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    Saiba como abrir uma empresa

    Indústria

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    Como abrir uma Indústria 2

    SEBRAE MINAS

    Lázaro Luiz GonzagaPresidente do Conselho Deliberativo

    Afonso Maria RochaDiretor Superintendente

    Luiz Mário Haddad Pereira SantosDiretor Técnico

    Fábio Veras de SouzaDiretor de Operações

    Unidade de Atendimento Individual ao EmpreendedorMara VeitGerente

    Ariane Maira Chaves Vilhena Haroldo Santos AraújoLaurana Silva Viana Viviane Soares da CostaEquipe Técnica

    Empresários EntrevistadosJosé Luiz de Oliveira, Felipe Ribeiral Mayrink e Marco Túlio Starling Carlos

    ColaboraçãoAlessandro Flávio Barbosa Chaves, José Márcio Martins

    Ficha técnica

    2013 - SEBRAE MINASTodos os direitos reservados. É permitida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio,desde que divulgadas as fontes.

    Design GráficoCentro de Estudos e Desenvolvimento de Projetos de Design - ED/UEMGCoordenação: Silvestre Rondon CurvoProfessor Orientador: Frederico MottaDesenvolvimento: Daniella Salles e Gabriel Coutinho

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    Como abrir uma Indústria 3

    O Ponto de Partida é um produto do Sebrae Minas que reúne informações essenciaissobre os vários aspectos da abertura de um negócio. Ele é dividido em dois manuais, umcom aspectos gerais e outro com específicos.

    Neste manual, você encontrará informações importantes sobre o que precisa serobservado em cada uma das cinco etapas da abertura de empresas, no setor da indústria.Para auxiliá-lo, ao final do texto de cada etapa, incluímos dicas sobre “como” e/ou “onde”

    você poderá desenvolver o que foi sugerido.

    É objetivo deste manual contribuir para o planejamento de empreendimentos. Lembre-se de que a atitude de buscar informações antes da abertura de uma empresa favorecea constituição de empreendimentos mais bem preparados para atuar em um mercadocada vez mais competitivo. Considere ainda que sustentabilidade, responsabilidadesocial, tecnologia digital (equipamentos, softwares, redes sociais etc.) e outros temastêm ganhado destaque na sociedade e precisam ser considerados no âmbito daspráticas empresariais.

    O Sebrae Minas não se responsabiliza pelo resultado final do empreendimento, umavez que o sucesso de um negócio depende de muitos fatores, como comportamentoempreendedor, existência de mercado, experiência, atenção às características própriasdo segmento dentre outros. Entretanto, o Sebrae Minas dispõe de diversos programaspara orientar e capacitar empreendedores e empresários. Para mais informações, visiteum dos nossos Pontos de Atendimento, acesse www.sebraemg.com.br ou ligue 0800570 0800.

    ApresentaçãoQuer abrir o seu próprio negócio? Ponto de Partida: aqui começa o sucesso.

    Atenção

    É recomendável a leitura do manual Ponto de Partida específico (por exemplo:como montar uma padaria, fábrica de alimentos prontos congelados) daatividade de seu interesse para obtenção de outras informações importantes ecomplementares.

    Outras leituras,cursos etc.

    sugeridos peloSebrae Minas.

    Orientaçõespara quem

    quer montaruma Padaria.

    + + =

    http://www.sebraemg.com.br/http://www.sebraemg.com.br/

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    Sumário

    Por onde começar?1 - Avaliação do perfil empreendedor

    2 - Identificação de oportunidades

    2.1 - Plano de negócio

    2.2 - Pesquisa de mercado

    2.3 - Acesso a serviços financeiros

    3 - Aspectos legais

    3.1 - Acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade

    reduzida

    3.2 - Regularização ambiental

    3.3 - Política Nacional de Resíduos Sólidos

    3.4 - Defesa do consumidor

    3.5 - Proibição da prática do tabagismo

    3.6 - Passo a passo para registro

    3.7 - Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE)

    3.8 - Licenças necessárias para cada tipo de negócio

    3.9 - Lei Geral das micro e pequenas empresas

    3.10 - Noções tributárias3.11 - Registro de marcas

    3.12 - Normas Trabalhistas

    3.13 - Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) ou Acordos

    Coletivos de Trabalho (ACT)

    3.15 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e

    Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)

    3.15 - Equipamento de Proteção Individual (EPI)

    4 – Implantação do negócio5 – Gestão do negócio

    Endereços úteis

    Cursos e eventos

    Sugestão de vídeo

    Sugestões para leitura

    Fundamentação Legal

    Referências

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    Por onde começar?Conheça as etapas que você deverá percorrer para abrir seu negócio

    Neste manual, você encontrará sugestão de caminho a ser percorrido para a abertura doseu negócio. A intenção é orientá-lo em relação aos processos que devem ser seguidosa fim de que você adquira conhecimentos suficientes para, depois de abrir, manter a suaempresa no mercado. Lembre-se de que, além das indicações de cursos e leituras destemanual, é muito importante que você continue buscando informações em outros meiose instituições especializadas.

    Avaliação do Perfil

    Empreendedor

    1

    Identificação deOportunidades

    2

    Aspectos Legais3

    Implantação doNegócio

    4

    Gestão do Negócio5

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    Quer abrir uma indústria? Então, saiba que o primeiro passo desse projeto é conheceras características de empreendedores que deram certo e verificar se você se identificacom elas. O psicólogo norte-americano David McClelland foi o grande estudioso quepesquisou e definiu as dez características do comportamento empreendedor, utilizadashoje em programas como o Empretec, desenvolvido pela ONU e implantado no Brasilpelo Sistema Sebrae. Confira as dez características:

    1 – Avaliação do perfil empreendedor

    Conheça as principais características de empreendedores de sucesso

    • Busca de oportunidades e iniciativa;• Persistência;• Correr riscos calculados;• Exigência de qualidade e eficiência;• Comprometimento;• Busca de informações;• Estabelecimento de metas;• Planejamento e monitoramento sistemáticos;• Persuasão e rede de contatos;• Independência e autoconfiança.

    É preciso ressaltar que nem sempre uma pessoa reúne todos as características deempreendedores de sucesso. No entanto, se você se identificou com a maioria delas,terá grandes chances de se dar bem. Mas, se descobriu pouca afinidade, reflita sobre oassunto e procure se aprimorar.

    Como o Sebrae pode auxiliar nesta etapa? 

    Cursos:  “Oficina do Empreendedor”, “Aprender a empreender”, “Empreendedorismo

    – Rumo ao próprio negócio” e “Saber empreender”.

    Mais informações: 0800 570 0800 / www.sebraemg.com.br 

    Na prática

    http://www.sebraemg.com.br/http://www.sebraemg.com.br/

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    2 – Identificação de oportunidades

    Depois de avaliar o perfil empreendedor, você deve identificar e avaliar umaoportunidade de negócio

    Caso você tenha dúvida sobre o que montar, visite nosso site www.sebraemg.com.br1,participe das palestras “Como montar”2 e/ou converse com empresários dos segmentosque mais lhe despertam interesse. Atente também para algumas recomendações dequem já passou por esta fase:

    1 Há mais de 250 manuais disponíveis para download gratuito mediante cadastro em: http://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/home.aspx.2 Consulte a programação no site do Sebrae Minas.

    A primeira dica é ter perfil empreendedor.

    “Sempre quis abrir um negócio. Saí do meu emprego quandosenti que tinha segurança para conduzir a minha empresa. Mesmoassim, se eu não tivesse persistência de achar que o negócio dariacerto eu não teria conseguido. Realmente é preciso acreditar, poishá muita dificuldade quando se inicia. Mas, eu sou muito teimosoe nunca tive medo de trabalhar”. José Luiz de Oliveira, proprietáriodo Roma Plus (Belo Horizonte)

    A segunda dica é não desistir e buscar superar os desafios, pois a persistência é umacaracterística importante em um empreendedor.

    “A maior dificuldade no começo é alcançar um padrão deprodutos, procedimentos e rotinas de trabalho. Quandose está começando é complicado porque você ainda estáimplementando os processos e as pessoas que vem não temprocesso nenhum, elas fazem as coisas do jeito que estãoacostumadas a fazer e conscientizá-las que é preciso fazer tudocertinho, que é trabalhoso, mas é necessário”. Felipe RibeiralMayrink , proprietário da Manjar Alimentos (Belo Horizonte).

    A terceira dica é atentar-se para os fatores externos que influenciam a sua empresa. Oempresário tem que se comprometer com a comunidade na qual está inserida.

    “Recolho o óleo, o chumbo e a sucata. Tenho contato comempresas que compram, reciclam e depois vendem para mim.É interessante como as ações da empresa tornam-se referênciae são absorvidas pelos funcionários, que passam a praticá-lasem suas casas”. Marco Túlio Starling Carlos, proprietário THCCentro Automotivo (Belo Horizonte)

    http://www.sebraemg.com.br/http://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/home.aspxhttp://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/home.aspxhttp://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/home.aspxhttp://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/home.aspxhttp://www.sebraemg.com.br/

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    Assim, após a identificação do negócio, será necessário verificar se “vale a pena”investir na nova empresa. Para tomar esta decisão, você precisará fazer uma pesquisade mercado, um plano de negócios e avaliar a disponibilidade de recursos financeiros.

