a umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

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A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos, e ela pode ser usada de várias formas, tais como: -Para riscar pontos cabalísticos; -Para cruzar os filhos de fé; -Para pós purificadores; -Para limpa pessoas; -Para cruzarem imagens ou outros objetos; -Para assentamentos; Pemba significa e é um elemento mágico mineral. A confecção das pembas acontece desta forma: um mineral, tipo calcário (um gesso - Gipsita) branco é moído e coado, depois é moldado em formas ovais que lhe

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Page 1: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos, e ela pode ser usada

de várias formas, tais como:

-Para riscar pontos cabalísticos;

-Para cruzar os filhos de fé;

-Para pós purificadores;

-Para limpa pessoas;

-Para cruzarem imagens ou outros objetos;

-Para assentamentos;

Pemba significa e é um elemento mágico mineral.

A confecção das pembas acontece desta forma: um mineral, tipo calcário (um gesso

- Gipsita) branco é moído e coado, depois é moldado em formas ovais que lhe

proporcionam fácil manuseio e boa resistência, não sendo muito duro nem muito

mole.

Page 2: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

A pemba ideal é aquela que risca facilmente sem esfarelar-se.

Os guias espirituais gostam de riscar pontos cabalísticos quando vão trabalhar.

Cada um com seu próprio ponto, raramente repetido por outros guias, ainda que

alguns símbolos, signos e ondas sejam comuns.

Porém, sempre vemos diferenças entre os pontos de guias pertencentes a uma mesma

linha ou corrente de trabalho espiritual.

As pembas podem ser consagradas ou não, tudo depende da orientação dos guias

espirituais.

A) Uma consagração simples:

Pode ser feita por todos os médiuns e se processa desta forma:

1. Risca-se um círculo, firmam-se sete velas coloridas sobre ele e uma vela

branca no centro.

2. Colocam-se as pembas brancas ou coloridas (menos a de cor preta) dentro dele.

3. Evoca-se Deus e os sagrados orixás, pedindo-lhes irradiação sobre aquele

círculo e a imantação das suas vibrações divinas sob as pembas ali colocadas.

Que as consagrem para serem usadas segundo as necessidades dos guias e dos

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médiuns (para riscarem pontos, cruzarem pessoas, fazerem pós específicos,

tornando-as condensadoras e anuladoras de energias negativas etc.).

Após a queima das velas, devem ser recolhidas as pembas já consagradas pelos

sagrados orixás e guardadas em uma caixa ou envolvidas em tecidos com suas

respectivas cores, só voltando a manuseá-las quando forem usadas.

Esta forma de consagração é a mais simples de ser feita. Sendo realizada dentro

do congá ou na casa do médium, em um local adequado.

As Ervas e sua Utilização

Por Alexandre Cumino

Defumação

A defumação consiste no ato de queimar ervas e resinas aromáticas no carvão em

brasa, o que é feito dentro de um turíbulo (defumador), aonde as ervas e resinas

exalam seu aroma e essência no ar. È uma prática milenar usada em todas as

culturas, alguns utilizavam a queima direta em piras e fogueiras.

Page 4: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

O uso ritualístico, ancestral, da defumação tem a finalidade de promover a

limpeza astral de ambientes e pessoas. Aqui ressaltamos a importância de seus

elementos para a queima de larvas e miasmas astrais, bem como a purificação das

energias negativas. Podemos utilizar muitas ervas e resinas diferentes,

dependendo dos objetivos propostos, pois é ato magístico-religioso, onde

associamos as qualidades, “propriedades”, que a erva ou resina possui com as que

desejamos adquirir. Para fazer sua defumação em casa, muna-se de um turíbulo

(defumador) colocando carvão para queimar dentro do mesmo (tomar cuidado com o

álcool e evitar o manuseio perto de crianças), quando já estiver em brasa

despeje aos poucos as ervas e resinas aromáticas. Ofereça às divindades guardiãs

dos reinos vegetais e peça para que através desta defumação as pessoas possam

ser limpas e descarregadas, assim purificando todas as energias negativas que se

encontram em seus corpos astrais. Manuseie seu defumador de forma que a “fumaça

aromática” envolva as pessoas a serem limpas e purificadas na defumação.

Lembre-se que na defumação utilizamos ervas secas.

As resinas

A Mirra, o incenso e o beijoim são resinas aromáticas (seiva natural),

milenarmente conhecidas e utilizadas ritualisticamente dentro de quase todas as

tradições religiosas.

Dentre as suas diversas utilidades a mais tradicional e conhecida é defumação.

Page 5: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Todas estas três resinas têm a capacidade de agir em nosso campo astral e

mediúnico sutilizando-o e desagregando energias negativas, por esta razão as

mais antigas tradições religiosas se utilizavam e ainda utilizam delas, são

usadas também para facilitar o contato espiritual. Pela sua alta capacidade de

volatilização e por sua qualidade potencializadora são muito utilizadas em

conjunto com ervas secas já direcionadas para os campos aos quais estas atuam.

Banhos de limpeza astral

A exemplo da defumação os banhos de ervas também são excelentes para limpeza de

nosso corpo astral assim como nosso corpo material também é limpo das impurezas

e estimulado pela essência vegetal, aqui nós impregnamos com a força e

propriedade das ervas.

Nós utilizamos ervas frescas ou secas para o banho, preparadas como um chá,

apagando o fogo assim que começa a ferver e deixando, enquanto esfria um pouco,

a água absorver o elemento vegetal. Após o banho normal de higiene, despejamos

aos poucos o “banho de ervas”, do pescoço para baixo, entoando nossos pedidos ao

Criador e às Divindades. Após, deixe que a essência vegetal seja absorvida por

um minuto, enxugue-se normalmente e aproveite este contato com a natureza.

Page 6: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Banhos na Natureza

Os banhos feitos na natureza, de cachoeira ou mar, também são excelentes para

desagregar energias enfermiças localizadas nos órgãos do corpo etérico. Tem na

natureza energia e magnetismo que limpa e sutiliza nosso corpo energético (nos

sentimos mais “leves”) expandindo nosso aura, a energia salina do mar “queima”

as larvas e miasmas astrais.

As ervas

A seguir daremos uma sequência de ervas com suas características e qualidades a

serem trabalhadas ritualisticamente nos banhos e ou defumações.

