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SAIBA MAIS A primeira instalação solar fotovoltaica integrada a uma edificação urbana e interligada à rede elétrica pública no Brasil foi feita em 1997, na Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis. O sistema foi dimensionado para atender à demanda energética de uma família de quatro pessoas em uma residência urbana brasileira típica. A energia fotovoltaica será usada no Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte. Em reformas para sediar jogos da Copa da Confederações, neste ano, e da Copa do Mundo, em 2014, a arena vai receber módulos de silício cristalino sobre a cobertura de concreto. Será o primeiro estádio no mundial a ter uma usina fotovoltaica em seu teto. Os sistemas fotovoltaicos podem funcionar como complementares ao sistema principal de energia, fornecendo energia para rede de distribuição em horários de pouca demanda e consumindo energia da rede em horários de elevada demanda. Esse arranjo torna desnecessário o armazenamento da energia em baterias, diminuindo significativamente custos totais e a manutenção, e aumentando a vida útil dos sistemas. Programa de redução do consumo beneficia famílias de 44 bairros de Campinas Não é justo que em manifestações de qualquer ordem essas pessoas amarguem sozinhas a responsabilidade de arcar com os prejuízos. Felipe Tonon DA AGÊNCIA ANHANGUERA [email protected] Mais de 1,2 mil famílias de Campinas tiveram suas geladei- ras trocadas por modelos que garantem economia de energia entre os meses de março e ju- lho, dentro do programa CPFL na Comunidade. No ano passa- do, a ação da empresa totali- zou investimento de R$ 62 mi- lhões. “Desse total, R$ 40 mi- lhões foram utilizados em fa- vor de clientes residenciais de baixo poder aquisitivo”, disse Luiz Carlos Lopes Junior, geren- te de eficiência energética da CPFL Paulista. Em Campinas, foram substi- tuídas 1.250 geladeiras em 44 bairros, totalizando R$ 1,6 mi- lhão. Segundo a companhia, a economia total será de 672,84MWh por ano, o que re- presenta 64% do consumo de todas as famílias beneficiadas durante um ano. De acordo com o gerente da empresa, os eletrodomésticos mais velhos consomem 50% mais energia do que os novos. Todas as geladeiras velhas são levadas para uma indústria de Cabreúva, onde é feito o suca- teamento, atendendo às nor- mas ambientais. Dentro do programa CPFL na Comunidade há vários pro- jetos de eficiência energética. Além da substituição de gela- deiras e chuveiros por modelos novos, são realizados cursos de formação de eletricistas e regu- larização de ligações clandesti- nas, entre outras ações. A dona de casa Mariana Se- veriana Rocha, de 69 anos, te- ve seu refrigerador substituído há cerca de três meses. “Eu gostei muito. A minha geladei- ra antiga era grande e gastava demais”, disse. “Ganhei uma geladeira novinha sem gastar nada.” O trabalho é feito em parcei- ra com a Prefeitura das cida- des, que indicam as áreas que podem ser contempladas. Para receber os benefícios, os clien- tes devem possuir o Número de Identificação Social (NIS) e estar com o pagamento de con- tas de consumo de energia elé- trica em dia. Maria Teresa Costa DA AGÊNCIA ANHANGUERA [email protected] O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), planeja inves- tir R$ 4,7 milhões para trans- formar o Paço Municipal em uma usina produtora de ener- gia solar para abastecer os 19 andares da Prefeitura e dispo- nibilizar o excedente na rede pública. Estudo feito pela Se- cretaria do Verde e Desenvolvi- mento Sustentável mostrou que o investimento necessário se pagará em seis anos, com a economia na conta de luz, que poderá chegar a 80% do gasto atual. Segundo o estudo, do to- tal de recursos necessários, R$ 2,7 milhões virão de verbas pú- blicas e o restante de parce- rias, por meio de chamamen- to