como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

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COMO ABRIR UMA ASSESSORIA OU CONSULTORIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO Escrito por: Nestor Waldhelm Neto Veremos nesse artigo como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho, e como sempre, entraremos no assunto trazendo muitos detalhes importantes. IMPORTANTE: Nesse texto apenas verá sobre a parte das ações importantes na segurança do trabalho. Se quer a parte legal da abertura de empresa, sugiro que procure um contador… Abrir uma consultoria é o sonho de muitos profissionais que sonham com trabalhos solos, trabalhos sem patrão. Será que quem trabalha por conta própria não tem patrão? Não vou entrar no mérito dessa questão. Que cada um de nós faça sua própria análise. PARA QUE SERVE A ASSESSORIA/CONSULTORIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO As assessorias/consultorias são usadas em empresas em que o dimensionamento não tornou obrigatório estabelecer SESMT próprio. Ou empresas onde o SESMT não tem conhecimento técnico suficiente para realizar determinada tarefa. Nesses casos, as assessorias/consultorias são contratadas para oferecer o suporte necessário. O QUE A ASSESSORIA/CONSULTORIA PODE FAZER NA EMPRESA CONTRATADA? Elas podem fazer muita coisa na empresa. Vou mostrar dois exemplos conforme a legislação brasileira: - NR 9.3.1.1 A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR. Repare que acima fica aberta a possibilidade do PPRA ser elaborado por funcionários e não funcionários da empresa. Qualquer pessoa que o empregador julgar capaz poderá elaborar o PPRA. - NR 35.3.6 O treinamento (de trabalho em altura) deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho. Novamente acima a NR abre a possibilidade que qualquer pessoa com proficiência ministre o treinamento. Nem precisa que a pessoa seja funcionário da empresa.

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Page 1: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

COMO ABRIR UMA ASSESSORIA OU CONSULTORIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO

Escrito por: Nestor Waldhelm Neto

Veremos nesse artigo como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho, e como sempre, entraremos no assunto trazendo muitos detalhes importantes.

IMPORTANTE: Nesse texto apenas verá sobre a parte das ações importantes na segurança do trabalho. Se quer a parte legal da abertura de empresa, sugiro que procure um contador…

Abrir uma consultoria é o sonho de muitos profissionais que sonham com trabalhos solos, trabalhos sem patrão. Será que quem trabalha por conta própria não tem patrão? Não vou entrar no mérito dessa questão. Que cada um de nós faça sua própria análise.

PARA QUE SERVE A ASSESSORIA/CONSULTORIA EM SEGURANÇA DO TRABALHOAs assessorias/consultorias são usadas em empresas em que o dimensionamento não tornou obrigatório estabelecer SESMT próprio. Ou empresas onde o SESMT não tem conhecimento técnico suficiente para realizar determinada tarefa. Nesses casos, as assessorias/consultorias são contratadas para oferecer o suporte necessário.

O QUE A ASSESSORIA/CONSULTORIA PODE FAZER NA EMPRESA CONTRATADA?

Elas podem fazer muita coisa na empresa. Vou mostrar dois exemplos conforme a legislação brasileira:

- NR 9.3.1.1 A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR.

Repare que acima fica aberta a possibilidade do PPRA ser elaborado por funcionários e não funcionários da empresa. Qualquer pessoa que o empregador julgar capaz poderá elaborar o PPRA.

- NR 35.3.6 O treinamento (de trabalho em altura) deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.

Novamente acima a NR abre a possibilidade que qualquer pessoa com proficiência ministre o treinamento. Nem precisa que a pessoa seja funcionário da empresa.

As ações mais feitas por consultorias nas empresas são:

- Treinamento de CIPA e Designado de CIPA – NR 5.

- Treinamento de uso, guarda e conservação do EPI – NR 6 .

- Elaboração de LTCAT.

- Elaboração de Laudo de Insalubridade.

- Elaboração de Ordens de Serviço – NR 1.

- Elaboração de PCMSO – NR 7 .

- Treinamento de segurança na operação e manutenção de equipamentos NR 12.

- Treinamento de trabalho em Espaço Confinado – NR 33.

- Treinamento de segurança em trabalhos com eletricidade – NR 10.

- Treinamento para Operador de Empilhadeira – NR 11.

- Treinamento para operação e manutenção de Caldeiras e Vasos de Pressão – NR 13.

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- Treinamento para preenchimento da CAT – Lei 8213/91.

- Treinamento observando posições e aspectos ergonômicos – NR 17.

- Treinamento sobre elaboração de PCMAT – NR 18.

- Treinamento de instrução para preenchimento de PPP.

- Treinamento de segurança em NR 31.

- Treinamento de segurança no manuseio de explosivos – NR 19.

- Treinamento de segurança no trabalho com betoneiras e outros da construção civil – NR 18.

Observação: É claro que cada item que foi acima mostrado trás consigo a exigência de formação específica e capacidade. Algumas dessas atividades só os Engenheiros poderão executar.

