caminho ao lar - linda howard

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  • 7/17/2019 Caminho Ao Lar - Linda Howard

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    CAMINHO AO LAR

    Linda Howard

    PrefacioO comeo.

    Saxon Malone no a olhou quando disse. "Isto no funcionar.Pode ser minha secretria ou minha querida, mas no pode serambas. Escolhe."

    Anna Sharp se deteve, seus geis dedos equilibrados em animaosuspensa sobre a pilha de papis que tinha estado ordenando embusca do contrato que lhe tinha pedido. Sua petio tinha chegadocomo cansado do cu, e ela sentiu como se o flego lhe tivesse sidoeliminado de um golpe. Escolhe, havia dito ele. Era um ou o outro.Saxon sempre dizia exatamente o que queria dizer e respaldava oque dizia.

    Em um brilho de claridade ela viu precisamente como seria,dependendo de que resposta lhe desse. Se elegia ser suasecretria, ele nunca mais faria alguma movimento para ela quepudesse ser interpretada como pessoal. Conhecia bem ao Saxon,

    conhecia sua vontade de ferro e quo completamente podia dividirsua vida. Sua vida pessoal nunca se mesclava com os negcios, ou

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    vice versa. Se elegia ser seu amante -no, sua querida- eleesperaria mant-la completamente, igual aos velhos ricos o tinhamfeito tradicionalmente atravs dos sculos, e em retribuio elaestaria sexualmente disponvel para lhe dar total fidelidadeenquanto no lhe prometia nada em troca, nem fidelidade nem umfuturo.

    O sentido comum e o amor prprio demandavam que escolhesse aposio vertical de secretria em oposio da posio horizontal dequerida, ainda assim duvidava. Tinha sido a secretria do Saxon por

    um ano, e o tinha amado durante a maioria desse tempo. Se elegiaseu trabalho, nunca lhe permitiria aproximar-se mais a ele do queestava agora. Como sua querida, ao menos teria a liberdade deexpressar seu amor a seu prprio modo e as horas passadas emseus braos como um talism contra um futuro sem ele, o queeventualmente teria que enfrentar. Saxon no era um homem quepermanecesse, um com o que uma mulher pudesse planejar uma vida.

    Ele no tolerava nenhum lao.

    Ela disse, sua voz baixa, "Se escolho ser sua querida, ento que?"

    O finalmente levantou a vista, e seus escuros olhos verdes erampenetrantes. "Ento procurarei uma nova secretria," dissecategoricamente. "E no espere que alguma vez te ofereamatrimnio, porque no o farei. Sob nenhuma circunstncia."

    Ela respirou fundo. No o poderia ter famoso mais claro que isso.O incontrolado fogo da atrao fsica que os tinha consumido anoite anterior nunca se converteria em nada mais forte, ao menosno para ele. Ele no o permitiria.

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    perguntou-se como podia permanecer to imperturbvel depoisdas horas de fazer ferozmente o amor que tinham compartilhadosobre o mesmo tapete debaixo de seus ps. Se tivesse sido umencontro apressado, possivelmente teriam sido capazes de ignor-locomo uma aberrao, mas o fato era que tinham feito o amor uma eoutra vez com um prolongado frenesi, e no tinha sentido fingiroutra coisa. Seu escritrio estava impregnado de lembranassexuais; ele a tinha tomado sobre o piso, sobre o sof, sobre oescritrio que agora estava talher com contratos e propostas; attinham feito o amor em seu quarto de banho. Ele no tinha sido um

    amante suave; tinha sido demandante, feroz, quase fora decontrole, mas generoso na forma em que se assegurou de que elatinha estado to satisfeita como ele durante cada encontro. Opensamento de nunca mais conhecer esse grau de paixo fez queseu corao se retorcesse dolorosamente.

    Ela tinha vinte e sete anos e jamais tinha amado antes como uma

    adolescente, nunca tinha tido os usuais tipos de amores ou estadode noiva. Se deixava escapar esta oportunidade podia nunca teroutra , e certamente nunca outra com o Saxon.