Arruda (Ruta graveoleos)– Ótimo protetor astral, desagrega as larvas astrais e

energias enfermiças. Quebra as formações energéticas negativas, resultantes das

egrégoras de pensamentos negativos e atuações do baixo astral.

Alecrim (Rosmarinus officinalis) – Desagrega energias enfermiças, limpa e

purifica ambiente criando uma “esfera” de proteção, boa contra obsessão e afasta

a tristeza.

Alfazema (Lavandula augustifolia ou Vera) – Ajuda a equilibrar nossas energias,

limpa e purifica o ambiente trazendo a paz e harmonia.

Page 7: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Anis estrelado (Illicium verum)– Atua melhorando nosso humor, desperta a

intuição, torna o ambiente agradável e desagrega energias negativas

Absinto – Losna (Artemisia absinthium) – Em banhos, desagrega fluidos negativos.

Na defumação afasta influencia negativa.

Alho (casca) (Allium sativum)– desagrega as energias negativas de ordem sexual ,

protege contra influencias negativas e purifica o ambiente

Artemísia (Artemísia Vulgaris) – Quebra as egrégoras de pensamentos negativos e

traz proteção

Bambu (Oxytenanthera abyssinica) – contra influencias negativas

Botões de flor de laranjeira – Para o amor

Camomila (Matricaria chamomilla) – Calmante, contra depressão e ansiedade

Cana de açúcar (palha e bagaço) – Dá força e vigor para enfrentar as situações

do dia a dia

Canela (Cinnamomun zeylanicun Ness) – Condensador de fluidos benéficos, destrói

miasmas astrais, afrodisíaco e atrai a prosperidade. Cebola (casca) – desagrega

energias negativas de ordem sexual, afasta fluidos indesejados.

Capim limão / Capim Santo (Cymbopogon citratus) – Bom para acalmar e trazer bons

fluidos

Page 8: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Cravo (Syzygium aromaticum)– Afrodisíaco, estimulante, aumenta o magnetismo

pessoal e atrai a prosperidade.

Eucalipto (Eucalyptus globulus labill) – Desagrega as energias negativas e

enfermiças, renova nossas energias, equilibra o emocional.

Erva Doce (Pimpinella anisum) – Acalma e harmoniza o ambiente, desagregando

energias enfermiças e nocivas

Girassol (folhas) – Excelente condensador de fluidos positivos e ajuda a aguçar

a intuição

Guiné (Petiveria alliacea) – Quebra formas pensamento baixas e ajuda na

comunicação com os bons espíritos. Bom contra obsessões de natureza sexual

Hortelã (Mentha piperita) – Bom para proteção e contra o desanimo Ipê amarelo –

para harmonizar ambientes

Laranja (flor, folhas e casca) – Estimula o amor nos tornando mais atraentes,

também torna o ambiente mais agradável e “leve”.

Levante – Bom para proteção e abertura de caminhos

Limão (casca) – Queima os fluidos negativos e enfermiços arrancando

Lírio – bom para nos tornar mais puros simples e humildes, estimula nosso lado

Page 9: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

compreensivo e amoroso.

Louro (Laurus nobilis) (a folha do sacerdote) – Excelente para aguçar a intuição

e para a prosperidade

Maçã (folhas, flores e casca) – Desperta nossa sensibilidade ao amor e aumenta

nosso poder magnético de atrair o que nos agrada. Malva (Malva parviflora) –

Acalma e desperta a sensibilidade

Manjericão (Ocimun basilicum)– Ótimo para tirar as energias negativas, trazer

vida ao ambiente e as pessoas, aumenta o magnetismo pessoal, atua contra a

depressão e ansiedade.

Maracujá (Passiflora alata dryand) (flor) – Para fortalecer nossos laços de

amizade

Melissa (Melissa oficinallis) – Acalma os ânimos nos tornando mais alegres,

limpa e sutiliza o corpo astral

Morango (folhas e fruto) – Desperta o prazer em todos os sentidos

Noz-Moscada – Aguça a intuição, ajuda na comunicação astral e é boa para a

prosperidade.

Poejo – Ótima para proteção e para acalmar os ânimos

Pitanga (Eugenia uniflora) (folhas) – Prosperidade e proteção

Page 10: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Patchuli (Pogostemon patchouly) – Bom para amor, prosperidade e intuição

fortalecendo o magnetismo pessoal Salsa – Usada para a proteção afasta a

negatividade

Salvia (Salvia officinalis) – considerada a erva da saúde serve para limpeza,

proteção e intuição

Rosa Branca – Desperta o amor e espiritualidade

Rosa vermelha - Desperta a paixão Rosa cor de rosa – Desperta o amor maternal,

filial e fraternal.

Romã (casca e flores) – Utilizada para a prosperidade e protege contra as

emanações provindas de inveja e ódio

Orquídea – Desperta a libido

Obs: Ao trabalhar com as essências das ervas, banhos ou defumação, estamos

entrando em um universo vegetal que vai além da matéria. Assim, como não somos

apenas carne e as divindades não são apenas arquétipos, as plantas também

possuem um “espírito vegetal” que as anima e tem seus respectivos gênios e

divindades guardiãs responsáveis pela força vegetal. Portanto ao trabalhar com

ervas entre em contato com estes espíritos, gênios e guardiões vegetais pedindo

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sua licença e sua força para realizarmos nossa tarefa. Dentro do conceito de

divindades podemos recorrer a Oxossi como Guardião do reino vegetal e Ossain

como gênio deste reino e da cura pelas ervas.

Receitas de Banhos e Defumação

Para depressão e purificar a aura:

Salsinha, aniz estrelado e alecrim.

Acabar com os males e desagregar energias negativas:

Banho de cerveja

Prosperidade financeira:

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Salsinha com noz moscada

Para ajudar no comércio:

Alecrim, abre-caminho, hortelã, levante, girassol, cana, açúcar mascavo. Fazer

banho, defumação e passar no chão do escritório ou loja.

Banho para o amor:

Aniz estrelado, calêndula, rosa vermelha, pathuli, malva branca e jasmim.

Banho para atrair a sorte: Milho de galinha, abre-caminho, café e açúcar

mascavo.

Page 13: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Defumação de prosperidade:

Noz moscada, cana, insenso, folha de louro, canela em pó,aroz com casca e

alfazema.

