a sursan na evoluÇÃo urbana do rio de janeiro · criou o banco do brasil, a fábrica de pólvora,...
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A EVOLUÇÃO URBANA DO RIO DE JANEIRO E A SURSAN
INTRODUÇÃO
O presente documento pretende relatar um histórico das
transformações do ambiente urbano mais relevante,
notadamente durante a existência da Superintendência de
Urbanização e Saneamento – SURSAN.
A Cidade do Rio de Janeiro sempre teve a vocação de se
constituir num ambiente urbano autônomo, uma cidade não
pertencente a um estado, tendo sido Capital do Vice-Reinado, do
Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves, Município Neutro e
depois Distrito Federal, e, ainda Estado da Guanabara.
A evolução urbana se deu através dos tempos, quase
sempre, por iniciativas dos governantes da Cidade e muito
raramente decorrente de desenvolvimento de planos.
OS PRIMEIROS ELEMENTOS URBANOS DA CIDADE
A Ladeira da Misericórdia, a primeira rua pública da Cidade, foi aberta
no ano 1567, quando a cidade do Rio de Janeiro foi transferida do Morro
Cara de Cão, na Urca, para um local mais seguro, menos vulnerável e
mais difícil de sofrer invasões: o Morro do Castelo.
O CONVENTO DE SANTO ANTONIO
Em 1592, às margens da Lagoa Santo Antônio uma pequena ermida
foi erguida pelos freis franciscanos. No ano de 1615, sete anos após o
início da obra, foi inaugurada uma parte do Convento de Santo
Antônio. Para drenar a lagoa, os franciscanos abriram uma vala que
deu origem à Rua da Vala, atual Rua Uruguaiana.
O CHAFARIZ DA CARIOCA
Sob o governo de Antônio de Brito Freire de Menezes (1717-1719),
iniciaram-se as obras de instalação de canos de água através da antiga
Rua dos Barbonos (atual Rua Evaristo da Veiga) para trazer, para a
cidade, as águas do Rio Carioca. Inaugurado em 1750, as águas
brotaram aos pés em um chafariz de mármore, através de dezesseis
bicas de bronze.
OS ARCOS DA LAPA
Arcos da Lapa), aqueduto inaugurado em 1750 pelo Brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim.
O PASSEIO PÚBLICO
O vice-rei Luis de Vasconcelos e Sousa, que administrou a cidade entre os
anos de 1778 e 1790 foi autor da primeira remodelação urbana do Rio de
Janeiro, atuando na expansão da estrutura urbana e também nos usos desses
espaços. Na sua administração foi realizada a construção do Passeio Público
e reurbanização do Largo do Carmo.
A PRIMEIRA GRANDE TRANSFORMAÇÃO
DO AMBIENTE URBANO DA CIDADE
O Rei D. João VI, Imediatamente declara o Rio de Janeiro como capital do Reino Português,
corroborando sua condição de capitalidade exercida desde 1763.
Criou o Banco do Brasil, a Fábrica de Pólvora, o Jardim Botânico, a Academia Imperial de Belas
Artes, a Academia Real de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, a Biblioteca Real, o Museu Real, os
Correios, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, a Impressão Régia, além da Fundação da
Academia Militar, da Fundação do Hospital Militar.
Na época da chegada enfrentou problemas: como a falta de moradias, a insalubridade, a ausência de
hábitos civilizados dos moradores e o aspecto colonial da cidade, entre outros.
Criou a décima urbana que incidia nos imóveis, entretanto conceda a isenção da dez ou vinte
anos a quem edificasse casas de sobrado nos terrenos situados na Cidade Nova; enquanto proibia a
construção de casas de um só pavimento.
O RIO DE JANEIRO COMO CAPITAL
Recriaram-se, no Rio de Janeiro, instituições idênticas às existentes em Lisboa, as
Secretarias de Estado e a Intendência Geral de Polícia da Corte e Estado do Brasil, que
tratava do arruamento da cidade, do aterramento de áreas pantanosas, da abertura de
estradas, da fiscalização de obras públicas e particulares, e, até da conservação do
jardim do Passeio Público.
Necessário lembrar que o Rio de Janeiro era composto em grande maioria de
morros e áreas pantanosas, com extensos mangues e inúmeras lagoas.