    Cada uma dessas etapas é descrita a seguir.

    2.1 – Plano de negócio

    O plano de negócio é uma ferramenta que possibilita o entendimento e a visualizaçãode uma empresa no papel, com suas características e peculiaridades, antes de partirpara o desembolso do investimento. Ele contribui notavelmente para a inicialização,competitividade e longevidade da empresa, tornando mais claro o caminho e indicandoas direções mais acertadas a serem seguidas. Nele são sintetizadas as principaisinformações e variáveis operacionais, táticas e estratégicas referentes à empresa e ao

    mercado, respondendo muitas das questões fundamentais relativas ao negócio antesde sua abertura.

    O plano de negócio é composto pelo plano de marketing, plano operacional e peloplano financeiro, todos fundamentados nas análises feitas com base na sua pesquisade mercado e que irão, por sua vez, dar base à construção de cenários e avaliação dasestratégias que foram formuladas.

    2.2 – Pesquisa de mercado

    A elaboração de uma pesquisa de mercado tem por objetivo reduzir o risco e ograu de incerteza, fornecendo informações essenciais para analisar a viabilidadedo empreendimento. São coletadas informações com o consumidor, fornecedor ouconcorrentes para orientar a tomada de decisão e solução de problemas. A pesquisade mercado é a ferramenta certa para, por exemplo, conhecer melhor os consumidorese a estrutura da concorrência ou, após abertura do negócio, identificar, por exemplo,estratégias para valorizar marcas.

    2.3 – Acesso a serviços financeiros

    Ter uma ideia de negócio e avaliá-la é um importante passo para quem deseja constituir

    uma empresa. Entretanto, a necessidade de recursos financeiros para concretizaçãodesse projeto tem sido um limitador para muitos empreendedores brasileiros. De acordo com o Global Entrepreneurship Monitor 2012 (GEM), maior estudo mundialsobre empreendedorismo, o montante total de recursos necessários para empreenderno Brasil é obtido, em sua maioria, com familiares próximos, como cônjuges, irmãos,filhos, pais ou netos (60,9%).

    Existe financiamento para empresas em implantação, mas o acesso não é fácil.Geralmente, as instituições financeiras consideram empresas em implantação aquelas

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    formalmente constituídas há, pelo menos, três meses. Isso significa que a empresadeverá estar em funcionamento (situação comprovada por Contrato Social, CNPJ,Inscrição Estadual, Alvará de Funcionamento, Certidões Negativas etc.) e ter faturamento

    (além de informações técnicas, econômicas e financeiras da empresa, suas projeções egarantias). Os bancos analisam caso a caso e avaliam critérios como os ilustrados a seguir:

    Os bancos públicos - de âmbito nacional, regional ou estadual - são importante parte dasolução de crédito, mas não são os únicos. Os bancos privados e outros agentes do sistemafinanceiro, incluindo cooperativas e instituições de microcrédito, também podem serconsultados, mas o ideal é que você possua boa parte dos recursos, já que, na maioriadas vezes, as instituições financeiras podem solicitar contrapartida no investimento.

    Vale ressaltar que, antes de arriscar seu patrimônio, é necessário planejar eavaliar todos os aspectos do negócio com muito cuidado. Nesse sentido, émuito importante ter algumas atitudes que contribuam para a sobrevivência donegócio, como observar o cenário econômico e o mercado em que se pretendeinserir, atentar para futuras crises e adotar mecanismos de controle do negócio.

    OBSERVAÇÃO: O Sebrae não é instituição financeira e não está autorizado pelo BancoCentral a emprestar recursos. No entanto, realiza uma série de ações e atividades que

    apoiam o empreendedor no acesso aos serviços financeiros e na obtenção de crédito.

    Bom histórico derelacionamento

    com o banco

    Apresentaçãode bom projetode viabilidade

    econômico-financeira

    Presença deGarantias

    ExperiênciaGerencial

    Experiênciano ramos de

    atividade

    Risco da proposta(objetivo, valor,

    finalidade e prazodo crédito e sua

    adequação)

    Recursos Próprios

    InstituiçãoFinanceira

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    Como o Sebrae pode auxiliar nesta etapa? 

    Manuais da Série Como Elaborar:

    1) “Como elaborar um plano de negócio” *

    Permite identificar e restringir os erros no papel, colaborando paraque você não os cometa no mercado. Você definirá os objetivosdo negócio e conhecerá os passos que devem ser dados para queas metas sejam alcançadas, diminuindo os riscos e as incertezas.

    Obs.: Você poderá fazer o download gratuito do software Como elaborar um Plano de Negócio no

    portal http://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Software/Software-

    Plano-de-Negocio-20. Esta opção permite que você faça o lançamento dos dados do seu negócio,identifique com mais clareza eventuais divergências e visualize os resultados de todos os cálculos,

    efetuados automaticamente pelo programa.

    2) “Como elaborar uma pesquisa de mercado”*

    Aprenda como e quando formular e aplicar uma pesquisa demercado. Com o manual, você terá acesso às pesquisas maisusadas para micro e pequenas empresas, como as voltadas àimplantação de novos negócios e aquelas aplicadas em empresas

     já existentes.

    * Os manuais podem ser adquiridos nos Pontos de Atendimento do Sebrae Minas ou gratuitamente emnosso site ( www.sebraemg.com.br  ).

    Série “Ponto de Partida”

    Saiba mais sobre a(s) atividade(s) de seu interesse, dentre mais de250 disponíveis para download gratuito no site do Sebrae Minas.

    Série “Microempreendedor Individual”

    Faça download dos manuais com atividades específicas paraempreendedores individuais, gratuitamente, no site do SebraeMinas. Dessa forma, fica mais fácil identificar qual o melhornegócio para você.

    Unidade de Acesso a Serviços Financeiros (www.uasf.sebrae.com.br )

    Site que tem por objetivo aproximar o sistema financeiro ao segmento das micro epequenas empresas para ampliar o acesso e reduzir os custos do crédito e demaisserviços financeiros.

    Mais informações: 0800 570 0800 / www.sebraemg.com.br 

    Na prática

    http://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Software/Softwarehttp://www.sebraemg.com.br/http://www.uasf.sebrae.com.br/http://www.sebraemg.com.br/http://www.sebraemg.com.br/http://www.uasf.sebrae.com.br/http://www.sebraemg.com.br/http://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Software/Software

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    3 – Aspectos legais

    Conheça as regulamentações legais e formalize o seu negócio

    Depois de avaliar o perfil empreendedor e identificar a oportunidade do negócio, é horade conhecer os aspectos legais que envolvem a formalização do negócio.

    Alguns empreendimentos possuem legislação específica e rigorosa, como acontece,por exemplo, na indústria de alimentos. Contudo, existem aspectos gerais aplicáveis a

    todos os negócios, como o respeito ao meio ambiente, que além de uma questão legalé um movimento social. Da mesma maneira, o respeito à saúde do empregado comutilização de equipamentos de proteção coletiva e individual, bem como a promoçãoda acessibilidade de pessoas com deficiência ou modalidade reduzida são aspectosaplicáveis a todos os negócios e não podem ser vistos como modismos.

    3.1 – Acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida

    O Decreto Federal nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, regulamenta as Leis nº 10.048,de 8 de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelecemnormas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas comdeficiência ou mobilidade reduzida.

    Este Decreto determina algumas normas para oferecer acessibilidade às pessoas comdeficiência ou modalidade reduzida, sejam clientes ou até mesmo funcionários. Entãofique atento às normas de edificação para atender essas pessoas.

    A Lei Federal 8.213 de 24 de julho de 1991 determina que empresas com mais de 100funcionários esteja obrigadas a preencher de dois a cinco por cento dos seus cargoscom beneficiários reabilitados, ou pessoas com deficiência.

    Para concessão de Alvará de Funcionamento ou sua renovação para qualquer atividade,devem ser observadas e certificadas as regras de acessibilidade previstas na legislaçãoe nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT NBR 9050:2004 Versão Corrigida: 2005.

    De acordo com esse Decreto, consideram-se edificações de usocoletivo: aquelas destinadas às atividades de natureza comercial,hoteleira, cultural, esportiva, financeira, turística, recreativa, social,religiosa, educacional, industrial e de saúde, inclusive as edificaçõesde prestação de serviços de atividades da mesma natureza (artigo8º, inciso VII).

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    É recomendável que o empreendedor leia o Decreto Federal nº 5.296/04 na íntegra,para verificação de detalhes quanto às normas específicas de edificações e instalaçõesdo empreendimento.

    3.2 - Regularização ambiental

    O empreendedor deve estar atento às normas de direito ambiental antes de iniciar suasatividades.

    No âmbito do Estado de Minas Gerais existe regulamentação no sentido de que todoo empreendimento deverá proceder à Regularização Ambiental antes do início dofuncionamento da atividade, conforme Decreto Estadual nº 44.844, de 25 de junho de2008.

    A regularização ambiental é a adequação do empreendimento perante o poder públicono que se refere a Licenciamento Ambiental, Autorização Ambiental de Funcionamento,Certidão de Dispensa, Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos, Cadastro de UsoInsignificante, Supressão de Vegetação Nativa e Intervenção em Área de PreservaçãoPermanente.

    Para solicitar a Regularização Ambiental, o empreendedor deverá preencher o Formuláriode Caracterização do Empreendimento (FCE), disponível no site da Secretaria de Estadode Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) www.semad.mg.gov.br.