Abaixo mostraremos alguns passos que poderão te levar a ser bem sucedido na criação e manutenção de assessoria/consultoria.

PESQUISA DE SETOR

Procure conhecer e entender as necessidades das empresas das proximidades. Descubra com o que trabalham, quantos funcionários cada empresa tem em média. A partir disso poderá perceber se sua atual formação é suficiente para atuar na região. Se não for, deverá se especializar.

Através da pesquisa poderá saber também o tamanho do investimento que deverá fazer com compra de materiais de trabalho, equipamentos de avaliação do ambiente, veículo para deslocamento, gasto com combustíveis, necessidade de parcerias, etc.

PARCERIAS

Se o segmento das empresas da localidade for fragmentado ou forem vários segmentos somente fazendo parcerias conseguirá atende-los.

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Ninguém é bom em todos os segmentos, e principalmente no início, os especialistas no segmento fazem toda diferença na qualidade da prestação de bons serviços.

EXEMPLO DE PARCERIA: Fazer parceria é fazer contato… É combinar, você me ajuda e eu te ajudo.

Por exemplo, se você é Enfermeiro combinar com os colegas Técnicos de Segurança (ou outros) assim, “se eu pegar uma SIPAT que fale sobre uso de EPI você faz comigo por tanto em dinheiro?” e mais, “se você pegar uma SIPAT que fale sobre primeiros socorros posso fazer para ti essa parte?”.

Enfim, o que você não pode fazer ou ás vezes não sabe fazer, o outro colega ás vezes sabe e pode! Combine que nesses casos você o ajuda! É ajuda mútua. Todas as partes ganham com isso.

PARA ABRIR CONSULTORIA É NECESSÁRIO TER VASTA EXPERIÊNCIA NA ÁREA

Sem experiência não dá para fazer trabalho de consultoria. Toda pessoa que trabalha com consultoria, trabalha com riscos e com vidas. Ela precisa ao entrar no local já ter pelo menos uma noção de mapeamento de riscos, saber o que fazer, e onde estão os riscos do ambiente.

Se a pessoa não tem experiência terá que usar e abusar das parcerias para prestar um trabalho de qualidade.

REGISTRAR EMPRESA

Registrar empresa é necessário para legalizar os trabalhos, no caso, de ter que contratar ajuda, ou emitir Nota Fiscal.

Quase 100 por cento das empresas trabalham somente mediante emissão de Nota Fiscal, e muitas não abrem mão disso. Quem não emite nota fiscal está fora do mercado.

As prefeituras também permitem a emissão de Nota Fiscal como autônomo mediante cadastro. O problema é que a quantidade que pode ser emitida mensalmente como autônomo na maioria das vezes é limitada. E por isso, quem precisa fazer várias emissões por mês fica prejudicado. Não sobra opção a não ser registrar empresa.

AVALIAÇÕES AMBIENTAISQuem trabalha com consultoria precisa saber manusear os equipamentos de medição. Pelo menos o básico é necessário saber. Se ainda não domina o manuseio procure saber pelo menos o mínimo antes de começar o trabalho de consultor.

Para quem não domina o manuseio dos equipamentos necessários na avaliação das condições do ambiente cursos específicos pode ser a solução indicada. Os cursos normalmente são oferecidos pelas empresas de consultoria ou por profissionais experientes. Procure saber sobre nas consultorias, sindicatos de Técnicos de Segurança do Trabalho, nos centros de formação, etc.

PARCERIAS 2

Fazer parceria é muito importante novamente nesse caso. Ninguém consegue dominar todos os segmentos, nem todos os equipamentos de avaliações ambientais. Quem é fera na construção civil, muitas vezes não conhece nada na área hospitalar, e por aí vai.

Alguns documentos como o PCMAT, e laudos precisará da parceria e assinatura de Engenheiro, então a parceria de novo se faz fundamental. No caso do PCMSO é necessário ter parceria com um Médico do Trabalho.

POSSO ASSINAR CARTEIRA DE TRABALHO PARA PRESTAR CONSULTORIA?Itens da NR 4:

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Como podemos ver acima os membros do SESMT tem horário de trabalho a cumprir segundo a regulamentação existente da NR 4 enquanto funcionários celetistas.

É ilegal ter a carteira de trabalho assinada para prestar somente consultoria!

Algumas empresas espertinhas contratam o Técnico para que o mesmo só vá à empresa uma vez por mês, ou semana. Agora pergunto cadê a responsabilidade de quem contrata e de quem presta esse tipo de serviço, e se acontece um acidente de trabalho? E se o auditor for fiscalizar a empresa e perceber que o Técnico é de fachada?

Uma profissional que faz isso pode ter seu registro cassado por estar exercendo a função de forma irregular! E se acontecer um acidente ele poderá ser preso ou responder processo. A omissão dele com a obrigação de cumprir a jornada de trabalho estabelecida na NR 4 colocou em riscos os funcionários. Colocou os funcionários em condições de se acidentar.

