abordagens metodolÓgicas no Âmbito da educaÇÃo de jovens e ... · educação desse novo...

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ABORDAGENS METODOLÓGICAS NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Darla Daiane Brito Menezes 1 Marília Gabriele Melo dos Santos 2 Maria José de Azevedo Araújo 3 Resumo Na Constituição Federal de 1988, estabelece-se o direito pelo ensino fundamental aos cidadãos de todas faixas etárias, sendo importante ampliar as oportunidades educacionais para aqueles que já passaram da idade de escolarização regular. A educação de jovens e adultos é hoje uma exigência da justiça social, para que o avanço nas oportunidades educacionais não se torne uma ilusão para educação tardia e acabe se sendo mais uma experiência de fracasso e exclusão. No Brasil muitos jovens e adultos lutam para conseguir melhores condições de vida e começam a trabalhar cedo, outros não tiveram chance de frequentar à escola regular, comprometendo seu processo de alfabetização. É necessário entender o processo de educação desse novo público, da forma como o educador vai expor e passar os conteúdos. Nesse sentido, esta pesquisa tem como objetivos: a) descrever a importância do professor usar uma metodologia adequada para a turma de educação de jovens e adultos; b) identificar os elementos principais para elaborar um bom planejamento; Justifica-se este trabalho pela relevância de enfatizarmos a importância do planejamento para o professor se sentir preparado para ministrar uma aula e alcançar seus objetivos perante os alunos. A metodologia baseou-se na busca do conhecimento sobre a realidade do ensino educação de jovens e adultos, e a sua metodologia em relação às formas de planejamento e metodologia que se pode aplicar nesse ensino utilizando fontes impressas na biblioteca da Universidade Tiradentes. Palavras-Chave: Educação de Jovens e Adultos; Metodologia; Planejamento. 1 Graduanda no 5º período do curso de Letras Português pela Universidade Tiradentes (UNIT). E-mail: [email protected]. 2 Graduanda no 5º período do curso de Letras Português pela Universidade Tiradentes (UNIT). E-mail: [email protected]. 3 Pedagoga / Orientadora Educacional, Especialista em Educação e Mestre em Educação pela UFS. Estatutaria no Município de Aracaju. Professora universitária de cursos de graduação e de pós-graduação. Atua na área da Educação, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino e de Pesquisa, Metodologia científica, Didática, Políticas educacionais, Legislação de ensino, Educação básica, Práticas escolares, Inclusão e Diversidade. Líder do grupo de estudos GEPISTAE/UNIT que pesquisa dois eixos temáticos: o eixo de fundamentos teórico-metodológico-pedagógico da educação e o eixo da pesquisa científica na área do ensino religioso. Além de artigos publicados em revistas da área da educação, possui artigos e poemas no site webartigos.com. Publicou os livros: Estágio Supervisionado III, Estágio Supervisionado IV, Organização do Trabalho Pedagógico; Quem Tem Medo do TCC?; Psicologia da Educação; Escrita, Alfabetização e Letramento; História Social da Criança e do Adolescente; Ensino e Pesquisa: Organização de Projetos. E- mail: [email protected].

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ABORDAGENS METODOLÓGICAS NO ÂMBITO DA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Darla Daiane Brito Menezes

1

Marília Gabriele Melo dos Santos2

Maria José de Azevedo Araújo3

Resumo

Na Constituição Federal de 1988, estabelece-se o direito pelo ensino fundamental aos

cidadãos de todas faixas etárias, sendo importante ampliar as oportunidades educacionais

para aqueles que já passaram da idade de escolarização regular. A educação de jovens e

adultos é hoje uma exigência da justiça social, para que o avanço nas oportunidades

educacionais não se torne uma ilusão para educação tardia e acabe se sendo mais uma

experiência de fracasso e exclusão. No Brasil muitos jovens e adultos lutam para conseguir

melhores condições de vida e começam a trabalhar cedo, outros não tiveram chance de

frequentar à escola regular, comprometendo seu processo de alfabetização. É necessário

entender o processo de educação desse novo público, da forma como o educador vai expor

e passar os conteúdos. Nesse sentido, esta pesquisa tem como objetivos: a) descrever a

importância do professor usar uma metodologia adequada para a turma de educação de

jovens e adultos; b) identificar os elementos principais para elaborar um bom

planejamento; Justifica-se este trabalho pela relevância de enfatizarmos a importância do

planejamento para o professor se sentir preparado para ministrar uma aula e alcançar seus

objetivos perante os alunos. A metodologia baseou-se na busca do conhecimento sobre a

realidade do ensino educação de jovens e adultos, e a sua metodologia em relação às

formas de planejamento e metodologia que se pode aplicar nesse ensino utilizando fontes

impressas na biblioteca da Universidade Tiradentes.