    O FCE é um documento que viabiliza a solicitação de diversas autorizações, comoOutorga do Direito de Uso da Água, Licenciamento Ambiental e Autorização paraExtração Florestal.

    Após o devido preenchimento, ele deverá ser entregue na Superintendência Regionalde Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram) e aguardar sua análise pelomencionado órgão ambiental.

    A Supram, após apreciação da FCE entregue, poderá emitir Certificado de Dispensaou gerar um Formulário de Orientação Básica (FOB)  no qual constam todos os

    documentos necessários para a formalização dos processos de Licenciamento, deAutorização Ambiental de Funcionamento, Outorga do Direito de Uso da Água, Cadastrode Uso Insignificante de Água, Supressão de Vegetação Nativa e Intervenção em Área dePreservação Permanente, quando forem os casos.

    Os empreendimentos ou atividades dispensados dos instrumentos de LicençaAmbiental ou Autorização Ambiental de Funcionamento, após ser analisada a FCE pelaautoridade competente, não receberão o FOB, adquirindo somente uma Certidão deDispensa emitida pelo órgão ambiental estadual competente, mesmo sendo passível deLicenciamento Ambiental perante o município.

    http://www.semad.mg.gov.br/http://www.semad.mg.gov.br/

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    Somente depois de recebida toda a documentação exigida no FOB, quando necessário,é que será publicado no Diário Oficial do Estado o requerimento de Licença Ambiental.

    Os empreendimentos de pequeno porte e de pequeno ou médio potencial poluidor,bem como os empreendimentos de médio porte e de pequeno ou médio potencialpoluidor são obrigados a obter a Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF)ficando dispensados do Licenciamento Ambiental.

    Já os empreendimentos de maior porte e/ou maior potencial poluidor são obrigados aefetuar o processo de Licenciamento requerendo as Licenças Prévias (LP) de Instalação(LI) e de Operação (LO).

    A Deliberação Normativa nº 74 do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) é

    a norma legal que regulamenta o Licenciamento Ambiental dentro do Estado de MinasGerais e estabelece critérios para a classificação dos empreendimentos e seu porte epotencial poluidor. Para consulta na íntegra da DN nº 74, consulte o site www.semad.mg.gov.br.

    Conforme dito, dependendo da atividade e do potencial poluidor, o empreendedordeverá apresentar na Supram os documentos exigidos no FOB para regularizaçãoambiental. Lembre-se: a regularização ambiental não termina com a obtenção da LO ouAAF, pois sempre será necessária a manutenção das regularidades ambientais implícitasou explícitas na Licença Ambiental ou na AAF.

    Outro ponto de suma importância é o Cadastro Técnico Estadual, no qual o empreendedordeverá se inscrever no prazo máximo de 30 dias, a contar do início de suas atividades,por meio de preenchimento de formulário eletrônico disponível no site www.siam.mg.gov.br

    Esse cadastro somente é obrigatório para as atividades constantes nos anexos I e II daLei Estadual nº 14.940, de 29 de dezembro de 2003. Para saber se a sua atividade estáinclusa nesses anexos e obter mais informações, acesse o site www.siam.mg.gov.br

    O cadastro, após o devido preenchimento e emissão automática de um protocolo,deverá ser impresso e guardado pelo usuário.

    Para outras informações, o empreendedor deverá consultar diretamente a FundaçãoEstadual do Meio Ambiente (Feam), o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o InstitutoMineiro de Gestão das Águas (Igam) ou as Superintendências Regionais de MeioAmbiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram’s).

    A defesa do meio ambiente é competência comum da União, do Distrito Federal, dosEstados e dos municípios, por isso, é necessário que o empreendedor consulte também aSecretaria Municipal do Meio Ambiente ou a Prefeitura para obter mais esclarecimentosde eventuais exigências locais onde pretende explorar suas atividades.

    http://www.semad.mg.gov.br/http://www.semad.mg.gov.br/http://www.siam.mg.gov.br/http://www.siam.mg.gov.br/http://www.siam.mg.gov.br/http://www.siam.mg.gov.br/http://www.siam.mg.gov.br/http://www.siam.mg.gov.br/http://www.semad.mg.gov.br/http://www.semad.mg.gov.br/

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    3.3 - Política Nacional de Resíduos Sólidos

    A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) intitulada pela Lei Federal nº 12.305, de02 de agosto de 2010 vai além da simples coleta seletiva de materiais, racionamento deenergia e reaproveitamento de água.

    O objetivo da PNRS é proporcionar um entendimento completo de toda a cadeiaprodutiva da empresa, isto porque, tornar um negócio sustentável com o menor impactopossível para o ambiente não é mais uma opção, mas uma obrigação do empreendedor.

    Com a política, fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores serão obrigadosa destinar corretamente o lixo produzido em diversas etapas, do desenvolvimento doproduto à disposição final. A lei exige, inclusive, que muitas empresas desenvolvam umsistema de logística reversa que permita o retorno dos resíduos à indústria para seremreaproveitados.

    Logística reversa é o retorno dos produtos, após o uso pelo consumidor, à empresa parareaproveitamento ou outra destinação final ambientalmente adequada.

    São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, de formaindependente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos,os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

    Formulário de Caracterizaçãodo Empreendimento

    Certidão de Dispensa Formulário deOrientação Básica

    Documentosentregues ao órgão

    AutorizaçãoAmbiental de

    Funcionamento

    Licença PréviaLicença de InstalaçãoLicença de Operação

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    • Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cujaembalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras degerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em

    normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou emnormas técnicas;

    • Pilhas e baterias;

    • Pneus;

    • Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

    • Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

    • Produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

    Caso a micro e pequena empresa gere apenas resíduos sólidos (papel, lixo comum) emquantidade equiparada ao consumo domiciliar, estará dispensada de apresentar umplano de gerenciamento de resíduos sólidos. Para as demais, o plano é obrigatório ehaverá fiscalização por parte dos municípios.

    3.4 - Defesa do consumidor

    A Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – conhecida como Código de Defesado Consumidor (CDC), fala sobre as normas gerais na relação de consumo. De acordocom a lei, consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire produto ou serviço,desde que seja para consumo final, quer dizer, não pode ser para revenda ou insumo deprodução.

    Já fornecedor, é toda pessoa física ou jurídica, seja ela pública ou privada, nacional ouestrangeira, que desenvolve atividade de produção, montagem, criação, construção,transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtosou prestação de serviços.

    Produto, nos termos da legislação consumerista, é qualquer bem, móvel ou imóvel,material ou imaterial.

    Um ponto que merece destaque é a responsabilidade solidária de todos os fornecedoresda cadeia de produção. O que é isso? Se o consumidor se sentir lesado por um defeito deum produto, poderá acionar cumulativamente ou isoladamente qualquer fornecedorda cadeia de produção, ou seja: o produtor e/ou o montador, e/ou o importador, e/ou odistribuidor, e/ou a loja que vendeu diretamente o produto defeituoso.

    Todos, de acordo com o CDC, são responsáveis, podendo o consumidor acionaradministrativamente ou judicialmente o integrante da rede de negócio que achar maisconveniente.

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    Já a responsabilidade objetiva resume-se ao fato de que, independentemente deculpa, se for comprovado o dano do consumidor por vício ou defeito do produto, emuma típica relação de consumo, e se este não contribuiu para este dano, o fornecedor

    será responsável por repará-lo, cabendo ação de regresso do fornecedor contra ooutro fornecedor que deu causa. Essa ação é da esfera civil, em nada prejudicando oconsumidor lesado. Vale ressaltar que as responsabilidades objetiva e solidária são aregra da Lei Federal nº 8.078/90, cabendo exceções.

    Caso o produto adquirido apresente defeito e não seja sanado no prazo de 30 dias, oconsumidor tem o direito de trocá-lo por outro igual, ou pedir a restituição da quantiapaga ou abatimento do preço caso necessário. A troca deve ser feita por qualquerempreendimento da cadeia de fornecedores, a critério do consumidor, ou seja, oconsumidor escolhe se vai pedir a troca para o fabricante ou loja, por exemplo.

    Outra questão que merece ser realçada é a garantia legal do produto. De acordo com oCDC a garantia legal é, em regra, de 3 meses. Caso o fabricante deseje oferecer garantiasuperior à legal, esta é chamada de garantia complementar.

    Por exemplo, um produto tem garantia de 1 ano. Deverá ficar bem claro no termo degarantia se a garantia complementar é de 1 ano, sendo ao total 1 ano e três meses(um ano de garantia complementar e 3 meses de garantia legal); ou de nove mesesde garantia complementar mais 3 de legal, totalizando 12 meses. O tempo de garantiacomplementar é liberalidade do fabricante.

    As sanções previstas no CDC para quem viola os direitos do consumidor vão desdea advertência, apreensão do produto ou suspensão da atividade, até interdição doestabelecimento e podem ser cumuladas com pagamento de multa, independentementede ações nas esferas cível e criminal.

    Para evitar ser punido por possível prática infrativa aos direitos do consumidor,é preciso estar atento às normas consumeristas e saber os direitos e deveresdo consumidor, bem como os do fornecedor. A educação e a informação defornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, é direito de todos

    e visa à melhoria do mercado de consumo.