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO É LEGAL?

Fazer Contrato de Prestação de Serviço é totalmente legal desde na elaboração respeitemos as NRs as normas estaduais e outras normas vigentes. O contrato serve de garantia para ambas as partes, e quando bem elaborado é um aliado interessante em favor de uma prestação de serviço com qualidade, segurança e legalidade.

RESPONSABILIDADE

Quem trabalha com vidas não pode esquecer da responsabilidade que isso gera. Para quem faz consultoria cada assinatura tem que ser encarada como um prova. Temos que pensar, que tipo de provas temos deixado? Temos deixado prova de um bom trabalho, um trabalho feito dentro da legalidade e da responsabilidade? Ou temos feito um trabalho apenas visando o lucro financeiro? Tudo isso tem que ser pensando e analisado com calma e muito critério.

Quem faz um trabalho é responsável por ele. E mesmo que não seja contratado da empresa poderá responder mediante ações ou omissões. Com vidas e com cadeia não se brinca! Antes de realizar um trabalho procure saber se tem capacidade legal para fazer.

Devemos lembrar que quem da origem ao acidente por ação, omissão, negligência ou imprudência fica obrigado a reparar o dano. Artigo 927, 186 da Lei 10.406/2002 – Novo Código Civil.

POSSO ABRIR CONSULTORIA MESMO SENDO APENAS TÉCNICO DE SEGURANÇA?

Sim. Isso não impede em nada (legalmente falando). O problema é que o trabalho pode ficar muito limitado se não fizer parcerias.

Responsabilidade em caso de acidente de trabalho

Page 5: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

REGISTRO DE EMPRESA

Poderá buscar ajuda no SEBRAE mais próximo ou ligar 0800 570 0800. As micro e pequenas empresas podem sem problemas conseguir ajuda lá. Veja um pouco mais sobre o assunto em “O que você precisa para iniciar bem (SEBRAE)”

QUANTO COBRAR POR UM TRABALHO (PPRA/CIPA/PCMSO, ETC)

Escrito por: Nestor Waldhelm Neto

Essa é uma dúvida comum, todos nós já á tivemos ou ainda teremos cedo ou tarde.

Não estou aqui para fornecer uma fórmula (se alguém a tivesse estaria milionário), nada disso! Estou aqui apenas para dar uma direção, e a partir dessa direção será possível pelo menos ter uma base de onde começar.

QUANTO COBRAR POR UM TRABALHOPara saber quanto cobrar por um PPRA, montar uma CIPA, fazer PCMAT, PCMSO, LTCAT, Laudo de Insalubridade, ministrar palestra ou DDS, fazer Brigada de Incêndio, montar um Plano de Segurança, fazer Mapa de Risco, dar treinamento de uso de EPI, treinamento de CIPA, treinamento de primeiros socorros, etc. Observe atentamente as dicas:

(c) Can Stock Photo

Page 6: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

FATORES MAIS IMPORTANTES A SEREM OBSERVADOS

- Preço médio cobrado no mercado: É necessário saber sobre a média cobrada para a realização do trabalho. A partir da média é necessário ter o primeiro caminho a ser seguido.

- Tamanho da empresa: É importante para determinar uma posição sobre o poder aquisitivo da empresa. Assim podemos estipular por alto o quanto ela poderia pagar pelo nosso trabalho.

- Quantidade de funcionários: Quando se trata de treinamento, quanto mais funcionários a empresa tiver maior poderá ser o valor a ser cobrado. Mais funcionário é igual a mais trabalho.

- Equipamentos necessários para realizar o trabalho (luxímetro, decibelímetro, adiodosímetro, etc).

OUTROS ITENS DEVEM SER ANALISADOS

- Quanto vale o seu tempo/hora: Uma média do valor do seu trabalho será importante para determinar o valor a ser cobrado.

- Turnos de trabalho da empresa: se tiver turnos noturnos que demandarão trabalho, avaliações, ou treinamentos noturnos o isso deverá ser acrescido no valor do trabalho.

- Qual o seu conhecimento acerca do assunto?

- Qual a garantia que você pode dar ao cliente, acerca do trabalho que está produzindo: Quanto mais garantido o seu trabalho, mais valorizado deverá ser.

Esses são apenas alguns dos questionamentos básicos que podemos fazer quando solicitar ou contratar um serviço.

CONCLUSÃO

Se seu conhecimento é profundo, seu trabalho é diferenciado e garantido quem determina o valor a ser cobrado é você.

É importante lembrar que seu tempo que está em questão. A média da sua região deve ser a ser observada e juntando com as outras dicas chegará ao valor justo a ser cobrado.

Quanto mais disputado for o mercado a sua volta menor será o preço, infelizmente…

Faça o seu diferencial e poderá cobrar até muito mais do que os concorrentes cobram a sua volta

COMO FAZER PPRA – PARTE 1

Escrito por: Nestor Waldhelm Neto Nessa sequencia de postagens vamos aprender como fazer PPRA, e vamos aprender passo a passo.

