abastecimento de agua a cidade de tombwa prestacao de servicos de supervisao das obras-angola

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PROJECTO DE REFORÇO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA À CIDADE DE TÔMBWA TERMOS DE REFERÊNCIA PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SUPERVISÃO DAS OBRAS 1. Contexto da intervenção 1.1 Políticas de cooperação O Programa Indicativo Nacional estabelecido entre o Governo da República de Angola e a Comissão Europeia, e protocolarmente assinado em Luanda aos 5 de Fevereiro de 1998, evidencia a vontade política da Comissão Europeia em apoiar as intervenções de reabilitação/beneficiação de infra-estruturas de abastecimento de água, com o objectivo geral de promover o desenvolvimento humano, económico e social das comunidades directamente beneficiárias, designadamente a melhoria da condição geral de vida das populações urbanas. No âmbito do quadro da cooperação definido por este Programa Indicativo PIN/Angola, a Comissão Europeia recebeu da parte do Ordenador Nacional a solicitação para a intervenção de reabilitação, beneficiação e expansão do sistema actual de abastecimento de água potável à cidade de Tômbwa, incluindo portanto a instalação de novas infra- estruturas, visando o reforço da actual capacidade em oferta a fim de satisfazer às actuais carências bem como à futura demanda no médio/longo prazo. 1.2 Situação actual no sector A cidade-sede do município do Tômbwa, ocupando uma superfície de 6 km2, está situada a 93 km para sul da cidade de Namibe, por estrada nacional EN-100, e localiza- se no extremo sudoeste do território nacional de Angola na direcção da foz do Rio Cunene, junto à fronteira com a Namíbia.

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PROJECTO DE REFORO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO

PROJECTO DE REFORO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO

DE GUA CIDADE DE TMBWA

TERMOS DE REFERNCIA PARA A PRESTAO DE SERVIOS

DE SUPERVISO DAS OBRAS

1. Contexto da interveno

1.1 Polticas de cooperao

O Programa Indicativo Nacional estabelecido entre o Governo da Repblica de Angola e a Comisso Europeia, e protocolarmente assinado em Luanda aos 5 de Fevereiro de 1998, evidencia a vontade poltica da Comisso Europeia em apoiar as intervenes de reabilitao/beneficiao de infra-estruturas de abastecimento de gua, com o objectivo geral de promover o desenvolvimento humano, econmico e social das comunidades directamente beneficirias, designadamente a melhoria da condio geral de vida das populaes urbanas.

No mbito do quadro da cooperao definido por este Programa Indicativo PIN/Angola, a Comisso Europeia recebeu da parte do Ordenador Nacional a solicitao para a interveno de reabilitao, beneficiao e expanso do sistema actual de abastecimento de gua potvel cidade de Tmbwa, incluindo portanto a instalao de novas infra-estruturas, visando o reforo da actual capacidade em oferta a fim de satisfazer s actuais carncias bem como futura demanda no mdio/longo prazo.

1.2 Situao actual no sector

A cidade-sede do municpio do Tmbwa, ocupando uma superfcie de 6 km2, est situada a 93 km para sul da cidade de Namibe, por estrada nacional EN-100, e localiza-se no extremo sudoeste do territrio nacional de Angola na direco da foz do Rio Cunene, junto fronteira com a Nambia.

A presso demogrfica sobre a cidade de Tmbwa tem sido invulgar nos ltimos anos (na ausncia de dados estatsticos, estimativas no-oficiais chegam a indicar mais de 20.000 habitantes); no entanto, a este excepcional movimento social de migrao no tem sido associada qualquer interveno, quer de reabilitao da infra-estrutura instalada, quer de recuperao da capacidade de operao, ou ainda de aplicao de investimento pblico em projectos de desenvolvimento e modernizao de equipamento social urbano, originando em consequncia uma condio dramaticamente generalizada de vulnerabilidade sanitria da populao residente.

O municpio do Tmbwa potencialmente rico em recursos marinhos e a sua economia est baseada na indstria da pesca, concentrada na cidade de Tmbwa, no entanto necessrio realar que (i) o risco de desertificao progressiva e (ii) a escassez acumulada crescente em gua potvel, constituem realmente factores de constrangimento bloqueadores das iniciativas de promoo do desenvolvimento sustentado local.