    Importante

    3.5 - Proibição da prática do tabagismo

    Em Minas Gerais é proibido fumar cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo ou similares emrecintos fechados públicos ou privados.

    Poderão ser destinadas à prática do tabagismo áreas específicas para fumantes, comoambiente externo ou as equipadas com aparelhos que garantam a exaustão do ar. Épermitido ainda fumar em locais ao ar livre e nas tabacarias.

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    É obrigatória a afixação e a manutenção, em locais de fácil visibilidade,de avisos, placas ou cartazes alusivos à proibição da prática dotabagismo.

      zA infração dessas normas pode acarretar sanções, entre elas, advertência, interdiçãototal ou parcial do estabelecimento, da atividade e do produto; cassação da autorizaçãode funcionamento ou da autorização especial e multa.

    3.6 - Passo a passo para registro

    É muito importante que você legalize seu negócio. Quando você deixa de trabalhar nainformalidade, sua empresa pode atuar de forma mais competitiva, gerando resultadosoficiais, como geração de emprego e renda, possibilidade de obtenção de linhas decrédito subsidiadas, participação em licitações públicas, reconhecimento social etc.

    Antes de legalizar veja os tipos empresariais existentes e avalie o mais adequado parao seu negócio.

    Sociedade EmpresáriaPessoa jurídica que exerce profissionalmente

    atividade econômica organizada para a produção

    ou circulação de bens ou de serviços.

    Empresa Individual deResponsabilidade

    Limitada (EIRELI)

    Empresa constituída por uma única pessoa que

    responde pelas dívidas até o limite do capital

    social integralizado, que não pode ser inferior a

    100 vezes o salário-mínimo. Pode desenvolver

    atividades equiparadas à sociedade simples ou à

    sociedade empresária.

    Empresário (firma

    individual)

    Qualquer profissão empresarial (ex: advogado

    não se enquadra = atividade intelectual);

    qualquer faturamento, sem sócio, responde comseu patrimônio pessoal.

    MicroempreendedorIndividual (MEI)

    Receita bruta anual de até R$ 60 mil; no máximo

    um funcionário recebendo salário mínimo

    ou o piso da categoria. Optante pelo Simples

    Nacional, enquadramento em listagem específica

    de ocupações; sem sócio.

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    Após ter avaliado o tipo de empresa que será constituída, pense no local onde irádesenvolver suas atividades. A prefeitura permite que você exerça seu negócio no localpretendido? Esta propriedade será sua ou alugada? Estes aspectos além de gerenciais

    também têm implicações jurídicas.

    Primeiramente, antes de reformar um imóvel próprio ou assinar qualquer contratode locação procure a prefeitura e faça uma consulta prévia para ver se é permitida aexploração econômica do seu ramo no local pretendido. Imagine ter assinado umcontrato ou reformado um local e não possa desenvolver seu negócio naquele endereço.Isto, além de um transtorno poderá gerar um prejuízo muito grande. Cada prefeitura,baseada em leis municipais de ocupação do solo, estabelece normas para liberação deatividades em determinados endereços.

    Com esta confirmação, caso decida alugar o seu ponto, preste atenção em algunsdetalhes do contrato de locação, chamado “Comercial”. Principalmente no caso daindústria, contratos com prazo muito curtos, como os residenciais (36 meses) não sãoaconselháveis, porque na hora da renovação pode haver um aumento inesperado dosvalores ou até mesmo um despejo.

    Para garantir o direito de renovação o aconselhável é um contrato de 5 (cinco) anos,porque nesse prazo terá o direito, havendo necessidade, de entrar com uma ação judicialchamada renovatória. Contratos menores não permitem esta ação.

    Outra sugestão é o registro do contrato na matrícula do imóvel (cartório), pois havendo

    venda deste imóvel, o novo proprietário saberá das condições que foram pactuadas,evitando aborrecimentos.

    Além disso, veja o que o contrato fala sobre reformas e melhorias no imóvel. Muitasvezes, na área da indústria, é necessário adequar o imóvel para as necessidades doempreendimento. Deixe claro no contrato de locação se haverá compensação noaluguel ou divisão das despesas.

    Local decidido é hora de pensar no contrato social de sua empresa. O contrato social éo documento que contém, além das cláusulas obrigatórias estipuladas por lei, cláusulaslivremente estipuladas pelas partes.

    É aconselhável que os futuros sócios se reúnam com antecedência e acordem algunspontos de vital importância para a constituição, manutenção e até término da sociedade.Inclua no contrato social de sua empresa critérios para ingresso de outros sócios, porexemplo, parentes; plano de carreira dos sócios; responsabilidades; retiradas financeiras;sucessão do comando; uso dos bens e serviços; e outras questões que achar relevante.

    Discutido, acordado e decidido, elabore o contrato social. São cláusulas obrigatórias emqualquer contrato social as seguintes informações:

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    1.  Nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, sepessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios,se jurídicas;

    2. Denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;

    3. Capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreenderqualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação;

    4. A quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;

    5. As prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;

    6. As pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seuspoderes e atribuições;

    7. A participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;

    8. Se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.

    Consulte o modelo de Contrato Social no site da Junta Comercial: www.jucemg.mg.gov.br para se nortear na elaboração deste documento.

    Sugestão

    Tudo decidido é hora de registrar. Dependendo do tipo do empreendimento haverá umórgão especial para registro. Veja abaixo a tabela do tipo do negócio e onde registrar.

    Tipo de empreendimento Onde registrar

    Microempreendedor Individual (MEI)Portal do Empreendedor

    www.portaldoempreendedor.gov.br

    Empresário IndividualRegistro Público de Empresas Mercantis

     (Junta Comercial)

    Sociedade EmpresáriaRegistro Público de Empresas Mercantis

     (Junta Comercial)

    Sociedade Individual de ResponsabilidadeLimitada (EIRELI) Registro Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial)

    Caso formalize-se como Microempreendedor Individual não precisará elaborarcontrato social, e poderá fazer toda sua formalização pela internet através do Portal doEmpreendedor www.portaldoempreendedor.gov.br.

    Precisará da Consulta Prévia de compatibilidade da atividade econômica com o endereçopretendido na Prefeitura, CPF, Registro Geral (RG), Título de Eleitor ou Declaração deImposto de Renda de Pessoa Física do ano anterior (caso tenha Declarado o IRPF nosúltimos dois anos).

    http://www.jucemg.mg.gov.br/http://www.jucemg.mg.gov.br/http://www.portaldoempreendedor.gov.br/http://www.portaldoempreendedor.gov.br/http://www.portaldoempreendedor.gov.br/http://www.portaldoempreendedor.gov.br/http://www.jucemg.mg.gov.br/http://www.jucemg.mg.gov.br/

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    Nos demais casos, em Minas Gerais, a conferência de documentação e o deferimento doDocumento Básico de Entrada (DBE) serão efetuados pela Junta Comercial do Estado deMinas Gerais (Jucemg / Minas Fácil).

    Veja os passos e principais documentos necessários para obtenção do registro noCadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) no Ministério da Fazenda (www.receita.fazenda.gov.br) e Inscrição Estadual:

    1. Acessar o site da Jucemg (www.jucemg.mg.gov.br) para fazer a Consulta deViabilidade do Nome Empresarial;

    2. Fazer a Consulta Prévia de compatibilidade da atividade econômica com oendereço pretendido na Prefeitura. Em alguns municípios não há necessidadedesta consulta;

    3. Após resposta positiva da Junta Comercial e da Prefeitura (se necessário),acessar o site da Receita Federal do Brasil (www.receita.fazenda.gov.br) epreencher o aplicativo Coleta Online - Programa Gerador de Documentos doCNPJ (CNPJ versão Web), disponível no site da Receita Federal do Brasil – www.receita.fazenda.gov.br;

    4. Aguardar a resposta do Cadastro Sincronizado e imprimir o DocumentoBásico de Entrada (DBE);

    5. Gerar a guia de “Documento de Arrecadação Estadual” (DAE) através do siteda Junta Comercial e pagá-la;

    6. Providenciar a documentação necessária conforme o tipo jurídico adotado;

    7. Cópia dos atos constitutivos (Contrato Social ou Estatuto ou Declaração deFirma Individual) devidamente registrados na JUCEMG;

    8. Cópias do CPF dos sócios, quando se tratar de pessoa física, e do CNPJ dosócio, quando se tratar a pessoa jurídica;

    9. Demais documentos exigidos pela Junta Comercial (confira o checklist nosite da Junta Comercial);

    10. Apresentar a documentação na unidade da Junta Comercial/Minas Fácil;

    11. A Junta Comercial/Minas Fácil efetua a conferência da documentação,registra o ato e efetua o deferimento do DBE;

    12. Automaticamente é gerado o CNPJ, a Inscrição Estadual (de acordo coma atividade) e a Inscrição Municipal (para as empresas localizadas em BeloHorizonte).

    Nas cidades que há o Minas Fácil, após o prazo estipulado que geralmente é de até8 dias, o empreendedor poderá buscar na unidade da Junta Comercial (onde foiprotocolado o serviço), o contrato social registrado, o CNPJ, a inscrição municipal, oalvará de localização e a inscrição estadual.

