abhr e os estudos da religião no brasil (cópia em conflito de bh1iftsecr04072 2013-09-18)

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A ABHR e os estudos da religião no Brasil Wellington Teodoro da Silva 1 Principio a minha participação nesse evento manifestando meu sentimento de gratidão. Peço licença ao professor Oneide Bobsin, magnífico reitor da Escola Superior de Teologia para, em sua pessoa, saudar a todos os presentes e agradecer ao convite que recebi com alegria. É uma grande honra participar em uma mesa nessa reconhecida casa de excelência. Agradeço em nome da ABHR aos professores e demais funcionários da EST pela realização deste I Simpósio Sul. Ele oferece uma inestimável contribuição para essa associação e para o campo de estudos das religiões no Brasil. A ideia dessa mesa é apresentar a ABHR e tratar dos estudos das religiões em nosso país. Esses dois temas escapam ao domínio de uma pessoa apenas. Tratar da historia dessa entidade de modos a propor elementos suficientes para se elaborar uma compreensão sobre o seu percurso é tarefa de grande monta. Proponho-me a fazê-lo maneira desconfortavelmente precária. O mesmo raciocínio vale para os estudos das religiões no Brasil hoje que é tema denso e de maior alcance. Acredito ser possível compreender, em alguma medida, os movimentos gerais desses estudos por meio da história da 1 Doutor em Ciência da Religião pela UFJF. Professor do Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião da PUC Minas. Presidente da Associação Brasileira de História das Religiões (2011 – 2014). 1

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Sobre os estudos da religião no brasil e a associação brasileira de história das religiões.

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A ABHR e os estudos da religio no BrasilWellington Teodoro da Silva[footnoteRef:1] [1: Doutor em Cincia da Religio pela UFJF. Professor do Programa de Ps-graduao em Cincias da Religio da PUC Minas. Presidente da Associao Brasileira de Histria das Religies (2011 2014). ]

Principio a minha participao nesse evento manifestando meu sentimento de gratido. Peo licena ao professor Oneide Bobsin, magnfico reitor da Escola Superior de Teologia para, em sua pessoa, saudar a todos os presentes e agradecer ao convite que recebi com alegria. uma grande honra participar em uma mesa nessa reconhecida casa de excelncia. Agradeo em nome da ABHR aos professores e demais funcionrios da EST pela realizao deste I Simpsio Sul. Ele oferece uma inestimvel contribuio para essa associao e para o campo de estudos das religies no Brasil. A ideia dessa mesa apresentar a ABHR e tratar dos estudos das religies em nosso pas. Esses dois temas escapam ao domnio de uma pessoa apenas. Tratar da historia dessa entidade de modos a propor elementos suficientes para se elaborar uma compreenso sobre o seu percurso tarefa de grande monta. Proponho-me a faz-lo maneira desconfortavelmente precria. O mesmo raciocnio vale para os estudos das religies no Brasil hoje que tema denso e de maior alcance.Acredito ser possvel compreender, em alguma medida, os movimentos gerais desses estudos por meio da histria da ABHR. A anlise dos simpsios dessa entidade e de suas publicaes em formas de livros e anais oferecem grandes contributos para esse fim. isso que procurarei demonstrar aqui.A partir de sua fundao, no ano de 1999, na Universidade Estadual Paulista, campus de Assis, a ABHR tem cumprido a trajetria de lugar de encontro entre pesquisadores do tema religio. Seu percurso est acontecendo, at o momento, sem privilgios voluntrios de uma ou outra rea do conhecimento. E tem sido assim sem que algum grupo de pesquisadores tenha se ocupado em dar essa orientao. Essa no diretividade tem ficado to evidente que deu vaga para a proposta de mudar o nome para ABER Associao Brasileira de Estudos da Religio. Essa mudana pode ser adequada porque a palavra Histria pode levar falsa compreenso de haver orientao organizativa e intelectual que parta dessa rea do conhecimento. Isso gera embaraos entre colegas de outras reas que embora participem dos eventos no se sentem a vontade para permanecer de maneira orgnica como quadros da gesto dessa associao. O evento de 1999 foi considerado o I Simpsio Nacional da ABHR uma vez que nele aconteceu sua fundao. No ano de 2000 aconteceu o II Simpsio Nacional na Universidade Federal de Ouro Preto, na cidade de Mariana, Minas Gerais. No ano de 2001 a