público. O prefeito deve anunciar o projeto ainda este mês, após detalhar, com o secretário Ro- gério Menezes, as formas de fi- nanciamento do programa. Se- gundo ele, a conta de luz do Paço Municipal é de R$ 550 mil anuais e estudos aponta- ram que poderá ser consegui- da uma economia de R$ 350 mil na primeira etapa e mais R$ 100 mil na segunda fase, quando o sistema seria instala- do no terceiro e último anda- res. Para a produção de energia solar, será necessária a instala- ção de painéis solares fotovol- taicos no teto do Paço ou em torno da fachada, incorpora- dos à arquitetura do prédio. As células solares convertem diretamente a energia do sol em energia elétrica de forma estática, silenciosa, não po- luente e renovável. “Nossa intenção é que o projeto se pague, gerando energia para a Prefeitura e com uma produção excedente para ser colocada na rede de energia da cidade”, disse. A proposta se enquadra em dois programas em que Campinas está inserida: o Cidades Sus- tentáveis e o Cidades Inteligen- tes. Ambos visam a redução das emissões de gases de efei- to estufa, o uso de energias al- ternativas e eficiência energéti- ca e trabalham com a forma- ção de uma cidade do conheci- mento. A geração de energia por placas fotovoltaicas ainda é pe- quena no Brasil, por causa do custo. Na Europa, no entanto, essa energia é muito utilizada, principalmente em função dos acordos ambientais feitos para reduzir as emissões de ga- ses de efeito estufa: até 2020, reduzir em 20% as emissões, aumentar a participação de fontes renováveis em 20% e re- duzir o consumo em 20%. A energia solar fotovoltaica é a forma de produção de ele- tricidade que mais cresce no mundo atualmente. Segundo estudos do Instituto de Ener- gia da Universidade da Califór- nia, nos Estados Unidos, des- de 2003 o índice de expansão dessa indústria ultrapassa 50% ao ano. O Internacional Co- pper Association (ICA, sigla em inglês) e empresas do se- tor de energia solar estão de- senvolvendo campanhas para aumentar o uso desse tipo de energia na América Latina. Se- gundo dados da Associação Europeia da Indústria Fotovol- taica (Epia), a energia solar fo- tovoltaica no mundo passou de 16,6GW instalados em 2010 para 27,7GW em 2011, um au- mento de 70%. Cerca de 70% desta energia é gerada na Europa, onde a in- solação é bem menor se com- parada à do Brasil. Para se ter uma ideia, a menor irradiação solar no Brasil ocorre em San- ta Catarina e é cerca de 30% acima da média de irradiação da Alemanha. Segundo a Asso- ciação Brasileira de Refrigera- ção, Ar Condicionado, Ventila- ção e Aquecimento (Abrava), cada metro de coletor solar uti- lizado durante um ano equiva- le a 56 metros quadrados de áreas inundadas por hidrelétri- cas. O Brasil possui edifícios so- lares, como por exemplo, o prédio administrativo do Insti- tuto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE/USP) que ganhou painéis fotovoltaicos, com potência nominal de 12 quilowatts, ins- talados em 120 metros quadra- dos de sua fachada. O sistema produz, em média, 50% das necessidades de energia elétri- ca da edificação, cuja deman- da nos dias de semana é de 100 quilowatts por hora. Aos sábados e domingos, o exce- dente é injetado na rede elétri- ca. Integrados na fachada co- mo elementos construtivos, os módulos fotovoltaicos produ- zem energia, reduzem a carga térmica do prédio e também funcionam como brises. Campinas quer adotar energia solar no Paço No alvo Do deputado federal Guilherme Campos (PSD), sobre sua proposta para que a União arque com os prejuízos dos comerciantes durante as manifestações. Vai passar? Projeto é abastecer os 19 andares e usar o excedente na rede Janaína Maciel/Especial para a AAN Elcio Alves/AAN Tem quem queira Ampliou A Prefeitura de Campinas ampliou em 132% o volume de verbas de convênios com os governos federal e estadual