O sistema existente de captao, aduo e armazenamento de gua foi construdo nos anos 50 e dimensionado para servir a uma populao usuria de 5.000 pessoas. Actualmente, a conduta principal de aduo alimenta os reservatrios de pr-distribuio a um caudal de 60m3/h e apresenta um ndice de 40% em perdas. Os componentes deste sistema so, sumariamente:

i. Perfurao localizada nos terrenos aluvionares do delta do Rio Curoca, em tubagem (dimetro=350 mm) cavada at profundidade de 13 metros;

ii. Estao de pressurizao, instalada num edifcio parcialmente subterrneo (superfcie=70 m2);

iii. Conduta principal de aduo, na extenso de 10 km, integrada por 3 troos de tubagem em material amianto-cimento (dimetros entre 250mm e 175 mm) e desprovida de dispositivos-controlo (e.g., ventosas, comportas de descarga);

iv. Reservatrios de armazenamento/pr-distribuio, em material beto-armado, totalizando a capacidade nominal de 540m3 no conjunto das 3 unidades.

Ademais as obras de reabilitao do sistema original e de instalao das infra-estruturas de distribuio datam do ano 1990 e consistiram nas seguintes aces:

i. Instalao de uma conduta de aduo (dimetro=400mm), na distncia entre os reservatrios e a cidade, servindo em presso por gravidade a rede de distribuio urbana, redes primria e secundria (dimetros entre 400mm e 800mm), em material amianto-cimento, totalizando 12 km de extenso de redes e incluindo a execuo de dispositivos-controlo, salas de comando e estao de esterilizao;

ii. Reparao estrutural dos reservatrios pr-existentes de armazenamento/pr-distribuio;

iii. Instalao de uma conexo provisria dos reservatrios com a conduta de aduo e acoplamento de uma estao de esterilizao.

1.3 Concepo do novo sistema de abastecimento

O critrio de definio, anlise e classificao da nova localizao para a captao assenta na deciso de explorao dos aquferos profundos existentes na zona do litoral entre o Rio Curoca e a cidade de Tmbwa. Esta zona havia sido pr-seleccionada aps as concluses do Estudo sobre a pesquisa hidrogeolgica e a prospeco fsica, elaborada pelo Consultor ENB (Novembro/1993).

A localizao exacta, assim como a confirmao do nmero e dimensionamento das perfuraes de explorao e das suas caractersticas tcnicas/hidrulicas (e.g., dimetro, profundidade, caudal, nvel e quantidade e qualidade da gua, tecnologia de execuo), sero a determinar definitivamente pelo consultor aps a anlise dos resultados coleccionados pela pesquisa realizada na perfurao de investigao.

Esta aco dever portanto constituir o passo inicial preliminar no contexto da realizao das actividades do projecto.

Logo aps a concluso dos ensaios de captao, conformes com as prescries tcnicas estabelecidas em Caderno de Encargos, esta perfurao de investigao incluir-se- no sistema de captao, conjuntamente com a execuo dos piezmetros satlites.

Originalmente, o Consultor ENB (autor do estudo de viabilidade e do projecto de engenharia) contemplou uma programao faseada para a interveno, segundo o critrio da resposta ao aumento esperado da demanda (i) para o ano 2005 (Fase I, horizonte de mdio-prazo) e (ii) para o ano 2015 (Fase II, horizonte de longo-prazo).

A concepo-base do funcionamento do sistema muito simples, concretamente o caudal de cada uma das perfuraes da explorao de captao conduzido ao reservatrio de carga, de armazenamento primrio, e a partir daqui alimentada a conduta adutora. Por sua vez, esta conduta adutora transporta a gua em presso por gravidade at aos reservatrios de armazenamento/pr-distribuio. Finalmente, estes reservatrios alimentam, tambm em presso por gravidade, o sistema da rede de distribuio urbana.

1.4 Esforo da interveno

O nvel do esforo da interveno de reabilitao/beneficiao e reforo/expanso da infra-estrutura de abastecimento de gua cidade de Tmbwa, caracteriza-se sumariamente por:

Fase

da intervenoEsforo da interveno

Fase preliminar-execuo de 1 perfurao de investigao

-execuo dos piezmetros-satlite

Fase I -execuo de 2 perfuraes profundas (complementares da perfurao j realizada

em fase preliminar), adequadamente equipadas para a explorao das camadas aquferas,

instalao de conexes com o reservatrio de carga e do dispositivo de controlo da

condio de operao das perfuraes

-construo de um reservatrio de carga (capacidade=500m3) para alimentao da

conduta adutora, em material beto-armado

-construo de instalaes de explorao (e.g., cmara de vlvulas, edifcio do motor-

gerador, laboratrio, unidade de cloragem, armazm de materiais, sala de segurana e

controlo, e outras facilidades)