Universidade Federal Rural de Pernambuco recebeu o III Simpsio com o tema Insurgncias e Ressurgncias no Campo Religioso. O IV Simpsio Nacional aconteceu, com o tema O estudo das religies: desafios contemporneos, no ano de 2002 na PUC de So Paulo. Em 2003 o V Simpsio foi promovido pela Universidade Federal de Juiz de Fora e pelo Centro de Estudos Superiores CES com o tema Religio e globalizao: o desafio da violncia. O VI Simpsio teve lugar na Universidade Estadual Paulista, na cidade de Franca, no ano de 2004, com o tema: Histria das Religies: desafios, problemas e avanos tericos, metodolgicos e historiogrficos. Em 2005 aconteceu na PUC Minas o VII Simpsio da ABHR com o tema O sagrado e o urbano: diversidades, manifestaes e anlises. No ano de 2006, a Universidade Federal do Maranho sediou o VIII simpsio com o tema Religio, raa e identidade. Em 2007 aconteceu o IX Simpsio na Universidade Federal de Viosa com o tema Religies e religiosidades: entre a tradio e a modernidade. No ano de 2008 a ABHR completou dez simpsios nacionais anuais. Em homenagem a sua fundao, o X simpsio aconteceu no campus da Universidade Estadual Paulista na cidade de Assis, onde comeou sua histria, seu tema foi Migraes e Imigraes das Religies. O XI simpsio teve como anfitri a Universidade Federal de Gois com o tema Sociabilidades religiosas: mitos, ritos e identidades e aconteceu no ano de 2009. Algumas questes devidas s contingncias no permitiram que acontecesse o evento nacional no ano de 2010. Em sendo assim, o XII simpsio nacional aconteceu no ano de 2011 na Universidade Federal de Juiz de Fora com o tema: Experincias e interpretaes do Sagrado: interfaces entre saberes acadmicos e religiosos. No ano de 2012 aconteceu o XIII simpsio nacional na cidade de So Luis. Novamente fomos acolhidos pela Universidade Federal do Maranho. O tema desse evento foi: Religio, carisma e poder: as formas da vida religiosa no Brasil. No ano de 2014 acontecer o XIV simpsio nacional da ABHR na cidade de Curitiba, a PUC Paran e a Universidade Federal do Paran sero nossas anfitris. O tema geral desse evento ser Histria: religio e revoluo.O XIII simpsio foi o ltimo anual. No evento anterior, em Juiz de Fora, foi aprovado o novo estatuto que promoveu a reestruturao da entidade. Sua maior mudana foi a regionalizao com a consequente bianualizao dos seus simpsios nacionais. Eles passaram a acontecer nos anos pares. Os simpsios regionais tambm acontecero bianualmente, nos anos mpares, iniciando em 2013. Esse documento comeou a ser pensado e produzido na gesto eleita no ano de 2008. A necessidade de propor uma nova organizao para a entidade j era algo ressentido por muitos colegas. Eles compreendiam o lugar cada vez mais relevante e o seu crescente alcance no meio acadmico no territrio brasileiro. A partir do simpsio de Juiz de Fora em 2011 passaram a existir coordenaes regionais nas cinco regies brasileiras: norte, nordeste, sul, sudeste e centro-oeste. O simpsio nacional pareceu ter um alcance limitado como espao de interlocuo. O processo de ampliao pelo qual passa as universidades pblicas que ocorre tambm no nvel das ps-graduaes est conduzindo um processo de interiorizao do meio acadmico. Essa constatao coincidente com a meta 14 e sua estratgia 14.8 do Plano Nacional de Educao (2011 2020) fazendo da ABHR um pequeno movimento de apoio essa realizao.[footnoteRef:2] Esse dado tem-se manifestado ao longo dos simpsios nacionais por meio da presena de considervel nmero de participantes vindos de instituies de fora dos grandes centros. Essa constatao foi da mxima importncia. Descobrimos que a religio como tema de investigao acadmica existia com produes relevantes de maneira capilar no Brasil. A criao de uma estrutura que fosse leve (apenas um coordenador) e que alcanasse os nveis locais contribuindo para o adensamento dos estudos das religies, segundo as diversas singularidades de um pas to grande e diverso quanto o Brasil, pareceu-nos uma exigncia da hora presente [2: Meta 14 do PNE (2011 2020): Elevar gradualmente o nmero de matrculas na ps-graduao stricto sensu, de modo a atingir a titulao anual de sessenta mil mestres e vinte e cinco mil doutores. Sua estratgia 14.8 diz: Ampliar a oferta de programas de ps-graduao stricto sensu, especialmente o de doutorado, nos campi novos abertos no mbito dos programas de expanso e interiorizao das instituies superiores pblicas. PROJETO DE LEI DO PLANO NACIONAL DE EDUCAO, 2011. P. 43.]