A Memória sobre o enxugo da cidade do Rio de Janeiro, escrita por José Joaquim de
Santana foi oferecida ao Rei no ano de 1811, como tentativa de implantar uma política
de saneamento.
A MISSÃO FRANCESA
Desenvolvem-se as atividades culturais, tendo mais tarde recebido a Missão Francesa,
em 1816, chefiada por Joaquim Lebreton, com Grandjean de Montigny, Debret, Taunay e
muitos outros, que refugiados dos efeitos da guerra na Europa, vieram para o Brasil.
A Carta Régia de 1815 cria o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, quando,
em 1816 morre a rainha D. Maria I, e somente em 1818, por causa do luto pela morte
da rainha é D.João VI aclamado como Rei.
Terminada a guerra na Europa, com a derrota de Napoleão os portugueses começaram
a exigir a volta da Corte a Portugal, culminando com a Revolução do Porto, em 1820,
não deixando alternativa ao Rei a não ser sua volta a Lisboa em 1821.
O RELATÓRIO BEAUREPAIRE - 1843
Durante o século XIX foi elaborado o Relatório Beaurepaire, em 1843. Era um
documento preocupado com a higiene e salubridade. Propunha abertura de inúmeras
ruas, prolongamento de outras, pavimentação e alargamento das vias existentes.
Entre várias sugestões de saneamento: “o mangue da Cidade Nova, ainda que muito
conviria extinguir-se este foco de miasmas; esta circunstância justifica talvez um antigo
plano de se estabelecer ali um canal de navegação;o morro do Castelo: se se
chegasse a arrasar esta montanha, muito ganharia a cidade em extensão,
salubridade e embelezamento; e, arborização, não somente como objeto ornamental,
mas também como um poderoso meio de purificar a atmosfera.
O RELATÓRIO DA COMISSÃO DE MELHORAMENTOS
Em 1875 e 1876, é apresentado o Relatório da Comissão de Melhoramentos,
preocupado com as questões de higiene, controle e indução do desenvolvimento da
cidade, abertura e alargamento de vias, de acordo com o pensamento urbanístico da
época.
Esse primeiro Plano data de 1875 e perdura até 1902, quando faz parte de uma série
de obras levadas a efeito por Pereira Passos, de acordo com várias iniciativas federais
de Artur Bernardes, a principal delas relativa ao Porto do Rio de Janeiro.
Vieira Souto detentor de concessão de 1887 para arrasamento do Morro do Senado
convida Carlos Sampaio para o projeto de execução.
TRANSFORMAÇÕES POR PEREIRA PASSOS
O PLANO AGACHE
A contratação de Donat Alfred Agache, no final da década de 20, para a preparação do Plano de Remodelação, Extensão e Embelezamento da Cidade, não só já havia manifestado a consensual necessidade de um ordenamento dos espaços,
A conclusão do Plano Agache coincide com a Revolução de 30 e a descontinuidade administrativa acarreta a sua avaliação por uma comissão que decide pela aceitação de suas propostas com modificações.
O interventor Adolfo Bergamini, ao receber o Plano, nomeia a comissão constituída por arquitetos e engenheiros, técnicos pertencentes ou não aos quadros da Prefeitura: Henrique Novaes, que a preside, Armando de Godoy, Lúcio Costa, Arquimedes Memória, Ângelo Bruhns, Raul Pederneiras e José Mariano Filho. É criada a primeira Comissão do Plano da Cidade, cuja formação havia sido recomendada inicialmente pelo próprio Alfred Agache, em 1930,
Em 1931, contudo, a Comissão é extinta pelo Prefeito Pedro Ernesto.
Em 1937, a aprovação do Aeroporto Santos Dumont8, em desacordo com o Plano Agache na sua área mais nobre, afasta ainda mais alguma possibilidade de sua aplicação.
A COMISSÃO DO PLANO DA CIDADE Armando de Godoy, defende especialmente a implantação do Plano Agache na íntegra e J. O.
Saboya Ribeiro, defende os instrumentos de planejamento em utilização nos EUA, que
posteriormente torna-se membro colaborador da Comissão do Plano da Cidade.
