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A RUA COMO UNIDADE BÁSICA Ebnezer Howard – A cidade-jardim (1898) Procura assegurar áreas edificáveis através da propriedade coletiva da terra Os benefícios de infra-estrutura assim não valorizariam a especulação imobiliária Fundamenta-se no cooperativismo Divide a cidade em setores – residencial, industrial e agrícola Concepção de uma série de anéis concêntricos, com uma praça central livre como espaço coletivo cercada por um anel de edifícios oficiais mediado por uma grande avenida circular com boulevard.

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Page 1: A RUA COMO UNIDADE BÁSICA –Ebnezer Howard – A cidade-jardim (1898) Procura assegurar áreas edificáveis através da propriedade coletiva da terra Os benefícios

A RUA COMO UNIDADE BÁSICA

– Ebnezer Howard – A cidade-jardim (1898)• Procura assegurar áreas edificáveis através da propriedade coletiva da terra• Os benefícios de infra-estrutura assim não valorizariam a especulação imobiliária• Fundamenta-se no cooperativismo• Divide a cidade em setores – residencial, industrial e agrícola• Concepção de uma série de anéis concêntricos, com uma praça central livre como espaço

coletivo cercada por um anel de edifícios oficiais mediado por uma grande avenida circular com boulevard.

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UNIDADE 2A AFIRMAÇÃO DO MODERNISMO

• Cidade-jardim- Ebenezer Howard

Ebenezer Howard foi o criador das cidades-jardins, militante socialista, escreveu sua obra em 1889 : Tomorrow: A Peaceful Path to Social Reform ( Amanhã: um caminho pacífico para a reforma social), que foi editada em 1902 com o título: Garden Cities of Tomorrow (Cidades-jardins de amanhã). Em 1899, juntamente com amigos, cria a Garden City Association, e a partir de 1903 adquiriu seu primeiro terreno em Letchworth e contratou dois arquitetos Parker e Unwin para projetarem a cidade.“ Ele aspirava nada menos que a abolição dos males da Revolução Industrial, a eliminação dos cortiços e dos apinhados bairros industriais. Tudo deveria ser conquistado sem suscitar o antagonismo de qualquer grupo, nem mesmo dos proprietários. Esperava-se criar novas formas de riqueza pública por meio de uma completa inversão de valores, sem nem mesmo esperar que algum partido político solidário a tais princípios, estivesse no poder.” (GIEDION, 1995, pág. 805)Para Howard não havia apenas a vida no campo e na cidade, tinha uma terceira possibilidade, que era a união dos dois. Eram dois imãs principais: cidade x campo, cada um procurando atrair a população. De acordo com Choay, os dois imãs ofereciam para os moradores vantagens e desvantagens:“ (...) o Imã-Cidade, comparado com o Imã-Campo, oferece a vantagem dos altos salário, das oportunidades de emprego e das previsões tentadoras de progresso; mas essas vantagens são amplamente suplantadas pelos preços altos. A vida social que proporciona e seus locais de diversão são muito mais atraentes; as horas excessivas de trabalho durante o dia e a noite, as distâncias que separam do trabalho, e o “isolamento da multidão” tendem a reduzir muito o valor dessas boas coisas. As ruas bem iluminadas constituem um grande atrativo, especialmente no inverno (...). Há no campo belas paisagens senhoriais, bosques perfumados, ar fresco, murmúrio das águas. Os aluguéis, calculados por acre, são certamente baixos, mas esses alugueis baixos são a conseqüência natural dos baixos salários, e não uma fonte de conforto substancial, ao passo que as longas horas e a falta de diversão fazem com que a luz do sol e o ar puro não consigam mais alegrar os corações. A única industria, que é a agricultura, sofre freqüentemente com as chuvas excessivas, a que se acrescenta, nas épocas da seca, também, a escassez de água, até para beber.” CHOAY, 1979, pág. 220).Propõe assim, um terceiro imã, o Imã cidade-campo, tentando unir as vantagens de cada lado.