A religio acompanha esse processo de expanso das ps-graduaes das universidades brasileiras como tema relevante de investigao e no incidentalmente. Um excelente termmetro desse dado o crescimento do nmero de ps-graduaes stricto sensu em Cincia(s) das Religies no Brasil. No atual momento existem 14 cursos de mestrado e 4 de doutorado. Esse dado causa da fundao da Associao Nacional de Ps-graduao e Pesquisa em Teologia e Cincias da Religio ANPTECRE que est no seu sexto ano de existncia.Um nico simpsio anual no conseguiria fazer a ABHR contribuir para o campo de estudo das religies segundo as singularidades de cada lugar do pas. Os grandes eventos possuem um alcance horizontalizado sem, contudo, capilarizar-se como pede o atual momento brasileiro. O grande tamanho do pas tambm impeditivo para os diversos pesquisadores e estudantes acompanharem os eventos nacionais. A regionalizao permite a promoo de at cinco eventos em um mesmo ano com adensamento local. A figura do coordenador regional cria condies para as articulaes acadmicas nesse nvel com imensas possibilidades de interlocues com vistas publicaes e parcerias interinstitucionais. Dentre essas aes, a principal seria a articulao entre as ps-graduaes locais em atividades comuns. Os eventos regionais e a atuao desse coordenador poder, no limite, contribuir como um momento ttico dentro da estratgia 13.7 da meta 13 do Plano Nacional de Educao (2011 2020).[footnoteRef:3] [3: A meta 13 do PNE (2011 2020) diz: Elevar a qualidade da educao superior pela ampliao da atuao de mestres e doutores nas instituies de educao superior para setenta e cinco por cento, no mnimo, do corpo docente em efetivo exerccio, sendo, do total, trinta e cinco por cento outores. A sua estratgia 13.7 diz: Fomentar a formao de consrcios entre universidades pblicas de educao superior, com vistas a potencializar a atuao regional, inclusive por meio de plano de desenvolvimento institucional integrado, assegurando maior visibilidade nacional e internacional s atividades de ensino, pesquisa e extenso. (PROJETO DE LEI DO PLANO NACIONAL DE EDUCAO, 2011. P. 42.]

At o momento, a estratgia da regionalizao est acontecendo de maneira a conferir verificabilidade s anlises prvias descritas acima. Em fins de maio de 2013 aconteceu I Simpsio Regional Nordeste na Universidade Federal de Campina Grande, Paraba, com o tema Religio, a herana das crenas e as diversidades de crer. Agora tenho a alegria e honra de estar presente na mesa de abertura do I Simpsio Regional Sul, na Escola Superior de Teologia, na cidade gacha de So Leopoldo, que acontece com o tema Cartografias do sagrado e do profano: religio, espao e fronteira. Daqui a poucos dias teremos o I Simpsio Regional Sudeste na Universidade de So Paulo, que acontecer com o tema Diversidades e (in)tolerncias religiosas. Nesse ltimo, por fora da conjuntura que se apresentou, faremos a primeira experincia de um simpsio internacional da ABHR. Vamos ver como ser. A prxima assembleia far a avaliao e estabelecer regras claras para os eventos dessa natureza. Acredito que h uma razovel plausibilidade em propor que a ABHR uma resposta a uma demanda da histria da academia brasileira. Ela est atendendo ao momento da notvel emergncia da religio como tema de pesquisas. Num espao de tempo menor que uma dcada e meia, diversas reas situadas na Universidade moveram recursos tericos, materiais e de pessoal para o estudo da religio. Dentre tantas reas vale citar algumas cujos pesquisadores participaram de eventos da ABHR em comunicaes coordenadas e mesas redondas: sociologia, antropologia, histria, cincia poltica, geografia, psicologias, psicanlise, cincias da religio, direito, teologia, letras-literatura, fsica, geografia, educao e filosofia.O dado de no ser uma associao organizada pelo recorte disciplinar tais como as associaes de historiadores, de cientistas sociais, de filosofia, de teologia ou de cincias das religies, por exemplo, altamente significativo. O objeto produtor de sentido e coeso dessa entidade a religio como tema de estudo. Ela nos permite pensar na existncia entre ns de uma demanda reprimida sobre o estudo das religies. Ou, talvez, as matrizes compreensivas que a reputavam como tema menor, redutor do humano, esgotaram-se como macroteorias. Dentre elas lembro os filtros iluministas, o marxismo e o positivismo. Esse ltimo com incrvel sucesso entre ns