    Nas cidades que não há o convênio Minas Fácil, a inscrição municipal é solicitada

    diretamente na Prefeitura, após ser gerado o CNPJ.

    http://www.receita.fazenda.gov.br/http://www.receita.fazenda.gov.br/http://www.jucemg.mg.gov.br/http://www.receita.fazenda.gov.br/http://www.receita.fazenda.gov.br/http://www.receita.fazenda.gov.br/http://www.receita.fazenda.gov.br/http://www.receita.fazenda.gov.br/http://www.receita.fazenda.gov.br/http://www.jucemg.mg.gov.br/http://www.receita.fazenda.gov.br/http://www.receita.fazenda.gov.br/

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    Para empreendimentos que envolvam outras peculiaridades ou outras exigências legais,será preciso apresentar:

    • Licença Ambiental;• Licença Sanitária;

    • Licença do Corpo de Bombeiros;

    • Disponibilidade de capacidade elétrica;

    • Registro específico em órgão de classe;

    • Entre outras.

    Verifique as exigências diretamente nos órgãos. Para mais informações:

     Consulte um profissional da contabilidade ou advogado;• Sites dos órgãos envolvidos no registro, como: Minas Fácil, Secretaria de Estadode Fazenda, Prefeitura Municipal, Copasa, Cemig etc.

    3.7 - Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE)

    A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) é o instrumento depadronização nacional dos códigos de atividade econômica e dos critérios deenquadramento, elaborada sob a coordenação da Secretaria da Receita Federal eorientação técnica do IBGE, utilizados pelos diversos órgãos da Administração Tributária

    do país, sendo utilizado inclusive pela Administração Pública na identificação daatividade econômica em cadastros e registros de pessoa jurídica, bem como para efeitosde tributação.

    De acordo com o Regulamento do ICMS de Minas Gerias (RICMS-MG) a principal atividadeeconômica de cada estabelecimento do contribuinte será classificada e codificada deacordo com a CNAE.

    E onde está prevista a atividade econômica do empreendimento? Ela estará discriminadano objeto social da empresa, constante no contrato social. O objeto social deve serdescrito de forma clara, precisa e detalhada. Muitas vezes utiliza-se subsidiariamente

    da CNAE.

    Quando a CNAE trouxer definições genéricas como, por exemplo, “mercadorias nãoespecificadas ou não classificadas anteriormente”, o objeto social não será aceito senão especificar a mercadoria produzida e/ou comercializada.

    O enquadramento correto do objeto social bem como da CNAE é de fundamentalimportância tanto para a abertura do negócio quanto para a correta tributação,entre outros fatores.

    Importante

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    3.8 - Licenças necessárias para cada tipo de negócio

    Existem licenças específicas para cada ramo de atividade desenvolvida. Dessa forma,

    dependendo do negócio a ser explorado podem ser exigidas várias licenças.

    As três primeiras licenças, do quadro a seguir, são exigidas para todo tipo deempreendimento, podendo ser cumuladas – conforme informação anterior – comoutras, dependendo da atividade explorada. O quadro abaixo demonstra somente asprincipais licenças, podendo existir outras licenças dependendo do tipo de sua atividade.

    Conforme a complexidade e risco do empreendimento podem ser exigidas diversaslicenças específicas. Não basta que o empreendedor registre sua empresa e consiga asinscrições em níveis federal, estadual e municipal. Vale ressaltar que, dependendo da

    atividade desenvolvida pode haver outras licenças além das mencionadas no quadroabaixo. Para saber quais licenças necessárias consulte a legislação específica aplicávelao seu negócio.

    Tipo delicença

    Órgãoexpedidor

    Tipo de empreendimento Exemplos

    Licença ouAlvará deFuncionamento

    Prefeitura Todos os empreendimentos

    Vistoria eobservânciaàs normas desegurança

    Corpo deBombeiros

    Todos os empreendimentos

    LicençaAmbiental

    Órgãosmunicipais ouestaduais deMeio Ambiente

    Todos os empreendimentos dentro doEstado de Minas Gerais

    LicençaSanitária

    Órgãosmunicipais,estaduais oufederal deVigilância

    Sanitária (Anvisa)

    Empreendimentos que explorematividades relacionadas a alimentos,cosméticos, produtos para higienee perfumes, medicamentos e/ouinsumos farmacêuticos, saneantes e

    produtos para a saúde

    Fábrica alimentos, decosméticos e artigosde higiene pessoal,produtos de limpeza,medicamentosveterinários, entreoutros

    Produtos deorigem animal

    Prefeituras, IMA,Secretaria deEstado de Saúdeou Ministério daAgricultura, deacordo com acompetência decada órgão

    Empreendimentos ligados a produtosde origem animal, principalmentepara consumo e comercialização entreestados ou internacionalmente

    Abatedouros efrigoríficos, fábricasde embutidos e delaticínios, entre outros

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    O empreendedor deve se ater às legislações específicas de cada ramo da atividadee obter as licenças necessárias para o regular funcionamento do negócio. Os prazos,valores e documentos necessários variam de acordo com a localidade, atividade etipo de licença. A não obtenção das licenças necessárias pode causar multa e atéinterdição do estabelecimento. Fique atento.

    Importante

    Tipo delicença

    Órgãoexpedidor

    Tipo de empreendimento Exemplos

    Registro de

    produtosquímicoscontrolados

    Polícia Federal Empreendimentos relacionados aprodutos controlados

    Empresas queexportem/importem

    produtos químicoscontrolados pela PolíciaFederal, tais comoefedrina e seus sais,safrol e outros

    AutorizaçãoSinarm

    Sinarm – PolíciaFederal

    Empreendimentos produtores,atacadistas, varejistas, exportadorese importadores autorizados que serelacionem a armas de fogo, acessóriose munições

    Fábrica de muniçãopara armas de fogo.

    3.9 - Lei Geral das micro e pequenas empresas

    As microempresas e empresas de pequeno porte recebem tratamento jurídicodiferenciado e favorecido no Brasil, assegurado pela Constituição da República, no

    artigo 179. A finalidade é incentivar a atuação de pequenos empreendedores pelasimplificação de obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias ede outros benefícios de inclusão socioeconômica.

    Algumas empresas estão excluídas do regime diferenciado e favorecido previsto naLei Geral das Microempresas, mesmo que a receita bruta anual realizada esteja dentrodos limites estabelecidos na Lei. Para mais informações, consulte um profissional dacontabilidade.

    Seguem abaixo alguns dos benefícios da Lei Complementar 123/06, mais conhecidacomo Lei Geral:

    1. Mais facilidade para vender para o governo;

    2. Linhas de crédito específicas;

    3. Maior acesso aos recursos para investimento em tecnologia de órgãos eentidades;

    4. Não incidência de impostos sobre as receitas de exportações;

    5. Cadastro unificado e desburocratização na abertura da empresa;

    6. Formação de consórcio para compra e venda;

    7. Baixa (fechamento) automática da empresa;

    8. Etc.

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    3.10 - Noções tributárias

    Cada vez mais o empreendedor demonstra maior interesse em conhecer, aprender

    e dominar os assuntos relacionados à tributação das empresas. Verifica-se que esseinteresse vai muito além da curiosidade pelo assunto, mas surge da preocupação com aviabilidade do negócio e os custos que impactarão na atividade.

    É muito importante que o empreendedor conheça quais opções tributárias existem equal a melhor opção para sua empresa. Além disso, é importante que conheça a cargade impostos a que sua empresa está sujeita.

    É aconselhável que o empresário tenha conhecimentos gerais sobre tributação, masdeixando as questões fiscais sob responsabilidade do profissional da contabilidade que

    cuida de sua escrita, podendo recorrer a um advogado tributarista para assuntos demaior complexidade.

    Os principais impostos hoje pagos são:

    1. Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);

    2. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

    3. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);

    4. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);

    5. Contribuição para o PIS/PASEP;

    6. Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, a cargoda pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;

    7. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e SobrePrestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e deComunicação (ICMS).

    É importante esclarecer que pode haver alguns tipos de taxas ligadas à sua atividadecomo Taxa de Engenho de Publicidade, Taxa de Fiscalização Sanitária, Fiscalização deLocalização e Funcionamento, entre outras. Essas taxas vão variar de acordo com aatividade e a prefeitura onde será explorada a atividade.

    Atualmente temos três opções tributárias, optantes pelo Simples Nacional, LucroPresumido e Lucro Real.

    A redução do pagamento de impostos legalmente, utilizando-se de planejamentotributário é chamado de elisão fiscal. É aconselhável que o empreendedor veja qual aopção mais vantajosa.

    Com a elisão fiscal o empresário se prepara para a melhor forma de recolher não só oIRPJ, mas também o PIS, COFINS, CSLL e IRRF, possibilitando mais economia à empresa.Para mais esclarecimentos consulte um economista ou um contador.

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    Já a sonegação de impostos é crime, punível com pena de prisão de 2 (dois) a 5 (cinco)anos e multa que pode chegar, atualmente, a mais de R$ 100.000,00.

    Além da punição na esfera penal poderá haver condenação de multa na esferaadministrativa, não se caracterizando dupla punição, porque a primeira é multa emvirtude de crime, a segunda é multa em virtude de ato administrativo de sonegar.

    É cabível ainda, cumulativamente, ações na esfera cível, cobrando o valor sonegadocorrigido monetariamente e acrescidos de juros. Dependendo do caso concretoos valores cobrados podem atingir o patrimônio dos sócios, independente de suaresponsabilidade limitada.

