhecido, bem como assuas intervenções junto do Governono que respeita à situação dos emi-grantes lesados, continuará a estarao lado destes emigrantes em todosos domínios da sua luta, tanto políti-cos como judiciais.O Bloco de Esquerda congratula-secom o facto do Novo Banco se ter fi-nalmente sentado à mesa das nego-ciações e mantem-se atento a queesta nova etapa leve à apresentaçãorápida de uma proposta aceitávelpara os emigrantes. Esta propostanão pode, de forma alguma, asse-melhar-se à que o Novo Banco apre-sentou no passado e que estesemigrantes recusaram subscrever.O Bloco de Esquerda saúda a lutaexemplar dos emigrantes lesados doBES e apelou a população portu-guesa de França a juntar-se a eles,para defender as suas legítimas re-veindicações contra o assalto de queestão a ser vítimas”.

08 COMUNIDADE

Emigrantes lesados voltam a pedir “justiça”

Os emigrantes lesados do Banco Es-pírito Santo (BES) voltaram a mani-festar-se np sábado passado, emParis para pedir “justiça” e reclamaras poupanças que depositaram, pro-metendo voltar às ruas dentro de ummês.“Estão outras manifestações previs-tas. Organizámos esta porque já ti-vemos paciência que chegasse. Jáfaz três anos, acho que já chega.Portanto, tem que haver uma solu-ção para estes emigrantes que aquiestão, todos lesados do Novo Banco.Enquanto a gente não tiver nadaconcreto, a gente não vai parar”,disse à Lusa Carlos Costa, do grupoEmigrantes Lesados Unidos, que or-ganizou o protesto.Entre cerca de uma centena de emi-grantes, reunidos em frente à Em-baixada de Portugal, estava JoséFernandes Fonseca, há 34 anos emFrança, que entoou a frase “tenhodesgosto de ser português”, con-tando à Lusa que foi enganado noex-BES porque “pediu uma conta a

prazo” e o gerente do banco semprelhe disse que “o dinheiro estavanuma conta segura”.Sérgio Morgado, presença habitualnas manifestações dos emigranteslesados do BES em Paris, disse queo dinheiro dos emigrantes foi“ganho com muito suor” e lamen-tou, apontando para uma faixa deprotesto. “O Governador do Bancode Portugal é um ladrão, é um cor-rupto e nós estamos aqui feitos des-graçados a lutar pelo nosso dinheiro,a lutar pelas nossas economias queestão bloqueadas. Por alma dequem?”, disse, revoltado.Graça Machado, de 74 anos, levouuma mensagem dirigida ao Presi-dente da República, Marcelo Rebelode Sousa, como pedido de ajuda de-pois das “promessas feitas no anopassado no 10 de junho”, em Paris:“Já se passou um ano e eles aindanão fizeram nada . O que é que elesestão a fazer o senhor Costa e o se-nhor Marcelo?”, questionou.Rosa Pereira, de 62 anos e há 45em França, também levou um re-cado ao Primeiro-Ministro e ao Pre-

sidente da República. “Nós tambémsomos refugiados, também viemospara aqui sem papéis, sem nada.Passámos aqui muito. Portanto,chegou a altura de ajudar os emi-grantes, não é só mandar dinheiropara Portugal. Agora roubaram-nos”,declarou.Maria Rosa Carrilho, de 67 anos ehá 47 em França, foi também à ma-nifestação para pedir o dinheiro de“toda uma vida”. Trabalhou 43 anose o marido outros tantos.Também Maria Margarida Macedo,de 61 anos e há 38 em França, quer“100% do dinheiro” que investiu eavisou que não vai aceitar qualqueroutra proposta que não lhe garantaisto, aguardando novidades sobre asnegociações.A Associação Movimento Emigran-tes Lesados (AMELP) reuniu-se pelaprimeira vez com o Presidente doNovo Banco, António Ramalho, a 17de março. Esteve na manifestaçãopara recolher assinaturas para apre-sentar na Assembleia da República,para que se constitua uma Comissãode inquérito, disse à Lusa Helena

Batista, Vice-Presidente da AMELP.“Estamos a fazer uma petição paraabrir uma Comissão de inquérito naAssembleia da República e estamosa pedir aqui às pessoas para nos as-sinarem essa petição. Temos de re-colher quatro mil assinaturas paraque o nosso caso seja discutido emplenário, para que assim seja decla-rado que nós fomos engañados”, in-dicou Helena Batista.Paulo Pisco, Deputado socialistaeleito pelo círculo da Europa, mar-cou presença na manifestação eacompanhou um grupo que foi rece-bido na Embaixada, sublinhando àLusa que “quem deve ser essencial-mente chamado à resolução desteproblema, com ética, com moral esem subterfúgios nem enganos, é oNovo Banco e o Banco de Portugal”.Também presentes estiveram repre-sentantes do Núcleo da Europa doBloco de Esquerda, nomeadamenteAdriano Salgueiro, que alertou que“o povo tem sido defraudado pelosistema bancário e pela classe polí-tica em geral que deixa sempre aemigração para último reduto”.

Manifestação em Paris

Por Carina Branco, Lusa

Acidente de Moulins do ano passado: Condutor eproprietário de carrinha julgados “até final do ano”

Emmanuelle Fredon, Procuradora daRepública de Moulins, em França,disse à Lusa que o condutor e o pro-prietário da carrinha envolvida no aci-dente de viação em que morreram 12Portugueses em 24 de março do anopassado devem ser julgados “até aofinal do ano”.“A investigação terminou, o dossiê foicomunicado à Procuradoria da Repú-blica e tudo indica que o dossiê serájulgado até ao final do ano, entre se-tembro e dezembro”, afirmou a atualresponsável do Ministério Público fran-cês na região, precisando que a inves-tigação “terminou há alguns dias”.Antoine Jauvat, advogado do jovemmotorista português, confirmou à Lusaque o julgamento deverá acontecer“no último trimestre de 2017”.“Ainda não temos uma data para o jul-

gamento, mas tudo indica que vai sereste ano. Talvez na ‘rentrée’ de setem-bro, em todo o caso, ‘a priori’, no úl-timo trimestre de 2017, ainda quenenhuma data esteja marcada”, afir-mou o advogado.O condutor, na ocasião com 19 anos,e o proprietário do veículo, tinham sidoacusados de homicídio involuntário eferimentos involuntários agravados e,de acordo com Antoine Jauvat, “o mo-torista incorre numa pena de sete anosde prisão no máximo e o tio, de me-mória, de cinco anos no máximo”.O advogado precisou que o jovem“está atualmente sob controlo judiciá-rio” e “trabalha numa empresa deconstrução civil há vários meses”, en-quanto “de memória, o tio está emPortugal há alguns meses”.De acordo com a Procuradora Emma-nuelle Fredon, o controlo judiciárioestá a ser “respeitado de forma rigo-

rosa”, implicando a “proibição de dei-xar o território - salvo se pedida autori-zação ao juiz de instrução - e aobrigação de assinalar a sua presençade forma regular à polícia”.O advogado Antoine Jauvat acrescen-tou que o jovem continua com acom-panhamento psicológico porque “émuito difícil para ele desde o aci-dente”.As 12 vítimas mortais, com idadesentre os 07 e os 63 anos, viviam naSuíça e deslocavam-se a Portugalnuma carrinha de seis lugares que em-bateu frontalmente com um veículopesado na Estrada Nacional 79, na lo-calidade de Moulins, um troço daRCEA (Estrada Centro Europa e Atlân-tico), conhecida por ser uma estradaperigosa.A “perigosidade desta estrada” podeser um dos elementos da defesa, afir-mou o advogado. “Há verdadeira-

mente um problema com esta estrada.Pouco tempo depois, alguns dos seuscompatriotas tiveram um acidentenum autocarro a alguns quilómetrosdali, na mesma estrada. Claro quevamos falar. Não é um acaso quetenha acontecido nesta estrada. Sim,pode ser um elemento de defesa”,completou.A 08 de janeiro deste ano, também naEstrada Nacional 79, na direçãoMâcon-Moulins, o despiste de um au-tocarro com 32 passageiros Portugue-ses provocou quatro mortos, trêsferidos graves e 25 ligeiros.A RCEA é conhecida como “a estradada morte” e foi classificada como “aestrada mais perigosa de França” pelojornal Libération, em fevereiro desteano, numa reportagem em que se re-vela o tráfego é de “10.000 veículospor dia, 40 por cento são veículos pe-sados”.

Por Carina Branco, Lusa

Le 29 mars 2017

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«J’invite monbanquier dansma classe»Dans le cadre de la 3ème édition dela Semaine européenne de l’argent(European Money Week), du 27 au31 mars, Caixa Geral de DepósitosFrance s’est associée à l’opérationmenée par la Fédération BancaireFrançaise: «J’invite un banquierdans ma classe».La Succursale de la banque publi-que portugaise s’est jointe à cetteaction pédagogique auprès des élè-ves des classes de CM1 et CM2 afinde sensibiliser ces enfants, qui ontentre 8 et 11 ans, à la gestion deleur budget.«En tant que banque proche des fa-milles, soucieuse de l’éducation fi-nancière des enfants», Caixa Geralde Depósitos participe à cette opé-ration.

Restaurant LeLisbonne surTF1Le restaurant Le Lisbonne, à Mont-parnasse est l’invité de l’émission“L’Addition s’il-vous-plait!» de lachaîne de télévision TF1.L’émission sera diffusée pensanttoute une semaine, du lundi 3 auvendredi 7 avril, à 17h00.Rosa, la propriétaire de l’établisse-ment fait que pendant cette se-maine, la cuisine portugaise soit àl’honneur.

Formation«Création deTPE/PME auPortugal»La Chambre de commerce et d’in-dustrie franco-portugaise (CCIFP)organise une formation «Créationde TPE/PME au Portugal», le ven-dredi 31 mars, à 14h30, au siègede la Chambre (7 avenue de laPorte de Vanves, à Paris 14ème).Vous désirez vous installer et créerune petite société au Portugalmais vous ne connaissez pas lesprocédures, les documents à rem-plir, les financements publics, leslicences municipales etc.? A quidevez-vous vous adresser? Quelsdocuments faut-il fournir et à qui?Et combien coûte toutes ces for-malités? Voici quelques une desquestions auxquelles vous trouve-rez réponse.De plus en plus de personnes enFrance souhaitent devenir entre-preneurs au Portugal. C’est pourcette raison que la Chambre decommerce et d’industrie franco-portugaise, a décidé d’organiserdes formations personnalisées surle sujet. Des experts portugais se-ront disponibles pour procurertoute l’information essentielle pourla création d’une PME, ainsi quepour éclaircir leurs doutes.

COMUNIDADE 09

lusojornal.com

Alunos do Collège International Pierre et MarieCurie encontraram-se com Daniel Ribeiro

No dia 6 de março, os alunos de4ème e 3ème do Collège Internatio-nal Pierre et Marie Curie, em LePecq, tiveram a oportunidade de co-nhecer e entrevistar o jornalista Da-niel Ribeiro, correspondente do«Expresso» em Paris e atual Diretorda Rádio Alfa.

Durante esse enconto, o jornalistafalou com os alunos da sua atividadeprofissional. Explicou como surgiu asua paixão pelo jornalismo, o funcio-namento da sua missão no estran-geiro, bem como a forma comoconcilia o trabalho de Diretor derádio e de correspondente de umgrande jornal português em França.A curiosidade dos alunos trouxe tam-

bém à tona temas como a liberdade,o sentido crítico, a formação e fala-ram dos novos desafios que a profis-são de jornalista tem de enfrentar.Para além desta conversa em tornoda profissão, Daniel Ribeiro abordouigualmente temas da atualidade,quer a nível da política, cultura, eco-nomia, como também salientou aimportância da Língua e Cultura por-

tuguesas no Mundo, evidenciando asua presença nas organizações inter-nacionais.Foi um momento particular e impor-tante para os alunos que puderam,deste modo, contactar com um jor-nalista conhecido, dando-lhes a pos-sibilidade de interagir sobre algunsaspetos da profissão e sobre a línguaportuguesa.

Por Helena Alves Cortinhas

La Révolution des Oeillets à l’UniversitéJean Monnet à Saint Etienne

La Révolution des Oeillets est à nou-veau célébrée à l’Université Jean Mon-net à Saint Etienne (42), du 4 au 14avril. Plusieurs manifestations cultu-relles auront lieu, à savoir une exposi-tion d’affiches historiques sur laRévolution du 25 Avril qui sera ouvertependant toute l’édition au Kiosque dela Bibliothèque Universitaire.L’exposition retrace les différents mo-ments qui ont rendu possible la find’une longue souffrance et de longs ef-forts focalisés dans le maintien d’unempire colonial décadent.Le mercredi 12 avril il y aura la projec-

tion du film «Les Grandes Ondes (àl’ouest)» de Lionel Baier, une comédiequi nous raconte l’histoire de trois jour-nalistes suisses envoyés au Portugal enavril 1974 pour réaliser un reportage.Avec une approche de la politique, del’éthique du journalisme et de la révo-lution, ce film caractérise un pays «peudéveloppé, mas sympa», utilisant l’hu-mour.Suivi d’une rencontre avec l’écrivainMário Máximo sur la thématique duSalazarisme et de la Révolution desŒillets. Ecrivain portugais avec dix-neuf œuvres publiées de la poésie, duthéâtre, du conte, de la chronique etdu roman. Il présentera aussi ses ro-

mans: “O Infausto Quarteto” et “O he-terónimo de Camões”.Finalement, la musique y trouve aussisa place avec un spectacle animé parle groupe Senza qui est un projet mu-sical composé par Catarina Duarte etNuno Caldeira, né des chansonsécrites pendant leur voyage de 3 moisen Asie. Leur premier album, «Praia daIndependência», a été d’abord pré-senté au II Festival de la Lusophonie àGoa, en février 2016, et a reçu le titreDisco Antena 1.Senza fait connaître l’histoire, accom-pagnée de l’interprétation de chansonset de l’interaction avec le public. Lesmusiciens ont déjà présenté leurs mu-

siques en Inde, Chine, Allemagne, Bel-gique, Espagne et Portugal.Malgré les 43 années passées, leGroupe d’Etudes Portugaises de l’Uni-versité Jean Monnet et son lectorat del’Institut Camões tiennent chaqueannée à faire acte de souvenir auprèsdes plus jeunes. L’événement est orga-nisé par le Lectorat et le Grouped’Etudes Portugaises de l’UniversitéJean Monnet, l’Institut Camões, lesétudiants de LEA Anglais-Portugais, laBibliothèque Universitaire, Mission Viede l’Etablissement, entreprises etbanques, ILCP de Lyon, le ConsulatGénéral du Portugal, avec le partena-riat de LusoJornal.

Par Clara Teixeira

Viagem de autocarro para prestar homenagem aos Soldados do CEPA Associação Memória das Migraçõese a Amicale Culturelle de Viroflay estãoa organizar uma viagem de autocarrono próximo dia 22 de abril, para parti-cipar às Comemorações oficiais de ho-menagem aos soldados portuguesesque participaram na I Guerra mundial.A Batalha de La Lys teve lugar no dia9 de abril de 1918, mas este ano, ascomemorações oficiais vão ter lugar nodia 22 de abril no Cemitério MilitarPortuguês de Richebourg e junto aomonumento ao soldado português naaldeia de La Couture.Todos os anos, centenas de pessoasvão a Richebourg e a La Couture, nonorte da França, perto de Bethune,para prestar homenagem aos cerca de1.830 Soldados que aí estão sepulta-dos. Por enquanto ainda não se sabequem é o membro do Governo portu-guês que estará a representar Portugalnestas comemorações.