brasileiros compondo ambientes tericos de interpretao do prprio marxismo. No mesmo movimento, como ensinam os clssicos, h a descoberta do valor heurstico da religio como janela para a compreenso do humano; da sociedade; da cultura; da poltica e da fundao e organizao do Estado. A trajetria da ABHR marcada pela no diretividade de um ou outro recorte disciplinar. razovel pensar que essa caracterstica deita raiz no seu ncleo fundante. Os professores da linha de pesquisa Religies e vises de mundo, do Programa de Ps-graduao em Histria da Unesp, campus de Assis, convocaram o Simpsio Nacional de Histria das Religies que foi o evento fundador da associao. O trnsito em diferentes reas feitos durante o perodo de formao desses professores pode ter contribudo para a formao da sua matriz de no diretividade disciplinar. Embora sendo todos de uma linha de pesquisa de um programa de ps-graduao, as reas percorridas por trs desses colegas, graduao, mestrado e doutorado, so: filosofia, cincias bblicas, histria, cincia poltica, antropologia e direito. Esse trnsito entre disciplinas seguramente influiu nos primeiros movimentos da ABHR que, seguramente, foi idealizada antes do simpsio que a fundou. Alm desses colegas, a presena de pessoas de reas diversas, no simpsio em Assis e no seguinte em Mariana, vale o destaque para a teologia e as cincias das religies, contriburam para o no direcionamento em uma ou outra disciplina.Como dito acima, a ltima dcada conheceu uma transformao no campo do estudo das religies no Brasil. A ABHR um resultado dessa transformao e os seus simpsios so documentos[footnoteRef:4] de grande potencial investigativo para a compreenso dessa transformao acontecida. Esse perodo tambm o momento de formao de uma nova gerao de pesquisadores cujo tempo de formao acadmica coincide com o tempo de existncia dessa associao. [4: Documentos compreendidos segundo LE GOFF, 2003. ]

A coleo estudos da ABHR editado pela Editora Paulinas publica os textos dos participantes das mesas redondas e das conferncias destes simpsios. At o momento foram publicados nove volumes. O dcimo ser lanado em Curitiba por ocasio do XIV simpsio nacional e publicar as contribuies do XIII simpsio acontecido em So Luis. Esse evento gerou dois volumes sendo que um sair pelas Paulinas e outro pela Editora da UFMA. Esses livros oferecem boas possibilidades para uma compreenso dos estudos das religies no Brasil no perodo. Outra possibilidade de compreender esse campo seria a anlise dos anais dos simpsios nacionais e regionais. Esperamos at meados do ano de 2014 incluir todos na pgina da associao na internet[footnoteRef:5]. Os grupos de trabalho ou sesses temticas que funcionaram nos simpsios tambm so importantes fontes para o estudo desse campo. A anlise detida desses trs documentos, somada as pesquisas de histria oral, seria de grande utilidade. [5: www.abhr.org.br]

Para os fins dessa mesa, fiz a opo de tratar dos temas presentes nas sesses temticas / grupos de trabalho acontecidas em 8 simpsios, 4 nacionais e 3 regionais. Eles funcionaram com comunicaes coordenadas resultadas de pesquisas de estudantes e pesquisadores de todo o Brasil. Os temas de cada sesso so propostos pelos scios da associao.[footnoteRef:6] Apenas aqueles que conseguem um nmero mnimo de inscries funcionam efetivamente ao longo evento. A seguir farei a citao dos grupos de trabalhos dos simpsios escolhidos e chamo ateno para a quantidade e os temas entre o ano de 2003 e 2013. O alcance desse texto no permite o uso dos textos dos anais desses simpsios. Em momentos posteriores, quando a anlise feita aqui for aprofundada, esses textos sero explorados. Estamos propondo uma anlise horizontalizada como uma primeira investida nesse tema. [6: Nos primeiros simpsios as comunicaes coordenadas funcionavam em grupos de pesquisa. Na primeira estratgia de organizao, a entidade pensou em manter continuidades de dilogos entre pesquisados por meio de Grupos de Pesquisas que animariam o intercmbio e trabalhos comuns entre os eventos. Esses grupos no conseguiram ter um funcionamento adequado. Portanto, os eventos passaram a adotar os nomes sesses temticas, grupos de trabalho ou simpsio temtico para os momentos onde os pesquisadores fariam as comunicaes coordenadas para os pares com interesses investigativos afins. Nesse artigo usarei os temos grupos de trabalhos e sesses temticas como sinnimos.]