A Comissão do Plano da Cidade do Rio de Janeiro é estabelecida no ano de 1937 pelo
Prefeito Henrique Dodsworth como um órgão colegiado para a orientação urbanística da
Prefeitura do Distrito Federal
Fazem parte de sua formação inicial: José de Oliveira Reis, Edvaldo Vasconcelos, Hermínio de
Andrade e Silva e Armando Stamile.
Em 1945, a Comissão passa a denominar-se Departamento de Urbanismo – DUR,
subordinada à Secretaria Geral de Viação, Trabalho e Obras Públicas, na gestão do Prefeito
Filadelfo de Azevedo e, posteriormente, Departamento de Engenharia Urbanística.
Seu nome está presente nos projetos das obras de grande visibilidade como a abertura
da Av. Presidente Vargas, da Av. Brasil e a urbanização da Esplanada do Castelo.
Entre 1948 e 1951, Affonso Eduardo Reidy alterna duas vezes a direção do DUR com J. O.
Oliveira Reis.
No período de 1937 a 1945, na administração do Prefeito Henrique Dodsworth são membros
da Comissão: Armando Stamile, Hermínio de Andrade e Silva, José Otacílio de Saboya
Ribeiro, Aldo Botelho, Jorge Ernesto de Miranda Schnoor, Nelson Muniz Nevares, Edwaldo
Moreira de Vasconcelos, Joaquim de Oliveira Sampaio e Domingos Paula de Aguiar.
Um constante colaborador e consultor da Comissão do Plano da Cidade é o engenheiro
Saboya Ribeiro, autor de vários projetos para a cidade..
O NASCIMENTO DA SURSAN
Prefeito Dulcídio Cardoso 1951-1952 criação dos serviços técnicos especiais das avenidas
Perimetral e Radial Oeste, como também da Superintendência das Obras do Santo Antônio (SOST),
cujo objetivo era dar maior impulso ao desmonte do morro de Santo Antônio.
Desmonte do Morro de Santo Antonio e aterro da Ponta do Calabouço
Congresso Eucarístico Internacional - 1955
PLANO DE REALIZAÇÕES DA SURSAN
Prefeito Negrão de Lima 1958–1960 Plano de Realizações da
Superintendência de Urbanização e Saneamento – SURSAN - Fundo Especial
de Obras Públicas - conjunto de vias em que se destacam: a ligação Cais do
Porto-Copacabana, trecho do Túnel Catumbi-Laranjeiras, Avenida Beira-
Mar, Avenida Norte-Sul, Avenida Perimetral e parte das avenidas
Presidente Vargas, Radial Oeste e Radial-Sul.
Departamento de Urbanismo por Affonso Eduardo Reidy e Hermínio de
Andrade e Silva José de Oliveira Reis, Edwaldo Vasconcelos e Hélio Mamede
OBRAS DO ATERRO DO FLAMENGO
PISTAS PROVISÓRIAS DO ATERRO DO FLAMENGO
OBRAS DO MAM E DO MONUMENTO
TÚNEL REBOUÇAS
TUNEL MAJOR RUBEM VAZ
TÚNEL SÁ FREIRE ALVIM
TÚNEL SANTA BÁRBARA
ALARGAMENTO DE COPACABANA
O INTERCEPTOR EM COPACABANA
PRAIA DE BOTAFOGO
PERIMETRAL
VIADUTO AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT
VIADUTO COSME E DAMIÃO
VIADUTO DE MANGUEIRA
VIADUTO DE MANGUEIRA
VIADUTO DE MANGUINHOS
VIADITO DE SÃO CRISTÓVÃO
VIADUTO DO MEIER
VIADUTO DE SÃO SEBASTIÃO
VIADUTO PEDRO ALVARES CABRAL
VIADUTO SANTIAGO DANTAS
PAVILHÃO DO PLAYGROUND DO FLAMENGO
TREVO DOS ESTUDANTES EM CONSTRUÇÃO
JARDINS DO MUSEU DE ARTE MODERNA - MAM
TREVO DOS ESTUDANTES EM CONSTRUÇÃO
O PLANETÁRIO
TÚNEL VELHO DUPLICADO
TÚNEL LEME – PRAIA VERMELHA - ATERRO
TÚNEL LAGOA BOTAFOGO
PARQUE DO FLAMENGO
PARQUE DO FLAMENGO
ALGUNS TÉCNICOS DO DURB - SURSAN
NEGRÃO DE LIMA E TÉCNICOS DA SURSAN