Palavras-Chave: Educação de Jovens e Adultos; Metodologia; Planejamento.

1 Graduanda no 5º período do curso de Letras Português pela Universidade Tiradentes (UNIT). E-mail:

[email protected]. 2 Graduanda no 5º período do curso de Letras Português pela Universidade Tiradentes (UNIT). E-mail:

[email protected]. 3

Pedagoga / Orientadora Educacional, Especialista em Educação e Mestre em Educação pela UFS.

Estatutaria no Município de Aracaju. Professora universitária de cursos de graduação e de pós-graduação.

Atua na área da Educação, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino e de Pesquisa, Metodologia

científica, Didática, Políticas educacionais, Legislação de ensino, Educação básica, Práticas escolares,

Inclusão e Diversidade. Líder do grupo de estudos GEPISTAE/UNIT que pesquisa dois eixos temáticos: o

eixo de fundamentos teórico-metodológico-pedagógico da educação e o eixo da pesquisa científica na área do

ensino religioso. Além de artigos publicados em revistas da área da educação, possui artigos e poemas no site

webartigos.com. Publicou os livros: Estágio Supervisionado III, Estágio Supervisionado IV, Organização do

Trabalho Pedagógico; Quem Tem Medo do TCC?; Psicologia da Educação; Escrita, Alfabetização e

Letramento; História Social da Criança e do Adolescente; Ensino e Pesquisa: Organização de Projetos. E-

mail: [email protected].

Abstract

In the 1988 Federal Constitution establishes the right to basic education for citizens of all

ages, it is important to expand educational opportunities for those who have passed the age

of regular school attendance. The education of youth and adults is now a requirement of

social justice, so that the advancement in educational opportunities not become an illusion

to education late and end up being more an experience of failure and exclusion. In Brazil

and many young adults struggle to achieve a better life and get to work early, others had no

chance to attend school regularly, compromising their literacy process. It is necessary to

understand the process of this new public education, how the educator will expose and pass

the contents. In this sense, this research aims to: a) describe the importance of the teacher

using a suitable methodology for classroom education for youth and adults, b) identify the

key elements to make a good planning, is justified by the importance of this work

emphasize the importance of planning for the teacher feel prepared to teach a lesson and

achieve your goals before the students. The methodology was based on the pursuit of

knowledge about the reality of teaching and education of young adults, and their

methodology in relation to the forms of planning and methodology that can be applied in

teaching using printed sources in the University library Tiradentes.

Passwords: Youth and Adult, Methodology, Planning.

ABORDAGENS METODOLÓGICAS NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO

DE JOVENS E ADULTOS

Introdução

O presente estudo intitulado Abordagens metodológicas no âmbito da

educação de jovens e adultos fazendo um enfoque no campo da educação, e como o

professor pode ter uma segurança no que se pretende fazer em sala de aula, na maneira de

orientar, de como aplicar e fazer um acompanhamento das atividades.

Dentro desse contexto, questiona-se: qual a metodologia necessária para o professor

de educação de jovens e adultos torná-la eficaz em sala de aula? Qual a importância do

planejamento para se tornar uma aula boa e atrativa para os alunos de educação de jovens e

adultos?

Nesse sentido, esta pesquisa tem como objetivos: a) descrever a importância do

professor usar uma metodologia adequada para a turma de educação de jovens e adultos; b)

identificar os elementos principais para elaborar um bom planejamento;

Justifica-se este trabalho pela relevância de enfatizarmos a importância do

planejamento para o professor se sentir preparado para ministrar uma aula e alcançar seus

objetivos perante os alunos.

Na Constituição Federal de 1988, estabelece-se o direito pelo ensino fundamental

aos cidadãos de todas faixas etárias, sendo importante ampliar as oportunidades

educacionais para aqueles que já passaram da idade de escolarização regular. A educação

de jovens e adultos é hoje uma exigência da justiça social, para que o avanço nas

oportunidades educacionais não se torne uma ilusão para educação tardia e acabe se sendo

mais uma experiência de fracasso e exclusão.