Em seu princpio, os scios pensaram que a associao poderia funcionar ao longo do ano por meio dos grupos de pesquisas. Nos eventos eles reuniriam os pesquisadores em sesses de comunicaes coordenadas. Os grupos de pesquisas que foram propostos ainda no evento de Mariana no ano 2000 foram: 1) carismticos; 2) conflitos entre religies; 3) dilogo inter-religioso; 4) devoes populares; 5) judasmo e patrstica; 6) mulheres e religio; 7) Protestantismo e pentecostalismo; 8) Religio e filosofia; 9) Religio e poltica; 10) religies afro-brasileiras e kardecismo; 11) religies orientais e 12) romanizao e reforma catlica.[footnoteRef:7] Salvo alguma exceo, esses grupos de pesquisa no funcionaram da maneira como inicialmente esperada. A escolha de cada um dos temas foi feita pelos scios e refere-se ao universo de interesse de um grupo que ainda estava em momento de formao. As organizaes dos simpsios, a princpio, propunham que os coordenadores desses grupos organizassem as sesses de comunicaes coordenadas. No entanto, a prtica de abrir para outros scios proporem essas sesses tornou-se rotina de maneira crescente at esses grupos serem extintos de maneira formal pela assembleia reunida em Goinia, no ano de 2009. [7: At a data de hoje (22/10/2013) esses grupos de pesquisa esto publicados na antiga pgina da ABHR na internet: http://bmgil.tripod.com/gp.html]

As sesses do V Simpsio Nacional da ABHR acontecido na cidade de Juiz de Fora no ano de 2003 foram: 1) Carismticos; 2) Dilogo inter-religioso; 3) Devoes populares e catolicismo; 4) Judasmo e patrstica; 5) Gnero e religio; 6) Protestantismos; 7) Pentecostalismos; 8) Religio e poltica; 9) Religies afro-brasileiras e kardecismo; 10) Religies orientais; 11) Religies: comunicao e marketing; 12) Religio e modernidade.No VIII simpsio acontecido no ano 2006 em So Lus aconteceram as seguintes sesses: 1) Carismticos; 2) Religio e modernidade; 3) Religies afro-brasileiras e kardecismo; 4) Religiosidades e corporeidades; 5) Ortodoxias e fundamentalismos; 6) Mundo religioso e a ps-modernidade; 7) Igreja Catlica no Brasil; 8) Protestantismos e pentecostalismos; 9) Religio e poltica; 10) Devoo popular; 11) Religio e famlia; 12) Religio e sociedade no mediterrneo antigo.No XI simpsio realizado no ano de 2009 em Goinia as sesses foram: 1) Igreja Catlica no Brasil: da Reforma Catlica Ultramontana ao processo de Neo-Cristandade (1840-1952);2) Ortodoxias e fundamentalismos; 3)Protestantismos e Pentecostalismos; 4) Religio e Poltica; 5) Histria do judasmo e dos judeus no Brasil; 6) Histria das religies: desafios tericos, metodolgicos e historiogrficos; 7) As Novas Religiosidades na Sociedade Brasileira;8) Religies afro-brasileiras; 9) Religio e cincia: tenso, dilogo e experimentaes;10) Atesmo e crtica religiosa; 11) Carismticos catlicos e novas linguagens; 12) Religio e religiosidades na Antiguidade e Idade Mdia.O XII simpsio acontecido no ano de 2011 na cidade de Juiz de Fora contou com os seguintes grupos de trabalho: 1) Filosofias da histria e da religio; 2) Evanglicos protestantes e o ecumenismo; 3) Religio e poltica: o saber religioso da poltica e o saber poltico do religioso; 4) Modernidade e religio: interfaces; 5) Gnero, cincias e religies; 6) Histria da Igreja Catlica no Brasil: da reforma catlica ultramontana ao processo de neocristandade (1840 1952); 7) Periferia urbana, religio e violncia; 8) Arte e religio; 9) Religies afro-brasileiras e espiritismos; 10) Religio e cincia: tenso, dilogo e experimentaes; 11) Novas espiritualidades e religiosidades: desafios aos estudos de religio; 12) Histria oral e religio: construindo o conhecimento a partir das experincias dos sujeitos religiosos; 13) Culturas, religies e identidades em movimento: aportes terico-metodolgicos para fontes judaico-crists antigas; 14) Religies orientais: entre a inveno e o real; 15) Edificando para Deus: a arquitetura do sagrado nas suas diferentes manifestaes; 16) As devoes aos santos: prticas religiosas e estratgias de pesquisa; 17) A alteridade na pesquisa: religies afro-brasileiras, tradies indgenas e catolicismo popular; 18) A festa nas tradies religiosas brasileiras: significado e histria; 19) Protestantismo e pentecostalismo na modernidade; 21) Religio e ordem legal.O XIII Simpsio Anual acontecido no ano de 2012 contou com os seguintes grupos de trabalhos: 1) Religio, educao e sociedade; 2) Religio e juventude: elementos do cenrio religioso no Brasil; 3) A Religio entre velhos e novos papis: repensando teorias, mtodos e formas de classificao; 4) Religio, religiosidade e poder no Brasil Imperial; 5) Gnero e religio; 6) Religies afro-brasileiras e espiritismos; 7) Religio e modernidade: interfaces; 8) Messianismos religiosos; 9) Cristandade e suas representaes na Igreja