Purifica o espírito e fortalece o mental:

Levante, alecrim e hortelã.

Bom para a saúde, ajuda a fortalecer pessoas debilitadas:

Banho de leite com levante (feito as terças e quintas feiras)

Para Prosperidade:

Pó de café, açúcar, louro, manjericão, folha de pitanga, hortelã.

Page 14: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Para descarga forte:

Folhas de eucalipto, casca de alho, palha ou bagaço de cana (seco), folha de

bambu, folha de pinhão roxo.

Para descarga de energias sexuais densas:

Cravo, canela, casca de alho roxo, erva-doce, casca de limão

Para cansaço ou depressão:

(Respirar bastante) sementes de girassol, semente de imburana, anis estrelado.

Contra a insônia:

Pétalas de rosa, Erva-sândalo, Hortelã e cravo da Índia

Page 15: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Descarrego de energias pesadas:

Manjericão, Alecrim, Mirra, Alfazema e Arruda.

Para afastar a obsessão e alcoolismo:

Alho, salsão, arruda, guiné, espada de São Jorge, folha de fumo, folha de

mangueira, levante e cipó mil-homens.

Para abrir caminhos:

Açucena, agrião, angico, aroeira e espada de São Jorge.

Para ajudar no desenvolver da espiritualidade:

Page 16: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Jasmim, anis estrelado e alfazema

DESCARGAS

Por Ruben Saraceni

As descargas ou "descarregos" significa afastar determinadas perturbações

espirituais ou obsessões que estão atuando sobre uma pessoa, uma residência, uma

casa de comércio ou até mesmo contra os médiuns de um templo de Umbanda.

A pólvora é um dos elementos mais usados em um descarrego, quando é riscado um

ponto mágico com ela e é ateado fogo. Com a queima da pólvora acontece uma

explosão e um deslocamento de energia que penetra no campo magnético da pessoa,

desagregando cascões astrais, queimando acúmulos de energias e possíveis

espíritos perturbadores. A quantidade de pólvora deve ser pouca e têm que ser

cuidadosos na hora de sua queima, senão pode acontecer de alguém se queimar. Uns

fazem buchas de pólvora e ateiam fogo numa ponta do papel. Já outros riscam

Page 17: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

algum ponto cabalístico específico e colocam um pouco, uma colher de chá de

pólvora em cima de algum dos riscos, queimando-a em seguida.

Enfim, várias são as formas de se usar os “pontos de fogo”, sempre para

descarregar uma pessoa, uma residência, etc.

Recomendação: só usem os pontos de fogo caso saibam como fazê-lo. E antes,

firmem vosso Orixá, vosso Mentor e vosso Exu guardião, pois aí sim, estarão

protegidos durante a descarga, e de possíveis reações ao choque que o outro

“lado” receberá.

Mas há outros tipos de descargas ou descarregos, e alguns são feitos com pipoca;

outros com folhas de ervas específicas, quando são feitos os sacudimentos;

banhos de mar e de cachoeira, dentro de todo um ritual, também realizam

descargas nas pessoas.

Enfim, há todo um universo a ser conhecido neste campo magístico, que

recomendamos que estudem, colocando em prática aqueles recursos que mais os

atrair.

As Cores de Colares, Braceletes, Pulseiras, Anéis, Tiaras, etc.

Texto extraido do Livro " Formulário de Consagrações Umbandistas" Editora Madras

/Rubens Saraceni

Page 18: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Os Colares ou " Guias" Consagrar uma guia, como são chamados os colares dentro

da Umbanda, é um procedimento correto, pois somente ele estando consagrado

poderá ser usado como protetor ou instrumento mágico nas mãos dos guias

espirituais. O procedimento regular tem sido o de lavá-los (purificação), de

iluminá-los com velas (energização) e de entregá-los nas mãos dos guias

espirituais para que sejam cruzados (consagração). Eventualmente são deixados

nos altares por determinado número de dias para receber uma imantação divina que

aumenta o poder energético deles. Os guias espirituais sabem como consagrá-los

espiritualmente, imantando-os de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos

para ser usados pelos médiuns como filtros protetores ou pelos seus guias como

instrumentos mágicos, ainda que só uma minoria dos guias os utilize efetivamente

com essa finalidade e a maioria os prefira como pára-raios protetores ou

descarregadores das cargas energéticas negativas trazidas para dentro dos locais

de trabalhos espirituais pelos seus consulentes.

Os procedimentos consagratórios dos colares usados pelos umbandistas têm sido

estes e poucos têm mais alguns outros. Eles têm ajudado os médiuns durante seus

trabalhos e auxiliado os consulentes a se proteger das pesadas projeções

fluídicas que recebem de pessoas ou espíritos no dia-a-dia. Mas esses

cruzamentos ou consagrações, com finalidades específicas e com imantação

espiritual, são apenas o lado aberto ou exotérico e, numa escala de 0 a 100, só

obtêm 10% do poder dos mesmos objetos que, se forem consagrados internamente ou

receberem uma consagração completa, terão 100% de poder.

Page 19: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Normalmente, consagram-se ou cruzam-se colares a pedido dos guias espirituais e

cada linha tem suas cores específicas, iguais às dos seus orixás regentes. Como

algumas cores mudam conforme a região, então eventuais alterações de cores

impedem a uniformização da identificação dos orixás simbolizados nos colares

usados pelos médiuns. Na confecção dos colares, algumas regras devem ser

seguidas:

1ª — Os colares dos orixás costumam ser de uma só cor.

2ª — Há algumas exceções (Obaluaiê = preto-branco), (Omolu =

preto-branco-vermelho), (Nanã = branco-lilás-azul-claro), (Exu = preto-vermelho;

preto; vermelho), (Pombagira = vermelho; preto e vermelho; dourado).

Enfim, há certa flexibilidade no uso das cores dos colares consagrados aos

orixás na Umbanda. E isso se deve ao fato de que eles, na verdade, irradiam-se

em padrões vibracionais diferentes e em cada um mudam as cores das energias

irradiadas. Então, não podemos dizer que estão erradas as cores usadas na

Umbanda. Apenas cremos que deveríamos padronizá-las e não recorrer ao uso

individual delas. Também não deveríamos adotar as cores usadas em outros cultos

afros.