em comparação ao mesmo período do ano passado. O se- cretário de Administração, Sil- vio Bernardin, não informou o valor, mas disse que o objeti- vo da Administração é alavan- car os investimentos por meio de parcerias. Essa é a única saída da Prefeitura, uma vez que o caixa do Executivo não acumula quantias animado- ras. Encorpou Um dos fatores que contri- buíram com o repasse maior de verbas para Campinas foi o apoio do PSDB ao governo Jo- nas. De olho na reeleição, o governador Geraldo Alckmin (PSBD) recupera o tempo per- dido na cidade. Numa tacada só Em sessão solene, a Câma- ra de Campinas entregará amanhã 14 medalhas Carlos Gomes para cinco personali- dades e quatro instituições li- gadas à música na cidade, en- tre elas a Orquestra Sinfônica. A distribuição das honrarias foi a forma que o Legislativo achou de participar das come- morações de 239 anos de Campinas. Enquanto o Execu- tivo anuncia obras e melho- rias, os vereadores homena- geiam, e por aí vai... Será que cola? O agrado da Câmara de Campinas, especificamente em relação à orquestra, não deve aliviar a tensão entre os músicos e o Executivo. O que eles querem não é medalha, mas, sim, melhores condições de trabalho. Aliás, uma reivin- dicação bem antiga e que esta- va entre as promessas do pre- feito Jonas Donizette (PSB). De braços cruzados Os músicos realizarão ama- nhã um concerto em homena- gem à cidade. A agenda foi mantida em respeito ao públi- co. Mas os integrantes da or- questra prometem cruzar os braços na próxima segunda- feira até serem atendidos pelo prefeito para que seja acerta- da uma solução definitiva em relação aos problemas de es- trutura . Agenda cheia O final de semana vai ser de agenda cheia para os políti- cos de Campinas em razão das comemorações do aniver- sário da cidade. Teve gente que já se programou para não perder nenhuma oportunida- de de aparecer na foto ao lado do prefeito. COLABOROU DELMA MEDEIROS/AAN CPFL doa 1,2 mil geladeiras eficientes [email protected] Xeque-Mate PREFEITURA VERDE ||| USINA Por mais estranhos e bizarros que possam parecer, alguns projetos de lei propostos pelos parlamentares em todo o País e que causam polêmica, têm sua razão de ser. Eleitos por um grupo específico da sociedade, muitas vezes as propostas não vão de acordo com o pensamento comum, mas são apresentadas para agradar a um núcleo restrito. E esse pequeno coletivo, pelas regras eleitorais brasileiras, é capaz de fazer com que os políticos consigam o mais importante: a reeleição quase que por toda a vida. Então, quando uma proposta como a da cura gay entra em pauta, os parlamentares que a defendem não estão nem um pouco preocupados com a repercussão negativa que pode vir da maior parte dos brasileiros. Na realidade, os que elevam projetos desse tipo já têm voto certo justamente por pregar mudanças na legislação direcionadas a seus redutos eleitorais. É tempo de olhar para a sociedade e ver qual a fonte de todas essas ideias... O deputado federal Guilherme Campos (PSD) apresentou um projeto de lei que garante aos proprietários de estabelecimentos comerciais o ressarcimento por danos ocorridos durante manifestações em todo o País. Pela proposta, caberá à União, em até 30 dias da ocorrência, a indenização pelo prejuízo. O parlamentar defende que a responsabilidade civil do Estado nos casos de atos de multidões não é uma inovação no ordenamento jurídico, já que alguns países oferecem legislação que garante o direito de indenização às vítimas de danos causados por esses atos. MILENE MORETO Prédio da Prefeitura de Campinas: novo sistema a ser instalado vai economizar 80% do gasto com energia A dona de casa Mariana Rocha com a nova geladeira: economia Investimento, estimado em R$ 4,7 mi, seria compensado em 6 anos ELETRICIDADE ||| ECONOMIA A6 CORREIO POPULAR CIDADES Campinas, sábado, 13 de julho de 2013