    Assim, em plena posse de suas faculdades, deu o passo que a fariaa mantida do Saxon Malone. "Escolho ser sua querida," dissebrandamente. "Com uma condio."

    Houve uma ardente labareda em seus profundos olhos que seesfriou igual de rapidamente ante suas ltimas palavras. "Semcondies."

    "Tem que haver uma," insistiu ela. "No sou o bastante ingnua

    para pensar que esta relao..."

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    "No uma relao. um acerto."

    "... este acerto durar para sempre. Quero ter a segurana de memanter a mim mesma, ganhar meu prprio dinheiro, para no meencontrar de repente sem um lugar onde viver ou os meios paraganhar a vida"

    "Eu te manterei, e me acredite, ganhar cada centavo," disse ele,seus olhos movendo-se para baixo sobre seu corpo em uma formaque a fazia sentir repentinamente nua, sua carne muito quente e

    muito tensa. "Farei-te uma carteira de aes, mas no quero quetrabalhe, e isso definitivo."

    Ela odiava que ele pusesse sua relao -porque era uma relao,apesar de sua insistncia ao contrrio- em bases to mercenrias,mas sabia que eram as nicas bases com as que estaria de acordo.Ela, por outro lado, tomaria em qualquer base que ele desejasse.

    "Muito bem," disse, automaticamente procurando as palavras queele aceitaria e entenderia, palavras que careciam de qualquer pingode emoo. " um trato."

    O ficou olhando em silencio durante um comprido minuto, seurosto to inexpressivo como sempre. Solo o calor em seus olhos otraa. Ento se elevou deliberadamente sobre seus ps e caminhoupara a porta, a qual fechou com chave, inclusive embora j tinhapassado a hora de sada e estavam sozinhos. Quando se voltounovamente para ela, Ana pde ver claramente sua excitao, e seucorpo inteiro se esticou em resposta. Sua respirao j se estavavoltando rpida e superficial enquanto ele a alcanava.

    "Ento pode igualmente comear agora," disse, e a atraiu para ele.

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    Captulo 1

    Dois anos depois

    Anna ouviu sua chave na porta e se sentou direita no sof, seucorao repentinamente pulsando mais rpido. O estava de voltaum dia antes do que lhe havia dito, e obvio no tinha chamado;nunca a chamava quando estava fora em uma viagem, porque issoseria muito como reconhecer uma relao, precisamente quando eleinsistia, inclusive depois de dois anos, em manter domiclios

    separados. Ele ainda tinha que ir-se a casa cada manh para trocar-se de roupa antes de ir trabalhar.

    Ela no saltou para correr a seus braos; isso, tambm, era algoque o faria sentir incmodo. Para este tempo, conhecia homem queamava muito bem. Ele no podia aceitar nada que se assemelhasseao carinho, apesar de que ela no sabia por que. Era muito

    cuidadoso em nunca dar a aparncia de apressar-se a v-la; nunca achamava com um nome carinhoso, nunca lhe brindava nenhumafugaz, casual carcia, nunca lhe sussurrava palavras de amor inclusodurante o mas intenso ato de amor. O que lhe dizia na cama eramsempre palavras de necessidade sexual e excitao, sua voz guturalcom tenso, mas nunca era um sensual, entregue amante. Ela amavafazer o amor com ele, no s pela satisfao que sempre lhebrindava, mas sim porque sob a aparncia de desejo fsico era capazde lhe dar todo o amor que ele no podia aceitar fora da cama.

    Quando estavam fazendo o amor ela tinha uma razo para toc-lo,beij-lo, sustent-lo perto, e durante aqueles momentos ele nopunha restrio a suas prprias carcias. Durante as largas, escuras

    noites ele era insacivel, no s por sexo mas sim pela cercaniadela; ela dormia cada noite em seus braos, e se por alguma razo

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    musculoso peito, e seu corpo comeou a acelerar-se naquelaconhecida forma.

    "Foi bem a viagem?" perguntou-lhe. Os negcios eram sempre umtema seguro.

