actvs leitura e escrita 7º ano

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Notas 1. Todos os materiais deste caderno destinam-se a ser fotocopiados, na totalidade ou parcialmente, conforme a actividade proposta. 2. As actividades das páginas 18 a 25 podem ser realizadas nas aulas de Língua Portuguesa ou de Estudo Acompanhado. 3. Várias das actividades propostas podem ser realizadas individualmente, em pequenos grupos de trabalho ou colectivamente. Programa e TLEBS* – correspondência de termos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 a 5 Testes de compreensão oral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 a 11 Testes de compreensão escrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 a 17 Textos para resumir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 a 21 Textos para esquematizar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 a 25 Construção de textos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 a 29 Soluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 e 31 * TLEBS: Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário Fernanda Costa Luísa Mendonça PALAVRAS A FIO LÍNGUA PORTUGUESA 7. o ano CADERNO DO PROFESSOR P

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Page 1: Actvs Leitura e Escrita 7º ano

Notas

1. Todos os materiais deste caderno destinam-se a ser fotocopiados, na totalidade ou parcialmente, conforme a actividadeproposta.

2. As actividades das páginas 18 a 25 podem ser realizadas nas aulas de Língua Portuguesa ou de Estudo Acompanhado.

3. Várias das actividades propostas podem ser realizadas individualmente, em pequenos grupos de trabalho ou colectivamente.

Programa e TLEBS* – correspondência de termos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 a 5

Testes de compreensão oral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 a 11

Testes de compreensão escrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 a 17

Textos para resumir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 a 21

Textos para esquematizar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 a 25

Construção de textos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 a 29

Soluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 e 31

* TLEBS: Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário

Fernanda CostaLuísa Mendonça

PALAVRASA FIO

L Í N G U A P O R T U G U E S A

7.o ano

CADERNO DO PROFESSOR

P

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P– Palavras a fio, 7.°

ano – Caderno do Professor

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PROGRAMA* Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário

Situação de comunicação*– enunciador*– destinatário*– finalidade*– objecto*– circunstâncias de espaço e de tempo*

B7.1) Comunicação verbalB7.1.1) a B7.1.6)

LocutorInterlocutorOuvinte(s)Universo de referênciaContexto situacionalContexto verbal

Intenção comunicativa* Sem correspondência

Modos de representação do discurso*– discurso directo*– discurso indirecto*

B7.5) Relato de discurso:B7.5.1) Discurso directoB7.5.2) Discurso indirecto

Coerência textual* B7.7.2) Coerência lógico-conceptual

Coesão textual* B7.7.1) Coesão

Sinónimos*HiperónimosHipónimos

B5.3) Relações entre palavras:B5.3.1) Relações semânticas:

Relações de hierarquia:HiperonímiaHiponímia

Relações de equivalência:SinonímiaSinonímia totalSinonímia parcial

Pontuação– sinais de pontuação e auxiliares de escrita:

ponto final*ponto de interrogação*ponto de exclamação*ponto e vírgula*reticências*dois pontos*travessão*

parênteses*

aspas*

– parágrafo*– período*

D2) Pontuação:D2.1) a D2.8)

PontoPonto de interrogaçãoPonto de exclamaçãoPonto e vírgulaReticênciasDois pontosTravessãoVírgula

D3) Sinais auxiliares da escrita:D3.1) a D3.4)

Parênteses rectos (ou colchetes)Parênteses curvosAspasAspas altas

D4) Configuração gráfica:D4.2) ParágrafoSem correspondência

Frase simples* B4.2.6) Frase:Frase simples vs. frase complexa

Mobilidade de elementos da frase: alterações de valorestético e semântico*

Sem correspondência directa [ver B4.4) Ordem depalavras e B6.2) Valor semântico da estrutura frásica]

CORRESPONDÊNCIA DE TERMOS – 7.° ANO

*Conteúdos do Programa do 2.° Ciclo que são explicitamente referidos no Programa do 7.° ano.

Observação: assinalámos a azul as principais alterações de termos e/ou de conceitos.

2006 I S B N 9 7 8 - 9 7 2 - 0 - 9 0 8 5 0 - 6Execução gráfica: Bloco Gráfico, Lda. • R. da Restauração, 387 4050-506 PORTO • PORTUGAL

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Tipos de frase*– declarativo*– interrogativo*– imperativo*– exclamativo*

B4.2.6) Frase:Tipo de frase:

(tipo de) frase declarativa(tipo de) frase interrogativa(tipo de) frase imperativa(tipo de) frase exclamativa

Formas de frase*– negativa*– afirmativa*

Sem correspondência directa [ver, no CD, as definiçõesde cada um dos tipos de frase]

Oração – funções essenciais e acessórias:– sujeito*

– predicado*

– complemento directo*– complemento indirecto*– complementos circunstanciais de lugar*, tempo*,

modo, causa, companhia e fim

– predicativo do sujeito

– vocativo

B4.3) Funções sintácticas:B4.3.1) Sujeito:

Sujeito simples vs. sujeito compostoSujeito nulo:

Sujeito nulo subentendidoSujeito nulo indeterminadoSujeito nulo expletivo

B4.3.2) PredicadoB4.3.3) Complemento:

Complemento directoComplemento indirectoComplemento preposicionalComplemento adverbial

B4.3.4) Modificador:Modificador preposicionalModificador adverbial

B4.3.5) Predicativo:Predicativo do sujeito

B4.3.6) Vocativo

Regras de concordância (do verbo com o sujeito composto; em número)

B4.3.1) Sujeito:Concordância sujeito-verbo

Coordenação e subordinação:– orações coordenadas

– copulativas– adversativas– disjuntivas– conclusivas

– orações subordinadas– temporais– causais

B4.2.6) Frase:Classificação da frase complexa quanto ao tipo de articulação:

CoordenadaSubordinanteSubordinada:

Subordinada adverbial:Subordinada adverbial temporalSubordinada adverbial causal

Palavras variáveis ou flexionadas*Palavras invariáveis ou não flexionadas*Classes de palavras

– adjectivos*– verbos*– nomes*– pronomes*– determinantes*– numerais*– preposições* e locuções prepositivas– advérbios* e locuções adverbiais– conjunções* e locuções conjuncionais

B3) Classes de palavras:B3.1) Palavra variávelB3.1.2) AdjectivoB3.1.3) VerboB3.1.5) NomeB3.1.6) PronomeB3.1.8) DeterminanteB3.1.10) QuantificadorB3.2) Palavra invariávelB3.2.1) PreposiçãoB3.2.2) AdvérbioB3.2.4) ConjunçãoB3.2.6) Interjeição

*Conteúdos do Programa do 2.° Ciclo que são explicitamente referidos no Programa do 7.° ano.

Observação: assinalámos a azul as principais alterações de termos e/ou de conceitos.