Catlica no Brasil, 10) Cristianismo e politicidades; 11) Edificando para Deus: a arquitetura para o sagrado em suas diferentes manifestaes; 12) Corpo, cultura e religio; 13) Religio, economia e Assistncia Social; 14) Patrimnio cultura e experincias religiosas; 15) Histria e filosofia: religio e religiosidades; 16) Patrimnio cultural e experincias religiosas; 17) Religiosidades, simbolismo e territorialidades na Amaznia; 18) Novas formaes no campo religioso brasileiro; 19) A religio em nmeros; 20) Protestantismo, poltica e ecumenismo; 21) Espetculo, mdia, mercado e marketing religioso; 22) Tradies religiosas no Brasil festa, devoo e misticismo; 23) Festas, ritos e devoes em lugares sagrados; 24) Cinquenta anos de Vaticano II: histria, memria e perspectivas; 25) Contribuies da filosofia da religio para a compreenso das formas de vida religiosa no Brasil; 26) Histria, poder e religies medievais: perspectivas brasileiras; 27) Religio, arte e literatura; 28) Religiosidades indgenas e redefinies identitrias; 29) Tenses e conflitos no campo religioso brasileiro; 30) Evanglicos no Brasil: cultura e espao pblico. O I simpsio Regional Nordeste contou com 26 grupos de trabalho: 1) A herana das religies orientais: entre diversidades, invenes e realidades; 2) Corpo, cultura e religio; 3) Espetculo, cano, corpo, mdia e marketing em situaes de trnsitos e hibridismos religiosos; 4) Festas e tradies no nordeste brasileiro; 5) Gnero, violncia e religio; 6) Histria do pensamento oriental; 7) Mdia e religio: dinmicas, representaes e transfiguraes; 8) Religio e poltica; 9) Religio, educao e sociedade; 10) Religio, cultura e poltica no sculo XIX; 11) Religies e governos autoritrios no Brasil do sculo XX; 12) Religies medinicas: trnsito religioso, dilogo e interlocues; 13) Catolicismo: entre a tradio e a modernidade; 14) Religiosidades, simbolismo e territorialidades dos povos e comunidades tradicionais; 15) Imaginrios religiosos, itinerrios teraputicos e curas espirituais; 16) Religio e direitos humanos no Brasil; 17) Diversidade religiosa e intolerncia: nas interfaces entre cincias e histria das religies; 18) Religiosidades, celebraes e festejos: as relaes entre o sacro e o profano na histria das religies; 19) Do ocaso do Imprio ao alvorecer da Repblica: religio, cultura e sociedade no Brasil; 20) Literatura, religiosidade e misticismo; 21) Protestantismo e sociedade no Brasil; 22) Religiosidades indgenas; 23) Cultura e identidades nos movimentos protestantes (Brasil, Sculo XX) e 24) religiosidades e questes tnicas.O I Simpsio Regional Sul adotou o formato de simpsios temticos: 1) Corpo, cultura e religio; 2) Religies e religiosidades na atualidade: linearidades e rupturas; 3) Tradio de matriz africana e fronteiras; 4) Questes religiosas contemporneas; 5) Protestantismo: identidade, espao, fronteira; 6) Teologia, mdias e cultura pop; 7) Lugares e territrios dos direitos humanos: pertena e apropriao dos espaos aviltados; 8) Fronteiras religiosa/teolgicas e transversalidade: pentecostalismo e neopentecostalismo; 9) Para alm do sagrado e do profano meio sculo e mais histria das mulheres e mulheres na histria da teologia e das religies; 10) O puro e o impuro: testos sagrados e delimitao da esfera divina; 11) Interfaces entre religio e educao. Os grupos de trabalho do I Simpsio Regional Sudeste so os seguintes: 1) Bruxaria brasileira: a presena da Wicca no Brasil; 2) Catolicismo Brasileiro: neocristandade e prticas religiosas associativas (1889-1964); 3) Corpo, Cultura e Religio; 4) Dietrich Bonhoeffer: tica e teologia a servio da vida; 5) Edificando para Deus: a arquitetura do sagrado nas suas diferentes manifestaes; 6) Escolas das religies afro-brasileiras e Dilogos; 7) Escolas pblicas e (in)tolerncia religiosa; 8) Estados Unidos: religio e sociedade; 9) Fundamentalismos religiosos; 10) Gnero e religio; 11) Hereges, judeus e infiis: diversidade e a (in)tolerncia religiosa no decorrer da Idade Mdia; 12) Histria cultural das religies; 13) Histria e historiografia do protestantismo no Brasil; 14) Igrejas inclusivas LGBTT e a luta contra a intolerncia religiosa; 15) (In)tolerncia, gnero e religio; 16) Marketing, espetculo e ciberespao entre diversidades e (in)tolerncias religiosas; 17) No templo, no quartel e no poro: os protestantes e a ditadura militar brasileira; 18) O Oriente e suas diversidades religiosas; 19) Pentecostalismos brasileiros: novas perspectivas: 20) Religio e cincia: tenso, dialogo e experimentaes; 21) Religio e hierofania histrias, espaos e smbolos; 22) Religio e poltica, 23) Religio e violncia; 24) Religiosidade, identidade e intolerncia: (novas) re-configuraes da religio na esfera pblica; 25) Representaes, (re)leituras e relaes entre religies e (in)tolerncias religiosas