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UNIDADE 2A AFIRMAÇÃO DO MODERNISMO

Cidade-jardim- Ebenezer Howard

• Foi adquirida uma propriedade de 2400 hectares, mediante empréstimo, por um preço de 2.500,00 francos o hectare, que foi outorgada em nome de quatro homens, que fizeram um depósito a título de garantia, primeiro para os credores e depois para população da cidade-jardim, neste terreno então, seria construída a cidade, no centro dessa área e com 1130 metros de raio. Os alugueis seriam pagos à administração e o lucro iria para o Conselho Central para ser gasto em obras públicas.“A essência do plano era que a comunidade controlasse a terra e que todos os lucros provenientes do aumento do seu valor pudessem reverter para a comunidade, a fim de desencorajar qualquer tipo de especulação.” ( GIEDION, 2004, pág. 805)Howard estabelece uma população de 30.000 pessoas na cidade e 2.000 na área agrícola. Quando uma cidade atingisse a sua capacidade de suporte, novas cidades deveriam ser formadas em torno de uma cidade central de 58.000 habitantes, formando um conjunto de cidades interligadas por meio de ferrovias e rodovias. Os habitantes poderiam chegar na outra cidade em poucos minutos através de um transporte rápido, assim vão surgindo as cidades em volta da principal, o transporte feito pela estrada de ferro, com linha intermunicipal possui 32 quilômetros de extensão, a cidade vizinha mais afastada poderia ter apenas 16 quilômetros de distância, que dariam 12 minutos. Tem também um sistema de estrada de ferro que põe cada cidade do círculo exterior em comunicação com a central.A cidade era dividida em seis bulevares, com 36 metros de largura, dividindo a cidade em seis partes, no centro tem um espaço de dois hectares para o jardim, onde fica em volta, os edifícios públicos, cada um em um terreno e espaçados, com a câmara, sala de concerto e leitura, teatro, biblioteca, museu, galeria de arte etc.. O restante do espaço forma o Palácio de Cristal, formando um parque público com 58 hectares, com pátio de recreação. Em volta do Parque Central possui uma arcada de vidro que se abre para o parque, o Palácio de Cristal serve como abrigo para dias chuvosos, venda de produtos, jardim de inverno e um conjunto de exposição permanente, ele é de fácil acesso, fazendo com que as pessoas percorram no máximo 550 metros até chegar nele.

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A RUA COMO UNIDADE BÁSICA

LETCHWORTH

EBNEZER HOWARD

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UNIDADE 2A AFIRMAÇÃO DO MODERNISMO

Cidade-jardim- Ebenezer Howard

• “ A cidade-jardim é a única proprietária do terreno e pode dar a um locatário, por exemplo um comerciante privado ou uma sociedade de panos ou artigo de fantasias, um certo espaço dentro da Grande Arcada (Palácio de Cristal), mediante um aluguel contributivo anual determinado (...) Enquanto você satisfizer o público, nenhuma parte do espaço reservado à recreação será alugada a ninguém que se dedique ao mesmo negócio que você. Devemos, entretanto, evitar o monopólio. Se o publico tiver queixas de seu serviço e quiser que a arma representada pela concorrência seja empregada contra você, alugaremos debaixo da Arcada, se isto for requerido por um certo numero de habitantes, o espaço necessário para o estabelecimento de algum comerciante desejoso de abrir um negócio concorrente.” (CHOAY, 1979, pág. 225)A maioria das casas são construídas na forma de anéis concêntricos, com a frente para as avenidas ou ao longo dos bulevares e das vias que convergem para o centro. São 5.500 terrenos, com 6,5 por 44 metros ou 6,5 por 33 metros, algumas com jardins comunitários e cozinhas cooperativas. As ruas são arborizadas, com uma avenida central, “ grande avenida”, com 125 metros de largura, formando um cinturão verde com mais de 5 quilômetros dividido em duas coroas a parte da cidade que estende para fora do Parque Central formando um parque adicional de 50 hectares, na avenida, são seis áreas com uma com um hectare e meio, para escolas públicas, quadras de jogos, jardins, igrejas etc..“ Os serviços seriam fornecidos pela municipalidade, ou pela iniciativa privada desde que comprovadamente mais eficiente. Outros seriam prestados pelas próprias pessoas, numa serie do que Howard chamou de experimentos promunicipais. Particularizando: as pessoas construiriam suas próprias casas com capital fornecido por sociedades construtoras, associações de ajuda mutua, cooperativas ou sindicatos.” ( HALL, 1195, pág. 111)No anel exterior localizam as manufaturas, lojas, mercados, depósito de carvão, de madeira etc.., ao redor da cidade possui uma estrada circular que se comunica com a grande linha de ferro, facilitando que as mercadorias saiam diretamente da loja para serem expedidas e vice-versa, gerando economia no consumo de embalagens, transporte e reduzindo a perda por avarias e quebras e também diminuindo o tráfico pelas ruas, e por conseqüência diminuindo os gastos na manutenção dessas ruas. As máquinas industriais utilizam a energia elétrica para funcionarem e os resíduos da cidade são utilizados na região agrícola.