— O uso de "quelê" também não deve ser adotado pelos umbandistas pois é

privativo do Candomblé.

Page 20: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

— "Quelê" é um colar curto, feito de pedras trabalhadas; é mais grosso que o

normal e usado ao redor do pescoço, indicando que a pessoa é uma iniciada no seu

orixá em ritual tradicional e só dele. Portanto, o seu uso não deve ser copiado,

pois não é um colar umbandista.

Para a Umbanda, vamos dar as cores mais usadas ou aceitas pela maioria:

• Oxalá = branca

• Nanã = lilás

• Iemanjá = azul-leitoso

• Omolu = branco-preto-vermelho

• Ogum = vermelho

• Obaluaiê = branco-preto

• Xangô = marrom

Page 21: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

• Exu = preto e vermelho

• Iansã = amarelo

• Pombagira = vermelho

• Oxum = azul-vivo

• Oxóssi = verde

• Obá, Oxumaré, Oiá-Tempo e Egunitá não são cultuados regularmente.

Como na Umbanda não são cultuados regularmente, alguns orixás foram incorporados

por nós, pois ocupam pólos energo-magnéticos nas Sete Linhas de Umbanda. Então

vamos dar as suas cores:

• Egunitá = laranja

• Oiá-Tempo = fumê

• Obá = magenta

• Oxumaré = azul-turquesa

Page 22: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Só que há um problema porque não são fabricadas regulamente contas de cristais

ou de porcelanas nessas cores. Por isso, recomendamos que os umbandistas passem

a usar colares de pedras naturais sempre que possível, porque só eles (e todos

os elementos naturais) conseguem absorver e segurar as imantações divinas

condensadas nas suas consagrações "internas". Contas e outros objetos

artificiais ou sintéticos, produzidos industrialmente, não são capazes de reter

as imantações poderosas dessas consagrações internas. Então, aqui há uma relação

das pedras dos orixás:

• Oxalá = quartzo transparente

• Oiá-Tempo = quartzo fumê

• Oxum = ametista

• Oxumaré = quartzo azul

• Oxóssi = quartzo verde

• Obá = madeira petrificada

• Xangô = jaspe marrom

• Egunitá = ágata de fogo

• Ogum = granada

Page 23: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

• Iansã = citrino

• Obaluaiê = quartzo branco e turmalina negra

• Nanã = ametrino

• Iemanjá = água-marinha

• Omolu = ônix preto — ônix verde

• Exu = ônix preto — hematita — turmalina negra

• Pombagira = ônix — ágata

Obs.: Outras pedras podem ser usadas, pois a variedade de espécies é grande,

assim como é a de cores em cada espécie, certo? Agora, com as linhas de

trabalhos formadas por guias espirituais, a coisa complica porque tudo depende

das energias manipuladas por eles e pelos mistérios nos quais foram "iniciados"

e que ativam durante seus atendimentos aos consulentes.

— Para a linha dos Baianos, recomendamos o uso de colares feitos de coquinhos.

— Para a linha das Sereias, recomendamos os colares feitos de conchinhas

Page 24: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

recolhidas à beira-mar.

— Para a linha dos Boiadeiros, recomendamos colares feitos de "jaspe leopardo".

— Para a linha das Crianças, recomendamos colares de quartzo rosa, de ametista,

de água-marinha e quartzo branco.

Quanto aos colares para descarga, recomendamos que tenham grande variedade de

espécies de pedras naturais, de porcelana de cristais industriais, de sementes,

etc. No capítulo seguinte, comentaremos com detalhes fundamentais os colares de

descarga. Um colar é em si um círculo e é um espaço mágico poderoso, se for

consagrado corretamente. Então, supondo que os seus colares tenham sido

consagrados corretamente, vamos aos comentários necessários para que você comece

a usá-los com mais respeito e trate-os como objetos sacros de sua religião: a

Umbanda.

Nós sabemos que não existem comentários sobre os muitos tipos de espaços-mágicos

usados pelos praticantes de magia. Sabemos que usam o triângulo; o duplo

triângulo entrelaçado, o pentagrama, etc, mas também que seus fundamentos

ocultos ou esotéricos não foram revelados ou comentados por nenhum autor

umbandista até a publicação do nosso livro A Magia Divina das Velas (Madras

Editora), no qual comentamos superficialmente os espaços mágicos formados por

velas. Bem, o fato é que o círculo é um espaço mágico, e um colar é um círculo,

ainda que maleável, pois se movimenta ao redor do pescoço da pessoa que o está

Page 25: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

usando. Por isso, chamamos os colares de círculos maleáveis. E, por ser um

espaço mágico fechado, se devidamente consagrado, é um espaço mágico permanente

e que "trabalha" o tempo todo recolhendo e enviando para outras dimensões ou

faixas vibratórias as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário. Como

ele é um círculo, então o espaço mágico formado dentro dele é multidimensional e

interage com todas as dimensões, planos e faixas vibratórias, enviando para eles

as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário.

• Ele interage com as dimensões elementais.

• Ele interage com as dimensões puras.

• Ele interage com as dimensões bielementais.

• Ele interage com as dimensões trielementais.

• Ele interage com as dimensões tetraelementais.

• Ele interage com as dimensões pentaelementais.

• Ele interage com as dimensões hexaelementais.

• Ele interage com as dimensões heptaelementais.

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A ROUPA BRANCA

Extraído do site http://umbandadejesus.blogspot.com

E, quando o seu usuário o coloca no pescoço, ele começa a puxar para dentro do

espaço mágico (que é em si) as irradiações projetadas desde outras faixas

vibratórias negativas, dimensões ou planos da vida, recolhendo-as e enviando-as

de volta às suas origens. Os guias espirituais, quando consagram colares para os

seus médiuns ou para os consulentes, para serem usados como protetores, imantam

esses colares com uma vibração específica que os tornam repulsores ou anuladores

de projeções energéticas negativas, mas não os tornam espaços mágicos em si

porque, para fazerem isso, teriam de ir a locais específicos da natureza e, ali,

abrir campos consagratórios também específicos e imantá-los com as vibrações

divinas dos seus orixás correspondentes, dotando-os de poderes mágicos

multidimensionais. Mas, como os fundamentos consagratórios internos estavam

fechados ao plano material até agora, então eles faziam isso de forma velada

quando seus médiuns iam oferendá-los, ou aos orixás, nos campos vibratórios na

natureza. Os guias espirituais sempre respeitaram o silêncio sobre a consagração

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interna e sempre fizeram o que tinham de fazer de forma que os seus médiuns não

percebiam que, ao tirarem os colares do pescoço, trabalhando-os na verdade

estavam imantando-os com as vibrações elementais e divinas existentes nos pontos

de forças da natureza.

