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NUNO AMARONUNO AMARO11 e Me MÁÁRIO TALAIARIO TALAIA1,21,2

A SEGURANA SEGURANÇÇA RODOVIA RODOVIÁÁRIARIAE OSE OS

ACIDENTESACIDENTES

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASO

1ISCIA – Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração, Aveiro2Departamento de Física, Universidade de Aveiro

A segurança rodoviária interessa a todos os cidadãos.

Todos têm um importante papel a desempenhar para tornar as estradas mais seguras. Não obstante a eficácia das acções já realizadas, na União Europeia o número de vítimas das estradas continua a ser demasiado elevado.

O comportamento dos condutores é, reconhecidamente, a primeira causa dos acidentes mortais, sendo a velocidade considerada como factor determinante.

Um acidente pode ser considerado um acontecimento fortuito ou eventual que altera a ordem das coisas, que involuntariamente pode originar danos às pessoas ou objectos, que se produz numa via aberta à circulação pública, que por causa do mesmo, uma ou várias pessoas resultem mortas ou feridas ou se produzam danos materiais e que esteja implicado pelo menos um veículo.O acidente rodoviário ocorre quando se verifica uma ruptura entre os diversos componentes do trânsito, ou seja entre o utente, o veículo e o ambiente.

A literatura da especialidade pode conduzir a três fases para a ocorrência de um acidente, a fase de percepção, a fase de decisão e a fase de conflito.

Neste trabalho aborda-se um Estudo de Caso de um acidente que envolve duas viaturas (uma deixa rasto rectilíneo).

O estudo mostra como a partir da localização da posição final das viaturas é possível avaliar a velocidade na fase de percepção. Construiu-se um algoritmo.Os resultados e os diagramas construídos valorizam contexto real para uma Educação Rodoviária.

Estudo de caso(simulação de valores)

Medida de rasto (distância desde o início da marca de travagem e a posição final do veículo): 56m

Coeficientes de atrito usados: 0,55 e 0,75

Tempo de reacção do condutor: 0,75s (o valor típico aceite oscila entre 0,4s e 2,0s)

Tempo de resposta do sistema de travagem: 0,3s (o valor típico aceite oscila entre 0,2s e 0,6s)

Distância de travagem antes de deixar marcas: 1m (o valor típico aceite oscila entre 1m e 4m)

0

25

50

75

100

125

150

175

0 30 60 90 120 150distância de travagem (m)

velo

cida

de in

icia

l (km

/h)

curva teórica: coef. atrito = 0,55 e veloc. final = 0km/hcurva teórica: coef. atrito = 0,75 e veloc. final = 0km/hdist. travagem = 56m; com coef. atrito = 0,55 e veloc. final = 0km/h implica veloc. inicial = 92,2km/hdist. travagem = 56m; com coef. atrito = 0,75 e veloc. final = 0km/h implica veloc. inicial =108,2km/h

0

3

5

8

10

0 30 60 90 120 150distância de travagem (m)

tem

po d

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mom

ento

que

o

cond

utor

obs

erva

o o

bstá

culo

e a

pos

ição

fin

al (s

)

curva teórica: coef. atrito = 0,55 e veloc. final = 0km/hcurva teórica: coef. atrito = 0,75 e veloc. final = 0km/hdist. travagem = 56m; com coef. atrito = 0,55 e veloc. final = 0km/h implica um tempo total = 5,65sdist. travagem = 56m; com coef. atrito = 0,75 e veloc. final = 0km/h implica um tempo total = 4,99s

0255075

100125150175200225

0 30 60 90 120 150distância de travagem (m)

dist

ânci

a pe

rcor

rida

desd

e o

mom

ento

que

o

cond

utor

obs

erva

o o

bstá

culo

e a

pos

ição

fina

l (m

)

curva teórica: coef. atrito = 0,55 e veloc. final = 0km/hcurva teórica: coef. atrito = 0,75 e veloc. final = 0km/hdist. travagem = 56m; com coef. atrito = 0,55 e veloc. final = 0km/h implica uma distância total = 83,77mdist. travagem = 56m; com coef. atrito = 0,75 e veloc. final = 0km/h implica uma distância total = 88,40m

O conjunto de diapositivos que se seguem mostram a

TEORIA DA EVOLUÇÃO DO ACIDENTE

usada neste trabalho

PPP PD

PC

PCLPF

PF

ÁREA DE MANOBRA

DESENROLAR DOS ACONTECIMENTOSDESENROLAR DOS ACONTECIMENTOS

POSIÇÃOFINAL

INVESTIGAÇÃOINVESTIGAÇÃO

PPR

ÁREA DE PERCEPÇÃO

O acidente, apesar da sua rapidez, não se produz de uma forma instantânea, mas antes sofre uma evolução que se desenvolve no TEMPO e no ESPAÇO

A divisão do espaço e do tempo do acidente em momentos e em pontos, configuram as diversas FASES e ZONAS do Acidente, resultando o seu conhecimento decisivas para a investigação (causas/circunstâncias/ apuramento de responsabilidade objectivas e subjectivas)

Veículo / Estrada / Cond. Atmosféricas / Perfil do Condutor (perfil psíquico, somático, experiência, etc)

Aquelas que intervêm directamente na produção do acidente: deficiente percepção, erro na manobra de evasão…

CAUSA PRINCIPAL OU EFICIENTE QUE ÉPOSSÍVEL MEDIR

D2

PPP/PPRPPP/PPR PFPFPDPD

V1

D1 D5D3 D4

V3V2 V4 V5

T1 T3T2 T4

T1 – Tempo reacção do condutor (0,4 / 2 s)

T2 – Tempo resp. sist. travagem (0,2 / 0,6 s) – 0,3 s

T3 – Tempo antes da marcação rasto travagem (C)

T4 – Tempo decorrido durante travagem com rasto

D1 – Calculada empiricamente no local

D2 – A calcular

D3 – A calcular

D4 – 1 / 4 metros – 1 m

D5 – devido a marcas de travagem (rasto)V1 – no PPR

V2 – no PD

V3 – No momento bloqueio das rodas sem deixar rasto

V4 – No início do rasto de travagem

V5 – velocidade nula na posição final do veículo imobilizado

Princípio da Conservação da Energia, com base nos rastos de travagem efectuados pelo veículo, visíveis no betuminoso

A Energia cinEnergia cinééticatica (Ec) (resultante do movimento do veículo) transforma-se em Energia de atritoEnergia de atrito (Eat) (resultante do atrito provocado pelo bloqueio das rodas)

Ec = Eat

2

21 vmEc •=

dgmEAt •••= μdgmVm •••=• μ2

21

V = velocidade (m/s);

μ = coeficiente de atrito;

g = aceleração da gravidade (m/s2);

d = distância dos rastos de travagem (m);

dgv •••= μ2

NUNO AMARONUNO AMARO11 e Me MÁÁRIO TALAIARIO TALAIA1,21,2

A SEGURANA SEGURANÇÇA RODOVIA RODOVIÁÁRIARIAE OSE OS

ACIDENTESACIDENTES

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASO

1ISCIA – Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração, Aveiro2Departamento de Física, Universidade de Aveiro