no cinema; 26) Sade, religio e cultura: um dilogo a partir das prticas teraputicas culturais e religiosas; 27) Universos simblicos de religiosidades no Japo.Essas sesses temticas revelam o percurso dos estudos das religies no Brasil na ltima dcada. Dentre os simpsios apresentados, destacamos dois que aconteceram nos mesmos locais: So Luis e Juiz de Fora. A primeira cidade recebeu o VIII simpsio no ano de 2006 e o XIII no ano de 2012, com seis anos de intervalo. Juiz de Fora sediou o V simpsio, no ano de 2003, e o XII no ano de 2011, com intervalo de 8 anos. Esse dado relevante para comparao entre o nmero e a natureza dos temas propostos pelos grupos de trabalhos. O V, o VIII e o XI eventos nacionais contaram com um nmero reduzido de sesses temticas. No entanto, j anunciam uma diferena de abordagem em relao s dcadas anteriores. Eles anunciam uma grande mudana temtica no campo dos estudos das religies no Brasil, como veremos a seguir. As anlises dos estudos das cincias sociais sobre a religio no Brasil, produzidas por Rubem Alves (1984) e Paula Montero (1999), ajudam-nos interpretar o ponto de inflexo situado na primeira dcada do sculo XXI. At fins do sculo XX esse campo de estudo era feito hegemonicamente pela sociologia e antropologia. No sculo XXI elas passaram a ter a companhia das demais reas. Na anlise feita em princpio da dcada de 80, Alves preocupa-se com os lugares ideolgicos que permitiram que o empreendimento acadmico desse campo de estudo se realizasse. Ele constata que desde a sua implantao no Brasil, as cincias sociais se ocuparam de maneira central com o desenvolvimento da nao. Elas parecem ter-se arrogado, em alguma medida, a tarefa de engenharia social expressa na luta contra o Brasil arcaico. A compreenso do fato religioso segundo uma determinao negativa apriorstica situou-o dentre as realidades que deveriam ser combatidas. Compreendia-se que a viso sacral do mundo mantinha o retrocesso e era esteio do conservadorismo.A problemtica que nos tm acompanhado dede a dcada de 30 (ocasio em que as cincias sociais se estabeleceram entre ns) se expressou atravs dos temas da superao da cultura brasileira arcaica, do subdesenvolvimento, da modernizao, industrializao e urbanizao, dos conflitos de classe, do capitalismo dependente do Estado. Em torno deles giraram os crculos acadmicos do pas. A sociologia da religio, disciplina modesta e de importncia secundria, foi apenas um satlite que acompanhou, de forma dependente, estes grandes temas dominantes. (ALVES, 1984; p. 103/104)Esses estudos contemplavam a religio de maneira episdica e dependente da preocupao central. Em sendo assim, no houve condies para a elaborao de uma teoria sociolgica das religies do Brasil. As lies dos clssicos parecem no terem sido consideradas de modo relevante. Neles a religio aparece como parte necessria para a compreenso do todo de suas teorias sociolgicas. O sentido de progresso, ou avano, de sabor positivista, a preocupao em intervir nos rumos da nao reduziu a religio como tema relevante. Catolicismo, protestantismo e pentecostalismo eram estudados com vistas a esses interesses centrais. Por seu lado, as religies dos caboclos, ndios, negros foram objetos, sobretudo, de estrangeiros, e no escaparam condio de satlites e at de coisa extica, no limite.Paula Montero, no final da dcada de 1990, constata a existncia de grande produo sobre esse tema. Entretanto, privilegiou-se o catolicismo e as religies afro-brasileiras. Apenas na dcada de 1990 o protestantismo ganha legitimidade acadmica (p. 328). Ela parece acompanhar Alves quanto afirma que o estudo das religies entre ns serve para equacionar dilemas clssicos dos estudiosos da sociedade brasileira a construo da nao e as possibilidades de sua modernizao (MONTERO, 1999. p. 328). Portanto, at meados da dcada de 1970 a religio era compreendida como um elemento dificultador dos projetos de uma nao que se queria emancipada. A partir desse momento, a rarefao das instituies formais de mediaes polticas no espao pblico, resultado da ao repressora da ao da Ditadura Militar, fez os setores religiosos emergirem como lugares de organizao dos diversos setores da sociedade com vistas s mudanas desejadas. O catolicismo surge com interesse renovado como um lugar produtor de uma renovao da poltica e os protestantes como lugar de modernizao. No obstante, esses dois lugares continuaram a ser pensados como satlites de interesses da nao. Muda-se, contudo, a sua determinao: de fora reacionria para fora de mudanas. Os estudos sobre as Comunidades Eclesiais de Base esto entre aqueles que se ocupam da religio que emancipa.Paula Montero (1999) concorda com o dado de que as dcadas de 1960 e 1970 caracterizaram-se, nesse campo, pela grande recorrncia do tema especfico