-instalao de sistemas de instrumentao e automatismos de controlo

-instalao da conduta adutora (dimetro=600mm; extenso=5km), em material ao,

equipada com dispositivos-controlo adequados ao transporte da gua por gravidade (do

reservatrio de carga para os reservatrios de armazenamento/pr-distribuio

-construo de 2 reservatrios de armazenamento/pr-distribuio, em material beto-

armado, com capacidade nominal individual de 2.000m3

-instalao de linha elctrica de mdia-tenso at ao local de captao

-instalao de uma unidade geradora de energia elctrica (de reserva), para assegurar

continuamente a condio de operao das perfuraes

Fase II-execuo de 1 perfurao profunda suplementar

-construo de 1 reservatrio de armazenamento/pr-distribuio suplementar (capacida- de=2.000m3), em material beto-armado

1.5 Resumo

Os problemas a resolver identificam-se com as prprias debilidades do actual sistema de abastecimento de gua e que se caracterizam por (i) oferta em quantidade insuficiente para satisfazer s necessidades actuais e futuras, (ii) presso de servio quase inexistente durante a maioria das horas dirias e (iii) incerteza da fiabilidade da qualidade da gua potvel, condio especialmente perigosa para a sade pblica.

Em coerncia, os objectivos gerais do projecto so:

i. Fornecer cidade de Tmbwa e s suas indstrias um sistema eficiente e adequado de abastecimento de gua potvel apropriado em quantidade e qualidade, por meio da execuo de novas captaes nos aquferos profundos do delta do Rio Curoca, capaz de satisfazer demanda em gua potvel e industrial no horizonte temporal do ano 2015; e

ii. Contribuir para a melhoria da condio geral de vida (e particularmente da condio sanitria) da populao residente da cidade de Tmbwa e apoiar a reactivao e desenvolvimento da indstria de pesca.

2. Objectivos dos servios

Na fase executiva (i.e., durante todo o tempo de execuo das obras), os servios a prestar pela equipa-residente consistem fundamentalmente na fiscalizao e superviso tcnica em obra, relativamente a todos os trabalhos e actividades integrantes das obrigaes contratuais do Empreiteiro. A prestao dos servios do Consultor ter que possibilitar a informao tecnicamente adequada s instituies com competncia de deciso (quer da parte do Governo da Repblica de Angola, quer da parte da Comisso Europeia), facilitadora do acompanhamento contnuo e monitorizao da implementao do projecto de reforo ao sistema de abastecimento de gua cidade de Tmbwa.

A extenso dos servios at ao termo do perodo de garantia de boa-execuo, concretizada pela realizao de misses in situ (com periodicidade trimestral e a serem desempenhadas pelo Chefe-de-Misso), de inspeco detalhada das diversas componentes do sistema, visando assegurar eficientemente a qualidade tcnica efectiva dos resultados da interveno, logo contribuir para a sustentabilidade dos benefcios esperados do projecto.

3. Resultados a obter

Especificamente, durante o tempo de execuo das obras, os servios de fiscalizao e superviso tcnica devero proporcionar Administrao, os seguintes resultados:

i. A verificao permanente in situ da total conformidade da execuo do projecto com as determinaes tcnicas, administrativas e jurdicas do Caderno de Encargos;

ii. Uma anlise mensal da condio real do progresso fsico e do progresso financeiro relativamente programao estabelecida, assente sobre a quantificao do efectivo avano mensal das actividades contratuais do Empreiteiro;

iii. Uma anlise mensal dos resultados do controlo executivo diariamente aplicado sobre a verificao da rentabilidade em obra, a organizao e a produtividade em estaleiro, relativamente s exigncias de eficincia determinadas pela programao estabelecida;

iv. A elaborao de propostas de aplicao de eventuais programas de recuperao sobre as actividades consideradas crticas relativamente programao estabelecida, economicamente justificadas, assentes na anlise dos rendimentos reais obtidos em obra e da avaliao das capacidades/meios de produo em estaleiro;