Não é preciso correria na elaboração. Ela precisa seguir alguns passos de devem ser realizados com atenção.

Primeiro vamos conhecer mais sobre ele.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA é regulamentado pela Norma Regulamentadora – NR 9 é muito valioso tanto legalmente (é o primeiro documento exigido pela fiscalização, e por auditoria nas empresas) e, também para mapear os riscos e dar suporte para outros programas.

Veja: O que é PPRA

É através do PPRA que se faz o PCMSO, PPP, LTCAT, PGR, PCMAT dentre outros. Por isso, o Programa tem que ser muito bem elaborado e cumprido, senão todos os outros programas existentes na empresa estarão com a utilidade e validade comprometida.

Page 7: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

Quais empresas precisam ter o PPRA?

De acordo com o item 9.1.1 toda empresa deverá ter e implantar o PPRA, a norma é bem específica no que diz “implantar”. Pois tem muitas empresas que tem, mas não implantam. E o cronograma de ações, por exemplo, passa o ano em branco nada é feito ou cumprido, ou seja, é como se não tivessem o programa na empresa.

O Programa tem que atender a todos os setores da empresa que tem funcionários freqüentemente ou esporadicamente. Tudo tem que ser analisado e documentado.

Quanto tempo vale o PPRA?

Apesar do Programa ter validade de um ano ele deverá ser guardado por 20 (vinte) anos segundo o Item 9.3.8.2

O profissional que irá fazer o PPRA tem que ter registro no CREA?

Veja uma discussão acalorada sobre o tema no blog Tem Segurança, e atenção na resposta do José Carlos TST Técnico de Segurança pode elaborar PPRA .

Agora vamos a Resposta da NR 9.3.1.1 A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR.

Ou seja, até pessoas que não fazem parte do SESMT podem fazer o Programa, segundo a Lei.

A NR não proíbe que acrescentamos mais utilidades a nosso PPRA ela só mostra o mínimo a se fazer ou seja, podemos fazer mais do que a norma exigi, mas, não podemos fazer menos. O obrigatório se não for cumprido a empresa estará passível a multa.

Estrutura do PPRA

NR 9.2.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:

a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;

Comentário: Essa etapa visa adotar no PPRA um planejamento de ações. O PPRA é um programa vivo. E as ações com planejamento, metas e prioridades visam garantir mudanças e melhorias efetivas no ambiente de trabalho no que tange a Segurança e Saúde no Trabalho.

b) estratégia e metodologia de ação;

Comentário: Esse passo foi criado para que no programa sejam mencionados os itens e equipamentos usados na avaliação do PPRA. É um item que leva a uma maior transparência sobre a parte elaborativa do PPRA.

c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;

Comentário: O principal item aqui é a divulgação dos dados do programa. O PPRA deve ser de livre acesso a todos os interessados e deve ser discutido na CIPA segundo a NR 9.2.2.1.

d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA;

Comentário: A data de validade e elaboração deve estar visível no PPRA. A forma de avaliação deve estar clara e os equipamentos usados também.

Page 8: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

Atenção! Aqui não fazemos milagre.

A elaboração do PPRA tem que respeitar uma sequencia lógica. Essa sequencia de postagem abrange todas elas. Não tem como pular ou queimar etapas. O PPRA é um documento minucioso Se quiser fazer conosco siga o passo a passo com paciência e chegará ao objetivo que é fazer o PPRA. Começaremos pela capa e iremos avançando com cuidado e zelo.

Agora que já o conhecemos vamos começar a fazer. Começaremos pela capa.

Capa:

No título: - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

E também:- Nome da empresa onde foi realizado o PPRA.- Data da conclusão do documento que passará a ser também a data do vencimento (1 ano).

Índice ou Sumário- Índice ou SumárioO índice deve conter o detalhamento do PPRA e as respectivas páginas onde se encontram os assuntos.Exemplo:

Índice

1 – Introdução 04 2 – Objetivo 04 3 – identificação da Empresa 04 4 – Atividades da Empresa5 – Qualificação dos Responsáveis 6 – Definição das Responsabilidades 04 7 – Resumo das NRs 05 8 – Estratégias e metodologia de Avaliação 06 9 – Desenvolvimento do PPRA 07 Antecipação, Reconhec. e Avaliação dos Riscos Amb. 07 10 – Controle dos Riscos Ambientais 0911 – Nível de Ação 1012 – Periodicidade, Forma e Avaliação e Revisão do PPRA 1114 – Registro de revisões do desenvolvimento do PPRA 1315 – Integração com a CIPA 16 – Recomendações Gerais 1417 – Registro, Manutenção e Divulgação de Dados 15 18 – Planejamento Anual, Metas e Prioridades 1519 – Exame, Discussão do Plano e Conclusões Finais 1620 – Bibliografia 1621 -Data do Documento e Assinatura do Profissional 16 COMO FAZER PPRA – PARTE 2

Escrito por: Nestor Waldhelm Neto

Dando continuidade ao Como fazer PPRA – parte 1, aqui estamos com a parte 2 dessa série de postagens.