da represso poltica e pela emergncia dos movimentos sociais. Ela constata que, apesar da diversidade religiosa brasileira, h recortes disciplinares ntidos onde se localizam o campo da sociologia da religio numa matriz compreensiva weberiana ou marxista e uma antropologia das religies de inspirao durkheimiana e, mais recentemente, bastidiana (Montero, 1999, p. 330). Esses recortes se organizaram como especializaes religiosas: pode-se dizer que, em grandes linhas, a sociologia weberiana ocupa-se das religies protestantes, a marxista, das relaes entre Igreja Catlica, Estado e sociedade, enquanto que a antropologia dedica-se analise dos ritos, crenas e prticas da religiosidade dita popular, cujo objeto mais freqente so as religies afro-brasileiras, embora muitos trabalhos ainda se ocupem do catolicismo popular, tema que esteve no seu apogeu da dcada de 1970 (Monteiro, 1999, p. 330).Alm das reflexes sobre as cincias sociais tambm til pensar a historiografia brasileira diante do tema religio at fins do sculo XX. Ela trata esse tema de maneira fortuita, como um dado menor de uma histria poltica. As instituies religiosas, quando chegam a ser tratadas pelos historiadores do sculo XX, so circustanciadas em situaes polticas nas quais cumprem papis reacionrios na sociedade. So situadas em momentos to recortados que no temos at mesmo uma historiografia poltica da religio. Nesses momentos, ela tratada sem considerar que sua condio religiosa possui natureza distinta da poltica. Dessa forma, pensada com o mesmo intrumental terico utilizado para tratar as instituies polticas clssicas, tais como o Estado, os partidos e os sindicatos. Em sendo assim, as instituies religiosas so tratadas apenas na sua politidade. Por isso, so comuns os temas como Estado e Igreja, positivismo republicano e catolicismo, Igreja e democracia, Igreja e revoluo e Igreja e modernidade.Esta carncia de um instrumental terico prprio para o estudo da religio deixa a historiografia brasileira do sculo XX numa confuso epistemolgica: quando se prope a pensar este objeto, ela realiza, na maioria das vezes, trabalhos acerca da instituio religiosa, sem considerar que o elemento que a fundamenta qualitativamente diferente dos elementos que fundamentam as demais instituies sociais. H politicidade no religioso, entretanto, ele no se reduz prxis societria. necessrio saber que, ao contrrio da poltica moderna e da idia-fora revoluo, o fundamento da religio encontra-se num outro mundo. Os temas das sesses de comunicaes da ABHR permitem perguntar se estaramos em um novo momento nos estudos das religies no Brasil. As preocupaes das investigaes parecem apontar para matrizes distintas daquelas dos estertores do sculo XX. Esse movimento e o crescimento do nmero de investigadores intressados aumentam no mesmo momento da ampliao e interiorizao da universidade brasileira e de seus cursos de ps-graduao. Parece-nos razovel propor que a atual gerao de pesquisadores vive o momento da transio desse campo de estudos. Os novos interesses so largamente visveis pela oberservao do temrio das sesses dos simpsios da ABHR e confirmados pela leitura dos anais.Por fim, no concordamos com os discursos triunfalistas que se regalam com o fracasso das previses do fim da religio. No intelectualmente responsvel operar as questes segundo defesas apriorsticas do objeto. Por outro lado, o atual momento pede uma crtica crtica iluminista da religio. Sabemos todos do valor de suas luzes. No entanto, as mesmas nos trouxeram sombras. A verdade ilustrada sobre a religio a reputa como redutora do humano, uma ideologia alienate e/ou patologizante. Seus estudos se justificariam na medida em que pudessem ser teis para a anlise de um segundo tema que possa ter real valor, como no caso brasileiro que apresentamos acima. Efetivamente, dentro do autoritarismo da sociedade brasileira, as elites positivistas, liberais, socialistas ou comunista aparecem como os demiurgos da histria. As vises de mundo das camadas subalternas, incluido a sua religio, se impunha um problema a ser superado. Concluindo, conhecemos o gnio de Eric Hobsbawm (1995) e a sua demonstrao de que os perodos histricos no coincidem com o calenadrio. Em termos de utopias polticas, o sculo XX foi breve, menor que cem anos, durou at o ano de 1989. No entanto, em se tratando das interpretaes do mundo ele prologou as matrizes compreensivas da filosofia e das cincias sociais de cnones estabelecidos no XIX. Temos, portanto, o longussimo sculo XIX. Ele est se esgotando agora na primeira dcada do sculo XXI. Esse dado verificcel, no nosso caso, com a grande mudana de interesses nos estudos das religies. Estamos nas margens dos paradigmas, momento de rupturas.

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