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SAIBA MAISA primeira instalação solarfotovoltaica integrada a umaedificação urbana e interligada àrede elétrica pública no Brasil foifeita em 1997, na UniversidadeFederal de Santa Catarina, emFlorianópolis. O sistema foidimensionado para atender àdemanda energética de umafamília de quatro pessoas emuma residência urbana brasileiratípica.

A energia fotovoltaica será usadano Estádio GovernadorMagalhães Pinto, o Mineirão, emBelo Horizonte. Em reformaspara sediar jogos da Copa daConfederações, neste ano, e daCopa do Mundo, em 2014, a

arena vai receber módulos desilício cristalino sobre a coberturade concreto. Será o primeiroestádio no mundial a ter umausina fotovoltaica em seu teto.

Os sistemas fotovoltaicos podemfuncionar como complementaresao sistema principal de energia,fornecendo energia para rede dedistribuição em horários depouca demanda e consumindoenergia da rede em horários deelevada demanda. Esse arranjotorna desnecessário oarmazenamento da energia embaterias, diminuindosignificativamente custos totais ea manutenção, e aumentando avida útil dos sistemas.

Programa de redução do consumo beneficia famílias de 44 bairros de Campinas

Não é justoque em

manifestações dequalquer ordem essaspessoas amarguemsozinhas aresponsabilidade de arcar com os prejuízos.

Felipe TononDA AGÊNCIA ANHANGUERA

[email protected]

Mais de 1,2 mil famílias deCampinas tiveram suas geladei-ras trocadas por modelos quegarantem economia de energiaentre os meses de março e ju-lho, dentro do programa CPFLna Comunidade. No ano passa-do, a ação da empresa totali-zou investimento de R$ 62 mi-lhões. “Desse total, R$ 40 mi-lhões foram utilizados em fa-vor de clientes residenciais debaixo poder aquisitivo”, disseLuiz Carlos Lopes Junior, geren-te de eficiência energética daCPFL Paulista.

Em Campinas, foram substi-tuídas 1.250 geladeiras em 44bairros, totalizando R$ 1,6 mi-lhão. Segundo a companhia, aeconomia total será de672,84MWh por ano, o que re-presenta 64% do consumo detodas as famílias beneficiadasdurante um ano.

De acordo com o gerente daempresa, os eletrodomésticosmais velhos consomem 50%mais energia do que os novos.

Todas as geladeiras velhas sãolevadas para uma indústria deCabreúva, onde é feito o suca-teamento, atendendo às nor-

mas ambientais.Dentro do programa CPFL

na Comunidade há vários pro-jetos de eficiência energética.Além da substituição de gela-deiras e chuveiros por modelosnovos, são realizados cursos deformação de eletricistas e regu-larização de ligações clandesti-nas, entre outras ações.

A dona de casa Mariana Se-veriana Rocha, de 69 anos, te-ve seu refrigerador substituídohá cerca de três meses. “Eugostei muito. A minha geladei-ra antiga era grande e gastavademais”, disse. “Ganhei umageladeira novinha sem gastarnada.”

O trabalho é feito em parcei-ra com a Prefeitura das cida-des, que indicam as áreas quepodem ser contempladas. Parareceber os benefícios, os clien-tes devem possuir o Númerode Identificação Social (NIS) eestar com o pagamento de con-tas de consumo de energia elé-trica em dia.

Maria Teresa CostaDA AGÊNCIA ANHANGUERA

[email protected]

O prefeito de Campinas, JonasDonizette (PSB), planeja inves-tir R$ 4,7 milhões para trans-formar o Paço Municipal emuma usina produtora de ener-gia solar para abastecer os 19andares da Prefeitura e dispo-nibilizar o excedente na redepública. Estudo feito pela Se-cretaria do Verde e Desenvolvi-mento Sustentável mostrouque o investimento necessáriose pagará em seis anos, com aeconomia na conta de luz, quepoderá chegar a 80% do gastoatual. Segundo o estudo, do to-tal de recursos necessários, R$2,7 milhões virão de verbas pú-blicas e o restante de parce-rias, por meio de chamamen-to público.

O prefeito deve anunciar oprojeto ainda este mês, apósdetalhar, com o secretário Ro-gério Menezes, as formas de fi-nanciamento do programa. Se-gundo ele, a conta de luz doPaço Municipal é de R$ 550mil anuais e estudos aponta-ram que poderá ser consegui-da uma economia de R$ 350mil na primeira etapa e maisR$ 100 mil na segunda fase,quando o sistema seria instala-do no terceiro e último anda-res.