Page 9: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

Vamos continuar pelo documento base do PPRA.

Documento Base:

Na verdade o documento base é o próprio PPRA.Normalmente se começa por uma folha com o “Título Documento Base”, como se fosse uma segunda capa.

– Os itens que contém no documento base são:

I – Introdução

Exemplo:

Por solicitação da Empresa ASSOCIAÇÃO ……, realizamos levantamento de dados para a elaboração/revisão do PPRA – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (NR/9), conforme estabelece a Portaria nº 25, de 29 de Dezembro de 1994.

O trabalho de elaboração/revisão deste Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é de responsabilidade da empresa GBAM EMPRESARIAL – Administração de Serviços Médicos, realizado pelo Engenheiro de Segurança do Trabalho, Sr. Clemente Galhardo Nunes da Gema.

Este PPRA, uma vez elaborado/revisado, será válido pelo prazo de 01 (um) ano, quando então deverá ser reavaliado.

II – Objetivo:

O que se pretende alcançar através do programa.

Exemplo:

O PPRA tem como objetivo a prevenção da saúde e a integridade física dos trabalhadores, através do desenvolvimento das seguintes etapas:

- Antecipação;

- Reconhecimento;

- Avaliação e controle dos riscos ambientais existentes nos locais de trabalho.

III – Identificação da empresa:

Nome da empresa CNPJ, endereço, enfim tudo que identifica a empresa. Normalmente coloco aqui o cartão do CNJP da empresa. Encontre o cartão CNPJ da sua empresa fazendo um consulta do CNPJ nesse link http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/cnpj/cnpjreva/cnpjreva_solicitacao.asp

IV – Atividade da empresa:

Uma passada genérica sobre o processo de trabalho e o ramo de atuação da empresa, e(ou) história da empresa.

V – Qualificação dos responsáveis pela elaboração do PPRA.

Exemplo:

Page 10: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

- Empresa fulana de tal;

- Técnico de Segurança do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho fulano de tal;

- No endereço. Rua x Qd x, etc.

VI – Definição das responsabilidades:

Responsabilidades de empresa e dos empregados em relação a Segurança do Trabalho.

Exemplo:

Como responsabilidade, o PPRA estabelece que cabe:

À Empresa Fulana de tal:

- Providenciar a elaboração e efetiva implantação do Programa, custeá-lo e garantir o seu cumprimento.

- Deixar disponível o documento-base, suas alterações e complementações, de modo a proporcionar o imediato acesso das autoridades competentes.

- Indicar claramente no cronograma, previsto na estrutura do Programa, os prazos para o desenvolvimento e o cumprimento das metas do PPRA.

- Dar ciência aos trabalhadores, de maneira apropriada e suficiente, sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos, garantindo a proteção de sua integridade física e de sua saúde.

Aos Trabalhadores:

- Colaborar e participar na implementação e execução do PPRA.

- Acatar e atender as orientações recebidas nos treinamentos recomendados pelo PPRA.

- Informar à chefia de forma imediata todas as ocorrências que a seu julgamento possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.

VII – Resumo das NRs

Um resumo das NRs é sempre muito interessante para qualquer segmento de origem do PPRA.

Page 11: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

Veja: Resumo das NRs

VIII – Estratégia de metodologia e ação:

A estratégia que programa irá usar para chegar aos resultados desejados.

Exemplo:

- A estratégia e a metodologia de ação visam garantir a adoção de medidas de controle nos ambientes de trabalho para a efetiva proteção dos trabalhadores, obedecendo-se hierarquicamente o seguinte:

- Eliminar ou reduzir a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física dos trabalhadores.

- Prevenir o aparecimento, a liberação ou disseminação de agentes prejudiciais à saúde no ambiente de trabalho.

- Reduzir os níveis ou a concentração de agentes prejudiciais à saúde no ambiente de trabalho.

- Treinar os trabalhadores informando-os sobre a agressividade dos riscos identificados (físicos, químicos e biológicos), e seus possíveis efeitos sobre o organismo.

IX – Estratégia de metodologia e avaliação dos riscos:

Os instrumentos que foram utilizados para fazer o monitoramento dos agentes ambientais.

Exemplo:

- Foram utilizados Luxímetro modelo xxxx

- Decibelímetro modelo xxxxx

- Termômetro modelo xxxxx

X – Desenvolvimento do PPRA

As etapas de desenvolvimento, segundo NR 9. Esse texto recomendo que seja usado na íntregra.