A pesquisa levou-nos a desvelar a face atual da área da educação de jovens e

adultos que inclui a perspectiva de inclusão em sociedades democráticas, que esta inclusão

se dá pela conquista de direitos dentro da contemporaneidade.

Isso leva-nos a interessar na descoberta e aprofundamento da educação de jovens e

adultos, uma educação para o mundo. O assunto deve interessar à comunidade acadêmica

em licenciatura porque ele aborda o desenvolvimento de uma teoria de conhecimento que

ajuda aos acadêmicos nas reflexões fundamentais para outras descobertas, leem como

possibilita novos questionamentos acerca de suas concepções.

A metodologia baseou-se na busca do conhecimento sobre a realidade do ensino

educação de jovens e adultos, e a sua metodologia em relação às formas de planejamento e

metodologia que se pode aplicar nesse ensino utilizando fontes impressas na biblioteca da

Universidade Tiradentes.

1. Educação de Jovens e Adultos

No Brasil muitos jovens e adultos lutam para conseguir melhores condições de vida

e começam a trabalhar cedo, outros não tiveram chance de frequentar a escola regular,

comprometendo seu processo de alfabetização. É necessário entender o processo de

educação desse novo público, da forma como o educador vai expor e passar os conteúdos.

Essa educação precisa de um olhar diferenciado do professor porque envolve

muitas vertentes da vida desses jovens e adultos. Sendo de forma que promova

possibilidades de transformações, onde o educador deve respeitar as condições culturais da

vida desses jovens-trabalhadores.

O aluno adulto não pode ser tratado como uma criança cuja história de

vida apenas começa. Ele quer ver a aplicação imediata do que esta

aprendendo. Ao mesmo tempo, apresenta-se temeroso, sente-se

ameaçado, precisa ser estimulado, criar autoestima pois a sua

“ignorância” lhe traz tensão, angústia, complexo de inferioridade. Muitas

vezes tem vergonha de falar de si, de sua moradia, de sua experiência

frustrada da infância, principalmente em relação à escola. É preciso que

tudo isso seja verbalizado e analisado. O primeiro direito do

alfabetizando é o direito de se expressar. (GADOTTI; ROMÃO, 2007, p.

39)

A educação no Brasil envolve muitas questões políticas, e uma incoerência entre o

estabelecimento do direito e o exercício social. Em que há uma falta de harmonia entre o

estudo e o trabalho. No qual o mercado de trabalho precisa de pessoas, e as mesmas,

precisam para sobreviver. Em contrapartida o currículo escolar imposto no meio

educacional tem metodologias fora da realidade e das necessidades desses alunos.

O professor tem um grande papel nesse contexto de forma que, qualquer alteração

que aconteça nesse sistema educacional, ele que irá ser o grande intercessor entre a escola

e a sociedade.

E na Educação de jovens e adultos torna-se um desafio porque poucos professores

estão capacitados para esses tipos de alunos. O educador tem que reconstruir seu trabalho

pedagógico, conhecendo a realidade de seus alunos, a forma de organizar seus conteúdos

para existir uma inteiração e compreensão, ter empenho que existe uma reflexão. Assim,

A educação escolar é sinônimo de qualidade total. Ela coloca disponível a

informação, ponto de partida da construção da competência participativa.

Não pode ser vista apenas como situação de sala de aula, com mero

repasse de informações. Os alunos precisam de um espaço onde possam

participar do processo construtivo do conhecimento, tanto quanto o

professor, para reconstruir os conhecimentos adquiridos pela prática

teorizando, ou seja, identificando seus fundamentos. Os alunos não

podem ficar reduzidos a meros objetos de treinamentos. Precisam ser

sujeitos do processo (Paulo Freire, “Educação bancária”, apud Freire

1980) para fazer a leitura do mundo. Os professores e suas práticas

docentes precisam de revisão substancial. É preciso atingir a condição

fundamental de educador, líder teórico e prático do processo de

construção de conhecimentos e da cidadania [...]. (PICONEZ, 2002, p.25)

A aprendizagem desses jovens e adultos depende muito do trabalho pedagógico, da

metodologia a ser aplicada, das políticas educacionais, de forma que os professores ajam e

tenham atitudes em coletivo para promover as possíveis transformações e seguro das suas

reais funções. Existindo uma doação por parte do educador e ter um olhar diferenciado

para esses alunos.