O autocarro tem partida marcada paraas 6h15 em frente da sede da AmicaleFranco-Portuguesa de Viroflay (73 ave-nue du Général Leclerc), mas tambémfaz uma paragem na rotunda da PorteMaillot, em frente da entrada do Palais

des Congrés de Paris. O regresso a Vi-roflay (78) está previsto para as21h00.O preço da viagem é de 60 euros e in-clui almoço.Para quem preferir ir de carro (prever

uma viagem de mais de 2 horas a par-tir de Paris), a associação L3C de LaCouture, organiza um almoço franco-português de convívio na Sala Poliva-lente de Richebourg. Mas o menu étipicamente alsaciano, com Potjvleesh(salada), Carbonade flamande com ce-noura e batata, Tarte caseira e Café, por15 euros por pessoa (7 euros para ascrianças).Aliás, nesta sala polivalente vai estarpatente ao público a exposição sobre aparticipação dos Portugueses na IGuerra Mundial, que esteve na semanapassada em Viroflay.

Reservas:Para a viagem de autocarro:Parcídio Peixoto06.86.16.16.80.Para o almoço:Anne Serniclay06.78.09.56.09

Jornalista e correspondente do Expresso

Le 29 mars 2017

LusoJornal / Carlos Pereira

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lusojornal.com

10 COMUNIDADE

Debate em Viroflay sobre a história da imigração portuguesa em FrançaTeve lugar em Viroflay (78), na SalaCamões, sede da Amicale CulturelleFranco-Portugaise Intercommunale,uma Mesa Redonda sobre “ImagemMemória da Emigração Portuguesaem França até hoje”, no quadro doprograma da Semana Cultural anualque aquela associação organiza e queeste ano se realiza à volta do Cente-nário da participação do Corpo Expe-dicionário Português (CEP) na IGuerra.Participaram no debate Carlos Pereira,Jornalista e Diretor do LusoJornal,Luísa Semedo, Coordenadora de Pro-jetos Sociais, Conselheira das Comu-nidades, Ex-Presidente da CCPF e daAGRAFr e Valdemar Francisco, em-presário, Membro do Conselho de Ad-ministração da Câmara de comércio eindústria franco-portuguesa (CCIFP) ePresidente da Associação Os Amigosdu Plateau, que ergueu um monu-mento em Champigny, ao antigoMaire daquela cidade que acolheumilhares de Portugueses no “maior bi-donville da Europa”.Valdemar Francisco falou das condi-ções em que chegou a França, nos

anos 60, e do percurso que teve emFrança, até hoje, quando transmiteaos filhos as empresas que entretantofoi criando.Luísa Semedo falou de uma outra ex-periência, a sua: o testemunho dequem chegou a França há poucotempo e da integração dos filhos na

escola francesa, com os preconceitosque ainda existem.O jornalista Carlos Pereira evocou pri-meiro uma outra vaga de emigraçãopara França: a dos Judeus portugue-ses que foram expulsos do país e quese instalaram numa primeira fase nazona de Bayonne e de Bordeaux, até

se espalharem pelo país. Falou doscontributo dos irmãos Pereire para odesenvolvimento da França.Depois das três intervenções, o pú-blico também testemunhou ou ques-tionou os três oradores. Outros atédiscordaram destes e deram argu-mentos baseados nas suas próprias

experiências pessoais.A noite foi presidida por HelenaNeves, Presidente da associação or-ganizadora e por Parcídio Peixoto,Presidente da Associação Memóriadas Migrações.João Pinharanda, Conselheiro Culturalna Embaixada de Portugal em Paristambém estava previsto neste debatemas não pôde participar por já ter as-sumido outros compromisos.No sábado passado, dia 25 de março,teve lugar, na mesma Sala Camões, aprojeção do film “La Bataille Insenséede la Somme”, e no domingo 26, aSemana Cultural terminou com umalmoço e uma tarde de Fado, com oespetáculo “Os Pregões de Lisboa”com dois fadistas de renome na praçaparisiense: Joaquim Campos e JenyferRainho.De referir que a Associação está a or-ganizar uma viagem de autocarro, nodia 22 de abril, às comemorações daBatalha de La Lys, que têm lugartodos os anos no Cemitério MilitarPortuguês de Richebourg e junto aoMonumento ao Soldado Português emLa Couture.

No quadro da Semana Cultural Portuguesa

Marly-le-Roi: Conférence de Manuel do Nascimentosur la participation du Portugal à la I GuerreUne Conférence de Manuel do Nasci-mento sur le Centenaire de l’entrée etde l’arrivée en France du CEP portu-gais, pour participer sur le front desFlandres aux côtés des Alliés, lors duconflit mondial de 1914-1918, a étéorganisée la semaine dernière à Marly-le-Roi, à l’invitation de Patrick Gautieret de Jean-Didier Clemençon, Prési-dent et vice-Président de Les Amis duJumelage et de la Municipalité deMarly-le-Roi, avec le Haut Patronagedu Consulat du Portugal à Paris. Lesvilles de Marly-le-Roi et de Viseu sontjumelées depuis 20 ans.À cette Conférence étaient présentsJoão Alvim, Consul-Général Adjointdu Portugal à Paris, StéphanieThieyre et Carlos Montes, Maires-Adjoints, Fernanda Martins da Silva,Conseillère municipale, mais aussile journaliste Artur Silva de RadioAlfa, Parcídio Peixoto, Président del’association Memória das Migra-ções et Félicia Assunção-Pailleux,fille du soldat portugais João de As-sunção.Lors de cette Conférence, il est rappeléen ouverture les raisons de la partici-pation du Portugal dans ce conflitmondial, les enjeux des Républicainsau pouvoir depuis 1910, de la Franceet de l’Angleterre. «Pour le Portugal,outre l’alliance avec l’Angleterre, lesraisons politiques de l’interventiondans cette guerre étaient de deux or-dres: La défense de l’Empire colonialmenacé par les Allemands et par leséventuelles ambitions britanniques enAfrique (Ultimatum anglais de 1890)et Consolider et légitimer la Républi-que Portugaise, encore fragile dans unpays très catholique et attaché à la mo-narchie» dit Manuel do Nascimento.Dès les premiers jours de la guerre, le

Portugal, fidèle à son alliance avecl’Angleterre, a pris position et offre sonconcours qu’elle refuse. L’Angleterresûre que la guerre n’allait durer quequelques mois, ne souhaitait pas l’in-tervention d’un partenaire qu’elle ju-geait «faible». Le Portugal se trouvedans une neutralité forcée à la de-mande de l’Angleterre. «Au début de1916, l’Angleterre, confrontée à desdifficultés de fret, sollicite le Portugalpour la réquisition de dizaines de na-vires marchands allemands mouillésdans les ports du continent et outre-mer. Le 23 février 1916, le Portugalréquisitionne plus de soixante-dix na-vires allemands. À la suite de cette ré-quisition, par le Portugal, de naviresallemands mouillés dans les ports por-tugais, et par l’envoi de contingentsportugais en Afrique contre l’armée al-lemande, où il y avait déjà des affron-tements au sud de l’Angola, la riposteallemande ne s’est pas faite attendre,

et le 9 mars 1916, elle déclare laguerre au Portugal» dit l’orateur.Le Ministre de la Guerre, Norton deMatos, en quelques mois réussit l’ex-ploit d’organiser le Corps Expédition-naire Portugais (CEP) de 30.000hommes «connu comme le miracle deTancos». Le 20 octobre 1916, le Pro-tocole de Boulogne conclut les pour-parlers franco-britanniques sur laquestion du CEP et assigne son ratta-chement à l’armée britannique. Dès le18 janvier 1917, le général portugaisTamagnini de Abreu est nommé com-mandant du CEP avec plus de 55.000hommes.Après le premier embarquement duCEP à Lisboa, le 26 janvier 1917, lesSoldats portugais arrivent en France auport de Brest, le 2 février 1917, avantd’arriver à Aire-sur-la-Lys, puis à Ro-quetoire (Château de la Morande), oùest basé l’État-major britannique.Le CEP est rattaché au 11ème corps

d’armée britannique du général SirHenry Horne. «Les hommes du CEPvont poursuivre des entraînementsplus spécifiques dans le contexte de laguerre, avant de les envoyer sur le fronten mars 1917. Dès la fin de 1917 etle début de l’année 1918, la zone deLa Lys, front des soldats du CEP, a étéle théâtre de grandes manœuvres mi-litaires allemandes surtout dans le sec-teur de Neuve-Chapelle. Le moral destroupes portugaises diminue au fur età mesure des attaques allemandes deplus en plus fréquentes. Les soldatsportugais restent trop longtemps dansles tranchées presque sans rotation»explique Manuel do Nascimento. «Lorsde la Bataille de La Lys (OpérationGeorgette du 9 avril 1918), la 2èmedivision portugaise commandée par legénéral portugais Gomes da Costa,avec approximativement 20.000 hom-mes perd plus de 10.000 hommes -tués, blessés, gazés ou prisonniers, en

résistant à l’attaque de quatre divisionsallemandes de 50.000 hommes, de laVIème Armée allemande commandéepar le général Von Quast».Après la Bataille de La Lys et du pointde vue militaire, à partir des forces por-tugaises restées valides du CEP dislo-qué, on forma trois Bataillonsd’infanterie qui, intégrés à l’Armée bri-tannique, allaient combattre sur lefront jusqu’à la signature de l’Armisticedu 11 novembre 1918.«Si la République Portugaise est affai-blie par ce conflit mondial, elle a réussiau moins sur trois points: consolider etlégitimer un pays républicain, être pré-sent aux négociations du traité de Ver-sailles et de maintenir l’Empirecolonial, avec la restitution au Portugaldes territoires occupés par l’Allemagnedepuis 1914».Manuel do Nascimento, avant de don-ner la parole à Félicia Assunção-Pail-leux - pour un témoignage sur sonpère, combattant dans la guerre 1914-1918 - termine la Conférence avecune citation du Député français AlfredNaquet au sujet de la participation duPortugal dans ce conflit 1914-1918.«Le Portugal est ‘Grand Pays’… l’effortportugais n’a pas encore été appréciécomme il le mérite. Par sa spontanéitéet l’esprit de sacrifice qui le caracté-rise, il est égal à celui des grandespuissances. En sortant de sa neutra-lité, le Portugal, en défendant lasienne, a donné au monde une desplus hautes leçons morales au mondeque l’Histoire n’ait jamais enregistrées.Et c’est là ce qu’il a eu, ce qu’il a deplus grand dans l’effort portugais» inL’Effort Portugais et l’Union Occiden-tale, 1918, par Magalhães Lima, an-cien Ministre, cité par Manuel doNascimento.

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EMPRESAS 11

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Paris acolheu a VI reunião anualdas Câmaras de comércio portuguesas

Foi em Paris que decorreu na semanapassada a VI reunião anual das Câma-ras de comércio portuguesas “para pôro ‘made in Portugal’ em destaque”, co-meçou por referir Carlos Vinhas Pe-reira, Presidente da Câmara decomércio e indústria franco-portuguesa(CCIFP).Segundo o responsável, o encontropermitiu trocar experiências, oportuni-dades de negócio e fazer um balançodo trabalho feito pelas diferentes câ-maras de comércio portuguesas quemarcaram presença na reunião.21 das 44 Câmaras portuguesas espa-lhadas pelo mundo marcaram pre-sença nesta edição que ocorreu pelaprimeira vez na capital francesa, oriun-das da Alemanha, Brasil (Ceará, Pa-raná, São Paulo, Bahia, Minas Geraise Pará), China, Colombia, Dubai, Esta-dos Unidos, França, Luxemburgo, Mar-rocos, Moçambique, Noruega, Polónia,Reino Unido, República Dominicana,Roménia e Suíça.O evento arrancou na quinta-feira naSorbonne, em Paris, e foi liderado porBruno Bobone, Presidente da Câmarade comércio (CCIP). “O papel da rededas Câmaras de Comércio portuguesasem 2016” e “Exemplos de projetoslançados pelas CC Portuguesas em

2016” foram os temas de debate,assim como outros pontos de interessepara a rede, como “O potencial da lu-sofonia e dos negócios em português”que contou com a presença de PauloPortas, Vice-Presidente da Câmara decomércio e indústria portuguesa.Ao longo do dia foi feita a planificaçãoestratégica para 2017 assim como obalanço do apoio facultado pelas CCIPàs empresas. Foram entregues aliásdois prémios: Câmara de comércio por-

tuguesa do Ano 2016, entrégue à CCde São Paulo e Câmara de ComércioRevelação 2016, entregue ao Portu-guese Business Council Dubai.Também Miguel Horta e Costa, mem-bro da Direção, interveio assim como oMinistro da Economia, Manuel Cal-deira Cabral, no jantar de quinta-feirano prestigioso hotel Westin Paris-Ven-dôme. Na sexta-feira o programa co-meçou com uma visita à OCDE, ondeforam recebidos pelo Secretário Geral

adjunto, Douglas Frantz, antes de se-guirem para o almoço de encerramentodurante o qual foi assinado o Protocoloentre a CCIFP e a Câmara Brasil-Por-tugal no Ceará.“O objetivo é procurar mais investi-mento direto em Portugal e incentivaras exportações portuguesas para todoo mundo onde as Câmaras estão pre-sentes. É pôr o ‘made in Portugal’ emdestaque em cada um dos países ondeestamos e ver o que podemos fazer

para desenvolver mais” a produção na-cional, descreveu Carlos Vinhas Pe-reira. O Presidente da CCIFP explicouainda que as Câmaras de comércio es-palhadas nos locais da diáspora portu-guesa podem constituir uma signi-ficativa fonte de investimento em Por-tugal numa altura em que o país “pre-cisa de investimento direto”.“É muito mais fácil convencer os nos-sos empresários espalhados pelomundo a investir em Portugal do queconvencer, por exemplo, um francês.Não há a barreira da língua e há umavontade de investir muito mais impor-tante do que uma empresa portuguesaem Portugal. Como os emigrantes saí-ram do país, querem investir na terrade onde são oriundos”, concluiu.Várias personalidades participaram noevento: como por exemplo o Embaixa-dor de Portugal em Paris, José FilipeMoraes Cabral, o Cônsul de Portugalem Paris, António Moniz, assim comoo representante da AICEP, Rui Almas.O encontro é uma iniciativa da CCIP,organizado em conjunto com a Câmarade comércio e indústria franco-portu-guesa.Mantendo a tradicional rotatividade decidade anfitriã da reunião, Paris foi acidade escolhida depois do Rio de Ja-neiro, Nova Iorque e de 3 reuniões emLisboa.