    "Sim. Carlucci se estendeu muito, tal como disse." Ele terminou ogole com uma rpida sacudida de sua boneca, logo colocou o copo aum lado e ps suas mos sobre sua cintura. Anna inclinou suacabea para trs, com surpresa em seus olhos. O que estava

    fazendo? Sempre seguia um patro quando retornava de umaviagem: tomaria banho enquanto ela preparava uma comida ligeira;comeriam; ele leria o peridico, ou falariam sobre sua viagem; efinalmente iriam cama. Solo ento desataria sua sensualidade, efariam o amor durante horas. Fazia isso durante dois anos, entopor que estava rompendo seu prprio patro alcanando-a quaselogo que transps a porta?

    No podia ler a expresso em seus olhos verdes; estavam muitoentrecerrados, mas reluzindo extraamente. Seus dedos picavamem sua cintura.

    "Algo vai mau?" perguntou ela, ansiedade arrastando-se em seutom.

    Ele emitiu uma dura, tensa risada. "No, nada vai mau. Foi umaviagem endiabrada, isso tudo." Inclusive enquanto falava, estava-se movendo para o dormitrio. Uma vez ali, ele a voltou e comeoua despi-la, atirando de suas roupas com impacincia. Ela ficou de psumisamente, seu olhar travado em seu rosto. Era sua imaginao,

    ou um pequeno tremor de alvio cruzou seu rosto quando por fim elaesteve nua e a atraiu para ele? Envolveu seus braos estreitamente

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    ao redor dela, quase espremendo-a. Os botes de sua camisa secravavam em seus peitos, e se retorceu um pouco, a docilidadedando lugar a uma crescente excitao. Sua resposta a ele sempreera forte e imediata, elevando-se para encontrar a dele.

    Atirou de sua camisa. "No crie que estaria melhor sem isto?"sussurrou. "E isto?" Ela deslizou suas mos entre eles e comeou adesabotoar seu cinturo.

    Ele estava respirando com mais dificuldade, o calor de seu corpo

    queimando-a inclusive atravs de sua roupa. Em lugar deretroceder para que ela pudesse despi-lo, ele apertou seus braos aseu redor e a elevou sobre seus ps, logo a carregou at a cama.deixou-se cair para trs, com ela ainda em seus braos, logo rodoupara que ela estivesse debaixo dele. Ela emitiu um premente somem sua garganta quando ele uso suas musculosas coxas para separarsuas pernas, e seus quadris se colocaram na fenda que logo tinha

    feito.

    "Anna." Seu nome foi um gemido que vinha do profundo de seupeito. Apanhou seu rosto entre suas mos e amassou sua bocacontra a dela, depois baixou entre seus corpos para abrir suascalas. Ele estava frentico, e ela no sabia por que, mas sentia suadesesperada necessidade dela e se manteve imvel para ele. Eleentrou nela com uma poderosa quebra de onda que a fez arquear-sefora da cama. No estava preparada, e sua entrada foi dolorosa,mas empurrou seus dedos entre seu cabelo e agarrou sua cabea,tratando de lhe dar todo o consolo que pudesse, apesar de que nosabia o que estava mau.

    Uma vez que esteve dentro, entretanto, o desespero sedesvaneceu de seus olhos e ela sentiu a tenso de seus msculos

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    apaziguar-se. afundou-se contra ela com um mudo gemido deprazer, seu pesado corpo esmagando-a dentro da cama. depois deum momento se escorou sobre seus cotovelos. "Sinto muito,"sussurrou. "No queria te machucar."

    Lhe dirigiu um suave sorriso e lhe alisou o cabelo. "O se,"replicou, aplicando presso a sua cabea para obrig-lo a baix-ladentro do alcance de um beijo. Seu corpo se acostumou a ele, e ador de sua arruda entrada tinha desaparecido, deixando somente oquase incandescente alvoroo de fazer o amor com ele. Nunca o

    havia dito em voz alta, mas seu corpo o dizia, e sempre fazia eco emsua mente: Amo-te. Disse as palavras em seu interior outra vezquando ele comeou a mover-se, e se perguntou se seria por ltimavez.