4. Plano de trabalho

Os Consultores proponentes devero preparar e integrar nas respectivas propostas, um plano de trabalho aplicado ao tempo de execuo das obras, que servir de guia executor das seguintes actividades:i. Analisar, comentar e aprovar, logo no incio das obras e sob proposta do Empreiteiro, a programao executiva calendarizada dos trabalhos e actividades (assim como o diagrama de organizao do estaleiro-de-obra e os programas de produo em estaleiro), e aplicar semanalmente o respectivo controlo executivo;

ii. Analisar e aprovar os desenhos-de-obra, elaborados pelo Empreiteiro, em todos os casos em que requerida a pormenorizao construtiva (portanto no includa no conjunto das peas desenhadas disponveis), ou em que se verifica modificao excepcional da aplicao do processo construtivo (aps adequada verificao de compatibilidade com as definies de concepo do projecto de engenharia);

iii. Fiscalizar a qualidade dos materiais de construo (antes da aplicao em obra) e da fiabilidade dos equipamentos profissionais e acessrios de operao (antes da instalao em obra), supervisionar a respectiva aplicao/instalao em obra e verificar a respectiva conformidade com as prescries tcnicas exigidas em Caderno de Encargos;

iv. Supervisionar o total cumprimento executivo da informao do projecto de engenharia (a partir das definies das peas desenhadas apoiadas em memrias demonstrativas e notas de clculo), tal como includas no processo tcnico executivo do Caderno de Encargos, e recomendar solues ou procedimentos de execuo tcnica qualificada sempre que tal signifique a elevao da qualidade final;

v. Analisar e confirmar os autos de medio, submetidos pelo Empreiteiro, sobre os trabalhos efectivamente realizados durante o ms em causa;

vi. Analisar e comentar eventuais comunicaes-de-obra, da parte do Empreiteiro, que incidam sobre propostas de alterao ao projecto, execuo de trabalhos suplementares (ou simplesmente no-previstos no mbito do Mapa de Quantidades do Caderno de Encargos), ou ainda reclamaes por autos de medio contraditrios, e submeter aprovao final da Administrao;

vii. Agendar e liderar semanalmente uma reunio-de-obra com o Empreiteiro, e redigir e editar o texto da respectiva acta (ou proceder ao respectivo registo em livro-de-obra, neste caso facilitando Administrao e Delegao da Comisso Europeia aceder respectiva informao sempre que tal seja solicitado);

viii. Agendar e preparar a verificao de conformidade administrativa e tcnica dos actos de recepo provisria, relativamente aos trabalhos parcelares de mbito contratual entretanto j executados, e emitir os respectivos certificados de recepo.

5. Constituio e qualificao da equipa

A realizao dos servios previstos requer a prestao tcnica especializada de uma equipa nuclear de peritos com qualificao e experincia apropriadas, designadamente:

i. Engenheiro civil hidrulico (que ser designado por Chefe-de-Misso), possuidor de mais de 15 (quinze) anos de actividade profissional em gesto e superviso da implementao de projectos de reabilitao/beneficiao de infra-estruturas de sistemas de captao, abastecimento e distribuio de gua potvel, complementada com a realizao de estudos/projectos de concepo/ execuo de intervenes similares.

Preferencialmente, requer-se uma experincia comprovada de 5 (cinco) anos de trabalho aplicado em projectos implementados em pases da regio da frica sub-Sahariana. O Chefe-de-Misso dever possuir tambm capacidades pessoais de liderana e dinamizao de equipas-de-trabalho;

ii. Engenheiro civil estruturalista, possuidor de mais de 15 (quinze) anos de experincia profissional em gesto e superviso da implementao de projectos de reabilitao/beneficiao de infra-estruturas de sistemas de captao, abastecimento e distribuio de gua potvel, complementada com a realizao de estudos/projectos de concepo/execuo de intervenes similares;

iii. Engenheiro electromecnico, possuidor de mais de 15 (quinze) anos de experincia profissional em sistemas de captao e bombagem, gesto e superviso da implementao de projectos de infra-estruturas de sistemas de captao, abastecimento e distribuio de gua potvel, complementada com a realizao de estudos e projectos de concepo e execuo de intervenes similares;

iv. Hidrogelogo, possuidor de mais de 15 (quinze) anos de experincia profissional em sondagens, gesto e superviso da implementao de projectos de infra-estruturas de sistemas de captao, abastecimento e distribuio de gua potvel, complementada com a realizao de estudos e projectos de concepo e execuo de intervenes similares;

v. Topgrafo snior, possuidor de mais de 10 (dez) anos de experincia profissional abrangente de todas as actividades de assistncia topogrfica necessrias correcta execuo das obras previstas a realizar.