Por Clara Teixeira

Com a presença do Ministro Manuel Caldeira Cabral

Le 29 mars 2017

Santander Totta instalou Quiosques eletrónicos nos Escritórios de Representação de Paris e de LyonO Escritório de representação dobanco Santander Totta em Paris,passa a ter, desde terça-feira desta se-mana, um novo quiosque eletrónicopara que os seus clientes possam teracesso às operações bancárias quepoderiam efetuar se estivessem emPortugal. “Na prática o cliente vindoaqui ao escritório, pode fazer todas asoperações financeiras. Mete o seunome e a sua password e aparece oseu banco em casa. Mesmo se podefazê-lo em casa, muitos emigrantesnão têm essa possibilidade de o fazer.Aqui, o nosso colaborar pode dar todoo apoio, ajudar nos primeiros passos,para que o cliente, depois, continueem casa. Este Quiosque será de umaajuda relevante” disse ao LusoJornalPedro Fialho, novo Diretor-coordena-dor internacional do banco. “Os clien-tes receberam essa novidade commuito entusiasmo”. Um Quiosqueidêntico já tinha entrado em funcio-namento no Escritório de representa-ção do banco, em Lyon.Pedro Fialho substitui António Car-neiro e passa a ser o novo Diretor-coor-denador para a área internacional doSantander Totta, reportando direta-mente ao Administrador com o pelourointernacional. A área internacional doSantander Totta tem uma equipa de70 pessoas em 14 países, com 14 Es-critórios de representação - dois dosquais em França - e uma Sucursal se-diada em Londres. Esta é a primeira

vez que se deslocou a França no qua-dro das novas funções.“Desde que assumi esta responsabi-lidade tenho viajado pelo mundo forae ainda na semana passada estive noCanadá, já estive na Alemanha, naSuíça e por enquanto estou a fazeruma avaliação em França” disse aoLusoJornal. Em cima da mesa estãoduas hipóteses: “continuamos com oEscritório de representação ou avan-çar para a criação de uma Sucursal”.A criação de uma Sucursal podemesmo ser a hipótese mais provável“já que temos um universo de clientesque já trabalha connosco muito rele-vantes, que são cerca de 18.000clientes, na sua grande maioria Por-

tugueses, que vieram trabalhar paraFrança nas últimas décadas e real-mente consideramos que queremoscontinuar a ser uma banca de proxi-midade e uma banca de acompanha-mento, para que os clientes se sintambem servidos”. O Escritório de repre-sentação serve “apenas” de “ponte”com os cerca de 630 balcões em Por-tugal.Pedro Fialho diz que “enquanto quea banca portuguesa na sua generali-dade desde 2007, quando começoua crise financeira, esteve a passar poruma grande crise de resultados, comano após ano a apresentar resultadosnegativos, a exceção foi do Santanderque em nenhum trimestre apresentou

resultados negativos, nem em Portu-gal, nem ao nível global onde nos en-contramos. E portanto não só osnossos resultados foram positivos aolongo desta década, como consegui-mos consolidar a nossa posição de ca-pitais, consolidar a nossa posição deliquidez, e estamos numa estratégiade crescimento e a aumentar a basede clientes com maior qualidade deserviço. O nosso objetivo é aumentarnegócio, dar crédito, portanto é umaestratégia de crescimento e de refor-çar o nosso mercado”.O novo Diretor sabe que este mercadoestá em mutação. “Na prática, a se-gunda geração ainda tem algum graude vinculação ao país e aos nossos va-

lores, mas a terceira começa clara-mente a distanciar-se muito mais”.Por isso, o Santander Totta quer “ade-quar-se à nova realidade que estamosa enfrentar. Temos todo um conjuntode desafios relevantes que tem ahaver com canais digitais e nesseprisma estamos a analisar o que é quepodemos fazer relativamente aos emi-grantes, quais as ferramentas que per-mitam a nova geração ter alguminteresse e algum vínculo com o paísde origem”.Os bancos são os canais de envio dasremessas dos emigrantes para Portu-gal. Segundo dados divulgados siste-maticamente pelo Banco de Portugal,as remessas continuam com ligeiroaumento e os Portugueses de Françasão aqueles que enviam mais dinheiropara Portugal. “Algumas partes dasremessas são utilizadas pelos clientespara pagar os serviços que utilizamem Portugal, normalmente têm láuma casa e depois têm de pagar aágua, o gás ou ainda a eletricidade.Parte das remessas também são utili-zadas para comprar uma casa, paraeles, para os filhos ou para os netos.Uma terceira componente é para apoupança. Os nossos emigrantesmantêm uma cultura da poupança, oque infelizmente muitos em Portugalperderam essa forma de estar e depensar, mas as pessoas que partiramtrabalhar lá fora têm essa cultura dapoupança, que eu considero muito re-levante” disse Pedro Fialho ao Luso-Jornal.

Por Carlos Pereira

Banco estuda possibilidade de abertura de uma sucursal em França

CCIFP - CCIP / Jorge Marques

Pedro Fialho com Luís Rocha do Santander Totta de ParisLusoJornal / Carlos Pereira

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Cada vez maisFrancesescompram casaem PortugalUma em cada cinco pessoas que pro-curam casa em Portugal está no es-trangeiro, revelou na semana pasadaa plataforma imobiliária Idealista, refe-rindo que França, Brasil, Espanha,Suíça e Reino Unido são os paísescom mais interesse pelo mercadoimobiliário português.“Cerca de 20%” do tráfego no mer-cado imobiliário em Portugal “já temorigem no estrangeiro”, apurou o es-tudo da plataforma Idealista. Em pri-meiro lugar do ranking está a França(17,5%), seguindo-se Brasil (16,6%),Espanha (13,5%), Suíça (11,1%),Reino Unido (9,9%), Itália (7,2%),Alemanha (6,4%), Estados Unidos daAmérica (4,7%) e Angola (3,2%).“Tudo isto deixa claro que Portugalestá entre os melhores destinos mun-diais para o investimento imobiliário”,afirmou, em comunicado, a plata-forma Idealista, considerando que o“elevado interesse” de estrangeiros sedeve ao baixo preço da habitação emPortugal e à atratividade das cidadesde Lisboa e Porto como destino turís-tico.

Chris Marquesquer “abrir” osJogos Olímpicos

O membro do Júri do concurso“Danse avec les Stars” da televisãofrancesa, Chris Marques, de origemportuguesa, quer organizar a cerimó-nia de abertura dos Jogos Olímpicosde Paris, em 2024, se a França vier aganhar este evento mundial.Natural de Colmar, Chris Marquestambém é o Diretor Artístico de“Danse avec les Stars”, para além deser Campeão de salsa, coreógrafo eencenador. Numa entrevista à estaçãode rádio RTL disse claramente quegostava de ser o Diretor artístico da ce-rimónia dos Jogos Olímpicos de 2024,se o evento tiver lugar em Paris. “Fareia melhor cerimónia de abertura a nívelmundial” promete Chris Marques.“Porque esse vai ser um verdadeiromomento de união e de comunhãoincível”. Aliás, Chris Marques diz serum fã incondicional das cerimóniasde abertura dos JO e confessamesmo estar em lágrimas diante decada cerimónia. “É a única coisa queme faz instantâneamente chorar” dizaos jornalistas.Para já, Paris tem de ser a cidade es-colhida pelo Comité Olímpico e depoislogo se verá. Em 1992, o Diretor artís-tico da cerimónia de abertura dosJogos Olímpicos de Inverno, em Al-berville, foi... Philippe Decouflé.

12 EMPRESAS

Chef Pedro Lemos promove produtos doRibatejo em Paris

Foi no âmbito do showcooking “Ali-ments du Portugal - Tradition et Inno-vation” que a Agrocluster Ribatejoconvidou o Chef de cozinha portuguêsPedro Lemos (Estrela Michelin) paravir promover os produtos portuguesesa França, na quinta feira passada.Durante a hora do almoço PedroLemos regalou uma dúzia de presen-tes com os seus pratos refinados e du-rante a tarde a Agrocluster Ribatejoocupou os espaços do Consulado dePortugal em Paris para continuar asua promoção e pôr em contacto osdiversos empresários.Foi na escola de cozinha “L’Evene-ment Gourmet” em Paris XII quePedro Lemos arregaçou as mangaspara cozinhar, procedendo a uma pe-quena aula de cozinha com produtosde excelência. O “savoir faire” do Chefportuguês impressionou e sobretudodeleitou o paladar dos participantes.A começar pela Terrina de Cabeça deXara (paté) enfeitada com gambas,sobre um caldo de marisco com chou-riço e vinho branco. A seguir veio a de-gustação das cabeças, línguas elombo de bacalhau, juntamente comsalsa, pimentos assados e o todo pol-vilhado com broa de milho frita emazeite. “Estes são produtos de exce-lência que refletem perfeitamente aqualidade da nossa cozinha”, ia expli-cando Pedro Lemos, que referiu aindaque aqueles produtos podiam ser uti-lizados na gastronomia francesa.Também as bochechas de porco pretoe o lombo de porco seduziram, acom-panhados por um puré de cherovia,legumes variados e cogumelos comtomilho. “São parecidos com os cogu-melos de Paris e que permitem fazersobressair os sabores do campo,dando ao mesmo tempo um toque demato seco. O Chef sublinhou ainda

que são precisas horas para cozinharaquele prato. “Geralmente deixo noforno a baixa temperatura durante anoite e pego nele depois no dia se-guinte. Aqui obviamente já saiu doforno e como estamos em França, voucozinhá-lo à francesa. Enquanto queem Portugal já preferimos a carne deporco mais ao ponto”.O showcooking terminou com uma so-bremesa especial típica portuguesamas numa versão reatualizada: umarroz doce carolino com gelado decoco, sem esquecer um toque de bau-nilha e de fava tonca. “Puramente di-vinal”, “deleitável”, “o melhor arrozdoce que já comi”, foram alguns doscomentários feitos à medida que iamprovando.No final da demonstração, PedroLemos defendeu que a gastronomiaportuguesa pode ser comparada comas melhores do mundo. “Tentamoslutar para conseguirmos e o país já

propõe muitas condições. Obtive aminha Estrela em 2014, hoje soumundialmente reconhecido com omeu restaurante no Porto e não pre-ciso sair do país”.O evento continuou durante a parte detarde do outro lado de Paris, no Con-sulado de Portugal, onde a Agroclusterexpôs diversos produtos agroalimen-tares portugueses para divulgar acompradores, distribuídores e impor-tadores de produtos alimentares aoperar no mercado francês. “Parale-lamente foi também realizada umamontra sobre inovação, que deu enfo-que a produtos inovadores das empre-sas associadas.Esta ação foi especialmente direcio-nada ao público profissional e foi umaoportunidade dos empresários portu-gueses contarem diretamente com oscanais de distribuição franceses.Paulo Marques da Direção da Agro-cluster Ribatejo, representou a marca

Sumol-Compal, cuja uma das princi-pais fábricas está em Almeirim. “Coma ação desta manhã estivemos aexemplificar como é que as matérias-primas portuguesas podem ser utili-zadas numa forma que resulta deforma brilhante com as mãos dePedro Lemos. Enquanto que aqui noConsulado temos outros tipos de pro-dutos em destaque, de forma a pôrem contacto empresas portuguesascom potenciais clientes aqui na regiãode Paris”.Também a Técnica profissional daAgrocluster, Cláudia Rodrigues expli-cou que esta era a segunda ação dedivulgação da Agrocluster em Paris ecuja primeira também foi enaltecidapor um Chefe cozinheiro com estrelaMichelin. “Trazemos uma amostra deprodutos desde os vinhos, as carnes,enchidos e diferentes tipos de azeitesgourmet. Temos também vários tiposde arroz biológicos, ou ainda as bebi-das como a Sumol-Compal”.Os produtos em destaque foram apêra rocha, maçã, purés de fruta,azeite, vinho, vinagres, molhos, sumosde fruta, compotas, marmeladas, mel,arroz, queijos, enchidos e frutossecos.Os Técnicos do Agrocluster elabora-ram um relatório sobre os potenciaiscompradores, sobre agendamento eorganização de reuniões com poten-ciais compradores, sobre entidades lo-cais a contactar e sobre o transportecorreto de produtos para a mostra.Este evento foi realizado no âmbito doProjeto Promotejo, que tem o objetivode reforçar a competitividade das pe-quenas e médias empresas no domí-nio da internacionalização. É umprojeto promovido pelo Agroclusterem parceria com a Nersant e é finan-ciado pelo Portugal 2020, no âmbitodo Programa Operacional Regional doAlentejo.

Showcooking «Aliments du Portugal - Tradition et innovation»

Por Clara Teixeira

“Coeur portugais”: Loja de produtos portugueses em Pierre-Benite

Em Pierre-Benite (69), nos arredoresde Lyon, no coração da cidade, muitoperto da Mairie, na rua comercialRoger Salengro, está uma loja portu-guesa chamada “Coeur Portugais”.Pouco a pouco a loja vai conquistandomais clientes e festeja agora o seu pri-meiro aniversário.Num espaço de cem metros quadradosestá um espaço de mercearia e de pro-dutos “gourmet” portugueses, umacave de vinhos e espirituosos, e tam-bém um espaço de roupa de bebéMaiorista, e as confeções têxteis Lar dePortugal.“Eu e o meu marido vivíamos e traba-lhávamos em Portugal, na cidade deBraga, mas eu tinha os meus pais aquiem Lyon e então decidimos mudarpara cá, e de nos estabelecermos numcomércio”, conta ao LusoJornal LurdesMagalhães. “Eu trabalhava no grupoDeborla e o meu marido Rui num su-permercado. Mas como dizia, tivemos

esta ambição e a vontade de mudança,e já festejamos o primeiro aniversário.Está tudo a correr muito bem a níveldo negócio, como também a nível danossa estadia e vida relacional. Estoucontentíssima de estar perto da famí-

lia, dos meus pais e as saudades dePortugal não são muitas. Está tudo acorrer bem”.Lurdes Magalhães conta também que“aqui na loja tentamos propor os pro-dutos portugueses mais genuínos e va-

riados e o saldo é positivo pois por aquitemos uma clientela muito numerosae fiel.P ara um comerciante deste ramonão se pode esperar melhor” concluiuao LusoJornal.A Comunidade portuguesa está muitopresente em Pierre-Benite, a sul deLyon, com vários comércios, restauran-tes bares e mercearias portuguesas,que se instalaram há já vários anos.Estes comércios são também pontosde encontro para quem quer matarsaudades, até porque aí se encontramos produtos e os ambientes do nossoPortugal.Na loja “Coeur Português”, a Comuni-dade é acolhida por Rui e Lurdes Ma-galhães, das 9h30 às 12h00 e das15h00 e as 19h00 durante a semana.Ao domingo, o estabelecimento abredas 9h30 às 13h30.

“Coeur Portugais”71 rue Roger Salengro69310 Pierre-BenitteInfos: 04.26.65.45.09

Por Jorge Campos

LusoJornal / Clara Teixeira

LusoJornal / Jorge Campos

Le 29 mars 2017

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14 CULTURA

Livro “O Povo Que Ainda Canta” vai ser apresentado no Portologia

O realizador Tiago Pereira vai apresen-tar o livro “O Povo que Ainda Canta”no espaço Portologia, em Paris, a 01e 02 de abril, cerca de dois mesesdepois de ter filmado, nas ruas da ca-pital francesa, um grupo parisiensede cante alentejano.O fundador do projeto “A Música Por-tuguesa a Gostar Dela Própria”, quedesde 2011 se tem dedicado à reco-lha e gravação de música popular etradicional portuguesa, teve a ideia deapresentar o livro em França, depoisde ter andado a filmar “Os Cantado-res de Paris”, um grupo de jovens dediversas nacionalidades, a maiorparte dos quais não fala a língua por-tuguesa, mas que consegue cantarcante alentejano.No lançamento do livro, a 01 de abril,às 19h00, e a 02 de abril, às 16h00,“Os Cantadores de Paris” vão atuar eo espetáculo também vai ser filmadopara o documentário que Tiago Pe-reira está a fazer sobre eles, juntando-se às imagens dos jovens a entoarcante alentejano em locais comoMontmartre, Torre Eiffel, CemitérioPère Lachaise e o metro parisiense.Em conversa com a Lusa, o realizadorexplicou que os vídeos do projeto “AMúsica Portuguesa a Gostar dela Pró-pria” foram muito vistos pelos emi-grantes desde o início, e que o livropode tocar ainda mais os Portuguesesque vivem fora, porque “mostra umamúsica que a maior parte das pessoasjá não se lembra, mas que está pre-sente na sua vida”.“Aqui em Paris existe mesmo estanecessidade de ter o contacto com o

país e isto é uma forma de contacto,mas é um contacto mais desconhe-cido. É um contacto de um rural quejá quase não existe, mas de que aindahá memória, e destas cantilenas, dasraízes que muitas destas pessoas têmdos seus avós e dos seus país”, des-creveu.O livro, editado pela Tradisom, tem92 páginas elaboradas como um diá-rio de bordo das gravações, ilustradaspor cerca de 300 fotografias, uma en-trevista com o realizador e oito dvd’sque contêm 26 episódios da série do-cumental “O Povo Que Ainda Canta”,que Tiago Pereira produziu para aRTP2 em 2015, mais um conjuntode vídeos editados após o final dasérie e chamados “VideocancioneiroI e II”.O realizador disse que o livro é “uma

espécie de diário de bordo” do tempoem que ele e a sua equipa viajarampelo país para filmar gente anónimaque preserva a música pela transmis-são oral, sejam tocadores, cantadores,amadores, profissionais ou construto-res de instrumentos.O livro, que foi lançado em Lisboa a21 de janeiro, no sexto aniversário doprojeto “Música Portuguesa a GostarDela Própria”, vai estar à venda na Li-brairie Portugaise et Brésilienne deParis.O título da obra remete para o “PovoQue Canta”, um programa televisivode recolha antológica de música po-pular portuguesa da RTP, de 1971,nascido de uma parceria entre o rea-lizador Alfredo Tropa, o musicólogoMichel Giacometti e o compositorFernando Lopes-Graça.