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A RUA COMO UNIDADE BÁSICA

• A cidade Industrial (1901-1904)

Tony Garnier – vencedor do prêmio com uma proposta que procura reunir os principais aspectos colocados até então, acerca da reforma das cidades. Propõe uma cidade de 35.000 habitantes com funções urbanas separadas (habitação, trabalho, lazer ...). Adota um partido longitudinal com o eixo das quadras leste/oeste (30 x 50 m) perpendicular à rua principal. Incorpora os novos materiais construtivos, em especial o concreto armado, bem como as novas tecnologias, o avião, o automóvel, o metrô, o trem. Destaca o jardim como elemento constitutivo do espaço separando os edifícios. Edifícios de plantas abertas e a coletivização dos espaços da cidade com a supressão dos limites privativos. Recusa da rua corredor.

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Cidade-industrial Tony Garnier

• O plano da cidade industrial feita por Tony Garnier foi terminado em 1901, antes da Carta de Atenas, que foi o primeiro manifesto do urbanismo progressista, criado pelos membros da CIAM ( Congresso Internacional de Arquitetura Moderna) colocara o urbanismo como primeiro plano de preocupações. No projeto da cidade há uma separação de funções: trabalho, habitação, lazer e saúde.“Garnier havia dado um grande passo adiante ao tratar toda uma cidade sem se perder numa infinidade de detalhes, como muitos de seus contemporâneos. Seus projetos para casas, escolas, estações ferroviárias e hospitais também representaram um grande avanço. ( GIEDION, 2004, pág. 810)“ Uma cidade industrial tem como princípios diretores a análise e a separação das funções urbanas, a exaltação dos espaços verdes que desempenham o papel de elementos isoladores, a utilização sistemática dos materiais novos, em particular do concreto armado.” (CHOAY, 1979, pág. 163)Em 1907, o prefeito de Lyon, nomeou Tony Garnier como arquiteto chefe da cidade.O plano da cidade-industrial, era em um terreno que ao mesmo tempo era na zona montanhosa e uma planície, por ele atravessava um rio. Essa região estava localizada na parte sudoeste da França, o ponto de partida é a força que é a torrente, o leito dela está represado, numa usina que distribui a energia para a cidade.“ A razão determinante do estabelecimento de uma tal cidade pode ser a presença próxima de matérias-primas, ou a existência de uma força natural suscetível de ser utilizada para o trabalho, ou ainda a comodidade dos meios de transporte.” (CHOAY, 1979, pág. 164)

• A principal fábrica está localizada na planície, na confluência da torrente e do rio. Uma estrada de ferro passa entre a fábrica e a cidade, que está em um planalto, e ainda mais acima estão os estabelecimentos sanitários.“ Cada um desses elementos principais (fábrica, cidade e estabelecimentos para enfermos) está isolado de modo que se possa dispor de superfície livre em caso de necessidade, o que permitiu que continuássemos com o estudo até um ponto de vista mais geral.” ( CHOAY, 1979, pág. 165)

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UNIDADE 2A AFIRMAÇÃO DO MODERNISMO

Cidade-industrial Tony Garnier

Nas residências, os dormitórios deveriam ter pelo menos uma janela grande, orientada para o sul, para entrada dos raios solares, os pátios, sem iluminação e ventilação natural, são proibidos, as paredes internas das casas e o chão são de materiais lisos e formam ângulos arredondados.