Os Consultores devero rigorosamente integrar nas respectivas propostas, o curriculum vitae de cada um dos peritos designados a constituir a equipa-residente (recomenda-se que o texto individual no exceda 4 pginas).

Dentre outras, a repartio sumria individual das funes principais dos elementos da equipa-residente de fiscalizao/ superviso, sintetiza-se a seguir:

Equipa-residenteFunes principaisFasedo projecto

[A] -Chefe-de-Misso-registo actualizado e conservao em estaleiro do livro-de-obra

-ordenao de eventuais alteraes ou correces de partes-de-obra,

aps aprovao da Administrao

-recepo e encaminhamento de eventuais contestaes (por escrito),

da parte do Empreiteiro

-verificao e parecer sobre os pedidos mensais de pagamento, da

parte do Empreiteiro

-edio e distribuio dos Relatrios de Progresso Mensal

-verificao in situ e deciso de aprovao sobre ensaios finais de

recepo (parciais ou totais)

-aprovao e preparao do Certificado de Recepo ProvisriaExecuo

Obras

-realizao das misses de inspeco

-aprovao de eventuais reparaes durante o perodo de garantia

-edio e distribuio dos Relatrios de Inspeco

-aprovao e preparao do Certificado de Recepo Definitiva

-verificao da conformidade do Projecto de Extracto de Conta Final, da parte do Empreiteiro, e preparao administrativa da verso definitiva Post

Obras

[B] - Engenheiro Civil

Estruturalista

-comprovao da qualidade dos materiais e da fiabilidade dos

equipamentos recepcionados em estaleiro

-programao de ensaios de conformidade tcnica

-fiscalizao in situ do modo de execuo tcnica dos trabalhos

-apoio ao Chefe-de-Misso e substituio em situaes temporriasExecuo de

obras

[C] Electromecnico

(curta durao)-recepo e superviso da instalao de todo o equipamento

- verificao in situ e deciso de aprovao sobre ensaios finais de

recepoExecuo de

obras

[D] Hidrogelogo

(curta durao)-superviso de todo o trabalhos ligado s perfuraesExecuo de

obras

[E] - Topgrafo Snior

-anlise e verificao da conformidade das peas desenhadas para

construo

-controlo topogrfico/geomtrico sobre os trabalhos de execuo de

movimentaes de terras

-verificao das cotas de cofragem (antes da operao de betonagem)

e de implantao geral das componentes estruturais-sistematizao e

normalizao dos registos topogrficosExecuo de

obras

Para a contribuio do xito do desempenho das prestaes, os Consultores so encorajados a considerar um efectivo e contnuo apoio da Sede, como factor de mais-valia tcnica comparada da inter-competitividade das propostas.

Todos os peritos designados a integrar a equipa-residente de fiscalizao/superviso devero saber comunicar apropriadamente em lngua portuguesa, para alm de ser determinado ao Chefe-de-Misso o conhecimento adequado dos procedimentos FED na administrao dos contratos e dos mtodos normalizados de abordagem lgica e da gesto do ciclo dos projectos de interveno.

6. Relatrios a apresentar e prazos

Durante o tempo de realizao das obras, o Chefe-de-Misso dever proceder elaborao do Relatrio de Progresso Mensal, cujo contedo ser objecto de consenso preliminar entre a Administrao e a Delegao da Comisso Europeia, em Luanda. No entanto, a ttulo indicativo, a informao mensal actualizada dever apropriadamente incidir sobre:

i. Actividades desenvolvidas pela equipa residente de fiscalizao/ superviso;

ii. Estado de progresso fsico dos trabalhos e actividades relativamente programao geral executiva, assente na confirmao do auto de medio relativo ao ms em causa;

iii. Estado de progresso financeiro sobre o fluxo dos pagamentos contratuais realizados, relativamente programao geral;

iv. Eficincia geral da organizao e gesto da produo em estaleiro e das condies de laborao em higiene e segurana (e extensivamente em obra);

v. Registos topogrficos detalhados;

vi. Comunicaes emitidas/recepcionadas entre o Fiscal e o Empreiteiro, ou outras, consideradas relevantes para a administrao e gesto apropriadas do contrato-obras;

vii. Propostas de aplicao de programas-de-recuperao, sobre todas as actividades consideradas crticas para a programao geral das obras;

viii. Comentrios e observaes sobre eventuais comunicaes formais do Empreiteiro, relativamente a pedidos de prorrogao de tempos (parciais ou totais) ou a propostas de alterao das quantidades originais do contrato-obras.