A “Música Portuguesa a Gostar DelaPrópria” começou por ser um canal naplataforma Vimeo, em 2011, e seisanos depois é uma associação culturalque tem um portal ‘online’, com cercade 2.600 vídeos, nos quais se podemver músicas que vão de Sérgio Godi-nho ao Grupo de Cantares de Sobraldo Pinho.A apresentação do livro “O Povo queAinda Canta”, no espaço Portologia,em Paris, também vai ter uma apre-sentaçao do projeto “A Música Portu-guesa A Gostar Dela Própria” e um‘set’ de DJ da Senhora dos Passos so com musicas do arquivo da associa-ção.Tiago Pereira também criou e está adesenvolver os projetos “A músicaibérica a gostar dela própria”, “A Co-mida Portuguesa a Gostar Dela Pró-pria” e “A Dança Portuguesa a GostarDela Própria”, tendo um programasemanal na Antena 1 intitulado tam-bém “O Povo Que Ainda Canta”.Vencedor do prémio Megafone e fun-dador do projeto Sampladélicos, orealizador assinou filmes como “Por-que não sou o Giacometti do séculoXXI” (2015), “Não me importavamorrer se houvesse guitarras no céu”(2012), “Sinfonia Imaterial” (2011),“Arritmia” (2007) e “11 burros caemno estômago vazio” (2006).Em 2013 foi o curador do álbum derecolhas “Deem-me duas velhinhas,eu dou-vos o universo”.

Sábado, 1 de abril, 19h00Domingo 2 de abril, 16h30Portologia42 rue Chapon75003 Paris

Em Paris

Por Carina Branco, Lusa

«Le Portugal, de Terre et d’Océan» vidéo etlivre présentés par Marie-Dominique Massol

Du 21 au 24 mars, Patrick Borbon,correspondant de Connaissance duMonde dans les Pyrénées Atlantiquesa tenu à présenter Marie-DominiqueMassol dans diverses salles de cinémaà Pau, Bayonne, Anglet et St Jean deLuz.Lors de la projection de son DVD «LePortugal, de Terre et d’Océan», réaliséen 2015, Marie-Dominique Massol,grande voyageuse, conférencière, vi-déaste, photographe et rédactrice deses propres aventures, a capté l’atten-tion du public tant par ses mots queses images.Public - à sa grande surprise lors desses déplacements à travers la France -qui s’est avéré peu lusophone, maisplutôt français, amoureux du pays ouen attente de le découvrir.Projection en deux parties étalées sur2 heures, avec un intermède d’unequinzaine de minutes afin de poserdes questions, acquérir son livre rédigéen collaboration avec André Alcade ouse procurer le DVD qu’elle a réalisé etmonté elle-même.Invitée comme témoin au mariage

d’un ami qui épousait une Portugaiseà Paris, Marie-Dominique Massol quiconnaît bien le Moyen Orient et unepartie de l’Afrique orientale, s’est lan-cée à traverser les Pyrénées pour dé-couvrir tout au bout de l’Europe, lePortugal.Voyages effectués sur 2 ans, en 6-7séjours: de l’Algarve au Minho, en lon-

geant la mer, comme en parcourantl’intérieur rural et montagnard du pays.Pour m’être souvent rendue au Portu-gal, les sujets et visites abordés sur leDVD s’avèrent, à mon avis, assez com-plets, variés, riches en informationsaccessible à tout public. Prises devues au rythme agréable. Photogra-phies architecturales nombreuses,

bien cadrées, lumineuses et éduca-tives. Même pour quiconque connais-sant assez bien le Portugal: l’on peutencore découvrir des aspects qui au-raient pu échapper.Selon les dires de Marie-DominiqueMassol: «seule, la ville de Coimbran’est pas présentée: faute de pouvoirphotographier et filmer». Les interdic-tions, peut-être pour des raisons deconservation et de protection de patri-moine, ont la vie dure.Les préoccupations sociales, écono-miques et sensibles que connaissentla jeunesse et les retraités portugaisdepuis quelques années sont abordéesavec pudeur mais aussi clarté et fran-chise. Tous les espoirs sont permis.Mais la volonté de rester au pays sem-ble plus forte que de partir. Et ce, mal-gré les incitations gouvernementalesportugaises. Surtout pour celles etceux qui sont déjà partis puis revenusau pays. La qualité de vie, le climat, larichesse culturelle, la gentillesse et dé-licatesse de ses habitants ainsi que lasécurité que l’on ressent au Portugal ysont pour beaucoup. Et pas seulementpour les touristes ou ceux souhaitantbénéficier d’avantages fiscaux.

Dans les Pyrénées Atlantiques

Par Gracianne Bancon

«Capitou, mémoires posthumes»,de DomícioProença Filho

«Ce n’est que maintenant, quand untemps humain si long s’est déjàécoulé, que je peux enfin contester lesaccusations portées contre moi parmon ex-mari, Me Bento Santiago. Et jele fais parce que, dans ces contrées oùje demeure désormais, j’ai appris,grâce à mon frère Brás Cubas, l’art durécit d’outre-tombe». C’est par cettesorte d’avant-propos du personnage-narrateur, Capitou, que commence leroman «Capitou, mémoires pos-thumes», de Domício Proença Filho,publié ce mois-ci aux éditions Envo-lume, avec une traduction d’Anne-Marie Quint et une postface de SauloNeiva.L’auteur de ce livre a découvert l’his-toire de Bento Santiago et Capitouquand il avait 15 ans, en lisant «DomCasmurro», l’un des principaux ro-mans de Joaquim Maria Machado deAssis (1839-1908), dans lequel Capi-tou est accusée de dissimulation etd’adultère par son mari, sans le moin-dre droit de se défendre. «Mais - af-firme Domício Proença Filho dans lepréambule intitulé ‘Data Venia’ - lorsd’un énième retour au roman ‘DomCasmurro’, j’ai été frappé d’une illumi-nation: pourquoi ne pas donner sapleine voix à cette femme, brésiliennedu XIXe siècle qui, en dépit de toutesles ruses et du machiavélisme de soncompagnon, est devenue l’une desplus fascinantes créatures du génieque fut Machado de Assis?» Résultat:cet étonnant récit d’outre-tombe où,comme le personnage Brás Cubasdans un autre roman de Machado deAssis («Mémoires posthumes de BrásCubas»), Capitou, «la femme aux yeuxde ressac, assume son discours et savérité». Enfin, dans sa «Note de la tra-ductrice», Anne-Marie Quint conseillele lecteur, s’il veut apprécier à fond letexte de Domício Proença Filho, de lireauparavant «Dom Casmurro».Né à Rio de Janeiro en 1936, DomícioProença Filho a publié une soixantained’ouvrages de fiction, de poésie etd’essais. Professeur émérite de littéra-ture de l’Université Fédérale de l’Étatde Rio de Janeiro, il est également l’ac-tuel président de l’Académie Brési-lienne des Lettres.

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

Marie-Dominique Massol avec Patrick BorbonLusoJornal / Gracianne Bancon

Le 29 mars 2017

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CULTURA 15

Entretien avec l’écrivain brésilien Domício Proença Filho

Le 20 mars dernier, avait lieu à l’Am-bassade du Brésil à Paris une tableronde intitulée «Machado de Assis:nouvelles voix, autres horizons», enprésence de Domício Proença Filho,Président de l’Académie Brésiliennedes Lettres, d’Anne-Marie Quint, pro-fesseur émérite à l’Université Sor-bonne Nouvelle, Izabella Borges,traductrice et directrice de la collec-tion «Brésil» aux éditions Envolume etSaulo Neiva, professeur à l’UniversitéClermont-Auvergne.Le programme de cette rencontre pré-voyait notamment la présentation duroman «Capitou, mémoires pos-thumes» (éd. Envolume, traductiond’Anne-Marie Quint), de DomícioProença Filho, dans lequel l’auteurpermet enfin à Capitou, personnagemythique de Machado de Assis, de ré-pondre au réquisitoire accablant deson mari. Cette table ronde autour del’œuvre de Machado de Assis (1839-1908), a été possible notammentgrâce au travail mené par le profes-seur Saulo Neiva qui depuis quelquesannées fait vivre un réel partenariatentre l’Université de Clermont-Au-vergne et l’Académie Brésilienne desLettres, en collaboration avec l’Am-bassade du Brésil.

En couverture du bulletin «Brésil cul-ture», la question est posée: «Ma-chado de Assis: pourquoi faut-il lelire?». Comment répondriez-vous àcette question? Et par quel livre com-mencer?Il faut lire Machado de Assis parceque son œuvre dépasse la barrière dutemps. Il est l’un des premiers auteursbrésiliens qui à travers son œuvre acherché avant tout à réfléchir sur lesquestions communes à tous les êtreshumains, sur ce qui nous caractérise

en tant qu’individus et que la rouilledu temps n’a pas réussi à effacer: lavie, la mort, l’amour, la jalousie ou lacupidité. En somme, tous ces élé-ments qui rapprochent les êtres hu-mains de tous les temps et de tous leslieux. Pour un lecteur qui souhaiteraitle découvrir, je recommanderais lalecture de deux livres. Tout d’abord«Mémoires posthumes de BrásCubas», car dans ce roman le prota-goniste est un défunt-auteur qui dé-cide de raconter sa mort et deréfléchir sur celle-ci. Ainsi, étant en-tièrement affranchi de tout préjugé,il peut se livrer à toute critique so-ciale ou à toute réflexion philoso-phique comme bon lui semble. Lavision de Brás Cubas est nihiliste,comme on peut le voir dans cettephrase extraite du dernier chapitredu livre: «Je mourus sans laisserd’enfants, je n’ai transmis à aucunêtre vivant l’héritage de notre mi-sère». Seuls l’humour et l’ironie deMachado de Assis viennent compen-ser cette mélancolie et cette visionchaotique propre se son époque, maisqui existent encore aujourd’hui. L’au-tre livre à lire serait «Dom Casmurro»,une histoire d’amour au sein de laclasse moyenne de Rio de Janeiro,mais qui va bien au-delà de la simplefable romanesque, car dans ce romanil y a une multiplicité de thèmes. Aucœur du roman, un mari s’acharne, demanière douteuse, à démontrer quesa femme, Capitou, l’a trahi et l’ac-cuse d’adultère. Cependant, à aucunmoment Capitou accepte cette accu-sation. Ce livre est aussi une analyseprofonde de la jalousie. En faisantappel à sa mémoire, Bento Santiago,le mari accusateur, tente en vain desavoir à quel moment il a échoué danssa vie et pourquoi il n’a pas pu êtreheureux.

D’où vient votre intérêt et votre admi-ration pour ce personnage Capitou?Je lis Machado de Assis depuis l’âgede 15 ans, j’aime passionnément seslivres. La première fois que j’ai lu«Dom Casmurro», j’ai été très attirépar Capitou, par son côté énigmatiqueet mystérieux, mais en même tempsj’ai été très contrarié par le narrateurqui parlait à sa place. Alors, du hautde mes 15 ans, je me suis dit qu’unjour on devra donner la parole à cettefemme, car ce qui lui arrivait était in-juste. Et c’est à l’occasion du cente-naire de la publication de ce roman,quand une maison d’édition m’a de-mandé de faire une présentation dulivre, que j’ai eu l’idée de donner la

parole à Capitou, pour qu’elle puissese défendre. J’avoue qu’il a été trèsdifficile pour moi de parler à la placed’un personnage féminin…

De quelle manière peut-on affirmerque Machado de Assis a révolutionnéla littérature brésilienne au XIXe siè-cle?Machado de Assis a anticipé touteune série de questions que le romanmoderne a soulevées plus tard. Parexemple, il fait appel au personnage-narrateur qui se présente au lecteur àla fois comme protagoniste et auteurdu récit. Cela n’était pas courant auBrésil. Par ailleurs, il privilégie la ré-flexion, plus importante que la narra-

tion elle-même. Le roman de Machadode Assis n’est pas un miroir du Brésilde son époque ; il cherche plutôt àcréer des situations exceptionnelles quidébouchent sur une profonde réflexionsur l’existence humaine. Mais il le faitdans un contexte brésilien, à la fin del’empire colonial. On peut dire quedans le roman de Machado de Assis,nous avons trois espaces importants:la maison, la rue et la ville. Machadode Assis les caractérise, tout en nousproposant une réflexion sur le sens dela vie. Ainsi, son roman finit par deve-nir un roman d’idées, bien au goût dulecteur français…

Une question posée plutôt au Prési-dent de l’Académie Brésilienne desLettres: quel bilan faites-vous de l’ac-cord orthographique entre les paysd’expression portugaise? Au Portugal,par exemple, l’opposition à cet accordpersiste.Tout d’abord, cet accord tient lieu deloi. Mais un accord comme celui-làn’est jamais destiné à la générationqui l’élabore, car elle est largementinfluencée par un type de représen-tation graphique des phonèmes. Enréalité, cet accord ne concerne pasla structure de la langue portugaise,il ne vise que l’habillage des mots.Un accord orthographique est unprocessus toujours en construction,qui nécessite d’être corrigé fré-quemment si on veut parvenir à unecertaine unité d’une langue parléepar plus de 260 millions de per-sonnes. L’opposition de nombreuxintellectuels portugais à cet accordest due notamment au fait qu’il va-lorise le critère phonétique, sanstoutefois écarter le critère étymolo-gique, c’est-à-dire l’histoire de lalangue, que traditionnellement lesaccords concernant la langue portu-gaise privilégiaient.

Président de l’Académie Brésilienne des Lettres

Par Dominique Stoenesco

Le 29 mars 2017

Hommage du pianiste Bruno Belthoise à Manoel de Oliveira

Bruno Belthoise a rendu un hommagemusical à Manoel de Oliveira di-manche dernier, le 26 mars, à la Mai-son du Portugal André Gouveia, à laCité Universitaire de Paris, devant unpublic enthousiasmé et passionné,laissant un gout de «pas assez».Deux ans après la disparition du ci-néaste, le programme de ce récitalconçu par le pianiste, l’évoque sous unangle historique et très symbolique. Ar-tiste souverain, dont les racines sontprofondément portugaises, Manoel deOliveira a vécu de 1908 à 2015 et atraversé de nombreux courants esthé-tiques. Le choix des compositeurs pource récital illustre bien les langages du20ème siècle et donne une place touteà fait particulière à la musique clas-sique des années 1920/30, mais éga-lement à des œuvres de Debussy ouPoulenc, qui rappellent là le lien privi-légié que le cinéaste entretenait avecla France.Au centre du programme de ce récital,Bruno Belthoise a choisi d’accompa-gner la projection de son premier filmtourné en 1931 «Douro a Faina Flu-vial».

