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Ação Educativa Profª Dra. Ângela Cristina Puzzi Fernandes

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Page 1: Ação Educativa Profª Dra. Ângela Cristina Puzzi Fernandes

Ação Educativa

Profª Dra. Ângela Cristina Puzzi Fernandes

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Ação Educativa em Saúde

O fim da ação educativa é desenvolver no indivíduo e no grupo:• a capacidade de analisar criticamente a sua

realidade;• De decidir ações conjuntas para resolver

problemas;• Modificar situações;

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• Modificar situações, • De se organizar e realizar a ação e • De avaliá-la com espírito crítico.

• A ação educativa visa conscientizar a população para a saúde, levando-os a adquirir novos comportamentos frente à saúde.

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A ação educativa deve privilegiar a aquisição de conhecimentos para que os indivíduos e população possam se apropriar dos conteúdos de saúde , e com consciência crítica conquistarem melhores condições de saúde.

Mas como fazer?

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• A Enfermagem é uma Área do conhecimento que abrange atividades como o cuidar, o gerenciar e o educar, entre outras.

• Nos diferentes cenários onde exerce a sua prática profissional - hospitais, unidades de saúde, ambulatórios, escolas, creches, empresas e domicílios -, o horizonte da enfermagem não se restringe somente a sujeitos em situação de doença(1)..

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• Dentre as diversas formas de atuação do enfermeiro na sociedade moderna, a prática educativa vem despontando como principal estratégia à promoção da saúde

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Velha Saúde Pública

• Salienta-se que existem duas maneiras de enfocar a educação em saúde: a primeira remete à 'velha' Saúde Pública, na qual as práticas educativas direcionam-se, especialmente, à prevenção de doenças.

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Nova Saúde Pública

• Na segunda, a `nova' educação em saúde, espera-se alcançar a superação do modelo biomédico, estendendo-se a objetivos amplos que visem uma vida saudável(3).

• nova' Saúde Pública - que objetiva promover uma transformação social, combatendo as desigualdades sociais emergentes nos Sistemas de Saúde

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• Atualmente, nota-se, empiricamente, que a prática educativa está centrada nas pessoas doentes ou naquelas suscetíveis a alterações no seu estado de saúde, uma vez que o profissional direciona suas ações para indivíduos que procuram os serviços de saúde por alguma possível patologia.

• Entretanto, existe pouca preocupação com aquele que cuida da pessoa enferma e que não exerce atividade remunerada e/ou profissional indicado para isso: o cuidador leigo..

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OS CUIDADORES LEIGOS NO CENÁRIO BRASILEIRO

• O cuidado é uma ciência, sendo que nos hospitais e unidades de saúde ele é desempenhado, especialmente, pelos profissionais de enfermagem.

• Porém, sabe-se que o mesmo também é exercido, histórica e culturalmente, por pessoas sem formação profissional, tanto no âmbito familiar/comunitário quanto nas Instituições de Saúde(10). Para denominar essas pessoas, utiliza-se a expressão 'cuidadores leigos'.

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• Tendo em vista a dificuldade de se encontrar, na literatura científica, uma definição do termo, o entendem como a pessoa que presta o cuidado ao doente - tanto no âmbito institucional quanto no familiar -, atuando sem remuneração e/ou formação profissional especializada.

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• Segundo a literatura, o cuidador leigo sempre existiu.

• A prática de cuidar iniciou-se, tradicionalmente, no âmbito privado do domicílio, uma vez que a estrutura familiar era multigeracional e possibilitava, assim, essa prática.

• Os familiares eram reconhecidos como a fonte de cuidado para as pessoas dependentes, sendo que a figura feminina era eleita responsável por esse cuidado

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• A Revolução Industrial, contudo, trouxe consigo a urbanização da população, o aumento de demanda por mão-de-obra e o ingresso das mulheres no mercado de trabalho, refletindo em alterações na estrutura familiar, que se tornou, predominantemente, unigeracional

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• Atualmente, a prática profissional permite afirmar que, muitas vezes, o ser adoecido enfrenta essa etapa da vida com a presença de algum familiar, o qual, por necessidade, mesmo sem formação especializada, torna-se cuidador.

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• Em contrapartida, os programas de saúde, vigentes no Brasil, desconsideram o cuidador leigo, que é componente fundamental para a reabilitação e recuperação das pessoas enfermas.

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• Essa 'desconsideração' ao cuidador leigo é preocupante, ao passo que a atual propensão nos Sistemas de Saúde vigentes no Brasil é a de indicar a permanência de pessoas em suas casas - tanto aquelas com doença controlada (em especial, aquelas crônico-degenerativas) quanto aquelas em situação de cuidados paliativos - sob o cuidado de sua família.

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• Isso se deve, em parte, à preocupação das instituições e do Estado com a redução dos custos decorrentes da assistência hospitalar, bem como à importância atribuída à estimulação de vínculos entre doente e familiares no ambiente domiciliar

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• No Brasil, como no resto do mundo, o cuidado leigo é prestado, na maioria das situações, por pessoas com algum grau de parentesco, do sexo feminino e com proximidade física e/ou afetiva com o doente.

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• Além disso, como as mulheres vivem mais, compete a elas, então, a tarefa de cuidar do cônjuge, uma vez que os homens, teoricamente, adoecem e morrem mais cedo(7).

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• Mais especificamente, pode-se inferir que as mulheres esposas, mães ou filhas refletem o perfil do cuidador leigo), pois é usual afirmar que compete à mulher a tarefa de cuidar da casa, dos filhos ou dos idosos, uma vez que ela é destinada, pelo senso comum, para ser mãe e cuidar da família(17

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• O que se observa, contudo, é que essa ação de cuidar exercida pelos familiares ainda não recebe o destaque que merece por parte dos profissionais de saúde, tendo em vista a pouca relevância que as Políticas Públicas têm demonstrado ao tema.

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• Além disso, verifica-se que os profissionais de saúde são preparados, especialmente, para atender os indivíduos doentes, com enfoque direcionado à patologia.

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• Esquecem-se, desse modo, das pessoas que estão vinculadas aos pacientes, e que necessitam de informações e apoio para suas dificuldades que, muitas vezes, se refletem ou se refletirão em sua própria saúde

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• Na atualidade, existem diversas abordagens referentes à educação em saúde.

• Entretanto, considerando suas similitudes, pode-se agrupá-las em duas propostas: a educação em saúde tradicional e a educação em saúde radical, as quais, recentemente, têm sido discutidas no Brasil.

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• A abordagem tradicional tem como base a prevenção de doenças, expressando o modelo hegemônico da assistência biomédica.

• Nela, o foco da ação é a doença e a mudança de comportamento individual, sendo gerada e imposta pelos profissionais de saúde

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• Numa outra visão, o modelo radical de educação em saúde propõe-se a trabalhar com uma perspectiva moderna de educação, despertando a consciência crítica das pessoas e grupos sociais, envolvendo-os nos aspectos relacionados à saúde.

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• No modelo radical, o educador em saúde tem o papel de facilitador das descobertas e reflexões dos sujeitos sobre a realidade, sendo que os indivíduos têm o poder (empowered) e a autonomia de escolher as alternativas

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• A prática educativa em saúde seria ferramenta importante para a estimulação dos princípios que regem a noção de autocuidado, ou seja, é por meio dela que se busca um viver saudável.

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Referências

• SOUZA, Luccas Melo de; WEGNER, Wiliam and GORINI, Maria Isabel Pinto Coelho. Educação em saúde: uma estratégia de cuidado ao cuidador leigo. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2007, vol.15, n.2, pp. 337-343. ISSN 0104-1169. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692007000200022