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Subclasses dos nomes– próprios*– comuns*– colectivos*– concretos– abstractos

B3.1.5) Subclasses de nomes:Nome próprio vs. nome comum:

Nome concreto vs. nome abstractoNome colectivo

Flexão dos nomes – casos especiais* B2.4.1) Flexão:Número

B3.1.1) Género

Flexão dos adjectivos – casos especiais*– número– género– grau (formas sintéticas do comparativo de superio-

ridade e do superlativo absoluto)

B2.1.1) AdjectivoB3.1.2) Subclasses de adjectivos:

Adjectivo qualificativoAdjectivo numeral

B3.1.12) Adjectivo:Adjectivo biformeAdjectivo uniforme[Referência ao grau no CD, em B3.1.9]

Subclasses dos determinantes*– artigos (definidos e indefinidos)*– demonstrativos*– possessivos*

– indefinidos*

– numerais*

B3.1.9) Subclasses dos determinantes:Artigo (definido vs. indefinido)Determinante demonstrativoDeterminante possessivo

B3.1.10) QuantificadorB3.1.11) Subclasses de quantificadores:

Quantificador universalQuantificador indefinidoQuantificador numeral

Subclasses dos numerais*– ordinais*

– cardinais*

B3.1.2) Subclasses de adjectivos:Adjectivo numeral

B3.1.11) Subclasses dos quantificadores:Numeral

Verbos regulares e irregulares*– tempos simples*– tempos compostos dos modos indicativo*, conjun-

tivo, condicional e infinitivo e das formas nominais,formados com o auxiliar ter

– modos*– formas nominais*

Conjugação pronominal*(pronome pessoal forma de complemento)

Conjugação pronominal reflexa

B2.1.2) Subcategoria morfológica:Flexão:

Verbo regularVerbo irregularVerbo pronominalVerbo reflexo

B3.1.3) Verbo:Variação verbalTempo-modo:

Tempos simples:Forma nominal do verbo

B3.1.4) Subclasses de verbos:Verbo principal:

Verbo principal impessoalVerbo principal intransitivoVerbo principal transitivo directoVerbo principal transitivo indirectoVerbo principal transitivo directo e indirecto

Verbo copulativoVerbo auxiliar:

Verbo auxiliar dos tempos compostos

*Conteúdos do Programa do 2.° Ciclo que são explicitamente referidos no Programa do 7.° ano.

Observação: assinalámos a azul as principais alterações de termos e/ou de conceitos.

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Subclasses dos advérbios e locuções adverbiais– lugar*– modo*– tempo*– afirmação*– negação*– quantidade*– dúvida– exclusão– interrogativos

B3.2.3) Subclasses de advérbios:Advérbio de negaçãoAdvérbio adjunto:

Advérbio adjunto de tempoAdvérbio adjunto de lugarAdvérbio adjunto de modo

Advérbio disjuntoAdvérbio conectivo

Conjunções e locuções conjuncionais

– coordenativas (copulativas, adversativas, disjunti-vas e conclusivas)

– subordinativas (temporais e causais)

B3.2.4) Conjunção:Locução conjuntiva

B3.2.5) Subclasses de conjunções:Conjunção coordenativa:

Conjunção coordenativa copulativaConjunção coordenativa adversativaConjunção coordenativa disjuntivaConjunção coordenativa conclusiva

Conjunção subordinativa:Conjunção subordinativa causalConjunção subordinativa temporal

Processos de enriquecimento do léxico– formação de palavras:

derivação*:sufixação*prefixação*

composição*:aglutinação*justaposição*

– neologismos:abreviaturassiglas

onomatopeias*

B2.4) Formação de palavrasB2.4.2) DerivaçãoB2.4.3) ModificaçãoB2.4.4) Composição

Composição morfológicaComposição morfo-sintáctica

B5.5) NeologiaSem correspondênciaB5.5.4) SiglaB5.5.5) AcronímiaB5.5.6) Onomatopeia

Prefixos e sufixos – valor semântico* B2.4.3) Modificação:Forma modificada:

AvaliativoLocativoNegaçãoRepetiçãoReversão

Família de palavras* Sem correspondência

Palavras homónimasPalavras homófonas*Palavras homógrafas*Palavras parónimas

B5.3) Relações entre palavrasB5.3.2) Relações fonéticas e gráficas:

HomonímiaHomofoniaHomografiaParonímia

Variedade portuguesa / variedade brasileira A3.6) Variedades do português:A3.6.1) Variedade europeiaA3.6.2) Variedade brasileira

*Conteúdos do Programa do 2.° Ciclo que são explicitamente referidos no Programa do 7.° ano.

Observação: assinalámos a azul as principais alterações de termos e/ou de conceitos.

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TESTE DE COMPREENSÃO ORAL 1

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O PESCADOR E A SEREIA

Todas as noites o jovem Pescador saíapara o mar e lançava as redes. Quando o ventosoprava da terra, não apanhava nada, ou apa-nhava muito pouco, porque era um vento áspero, deasas negras, e altas vagas se levantavam para o defron-tar; mas quando o vento soprava para a costa, o peixe subia das profundezas do mar,nadava para as malhas da sua rede e ele levava-o para o mercado e vendia-o. Todas asnoites ele saía para o mar e uma noite a rede estava tão pesada que ele mal podia içá-lapara bordo. E, rindo, disse para consigo:

– Por certo apanhei todo o peixe do mar ou algum monstro que maravilhará oshomens, ou algum ente horrível que a grande Rainha há-de desejar.

E puxou as cordas grosseiras com todas as suas forças, até as veias se lhe marca-rem nos braços, como linhas de esmalte azul dum vaso de bronze. Puxou as cordas ecada vez se aproximava mais o círculo das pequenas bóias de cortiça, até que, porfim, a rede veio à tona de água. Não havia lá, porém, nenhum peixe, nem monstro,nem ente horrível, mas tão-somente uma pequena Sereia adormecida.

Os seus cabelos eram como um velo de ouro molhado e cada cabelo separado um fiode ouro numa taça de cristal. O corpo era branco como marfim e a cauda de prata emadrepérola. De prata e madrepérola era a sua cauda e as algas verdes do mar enrola-vam-se em volta dela; como conchas do mar eram os seus ouvidos e os lábios comocoral. As ondas frias batiam nos frios seios e o sal brilhava-lhe nas pálpebras. Tão for-mosa era ela que o jovem pescador ficou cheio de admiração quando a viu, puxou maisa rede e, debruçando-se na borda, tomou-a nos braços. E, quando lhe tocou, ela soltouum grito como de gaivota assustada, acordou, olhou-o com os olhos de ametista cheiosde terror e lutou para se escapar. Ele, porém, apertou-a muito de encontro a si e não adeixou partir. E, quando ela viu que não podia fugir-lhe, começou a chorar e disse-lhe:

– Peço-te que me deixes partir, porque sou a única filha dum rei e o meu pai évelho e sozinho.

Mas o Pescador respondeu-lhe:– Não te deixarei partir sem que me prometas vir cantar para mim sempre que eu

te chame, porque os peixes adoram ouvir os vossos cantares e assim estarão semprecheias as minhas redes.

– E realmente deixar-me-ás partir, se eu to prometer? – inquiriu a Sereia.– Na verdade, deixar-te-ei partir – tornou o Pescador.E ela fez-lhe a promessa que ele desejava: palavra de Sereia. Então o Pescador sol-

tou-a dos braços e logo ela mergulhou na água, trémula de receio. Todas as noites saíao Pescador para o mar e chamava a Sereia e ela surgia das águas e cantava para ele.

