a tribuna - setembro/outubro de 2014 - edição 3.903

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BOLETIM INFORMATIVO A TRIBUNA - ÓRGÃO OFICIAL DA ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS ANO 104 - EDIÇÃO 3.903- SETEMBRO/OUTUBRO 2014 Aluna da Casa Sant’Ana prepara bolachas em sua casa, em Campinas (SP). Foto: Carolina Grohmann Casa Sant’Ana Oficina de auxiliar de cozinha estimula geração de renda

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Boletim A Tribuna, Órgão Oficial da Arquidiocese de Campinas.

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Page 1: A Tribuna - Setembro/Outubro de 2014 - Edição 3.903

BOLETIM INFORMATIVO A TRIBUNA - ÓRGÃO OFICIAL DA ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS

ANO 104 - EDIÇÃO 3.903- SETEMBRO/OUTUBRO 2014

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Casa Sant’AnaOficina de auxiliar de cozinha

estimula geração de renda

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Boletim A TribunaPublicação do Setor Imprensa da Arquidiocese de Campinas – SP

Arcebispo Metropolitano:Dom Airton José dos SantosDireção: Padre Rodrigo Catini Flaibam Editora-chefe: Bárbara Beraquet (MTb 37.454)Jornalista: Wilson Antonio Cassanti (MTb 32.422) Editora-assistente:Carolina Grohmann(MTb 72.958)Apoio: Giovanna LimaJoão do Carmo CostaJulia LopesMarcela RezendeMariana MaiaRafaella Cassia

EXPEDIENTE

WWW.ARQUIDIOCESECAMPINAS.COMREDACAO@

ARQUIDIOCESECAMPINAS.COM

RUA LUMEN CHRISTI, 02JARDIM DAS PAINEIRAS

13092-320 CAMPINAS, SP

Composição própriaDistribuição gratuitaImpressão: RIP Editores GráficosTiragem: 10 mil exemplares

Confira a versão digital do Boletim A Tribuna, que também está disponível para download em www.arquidiocesecampinas.com/banca

Equipe Setor Imprensa

Evangelizar: missão em construção

02 - SETEMBRO/OUTUBRO 2014 - BOLETIM A TRIBUNA

A Cidade Eterna receberá a III Assembleia Geral Ex-

traordinária do Sínodo dos Bispos, com início no

dia 05 de outubro, que terá como tema “Os desa-

fios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”.

O dia 28 de setembro foi dedicado à oração pela Assembleia

e o Arcebispo Metropolitano de Campinas, Dom Airton José

dos Santos, convidou a todos para este gesto de comunhão.

Na Assembleia Geral Extraordinária de 2014, os padres sino-

dais devem avaliar os dados, os testemunhos e as sugestões

das Igrejas particulares, com a finalidade de enfrentar os no-

vos desafios sobre a família. Já na Assembleia Geral Ordinária

de 2015, a meditação contemplará a formulação de diretrizes

da ação pastoral, para lidar com os desafios da evangelização

da pessoa e da família.

O trabalho de zelo pastoral reflete a intenção do Papa Fran-

cisco em aproximar a proclamação do Evangelho à família no

mundo de hoje. Entendida como a primeira igreja, a igreja do-

méstica, a fé cultivada no seio familiar nos lembra que a for-

mação é a base para o testemunho. E evangelizar não é um

projeto acabado, mas um processo contínuo, em construção,

por assim dizer, que está na raiz das preocupações da Igreja

Particular de Campinas.

Como você confere na edição, recentes dias de estudo do cle-

ro e encontro de formação buscaram caminhos concretos para

a vivência de uma fé plena. Boa leitura!

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Dias de Estudo do Clerovoltados à administração paroquial

REDAÇÃO

Administrar as paróquias requer atenção à legislação trabalhista, ao uso dos recursos e gestão das finanças. Para reciclagem e

atualização dos conhecimentos, os dias de estudo do clero tiveram assessoria de Paulo Barbosa, contador do Regional Sul I - CNBB e da Diocese de São Miguel Paulista. Cerca de cem padres inscreveram-se para os dias, de 23 a 25 de setembro passado, no Centro Marianista Caná, em Campinas (SP). Os párocos, administradores paroquiais e vigários presentes, durante a atualização, também tiveram momentos para apresentar suas realidades e conhecer outras. No último dia, o professor da PUC-Campinas, André Pires, apresentou o mapa de ações e serviços sociais existentes na Arquidiocese.

Abaixo, Dom Airton. Ao lado, apresentação de Prof. André e, no canto inferior, o convidado

Paulo fala aos presentes. Reciclagem para otimi-zar e aperfeiçoar a administração paroquial.