2. Planejamento Didático no EJA

Segundo MARTINS (1999), o planejamento educacional é um processo dinâmico

que tem uma meta a ser atingida e que prevê as formas de atingi-la, partindo de uma

situação atual e visando uma situação futura provável da educação que deverá atender

tanto ao individuo quanto a sociedade.

O planejamento didático é muito importante para o processo ensino-aprendizagem.

Esse planejamento geralmente é feito no início do ano letivo pelo corpo docente, a direção

e os demais especialistas da educação. Segundo Martins:

Na verdade, o planejamento curricular ou de ensino deve abrir espaços

para amplas discussões e intercâmbio de experiências, pois é evidente que

os professores são seres que sentem, pensam e agem em suas realidades,

o que lhes habilita, sem dúvida, participar na elaboração de propostas

educativas bem mais coerentes do que as propostas de gabinetes. Ao

invés de impor ao docente que organize as atividades, que defina as

experiências que comporão o currículo, seria de bom alvitre que se

solicitasse ao mesmo uma discussão da sua própria experiência e, após

sistematizá-la em categorias, constatar as mudanças desejáveis para os

educandos. (MARTINS, 1990, p. 95)

Um bom planejamento de ensino deve-se ter conhecimento da realidade, ou seja, a

clientela escolar (a comunidade onde a escola está inserida), a escola e o professor. Após

essas informações da realidade, inicia-se o planejamento do ensino. O planejamento do

ensino obedece à sequência: determinação dos objetivos, seleção dos conteúdos de ensino,

escolha dos procedimentos de ensino, escolha dos recursos, escolha dos procedimentos de

avaliação e montagem do plano de ensino. Assim,

Planejar do ponto de vista sistemático significa tomar decisões no sentido

de solucionar problemas. Um problema pode ser definido como um

desvio que ocorre entre o que está acontecendo e o que deveria acontecer.

Esse desvio é devido a certa variável e, para ser eliminado, é preciso que

se elimine a causa, isto é, que se modifique a realidade. Esta realidade

que se pretende modificar deve ser considerada um sistema, isto é, um

todo constituído de partes que interagem entre si e com o todo. No caso

da educação, a mudança na realidade pode ser, por exemplo, a

aprendizagem, em que o educando passa de um estado inicial de

desconhecimento de determinado assunto a um estado final de

conhecimento do referido assunto. (MARTINS, 1990, p. 88)

A maioria dos professores de educação de jovens e adultos já foram professores de

ensino regular infantil, sendo que os educadores necessitam de um marco mais global que

os ajudem na articulação das inovações metodológicas numa proposta mais abrangente e

coerente. Os objetivos didáticos na educação de jovens e adultos refere-se à uma

aprendizagem de conteúdos de diferentes naturezas.

De acordo com a Proposta Curricular do Ministério da Educação para a Educação

de Jovens e Adultos:

(...) entre os diferentes recursos, o livro didático é um dos materiais que

mais forte influencia a prática de ensino brasileira (...) tal recurso

desempenha um papel muito importante no processo de ensino e

aprendizagem, desde que se tenha clareza das possibilidades e dos

limites que ele apresenta e de como pode ser inserido numa proposta

global de trabalho (BRASIL, 2002: 139 -140).

Neste sentido observamos que os livros didáticos são muito importantes para o ensino de

educação de jovens e adultos. O livro didático acaba ajudando tendo uma devida

orientação metodológica e informações que ajudem ao professor na organização de seu

trabalho pedagógico.

3. Conhecimento da realidade do EJA da UFS

O Colégio de Aplicação, antigo Ginásio de Aplicação foi criado em 30 de junho de

1959, pertencia à faculdade de filosofia de Sergipe. Em 1965, passou a denominar-se

Colégio de Aplicação da Faculdade Católica de Filosofia. Daí em 1968 surgiu a

Universidade Federal de Sergipe, que incorporou a Faculdade de Filosofia e o colégio.

O Colégio de Aplicação, até então, funcionou (12 anos) em espaço físico

inadequado construído especialmente para o ensino superior, em 1991 foi elaborado em

projeto de construção e redefinição de sua proposta pedagógica, no sentido de permitir a

clientela os meios e instrumentos necessários a sua participação na luta pela transformação

da sociedade.