Óscar Wilde, O Rouxinol e a Rosa, Publ. Europa-América

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TÍTULO DO TEXTO OUVIDO:

O PESCADOR E A SEREIA

Indica se são verdadeiras (V), falsas (F) ou parcialmente falsas (PF) asseguintes afirmações:

a. O Pescador era um homem já um pouco velho e muito trabalhador.

b. Ele recolhia sempre algum peixe que, depois, vendia no mercado.

c. Uma noite, o Pescador sentiu que a rede estava mais pesada do queera costume.

d. Imediatamente pensou que tinha pescado um peixe enorme que lherenderia bom dinheiro.

e. Sem grande esforço, conseguiu puxar a rede até à superfície.

f. Viu, então, uma Sereia adormecida na sua rede.

g. Era uma Sereia lindíssima que lhe sorriu assim que o viu.

h. O Pescador ficou cheio de admiração pela Sereia e prendeu-a nos seusbraços.

i. A Sereia desejava ficar com o Pescador e, embora tenha pensado dei-xar o seu velho pai, receou sentir saudades dele.

j. Ela suplicou ao Pescador que a libertasse e, em troca, far-lhe-ia umfavor.

l. O Pescador libertou-a com a condição de ela vir cantar sempre que elea chamasse.

m. Desta forma, ele mataria saudades da bela Sereia.

n. O acordo foi cumprido e, uma vez por mês, ela vinha à superfície e can-tava para o Pescador.

o. Desde então nunca mais faltou peixe na rede do Pescador.

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TESTE DE COMPREENSÃO ORAL 2

8

O COELHO E A HIENA

O coelho e a hiena eram amigos.Um dia, a hiena, que estava a passear sozinha, passou por uma povoação e viu

algumas raparigas a trabalhar. Entre elas havia uma muito bonita e que se chamavaChipha Dzuwa.

A hiena disse: “És muito bonita, casa comigo.” A rapariga respondeu: “Primeirotens que falar com os meus pais, traz o teu padrinho. E caso contigo.”

Entretanto, o coelho, que pouco depois passou pela mesma povoação, apaixo-nou-se pela mesma rapariga. “Casa comigo”, disse-lhe o coelho. “Não posso, já deia minha palavra à hiena. Ela vem apresentar-se aos meus pais”, respondeu a rapa-riga. O coelho começou a soltar grandes gritos e a rebolar-se no chão, riu e zombouda rapariga: “Não compreendo nada, então tu, tão bonita que és, casas com umqualquer? Não sabes que a hiena é meu empregado e serve-me de cavalo quandoentendo?” “Não acredito, apresenta-me provas”, pediu a rapariga, humilhada eespantada.

Quando o coelho se encontrou com a hiena, nada disse. Esta, porém, estava felize pediu ao amigo para ser seu padrinho no dia da apresentação aos pais. O coelhofingiu: “Não sei, amigo, é que não ando lá muito bem. Além disso piquei-me num pée não consigo caminhar longas distâncias.” A hiena ofereceu-se logo cheia de boavontade: “Não faz mal, eu carrego-te às costas, o que eu quero é que vás apresentar--te aos pais da Chipha Dzuwa.” Mas o coelho insistiu: “Tu andas muito depressa,tenho receio que me deixes cair, só se permitires que eu ate uma corda ao teu pes-coço.” A hiena estava por tudo naquele momento. Aceitou.

No dia combinado, lá foram os dois, o coelho no dorso do amigo e com as mãos nacorda. Quando chegaram à povoação, o coelho começou a fazer manobras como seestivesse montado num cavalo e logo que viu a rapariga, começou a gritar: “Corredepressa, aí está a nossa amiga.” A hiena, que não tinha percebido ainda o que o coe-lho estava a fazer, correu mesmo. Ao chegarem ao pé da rapariga o coelho saltou parao chão e disse-lhe: “Estás a ver como eu tinha razão? A hiena é ou não o meu empre-gado fiel?” Esta apercebeu-se então do que estava a passar-se e ficou de tal maneiraenvergonhada que fugiu para bem longe. E o coelho casou com Chipha Dzuwa.

Lourenço Joaquim da Costa Rosário, A Narrativa Africana, Ed. ICALP – Angolê, 1989 (texto adaptado)

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TÍTULO DO TEXTO OUVIDO:

O COELHO E A HIENA

Assinala as afirmações correctas:

1. Um dia, a hiena passou por uma povoação

a. à procura de uma noiva.

b. quando passeava sozinha.

c. para visitar o coelho.

2. Ali, encontrou uma rapariga

a. a trabalhar sozinha.

b. muito bonita.

c. séria e trabalhadora.

3. A hiena pediu à rapariga que

a. lhe apresentasse os pais.

b. fosse sua namorada.

c. casasse com ela.

4. Ela concordou

a. sem quaisquer condições.

b. com algumas condições.

5. Algum tempo depois, o coelho viu a mesma rapariga e

a. pediu-lhe o mesmo que a hiena.

b. afastou-se envergonhado.

c. pediu à hiena que o apresentasse.

6. A rapariga

a. aceitou o pedido.

b. recusou o pedido.

c. pediu para pensar.

7. O coelho inventou que a hiena

a. era seu criado e que lhe servia de cavalo.

b. era um cavalo disfarçado.

c. lhe mentiu, pois só lhe interessava andar a cavalo.

8. Entretanto a hiena convidou o coelho para seu padrinho de casamento. Este aceitou,

a. embora estivesse com um pémagoado.

b. convencendo a hiena a levá-lo às cavalitas.

c. desde que a hiena fingisse que era um cavalo.

9. Quando chegaram junto da rapariga, ela

a. riu da figura da hiena.

b. ficou a pensar de qual dos dois gostava mais.

c. pensou que a hiena era empregado do coelho.

10. No final, a rapariga

a. casou com o coelho.

b. desprezou os dois pretendentes.

c. expulsou a hiena.

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ano – Caderno do Professor

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TESTE DE COMPREENSÃO ORAL 3

10

A ESTRELA

Esta é a história autêntica de uma rapariga alentejana que tem uma estrela na palma damão. Chama-se Rita. Ia nos doze anos quando houve enfim abastecimento de água na aldeiaonde ela vivia, que era tão-só um amontoado alvacento de casas de adobe nascidas à mão doarquitecto acaso. Numa dessas casas, muito caiadas, morava uma família de seareiros, quetinha um menino doente. Rita era uma das vizinhas pobres que brincavam com esse menino.Mas havia bem três meses que ele não se erguia da cama. Tinham os trigos enrijado, fizera-se amatança do porco e o menino definhava. Haviam-no levado ao médico; e o médico tirara-lhea febre, apalpara-o todo, auscultara-o, torcera o nariz, e mandara fazer umas análises. Masonde? Bem, então receitara. E o menino, pelo visto, em vez de sarar piorava de dia para dia.Os pais já não sabiam o que inventar para conseguir que ele comesse. Rita tentava tudo paraque lhe desse, ao menos, um risinho. Eram da mesma criação. Tinham andado juntos no postode ensino até à terceira classe. E era dos dois o que mandava. Agora não lhe arrancava umbotão do bibe, não lhe arrepelava os cabelos, nem sequer lhe pedia um berlinde. Nada. Estavapara ali muito quieto, na sua cama pintada de flores. Durante horas, Rita, sempre calada, paraos pais dele não a porem na rua, espiava-lhe o sinal de menor desejo: um golo de água, umatoalha para limpar o suor que lhe orvalhava as fontes. Mas ele quase não se mexia, parecianão dar fé das pessoas nem das coisas. Por isso Rita ficou num grande alvoroço quando eleinesperadamente disse (caía a noite sobre o povo muito branco):