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Encontro de Formação: a conversão pastoral da paróquiaBÁRBARA BERAQUET

04 - SETEMBRO/OUTUBRO 2014 - BOLETIM A TRIBUNA

A partir das disposições do 7º Plano de Pas-toral Orgânica (PPO), a Igreja de Campinas encontrou-se, durante três dias, para estudo

e aprofundamento do documento 100 da CNBB, “Co-munidade de Comunidades: uma nova paróquia - A conversão pastoral da paróquia”.

As disposições do 7º PPO foram elabora-das com base nos levantamentos apontados na Assembleia Arquidiocesana ocorrida em 2013, e tratam de pontos considerados fundamentais para a aplicação do plano de pastoral e para o “ser-Igreja”, que são a dis-posição para a missão, o acolhimento, os jo-vens, a comunicação, a formação-catequese, a renovação das estruturas e o serviço solidário - ação social.

O momento de formação, de 12 a 14 de setembro, que se desenrolou no Mosteiro de Itaici - Vila Kostka, em Indaiatuba (SP), juntou Coordenação Colegiada de Pastoral, Coordenações Colegiadas das Foranias, representantes das Comissões, Equipes, Movimentos e Organizações e clero, para debater sobre a neces-sária conversão pastoral e paroquial local, com as-sessoria de Padre Paulo Crozera e Padre Edemilson Lovatto. Em sua fala de abertura do final de semana de formação, Dom Airton José dos Santos, Arcebispo

Metropolitano, chamou a atenção dos participantes sobre a necessidade de aprofundar a reflexão para uma verdadeira conversão pastoral da paróquia, vista como comunidade de comunidades.

“O encontro foi pensado para que nós pudéssemos aprofundar tudo isso,

compartilhar as experiências. E, a partir da reflexão e da partilha da experiência daquilo que vivemos nas comunidades, nos diversos setores e organismos da nossa Arquidiocese, contribuir para

que possamos assumir o 7º Pla-no com suas disposições, e traba-

lhar para que as paróquias possam provocar uma verdadeira conversão

pastoral renovando as estruturas”, co-menta Monsenhor João Luiz Fávero, Coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Campinas.

Para o Monsenhor, o objetivo do encontro foi atin-gido, com grande participação, tanto em número de inscritos, quanto na qualidade das contribuições apresentadas. Às vésperas do planejamento pastoral para o ano de 2015, as contribuições extraídas do en-contro, na forma de carta-compromisso, auxiliarão a elaboração das diretrizes para o próximo ano, bem

“Uma verdadeira

conversão pastoral da paróquia”

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Encontro contou com a participação de 300 pessoas, em formações, dinâmicas e celebrações eucarísticas. Acima, vitral com imagem de Cristo, centro do povo de Deus, na Vila Kostka, Mosteiro de Itaici.

Acesse o conteúdo dado pelos assessores, fotos e demais materiais do Encontro de Formação

Arquidiocesano pelo portal www.arquidiocesecampinas.com

como para concretizar o 7º PPO. “Que tudo isso venha contribuir para que o nosso trabalho traga o resultado esperado, em vista da conversão pas-toral”, fala Monsenhor João Luiz.

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ARQUIDIOCESE em destaque

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Reformas revitalizam os espaços dentro e no entorno da igreja.

Paróquia São Pedro passa por melhorias

Com o objetivo de melhorar a estrutura técnica, retirar partes ultrapassadas e atualizar a igreja, a Paróquia São Pedro Apóstolo de Campinas vem realizando uma série de reformas. O templo, algumas salas internas da igreja e o sa-lão social já foram reformados e pintados, além da demolição da igreja antiga e da casa que servia de residência para o antigo pároco, o que possibili-tou o aumento do espaço destinado ao estaciona-mento. As reformas ainda não acabaram e várias outras mudanças estão nos planos do Padre José Antônio Trasferetti, nomeado pároco da Paróquia em fevereiro de 2013. Veja mais em www.arqui-diocesecampinas.com

06 - SETEMBRO/OUTUBRO 2014 - BOLETIM A TRIBUNA

Grito dos Excluídos

“Ocupar ruas e praças por liberdade e direitos” foi o tema da 20ª edição do Grito dos Excluídos, em nível nacional. Em Campinas, no dia 07 de setem-bro, pelo 19º ano consecutivo, a concentração dos blocos organizados pelas pastorais e movimentos sociais da Arquidiocese ocorreu no Largo do Pará e seguiu pela Avenida Francisco Glicério. O Grito dos Excluídos foi realizado pela primeira vez em 1995, com o objetivo de ser um desdo-bramento da Campanha da Fraternidade sobre os Excluídos.