Então, agora você já sabe que o seu colar de cristais, porcelana, sementes,

dentes, etc. não é só um adereço de enfeite ou identificador dos seus orixás ou

de seus guias espirituais, mas que, se corretamente consagrado, é um espaço

mágico circular, certo? E também sabe que, se for confeccionado com elementos

colhidos na natureza, é mais poderoso que os feitos com elementos artificiais ou

industrializados.

Dentre os principios da Umbanda,um dos elementos de grande significancia e

fundamento,é o uso da roupa branca.A cor branca é um dos maiores simbolos de

unidade e fraternidade ja utilizados.A roupa branca transmite a sensação de

assepsia,calma,paz espiritual,serenidade e outros valores de elevada estirpe.A

cor branca contem dentro de si todas as demais cores existentes.Portanto,a cor

branca tem sua azão de ser na Umbanda,pois temos que lembrar que a religião que

abraçamos é capitaneada por Orixás,sendo que Oxalá,que tem a cor branca como

representação,supervisiona os Orixás restantes.A roupa branca usada pelos

médiuns,não dará oportunidade às pessoas que adentram um terreiro,etc...de saber

qual o nível social,cultural,intelectual dos médiuns que fazem parte do

mesmo,pois o branco significa IGUALDADE.Essa roupa branca,é a vestimenta para a

qual devemos dispensar muito carinho e cuidado.Devem ser conservadas limpas,bem

Page 28: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

cuidadas,devem estar sempre longe do contato direto com as forças

deletérias,devem estar dentro do vestiario do terreiro ou em casa sendo

lavadas.Quando essas roupas ficam velhas,estragadas,jamais deve-se jogar fora ou

dar,deverá ser despachada,pois trata-se de um instrumento de trabalho do

médium.Nunca se deve vir vestido de casa,e sim, vestir suas roupas brancas,pois

se voce vai trabalhar sem o banho e com roupas que andou pelas ruas,tento o

médium quanto as roupas estão impregnados de cargas fluidico-magnéticas

negativas,que por conseguinte interferema no campo aurico e perispiritual do

médium.Portanto,tomar o banho e vestir as roupas brancas é de grande

importancia.Além disso,o branco é uma cor relaxante,que induz o psiquismo à

calma e à tranquilidade.

Em 16 de novembro de 1908, data da anunciação da Umbanda no plano físico e

também ocasião em que foi fundado o primeiro templo de Umbanda, Tenda Espírita

Nossa Senhora da Piedade, o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade

anunciadora da nova religião, ao fixar as bases e diretrizes do segmento

religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os sacerdotes (médiuns)

utilizariam roupas brancas. Mas, por quê?.Teria sido uma orientação aleatória,

ou o reflexo de um profundo conhecimento mítico, místico, científico e religioso

da cor branca? No decorrer de toda a história da Humanidade, a cor branca

aparece como um dos maiores símbolos de unidade e fraternidade já utilizados.

Nas antigas ordens religiosas do continente asiático, encontramos a citada cor

como representação de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade superior.

As ordens iniciáticas utilizavam insígnias de cor branca; os brâmanes tinham

como símbolo o Branco, que se exteriorizava em seus vestuário e estandartes. Os

antigos druidas tinham na cor branca um de seus principais elos do material para

o espiritual, do tangível para o intangível. Os Magos Brancos da antiga Índia

Page 29: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

eram assim chamados porque utilizavam a magia para fins positivos, e também

porque suas vestes sacerdotais eram constituídas de túnicas e capuzes brancos. O

próprio Cristo Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de

tecido branco nas peregrinações e pregações que fazia. Nas guerras, quando os

adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, se despojavam de

comportamentos irracionais e manifestavam sincera intenção de encerrarem a

contenda, o que faziam? Desfraldavam bandeiras brancas! O que falar então do

vestuário dos profissionais das diversas áreas de saúde. Médicos, enfermeiros,

dentistas etc., todos se utilizando de roupas brancas para suas atividades. Por

quê? Porque a roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz

espiritual, serenidade e outros valores de elevada estirpe. Se não bastasse tudo

o que foi dito até agora, vamos encontrar a razão científica do uso da cor

branca na Umbanda através das pesquisas de Isaac Newton. Este grande cientista

do século XVII provou que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores

existentes. Portanto, a cor branca tem sua razão de ser na Umbanda, pois temos

que lembrar que a religião que abraçamos é capitaneada por Orixás, sendo que

Oxalá, que tem a cor branca como representação, supervisiona os Orixás

restantes. Assim como a cor branca contém dentro de si todas as demais cores, a

Irradiação de Oxalá contém dentro de sua estrutura cósmico-astral todas as

demais irradiações (Oxossi, Ogum, Xangô, etc.).A implantação desta cor em nossa

religião, não foi fruto de opção aleatória, mas sim pautada em seguro e

inequívoco conhecimento de quem teve a missão de anunciar a Umbanda.

Page 30: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

PONTOS CANTADOS

Por Anna Chrystina

Desde os primórdios da humanidade que as diversas religiões encontravam nos

cânticos uma forma de louvação e expressão da religiosidade.

Louvai a Deus no seu santuário;louvai-o no firmamento, ...

... Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes. Todo ser

que respira louve ao Senhor. Salmo 150 da Bíblia.

Os pontos cantados na Umbanda são como Mantas que ao serem entoados movimentam

energias e promovem ligação com a espiritualidade, harmonização, limpeza,

purificação, segurança, desagregação de energias deletérias, desintegração de

miasmas, além de servirem de chamada ou despedida das entidades para os

Page 31: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

trabalhos. São também louvores, uma maneira de se conectar com determinada

energia e dela se beneficiar ou beneficiar a outrem.