– O que eu queria era uma estrela como aquela, tão pequenina e tão brilhante.– Uma estrela? – disse a Rita, ao mesmo tempo maravilhada e aflita, porque uma estrela

não se deixa colher do céu como as nêsperas da nespereira.– Sim: aquela estrelinha.– E curavas-te, se eu ta trouxesse?– Estou cá em mim que me punha bom.– Pois eu vou ver, amiguinho…– Vais buscá-la?– Vou mesmo, que é que tu cuidas?E saiu, sem a menor noção do que fazer para cumprir tal promessa, mas disposta a revol-

ver céu e terra, no seu mundo de cinco metros, para lhe dar aquele gosto. Mas as estrelasficam tão altas!…

Horas depois, às furtadelas, iludindo a atenção dos pais dele, entrou (muito trémula eenvergonhada da mentira piedosa) pelo quarto dele, já escurecido, com um tição ardente naspresas de uma tenaz.

– Que é isso, Rita?Ele conhecia-a pelos seus passos, pelo cheiro, pelo sopro.– Então não vês?, é a estrela – disse ela sem pinga de sangue.– Mostra cá! Mais perto. Aqui ao pé de mim. Quero vê-la na palma da tua mão.O menino não deixou de morrer por causa dessa alegria, mas Rita ficou com uma estrela

vermelha a aquecer-lhe para sempre a mão.

Urbano Tavares Rodrigues, Estórias Alentejanas, Ed. Caminho (texto adaptado)

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TÍTULO DO TEXTO OUVIDO:

A ESTRELA

Indica se as seguintes afirmações são verdadeiras (V), falsas (F) ou parcial-mente falsas (PF). Nestas últimas, sublinha a parte que é falsa.

a. O narrador anuncia que vai contar uma história verdadeira de uma rapariga.

b. Rita vivia numa aldeia de casas pobres, mas bem arquitectadas.

c. Ela costumava visitar um amigo que morava longe e estava doente.

d. Quando a doença lho permitia, o rapazinho jogava ao botão ou ao ber-linde com a sua amiga Rita.

e. Ela gostava de brincar com ele e reconhecia-lhe qualidades de líder.

f. Durante o tempo em que ele estava de cama, ela ficava ao seu ladodurante horas.

g. Rita estava calada, para os pais do menino não se aborrecerem.

h. Certo dia, de manhã, ele formulou um pedido.

i. Manifestou o desejo de possuir uma estrelinha que avistava da suacama.

j. Quando o ouviu, Rita ficou simultaneamente aliviada e pensativa.

l. Rita não fazia ideia de como concretizar o desejo do amigo, mas prome-teu trazer-lhe a estrela.

m. Ela foi de imediato pedir ajuda a outros colegas de escola.

n. Horas depois, bateu à porta de casa do amigo e entrou no seu quartocom uma brasa acesa presa numa tenaz a fingir de estrela.

o. O menino desconfiou e quis que a amiga lha mostrasse na palma damão.

p. O menino acabou por morrer e Rita ficou, para sempre, com a marca deuma queimadura na mão.

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ano – Caderno do Professor

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TESTE DE COMPREENSÃO ESCRITA 1

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Lê atentamente este anúncio, publicado numa revista.

in Visão, n.º 576, de 18 a 24 de Março de 2004 (adaptado)

No meu país, os rios atravessam milhares de quilómetros. Em Portugal, descobri que atravessam séculos de história.Edivaldo Júnior, turista brasileiro

Milhões de turistas já descobriram Portugal. Agora, chegou a sua vez.

5 formas de conhecer a nossa cultura• Visite o Castelo de Almourol, a dois passos de Vila Nova da Barquinha.• Passeie por oito séculos de História, no Convento de Cristo em Tomar.• Deixe-se conquistar pelas aldeias medievais de Sortelha, Monsanto ou Piódão.• Explore a herança árabe algarvia, nas muralhas do Castelo de Silves.• Descubra em Mértola as raízes da cultura milenar do Alentejo.

Para mais informações, vá a www.portugalinsite.ptou telefone para: 808 781 212 (das 8h às 19h, hora de Lisboa, custo de chamada local)

Um mundo para descobrir.

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1. Volta a ler as afirmações de Edivaldo Júnior.Baseando-te apenas na interpretação dessas frases, assinala com uma cruz (X), nacoluna correspondente, as afirmações verdadeiras (V) e aquelas que não se sabe sesão verdadeiras (NS).

2. Relê agora, na parte inferior do anúncio, as “5 formas de conhecer a nossa cultura”.Transcreve das frases cinco palavras ou expressões diferentes que indiquem quePortugal tem “séculos de História”.

3. Assinala com uma cruz (X) a resposta correcta.As frases “Milhões de turistas já descobriram Portugal. Agora, chegou a sua vez.”mostram que este anúncio pretende sobretudo

fazer publicidade à cultura portuguesa no estrangeiro.

trazer a Portugal maior número de turistas brasileiros.

motivar os Portugueses para conhecerem melhor Portugal.

dar a conhecer aos estrangeiros os rios portugueses.

(Retirado da Prova de Aferição de Língua Portuguesa 2005 – 2.° Ciclo)

AFIRMAÇÕES V NS

a. Os rios brasileiros são muito longos.

b. Os rios brasileiros têm maior caudal do que os rios portugueses.

c. Os rios portugueses são mais navegáveis do que os rios brasileiros.

d. Junto aos rios portugueses, há muitos vestígios do passado.

e. Em Portugal, Edivaldo só visitou terras à beira-rio.

f. Edivaldo conheceu locais históricos portugueses.

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TESTE DE COMPREENSÃO ESCRITA 2P

– Palavras a fio, 7.°ano – C

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Nome N.° Turma Data

Avaliação Professor(a)

Ao conto que vais ler, retirámos algumas palavras. Lê-o em silêncio e realiza as activida-des que se lhe seguem.

O BULE DE CHÁ

Num dos importantes

da capital da China, ao lado de várias pre-

ciosidades de porcelana, está em exposição

um velho bule de chá sem tampa que tem uma história engraçada que vou aqui

.

Há alguns séculos atrás existiu, na China, um Imperador que gostava muito de

cartas. Mas como não podia jogar sozinho, ordenou a um dos

seus ministros que lhe mandasse todos os dias ao palácio um jogador para seu com-

panheiro de jogo.

O ministro, porém, nunca mais apareceu com o jogador.

– Porque é que não me trazes um bom de cartas, entre tantos

que há na China? – perguntou-lhe o Imperador.

– Saiba Vossa Majestade que todos aqueles com quem falei são .