• Os terrenos para a construção das casas nas quadras residenciais, são inicialmente divididos em 150 metros no sentido leste-oeste e de 30 metros no sentido norte-sul, dividindo em lotes de 15 por 15 metros, sempre com um lado voltado para a rua, podendo cada habitação ocupar quantos lotes forem necessários, contando que a superfície construída não ultrapasse a metade da superfície total do terreno, com o restante é feito um jardim público que será utilizado pelos pedestres.“... queremos dizer que cada construção deve deixar, na parte não construída de seu lote, uma passagem livre que vai da rua à construção situada atrás. Essa disposição permite que se atravesse a cidade em qualquer sentido, sem ser preciso passar pelas ruas; o solo da cidade, visto que em conjunto, é como um grande parque, sem nenhum muro divisório limitando os terrenos” (CHOAY, 1979, pág. 165)No centro da cidade há um amplo espaço para os estabelecimentos públicos, que formam três grupos, I, II e III, que são respectivamente, um de serviços administrativos e sala de assembléia, outro de coleções e um terceiro de estabelecimentos esportivos e espetáculos, os grupo II e III ficam em um parque limitado ao norte pela rua principal e o grupo I ao sul, limitado por um terraço ajardinado. O grupo I é formado por salas para ouvir o que ocorre nas seções parlamentares, para conferências, reuniões para sindicatos e grupos diversos. Todas estas salas têm acesso através de um grande pórtico que forma uma galeria coberta, no centro da cidade, onde se pode circular dentro e serve de abrigo para os dias de chuva, ao sul do pórtico tem uma torre com um relógio, que é visível pela cidade toda, indicando o ponto central da cidade, para os setores administrativos, como cartório, tribunal de justiça, escritórios, laboratórios de análises, arquivos administrativos, serviços de organização do trabalho, hotéis, restaurantes, etc, são distribuídos em prédios e mais ao sul, na rua principal fica o correio, telégrafos e telefones. O grupo II corresponde às coleções históricas: arqueológica, artísticas, industrial o comercial. O grupo III possui a sala de espetáculo, apresentação ao ar livre, ginásios, casa de banhos, quadras, pistas.

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Cidade-industrial Tony Garnier

• As escolas primárias ficam espalhadas pelos bairros, na extremidade nordeste ficam as escolas secundarias, com cursos de administração e comercio, para jovens de 14 a 20 anos, possuem também as escolas profissionais artísticas, com arquitetura, pintura, roupa, ferro fundido etc. e as profissionais industriais, com cursos de industria metalúrgica e preparação de seda.Os estabelecimentos sanitários, como hospital, setor helioterápico, setor de doenças contagiosas, inválidos, ficam situados na montanha, ao norte, protegidos dos ventos frios.O bairro para a estação é reservado para habitações comunitárias como hotéis, grandes lojas, na praça em frente tem um mercado ao ar livre. Ela fica no cruzamento de grandes avenidas que vem da cidade com as ruas que levam à cidade velha, a fábrica fica à oeste e o comercio ao leste. Conta com serviço público ao nível da rua, e as linhas de trem ficam no subsolo, também possui uma grande torre com relógio. A estrada de ferro de longo percurso deve ser completamente reta, para os trem poderem atingir altas velocidades.A administração cuida dos serviços de esgoto, lixo, água, fornecimento de energia, matadouros, serviços de fabricação de farinha e pão, armazéns de produtos farmacêuticos e lácteos.

