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.4* 4?ma Seismadora (I. JS.)

A noite desse, lenta e melancholicamente,euvolyendo tudo em seu manto negro...

Nessa hora de lusco-fusco, a tristeza nosinvade a alma e a saudade, companheira in-

I separavel dos desilludidos, faz vibrar as eor-das sensíveis dos nossos corações.•

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Folheio o livro do meu passado.Em cada folha, amarellecida pelo tempo,

jaz utnaillusão desfeita, um sonho que seevolou pelo espaço azulado,qual nuvens bran-cas que perpassam no Armamento, desappa-recendo em pouco tempo no infinito celeste.

Chego ao ultimo capitulo da miuha tristevida. E's tu quem me recebe.

E a minha retina, fiel ao meu pensamento,G á saudade que me assoma á alma, refiecte,

com fidelidade, os quadros dessa época emque fui feliz, e que. inexperiente, sem nun-ca ter sido tocado pelo sopro da adversidade,sonhava, junto a ti, comum faturo luminoso,architectando castellos roseos, inebriando mecom o teu amor divino,—única razão de serde minha vida*—

E hoje, tudo é descrença, tristeza e rea«lidade i

Desse tempo de outt^ora, nada mais resta,sináo a desülusão amarga de uma felicidadesonhada e nunca adquirida,..

* •

Choro baixinho...E, d'entre as lagrimasque me enchem os olhos, vejo, aos poucos,desenhar-se a sepultura com sua lousa bran-ca e fria, que, lentamente, de mim se apro-xima, recolhendo em seu seio, prematura-meute, uma existência que amou com sinceri-dade, e que nunca soube ser comprehen-dida ! !

Paladino do Amor (O. M.)

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Ao meu esposo José Ribeiro.

Quando eu era creança, a minha dorChorava descuidada, em pranto agudo;À sorrir, muita vez ouvia mudaOs gemidos de lugubre extertor :

Desconhecia esta palavra ! — Amor !Ora zombava, ora applaudia tudo ;Abandonava os livros meus, o estudo,Se escutava as canções de em trovador.

Comtudo, então era feliz. Meus sonhosEram tranquillos, plácidos, risonhos,Como estrellas no azul do firmamento...

Hoje, porem, que sei fruir, agoraQue sei amar, eternamente choraEsta alma — escrava do meu soífrimento !

Ophelia C. RIBEIRO.

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Í RESPONDENDO mA' senhorita Diva Pinheiro»

Schillef, ô grande poeta allemão, di^ias«ao lado de todo o homem illustre, ha sem-pre uma mulher amada. O amor é o soldo gênio.»

EJ tu, minha querida, és a única crea*dora do meu grande amor!

Ha uma sentença indiana que dir. «On-de se venera a mulher, alegram-se os deu-ses; onde ella se não venera, todas as pra-ticas religiosas são estéreis.»

Embora não seja do mesmo numero dosdeuses, a minha alegria não conhce limi-tes pela maneira como te venero!

*

Rousseau, o grande poeta fraticez, di-zia :

«Os homens serão sempre o que aprou-ver ás mulheres; se quereis que elles se-jam grandes e virtuosos, ensinae ás mulhe-res o que é grandeza e virtude.»

Foi pela tua virtude, minha querida,que eu me tornei grande nas minhas emo-ÇÕes e engrandeci o nosso amor!

Antônio de Deus DHON,

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Olhos pretosA1 amiguinha Altamira Machado

Era de tarde e o sol, por entre as nuvens,fugia aos nossos olhos, deixando reflectírainda sobre a terra, os últimos raios.

As aves em bando, num harmonioso canto,saudavam esta hora poética, esta hora emque o coração humano pulsa ao relembrar umsonho ideal, ou uma illusâo perdida !...

Oh ! como é bello o céo na cor ineompara-vel!...Oh! seria impossível ficar indiffe-rente a esta bella paizagem que nos trazsempre saudosas recordações.

E' contemplando estaabobada divina que

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Opinião de um iilustre medico militarAttesto ter empregado freqüente-

mente em minha clinica civil e militar,o ELIX1R de NOGUEIRA, formula dosaudoso pharmaceutico cbinico Jtâoda Silva Silveira, tendo obtido sempreresultados satisfactorios e mesmo com-pleto Successo no tratamento das ma-nifestaçôes syphiliíicas de 2? e 3ográos, que muitas vezes tenho vistocuradas com uso continuado desteapreciado preparado, que parece pos-suir uma uacçao especifica sobre aterrível affecçào". Rio-l4-Marco-9l3

Dr. Bueno Prado - Major Medico.

. :cr _. 3 plã.4Lab. Creosgenol - O. GALVÃO

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l ZjZr Plf-Q 'Ihntao da

Avenifiâ Comes Freii

eu adoro e neila vejo a cor incomparaveldosteus olhos,..

E quando, as vezes, a tristeza invade aminha pobre alma cheia de saudade, procn-ro, no íirmamente, como balsamo vivificadorpara meu coração, a côr incomparavel destaolhos teus !...

SOFFREDORA KM SILENCIO (G. M.)

Victor Hago publicou o seu primeiro livro, a.0 deset Ballades», aos 17 annos.

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IngratidSLOVivia feliz porque nunca amara. Nunca

sentira sen coração pulsar com mais força IUm dia, os olhos da linda Leonor encontra-

ram-se com os de um mancebo mnito lindo :Tez morena e olhos verdes.

«Como é lindo». Murmurou a jovem-Viram-se e gostaram-se, Desde esse en-

coutro, Leonor sentiu-se presa nos laços doDeus Cupido.

Desse encontro surgiram outros e assimpor diante.

Quando já havia 6 mezes que estavamenamorados, Paulo disse-lhe que ia fazeruma viagem e qae, na volta, haviamde ser aaidos pelos laços matrimoniaes.

Foi triste a despedida : A jovem, em la-grimas, pedia-lhe que delia não se esqueces-sa, pois, ali, ficaria,á espera do seu regres-só, elle renovava as juras qm lhe havia feito,pedindo-lhe que fizesse o mesmo.

Não ! E' imposivel !... Que lhe aconteceu,meu Deus?»

Assim dizia Leonor, entre os bellos laran-jaes.

Passaram-se dias e Leonor esperava sem-pre carta.

Em ama linda manhã, a jovem recebeu atão esperada cartinha.

Mas... que triste noticia vinha trazer,Paulo o sen querido, era noivo e breve ca-sar se ia.

Com esta noticia, Leonor ficara mnitomal,e agora eil-a num leito semimorta.

«Todos são assim ! Antes não o visse, sóassim não soffreria» •..

Eram estas palavras constantemente pro-nanciadas pelos descorados lábios de Leo-nor.

E o seu ultimo pedido foi que trouxessemjunto aquelle leito, o joven que amara, eque, por causa de nma ingratidão, ia ellamorrer...

Opala do CRIME

«az hoje dois mezes que Paulo partiu.Nem uma .carta ! ingrato ! Esqueceu-se demim !,, .

A vida nivela todos os homens. A morte revela aseminências=

Bbhnado Shà\v.

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