Le pianiste crée un monde invisible etindicible, en parallèle et en contrepointavec la réalité des images extraordi-naires, qui figent pour toujours et té-moignent du bouillonnement et de lavie de ces travailleurs dans les Quais

de Porto, venant de toute part, qui sehâtent dans tous les sens!L’hommage musical de Bruno Bel-thoise à Manoel de Oliveira obtient tou-jours un grand succès par tout où ilpasse, invité par de nombreux pays en

2016, pour ce programme précis, no-tamment États Unis à New York, Ca-nadá à Montréal, Pologne à Varsovie,Espagne à Vigo et le Portugal à Tavira,puis cette année qui débute au mêmerythme, en concert en Suisse, Australie

et en Espagne, cette fois à Madrid!...Bruno Belthoise le plus portugais despianistes français, passionné et divul-gateur des grands compositeurs demusique classique portugais a à nou-veau surpris et ému!

Par Leocádia Dias

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LusoJornal / Dominique Stoenesco

LusoJornal / Leocádia Dias LusoJornal / Leocádia Dias

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Escritor NunoCosta Santosconvidado do“Festival duPremierRoman” deChambéryO escritor Nuno Costa Santos, autordo romance “Céu Nublado com BoasAbertas”, é o único português convi-dado a participar no “Festival du Pre-mier Roman”, que terá lugar emChambery, de 18 a 21 de maio. Oanúncio foi feito pela editora Quetzal,que publicou a obra de Nuno CostaSantos.Este festival literário francês - “Festivaldo Primeiro Romance”, em português- utiliza as leituras como meio paradescobrir e promover os primeiros ro-mances francófonos e europeus.A seleção é feita por três mil leitoresque, após um ano de leituras e deba-tes, escolhem os autores que lhescausaram a melhor impressão e queserão convidados para o festival.Todos os anos participam neste festi-val escritores francófonos e autoresitalianos, espanhóis, alemães, rome-nos, ingleses e portugueses, com osseus romances de estreia. “Esta abor-dagem original torna o ‘Festival duPremier Roman’ um evento único emultifacetado, promovendo a criaçãoda literatura contemporânea”, afirmaa editora.“Céu Nublado com Boas Abertas”, pu-blicado em 2016, tem como pano defundo os Açores e a serra do Caramuloe representa a busca de uma identi-dade pessoal num dos territórios maisperigosos e livres, onde não existe dis-tinção entre realidade e ficção.

Exposition deCosta à Paris

L’artiste portugais de Sarlat, Costa, ex-pose actuellement, du 24 mars au 1ermai, dans la galerie qui le représente:Galerie Artjingle.Autodidacte, Costa taille en pièces lasignalisation routière. Un art brut aux fi-nitions polies, qui laisse une large placeà la spontanéité dans l’expression desa créativité. Le parti pris contre le gas-pillage est déterminé par le choix d’unematière première récupérée parmi lesrebuts de l’Etat.Sa palette se décline en fonction de ladurée de l’exposition des panneauxaux aléas climatiques. Découpés puisressoudés, les panneaux émaillés quifurent plantés sur les routes des an-nées 1950 à 1980 s’inventent, dans unnouveau cadre, une seconde vie. ChezCosta, l’interprétation reste libre, il n’y apas de sens unique.

16 CULTURA

Teatro Nacional D. Maria II estreia “Sopro”no Festival de Avignon“Sopro”, sobre uma mulher que tra-balha como ponto, é a peça que Tea-tro Nacional D. Maria II vai estrearna 71ª edição do Festival de Avig-non, que começa a 07 de julho, in-formou a companhia.Da autoria de Tiago Rodrigues, Dire-tor do D. Maria II, esta é a segundaparticipação deste teatro nacional noFestival de Avignon, mas a primeiracom uma estreia no certame, depoisda apresentação, em 2015, de “An-tónio e Cleópatra”, também de TiagoRodrigues.“Sopro”, que estará em cena noCloître des Carmes até 16 de julho,subirá depois, no final do ano, aopalco do Teatro Nacional D. Maria II,em Lisboa.Cristina Vidal, que trabalha comoponto no D.Maria II há mais de 25anos, é a protagonista da peça, es-tando acompanhada em palco poratores e “fantasmas”. Cristina Vidalé “a guardiã de uma profissão emvias de extinção e irá evocar as his-tórias, reais e ficcionais de um teatroagora em ruínas”, escreve o teatro

nacional, na apresentação da obra.“Que teatro habita a sua imaginaçãoe a sua memória? Que mundo nospode dar a ver usando apenas o seusopro invisível?” “O que aconteceriase um teatro se desmoronasse e, nosseus escombros, só encontrássemosum sobrevivente: o ponto?” -, eis al-gumas das questões levantadas napeça.O espetáculo tem ainda interpreta-ção de Beatriz Brás, Isabel Abreu,João Pedro Vaz, Sofia Dias e VitorRoriz. Trata-se de uma coproduçãoFestival d’Avignon, Théâtre de laBastille, Le Parvis - Scène NationaleTarbes Pyrénées, Terres de Paroles -Seine Maritime - Normandie, Extra-Pôle Provence-Alpes-Côte d’Azur,em França, e com o Teatro Viriato,em Viseu.Com cenografia e desenho de luz deThomas Walgrave e produção doTeatro Nacional D. Maria II, estapeça, segundo Tiago Rodrigues, de-corre do facto de ter sido nomeadoDiretor do D. Maria II, no início de2015, e por, na altura, com trabalho

feito numa companhia indepen-dente, não saber da utilidade a daraos pontos.Na altura, recorda o encenador,havia dois pontos profissionais noD.Maria II, Cristina Vidal e João Coe-lho, os últimos em Portugal.Para Tiago Rodrigues, a presença deCristina Vidal nos ensaios “tem algoda solenidade rigorosa de um samu-rai da palavra e também da sabedo-ria de quem já trabalhou com atoresde todos os estilos, idades e tempe-ramentos”.Cristina Vidal rapidamente se tornouassim numa “presença indispensá-vel” para Tiago Rodrigues. “Com ela,aprendi que o ponto não é apenasesse burocrata dos bastidores queobriga à fidelidade do texto, que so-corre as falhas de memória ou cor-rige as adulterações ao original. Oponto é um cúmplice dos atores, nosseus momentos de perfeição e, so-bretudo, nos de imperfeição. Co-nhece-os, adapta-se a eles, aprendea respirar ao mesmo ritmo que eles.O ponto é também um advogado do

autor e um conselheiro do encena-dor”, sublinha Tiago Rodrigues.O lugar de partida de “Sopro” é aimagem de uma mulher nas ruínasde um teatro, onde trabalhou comoponto durante toda a vida. “No meiodos escombros, ela ‘sopra’ histórias.Algumas aconteceram em palco eoutras nos bastidores, algumas pa-recem reais e outras ficcionais. Nãosabemos quais são o quê. Ela pró-pria, que as ‘sopra’, acaba por mis-turar cenas de peças com cenas davida real. A sua memória não as dis-tingue”, refere a apresentação dapeça, pelo Teatro Nacional.“Sopro” é também uma história de“histórias de amor, de intriga, de tra-balho, de política, de vingança, desolidão, de amizade, e todas passa-das num teatro”.Nesta edição do Festival de Avignon,será ainda apresentada uma outrapeça de Tiago Rodrigues, “Tristeza ealegria na vida das girafas”, com en-cenação de Thomas Quillardet, es-treada em 2011 no Grande Auditórioda Culturgest, em Lisboa.

Dia 7 de julho

SébastienThieryDois homens acordam despidos numsofá, sem que se lembrem do que sepassou, e são surpreendidos pela mu-lher, no início da peça “Dois homenscompletamente nus”, uma comédiado dramaturgo francês SébastienThiery, está em cartaz no Teatro Villa-ret, em Lisboa, protagonizada por Mi-guel Guilherme, Jorge Mourato,Sandra Faleiro e Susana Blazer. En-cenada por Tiago Guedes, a peçanunca chega a abordar o tema da ho-mossexualidade, até porque as duaspersonagens do sexo masculino que ainterpretam estão perfeitamente con-vencidas de que são heterossexuais.Para Miguel Guilherme, trata-se deum texto que, “ao mesmo tempo queé um 'boulevard', é absurdo. E o autorconsegue um equilíbrio raro entre asduas coisas”.

GillesParisUm romance do autor francês GillesParis, adaptado pelo realizador suíçoClaude Barras, deu origem ao filme deanimação “A minha vida de Cour-gette”, integrado na programação dofestival Monstra Lisboa, e vai estrear-se em maio nos cinemas portugueses.Claude Barras passou por Lisboa noâmbito de um périplo que tem feitopor vários países, a apresentar estefilme de animação, que teve estreiamundial em 2016, no festival deCannes.Ícaro é um rapaz de nove anos que éenviado para um orfanato, depois damorte da mãe. Nesse orfanato, ondeprefere que o chamem Courgette, ficaa conhecer outras crianças e a históriaparticular de cada uma delas, que in-clui violência, abusos, carências afe-tivas e problemas parentais.

CinemaportuguêsO cinema português é homenageadona 12ª edição do “L’Europe autourde l’Europe - Festival de films euro-péens de Paris”, a decorrer até 16de abril. A programação vai contarcom filmes de Manoel de Oliveira,João César Monteiro, Miguel Gomes,Sergio Tréfaut, Teresa Villaverde,Maria de Medeiros, João Pedro Plá-cido, com dois filmes portuguesesem competição: “São Jorge”, deMarco Martins, e “Talvez deserto tal-vez universo”, de Miguel SeabraLopes e Karen Akerman. “Fados”(2007), de Carlos Saura, foi o filmede abertura do festival, na presençada Maria de Medeiros. O festival,este ano, conta com cem filmes de30 países europeus. Manoel de Oli-veira domina a secção “homenagemaos Mestres”.

Cinémadu RéelTrês documentários portugueses,entre os quais “Luz Obscura”, de Su-sana de Sousa Dias, fazem parte daprogramação do Festival Internacionalde Documentário Cinéma du Réel, emcurso atualmente em Paris. Susanade Sousa Dias, distinguida em 2010com o grande prémio do festival como filme “48”, estreou agora “Luz obs-cura”, que parte de uma fotografia deuma criança com a mãe, oriunda dosarquivos da PIDE. O filme está inte-grado na competição internacional delongas-metragens documentais.Na secção competitiva de curtas está“Nyo Vweta Nafta”, de Ico Costa, ro-dado em Moçambique. Fora de com-petição está “O Cinema, Manoel deOliveira e Eu”, de João Botelho. O fes-tival realiza-se até 2 de abril, no Cen-tro Georges Pompidou.

Le 29 mars 2017

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Soirée portugaise AutomnalesLabenne

C’est dans le cadre des Automnalesde Labenne - 2ème saison - qu’a eulieu une soirée portugaise animée parAna-Maria Trio et le groupe folklorique‘Flores de Portugal’, le 18 mars dernierà la salle des fêtes de la ville. Ana-Maria Trio est un groupe musicalorienté vers le fado, mais aussi vers lamusique française et latino.Fondé le 21 février 2008, le GroupeFolklorique Flores de Portugal situé àAnglet (64) a pour but de divulguer laculture portugaise. Il collabore avec lesgroupes de Viana do Castelo, Mea-dela, Areosa, Sta Marta de Portuzelo..,afin de représenter à l’identique dansles danses, chants et musiques le pa-trimoine culturel de la ville caractériséecomme la capitale du folklore portu-gais, Viana do Castelo. Dans le respectdes traditions, tous les costumes sontfaits artisanalement au Portugal pardes professionnels diplômés par la fé-dération du folklore portugais et lamairie de Viana do Castelo. Réputépar son travail de valorisation des tra-ditions, le groupe folklorique ‘Flores dePortugal’ traverse le pays par-delà lesfrontières afin de transmettre cettepassion du folklore. Ouvrir le champ culturel au plus grandnombre, des plus jeunes aux aînés,favoriser les moments de rencontres,d'émotion, de passion et de convivia-lité constituent la marque de fabriquedes «Automnales». Cette secondeédition offre plus de théâtre, plus demusique et plus de convivialité.

Avant premièrede “RidoBayonne, BornIn Africa” deDom PedroLe réalisateur franco-angolais DomPedro va présenter ce vendredi 31mars le film documentaire “RidoBayonne, Born In Africa” (90 min),écrit et réalisé par Dom Pedro, consa-cré à la vie et à l’œuvre du grand mu-sicien Rido Bayonne, qui sera présent.L’évènement aura lieu à 14h00, à laMaison des Auteurs (SACD) située au5 rue Ballu, à Paris 9.

ASSOCIAÇÕES 17

Isa Cardoso cantou em Toulouse e em Pau

Decorreram nos passados dias 17 e 18de março dois espectáculos de fado nosudoeste de França. Um deles emFronton, na região de Toulouse, e outroem Pau.A fadista Isa Cardoso fez as honras dasnoites de espetáculo que decorreramno restaurante “Os Martins” em Tou-louse e em Pau, no restaurante Bayard.

Isa Cardoso que gravou recentementeo seu primeiro álbum, e que é naturalda Figueira da Foz, fez-se acompanharpor Sílvio Girão na guitarra portuguesae por Gabriel Carlos na viola, que porsua vez tanto tocou como tambémcantou fado. Gabriel Carlos que é na-tural de Viseu possui dois álbuns edi-tados. Sílvio Girão, que tem umacarreia na música com mais de 40anos, tem tocado e acompanhado di-

versos fadistas de renome nacional, énatural de Coimbra, sendo tambémuma das suas características o domínioda guitarra de Coimbra.Em Toulouse, o espetáculo decorreu nasexta-feira, a partir das 21h00 e foi di-vidido em três partes, entre as quais sedegustaram algumas iguarias portu-guesas, sendo o prato principal o ba-calhau. Em Pau, no restauranteBayard, os presentes que encheram a

sala, mostraram-se contentes “pelo ex-celente espectáculo”.De regresso a Portugal e nas comemo-rações do Dia do Pai, a tripla teve aindaoportunidade de atuar em Victoria Gas-teiz, no norte de Espanha.Os artistas prometem voltar breve-mente a França para mais espetáculos,“uma vez que já têm perspetivas denovos projetos para os próximosmeses”.

Fadista promete voltar a França

Por Carolina Amado

Cap Magellan discute ensino do portuguêse angaria apoios financeiros em PortugalA apresentação de projetos, angaria-ção de fundos e ensino de portuguêsna diáspora foram alguns dos princi-pais pontos da ida a Portugal demembros da associação Cap Magel-lan. “Nesta nossa viagem a Portugal,que é quase uma tradição, tivemos aoportunidade de apresentar o nossoplano de atividades para 2017 e tam-bém procurar apoio financeiro para osnossos projetos”, disse à Lusa Her-mano Sanches Ruivo, membro doConselho de Administração e que étambém um dos fundadores da asso-ciação.A Cap Magellan é uma associação dejovens lusodescendentes fundada emParis, a 24 de novembro de 1991. Osmembros da associação, que estive-ram em Portugal na semana passada,reuniram com várias autoridades por-tugueses, nomeadamente no Minis-tério da Educação e em algumas

Secretarias de Estado, entre as quaisa da Cultura, Juventude, Turismo, daCidadania e Igualdade e das Comu-nidades Portuguesas.Entre os 21 encontros realizados,segundo Hermano Sanches Ruivo,estivem em contacto com outras as-sociações e entidades portuguesas,como com os responsáveis pelo pro-jeto “Ciência Viva”, uma iniciativado Ministério da Ciência, Tecnologiae Ensino Superior. “Estes encontrosforam importantes para apresentar osnossos projetos e buscar apoio, mastambém para dar a conhecer, de umaforma mais aprofundada, as realida-des das Comunidades portuguesas”,referiu ainda Sanches Ruivo, radi-cado há décadas em França e que éatualmente Conselheiro de Paris.Hermano Sanches Ruivo tambémdisse que foi abordada nos encontrosa importância da ampliação do en-

sino do português em França e tam-bém do francês em Portugal e, ainda,a necessidade das cidades, seja daFrança, de Portugal ou de outros paí-ses, envolverem-se em projetos con-juntos, no qual se poderia utilizar asredes de lusodescendentes e lusófo-nos no mundo.Em janeiro, a Cap Magellan organizoua primeira edição dos “Estados Geraisda Lusodescendência”, em Paris, quesegundo a associação pretendeu seruma chamada de atenção para osFranceses mas também para os Por-tugueses para que a presença lusó-fona seja mais visível em França.Os “Estados Gerais da Lusodescen-dência”, criada no âmbito do 25º ani-versário da associação, também querpromover a redação de um questioná-rio sobre o apoio à lusofonia emFrança dirigido aos candidatos àseleições presidenciais e legislativas

francesas e aos Deputados portugue-ses.A iniciativa apresentou uma rede comuma centena de estruturas associati-vas ligadas ao ensino da língua por-tuguesa em França e convencer estasestruturas a assinar uma carta decompromisso para acolher campa-nhas de promoção do ensino da cul-tura e da língua portuguesas ecampanhas de apelo ao recensea-mento e de apelo ao voto.A associação Cap Magellan coorga-niza, anualmente, a gala de aniversá-rio da implantação da RepúblicaPortuguesa, na Câmara Municipal deParis, organiza fóruns de emprego,concertos, campanhas de segurançarodoviárias para os emigrantes, cam-panhas de sensibilização para o voto,publicando ainda a revista culturalCAPMag e atribui bolsas de estudo,entre outras atividades.