• A fábrica principal é uma metalúrgica, possui minas localizadas aos arredores que fornecem a matéria prima. A energia é fornecida pela torrente. A fábrica produz canos de ferro, chapa de ferro, rodas, montagem de vigamentos metálicos, fabrica o material para estrada de ferro, automóveis e aviões. As grandes avenidas arborizadas passam pelas diferentes regiões da fábrica. Sendo que cada região é disposta de tal forma que pode crescer independentemente e sem atrapalhar as outras divisões.

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• Cidade-industrial Tony Garnier

“ A proposta de Garnier previa claramente a separação das diferentes funções da cidade: trabalho, habitação, tráfego e recreação. Garnier alocava cada uma dessas funções num espaço próprio, de modo que uma futura expansão de qualquer uma delas não implicasse a alteração das outras. Seus longos blocos residenciais, com suas áreas verdes, eram planejados de modo a formar unidades de vizinhança, com suas próprias escolas e todos os equipamentos necessários. Os projetos para cada edifício, que compreendem todos os detalhes construtivos e estudos para disposição de moveis, com freqüência antecipam futuros desenvolvimentos de maneira surpreendente. O principal material de Garnier, o concreto armado, era empregado para resolver as novas soluções para suas escolas, estações ferroviárias, sanatórios e residências.” (GIEDION, 2004, pág. 816)Atribui à cidade um limite de cerca de 35000 habitantes,“(...)a dimensão do assentamento é fixado em 35.000 habitantes, mas Garnier, ao contrário de Howard, não insiste sobre o limite populacional de sua cidade, e considera possível a sua gradual e planejada expansão.” (SICA, 1982, pág. 58)Parte do projeto foi posteriormente realizado em Lyon, onde construiu hospitais, estábulos, estádios e um bairro residencial.

Principais diferenças e semelhanças entre Cidade-industrial de Tony Garnier e a Cidade-Jardim de Ebenezer Howard

As diferenças, já se iniciam, por uma se tratar de uma linha de urbanismo progressista, como a Cidade-Industrial de Garnier, e a outra do urbanismo culturalista, como a Cidade-Jardim, de Ebenezer Howard.Como já foi dito anteriormente, Françoise Choay , define o urbanismo progressista como, a idéia da modernidade, ruptura total da história, estruturas técnicas e estéticas, emprego de novos materiais, necessidades humanas eram habitar-se, trabalhar, locomover-se, cultivar o corpo e o espírito, importância da saúde e higiene, abolição da rua, construções elevadas, cada função deve ocupar uma área especializada, uso da geometria

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• Cidade-industrial Tony Garnier

ANTIGO MATADOURO EM LYON UM DOS POUCOS EDIFÍCIOS DA CIDADE INDUSTRIAL CONSTRUÍDOS

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• Cidade-industrial Tony Garnier

ANTIGO MATADOURO, ATUALMENTE CENTRO DE EVENTOS EM LYON

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• Cidade-industrial Tony Garnier

ANTIGO MATADOURO, ATUALMENTE CENTRO DE EVENTOS EM LYON

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A RUA COMO UNIDADE BÁSICA

• Viena – Camile Sitte – Retorno ao medievo (1859)

• O organicismo medieval é visto como meio para humanizar a cidade contemporânea• Foi o autor do estudo urbanístico:Construção das Cidades Segundo seus Princípios

Artísticos onde, através de uma análise das cidades na história, Sitte propõe reavaliar a cidade através de seus espaços existentes, principalmente suas praças.

• Não formula porém qualquer proposta concreta de intervenção, situa sua obra mais na adaptação que na renovação.

– Otto Wagner – Fé na industrialização – concorre com as suas idéias a das cidades-jardim• Em 1883, recebe um dos dois primeiros prêmios do concurso para o novo “plano geral

regulador” fixando uma escala para a cidade.• Adota a propriedade estatal para a terra como em Amsterdã• Propõe condições variadas para abranger diversas classes sociais• Antecipa-se à Carta de Atenas (1933) – CIAM• Propõe crescimento limitado com controle da especulação imobiliária