DO DESENVOLVIMENTO DO PPRA

Segundo a NR 9.3 a elaboração do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) deverá incluir as seguintes etapas:

– Antecipação e reconhecimento dos riscos;

– Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;

– Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;

-Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;

– Monitoramento das exposições aos riscos;

– Registro e divulgação dos dados

Page 12: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

- A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, ou por pessoa ou empresas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR.

- A antecipação deverá envolver: análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.

O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis:

- A sua identificação;

- A determinação e localização das possíveis fontes geradoras;

- A identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho;

- A identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;

- A caracterização das atividades e do tipo de exposição;

- A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho;

- Os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica;

- A descrição das medidas de controle já existentes.

- A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessário para:

- Comprovar o controle da exposição e a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento;

- Dimensionar a exposição dos trabalhadores;

- Subsidiar o equacionamento das medidas de controle.

COMO FAZER PPRA – PARTE FINAL

Escrito por: Nestor Waldhelm Neto

Nessa parte do desenvolvimento do PPRA serão colocados os riscos do local de trabalho.

É a parte mais importante do PPRA.

Na parte das medições, há profissionais que fazem o monitoramento por função, e outros que fazem por local, setor de trabalho, desde que seja feito uma análise real da situação, a Norma não impedem nada. Particularmente prefiro fazer o registro dos dados por função.

Normalmente são feito medições de iluminação, ruído, calor e outras que forem necessárias no ambiente. Afinal cada ambiente tem sua particularidade.

QUEM PODE FAZER MEDIÇÕES PARA O PPRA?

Depende muito do que será analisado. Normalmente os Técnicos de Segurança do Trabalho fazem os cálculos de ruídos e iluminação. Quando a analise se refere a poeiras, gases e outros, um Engenheiro, Médico, etc faz.

Atenção

Muita gente dá tiro no pé nessa etapa de avaliações. Como pode uma pessoa fazer um PPRA dizendo que no ambiente analisado tinha 115 Db de ruído, se a norma diz que o trabalhador só pode permanecer nesse local por 7 minutos?

O Trabalhado fica nesse ambiente 8 horas por dia? Viu o tamanho do problema em caso de fiscalização, viu o risco de ser colocado na justiça por seu funcionário.

Page 13: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

Se o ambiente tem ruído acima do que a norma permite procure adequar seu ambiente as exigências da NR 15, para sugestões procure o MTE e assim descobrirá como resolver o problema.

Prestar atenção nos limites legais é muito importante para evitar cair na própria armadilha, ou no próprio programa.

- É importante fazer as medições, colocar os limites definidos pela Norma e os resultados obtidos através da medição.

Normalmente essa parte do PPRA é feita em planilha (Modelo de planilha), e alguns dados não podem faltar:

- O título PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;

- Características do ambiente de trabalho:

Espaço físico (dimensões, altura). Tipo de ventilação, iluminação, cobertura, etc;

- O setor de trabalho e(ou) função de que foi submetido à avaliação;

- Atividade desempenhada pelo funcionário, com maior riqueza de detalhes possíveis;

- Turno de trabalho.

Observação: pode acontecer de algum turno de trabalho estar exposto a algum risco específico, por isso esse dado é importante. Exemplo: O turno do dia sofre com o alto nível de ruído gerado pelo transito, e esse problema poderá não ocorrer à noite.

- Descrição do ambiente de trabalho.

- Número de pessoas expostas ao mesmo risco.

- Agente: é o causador do risco.

Exemplo; bactérias, vírus, ruído, etc

- Fonte geradora:

É quem gera o risco. Exemplo: banheiro, máquina, etc.

- Meio de propagação:

A forma como fator de risco se propaga. Exemplo: contato, no ar, etc.

- Medidas preventivas:

Medidas de prevenção ou controle dos riscos. Medidas que já existem, e também as que serão propostas.

Seguem alguns exemplos de medidas de controles a serem analisados:

- substituição do agente agressivo;

- Modificação no projeto;

- Limitação do tempo de exposição;

- Enclausuramento da fonte

- Uso de EPIs.

Nessa parte o programa já está mais solto, podemos acrescentar então:

Page 14: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

Nível de ação

Exemplo/sugestão de texto:

- Setores envolvidos na implantação do programa.

- Forma de ação e possibilidade de revisão do PPRA.

- Estabelecimento de metas e prioridades

- Prioridades que deverão ser alcançadas pelo programa.

Integração com a CIPA

Esse campo serve para mostrar que o PPRA está integrado a CIPA como exigido na NR 5

Exemplo:

- Os empregados terão participação efetiva no programa através de seus representantes na CIPA, etc.

- O documento base será, suas alterações serão discutidas na CIPA.

Recomendações gerais

Nesse campo é interessante apresentar o que a empresa tem em termos de Segurança do Trabalho.

Exemplo:

- Ficha de EPI;

- Brigada de Incêndio;

- Mapa de Riscos;

- Cronograma de Palestras;

- DDS (Diálogo Diário de Segurança)

- E outros.