Documentaire sur France 5: «Camille Pissarro,sur les traces du père des impressionnistes»

Dimanche 26 mars, à 9h25, était dif-fusé sur France 5 un documentaireproduit en France d’une durée de 60minutes sur «Camille Pissarro, sur lestraces du père des impressionnistes».Ce peintre d’origine juive portugaisepar le grand-père de son père, son tri-

saïeul donc, né à Bragança mais ayantfui le Portugal en 1769, fait l’objet ac-tuellement jusqu’au 9 juillet d’une ex-position au Musée du Luxembourg, àParis, dont LusoJornal a parlé dans sonédition n°301.Réalisé par Christophe Fonseca - éga-lement co-auteur avec Stéphane Ro-driguez - ce documentaire apporte un

éclairage complémentaire à tout ce quipeut être entendu ou écrit sur la vie duPeintre.Camille Pissarro est considéré comme lepatriarche du mouvement impression-niste, d’abord parce qu’il fut l’un despremiers à le pratiquer, ensuite parcequ’il joua un rôle essentiel et fédérateurdans l’organisation de ce courant.

Interventions d’experts, de descen-dants de Pissarro et du marchand d’artPaul Durand-Ruel qui grâce à leurs ar-chives familiales, animent ce film etfont la lumière sur cet artiste trop long-temps mésestimé.L’émission sera rediffusée dans la nuitdu samedi au dimanche 2 avril. A uneheure bien tardive: 00h50.

Rediffusion le 2 avril

Par Gracianne Bancon

Par Clara Teixeira

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Os artistas com os proprietários do restaurante “Os Martins”

Le 29 mars 2017

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Exposition etconférence etManuel Dias à OloronL’Association France Portugal Europede Oloron-Sainte-Marie (64) organiseune exposition sur «L’apport de l’immi-gration portugaise en Aquitaine depuiscinq siècles», à partir du samedi 1eravril, à la Médiathèque du PiemontOloronais.Le vernissage de l’exposition aura lieule samedi 1er avril, à 17h00, suivi d’uneConférence par Manuel Dias Vaz surce même sujet, en présence d’AnaRocha, Consul Général du Portugal àBordeaux.Manuel Dias Vaz, a consacré plus vingtcinq ans de sa vie à faire connaître l’his-toire magnifique du juste parmi les Na-tions Aristides de Sousa Mendes, leConsul rebelle de Bordeaux en juin1940.Docteur en sociologie, Manuel Dias estPrésident du Rahmi (Réseau Aquitainhistoire et mémoire de l'immigration),Vice-Président du Comité national fran-çais en hommage à Aristides de SousaMendes et Membre fondateur de laCNHI (Cité nationale de l’histoire del’immigration), entre autres. Il est éga-lement Chevalier de l’ordre national duMérite.

Cipriano Rodriguesnovo Presidente da APCSDesde 18 de fevereiro que Mário Cas-tilho já não é Presidente da AssociaçãoPortuguesa Cultural e Social de Pon-tault-Combault (77).Cofundador da associação e seu Pre-sidente durante mais de 40 anos,Mário Castilho decidiu “por razões pes-soais”, não continuar à frente da APCS,mantendo-se no entanto no Conselhode Administração.O Conselho de Administração da asso-ciação elegeu os seguintes dirigentes:Cipriano Rodrigues (Presidente), FilipeMartins (Tesoureiro), Serge Baptista(Vice-Tesoureiro) e Brigitte Soares (Se-cretária).A atual Diretora-animadora da associa-ção é Nathalie Ferreira.

Miss PortugalRégions deFranceL’élection de Miss Portugal Régions deFrance, organisé par l’association OsCamponeses Minhotos de ClermontFerrand, aura lieu le 8 avril prochain.10 candidates ont été sélectionnéespar l’organisation, des jeunes filles d’ori-gine portugaise, entre 17 et 27 ans, ve-nant de différentes régions de France(Auvergne, Rhône-Alpes, Midi-Pyré-nées, Languedoc-Roussillon et Île-de-France). La gagnante participera le 23septembre prochain à Porto à l’électionde Miss Queen Portugal.

18 ASSOCIAÇÕES

Primeiro dia da Primavera justificou festada PMBevents em Saint Brice-sous-Fôret

Foi na sala de la Fontaine, em SaintBrice-sous-Forêt (95) que decorreu a“Noite da Primavera” organizado pelaPMBevents, com um jantar animadopor Carlos Pires e a sua orquestra. Du-rante a noite de sábado a sala encheuao som do artista bem conhecido naregião parisiense.Paula Dias Bandara, gerente daPMBevents explicou que as 3 primei-ras iniciais correspondem aos mem-bros da sua família. “Com a ajuda daminha filha, Melissa, que me temapoiado sempre desde o início, con-segui concretizar este sonho atravésdesta empresa e proporcionar eventoscomo estes na região parisiense”. Pro-mover a música portuguesa através deartistas diferentes e reunir os Portu-gueses à volta da mesa, são algunsdos objetivos da PMBevents.O evento coincidiu com o dia de ani-versário de Paula Dias Bandara queconfessou que tinha sido a filha quehavia escolhido esta data. “Gostomuito do Carlos Pires, e achei umaboa ideia ter este artista aqui a animaresta sala com muitos Portugueses quese deslocaram de longe para vir atéaqui”, explicou ao LusoJornal.Originária de Vila Franca das Naves,na Guarda, veio para França com 17

anos e 30 anos mais tarde, festeja oseu aniversário com os familiares eamigos e “todos os compatriotas quequiserem assistir e divertir-se umpouco”.Para quem não pôde divertir-se ao

som de Carlos Pires, o cantor temmuitas outras datas já marcadas comos seus fãs nos próximos meses, no-meadamente no dia 8 de abril emThoiry e nos dias 15 e 16, na Ro-chelle. “A seguir vamos para Orléans,

e voltamos em maio e com outrasdatas em junho em várias cidades”.A PMBevents intervém também na or-ganização de casamentos, batizados,aniversários e outros eventos [email protected]

Um projeto de Paula Dias Bandara

Por Mário Cantarinha

Conto Contigo: Leituras em comunidade

A Paróquia portuguesa de Gentilly re-cebeu no sábado passado, dia 25 demarço, uma aula de português fora docomum. Com a presença do PadreJosé Anastácio Alves e das Professo-ras de português Piedade Favero e Eli-sabete Monteiro, sentaram-se nopalco do Salão Paroquial cerca de 40crianças e jovens unidos pela línguaportuguesa e pelo prazer de ouvir his-tórias.À volta do livro “A tua canção” da edi-tora Fragmenta, uma adaptação de umconto africano por Inês Castel-Branco,ilustrado por María Ella Carrera, crian-ças, pais e amigos aprenderam o sig-nificado da palavra “Ubuntu” ecelebraram a relação entre o indivíduoe a comunidade.

Com a chegada da primavera e o re-gresso do sol, a comunidade jovem deGentilly formou um círculo à volta da-quilo que nos une e entoou a canção

que nos torna únicos, a música donosso nome.Houve tempo também para brincadei-ras em torno da origem dos nomes e

para comer umas bolachas chamadasMaria.No próximo dia 29 de abril, o Conto-Contigo.fr regressará ao ConsuladoGeral de Paris para uma sessão de lei-tura que nos contará o que é o 25 deabril e para comemorarmos juntos aliberdade e a democracia.O Conto-Contigo é um projeto AGRAFrque propõe sessões de leitura mensaisem português destinadas a criançasdos 3 aos 10 anos, realizadas em es-paços diferentes, sempre gratuitas eabertas a todas as idades.Não se esqueçam que o “Cesto doLivro” adora receber livros novos. Trazum livro, leva um livro! Sigam as no-vidades em www.agrafr.fr.

(*) Nuno Peixeiro é biólogo e membroda equipa Conto-Contigo.fr

Por Nuno Peixeiro (*)

«Portugal d’Avril à Pessac» organisé parl’Association Culturelle Sol de Portugal

C’est en partenariat avec le Comitéde Jumelage de Pessac que l’Asso-ciation Culturelle O Sol de Portugalfête sa 24ème édition de «Portugald’Avril à Pessac» depuis samedidernier, jusqu’au 29 avril prochain.Après avoir démarré avec une dé-gustation et présentation de vinsportugais (nord et alentours de Lis-boa), l’association expose son standà l’entrée du marché dominical dePessac, avec la vente de produitsportugais: «pastéis de nata», accras

de morue , charcuteries et vins por-tugais.Ensuite, du 14 au 22 avril, en col-laboration avec la Mairie de Vianado Castelo, une exposition «L’or deViana» avec une conférence deMaria Luiza Arnaud, illustrée par undiaporama: Présentation des usagesfestifs et quotidiens des bijoux enor par les femmes du Minho et spé-cialement leur présentation d’appa-rat lors des très célèbres fêtesd’Agonia à Viana do Castelo.Sans oublier la soirée surprise chezl’habitant, «Une fête se prépare»

qui aura lieu un soir, le cinémaprend grande place au sein de laprogrammation, avec la projectiondu film le mardi 25 avril à 18h30,«A virgem Margarida» de LicínioAzevedo (2012), Mozambique, oùle Gouvernement révolutionnairetient à éliminer toute trace du colo-nialisme au plus vite et compris laprostitution. Suivi d’une présenta-tion du livre «Cette petite île s’ap-pelle Mozambique» de JordaneBertrand et juste après projectionde 4 films documentaires de Ray-mond Arnaud «La fête du Solstice

d’hiver», 22 minutes, «Lesmasques d’Ousilhão», 20 minutes,«Les taureaux de la frontière» 20minutes et «Les ballons de la SaintJean», 8 minutes.Le 29 avril, la cuisine elle aussi trèsimportante avec un atelier de pâtis-series portugaises sous la conduitede Jacinta Guimarães et à travers leconcours de cuisine autour d’unerecette mystère «saveurs de fête».Un repas convivial mettra fin à cetteédition, avec les mets préparés parles concurrents.Infos: 05.56.01.04.19

Par Clara Teixeira

Le 29 mars 2017

LusoJornal / Mário Cantarinha

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Andebol: Cesson-Rennesde Wilson Davyes venceu Saran

Na passada semana decorreu a 19ªjornada do Campeonato francês deandebol masculino. O Cesson-Ren-nes, onde atua o português WilsonDavyes, venceu em casa o Saran por26-25. De notar que Wilson Davyesapontou cinco golos e foi o melhormarcador da sua equipa.Quanto ao Créteil, onde atua desdehá algumas semanas o portuguêsNuno Grilo, foi perder ao terreno doNîmes por 30-26. O andebolista por-tuguês, Nuno Grilo, marcou três golosdurante os 60 minutos, enquanto omelhor marcador do Créteil foi HugoDescat que acabou com onze golos.De notar ainda que o próximo encon-tro do Créteil vai ser frente ao Dunker-que nesta quinta-feira, dia 30 demarço, pelas 20h45, no Palais desSports Robert-Oubron. O Créteilocupa o 13° e penúltimo lugar na ta-bela classificativa com apenas oitopontos, sabendo que os dois últimosclassificados descem à segunda divi-são francesa. Quanto ao Cesson-Ren-nes vai deslocar-se ao terreno do Aix,pelas 20h00 nesta quarta-feira 29 demarço.A equipa de Wilson Davyes ocupa o12° lugar com 13 pontos.

Seleção portuguesa desub-20 perdecom Senegalno Torneio das Quatro Nações

A Seleção portuguesa de sub-20 per-deu no sábado passado por 3-0 coma congénere do Senegal, na segundajornada do Torneio das Quatro Na-ções de futebol, após o empate a doisgolos no primeiro jogo frente à Ingla-terra. O torneio serve de preparação da Se-leção portuguesa para o Mundial daCoreia do Sul, que decorrerá entre 20de maio e 11 de junho.Na terceira jornada, marcada paraterça-feira desta semana (já depoisdo fecho desta edição do LusoJornal),a equipa das ‘quinas’ defrontou aFrança, no Estádio Henri Guérin, emCharenton-le-Pont.

20 DESPORTO

Fleury frustre le Lusitanos de Saint Maur

Les Lusitanos ont de nouveau connula défaite (1-0), face au FC Fleury91, lors de la 24ème journée. Pourautant, Saint Maur conserve la têtede son Championnat mais voit se rap-procher dangereusement ses poursui-vants comme l’Entente SSG et…Fleury.Le Printemps tout juste revenu etFleury reverdit sur les pelouses deCFA. Les Lusitanos l’ont appris à leurdépens le week-end dernier. Pourtantau moment de se déplacer à SainteGeneviève-des-Bois pour ce choc duGroupe B, les hommes de Carlos Se-cretário étaient prévenus. Vainqueurde l’ACBB (2-0), quelques jours au-paravant, Fleury avait tout à gagner eten cas de victoire pouvait revenirdans la course à la montée. Un ob-jectif inespéré, il y a encore quelquesjournées.Mais au moment d’affronter le leadersaint-maurien de son Championnat,Fleury s’évertuait surtout à faire dé-jouer son adversaire. Avec un systèmede jeu prenant en tenaille le meilleurbuteur du club, Jony Ramos, 11buts, les Essonniens savaient que lavictoire ne passerait que par unegrosse bataille en défense. Pour au-tant, c’est bel et bien Saint Maur quiallait s’offrir la meilleure occasion dela rencontre. Sur un coup de patte deKévin Diaz, Sitou Ayi voit sa reprisepasser à quelques centimètres du butd’Antoine Petit. Et si à la pause, l’ou-verture aurait été des Lusitanos, celan’aurait rien eu de choquant. Mêmesi en cet après-midi ensoleillé, lespectacle n’était pas à la hauteur desdeux équipes présentes sur la pe-louse. En effet, chacune d’entre ellesreconnaissaient la valeur de l’autre et

le moindre détail ou la moindre fauteallaient faire la différence.Dès le retour des vestiaires, SaintMaur voit Fleury revenir avec d’autresintentions. Et si Revelino Anastasesauva les siens sur une première si-tuation chaude, il ne peut rien sur lepetit ballon piqué de Christophe Au-tret à l’heure de jeu (1-0, 64 min).Un avantage inespéré pour Fleury quipassera le reste de son temps à subirles attaques saint-mauriennes. Maisil manquera le dernier geste pour voirles Lusitanos revenir à la marque. Cesderniers terminant même le match à

10 après la sortie sur blessure de Bi-turuna.Une défaite difficile à encaisser maisavec tous les éléments contrairespour difficilement espérer mieux. Del’aveu même de Carlos Secretário.«C’est un résultat frustrant. On neméritait pas de perdre. Le match nulétait pour moi plus logique à la li-mite. Fleury a fait la différence sur saseule véritable occasion et malheu-reusement, on n’a pas su se montrerefficace devant le but. Il nousmanque la réussite que l’on avait endébut de saison mais on ne compte

rien lâcher pour autant. La saison estloin d’être terminée». En effet, mal-gré la 2ème défaite de sa saison, lapremière à l’extérieur, les Lusitanosrestent leader après le nul de l’En-tente SSG à domicile face à Viry (1-1). Avec 45 pts, ils conservent uneunité d’avance sur l’ESSG et 3 surFleury 91 qui compte un math enplus.Mais avec la réception de la réservedu RC Lens samedi prochain, les Lu-sitanos auront l’occasion de remettreles pendules à l’heure une bonne foispour toute.