– Então porque ainda mos não trouxeste?

– Com medo de que, em vez de Vossa Senhoria, sejam eles a ganhar.

– Ora! Cartas são nada mais nada menos que uma questão de arte. Vai, pois,

buscar o de todos e trá-lo cá amanhã. Se ele ganhar, eu não me

zango, não. Antes pelo contrário, até lhe dou uma prenda – e o Imperador apon-

tou para um bule de chá que estava em cima da sua secretária. Um bule de loiça

fina como , leve que nem uma folha, transparente como o

, e que tinha um dragão de oiro de um lado e, do outro lado,

uma Fénix de penas de prata e de coral. Enfim, um dos mais

raros tesouros do palácio imperial, esse bule.

– Está Vossa Majestade a falar sério? – perguntou o ministro que sabia quanto o

Imperador o bule.

– Claro que estou!

E no dia seguinte apareceu o ministro sozinho.

– Então o jogador? – inquiriu o Imperador.

– Tenha Vossa Majestade a bondade de hoje jogar comigo – respondeu o ministro

a rir.

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E começaram o jogo. O ministro, no entanto, usando das suas habilidades, fez

com que, dentro de uma hora, o Imperador perdesse a partida.

Suspirando, então, de , Sua Majestade apontou para o minis-

tro o dedo trémulo.– Mas como é que te atreveste a derrotar-me? Como?– Bem, Vossa Majestade tinha dito que o jogo era apenas uma .– Sai daqui! Desaparece-me, antes que eu…!– O bule de chá, Vossa Majestade! O bule que prometeu?Furioso, o Imperador agarrou na tampa do bule e arremessou-a ao ministro que

entretanto fugia.Assim, hoje, o antigo bule de chá de porcelana está no museu, sem tampa.

Maria Ondina Braga, O Jantar Chinês e Outros Contos, Ed. Caminho, 2004 (texto adaptado)

1. Coloca as palavras retiradas do texto no seu respectivo lugar:

■ cristal ■ arte ■ melhor ■ contar ■ óptimos ■ estimava ■ papel■ museus ■ parceiro ■ raiva ■ maravilhosa ■ jogar

2. Lê as afirmações seguintes e, sobre cada uma delas, indica se é verdadeira (V), falsa (F) ouimpossível de saber (IS). Depois corrige as afirmações falsas.

a. O narrador vai contar a história de um bule com centenas de anos.

b. Esse bule pertenceu ao último imperador da China.

c. O imperador gostava mais de jogar cartas do que governar.

d. No entanto, não conseguia arranjar um parceiro.

e. Isso deixava-o apreensivo, porque pensava que os seus súbditosnão o apreciavam.

f. O ministro explicou-lhe que os jogadores receavam que ele ganhasse.

g. O imperador garantiu que apenas queria um parceiro e que dariauma prenda a quem lhe conseguisse ganhar.

h. A prenda era um dos tesouros do palácio: um bule de chá.

i. Quando o imperador soube que o ministro sabia jogar,propôs-lhe uma partida.

j. Quando perdeu o jogo, o imperador ficou furioso e atiroucom a tampa do bule ao ministro.

l. É por isso que, no museu, foi colocado um outro bule.

V F IS

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TESTE DE COMPREENSÃO ESCRITA 3

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O RAPAZ E O LIVRO

“Só está contente a ler”, dizia a mãe do rapa-zinho. “Trabalho não é com ele.” No seu espí-rito, leitor e mandrião identificavam-se, via-se àdistância. E estava na razão, na sua razão. Ali,um homem não pode perder tempo com leituras. E ali é que ela e o filho-pastor, jásem pai, viviam e lutavam para subsistir. Isto passava-se há coisa de catorze anos.

Quando vim para Lisboa resolvi mandar-lhe livros com a indicação “para ler aodomingo”. Esperava poupá-lo assim às iras familiares. Fui à estante dos “restos” efiz uma escolha que julguei criteriosa. Uns livros “para rapazes”, dois ou três deEmílio Salgari que ali tinham ancorado não sei como, alguns policiais. Óptimo. E selhe mandasse um bom livro? À tarde passei pela livraria e comprei um volume aca-bado de sair e de que eu tinha gostado muito. E mandei o embrulho para o correio.

Nada de resposta, o que era natural. Quem lhes ensinou que se deve agradecerum presente, mesmo pequeno? E o caso caiu no esquecimento.

No ano seguinte voltei à quinta pelo Natal. O rapazinho ainda por lá andava aguardar ovelhas. Veio ter comigo, todo risonho, de pelico e bordão.

“Muito obrigado pelos livros”, disse. “Gostei muito, então de um deles gosteimesmo muito. Já o li três vezes.”

“Ah, sim? Então de qual?”“O nome não me lembro, mas era de um senhor Alves.”“Alves?”“Alves, pois. Um livro muito bonito.”Devia ser qualquer livro que eu metera no embrulho e de que me esquecera. “Era

então muito bom, dizes tu?”“É que nunca li nada tão bonito.” E os olhos do rapazinho brilhavam. “Os outros

que a senhora mandou, deve haver quem goste mas eu confesso que não gostei assimmuito. Agora do livro do senhor Alves… Eram histórias, sabe a senhora… Haviauma então… Ah, agora me lembro como se chama: “Olhos de Água.”

Alves Redol, pronto. O tal livro de que eu gostara muito. Senti-me de repenteenvergonhada pelos outros que lhe tinha mandado como quem os deita fora, muitoenvergonhada. É uma estupidez pensar que um rapazinho lá porque tem só a 4.ªclasse, lá porque guarda ovelhas no fim do mundo, não pode ter já o seu gosto e essegosto não pode ser certo.

Lembrei-me desta história sem história, há alguns dias, durante uma conversasobre “teatro para o povo”. O que deve dar-se-lhe? Havia quem perguntasse. Teatrodifícil? Teatro fácil? Nem uma coisa nem outra, talvez. Teatro bom e não importaque lhe chamem bonito, é um modo de dizer.

Maria Judite de Carvalho, A Janela Fingida, Ed. Seara Nova, 1975

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Avaliação Professor(a)

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Nas perguntas 1., 2., 3., 5. e 7., assinala com uma cruz (X) a afirmação correcta.

1. A narradora conheceu um rapazinho

a. de Lisboa, que trabalhava, pois vivia com dificuldades.

b. que vivia apenas com a mãe e trabalhava, pois vivia com dificuldades.

c. que era órfão de pai e era pobre, embora não trabalhasse.

2. O grande entretimento do rapaz

a. era levar as ovelhas a pastar.

b. era a leitura.

c. era conversar com a narradora.

3. A narradora decidiu enviar ao rapaz

a. uma selecção de livros para jovens que tinha em casa.

b. uma selecção de bons livros que adquiriu.

c. uma selecção de livros que possuía e um outro que comprou.

4. Explica, por palavras tuas, o motivo por que os livros foram enviados com a indicação“para ler ao domingo”.

5. A escolha da narradora revelou-se

a. parcialmente acertada.

b. completamente acertada.

c. completamente errada.