Dessa forma, existem vários tipos de pontos cantados para serem utilizados em

momentos específicos dentro da ritualística. Para citar alguns: Pontos de

Descarrego, Pontos de Abertura dos Trabalhos, Pontos de Defumação, Pontos de

Encerramento da Gira, Pontos de Louvação, Pontos de Firmeza e por aí vai.

A gira de Umbanda é toda cantada, desde sua abertura até o fim dos trabalhos, o

que nós chamamos de Curimba, onde ecoam os atabaques (ressalto que algumas casas

não se utilizam de atabaques) e o Ogã(responsável, dentre outras coisas, pela

Curimba) vai "puxando" os pontos pertinentes a aquele momento no qual a gira se

encontra.

O atabaque é considerado um instrumento sagrado na Umbanda e sua correta

execução, dentre outras coisas, é responsável pelo bom andamento da Gira, assim

sendo, o cargo de Ogã dentro de uma Casa é de extrema responsabilidade, devido a

imensa energia que faz movimentar, estabelecendo e mantendo o padrão vibratório

nos momentos dos trabalhos.

O mais importante com relação aos pontos cantados é que eles sejam executados

com concentração pela corrente de trabalho para que as energias evocadas

encontrem ambiente ideal para a prática da caridade. Normalmente acompanhada de

dança ritualística, os pontos cantados são também um elo que facilita a conexão

dos médiuns com suas entidades de trabalho.

Page 32: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Os Pontos Riscados na Umbanda

Texto extraído do Livro “Umbanda Sagrada”, Rubens Saraceni, Ed. Madras.

Os pontos riscados são um mistério e um dos fundamentos divinos da religião

umbandista, pois desde as primeiras manifestações espirituais os guias de lei de

Umbanda já riscavam seus pontos de "firmeza" de trabalhos, de identificação da

sua "linha", de "descargas" etc.

Isso é de conhecimento amplo, e muitos escritores umbandistas da primeira metade

do século XX registraram em seus livros muitos pontos riscados dos "seus" guias

ou de outros, coletados por eles em seus estudos sobre esse mistério da Umbanda.

Os pontos riscados sempre despertaram a curiosidade dos médiuns umbandistas e

não foram poucos os que se dedicaram ao estudo deles, procurando entender o

segredo de suas funcionalidades, assim como os significados dos signos e

símbolos "cabalísticos" inscritos neles pelos guias espirituais.

Muitos livros com pontos riscados foram publicados, e eu tenho alguns impressos

Page 33: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

de cerca de 50 anos atrás, cujos autores visitavam os centros e copiavam os

pontos que os guias riscavam, pois era comum o hábito de se riscar pontos para

firmeza, descarga ou virada de magias negativas.

Mas se os guias deixavam que fossem copiados e publicados, no entanto eram

reticentes quanto aos significados dos signos e símbolos que inscreviam.

O máximo que revelavam era sobre a "falange" à qual pertenciam ou qual eram as

linhas de orixás ali firmadas.

Esse silêncio dos guias levou muitos umbandistas a buscar informações em autores

estrangeiros e em antigos livros de magia importados da Europa, pois o assunto

era instigante e muitos dos signos e símbolos riscados nos pontos eram iguais

aos dos "selos", pantáculos e alfabetos mágicos coletados por iniciados e

pesquisadores europeus que se dedicavam ao estudo da magia, da teurgia, da

escrita mágica e da simbologia.

Mas como faltavam os reais fundamentos dos alfabetos mágicos, dos signos e dos

símbolos, porque desconheciam o mistério das divindades que os regem, os

umbandistas continuaram sem saber muita coisa sobre os pontos riscados pelos

seus guias espirituais, que pouco revelavam sobre este mistério.

Eu mesmo me dediquei por vários anos ao assunto e pouco descobri nos livros à

disposição. Quando eu inquiria algum guia sobre o mistério dos pontos riscados,

só obtinha explicações parciais ou evasivas, e ouvia a recomendação de continuar

minha busca porque um dia eu encontraria em mim mesmo a resposta sobre este

mistério.

Page 34: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Depois de procurá-la por anos e anos, acabei desistindo e aquietando minha

curiosidade. E quando recebi mensagens de alguns espíritos, que posteriormente

resultaram na primeira edição deste livro, escrevi em sua apresentação que os

médiuns de Umbanda deviam confiar nos seus guias, pois eles dominavam a ciência

dos pontos riscados durante os trabalhos espirituais.

Em 1990, na sua apresentação, escrevi isto: “Para aqueles que se dedicam ao

ritual (de Umbanda) de uma maneira iniciática, podemos argumentar com aquilo que

os mestres da luz nos transmitiram em outras obras (de outros autores

inspirados), e que nos inspiram profunda sabedoria, ou seja, que a Umbanda traz

em si energia divina viva e atuante, à qual nos sintonizamos a partir de nossas

vibrações mentais, racionais e emocionais. Energias estas que se amoldam segundo

nosso entendimento do mundo.”

Hoje, 11 anos depois, estou mais convencido ainda sobre o acerto dessa minha

afirmação. Médiuns sem conhecimentos ocultistas, mas movidos pela fé e pelo

amor, têm realizado um trabalho magnífico dentro da Umbanda, pois esta mesma fé

e amor são as chaves-mestras que ativam os mistérios dos nossos amados Orixás

durante seus trabalhos espirituais.

Estes médiuns (a maioria dentro da Umbanda) entendem pouco de ocultismo e

esoterismo, e, no entanto, curam pessoas, abrem seus “caminhos”, cortam

demandas, harmonizam lares etc., movidos unicamente pela

fé e amor que vibram e que os colocam em sintonia vibratória com a energia

divina viva e atuante (os orixás) que a Umbanda traz em si.

Page 35: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Esses médiuns, movidos pela fé e amor, são a prova viva de que, em religião, os

sentimentos valem mais que os conhecimentos ocultistas, iniciáticos ou

esotéricos. Já que, se não vibrarmos fé e amor, não ativamos os sagrados orixás

(as energias vivas divinas e atuantes que a Umbanda traz em si).

Mas também escrevi isto:

“Àqueles que se interessam pelos aspectos iniciáticos, podemos dizer que tudo o

que disserem ou fizerem, desde que esteja de acordo com a lei, e vier a ser

fonte elucidativa dos mistérios contidos na Umbanda, encontrará correspondência

energética no astral, pois o princípio (o mistério) se amoldará ao conhecimento

que transmitem.”