Football / CFA

Par Eric Mendes

Le 29 mars 2017

Por Marco Martins

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Lusitanos de Saint Maur / EM

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Dois “franceses” participam na vitória de Portugal

A Seleção portuguesa de futebol con-tinua na luta pelo apuramento para oMundial de 2018. No passado fim desemana, Portugal venceu por 3-0 aHungria no Estádio da Luz, em Lisboa.Um jogo no qual participaram os“franceses” Bernardo Silva e JoãoMoutinho, ambos jogadores do Mo-naco, e o lusodescendente RaphaëlGuerreiro, que atua no Borussia Dort-mund esta temporada.O resultado foi algo arrasador para aSeleção das Quinas com três tentos.Um golo do jovem André Silva, aos 32minutos, após assistência do franco-português Raphaël Guerreiro, abriu acontagem para Portugal. O Capitão daSeleção, Cristiano Ronaldo, apontoudois golos.Cristiano Ronaldo apontou o segundotento aos 36 minutos, após calcanharde André Silva, e o terceiro aos 65 mi-nutos, de livre direto, passando asomar 70 golos com a camisola dePortugal, em 137 internacionalizaçõescom a Seleção Nacional.Portugal somou o quarto triunfo con-secutivo no grupo, mas continua,ainda assim, a três pontos da Suíça,que derrotou por 1-0 a Letónia. Re-corde-se que a Seleção das Quinasperdeu na jornada inaugural por 2-0frente aos suíços.No terceiro jogo do Grupo B, destaquepara Andorra, que ao empatar a zerona receção às Ilhas Faroé, conseguiuacabar com uma série de 58 jogosconsecutivos sempre a perder emjogos de qualificação para Europeus eMundiais.Concluída a quinta jornada, a Suíçaconta 15 pontos, contra 12 de Portu-gal. Longe da corrida ao apuramento

direto e ao ‘play-off’, seguem a Hun-gria, com sete, as Ilhas Faroé, comcinco, e a Letónia, com três.De notar que em relação à lista dosconvocados, o avançado Eder (Lille)ficou no banco de suplentes, enquantoo guarda-redes Anthony Lopes (Lyon)ficou de fora da lista definitiva porcausa de uma lesão nas costas.

João Moutinho ultrapassa Rui CostaO médio João Moutinho, que atua noMonaco, atingiu as 95 internacionali-zações com a Seleção Nacional, ultra-passando Rui Costa, que pendurou asbotas há mais de uma década. Ao sercolocado em campo pelo SelecionadorFernando Santos, o jogador do Mo-naco isola-se no quinto lugar da clas-sificação, quase 12 anos depois dasua estreia.O ex-jogador do Sporting e do FC Portoestá agora a 11 jogos de Nani, que é oquarto com mais internacionalizações,106. A lista é liderada por CristianoRonaldo com 137.Formado pelos Leões, João Moutinhovestiu pela primeira vez a camisola daSeleção principal a 17 de agosto de2005, num particular frente ao Egito,em São Miguel, nos Açores, que Por-tugal venceu por 2-0. O médio, na al-tura com apenas 18 anos, foi lançadopor Luiz Felipe Scolari no arranque dasegunda parte.

Bence Biró, um húngaro emPortugal

Bence Biró tem 18 anos, pertence aoVitória de Guimarães, e representa aSeleção Húngara Sub-19. O LusoJor-nal teve a oportunidade de falar como jovem avançado que decidiu tentara sorte em Portugal.

Prefere um apuramento de Portugalou da Hungria para o Mundial 2018?Um olho vai rir e o outro chorar. Étriste só poder passar um país. Eugostaria que tanto Portugal como aHungria podessem seguir em frente.

Considera que foi uma boa escolha asua saída para Portugal?Foi uma das melhores escolhas daminha vida. Estou muito feliz emPortugal. Acho que em Portugalposso tornar-me num muito bom jo-gador. Pratica-se muito bom futebolem território luso e estou contente

por estar lá. Foi uma muito boa es-colha. Em Portugal o futebol é muitomelhor a nível de clubes. Foi por issoque eu quis sair do meu país há trêsanos atrás. Consegui sair e estoufeliz.

A Hungria ainda se recorda do antigoavançado do Benfica, Miklós Fehér[ndr: o jogador faleceu dentro dasquatro linhas a 25 de janeiro de2004 num jogo entre os encarnadose o Vitória de Guimarães]?O Miklós Fehér ainda está bem pre-sente na memória dos húngaros.Todos os anos ele é recordado. Nuncafoi esquecido.

Este ano, Bence Biró, com os Sub-19 do Guimarães, disputou 14 jogose marcou 7 golos. Com a equipa B doGuimarães, já jogou 9 encontros.

Futebol

Por Marco Martins

Adepto francês criou o hashtag NoSergioNoParty

O trabalho do Treinador portuguêsSérgio Conceição, não tem passadodespercebido em Nantes. Um adeptodecidiu lançar uma sondagem noTwitter para a votação de um hashtagque convença Sérgio Conceição aficar no clube na próxima temporada.A frase vencedora foi “NoSergioNo-Party”.O impacto foi tão grande que até oTécnico veio responder nas redes so-ciais. “Eu amo os adeptos que sãoapaixonados pelo seu clube como eusou pelo meu trabalho. Impossívelsem vocês #NoSergioNoParty”, escre-veu Sérgio Conceição.O LusoJornal entrevistou o autor dohashtag, que tem alcunha no Twitter,Diego Boustosse.

Como surgiu a ideia do hashtag?Tenho um blog sobre o FC Nantes.Esta semana tinha vontade de escre-ver sobre Sérgio Conceição. Então lan-cei no Twitter uma sondagem para umhashtag. Havia quatro propostas mas

sobretudo duas concretas: NoSergio-NoParty e SergioNoSeVa. Este últimoera em relação ao hashtag utilizadopelos marselheses para o Bielsa.

A frase vencedora não deu hipótesesàs outras?Houve 705 votos, 41% para NoSer-gioNoParty. Aliás acho que houve umhashtag quase similar quando se fa-lava da saída do Sérgio Ramos para oCity. Mas não foi feito de propósito. Aminha crónica era para o Sérgio Con-ceição ficar.

O objetivo é ele ficar na próxima tem-porada?Eu quero que ele fique. Não o querover ir embora. Mas posso entenderque ele saia se um clube como o Interou o FC Porto lhe faça uma oferta.

O que pode dificultar a permanênciado Treinador português?Admito que o papel da Doyen Sportspreocupa-nos, nós os adeptos. Tenhomedo que venham mercenários parao clube.

O que representa neste momento oSérgio Conceição?Sérgio Conceição faz nascer esperan-ças no que diz respeito ao jogo produ-zido pela equipa e também no quetoca aos adeptos. Toda a gente acre-dita no que ele diz e no discurso queele tem. Não queremos que ele váembora, tipo um mercenário. SérgioConceição diz sempre que “queroficar, mas tudo é possível no futebol”,não gosto que ele diga isso porque eusó quero ouvir “quero ficar”, é tudo.Não quero que ele vá embora para umclube qualquer, isso não o suportaria.O Leicester é um clube banal porexemplo. Ficaria triste se ele fossepara um clube assim. Toda a gente dizaqui que a melhor decisão desde queWaldemar Kita chegou ao Nantes, foia contratação do Sérgio Conceição.

Tem uma certa admiração por ele?Ele comunica muito bem, fala bemfrancês. É um sedutor. Ele conseguefazer passar os Treinadores francesespor fracos Treinadores, porque eles

não queriam Treinadores estrangeirosem França, e esses mesmos Treinado-res conseguem fazer melhor.

Fui uma surpresa receber uma res-posta de Sérgio Conceição?Não sei se é ele que responde no Twit-ter. Em cinco minutos, houve umareação no Twitter do Sérgio Conceiçãoe no Twitter da Doyen Sports. Estavaà espera que isto acontecesse porqueele sabe comunicar. Era previsível. Eleé elegante e hábil.

Para si, o Nantes fica na primeira di-visão este ano?Já não há dúvidas. Estamos todos apensar na próxima temporada. Esperoque ele vai ficar. E não espero maisnada. Este hashtag, mesmo se não édecisivo, espero que possa ajudar umpouco na vontade de Sérgio Concei-ção em ficar no Nantes.

De notar que neste domingo 2 deabril, o Nantes recebe o Angers numjogo a contar para a 31ª jornada doCampeonato francês.

Futebol

Por Marco Martins

DESPORTO 21

Richard Gasquet inscrito no Estoril Open

O francês Richard Gasquet, 22º do‘ranking’ mundial de ténis, integra alista de inscritos para a edição 2017do Estoril Open, a disputar entre 1 e7 de maio, segundo anunciou a orga-nização.“Estou encantado por regressar aoEstoril Open, onde tive imenso su-cesso em 2015, com a conquista dotítulo. Espero voltar a jogar o meu me-lhor ténis outra vez, em frente a todosos meus fãs em Portugal. Vemo-nosna primeira semana de maio”, afir-mou o Campeão da edição de 2015.Richard Gasquet integra a lista dos 19jogadores com entrada direta para oquadro principal, juntando-se ao aus-traliano Nick Kyrgios (16º), finalistaem 2015, ao argentino Juan MartinDel Potro (34º), vencedor do torneioantecessor em 2011 e 2012, ao por-tuguês João Sousa (35º) e aos espa-nhóis Pablo-Carreño Busta (19º),finalista em 2016, e Nicolas Almagro(56º), o detentor do título.“Estou muito satisfeito com o naipede jogadores que reunimos para aterceira edição do Estoril Open. Maisainda do que nas edições anteriores,teremos um belo conjunto de estilose personalidades no Clube de Ténisdo Estoril, que é garantia de um ex-celente espetáculo para os aficiona-dos presentes no local e ostelespetadores que nos seguem poresse mundo fora”, afirmou o Diretordo torneio.João Zilhão destacou a confirmaçãodo regresso “do virtuoso e consa-grado” Richard Gasquet, juntando-sea algumas ‘esperanças’ do ténismundial.“Todos os ingredientes estão reuni-dos: muito carisma e muito talento,veteranos experientes com estatutode ‘top 10’ e jovens emergentes da‘NexGen’ do ATP World Tour, comoDaniil Medvedev, atual segundo clas-sificado na Corrida para Milão, umtomba-gigantes do Open da Austráliacomo Denis Istomin e vencedores detítulos ATP neste ano como GillesMuller e Ryan Harrison”, rematou Zi-lhão.Com este elenco, o português GastãoElias, 89º do mundo, tem boas possi-bilidades de entrar diretamente noquadro principal.

Le 29 mars 2017

Raphael Guerreiro em luta com Barnabas BeseLusa / Miguel A. Lopes

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Boa notícia

Uau!!!Há alguns anos, num encontro deadolescentes da paróquia, passou-seuma coisa curiosa durante a procla-mação do Evangelho da ressurreiçãode Lázaro. Entre os rapazes havia umque não pertencia ao grupo paroquiale não era baptizado, mas apenas es-tava ali porque alguém o tinha convi-dado.Quando no Evangelho começou adescrição do milagre, o leitor ergueuum pouco a voz, para dar mais ên-fase às palavras de Jesus: «Lázaro,sai para fora!»Fez uma pequena pausa para criaralgum suspense… e prosseguiu coma narração: «o morto saiu, de mãos epés enfaixados com ligaduras e orosto envolvido num sudário».Naquele momento, na sala paroquial,ouviu-se um sonoro, genuíno e es-pontâneo «Uau!»O único que nunca tinha ouvido ahistória da ressurreição de Lázaro erao miúdo que tinha vindo ao encontropela primeira vez e foi, sempre ele, oúnico a reagir de forma “apropriada”ao episódio: «Uau!» Os outros adoles-centes (cristãos desde pequenos…)tinham perdido a capacidade de sesurpreenderem diante do Evangelho.Apenas aquele rapaz foi capaz de en-tender a extraordinária força do epi-sódio narrado.As grandes celebrações da Páscoaestão a aproximar-se cada vez mais.Oxalá sejamos todos capazes de co-lher a grandeza dos eventos quevamos celebrar. Oxalá a nossa fé nãose encontre anestesiada pelo “fol-clore” cristão a que reduzimos algunsdos ritos mais bonitos da nossa tradi-ção. Oxalá nos consigamos surpreen-der pela maravilha dos eventos quevamos recordar, pois não queremosque esta Páscoa seja apenas “maisuma Páscoa”. Queremos que seja aprimeira, verdadeira e autêntica Pás-coa da nossa vida!

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:Paroisse de St. Antoine des Quinze-Vingts de Paris57 rue de Traversière75012 ParisDomingo às 9h15

lusojornal.com

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Jusqu’au 31 mars Exposition «Chiado et Carmo» Arts dans la sphèrepublique. Plusieurs institutions d’enseignementartistique de Lisbonne, Paris, Grenade et Auck-land sont associées à ce projet de 27 artistes,avec des conférences, des expositions, des pro-jections vidéo et un livre d’essais. Commissaire: José Quaresma. Maison du Portugal André deGouveia, 7-P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Jusqu’au 1er avril Exposition du Centre d’art et de résidences ar-tistiques Carpe Diem de Lisboa. Commissaire:Lourenço Egreja. Kogan Gallery, 96 bis rueBeaubourg, à Paris 03. Du mardi au vendredi,de 11h00 à 19h00 et le samedi, de 14h00 à19h00.

Jusqu’au 8 avril Exposition sur “Les Dinosaures de Lourinhã àDeuil-la-Barre”. Salon René Cassin, Annexe dela Mairie, à Deuil-la-Barre (95).

Jusqu’au 16 avril Ângelo de Sousa «La couleur et le grain noirdes choses». Commissaire: Jacinto Lageira.Fondation Calouste Gulbenkian, Délégation enFrance, 39 boulevard de La Tour Maubourg, àParis 07. Infos: 01.53.85.93.93.

Du 4 au 17 avril Exposition d’affiches historiques sur la Révo-lution des Œillets. Bibliothèque BU Tréfilerie,Université Jean Monnet, à Saint-Etienne (42).

Du 10 au 24 avril Exposition «L’or de Viana» dans le cadre de«Portugal d’avril» organisé par O Sol de Portu-gal. Salle Municipale Sardine, 23 avenue Mon-tesquieu, à Pessac (33).

Jusqu’au 29 avril Exposition «Snapshots» de l’artiste peintre por-tugais Duarte Vitória. Galerie de Thorigny, 1place de Thorigny, à Paris 03. Infos: 01.42.76.95.61.

Jusqu’au 1er mai Exposition de l’artiste franco-portugais Costa.Galerie Art Jingle, 31 bis rue des Tournelles, àParis 3. Infos: 01.40.29.40.03.

Jusqu’au 9 juillet Exposition «Pissarro à Eragny - La nature re-trouvée» du peintre impressionniste d’origineportugaise Camille Pissarro, au Musée duLuxembourg, 19 rue Vaugirard, à Paris 6. Dulundi au jeudi, de 10h30 à 18h00 et du ven-dredi au dimanche, de 10h30 à 19h00.