O local escolhido para mostrar a realidade do EJA em Aracaju, foi o Colégio de

Aplicação da UFS (CODAP), que vem desenvolvendo um projeto do Grupo de Estudo:

Saberes Escolares e Práticas Pedagógicas para a Educação de Jovens e Adultos (Seppeja)

que foi criado em junho de 2009 para congregar pesquisadores e estudiosos sobre a

Formação Docente para a EJA. É uma iniciativa de professores da UFS que congrega

vários segmentos da Educação em Sergipe que atuam promovendo a EJA no estado.

Seu maior objetivo é promover a sistematização de estudos e pesquisas para a

promoção de uma educação de qualidade nesta modalidade de ensino. E também investigar

os impactos resultantes da ação pedagógica baseada nos conteúdos estruturantes da

oralidade, leitura e escrita como essenciais para a estrutura curricular de um perfil inovador

para a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Para desenvolvimento desse projeto associam-se, numa relação de

interdependência, a formação docente de estudantes de licenciatura nas diversas áreas do

conhecimento desta IES à prática pedagógica desenvolvida nas turmas-piloto da EJA. Um

ponto importante esta na parte contínua das ações de planejar, realizar, refletir e avaliar a

prática pedagógica de uma proposta interdisciplinar, intercultural e intersetorial para a

EJA.

Atualmente, quase não se distingue onde se inicia e onde se encerra cada uma

dessas duas propostas aplicadas como um programa de extensão desenvolvido no Colégio

de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe com o apoio institucional do PIBIX.

No que diz respeito à estrutura física da escola está composta de: 15 salas de aula; 6

laboratórios sendo 1 de informática, 1 de química e física, 1 de artes, 1 de biologia, 1 de

desenho e um de áudio-visual; 1 sala de língua e código; 1 sala de ciências exatas; 1 sala de

ciências humanas; 1 núcleo de pesquisa e estudo de educação básica; 1 sala de educação

pedagógica; 1 sala de grêmio estudantil; 1 biblioteca; 1 sala de pré-vestibular; 1 quadra

poliesportiva; almoxarifado; banheiros; lanchonete e dois pátios onde os alunos ficam

durante os intervalos.

4. Metodologia de Ensino a ser aplicada no EJA/ UFS

Colégio de Aplicação da UFS (CODAP), e Saberes Escolares e Práticas

Pedagógicas para a Educação de Jovens e Adultos (Seppeja) tem como seu público alvo,

funcionários de empresas terceirizadas, funcionários da área de limpeza, carpintaria,

pessoas humildes que moram perto da localidade da escola e também do bairro Siqueira

Campos.

As aulas são ministradas no turno da noite de segunda à quinta, e nas sextas

acontecem oficinas, aulas de danças, informática e também ocorre reunião dos professores.

Não possui grade curricular e apresenta plano de aula mensal, onde os professores juntos

elegem um tema a ser trabalhado, aplicando a interdisciplinaridade. São três turmas

divididas em: Uma com professores de pedagogia, e as outras duas divididas em ensino

fundamental e médio.

No momento em que foi aplicado o questionário com as perguntas a respeito das

abordagens metodológicas no âmbito da Educação de Jovens e Adultos, em duas turmas

totalizando dezoito alunos presentes na sala de aula. Este por sua vez contém onze

questões, sendo dez objetivas, uma subjetiva.

Neste tópico, informaremos o quantitativo das respostas dos alunos a partir da

análise dos questionários.

1- Qual o fator que lhe levou a escolher esta escola? A primeira questão foi referente

ao motivo que os levou a escolher esta instituição. A maioria dos alunos marcou que

a escola possuía uma boa qualidade de ensino.

2- A estrutura oferecida pela escola é favorável para o seu aprendizado? A

segunda questão foi referente a estrutura da escola, todos responderam que a escola

possui uma estrutura favoravel para seu aprendizado.

3- Como é a sua relação com os professores de educação de jovens e adultos

(EJA)? A terceira questão é referente a relação dos alunos com o professor. Dos

dezoitos alunos , quinze marcaram excelentes a sua relação com o docente.

Questão 1

A localidade

A qualidade

Outros

Todos

Questão 2

Sim

Não

4- Como você observa a metodologia de ensino aplicada pelo professor em sala de

aula? Na quarta questão buscamos saber como aluno observa a metodologia de

ensino aplicada pelo professor em sala de aula. A maioria dos alunos marcaram

excelente.

5- Em sua opinião os professores de EJA estão preparados para transmissão do

conteúdo ao seu público alvo? Na quinta questão saber se os professores estão

preparados para transmitir o conteudo de forma clara. A maioria marcou que todos

os professores estão bem parparados para transmissão do saber.