Mais uma vez o tempo me confirmou, pois nestes 11 anos posteriores encontrei

médiuns dotados de conhecimentos ocultistas, que os adquiriram em fontes não

umbandistas, mas que os adaptaram aos seus trabalhos espirituais e têm sido

luzes na vida das pessoas que atendem. Também escrevi isto:

“Se dizemos isto é porque os mestres nos ensinam que o „verbo. não está contido

numa só língua ou grafia iniciática (alfabeto ou escrita mágica), mas que,

quando verdadeira é a língua ou grafia, através dela o „verbo. (Deus) se

manifesta.

Logo, se um irmão de fé num grau não iniciático, mas instruído pelo seu mentor,

riscar um ponto análogo às forças do seu regente (orixá), ativará forças

análogas àquelas ativadas pelo mais profundo dos conhecedores da lei de pemba,

Page 36: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

ainda que não tenha conhecimento desta, pois não se deu ao trabalho de

conhecê-la ou de buscar níveis conscienciais (conhecimentos) mais sutis

(elevados).

Isto é assim porque todo médium de Umbanda, não importando seu grau, é o

aparelho incorporado pelos guias, mentores e orixás. E esta incorporação se

processa tanto no médium que está se iniciando no ritual quanto no médium já

iniciado nos seus mistérios mais profundos.”

O tempo mais uma vez confirmou quando, finalmente, encontrei as respostas sobre

as escritas mágicas, e fui autorizado a ensiná-la de forma aberta nos meus

cursos de magia. Vi pessoas que não são médiuns riscarem pontos cabalísticos, e

após ativa-los com as evocações que lhes ensinei realizarem ações magníficas,

tais como: anular magias negras, curar pessoas, harmonizar famílias etc., sempre

movidos pela fé, amor, confiança e determinação (as chaves da magia e de tudo o

mais a que nos propomos realizar em nossa vida).

De fato, o “verbo”, que é Deus, não está contido numa só língua (um alfabeto

mágico) ou numa só grafia (escrita mágica), pois todas as línguas e grafias já

compiladas no campo da magia são partes de um código divino, no qual as línguas

(mantras) e as grafias (os signos mágicos), até agora abertos para o plano

material, são tão poucos e tão limitados que não devemos nos envaidecer ou nos

assoberbar com o que recebemos.

A abertura do mistério das ondas vibratórias geradas e irradiadas pelos sagrados

orixás nos revelou algo inimaginável até então em toda a história da magia:

todos os alfabetos (línguas) e todas as grafias (símbolos e signos) são

Page 37: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

inscrições dessas ondas vivas divinas e atuantes, cujos “pedacinhos” formam

letras ou signos com poderes mágicos.

Após abertura do mistério das escritas mágicas no ano de 1995, tudo o que eu

sempre havia procurado me foi revelado e comecei a entender os alfabetos, os

símbolos e os signos da magia riscada simbólica usada pelos guias de Umbanda. E

isso só confirmou o que eu havia escrito na primeira apresentação deste livro,

agora revisado e ampliado, pois junto com esta revelação vieram muitas outras

sobre os sagrados orixás e os fundamentos divinos da nossa religião.

De fato, se um médium, incorporado ou instruído pelo seu guia, mentor ou orixá,

risca um ponto “cabalístico”, este terá um poder de realizar toda uma ação

magística, pois ele conhece profundamente este mistério da Umbanda.

O médium pode não conhecê-lo, mas seu guia de lei conhece e usa sempre que é

preciso, pois ele (o guia) é um espírito “iniciado” nos mistérios dos orixás e

uns se apresentam como de Ogum, outros se apresentam como de Oxóssi etc.

Com estas minhas explicações de agora, espero que as pessoas, que então me

criticaram, entendam que eu havia escrito uma verdade. Elas é que não se deram

ao trabalho de refletir sobre ela, porque, com certeza, não inventamos as

grafias mágicas usadas, já que nas suas primeiras manifestações os guias de lei

já riscavam seus pontos de descarga ou de firmeza dos terreiros de Umbanda onde

incorporavam.

Se riscavam, riscam e sempre riscarão flechas, espadas, luas, cruzes, sóis,

triângulos etc. em seus pontos, hoje sabemos que todos esses signos e símbolos

Page 38: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

mágicos são parte de uma escrita mágica tão vasta,

que o livro A Escrita Mágica dos Orixás é só uma página do imenso Código da

Magia Riscada, a ser publicado futuramente por nós.

Saibam que tudo o que já sabemos e que um dia ainda haveremos de aprender faz

parte do “Código Divino da Magia Riscada”, que é onde os guias de lei da Umbanda

estudam.

Este livro vivo e divino é formado pelas ondas vibratórias dos sagrados orixás.

E quando um espírito-guia se assenta sob a irradiação de um deles só então

recebe a outorga divina de inscrever com a pemba seus signos, seus símbolos e

suas ondas vibratórias em seus pontos riscados.

Se um espírito não se assentar na irradiação de um ou vários orixás, ele não tem

a permissão de riscar pontos de firmeza, de descarga ou de anulação de magias

negativas, pois não ativará nada e só estará “mistificando”, porque não assumiu

o grau de “guia de lei de Umbanda”.

E o mesmo acontece com as pessoas que não se iniciaram, pois podem aprender tudo

sobre a escrita mágica dos orixás, mas não receberam a outorga para ativá-los.

Os pontos riscados da Umbanda são um mistério da magia divina, e só quem for

iniciado e se consagrar como instrumento mágico da Lei Maior e da Justiça Divina

poderá trabalhar com ela sem estar incorporado, só sendo instruído pelo seu

mentor espiritual ou “guia de lei da Umbanda”.

Page 39: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Texto extraído do Curos de Teologia de Umbanda Sagrada, Ministrado por Alexandre

Cumino www.ica.org.br

Pontos Riscados

Por Rubens Saraceni.

1 – Os pontos riscados pelos guias espirituais são espaços mágicos cujas funções

lhes são dadas por eles.

2- Os pontos riscados se servem da escrita mágica sagrada simbólica.

Page 40: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

3- Dentro desta escrita mágica sagrada, os guias servem-se de signos, símbolos e

ondas vibratórias que são realizadoras e, assim que são riscados, são ativados e

começam a trabalhar.