    Outro fator importante é o atraso no pagamento dos impostos, que serão corrigidos

    monetariamente e acrescidos de juros de 1% ao mês. No caso de Empresas de PequenoPorte e Microempresas, que também enquadra o MEI, o não pagamento dos impostosnão o impede de dar baixa na empresa, mas todo o saldo devedor é de responsabilidadeda pessoa física, alcançando seu patrimônio particular.

    Já no caso das empresas de responsabilidade limitada, geralmente, não havendocomprovação de fraude, a responsabilidade dos sócios com seu patrimônio pessoalpara pagamento de débitos com o fisco é limitada de acordo com o contrato social.

    O inadimplemento das obrigações fiscais gera transtornos para o empreendedor quepode ter o nome da empresa ou seu próprio, nos casos de empresários individuais, em

    Dívida Ativa, além de não poder participar de licitações e ser muitas vezes preterido emcontratações com empresas privadas.

    Simples Nacional

    O Simples Nacional é um regime tributário especial para micro e pequenas empresasque permite realizar o pagamento unificado dos tributos, de forma simplificada ediferenciada. As alíquotas dos impostos são calculadas em porcentagem sobre a faixade faturamento anual. O limite de faturamento anual para micro empresa é de R$360.000,00 e de Empresa de Pequeno Porte é de R$ 3.600.000,00.

    O Microempreendedor Individual (MEI) é uma categoria diferenciada dentro do SimplesNacional. Ele paga imposto fixo, no caso de comércio de 5% de INSS e R$ 1,00 de ICMS,independente do faturamento, ficando isento dos demais impostos cobrados nodocumento único de arrecadação do Simples Nacional. Mas o MEI tem um limite anualde faturamento de R$ 60.000,00, além de outras peculiaridades. As atividades permitidasao MEI estão no anexo XIII da Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94 de2011.

    As empresas proibidas de optarem pelo sistema do Simples Nacional estão listadas noartigo 15 da Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94 de 2011.

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    Os tributos pagos no setor do comércio, através do Documento Único de Arrecadação(DAS) são: IRPJ; IPI; CSLL; COFINS; PIS/PASEP; CPP e ICMS.

    Demais impostos, quando cabíveis no caso de ME ou EPP optantes pelo Simples, nãosão contemplados no documento único de arrecadação.

    Veja abaixo a alíquota aplicável ao seu negócio, de acordo com o seu faturamento.

    Receita Brutaem 12 meses

    (em R$)Alíquota  IRPJ CSLL COFINS

    PIS/PASEP

    CPP ICMS IPI

    Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50%

    De 180.000,01 a360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50%

    De 360.000,01 a540.000,00

    7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50%

    De 540.000,01 a720.000,00

    8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50%

    De 720.000,01 a900.000,00

    8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50%

    De 900.000,01 a1.080.000,00

    8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50%

    De 1.080.000,01a 1.260.000,00

    8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50%

    De 1.260.000,01a 1.440.000,00

    8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50%

    De 1.440.000,01a 1.620.000,00

    9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50%

    De 1.620.000,01a 1.800.000,00

    9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50%

    De 1.800.000,01a 1.980.000,00

    10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50%

    De 1.980.000,01a 2.160.000,00

    10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50%

    De 2.160.000,01a 2.340.000,00

    10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50%

    De 2.340.000,01a 2.520.000,00

    10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50%

    De 2.520.000,01a 2.700.000,00

    10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50%

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    Lucro presumido

    O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para determinada base decálculo de IRPJ e CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas a apurar osimpostos pelo lucro real. O IRPJ e a CSLL são devidos trimestralmente.

    Podem optar por recolher seus impostos pelo Lucro Presumido empresas que tenhamreceita bruta total igual ou inferior a R$48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais),

    no ano-calendário anterior, ou a R$4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicadopelo número de meses em atividade no ano-calendário anterior; e que não estejamobrigadas à tributação pelo lucro real em função da atividade exercida ou da suaconstituição societária ou natureza jurídica.

    Veja no capítulo de Lucro Real as empresas obrigadas a recolher seus impostos poraquele tipo tributário.

    O IRPJ e a CSLL são calculados com base no percentual de presunção de lucro, que nocaso de indústria é de 8%. Calculando o lucro de 8% sobre o faturamento bruto calcula-se o IRPJ (15% ou 25%) e a CSLL (9%).

    Os impostos COFINS (3%), PIS/PASEP (0,65%) são calculados de acordo com ofaturamento bruto da empresa. O IPI, via de regra, calcula-se utilizando também ofaturamento bruto. Já o ICMS (em regra de 18%), imposto pago ao Estado, que incidesobre as operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços detransporte interestadual e intermunicipal e de comunicação é calculado sobre débito/crédito, ou seja, subtrai o ICMS destacado no seu documento Fiscal de venda o valorde crédito obtido nas compras de insumos de produção, investimentos, despesasoperacionais, entre outros.

    Receita Brutaem 12 meses

    (em R$)Alíquota  IRPJ CSLL COFINS

    PIS/PASEP

    CPP ICMS IPI

    De 2.700.000,01a 2.880.000,00

    11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50%

    De 2.880.000,01a 3.060.000,00

    11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50%

    De 3.060.000,01a 3.240.000,00

    11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50%

    De 3.240.000,01a 3.420.000,00

    12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50%

    De 3.420.000,01

    a 3.600.000,00

    12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50%

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    As alíquotas do IPI variam de cada tipo de produto produzido, sendo diversas vezesbeneficiado por incentivos fiscais em determinados períodos. Para mais detalhes quantoa estes impostos, consulte um profissional da contabilidade.

    A Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) - 20% - é, em regra, paga sobre a folha depagamento. Além desses 20% paga-se também 5,8% de contribuições de terceiros eSeguro Acidente de Trabalho (1% a 3%).

    Lucro real

    Algumas empresas são obrigadas por lei a recolher seus impostos pelo lucro real. Outrasassim o preferem em virtude da segmentação ou faturamento. Na tributação com baseno lucro real, o imposto de renda incide sobre o resultado (lucro), efetivamente apurado,

    segundo sua escrituração contábil de acordo com as leis comerciais e fiscais.

    As empresas obrigadas a recolher seus impostos pelo sistema de lucro real são:

    a.  Pessoas jurídicas cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos deinvestimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedadesde crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário,sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamentomercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguro privado e de capitalizaçãoe entidades de previdência privada aberta;

    b. Pessoas jurídicas que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capitaloriundos do exterior;

    c. Pessoas jurídicas que, autorizadas pela legislação tributária, queiram usufruirde benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto de renda;

    d.  Pessoas jurídicas que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado orecolhimento mensal com base em estimativa;

    e. Pessoas jurídicas que explorem as atividades de prestação cumulativa econtínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos

    creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços(factoring).

    O recolhimento do Lucro Real pode ser pela modalidade Estimado ou Trimestral. NoLucro Real Anual Estimado, a empresa recolhe o IRPJ e a CSLL calculados com baseno faturamento, de acordo com percentuais sobre as atividades, parecido com o LucroPresumido, e no final do ano faz o ajuste do IRPJ.

    Já no Lucro Real Trimestral, o IRPJ (15% a 25%) e a CSLL (9%) são calculados com baseno balanço apurado no final de cada trimestre civil.

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    Empresas com picos de faturamento geralmente optam pelo Lucro Real porque poderásuspender ou reduzir o pagamento do IRPJ e da CSLL, quando os balancetes apontaremlucro real menor que o estimado. Além disto, o prejuízo apurado no próprio ano pode

    ser compensado integralmente com lucros do exercício.

    Os impostos COFINS (7,5%), PIS/PASEP (1,65%) e ICMS (em regra 18%) serão calculadossobre débito/crédito, ou seja, subtrai os impostos já pagos o valor de crédito obtido nascompras de insumos de produção, investimentos, despesas operacionais, entre outros.

    Da mesma forma que ocorre com o Lucro Presumido, as alíquotas do IPI variam de cadatipo de produto produzido, podendo haver beneficiado por incentivos fiscais em porprazos determinados.

    Da mesma forma que no recolhimento pelo lucro presumido, em regra, a CPP (20%) épaga sobre a folha de pagamento, mais 5,8% de contribuições de terceiros e SeguroAcidente de Trabalho (1% a 3%).

    3.11 - Registro de marcas

    Registrar a marca da empresa significa ter a garantia sobre o uso de um nome, um sinalvisual ou mesmo uma figura. É a marca que identifica e distingue uma empresa, umproduto, mercadoria ou mesmo serviço, dos demais no mercado que atua.

    O registro da marca é de fundamental importância para a empresa por vários motivos:

    • A marca tem grande valor, agindo como fator básico na comercialização deprodutos e serviços;

    • A marca se constitui em elemento fundamental para a defesa do consumidor,garantindo a qualidade daquilo a que se aplica e atestando sua autenticidade;

    •  O não registro da marca pela empresa abre espaço para que outros façam,perdendo a mesma os referidos direitos;

    • A marca pode e deve ser contabilizada no ativo da empresa, pois a mesma é umpatrimônio da empresa.

    Para o registro da marca inicialmente é necessário fazer a Busca de Marca, para saber se já existe registrada uma marca igual a desejada. Não havendo inicia-se o processo deregistro.