Obrigatoriamente, estes relatrios mensais devero ser editados at ao termo da primeira semana imediata finalizao do ms em causa, e distribudos segundo o critrio indicado:EntidadesON/UTA CE

(Luanda & Bruxelas) MINEA/DNA Total

Relatrio de Progresso 4 5 3 12

Para cada uma das misses, a realizar quadrimestralmente durante o perodo de garantia de boa-execuo, o Chefe-de-Misso dever elaborar detalhadamente o Relatrio de Inspeco (classificado de Intermdio, para as duas primeiras misses e Final, para a ltima misso), a editar obrigatoriamente at ao termo de cada misso, e a distribuir segundo o critrio indicado:

EntidadesON/UTACE

(Luanda & Bruxelas) MINEA/DNA Total

Relatrio de Inspeco 3 5 2 10

O contedo da informao dos relatrios de inspeco, a editar no decurso da realizao das misses in situ, dever permitir s entidades representativas da Administrao e da Delegao da Comisso Europeia conhecer detalhadamente (i) a condio de servio das infra-estruturas e da eficincia operativa das diversas componentes do sistema, e (ii) a anlise da verificao da aplicao dos programas de manuteno da tecnologia instalada.

Adicionalmente dever ser includa a listagem das eventuais imperfeies atribudas a razes de inadequada qualidade de construo (i.e., das infra-estruturas e instalaes tcnicas) ou de fiabilidade de fabrico (i.e., dos equipamentos e sistemas instrumentais), com o objectivo de proceder respectiva execuo de reparao, aps a respectiva notificao ao Empreiteiro.

Definitivamente, a deciso de aprovao do relatrio final por parte da Administrao, cuja data dever coincidir com o termo do perodo de garantia, condicionar a emisso do certificado de recepo definitiva por parte do Fiscal.

7. Durao dos servios

Na apresentao das respectivas propostas, os Consultores devero corresponder aplicao da pr-programao das tarefas e actividades previstas a executar, de tal modo que:

i. Tempo efectivo da prestao de fiscalizao/superviso em obra, de 16 meses seguido do perodo de um ms reservado para verificao dos resultados dos ensaios finais; e

ii. Tempo efectivo da prestao de inspeco, durante o perodo de garantia de boa execuo, de 1 meses (3 misses de 2 semanas cada).

Portanto, o total dos tempos de programao dedicados prestao do Chefe-de-Misso de 18 meses, enquanto que os tempos para as prestaes individuais do Engenheiro Civil Estruturalista e do Topgrafo Snior, so de 16 meses.

Em resumo, a planificao das necessidades temporais em recursos humanos para a realizao das prestaes previstas nos presentes Termos de Referncia, como segue:

Recursos Humanos Misso

fiscalizao

em obraRealizao

de ensaios

finais Misso

inspeco

garantia Total

(hxms) Viagens

Internac. Locais

Eng. Civil Hidrulico - Chefe de misso

Eng. Civil - estruturalista

Eng.Electromecnico - curta durao

Hidrogelogo - curta durao

Topgrafo

16

16

2

3

161

0

0

0

01.5

0

0

0

018.5

16

2

3

16

7

4

1

1

47

4

1

1

4

Total viagens1717

8. Apoio da Administrao

Como parte constituda dos servios de apoio ao Ordenador Nacional, a Unidade Tcnica Administrativa para a Cooperao ACP-CE facilitar ao Consultor Adjudicatrio a preparao e seguimento processual dos vistos de entrada/permanncia e de importao/exportao de pertences pessoais e equipamentos profissionais para uso no mbito das prestaes a realizar, em acordo com os princpios da Conveno Lome IV-bis (acordo-reviso da Ilha Maurcia, 04/Novembro/1995). O gabinete ser proporcionado pela administrao municipal de Tombwa.

9. Otros Meios

Visando contribuir para o melhor desempenho dos servios da equipa-residente, o oramento do projecto contempla os custos de aquisio de uma viatura de cabina dupla, de traco integral e caixa aberta provida de dispositivo. Aps o encerramento do projecto, o uso deste meio de transporte dever ser entregue entidade local gestora do Sistema de Abastecimento de gua do Tombwa.