4 – Existem milhares de ondas vibratórias que formam telas infinitas e das quais

são retirados modelos de símbolos e signos mágicos, os quais assim que são

riscados e ativados aqui no plano material, religam-se a elas que lhes darão

sustentação nos trabalhos que serão realizados.

5 – Destas telas vibratórias são retirados símbolos e signos, sendo alguns

bastante conhecidos e de fácil identificação e interpretação, enquanto a maioria

nos são desconhecidos e praticamente impossível de serem identificados e

classificados.

6- Os guias espirituais preferem trabalhar com espaços mágicos fechados ou

Page 41: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

circulares porque assim, suas irradiações ficam contidas dentro do círculo e não

interferem com outros espaços mágicos riscados por outros guias dentro do mesmo

espaço físico coletivo.

7- A escrita mágica simbólica é tão antiga quanto a humanidade e, tem sido

encontrados signos e símbolos em construções antiquíssimas dentro de túmulos e

urnas funerárias com milhares de anos de idade, portanto, esta escrita mágica

simbólica, usada pelos guias espirituais, não é propriedade da Umbanda e sim, é

um bem colocado a disposição da humanidade pelos seres espirituais superiores e

que dela, muitos tem se servido no decorrer dos séculos.

8 – Algumas ordens antiquíssimas criaram, a partir de signos e símbolos, suas

escritas mágicas sagradas e cada uma delas serviu-se ou ainda se serve da sua

simbologia, que se não é exclusiva, no entanto, tem significado especial e

interpretação própria para cada grupo de usuários deste bem coletivo, colocado a

nossa disposição por Deus.

9 – Os guias espirituais de Umbanda servem-se de uma certa quantidade de

Page 42: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

símbolos e signos mágicos que aparentemente é limitada a algumas centenas

apenas, pois pode-se encontrar pontos riscados de diferentes entidades, a

reprodução de símbolos e signos idênticos.

10 – Na Umbanda, manifestam-se através de nomes simbólicos muitos poderes

divinos que são em si, mistérios cujas atuações estão voltadas para o

crescimento religioso dos seres e dos símbolos riscados pelos guias, nos seus

pontos, estão indicando mistérios firmados e ativados por eles.

11 – Até recentemente, todo o mistério da escrita mágica sagrada usada pelos

guias espirituais era assunto fechado dentro da Umbanda e o que tínhamos à nossa

disposição eram coletâneas de pontos riscados pelos guias, mas que não nos

esclarecia muito porque, apesar de sabermos que eram poderosos e capazes de

realizar trabalhos, tudo era muito vago e ficavam sempre pairando dúvidas sobre

quando utilizá-los, uma vez que eram de uso exclusivo dos guias espirituais e,

só raramente, eles autorizavam seus médiuns a riscá-los para que, sem

incorporarem, pudessem ajudá-los nas suas necessidades ou dificuldades.

Page 43: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

12 – Faltava-nos muitas informações que pudessem permitir um aprofundamento

neste mistério e nos faltava mais informações, que aí sim, o tornaria

compreensível por todos.

13 – O que andaram escrevendo sobre os pontos riscados pelos guias, incutia

receio e medo nas pessoas, principalmente quanto aos pontos riscados das linhas

da esquerda, e isso não ajudou em nada o desenvolvimento desta ciência

espiritual dentro da Umbanda.

14 – Pelo contrário, alguns autores umbandistas, tal como Emanuel Zespo,

chegaram a escrever que só os profundos conhecedores e iniciados na

famosíssima, mas desconhecida LEI DE PEMBA é que poderiam riscar pontos e

trabalhar com eles. Outros como W. W. da Matta e Silva chegaram ao absurdo de

coletar uma ou duas dezenas de signos e dizer que eles sim, eram a genuína LEI

DE PEMBA (sabe-se lá o que isso quer dizer) eram o ponto de raiz, e a partir

daí, auto nomearam-se profundos conhecedores da desconhecida, mas muito famosa

Lei de Pemba, e começaram a desclassificar os pontos riscados usados pelos guias

espirituais desde as primeiras manifestações deles na Umbanda, e que vinham

ajudando a dar sustentação aos trabalhos realizados dentro dos centros assim

como davam proteção aos seus médiuns.

Page 44: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

15 – Graças a estes, a magia do ponto riscado não desapareceu por completo dos

centros de Umbanda, fato este que privaria a religião deste importantíssimo

instrumento de trabalho.

16 – Quanto aos supostos e pseudo iniciados e auto nomeados “Mão de Pemba”, por

desconhecerem os verdadeiros fundamentos existentes por trás dos pontos

riscados, seus escritos empacaram e não levaram a lugar algum, e muito menos à

compreensão e ao desenvolvimento desta ciência divina. Na verdade, eles

atrasaram em 50 anos a abertura deste mistério dentro da Umbanda, quase

levando-o ao esquecimento.

17 – Leiam e releiam estes escritos destes pseudos “mãos de pemba” e verão que

eles criaram uma ilusão que não tem fundamento e por 50 anos, ficaram repetindo

e afirmando a mesma coisa: “A Lei de Pemba existe mas não pode ser revelada aos

não iniciados”.

Page 45: A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos

Publicado no Jornal de Umbanda Sagrada de Junho de 2008.

Continua ... em breve!

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A Umbanda é uma religião magistica por natureza. O que isso quer dizer?

Significa que é uma religião que se utiliza ritualisticamente de elementos

naturais. Assim, verificamos na liturgia umbandista a presença de banhos,

defumações, pontos riscados, pontos cantados, além de elementos como velas,

pembas, flores, oferendas e ferramentas como as guias... enfim, elementos que

através de consagrações e cruzamentos passam a ser sagrados dentro do nosso

ritual e fundamentais para os trabalhos a que se destinam.

Bem como em outras religiões, a Umbanda conta com rituais de sacramento como

Batismo, Casamento, Funeral além de outros característicos da nossa religião que

são, por exemplo, as homenagens aos Orixás (as Festas ou Giras específicas de

comemoração), o Amaci, dentre outros que variam de casa para casa, tendo em

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vista que a Umbanda é uma religião aberta.

A seguir vamos procurar falar um pouco dos elementos utilizados e dessa

liturgia.

http://www.facebook.com/umbandadeluz