Cronograma de Ações

É a parte onde a empresa se compromete a adequar a empresa nos itens que se mostraram necessários após a analise do ambiente.

Exemplo:

Page 15: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

Disposições finais.

Exemplo:

-O principal objetivo deste trabalho foi fornecer dados sobre a exposição dos trabalhadores aos agentes ambientais;

- Servindo como base para o desenvolvimento de ações voltadas para a saúde do trabalhador;

- Tendo como responsável e Sr xxxxxxxxxxxx Registro n° vvvvvvvvv

- Ficando a empresa a responsabilidade de acompanhar e(ou) implantar as medidas de correção.

É importante deixar esse lembrete:

As ações do PPRA deve ser acompanhadas regularmente muitas empresa fazem o programa e engavetam. No caso de fiscalização ou ação trabalhista a empresa terá problemas quando mostrar um PPRA que não foi acompanhado e implantado. Um programa assim perante a lei é como se não existisse. O PPRA é um programa dinâmico e deve ser sempre observado e seguido.

Bibliografia

- Devem ser informados todas as Normas Regulamentadoras que consultadas para elaboração do PPRA, bem como outras que foram eventualmente consultadas.

Assinaturas

Page 16: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

- De ser colocado um espaço para assinatura de quem elaborou e também de um representante legal da empresa. Dando ciência da existência do PPRA.

COMO FAZER MAPA DE RISCO

Escrito por: Nestor Waldhelm Neto

O Mapa de Risco é uma das ótimas formas de apresentar os riscos do ambiente que temos disponíveis. Ao contrário do que ás vezes parece o Mapa de Risco continua sendo obrigatório conforme NR 5 item 5,16.

Veremos como fazer Mapa de RiscoE como sempre, veremos como fazer passo a passo.

Vou mostrar da forma que faço, logicamente existem mil maneiras de fazer. Quem quiser apresentar seu jeito de fazer, poderá usar o campo de comentários para se expressar.

Leitura sugerida: O que é Mapa de Risco e para que serve

Colocando a mão na massa…

LAYOUT

O primeiro passo é ter o Layout da empresa, não tem o layout da empresa? Então use a imaginação e o poder da observação, observe esses que fiz abaixo.

Page 17: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

Neles só usei a criatividade, o poder da observação a caneta e uma prancheta. Se gostou desses, é só acreditar no seu potencial e fazer o seu.

Se não tiver o Layout da empresa, pegue uma prancheta e caneta e comece a desenhar o local analisado. Não tenha pressa, normalmente volto várias vezes ao local, refaço o desenho várias vezes, tanto no papel quanto no computador, até que fique o mais idêntico a realidade o possível.

AVALIAÇÃO DOS RISCOS

Então chegamos à seguinte questão como analisar os riscos no ambiente de trabalho para colocá-lo no Mapa de Risco?

Resposta: A avaliação dos riscos para elaboração do Mapa de Risco é qualitativa, ou seja, não envolve medições! Então quando for elaborar seu Mapa de Risco, faça uma reunião com a CIPA e pergunte a ela quais são os riscos que ela percebe no ambiente que está analisando. Quem sabe assim terá uma surpresa com algum risco que ainda não tenha percebido!

É importante também observar o PPRA da empresa. Nele poderá encontrar orientações interessantes sobre os riscos presentes no ambiente de trabalho.

Lembre-se do item 5.16 da NR 5, a CIPA é também responsável pela elaboração do Mapa de Risco, delegue algum trabalho a ela.

Na dúvida clique no link a seguir e baixe o Questionário auxiliar para elaboração do Mapa de Risco.

CORES

As cores são parte muito importante do Mapa de Risco. São elas que representam os riscos presentes no ambiente.

Acrescente os riscos de acordo com o Grupo de Riscos e Cores Correspondentes.

Page 18: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

CÍRCULOS

A intensidade dos riscos no ambiente de trabalho é representada através de círculos.

Se o risco é grande o círculo deve ser grande, se o risco for médio o círculo será médio, se o risco for pequeno o círculo será pequeno.

TAMANHO DOS CÍRCULOS

O Mapa de Risco é qualitativo, não envolve medições! Os riscos são definidos de acordo com a percepção de riscos dos trabalhadores, da CIPA e do SESMT.

MACETE PARA NÃO ERRAR NO TAMANHO DOS CÍRCULOS NA ELABORAÇÃO

O tamanho do círculo que usar na legenda do Mapa de Riscos deverá ser o mesmo usado no layout.

Para evitar que os círculos da legenda fiquem com tamanho diferente do que está dentro do layout, faça os três círculos somente uma vez.

Faça logo no início um círculo grande, médio e pequeno, e depois sempre que precisar acrescente o círculo de tamanho correspondente apenas copiando e colando. Fazendo assim, o tamanho sempre será o mesmo e não terá como errar nisso.

PIZZA

Se o local analisado tiver muitos riscos você poderá colocar os riscos dentro do círculo e fazer tipo pizza.