    De acordo com o princípio da propriedade industrial não basta o registro ser feito naJunta Comercial ou Cartório. É importante que se faça o registro no Instituto Nacionalde Propriedade Industrial (INPI) para que se garanta o uso exclusivo da marca em nomedo interessado coibindo desta forma o uso da mesma por terceiros.

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    Hoje, há duas formas de se encaminhar um pedido de registro de marca ao INPI:

    a. Pela Internet, através do sistema e-Marcas;

    b. Por formulário em papel, disponível para impressão no campo Formuláriosdeste Portal, e entregue presencialmente na sede do INPI, no Rio de Janeiro,ou na unidade do Instituto em seu estado, ou encaminhado via Correios. Paraacessar os formulários do INPI, consulte o endereço eletrônico do referido órgãowww.inpi.gov.br.

    Principais etapas para registro de marca pela internet :

    1. Cadastrar-se no Módulo de Seleção de Serviços do e-INPI e emitir a Guia deRecolhimento da União (GRU) relativa ao pedido de registro;

    2. Pagar a retribuição até a data de envio do pedido;

    3. Enviar o formulário de pedido de registro de marca, acessando o módulo doe-Marcas;

    4. Acompanhar a etapa de exame formal, por meio da Revista da PropriedadeIndustrial (RPI);

    5. Aguardar a publicação do seu pedido e de eventuais oposições;

    6. Conferir a decisão técnica sobre o seu pedido;

    7. Pagar as taxas finais de expedição de certificado e proteção ao primeiro

    decênio.

    Caso haja alguma exigência formal, ela será publicada na RPI. O usuário terá até 5 (cinco)dias para cumpri-la, contados a partir do primeiro dia útil subsequente a data da referidapublicação, sob pena do pedido perder seu valor.

    Já o registro de uma patente busca resguardar a propriedade do que se tenha inventado,aperfeiçoado ou desenvolvido.

    O registro da patente, por sua vez assegura o direito de propriedade e uso exclusivodo objeto da patente. O documento oficial denominado “Carta-Patente”, é um

    monopólio, uma reserva de mercado, para o titular, que pode ser transferido a terceirosdefinitivamente ou temporariamente.

    Quem deseja registrar sua Patente (podendo ser invenção, modelo de utilidade oudesenho industrial), deverá providenciar a confecção do Relatório Descritivo, que é umadescrição do invento ou modelo e dos desenhos do invento ou modelo.

    A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utilidadepelo prazo 15 (quinze) anos contados da data de depósito. O registro da marca vigorarápelo prazo de 10 (dez) anos, contados da data da concessão do registro, prorrogável porperíodos iguais e sucessivos.

    http://www.inpi.gov.br/http://www.inpi.gov.br/

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    Como abrir uma Indústria 31

    Para registrar uma patente é necessário estar com a documentação necessária e:

    1. Comparecer à sede do INPI; ou

    2. Enviar, pelos Correios, com aviso de recebimento, endereçado à Diretoria dePatentes; ou

    3. Ir aos escritórios do INPI nos demais Estados.

    Para mais esclarecimentos sobre documentos, preços, classificação e outros assuntosé aconselhável que o empreendedor consulte diretamente o INPI, pois a normatizaçãoda atividade ocorre em nível infralegal podendo variar de acordo com a classificação doproduto a ser registrado.

    3.12 - Normas Trabalhistas

    Conhecer as leis trabalhistas é muito importante para que o empresário não sejasurpreendido com custos de um funcionário nem tão pouco com ações judiciais. Aprincipal lei trabalhista é a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas além delaexistem diversas outras normas que regulamentam a relação de trabalho.

    Primeiramente é necessário esclarecer quem é empregado e quem é empregador.Empregado é toda pessoa física (não pode ser pessoa jurídica) que presta serviçospessoalmente (não pode pedir que outra pessoa trabalhe no seu lugar) de natureza nãoeventual a um empregador, sob a dependência deste (subordinado ao empregador) emediante salário.

    Já empregador é toda empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos daatividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Equiparam-se ao empregador para fins trabalhistas os profissionais liberais, as instituições debeneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, queadmitirem trabalhadores como empregados.

    São direitos básicos do empregado, em regra:

    1. Salário mínimo ou piso da categoria quando houver;2. Irredutibilidade do salário;

    3. Repouso semanal remunerado (RSR), preferencialmente aos domingos;

    4. Férias anuais acrescidas de 1/3;

    5. Décimo terceiro salário;

    6. Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS);

    7. Pagamento de INSS;

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    Como abrir uma Indústria 32

    8. Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta equatro semanais (duzentos e vinte horas mensais), facultada a compensação

    de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva detrabalho;

    9. Horas extras, com pagamento de no mínimo 50% a mais que a hora normal;

    10. Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

    11. Vale transporte;

    12. Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

    13. Multa 40% sobre o FGTS em caso de dispensa sem justa causa;

    14. Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço;

    15. Adicional de remuneração para as atividades insalubres ou periculosas;16. Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério deadmissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

    17. Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios deadmissão do trabalhador com deficiência;

    18. Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoitoe de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo nesse último caso nacondição de aprendiz.

    Outros direitos também poderão ser instituídos através de Convenções Coletivasde Trabalho (CCT) ou Acordos Coletivos de Trabalho (ACT), tais como cestas básicas,ticket alimentação, plano de saúde. Todos esses direitos do trabalhador irão influenciarno custo do negócio. Alguns valores são pagos mensalmente, mas outros devem serprovisionados para pagamento no momento devido.

    Essa previsão de encargos deve ser feita mensalmente para não impactar no mês daobrigação de pagar o direito trabalhista. Para simular os custos de um empregado, casoseja optante pelo Simples Nacional acesse em nossa biblioteca digital o arquivo chamado“Tabela de cálculo do custo do empregado - Optantes pelo Simples ”. Caso não sejaoptante pelo Simples Nacional acrescente o valor pago de INSS cota empregador ao

    seu custo mensal.

    Sendo Microempreendedor Individual acesse o documento “Tabela de cálculo do custodo empregado - Microempreendedor Individual”.

    3.13 - Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) ou Acordos Coletivos de

    Trabalho (ACT)

    A Constituição da República traz como direito do trabalhador o reconhecimento dasconvenções e acordos coletivos de trabalho.

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    Como abrir uma Indústria 33

    Convenções e acordos coletivos de trabalho, que têm a mesma força que uma lei, sãodocumentos formais firmados entre entidades sindicais patronal e de empregados (CCT)ou entre sindicato dos trabalhadores e empresas (ACT), que estabelecem condições de

    trabalho aplicáveis no âmbito de suas representações.

    Para que tenham validade e se apliquem a todos os envolvidos é necessário que sejamregistrados no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

    Geralmente as CCTs ou ACTs trazem outros benefícios além dos legais, por exemplo,plano de saúde. Outras vezes os direitos são mais vantajosos que os legais comoadicional noturno de 60%, hora extra de 75%, entre outros.

    O correto enquadramento sindical se dá, em regra, pela atividade preponderante da

    empresa, devendo considerar, ainda, a base territorial do local onde ocorreu a prestaçãode serviços.

    Dessa forma, quando uma empresa dedicar-se a duas ou mais atividades econômicas,que correspondam a categorias distintas, tanto ela quanto os seus empregados deverãoser representados pelos sindicatos de empregadores ou de trabalhadores referentes àatividade preponderante. Entende-se por atividade preponderante a atividade paraqual todas as demais atividades se convirjam.

    É de fundamental importância que o empreendedor saiba o correto enquadramentosindical de sua empresa para fazer o recolhimento sindical de forma exata, sob pena de

    serem cobrados judicialmente esses valores.

    Além disso, conhecer a CCT da categoria é necessário para conhecer as normasinstituídas pelos sindicatos e benefícios aos empregados e que impactará diretamenteno seu negócio.

    3.14 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e Programa de

    Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)

    Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico

    de Saúde Ocupacional (PCMSO) são instituídos por normas do Ministério do Trabalhovisando a Segurança e Saúde no Trabalho.

    Essa normas tornam obrigatória a elaboração e implementação de projetos, por parte detodos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados.

    O custo dos programas (incluindo avaliações clínicas e exames complementares)deve ser totalmente assumido pelo empregador, e, quando necessário, deverá sercomprovado que não houve nenhum repasse dos valores ao empregado.

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    Como abrir uma Indústria 34

    Compete ao empregador:

    a. Garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar

    pela sua eficácia;

    b. Custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionadosao PCMSO;

    c.  Indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia deSegurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), um coordenador responsávelpela execução do PCMSO;

    d. No caso da empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho,de acordo com a NR-4, deverá o empregador indicar médico do trabalho,empregado ou não da empresa, para reordenar o PCMSO;

    e. Inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratarmédico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.

    Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador as empresas de grau de risco 1 e 2,segundo o Quadro 1 da NR 4, com até 25 (vinte e cinco) empregados e aquelas de graude risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR 4, com até l0 (dez) empregados.

    NR’s são Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e Empregosque regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatóriosrelacionados à segurança e medicina do trabalho, disponíveis no link http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm.

    Ainda compete ao empregador estabelecer, implementar e assegurar o cumprimentodo PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição.

    A validade do PPRA e PCMSO é de um ano, podendo ser exigidos alguns dos examescom periodicidade menor, por exemplo, quando um empregado mudar de função.