Para a produção de energiasolar, será necessária a instala-ção de painéis solares fotovol-taicos no teto do Paço ou emtorno da fachada, incorpora-dos à arquitetura do prédio.As células solares convertemdiretamente a energia do solem energia elétrica de formaestática, silenciosa, não po-luente e renovável.

“Nossa intenção é que oprojeto se pague, gerandoenergia para a Prefeitura ecom uma produção excedentepara ser colocada na rede deenergia da cidade”, disse. Aproposta se enquadra em doisprogramas em que Campinasestá inserida: o Cidades Sus-tentáveis e o Cidades Inteligen-tes. Ambos visam a reduçãodas emissões de gases de efei-to estufa, o uso de energias al-ternativas e eficiência energéti-ca e trabalham com a forma-ção de uma cidade do conheci-mento.

A geração de energia porplacas fotovoltaicas ainda é pe-quena no Brasil, por causa do

custo. Na Europa, no entanto,essa energia é muito utilizada,principalmente em funçãodos acordos ambientais feitospara reduzir as emissões de ga-ses de efeito estufa: até 2020,reduzir em 20% as emissões,aumentar a participação defontes renováveis em 20% e re-duzir o consumo em 20%.

A energia solar fotovoltaicaé a forma de produção de ele-tricidade que mais cresce nomundo atualmente. Segundoestudos do Instituto de Ener-gia da Universidade da Califór-

nia, nos Estados Unidos, des-de 2003 o índice de expansãodessa indústria ultrapassa 50%ao ano. O Internacional Co-pper Association (ICA, siglaem inglês) e empresas do se-tor de energia solar estão de-senvolvendo campanhas paraaumentar o uso desse tipo deenergia na América Latina. Se-gundo dados da AssociaçãoEuropeia da Indústria Fotovol-taica (Epia), a energia solar fo-tovoltaica no mundo passoude 16,6GW instalados em 2010para 27,7GW em 2011, um au-

mento de 70%.Cerca de 70% desta energia

é gerada na Europa, onde a in-solação é bem menor se com-parada à do Brasil. Para se teruma ideia, a menor irradiaçãosolar no Brasil ocorre em San-ta Catarina e é cerca de 30%acima da média de irradiaçãoda Alemanha. Segundo a Asso-ciação Brasileira de Refrigera-ção, Ar Condicionado, Ventila-ção e Aquecimento (Abrava),cada metro de coletor solar uti-lizado durante um ano equiva-le a 56 metros quadrados deáreas inundadas por hidrelétri-cas.

O Brasil possui edifícios so-lares, como por exemplo, oprédio administrativo do Insti-tuto de Eletrotécnica e Energiada Universidade de São Paulo(IEE/USP) que ganhou painéisfotovoltaicos, com potêncianominal de 12 quilowatts, ins-talados em 120 metros quadra-dos de sua fachada. O sistemaproduz, em média, 50% dasnecessidades de energia elétri-ca da edificação, cuja deman-da nos dias de semana é de100 quilowatts por hora. Aossábados e domingos, o exce-dente é injetado na rede elétri-ca. Integrados na fachada co-mo elementos construtivos, osmódulos fotovoltaicos produ-zem energia, reduzem a cargatérmica do prédio e tambémfuncionam como brises.

Campinas quer adotarenergia solar no Paço

No alvo

Do deputado federal Guilherme Campos (PSD), sobre sua proposta para quea União arque com os prejuízos dos comerciantes durante as manifestações.

Vai passar?

Projeto é abastecer os 19 andares e usar o excedente na redeJanaína Maciel/Especial para a AAN

Elcio Alves/AAN

Tem quem queira

AmpliouA Prefeitura de Campinas

ampliou em 132% o volumede verbas de convênios comos governos federal e estadualem comparação ao mesmoperíodo do ano passado. O se-cretário de Administração, Sil-vio Bernardin, não informouo valor, mas disse que o objeti-vo da Administração é alavan-car os investimentos por meiode parcerias. Essa é a únicasaída da Prefeitura, uma vezque o caixa do Executivo nãoacumula quantias animado-ras.