Questão 3

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Questão 4

Excelente

Bom

Regular

Ruim

6- Os conteúdos aplicados pelos professores de EJA são suficientes para o seu

aprendizado? Na sexta questão procuramos observar se os conteúdos aplicados

pelos professores de EJA são suficiente para o aprendizado dos alunos. A maioria

marcou que os conteúdos são suficientes.

7- Em sua opinião os professores de EJA possuem um bom planejamento de aula

na orientação das atividades, na sua forma de aplicação e no acompanhamento

das atividades? Na sétima questão buscamos saber se os professores possuiem um

bom planejamento de aula. O resultado mostrou uma divisão entre ótimo e bom.

Questão 5

Todos osprofessores

Nenhum professor

Alguns professores

Questão 6

Sim

Não

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8- Além das atividades aplicadas na escola no horário regular, a escola oferece

alguma atividade extra para o reforço do seu aprendizado? Na oitava questão

procuramos saber se a escola oferece alguma atividade extra para reforço do

aprendizado. Nove dos alunos marcaram sempre tem atividades e oito marcaram que

as vezes e somente um marcou que nunca.

9- O modelo de avaliação aplicada na escola é suficiente para avaliar seus

conhecimentos? Na nona questão queriamos saber se a avaliação aplicada é suficiente

para medir os seus conhecimentos. A maioria respondeu que sim.

Questão 7

Ótimo

Bom

Questão 8

Sempre

Nunca

As vezes

12

10- O material didático oferecido pelo professor é de bom entendimento? Na décima

questão procuramos saber se o material didático é de fácil entendimento. A maioria

respondeu que sim.

11- Qual o motivo que o levou para o EJA? E qual a importância dele para você? Na

décima primeira questão foi a subjetiva referente a qual o motivo que os levaram para

o EJA. A maioria respondeu que é para relembrar os seus conhecimentos, para poder

concorrer uma vaga de concursos e vestibular, para subir de estatus no trabalho, outro

devido a uma doença que o fazia esquecer das coisas, voltou a estudar para tentar

relembrar.

Questão 9

Sim

Não

Questão 10

Sim

Não

Raramente

Nunca

13

Conclusão

Com a materialização desta pesquisa adquirimos com certeza um melhor

conhecimento a respeito da educação de jovens e adultos. Encontramos nela uma grande

importância para a sociedade que não conseguiu ter um estudo no ensino regular. E ter um

olhar diferenciado como docente, um olhar transformador, com doação, porque começa por

nos essa mudança, somos mediadores entre as duas partes.

O EJA é uma educação que procura dividir conhecimentos, multiplicar caminhos,

diminuindo os obstáculos e somando a esperança e vontade de continuar aprendendo, ou

melhor, descobrindo coisas novas que valem para toda vida. Hoje essa educação de jovens e

adultos tem um objetivo de educação permanente dos jovens, adultos e idosos. O público alvo

do EJA é quase sempre alunos que tem como objetivo de ascensão social e nesse ponto o

educador tem que mostrar que a educação vai além. Neste sentido percebemos também que a

maioria são jovens que se sentem excluídos do ensino regular.

Diante de uma comunidade que acaba excluindo as pessoas que estudam no EJA,

sendo exclusos de uma cultura escolar vigente percebemos um alerta para as competências

que os professores deveram exercer sendo consideradas as necessidades dos alunos,

lembrando também do mundo cheio de tecnologias que acabam também influenciando nessa

exclusão. Os professores devem ter objetivos em diferentes tipos de abordagens de ensino e

de aprendizagem, reorganizando suas didáticas e planejamentos com apoio pedagógico.

14

Anexo

Referências

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REFERÊNCIAS:

PICONEZ,Stela C. Bertholo – Educação escolar de jovens e adultos. 7 ed. São Paulo:

Papirus, 2002.

GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. Educação de Jovens e Adultos: teoria, prática e

proposta. 9. ed. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2007.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Proposta

Curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do ensino fundamental: 5a

a 8a série: introdução / Secretaria de Educação Fundamental, 2002.

MARTINS, José do Prado. Didática geral: fundamentos, planejamento, metodologia,

avaliação. São Paulo: Atlas, 1990.

HARGREAVES, Andy. Educação para mudança: recriando a escola para adolescentes.

Porto Alegre: Artmed, 2001.