    Mais tarde, despertou de um ligeiro adormecimento para ouvir aducha correndo. Sabia que deveria levantar-se e comear as

    preparaes para a comida, mas estava apanhada em uma estranhainrcia. No podia preocupar-se com a comida quando o resto desua vida dependia do que acontecesse entre eles agora. No podiaadi-lo mais tempo.

    Possivelmente esta noite no seria a ltima vez. Possivelmente.Milagres tinham acontecido antes.

    Podia ter esperanas de que ocorresse um milagre, mas estavapreparada para uma realidade menos perfeita. estaria-se mudandodeste elegante, cmodo departamento que Saxon havia provido paraela. Suas prximas habitaes no seriam de cores combinadas,mas e o que? Tapetes fazendo jogo e cortinas no importavam.

    Saxon importava, mas no poderia o ter. Solo esperava ser capazde evitar chorar e suplicar; ele odiaria esse tipo de cena.

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    Estar sem ele ia ser a coisa mais difcil que tinha enfrentado.

    Amava-o inclusive mais agora do que o tinha feito dois anos antes,quando tinha acordado ser sua querida. Sempre lhe oprimia ocorao a forma em que ele faria um pouco considerado, logo sairiade seu caminho para faz-lo parecer como simplesmente um gestocasual que tinha surto por si mesmo, que ele no se tomou nenhumamolstia para fazer algo por ela. E estava a preocupao que tinhamostrado pelos pequenos resfriados, calada-a forma em queconstantemente tinha construdo uma impressionante carteira de

    aes a seu nome para que estivesse financeiramente segura, e aforma em que sempre elogiava algo que ela cozinhasse.

    Nunca tinha visto ningum que precisasse ser amado mais queSaxon, nem ningum que rechaasse qualquer signo de amor comtanta ferocidade.

    Ele era quase fanticamente controlado -e ela adorava quando seucontrole se fazia pedaos quando faziam o amor, apesar de quenunca antes tinha estado to frentico, to necessitado, como otinha estado esta noite. Solo quando estavam fazendo o amor elavia o real Saxon, a crua paixo que mantinha oculta o resto dotempo. Valorava todas suas expresses, mas sua mais valoradaimagem era a forma em que ele luzia quando faziam o amor, seunegro cabelo mido de suor, seus olhos ferozes e brilhantes, todareserva consumida em chamas enquanto suas investidas seincrementavam tanto em profundidade como em velocidade.

    No tinha fotografias dele. Teria que manter aquelas imagensmentais bem definidas e polidas, para poder as tirar e as examinar

    quando a solido se voltasse muito intensa. Mais tarde, comparariaminuciosamente seu amado rosto com outro que era igualmente

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    prezado, e procuraria as semelhanas que ao mesmo tempo aconsolariam e a atormentariam.

    Deslizou suas mos sobre seu estmago, o qual ainda estava planoe ainda no revelava nada da criatura crescendo em seu interior.

    Tinha tido poucos sintomas para assinalar seu embarao, apesarde que j quase levava quatro meses. Este ltimo perodo era oprimeiro que se saltou completamente; o primeiro depois daconcepo tinha sido ligeiro, e o segundo um pouco mais que

    espessas salpicaduras. Tinham sido as salpicaduras o que a tinhamenviado ao mdico para um exame preventivo, que tinha reveladoque estava em boa condio fsica e sem dvida alguma grvida.No tinha estado indisposta pelas manhs, solo umas isoladastemporadas de nauseia que no tinham tido significado exceto emretrospectiva. Seus peitos se estavam voltando agora um poucomais tenros, e tinha comeado a tomar sestas, mas alm disso se

    sentia como antes. A maior diferencia estava nas quaseentristecedoras emoes que sentia por este beb, o beb doSaxon: delicioso alvoroo ante sua presena dentro dela; ferozsentimento de amparo; um poderoso sentimento de posse fsica;impacincia por sustent-lo realmente em seus braos; e um quaseintolervel sentimento de perda, porque estava aterrorizada de queperderia ao pai enquanto ganhava no filho.