EncorpouUm dos fatores que contri-

buíram com o repasse maiorde verbas para Campinas foi oapoio do PSDB ao governo Jo-nas. De olho na reeleição, ogovernador Geraldo Alckmin(PSBD) recupera o tempo per-dido na cidade.

Numa tacada sóEm sessão solene, a Câma-

ra de Campinas entregaráamanhã 14 medalhas CarlosGomes para cinco personali-dades e quatro instituições li-gadas à música na cidade, en-tre elas a Orquestra Sinfônica.A distribuição das honrariasfoi a forma que o Legislativoachou de participar das come-morações de 239 anos deCampinas. Enquanto o Execu-

tivo anuncia obras e melho-rias, os vereadores homena-geiam, e por aí vai...

Será que cola?O agrado da Câmara de

Campinas, especificamenteem relação à orquestra, nãodeve aliviar a tensão entre osmúsicos e o Executivo. O queeles querem não é medalha,mas, sim, melhores condiçõesde trabalho. Aliás, uma reivin-dicação bem antiga e que esta-va entre as promessas do pre-feito Jonas Donizette (PSB).

De braços cruzadosOs músicos realizarão ama-

nhã um concerto em homena-gem à cidade. A agenda foimantida em respeito ao públi-co. Mas os integrantes da or-questra prometem cruzar osbraços na próxima segunda-feira até serem atendidos peloprefeito para que seja acerta-da uma solução definitiva emrelação aos problemas de es-trutura .

Agenda cheiaO final de semana vai ser

de agenda cheia para os políti-cos de Campinas em razãodas comemorações do aniver-sário da cidade. Teve genteque já se programou para nãoperder nenhuma oportunida-de de aparecer na foto ao ladodo prefeito.

COLABOROU DELMA MEDEIROS/AAN

CPFL doa 1,2 mil geladeiras eficientes

[email protected]

Xeque-Mate PREFEITURA VERDE ||| USINA

Por mais estranhos e bizarros que possam parecer, algunsprojetos de lei propostos pelos parlamentares em todo oPaís e que causam polêmica, têm sua razão de ser. Eleitospor um grupo específico da sociedade, muitas vezes aspropostas não vão de acordo com o pensamento comum,mas são apresentadas para agradar a um núcleo restrito.E esse pequeno coletivo, pelas regras eleitorais brasileiras,é capaz de fazer com que os políticos consigam o maisimportante: a reeleição quase que por toda a vida.

Então, quando umaproposta como a da curagay entra em pauta, osparlamentares que adefendem não estão nemum pouco preocupadoscom a repercussão negativaque pode vir da maiorparte dos brasileiros. Na

realidade, os que elevamprojetos desse tipo já têmvoto certo justamente porpregar mudanças nalegislação direcionadas aseus redutos eleitorais. Étempo de olhar para asociedade e ver qual a fontede todas essas ideias...

O deputado federal Guilherme Campos (PSD) apresentouum projeto de lei que garante aos proprietários deestabelecimentos comerciais o ressarcimento por danosocorridos durante manifestações em todo o País. Pelaproposta, caberá à União, em até 30 dias da ocorrência, aindenização pelo prejuízo. O parlamentar defende que aresponsabilidade civil do Estado nos casos de atos demultidões não é uma inovação no ordenamento jurídico, jáque alguns países oferecem legislação que garante o direitode indenização às vítimas de danos causados por esses atos.

MILENE MORETO

Prédio da Prefeitura de Campinas: novo sistema a ser instalado vai economizar 80% do gasto com energia

A dona de casa Mariana Rocha com a nova geladeira: economia

Investimento, estimadoem R$ 4,7 mi, seriacompensado em 6 anos

ELETRICIDADE ||| ECONOMIA

A6 CORREIO POPULAR CIDADESCampinas, sábado, 13 de julho de 2013