Paróquia Nossa Senhora da Piedade celebra um ano de criação

A Paróquia Nossa Senhora da Piedade come-morou, no último dia 15 de setembro, um ano de criação. As comemorações conta-ram com novena, tríduo e com uma missa presidida pelo Arcebispo Emérito de Cam-pinas, Dom Gilberto Pereira Lopes. A Missa Solene foi celebrada pelo Arcebispo Metro-politano de Campinas, Dom Airton José dos Santos, no dia 15 de setembro. O aniversário foi comemorado com apresentações musicais e teatrais, e com uma apresentação especial da Orquestra de Viola de Valinhos.

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Festa do Migrante

Foi com missa, apresentações artísticas, terço, co-midas típicas e bingo que a Paróquia Nossa Se-nhora do Rosário de Pompeia de Campinas cele-brou, nos dias 30 e 31 de agosto, a já tradicional Festa do Migrante.Realizada há 18 anos pela Paróquia, este é o se-gundo ano que o Padre Luiz Roberto Teixeira Di Lascio participa como pároco. Ele destaca que a festa começou com um incentivo da Igreja Cató-lica, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para se pensar mais no migrante e, neste ano, foi possível juntar a celebração com o tema da Campanha da Fraternidade, o tráfico humano. “A Igreja tem como missão evangelizar o migrante”, afirma o Padre.No domingo, a festa começou com uma missa ser-taneja, com o objetivo de resgatar a regionalidade trazida pelos migrantes. Ellen Andrade, integran-te da banda que tocou na missa, afirma que foi preciso integrar os elementos que não são usados normalmente na igreja, como a viola, com as vo-zes. “A missa do migrante conseguiu mostrar pa-ras as pessoas que, apesar de sermos de lugares diferentes, conseguimos juntar vários elementos e fazer funcionar”, acrescenta a musicista.Além das músicas religiosas cantadas em ritmo sertanejo, o compositor Benedito de Souza apre-sentou pela primeira vez sua composição em ho-menagem a São José, que fez junto com sua filha, Angelina Maia Praxedes. Composta após um pe-dido do Padre Di Lascio, demorou um ano para ficar pronta e ambos afirmam estar lisonjeados em tocar na festa e apresentá-la para todos.Para a boa realização do evento, é necessária a ajuda de vários voluntários, como é o caso da mi-

grante de Minas Gerais, Vera Lucia Miranda, que participa desde a primeira festa. Para ela, apesar de ser cansativo trabalhar no final de semana da festa, a recompensa em poder ajudar faz valer a pena. Além disso, afirma que a Igreja é essencial na vida dos que partiram de sua terra natal em di-reção a outras cidades e que a acolhida que rece-beu quando chegou a Campinas a ajudou bastan-te e agora é a vez dela retribuir. “A dificuldade do migrante seria muito maior se não encontrasse a Igreja para acolher e demonstrar sua fé”, conclui.A participante Brígida Zalpa Alves também foi vo-luntária por vários anos e agora aproveita a festa com sua família. Para ela, o sucesso do evento se dá pela junção das seis comunidades pertencentes à Paróquia.

Padre Roberto Di Lascio presidiu missa. Povo reunido comemorou.

Fotos de Marcela Rezende e Rafaela Cassia

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CAROLINA GROHMANN

Oferecer inclusão social é o objetivo do Mi-nistério da Dança e Balé da Arquidiocese de Campinas, segundo a coordenadora,

Lilian Judith Martins. Com uma média de até 10 apresentações por mês, o Balé se apresen-ta gratuitamente em paróquias e co-munidades da Arquidiocese. “Onde o povo chama, a gente vai. E quando a gente termina a apresentação, fala-mos que é só chamar que a gente vol-ta!”, exclama Lilian.

No início de agosto, a parceria entre a Ar-quidiocese e a bailarina Lilian completou 10 anos.

A história teve início em 2001, quando Lilian, r e s p o n s á v e l pela academia Grand Ballet, recebeu um convite para fazer o encer-ramento do 14º Congresso Eu-carístico Nacio-nal, realizado em Campinas. Desde então, paróquias e co-

munidades começaram a chamar o grupo de dança para algumas celebrações, como dia do padroeiro e aniversário sacerdotal. “Fomos a muitas comunida-des distantes, com pouco recurso. Meninas viam a

apresentação e me perguntavam ‘nós tam-bém podemos fazer a dança?’”, lembra.