SETAS

Se o local analisado for grande você poderá usar setas, indicando os locais para os determinados riscos.

Page 19: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

Fazendo assim evitará encher o local de círculos, e ficará um Mapa de Risco eficiente e menos “poluído” visualmente. Isso facilitará a compreensão das pessoas que o virem.

Temos sempre que lembrar que o Mapa de Risco é feito para pessoas leigas nas questões de Segurança do Trabalho.

Devemos tentar simplificar ao máximo para que fique agradável visualmente e fácil de ler e compreender a simbologia.

PROGRAMA PARA FAZER MAPA DE RISCO

Depois dos assuntos layout da empresa, avaliação do ambiente, riscos do ambiente e tamanho dos círculos resolvido, é hora de escolher o programa para fazer o Mapa de Riscos. A infinidade de programas existentes te permite escolher o que mais lhe agrada.

Já fiz Mapa de Risco como Microsoft Paint e com o Microsoft Visio Viewer. Do que mais gostei foi no Visio. Tem pessoas que conseguem fazer até com o Microsoft Word, outros que fazem no Power Point, Corel Draw. Enfim, o programa é o de menos, o mais importante é fazer passo a passo, sem pressa ou correria, certo!

O mais difícil é começar! Comece e tudo dará certo.

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Estamos nos aproximando do fim.

COMO FAZER MAPA DE RISCO – PARTE FINAL

Escrito por: Nestor Waldhelm Neto

Se tiver perdido a parte 1, acesse Como fazer Mapa de Risco.

LEGENDA DO MAPA DE RISCOAtenção total! É aqui que muito Mapa de Risco perde a força e a eficácia.

A legenda é uma parte muito importante do Mapa de Riscos.

Um Mapa de Risco com uma legenda ruim não funciona. As pessoas não entenderão, de nada valerá.

Imagine que você é um visitante na empresa não conhece as instalações, os riscos. Então olha o Mapa de Risco procurando informações, te pergunto será que se a legenda estiver ruim encontrará o que procura? É obvio que não. Então esse Mapa de Risco não cumpriu sua missão…

Page 20: Como abrir uma assessoria ou consultoria em segurança do trabalho

Itens que considero importante na legenda do Mapa de Risco:

– Cores dos respectivos riscos

Aquelas mesmas do Grupo de Cores segundo os Riscos Ocupacionais. Veja o jeito que costumo fazer.

- Círculos

(já falei que devem ser do mesmo tamanho do que os que estão no Layout). Recomendo que se possível coloque escrito ao lado deles pequeno, médio, grande, para facilitar o entendimento dos leigos no assunto.

– Local analisado

Exemplo: Mapa de Risco do Depósito.

Todo Mapa de Risco deve ter a descrição do local analisado, fica mais fácil dos outros entenderem.

- Mapa de Risco é qualitativo: Já disse no outro artigo, más, vale a pena repetir, “Mapa de Risco é feito com análises qualitativas”, não envolve medições no ambiente de trabalho. É feito com base na sensibilidade dos trabalhadores, da CIPA e do SESMT aos riscos presentes no ambiente. Na dúvida, acesse o primeiro artigo dessa que é Como fazer Mapa de Risco.

– Orientações do Mapa de Riscos

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Tem gente que coloca data no quadro das orientações, e fica assim Mapa de Risco CIPA e SESMT 2013, não aprovo isso. Quando colocamos data, a tendência é que as pessoas desprezem logo depois de um ano.

O Mapa de Risco só precisa ser revisto quando ocorrem modificações no local de trabalho, ou alteração nos riscos presentes no ambiente. Se não ocorrer nenhuma das duas o documento valerá sempre. Assim só será necessário alterar quando estiver ilegível por causa da idade.

- CIPA e SESMT no Mapa de Risco

Norma não se discute, se cumpre e pronto! Se a NR 5 diz que a CIPA também é responsável pelo Mapa e Riscos, então coloque isso na legenda, mesmo se ela não tiver feito nada por ele.

Sempre gosto de colocar assim “Orientações da CIPA e SESMT”.

- Seja claro em suas orientações

Coloque os riscos, mas também coloque as medidas preventivas, por favor.

Não adianta mostrar os riscos e não mostrar as medidas de prevenção adotadas pela empresa, logo à informação estará incompleta. Mais uma vez vale lembrar para ser claro, objetivo e evitar termos técnicos. Lembre-se: O Mapa de Risco não é feito para o SESMT e sim para toda empresa, isso incluem pessoas leigas na Segurança do Trabalho e outras menos leigas..

Depois de colocar todas as informações no programa escolhido seu Mapa de Riscos estará pronto para impressão. Agora deverá encontrar uma gráfica de confiança e mandar fazer o banner ou quadro, e depois colocar no local analisado.

Em caso de dúvida ou sugestão, podem deixá-la logo a baixo nos comentários, ou então entre em contato no botão acima da imagem do cabeçalho.