Du 31 mai au 27 août “La violence et la grâce” de Graça Morais. Fon-dation Calouste Gulbenkian, Délégation enFrance, 39 boulevard de La Tour Maubourg, àParis 07. Infos: 01.53.85.93.93.

Le jeudi 30 mars, 18h30 Présentation du livre «D. Zézinha - La vie peu or-dinaire d’une institutrice» d’Altina Ribeiro (éd.Chiado), présenté par Dominique Stoenesco etsuivi d’un showcase de Dan Inger dos Santos.Consulat Général du Portugal à Paris, 6 rueGeorges Berger, à Paris 17.

Le jeudi 30 mars, 19h00 Conférence de Ann Laura Stoler sur “Concept-wok: durabilités coloniales au présent” dans lecadre du cycle “Atlas des mots et des images des(dé)colonisations”. Fondation Calouste Gulben-kian, Délégation en France, 39 boulevard de LaTour Maubourg, à Paris 07. Infos: 01.53.85.93.93.

Le jeudi 30 mars, 14h00 Table ronde sur “Histoire et fiction dans l’histo-riographie portugaise contemporaine, avec SérgioCampos Matos et Yves Léonard, modérée parOlinda Kleiman. Université Sorbonne NouvelleParis 3, Salle 410, 13 rue Santeuil, à Paris 5.

Le samedi 1er avril, 17h00 Conférence sur “L’apport de l’immigration portu-gaise en Aquitaine depuis cinq siècles” par Ma-nuel Dias Vaz, en présence d’Ana Rocha, Consul

Général du Portugal à Bordeaux, organisée parl’association France Portugal Europe. Média-thèque du Piemont Oloronais, à Oloron SainteMarie (64).

Le mercredi 12 avril, 15h00 Rencontre avec l’écrivain Mário Máximo “Lesalazarisme et la Révolution des Œillets”. Uni-versité Jean Monnet, à Saint Etienne (42).

Le mardi 25 avril, 20h30 Présentation du libre “Cette petite île s’appelleMozambique” de Jordanne Bertrand, journaliste,en présence de l’auteur. Cinema Jean Eustache,place de la V République, à Pessac (33).

Jusqu’au 7 avril, 21h30 «La Dernière corrida» de Xan Reinosa, specta-cle sur les «forcados» portugais et le Cante alen-tejano, par la compagnie des Rêves Lucides.Mise en scène de Carlos Balbino, avec CarlosBalbino, Aline Boucraut et Clémentine Savine.Tous les jeudis et vendredis, au Théâtre La Croi-sée des Chemins, 43 rue Mathurin Régnier, àParis 15. Infos: 01.42.19.93.63.

Jusqu’au 29 avril «Voyage dans les Mémoires d’un Fou» écrit etinterprétée par Lionel Cecílio. Théâtre de l’Ar-chipel, 17 boulevard de Strasbourg, à Paris10. Infos: 01.73.54.79.79.

Le jeudi 30 mars, 20h30 Projection du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Centre Culturel, 15rue Léo Lagrange, à Langeac (43).

Le vendredi 31 marsProjection du film «Trois frères» de Teresa Vil-laverde dans le cadre de la programmation«Le Cinéma du Portugal est à l’Honneur» duFestival «L’Europe autour de l’Europe». Ci-néma L’Entrepôt, 7 rue Francis de Pressensé,à Paris 14.

Le vendredi 31 mars, 14h30 Projection du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Cinéma Le Cristal, 1rue de la Paix, à Aurillac (15).

Le samedi 1er avril Projection du film «Volta à terra» de JoãoPedro Plácido dans le cadre de la program-mation «Le Cinéma du Portugal est à l’Hon-neur» du Festival «L’Europe autour del’Europe». Cinéma L’Entrepôt, 7 rue Francisde Pressensé, à Paris 14.

Le samedi 1er avril Projection du film «Voyage au Portugal» deSérgio Tréfaut dans le cadre de la programma-tion «Le Cinéma du Portugal est à l’Honneur»du Festival «L’Europe autour de l’Europe». Ci-néma L’Entrepôt, 7 rue Francis de Pressensé,à Paris 14.

Le dimanche 2 avril Projection du film «Capitães de abril» de Mariade Medeiros, en présence de Maria de Medei-ros, dans le cadre de la programmation «Le Ci-néma du Portugal est à l’Honneur» du Festival«L’Europe autour de l’Europe». Cinéma L’En-trepôt, 7 rue Francis de Pressensé, à Paris 14.

Le lundi 3 avril, 14h30 et 20h00 Projections du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Méga CGR, avenuedu Président Kennedy, à Brive-la-Gaillarde (19).

Le mardi 4 avril Projection du film «Cristóvão Colombo, o en-igma» de Manoel de Oliveira, dans le cadre dela programmation «Le Cinéma du Portugal està l’Honneur» du Festival «L’Europe autour del’Europe». Cinéma L’Entrepôt, 7 rue Francis dePressensé, à Paris 14.

Le mardi 4 avril, 15h00 Projection du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Veo Tulle, 36 rueVentadour, à Tulle (19).

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CONFÉRENCES

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CINEMA

Le 29 mars 2017

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TEMPO LIVRE 23

Le mercredi 5 avril, 14h30 Projection du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Salle Espace, place StExupéry, à Thiers (63).

Le jeudi 6 avril, 14h30 et 18h30 Projections du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Cinéma CGR le Paris,rue Barrière de Jaude, à Clermont-Ferrand (63).

Le jeudi 6 avril Projection du film «O Gebo e a Sombra» deManoel de Oliveira, dans le cadre de la pro-grammation «Le Cinéma du Portugal est àl’Honneur» du Festival «L’Europe autour del’Europe». Cinéma L’Entrepôt, 7 rue Francis dePressensé, à Paris 14.

Le jeudi 6 avril Projection du film «Talvez deserto talvez universo»de Karen Akerman et Miguel Seabra Lopes, dansle cadre de la programmation «Le Cinéma duPortugal est à l’Honneur» du Festival «L’Europeautour de l’Europe». Cinéma L’Entrepôt, 7 rueFrancis de Pressensé, à Paris 14.

Le vendredi 7 avril Projection du film «Os Verdes anos» de PauloRocha, dans le cadre de la programmation «LeCinéma du Portugal est à l’Honneur» du Festival«L’Europe autour de l’Europe». Cinéma L’Entre-pôt, 7 rue Francis de Pressensé, à Paris 14.

Le vendredi 7 avril, 14h30 et 19h00 Projections du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Cinéma CGR le Paris,rue Barrière de Jaude, à Clermont-Ferrand (63).

Le samedi 8 avril Projection du film «Conversa acabada» de JoãoBotelho, dans le cadre de la programmation «LeCinéma du Portugal est à l’Honneur» du Festival«L’Europe autour de l’Europe». Cinéma L’Entre-pôt, 7 rue Francis de Pressensé, à Paris 14.

Le dimanche 9 avril, 10h15 Projection du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisa-trice Marie-Dominique Massol. Cinéma CGRle Paris, rue Barrière de Jaude, à Clermont-Ferrand (63).

Le dimanche 9 avril, 17h00 Projection du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. La Muscade, rueVignes de Madame, à Blanzat (63).

Le lundi 10 avril Projection du film «Transe» de Teresa Villaverde,dans le cadre de la programmation «Le Cinémadu Portugal est à l’Honneur» du Festival «L’Eu-rope autour de l’Europe». Cinéma L’Entrepôt, 7rue Francis de Pressensé, à Paris 14.

Le lundi 10 avril, 14h30 et 18h15 Projections du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Multiplex Cap Cinéma,16 rue Marcellin Desboutins, à Moulins (03).

Le mardi 11 avril Projection du film «São Jorge» de Marco Martins,dans le cadre de la programmation «Le Cinémadu Portugal est à l’Honneur» du Festival «L’Eu-rope autour de l’Europe». Cinéma L’Entrepôt, 7rue Francis de Pressensé, à Paris 14.

Le mardi 11 avril, 14h30 et 19h30 Projections du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Multiplex Cap Cinéma,16 rue Marcellin Desboutins, à Moulins (03).

Le mercredi 12 avril, 14h30 et 20h30 Projections du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Athanor, rue Pablo Pi-casso, à Montluçon (03).

Le mercredi 12 avril, 12h45 Projection du film «Les grandes ondes (à l’ouest)»de Lionel Baier. Université Jean Monnet, à SaintEtienne (42).

Le jeudi 13 avril, 10h30 Projection du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Etoile Palace, Centrecommercial, à Vichy (03).

Le jeudi 13 avril Projection du film «Visita ou Memórias e Confis-sões» de Manoel de Oliveira, dans le cadre de laprogrammation «Le Cinéma du Portugal est àl’Honneur» du Festival «L’Europe autour de l’Eu-rope». Cinéma L’Entrepôt, 7 rue Francis de Pres-sensé, à Paris 14.

Le jeudi 13 avril, 17h30 Projection du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Cinéma La 2Deuche,rue Alexandre Vialatte, à Lempdes (63).

Le vendredi 14 avril, à 18h00 Projection du documentaire «Le Portugal, deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatrice

Marie-Dominique Massol. Cinéma le Gergo-vie, avenue des Dômes, à Cournon d’Au-vergne (63).

Le mardi 25 avril, 18h30 Projection du film «A Virgem Margarida» deLicinio Azevedo (2012, Mozambique,VOSTF), dans le cadre de «Portugal d’avril»organisé par O Sol de Portugal. CinémaJean Eustache, place de la V République, àPessac (33).

Le mardi 25 avril, 21h15 Projection de 4 films de Raymond Arnaud:«La fête du solstice d’hiver», «Les masquesd’Ousilhão», «Le taureau de la frontière» et«Les ballons de la Saint Jean», dans lecadre de «Portugal d’avril» organisé par OSol de Portugal. Cinéma Jean Eustache,place de la V République, à Pessac (33).

Le mercredi 05 avril, 19h30 Daniela Costa accompagnée par Filipe deSousa (guitarra) et Nuno Estevens (viola).Au Portologia, 42 rue Chapon, à Paris 03.Infos: 09.52.59.22.29.

Le jeudi 6 avril Concert de Carminho. Le Rocher de Palmer,à Cenon (33).

Le samedi 8 avril, 19h00 Soirée-dîner Fado avec le groupe Les Amisdu Fado. Centre Portugais de Colmar, 54route Neuf Brisach, à Colmar (68). Infos: 03.89.24.41.46.

Le samedi 29 avril Concert de Mariza au Palais des Congrès deParis, 2 place de la Porte Maillot, à Paris17.

Le samedi 1er avril Concert de Aurélie & Verioca dans le cardedu Festival Vignoble en chanson, FestivalLes P’tits Bouchons, à Gaillac (45).

Les 1 et 2 avril Festival international d’accordéon avec 25concerts. Plusieurs participants dont le por-tugais Daniel Marques. Salle de fêtes, àDeuil-la-Barre (95).

Le samedi 8 avril Concert de Aurélie & Verioca, BibliothèqueRobert Sabatier, à Paris 18.

Le samedi 1er avril Dîner dansant organisé par l’association Conver-gence. Salle du Petit Hall du Parc Montreau, 4rue Labeuf, à Montreuil (93). Infos: 01.48.58.98.33.

Le samedi 1 avril, 19h00 Dîner et soirée dansante franco-portugaise orga-nisé par la Société de Chasse, animée par l’or-chestre Martins (traiteur restaurant la Grange).Espace R. Ameilbonne, à Aulnat (63). Infos: 06.45.05.31.85.

Le samedi 8 avril, 19h30 Dîner Fado avec Vozes do Tempo, Fado a Doiset bal animé par Saudade Lusa, organisé parl’association Cordas et Tradições. Salle desFêtes, derière la Mairie, à Deuil-la-Barre(95). Infos: 06.09.43.52.87.

Le samedi 8 avril, 20h00 Dîner dansant animé par José Cunha, organi-sée par le Centre pastoral portugais. Salle JeanVilar n°2, 9 boulevard Héloïse, à Argenteuil(95). Infos: 06.72.26.23.44.

Le samedi 8 avril, 11h00 Spectacle avec Tony do Porto, Paula Soares etDaniel Marques au Le Panier du Portugal, ruede l’industrie, à Vernouillet (78). Infos: 01.34.90.17.18.

Le samedi 15 avril Soirée Mike da Gaita. Bar-restaurant Le Soleildu Portugal, 32 avenue de la Commune deParis, à Brétigny-sur-Orge (91). Infos: 01.60.85.15.58.

Le dimanche 16 avril, 22h00 Fête de Pâques avec Mike da Gaita, Diapassãoet Trio Hexagone, organisée par l’associationAgora. Salle Jean Vilar, 9 boulevard Héloïse, àArgenteuil (95). Infos: 06.24.25.79.27.

Le samedi 22 avril, 19h00 Dîner dansant animé par Cordas Soltas, orga-nisé par l’Association des travailleurs sansFrontières de Bezons. Salle Louis Aragon, rueFrancis de Pressencé, à Bezons (78). Infos: 06.11.19.43.70.

Le samedi 29 avril, 21h00 Fête portugaise avec Johnny, Rosinha et legroupe Kapa, organisée par l’association OsTransmontanos. Salle Roger Donnet, rue Fer-dinand Berthoud, à Groslay (95). Infos: 07.64.08.87.15.

Le samedi 29 avril, 21h00 Soirée dansante pour les 42 ans de l’APCS, avecGipsy Fusion, Tino Martins, Nelson Costa et RubenFerreira. Salle des fêtes Jacques Brel, à Pontault-Combault (77). Infos: 01.70.10.41.26.

Le samedi 8 avril, 21h00 Spectacle de folklore organisé par la Casa doConcelho dos Arcos de Valdevez à Paris, avec lesgroupes Aldeias do Minho de Draveil, Aventureirosde Thiais, Flores do Norte de Ballancourt, AmigosUnidos de Bois d’Arcy, Casa dos Arcos de Paris.Animation de José Baltazar. Espace René Fallet,25 avenue Jean Jaurès, à Crosne (91). Infos: 06.08.18.81.80.

Le dimanche 9 avril, 14h30 Spectacle de folklore organisé par la Casa doConcelho dos Arcos de Valdevez à Paris, avec lesgroupes Academia de Champigny, Estrelas Dou-radas de Versailles, Minhotos de Noisy-le-Sec, Al-deias do Minho de Malakoff, terras do Minho deKremlin Bicêtre, Povo da Nóbrega de Créteil,Ronda Minhota de Orléans et Casa dos Arcos deParis. Animation de Claudia Martins, DanielSousa et Walter São Martinho. Espace René Fal-let, 25 avenue Jean Jaurès, à Crosne (91).Infos: 06.08.18.81.80.

Le dimanche 30 avril 5ème Festival de folklorique portugais, avec lesgroupes de Pierrelaye, Argenteuil, Buchelay,Mantes-la-Jolie et Rugles, organisée par l’Asso-ciation Danças et Traditions Portugaises. Salle desFêtes de Rugles (27). Entrée libre.

Les 7, 8 et 9 avril Portugal en Fête, foire de produits portugais, or-ganisée par l’ARCOP. Espace Chevreuil, 97-109avenue de la Liberté, à Nanterre (92). Infos: 06.07.44.86.72.

Les 19, 20 et 21 mai 8ème Marché Portugais de Cenon, organisé parla ville de Cenon et l’Association Alegria de Cenon.Domaine du Loret, à Cenon (33). Infos: 06.26.93.34.19.

Le samedi 8 avril, 19h00 Election de Miss Portugal Régions de France2017, avec dîner-spectacle, organisé par OsCamponeses Minhotos. Casa de Portugal, 15 rueEmilienne Goumy, à Clermont-Ferrand (63).Infos: 06.98.46.27.32.

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