Lilian percebeu que a união da dança com a igreja poderia render bons frutos. Reuniu-se com o então arcebispo Dom

Bruno Gamberini para fazer a parceria: participando de alguma atividade na igreja,

como crisma ou catequese, as meninas interessa-das teriam um desconto na mensalidade. “Ajudaria a criança a ter uma parte cultural e também a formação cristã. Unimos os dois projetos”. A parceria, que co-meçou definitivamente em 2004, existe até hoje.

Além da formação das meninas, Lilian percebeu que o balé também oferecia cultura para um público carente de arte. “É difícil reunir tantas pessoas para assistir um evento de dança, mas na igreja você reú-ne. Uma vez, na Vila União, quando a apresentação terminou, um senhor bem humilde me falou: ‘eu não gostei. Eu adorei. Nunca tinha visto dança’. O povo começou a conhecer o balé dentro do espaço religio-so”.

Lilian se preocupa em educar as meninas para que tenham, também, uma formação profissional. Ela afirma que já são muitas as alunas que se tornaram professoras, como Vivian do Nascimento Pereira, que

Balé da Arquidiocese: a fé expressa pela arte da dança

“Onde o povo chama, a gente

vai”

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conheceu o Balé da Arquidiocese durante uma apre-sentação numa missa. Trocou as aulas que tinha em outra academia de dança pelo Ministério da Dança e Balé. “É muito bom unir a minha religião com o balé, que eu tanto gosto. É um meio de representar a minha fé: através da dança”, vibra. Lilian complementa e cita o Salmo 149:3. “Dança é a liturgia em movimento. E o próprio salmo diz ‘louvai ao senhor com dança’”.

Hoje, 12 bailarinas representam o Balé da Arquidio-cese, todas com já pelo menos seis anos de formação.

Para iniciar as aulas no Ministério da Dança e Balé da Arquidiocese, é preciso ter um vínculo com a Igre-ja. Entrar em contato com Lilian pelo (19) 3239.2920 ou (19) 99798.0589.

Grand BalletEste ano, o espetáculo será no dia 09 de dezembro

no auditório da TV Século 21. O tema será “10 anos do Grand Ballet”. Informações para ingressos: (19) 3239.2920.

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Renda que vem da cozinhaOficina de gastronomia na Casa Sant’Ana incentiva geração de renda

Depois de limpar a mesa com álcool, abrir o saco da farinha e despejar o açúcar na bacia já com a margarina, Lucia calça as luvas e

mistura os ingredientes, até virarem uma massa homo-gênea. “Esqueci da essência de coco! Você pode pegar para mim? Só pra eu não precisar trocar as luvas”, pede, e explica que não pode tocar em outros objetos para não causar contaminação. Lucia Helena Bispo prepara petit four, conhecido também como bolachinha amanteiga-da, receita que aprendeu no semestre passado duran-te a oficina de auxiliar de cozinha, oferecida pela Casa Sant’Ana, da Arquidiocese de Campinas, e que hoje é sua fonte de renda.

No período das festas juninas, experimentou vender as bolachinhas numa confraternização de empresa e, desde então, nunca mais parou. “Eu estava desempre-

gada, aí resolvi fazer para vender. Hoje, vendo uma média de 60 saquinhos por semana. São quatro sabores, canela, coco,

goiabinha e limão. Cada saqui-nho tem até 215 gramas e sai

por 5 reais”, conta. Com o dinheiro, Lucia pagou uma viagem para ver a filha casar em Cianorte

(PR), em setembro, e assume a prestação do carro novo. “Tem

que ter determinação”, repete sempre. Por receita, ela gasta menos de 10 reais em in-gredientes, e rende cinco saqui-nhos, gerando um lucro de 15

reais. Lucia participa pela segun-

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da vez da formação, para, desta vez, aprender o “bolinho da moda”, o cupcake. “Não quero ficar só nas bolachinhas, quero aprender outras recei-tas para vender”, justifica.

As aulas da oficina na Casa Sant’Ana ocorrem às se-gundas-feiras, em período integral, divididas entre disciplinas teóricas e práticas. A professora voluntá-ria, a chefe de cozinha da rede Vitória Hotel Residence NewPort, Sirley Amaro Silva, afirma que a geração de renda é incentivada durante o curso, demanda vinda do aluno desde o momento da inscrição. “Gastronomia é um tema sempre em alta porque todo mundo come. O aluno que não trabalha e começa a fazer os petits fours para vender, dá certo. Oferecemos uma visão empre-endedora social”, aponta. Durante as aulas, Sirley tam-bém destaca a questão ambiental. “Hoje, a gastronomia engloba o meio ambiente. Sempre explico que, quando usar uma salsinha, é possível congelar o talo para de-pois utilizar em outra receita. Ou a questão do óleo, que pode ser levado para centros de coletas. Tudo para que o nosso planeta fique mais saudável”.