6. Justifica a afirmação que seleccionaste na pergunta anterior.

7. Este episódio permitiu à narradora tirar a seguinte conclusão:

a. na literatura como no teatro, há que escolher obras que as pessoas entendam.

b. as peças de teatro e os livros para o povo devem ser bonitos.

c. na literatura como no teatro, o importante é a qualidade.

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TEXTO PARA RESUMIR 1P

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Nome N.° Turma Data

Avaliação Professor(a)

1. Lê atentamente esta lenda. De seguida, escreve, à frente de cada um dos parágrafos,uma frase que sintetize o seu conteúdo.

A SEREIA DE PONTA RUIVA

Lá pelo século dezasseis, um dia, um pescadorde uma povoação do norte da Ilha das Floresandava na costa a apanhar peixe, como era seucostume. Começou a ouvir uma voz bonita demulher a cantar por perto, mas numa língua quenão conhecia. Ficou a cismar que por ali haviauma sereia. Logo espalhou pelo povoado a novi-dade e, pela maneira como falava da sereia, todosficaram a pensar que ela encantava os homens.

O pescador não pensava noutra coisa e, logoque pôde, poucos dias mais tarde, voltou à pesca,sonhando com a ideia de que havia de ver a sereia.

Tinha acabado de lançar o anzol ao mar, quandocomeçou a ouvir o canto que tanto o perturbava.Recolheu logo a linha e pôs-se a escutar com muitocuidado e a seguir o som. Por fim, encontrou a donade tão melodiosa voz. Não era uma sereia, como elepensava, mas uma linda rapariga de olhos azuis, peleclara e sardenta e cabelos ruivos. Muito assustada,ao começo, nada disse, mas por fim o pescador ficoua saber a sua história. Era irlandesa e tinha-se esca-pado de um navio pirata, atirando-se ao mar quandotinha visto terra próxima.

O pescador ficou ainda mais encantado e,depois de conquistar a confiança da rapariga, vol-tou para casa, trazendo consigo a mulher mais belaque alguma vez a gente do lugar tinha visto.

Algum tempo mais tarde, o pescador casou coma “sereia” e deles nasceram muitos filhos, todos deolhos azuis e ruivos como a jovem irlandesa.

Assim, aquele lugar da Ilha das Flores se passoua chamar, por causa da cor dos cabelos de muitosdos seus habitantes, Ponta Ruiva, e ainda hoje alihá muitas pessoas de pele clara, sardentas e decabelos ruivos, como a jovem irlandesa que um diaali apareceu.

Maria de Lourdes T. Soares e Maria Odete T. Tojal (org.),Histórias de Longe e de Perto, 2.a ed.,

Secretariado Entreculturas e Paulinas Ed., 2003

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2. Copia, agora, as frases que escreveste para as linhas seguintes. Articula bem as fra-ses entre si e evita repetições desnecessárias de palavras ou expressões.

3. Faz a autocorrecção do teu resumo.

O RESUMO – AUTOCORRECÇÃO Sim Não

Referi apenas as ideias ou factos principais do texto a resumir.

Respeitei a ordem das ideias do texto original.

Transformei o discurso directo em discurso indirecto.

Evitei transcrições do texto dado.

Usei palavras minhas, sempre que foi possível.

Articulei bem os parágrafos e as frases.

O texto resumido tem cerca de 1/3 do tamanho do texto original.

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TEXTO PARA RESUMIR 2P

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Nome N.° Turma Data

Avaliação Professor(a)

1. Lê atentamente esta lenda que dividimos em seis partes. De seguida, escreve, à frentede cada parte, uma frase que sintetize o seu conteúdo.

DINORAH

Dinorah, filha de Agar, era uma das maisbelas mouras de todo o Algarve muçulmano.Vivia num belíssimo palácio de mil colunasfinas de mármore rosa, rodeada de coxins desedas coloridas e macias como um roçar deasa de pomba. Jardins de maravilha haviamsido plantados para encantar os seus olhosnegros. Riachos transparentes saltitavam decalhau em calhau num rumorejar de músicaconstante.

E, contudo, Dinorah chorava. Era como seuma tristeza infinda, inexplicável, se tivesseinstalado no seu coração. E Dinorah choravapor estar encerrada. Dinorah chorava, afinal,aquela sua solidão irremissível; chorava-lhe ocoração para amar, sem ter a quem amar. Porisso os seus olhos negros, negros como umcéu onde a lua nunca passeou o luar, eramtristes.

Numa tarde de Primavera, começavam asamendoeiras a florir, estava Dinorah no seubalcão, passeando os olhos tristes e negrospelo desabrochar da natureza. Foi quandopassou um trovador que, ao ver tanta melan-colia, lhe perguntou, cantando, como a pode-ria alegrar. E Dinorah respondeu:

– Ah, trovador, trovador!… Se me puderesajudar, dá-me um véu para noivar…

Ouvindo estas palavras, partiu o cavaleiroa galope, ficou Dinorah a chorar.

Mas mouro com cristão não deve falar e aAlá não agradou este breve instante. Por issodecidiu, logo ali, aqueles dois castigar.

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Chegou a noite e cobriu com o seu mantotodas as coisas da terra. A essa mesma hora,uma voz dulcíssima soou, cantando trovasvelhinhas. E nessa noite Dinorah dormiu tran-quila e em paz porque sabia já não estar só.

Ao acordar, pela manhã, os olhos negros damoura brilhavam. E quando chegou à janelaviu acenar-lhe o braço incansável do trovadorda noite, e tudo, tudo à volta deles eram péta-las brancas de noivar.

Estendeu, também ela, o braço para numaceno agradecer mas, neste gesto, viu-se trans-formar em fonte e o seu trovador mudar-seem lago. Desde então, andam juntos a correrpara o mar e todos os anos, pela Primavera,Alá manda-lhes as flores de amendoeira paraque possam noivar.

Maria de Lourdes T. Soares e Maria Odete T. Tojal (org.),Histórias de Longe e de Perto, 2.a ed., Secretariado

Entreculturas e Paulinas Ed., 2003 (texto adaptado)

2. Copia, agora, as frases que escreveste para as linhas seguintes. Articula bem as frasesentre si e evita repetições desnecessárias de palavras ou expressões.

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TEXTO PARA ESQUEMATIZAR 1P

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Nome N.° Turma Data

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AS VIAGENS NO TEMPODAS DESCOBERTAS

Eram muitos os que compunham a armada. Cada tripulante tinha as suas funções.O capitão-mor era o comandante; seguia-se-lhe o mestre (dirigia as manobras e a tri-pulação), o piloto (manejava os instrumentos de orientação), o contramestre (substi-tuía o mestre), os despenseiros (distribuíam a comida), cozinheiros, carpinteiros,tanoeiros, um barbeiro, um cirurgião, um capelão e, ainda, os marinheiros e os gru-metes. Para além destes, seguia também na armada o escrivão. Este era responsávelpor registar tudo o que acontecia na viagem.

A vida a bordo das caravelas era difícil. Eram muitos os perigos e privações quetinham de enfrentar. Tinham de estar sempre alerta para controlarem as velas e con-seguirem bolinar, ou seja, navegar contra o vento. O piloto tinha de ter em atençãoas correntes e orientar-se pelos astros e pelas cartas de marear.