    3.15 - Equipamento de Proteção Individual (EPI)

    Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI), todo dispositivo ou produto, deuso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis deameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

    Entende-se por Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele compostopor vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos quepossam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e asaúde no trabalho.

    O EPI, de fabricação nacional ou importada, só poderá ser utilizado com a indicação doCertificado de Aprovação (CA), expedido pelo órgão nacional competente em matéria

    de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

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    Como abrir uma Indústria 35

    Toda empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, o EPI adequado aorisco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

    a.  Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteçãocontra os riscos de acidente em trabalho ou de doenças profissionais e dotrabalho;

    b. Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;

    c. Para atender a situações de emergência.

    Cabe ao empregador, quanto ao EPI:

    a. Adquirir o equipamento adequado ao risco de cada atividade;

    b. Exigir seu uso;c. Fornecer ao trabalhador somente o produto aprovado pelo órgão competenteem matéria de segurança e saúde no trabalho;

    d. Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

    e. Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

    f. Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

    g. Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

    Cabe ao empregado, quanto ao EPI:

    a. Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

    b. Responsabilizar-se pela guarda e conservação;

    c.  Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio parauso; e,

    d. Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

    Todo EPI deverá apresentar em letras ou dígitos inapagáveis e bem visíveis o nomecomercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de

    EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.

    O não fornecimento do EPI quando necessário, bem como a não fiscalização do seu usode forma adequada pode gerar penalidades administrativas aplicadas pelo Ministério doTrabalho, bem como caracterizar aquela atividade do empregado como insalubre, o queacaba gerando a obrigação de pagar o adicional de insalubridade e todos seus reflexos,por todo o período que exerceu aquela atividade sem o uso do EPI, independente damulta administrativa.

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    Como abrir uma Indústria 36

    Como o Sebrae pode auxiliar nesta etapa? 

    Cartilhas e Manuais:

    1) “Como vender ao governo de Minas Gerais”

    Aponta os benefícios legais para sua empresa vender para ogoverno, os detalhes, documentação, dicas, entre outros assuntos.Pode ser consultada, gratuitamente, no site do Sebrae Minas.

    2) “Como contratar funcionários”

    Nesta cartilha são abordados os direitos do funcionário e os custosde manutenção, bem como o impacto no seu negócio. Além disso,destaca os documentos necessários para a contratação, passo apasso para registro, a manutenção e dispensa do funcionário.

    3) Manual “Como Elaborar Planejamento para Abertura de Empresas”

    Aponta o processo de abertura de sua empresa, apresentandoquestões tais como: forma de constituição, regime tributário einvestimento necessário.

    Informações sobre Registro:www.jucemg.mg.gov.br www.receita.fazenda.gov.br www.fazenda.mg.gov.br 

    Informações sobre Lei Geral:http://www.sebrae.com.br/uf/minas-gerais/politicas-publicas/lei-geral-da-micro-e-pequena-empresawww.df.sebrae.com.br/dowloads/pdf/resumo_lei_geral.df  

    Consultorias: por telefone ou chat, sobre Legislação para Micro e Pequenas Empresas.

    Tabela de cálculo do custo do empregado - Optantes pelo Simples acesse o link:http://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Planilha/Tabela-de-calculo-do-custo-do-empregado---Optantes-pelo-Simples

    Tabela de cálculo do custo do empregado - Microempreendedor Individual, acesseo link:http://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Planilha/Tabela-de-calculo-do-custo-do-empregado---Microempreendedor-Individual

    Mais informações: 0800 570 0800 / www.sebraemg.com.br 

    Na prática

    http://www.jucemg.mg.gov.br/http://www.receita.fazenda.gov.br/http://www.fazenda.mg.gov.br/http://www.sebrae.com.br/uf/minas-gerais/politicas-publicas/leihttp://www.df.sebrae.com.br/dowloads/pdf/resumo_lei_geral.dfhttp://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Planilha/Tabelahttp://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Planilha/Tabelahttp://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Planilha/Tabelahttp://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Planilha/Tabelahttp://www.sebraemg.com.br/http://www.sebraemg.com.br/http://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Planilha/Tabelahttp://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Planilha/Tabelahttp://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Planilha/Tabelahttp://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Planilha/Tabelahttp://www.df.sebrae.com.br/dowloads/pdf/resumo_lei_geral.dfhttp://www.sebrae.com.br/uf/minas-gerais/politicas-publicas/leihttp://www.fazenda.mg.gov.br/http://www.receita.fazenda.gov.br/http://www.jucemg.mg.gov.br/

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    4 – Implantação do negócio

    Conheça os aspectos gerais do seu futuro empreendimento

    Depois do planejamento e da formalização, chegou a hora de implantar o negócio.Confira, a seguir, algumas dicas para esta etapa:

    ImóvelConsulte a prefeitura do seu município para realizar a consulta prévia e saber se seunegócio poderá ser instalado no local pretendido.

    A reforma do imóvel deve condizer com os tipos de produtos que serão fabricados, porexemplo, fábrica de alimentos precisa de um tipo específico de estrutura, a fábrica deprodutos de limpeza precisa de outro padrão.

    Além disso, instalações hidráulicas e elétricas precisam estar em perfeito funcionamentoe devem ser checadas por um eletricista e um bombeiro hidráulico.

     Algumas dicas:

    1) Aluguel:

    • Busque referências da imobiliária com pessoas que já utilizaram os serviços epela consulta ao Cadastro de Fornecedores do Procon;

    •  Se a negociação for direta com o proprietário, é bom que se elabore umcontrato, que oficializará o acordo e resguardará as partes de problemas futurosdecorrentes de uma negociação verbal;

    • Antes de assinar o contrato, exija o laudo de vistoria da imobiliária, que deveráser protocolado pela imobiliária ou pela administradora, ficando uma via comvocê;

    • Ao desocupar o imóvel, solicite uma nova vistoria, devolva as chaves medianteuma carta protocolada pela imobiliária ou pelo proprietário. Assim, você seisenta de possíveis problemas.

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    2) Compra:

    C Energia ElétricaNão deixe de consultar a concessionária de energia de sua região para mais informaçõessobre o consumo de energia e alternativas para o seu negócio.

    Em Minas Gerais, é importante consultar a Cemig pode ser consultada para avaliação doimpacto de sua empresa na rede elétrica de determinada região. É necessário informar

    a quantidade de equipamentos e o consumo previsto.

    Dependendo do consumo energético mensal, a concessionária poderá recomendarmudança na tensão de fornecimento de modo a oferecer economia nas contas deenergia no médio prazo e garantir a regularidade do serviço.

    . LayoutÉ a maneira como homens, máquinas e equipamentos estão dispostos em umdeterminado local. O layout  deve apresentar soluções para a melhor utilização do espaçodisponível e que resultem em um processamento mais efetivo, pela menor distância, nomenor tempo possível.

    Os objetivos do layout  são a redução no custo e a maior produtividade, por meio de:

    • Certifique-se de que o imóvel está registrado em nome do vendedor e solicitea Certidão de Ônus;

    • Verifique com a Prefeitura se não há débitos de IPTU (solicite Certidão Negativa);se for terreno, verifique a guia amarela para ter conhecimento dos parâmetrosde construção e do zoneamento, e ainda consulte se não há multas referentes àlimpeza do lote;

    • Escolha um cartório de confiança para escriturar o imóvel e registre-o o maisbreve possível. Lembre-se de que as certidões têm validade de 30 dias;

    • Consulte as empresas de água e de luz quanto à existência de débitos e façatransferência de titularidade.

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    Para que você desenvolva o layout  do atendimento, por exemplo, é necessário avaliar asseguintes questões:

    • Qual é a entrada principal do local?

    •  Qual é o trajeto que os funcionários devem fazer até chegar até o local detrabalho?

    • Em que local deve estar a saída principal?

    • Como devem estar dispostos máquinas e equipamentos?

    • Em que local devem ficar as matérias-primas?

    • Como é o acesso a esses produtos?

    • Melhor utilização do espaço disponível;

    • Redução da movimentação de materiais, produtos e pessoal;

    • Fluxo mais racional (evitando paradas no processo de produção);

    • Menor tempo de produção/atendimento;

    • Melhores condições de trabalho.

    Além dos profissionais especializados (designer  de ambientes), empresas juniores

    dos cursos superiores de Design de Ambiente e Arquitetura geralmente elaboramprojetos de layout  de empreendimentos, sob supervisão de professores.Consulte universidades e faculdades de sua região.

    Alternativa

    ? EstoqueO controle de estoque deve ser utilizado para monitorar a quantidade de matéria-primapara suprir a produção e a quantidade de produtos acabados, ou seja, produzidos.

    O controle de estoque não é uma atividade isolada. Esse acompanhamento deve serfeito de forma integrada entre os setores de produção, vendas/comercial e financeiro.O nível de estoque deve possibilitar o atendimento da procura dos clientes e reduzir aomínimo as sobras. As compras são efetuadas em sincronia com as vendas, procurandomanter no estoque produtos em quantidade suficiente para atender às vendas doperíodo compreendido entre o pedido e a chegada da mercadoria, com margem desegurança para eventuais atrasos na entrega.

    Em relação ao controle do estoque, ele deve ser feito a partir do momento em que sãorecebidas as mercadori