Lucia percebeu que a oportunidade de renda poderia ajudar outras mulheres. No núcleo Rossin, onde Lucia participa de atividades físicas, também oferecidas pela Casa Sant’Ana, ela já ensinou senhoras a fazer as bola-chinhas. “É bom ensinar o outro. Eu aprendi a fazer em um curso gratuito, então tenho que ajudar as pessoas que também necessitam”, acredita.

A oficinaA formação de auxiliar de cozinha é oferecida gratui-

tamente pela Casa Sant’Ana. É um desdobramento do antigo Programa Jovem Aprendiz, que também focava na gastronomia. São 17 semanas de aula e o aluno rece-be vale transporte, café-da-manhã, almoço e lanche da

CAROLINA GROHMANN

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Na página ao lado, Lucia produz seus doces. Acima, aula prática de corte de legumes. Ao lado, a chefe Sirley em aula.A Casa Sant’Ana fica na Rua Barão de Jaguara, 297, Centro.

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tarde. “Em Campinas, somos a única ONG que trabalha com alimentação. É uma formação não focada apenas na gastronomia, como também no ser humano”, expli-ca a coordenadora do curso, Maria Heide C. da Silva Costa. Segundo ela, o curso valoriza a pessoa, uma vez que as aulas teóricas também englobam ética, cresci-mento humano e auto-estima.

Para manter o projeto, Heide explica que são muitas as parcerias, mas destaca a grande contribuição do Ins-tituto Roberto Bosch, da Arquidiocese de Campinas e da Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (Feac).

É o segundo ano em que a Casa Sant’Ana oferece a oficina de auxiliar de cozinha, pela qual já passaram até 80 alunos. “A pessoa vem procurar o curso já pensando na geração de renda”, conta Heide, e acentua que mui-tas empresas buscam a Casa Sant’Ana para contratar alunos que passam durante a formação. “A Casa tem uma credibilidade muito grande. Quando a gente en-caminha o jovem para a entrevista, já é praticamente garantida a vaga”, exclama.

A formação de auxiliar de cozinha atende interessados em vulnerabilidade social e que gostem de cozinhar. A idade mínima para participar da formação é de 17 anos.

“Acreditar e servir” é lemaA Casa Sant’Ana, fundada por Anna Pinto Freire e Je-

rônimo de Campos Freire em 1931, está sob a presidên-cia de Dom Airton José dos Santos e vice-presidência de Padre João Piazza. “Acreditar e Servir” é o espírito que norteia todos os trabalhos desenvolvidos nos seus

quatro campos de atuação: Sede (no Centro), Jardim Rossin, Jardim Florence, Jardim Esmeraldina.

Os núcleos mantêm oficinas de Auxiliar de Cozinha, Informática, Dança, Artesanato, Alimentação Saudá-vel, Arte e Cultura, Foto Filmagem, entre outras.

Contatos: (19) 3232.2941, 3342.0551Visite www.casasantana.org.br

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gário Paroquial da Paróquia Santa Luzia, em Hor-

tolândia.

Mantenha-se atualizado pelo portal

www.arquidiocesecampinas.com/chancelaria

(Fechamento desta edição em 25 de setembro de 2014)

Atos do Governo ArquidiocesanoDecretos, atos, provisões ou nomeações assinados por Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano

Chancelaria do ArcebispadoComunicamos que no dia 05 de setembro de 2014,

o Exmo. Sr. Arcebispo Metropolitano de Campinas,

Dom Airton José dos Santos, fez a seguinte nome-

ação e transferência:

1. O Revmo. Pe. Eduardo Bueno Fragas, como Vi-

Rua Lumen Christi, 02 - Jardim das Paineiras13092-320 - Campinas - SP

Telefone (19) 3794.4650www.arquidiocesecampinas.com

Solenidade de Nossa Senhora Aparecida

A Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil, no dia 12 de outu-bro, terá Missa Solene seguida de procissão na ci-dade de Campinas. A celebração eucarística será realizada no Ginásio do Guarani Futebol Clube, com início às 9h00, presidida por Dom Airton José dos Santos. A procissão sairá do ginásio até a Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Este ano, o Santuário Nacional de Aparecida propõe o tema: “Com a Mãe Aparecida, ser solidário na dor”, que também será abordado na celebração em Campi-nas. O Ginásio do Guarani F. C. está localizado na Av. Guarani, s/n, Jd. Proença.