Durante as tempestades morriam muitos homens e perdiam-se muitos alimentos,o que era muito grave, já que a alimentação era escassa e não se sabia ao certo aduração da viagem.

A alimentação a bordo era feita sobretudo à base de biscoitos, carne ou peixe salga-dos ou fumados, bacalhau, frutos secos, feijão, azeite, mel, pão e vinho. Era ainda cos-tume levar no convés alguns animais vivos, como galinhas, ovelhas e outros, para teremcarne fresca; contudo, eram insuficientes. Como não comiam vegetais nem produtosfrescos, os marinheiros eram muitas vezes atacados por doenças como o escorbuto.

As más condições de higiene eram também causa de muitas doenças. Os cheirosdentro do navio eram nauseabundos. Não havia casas de banho, as pessoas parapouparem a água não se lavavam, os animais circulavam pelo convés, a comidaarmazenada apodrecia. As roupas eram lavadas no mar e secavam no corpo. Osmarinheiros andavam descalços, dormiam no convés, mal abrigados do frio, e com aroupa molhada. Era difícil a vida no mar!

Mas havia momentos de lazer. Para ocuparem os seus tempos livres os marinheirospescavam, jogavam aos dados e conversavam. Aos domingos e dias festivos havia missacantada. Por vezes faziam-se procissões. Quando paravam nas praias, aproveitavampara recolher alguns alimentos e lenha, abastecer-se de água doce e limpar o navio.Matavam os ratos e os insectos e desinfectavam o navio com enxofre ou alcatrão.

Pedro Almiro Neves e outros, Clube HGP5, Porto Editora

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Elementos da armada

Condições dehigiene e de vida

Dificuldades

Lazer

Alimentação

Alimentos:

Consequências:

1. Completa o esquema:

2. Resume o texto no máximo de dez linhas, a partir do esquema anterior.

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TEXTO PARA ESQUEMATIZAR 2P

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Nome N.° Turma Data

Avaliação Professor(a)

COMO RECONHECER UM CIENTISTA

Para reconhecer um verdadeiro cientista, não há um métodocem por cento seguro, mas a descrição seguinte pode constituirum bom método de trabalho.

Em primeiro lugar, uma pessoa que leve debaixo do braço umexemplar do New Scientist não é necessariamente um cientista. Amaioria dos cientistas lêem essa revista à socapa e nunca o referem.

Alguém que use a expressão “rato de biblioteca” não é umcientista, a menos que coma a primeira parte da mesma.

Uma pessoa que vista uma bata branca será, provavelmente,um cientista, a menos que esteja acompanhada por outra pessoavestida do mesmo modo que leve um colete-de-forças. A pre-sença de vários instrumentos de escrita a caírem do bolso supe-rior é um indicador de confiança de que estamos a lidar com umespécime verdadeiro. É claro que há outras pessoas que tambémusam batas brancas, como os médicos ou os que anunciam pas-tas dentífricas na televisão, mas não costumam ter nódoas sinis-tras nem partes carcomidas por ácidos.

Atenção à tabulafilia, que pode definir-se como uma obsessãopouco saudável por quadros e que é um indicador seguro dapresença de físicos. Se um físico isolado pode comunicar comum leigo, embora com dificuldade, dois físicos só podem con-versar entre si na presença de um quadro preto, no qual dese-nham freneticamente símbolos cabalísticos. Se não houver umquadro à mão, não terão quaisquer problemas em utilizar ale-gremente a parede da sala.

O comportamento anómalo nos lavabos também pode consti-tuir uma pista. Se vir alguém a lavar as mãos antes de fazer chichi,pode catalogar essa pessoa, sem qualquer dúvida, como químico.

Todavia, o teste perfeito é olhá-lo nos olhos, que são um livroaberto, desde que tenha um pouco de prática. Os olhos do cien-tista verdadeiro mostram desespero contido. As razões são deduas ordens:

1. O facto de nunca ser possível provar que as teorias científi-cas são correctas. Apenas é possível provar que são incorrectas.E isto de algum modo pesa fortemente no inconsciente científicocolectivo;

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2. O facto de o cientista saber, com toda a segurança, que oseu trabalho é o mais importante de todos, uma vez que lidacom a própria estrutura do universo, e não com as mesquinhas einconsequentes actividades humanas, e que, apesar disso, a suaprofissão tem um estatuto social algures entre o de varredor deruas e o de político.

Se qualquer outra coisa falhar, o estudo da gramática, da sin-taxe e dos padrões de discurso do indivíduo costuma desempatar ojogo. Os cientistas dizem coisas como “tudo depende do que pre-tende dizer com…”, “numa primeira abordagem…”, “dentro doslimites dos erros experimentais…”, “defina o termo…” e “ordensde grandeza” (que nada têm a ver com instruções militares).

Finalmente, e o que é mais interessante, os cientistas conseguemfalar com parágrafos numerados e ordenados, como é costumeproceder-se em revistas especializadas. Quem domina esta técnicacom mestria consegue mesmo usar asteriscos e notas de rodapé.Não aconselhamos esta experiência a novatos sem que antes te-nham uma boa dose de prática.

Brian Malpass, O Especialista Instantâneo em Ciência, 1.a ed., Ed. Gradiva, 1996 (texto adaptado)

1. Esquematiza a informação que este texto apresenta, de acordo comestes passos:

a. Sublinha, em cada parágrafo, as palavras ou ideias principais (aten-ção: sublinhar tudo é o mesmo que não sublinhar nada!).

b. Anota, à margem de cada parágrafo, uma palavra ou frase curtaque indique a ideia a reter.

c. Escolhe o esquema gráfico que contenha essas palavras ou ideias--chave e que mostre a relação entre elas.

2. Redige o resumo do texto a partir do esquema que construíste.

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CONSTRUÇÃO DE TEXTO 1P

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Avaliação Professor(a)

1. Lê o início e o fim de um episódio narrado por um dos intervenientes. De seguida, ima-gina e redige a parte que retirámos ao texto. Deverás:

– manter a narração em 1.a pessoa;

– utilizar discurso directo;

– introduzir curtas descrições (de personagens, ambientes, reacções).

VOAR

– Hoje vou voar a sério! – anunciou umdia o Gouveia, à saída da escola.

Acompanhámo-lo, para ver como era.Pelo caminho ele ia armando o seu mistério.Curiosidade danada, a nossa! Mas nós aju-dávamos a criar a fantasia.

– Fabricaste umas asas?– Frio! Frio! – respondia ele, rindo.– Vais mas é voar num cabo de vassoura!– Isso querias tu! – continuava, perdido

de riso até às lágrimas.

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Só sossegámos, com a consciência remordida, quando soubemos que o Gouveianão tinha morrido. Uma data de tempo na cama do hospital com as pernas e osossos da bacia partidos.

Fernando Campos, O pesadelo de dEus, Difel – Difusão Ed., 1990 (texto adaptado)

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CONSTRUÇÃO DE TEXTO 2P

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Nome N.° Turma Data

Avaliação Professor(a)

1. Conta, por palavras tuas, esta banda desenhada “muda”. Distingue claramente as trêspartes assinaladas: introdução, desenvolvimento e conclusão.

INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO

VENDO

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CONCLUSÃO

Sergio Aragonés, Obras son Amores, Ed. Planeta DeAgostini (adaptado)

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SOLUÇÕES

Pág. 7

O PESCADOR E A SEREIA

a. PF; b. PF; c. V; d. F; e. PF; f. V; g. PF; h. V; i. F; j. PF;l. V; m. F; n. PF; o. V.

Pág. 9

O COELHO E A HIENA

1. b; 2. b; 3. c; 4. b; 5. a; 6. b; 7. a; 8. b; 9. c; 10. a.

Pág. 11

A ESTRELA

a. V; b. PF: mas bem arquitectadas; c. PF: longe; d. F; e. V; f. V; g. V; h. PF: de manhã; i. V; j. F; l. V; m. F; n. PF:bateu à porta de casa do amigo; o. PF: O menino des-confiou; p. V.

Pág. 13

Anúncio publicitário

1. a. V; b. NS; c. NS; d. V; e. NS; f. V.

2. “Castelo”; “medievais”; “herança árabe”; “mura-lhas”; “cultura milenar”.

3. motivar os Portugueses para conhecerem melhorPortugal.

Págs. 14 e 15

O BULE DE CHÁ

1. Palavras pela ordem em que devem ser colocadasno texto:museus; contar; jogar; parceiro; óptimos; melhor;papel; cristal; maravilhosa; estimava; raiva; arte.

2. a. V; b. IS; c. IS; d. V; e. IS; f. F (“…receavam queele perdesse.”); g. V; h. V; i. F (O ministro é que sepropôs jogar com o imperador.); j. V; l. F (É por issoque, no museu, foi colocado o bule sem a tampa.)

Pág. 17

O RAPAZ E O LIVRO

1. b; 2. b; 3. c; 5. a; 7. c.

Págs. 18 e 19

A SEREIA DE PONTA RUIVA

1. e 2. Exemplo:

1.° § No século dezasseis, um pescador da Ilha dasFlores ouviu um canto de mulher e contou quehavia uma sereia naquela localidade.

2.° § Dias depois, foi procurá-la.

3.° § Encontrou, então, uma linda rapariga de olhosazuis, pele clara e sardenta e cabelos ruivos, quelhe contou que era irlandesa e que fugira de umnavio pirata.

4.° § O pescador ficou encantado e levou-a consigopara casa.

5.° § Mais tarde, os dois casaram e tiveram muitosfilhos parecidos com a mãe.

6.° § E porque muitos habitantes tinham os cabelosruivos, aquele lugar passou a chamar-se PontaRuiva.

Págs. 20 e 21

DINORAH

1. e 2. Um resumo possível em seis parágrafos:Dinorah, uma bela moura do Algarve muçulmano,

vivia num belíssimo palácio.No entanto, sentia-se triste e sozinha por não ter

ninguém a quem amar.Certa tarde, um trovador que a viu perguntou-lhe

como a poderia alegrar e ela pediu-lhe que casasseconsigo.

Quando Alá soube que uma moura e um cristãotinham conversado, decidiu castigá-los.

Nessa noite, o trovador cantou e Dinorah dormiutranquila porque já não estava só. E, de manhã, ela viuda sua janela o trovador acenar-lhe, rodeado de péta-las brancas de noivar.

Porém, quando ela lhe estendeu o braço, foi trans-formada em fonte e o seu trovador em lago. A partirdaí, correm juntos para o mar e, na Primavera, Alámanda-lhes flores de amendoeira para que possamnoivar.

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Page 31: Actvs Leitura e Escrita 7º ano

SOLUÇÕES

Págs. 22 e 23

AS VIAGENS NO TEMPO DAS DESCOBERTAS

Elementos da armada: capitão-mor; mestre; piloto;contramestre; despenseiros; cozinheiros; carpinteiros;tanoeiros; barbeiro; cirurgião; capelão; marinheiros;grumetes; escrivão.

Dificuldades: os ventos, as correntes, os instrumen-tos de navegação, as tempestades que provocavam amorte de homens e a perda de alimentos, a duraçãoincerta da viagem.

Alimentação

– Alimentos: biscoitos, carne ou peixe salgados oufumados, bacalhau, frutos secos, feijão, azeite, mel,pão e vinho; carne fresca; não havia vegetais nemprodutos frescos.

– Consequências: doenças como o escorbuto.

Condições:

– de higiene: cheiros nauseabundos provocados por:a) inexistência de casas de banho; b) falta de cui-dados de higiene pessoal; c) circulação livre dosanimais, d) apodrecimento de alimentos. Limpavame desinfectavam o navio apenas quando paravamnas praias.

– de vida: os marinheiros lavavam a roupa no mar;andavam descalços; dormiam no convés; passavamfrio.

Lazer: pesca, jogo de dados e conversa; missa can-tada (domingos e dias festivos); procissões.

Págs. 24 e 25

COMO RECONHECER UM CIENTISTA

Proposta de esquema:Pistas para reconhecer um cientista

I. Não é necessariamente um cientista quem:

a. lê a New Scientist;b. usa a expressão “rato de biblioteca”.

II. É provavelmente um cientista quem:

a. veste uma bata branca, com instrumentos de es-crita no bolso superior e nódoas sinistras ou par-tes carcomidas por ácidos;

b. tem obsessão por quadros pretos (principal-mente se for um físico);

c. lava as mãos antes de urinar (trata-se de umquímico);

d. revela um desespero contido no olhar. Razões:– nunca se poder provar a correcção das teorias

científicas;

– o baixo estatuto social da sua profissão.

e. usa determinadas expressões no seu discurso;

f. fala/escreve com parágrafos numerados e or-denados.

Págs. 26 e 27

VOAR

Parte retirada do excerto:“Atas um foguete ao rabiosque e pedes à gente que

te bote fogo!”“É o botas!”“Depois, no ar, pareces uma bicha-de-rabiar.”“A tua mãe!”Chegámos à casa dele. Apontou-nos lá para cima o

varandim das águas-furtadas:“Esperai aqui!”Fomos para o outro lado da rua, encostámo-nos a

uma parede, de nariz no ar. O janelo chiou emperrado.Aparece o Gouveia, galga a grade de ferro e, um ins-tante oscilando sobre o abismo, as biqueiras das chan-cas fora da estreiteza do parapeito, abre a negridão deum enorme guarda-chuva. Roíamos as unhas, a respi-ração contida e o coração louco. O companheiro lança--se no vácuo… Havia milhões de séculos que a natu-reza tinha inventado a umbrela com seus equilíbriosradiais. O fulcro do pára-quedas improvisado encon-trava-se deslocado e num ápice um golpe de ar guinaas bandas gomadas para a direita e, despenhado, opobre Gouveia, sem o tempo de um grito, vem esborra-char-se no solo como morto. Desatámos aos berros.Acorreram os adultos, o Fortunato, o Marques, o pa-deiro, o Dr. Moreira, o professor, o abade. Compareceo Dr. Maurício, que se ajoelha a auscultar, a abrir aspálpebras, a dar ordens. Chega a ambulância…

Fernando Campos, O pesadelo de dEus, Difel Ed., 1990

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