    Saxon tinha deixado claro desde o comeo que no aceitariacadeias, e um filho no era meramente uma cadeia, era um cadeiainquebrvel. Ele o encontraria intolervel. Solo o conhecimento deseu embarao seria suficiente para afugent-lo.

    Tinha tratado de resentirlo, mas no podia. colocou-se nisto comos olhos abertos; Saxon nunca tinha tratado de lhe esconder nada,

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    nunca lhe tinha feito promessas, de fato nunca se saiu de seucaminho para assegurar-se de que ela sabia que nunca lheofereceria nada mais que uma relao fsica. No tinha feito nadamais do que lhe havia dito que faria. No era sua culpa que seuanticoncepcional tivesse falhado, nem era sua culpa que perd-loromperia seu corao.

    A ducha tinha deixado de correr. depois de um minuto elecaminhou nu dentro do dormitrio, esfregando uma toalha sobreseu cabelo molhado. Um pequeno cenho empurrou suas

    sobrancelhas para baixo quando viu que ela estava ainda na cama;enrolou a toalha ao redor de seu pescoo e se aproximou parasentar-se a seu lado sobre a cama, deslizando sua mo debaixo dolenol em busca de seu quente, flexvel corpo. Sua mo se colocousobre seu estmago. "Est bem?" perguntou-lhe com inquietao."Est segura de que no te machuquei?"

    Ela ps uma mo sobre a sua. "Estou bem." Mais que bem,jazendo ali com sua mo descansando sobre a criatura que lhe tinhadado.

    Ele bocejou, logo se encolheu de ombros para afrouxar osmsculos de seus ombros. No havia signo agora de sua anteriortenso; sua expresso era relaxada, seus olhos preguiosos comsatisfao. "Estou faminto. Quer comer aqui ou sair para jantar?"

    "Comamos aqui." No queria passar sua ltima noite juntos emmeio de um atestado restaurante.

    Quando ele comeou a levantar-se, ela apertou sua mo sobre a

    sua, mantendo-o em seu lugar. O lhe dirigiu um olhar de indulgentesurpresa. Ela respirou fundo, sabendo que tinha que terminar isto

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    agora antes de que perdesse seu arrojo, no obstante quando aspalavras saram no eram as que ela tinha planejado. "Estive-meperguntando... o que faria se acontecesse que ficasse grvida?"

    Como uma persiana fechando-se, seu rosto perdeu toda expressoe seus olhos se congelaram. Sua voz era muito profunda edeliberada quando disse, "Disse-lhe isso ao princpio, no me casareicontigo, sob nenhuma circunstncia, assim no tente ficar grvidapara me obrigar a pedir sua mo. Se est procurando matrimnio,eu no sou o homem, e possivelmente devamos dissolver nosso

    acerto."A tenso estava de volta, cada linha de seu grande corpo tirante

    quando se sentou a um lado da cama e esperou por sua resposta,mas ela no pde ver signos de preocupao em seu rosto. Ele jtinha tomado sua deciso, e agora estava esperando para ouvir adela. Havia um peso to forte oprimindo seu peito que logo que

    podia suport-lo, mas sua resposta no tinha sido mais que o que elatinha esperado.

    Mas descobriu que no podia dizer as palavras que o fariamlevantar-se, vestir-se e sair andando. No agora mesmo. Namanh. Queria ter esta ltima noite com ele, manter-se perto emseus braos. Queria lhe dizer que o amava sozinho uma vez mais, nanica forma que ele o permitiria.

    Captulo 2

    Saxon despertou cedo a manh seguinte e jazeu na dbil luz doamanhecer, incapaz de voltar a dormir a causa do eco de tensodeixado atrs pela pergunta que Anna lhe tinha feito a noite

    anterior. Por uns momentos de pesadelo tinha visto sua vida inteiragirar a seu redor, at que Anna lhe tinha brindado seu sereno

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    sorriso e dito brandamente, "No, nunca tentaria te obrigar a tecasar comigo. Era sozinho uma pergunta."

    Ela estava ainda dormindo, sua cabea descansando sobre seuombro esquerdo, seu brao esquerdo estava envolto ao redor dela,sua mo direita descansando sobre seu quadril. Do mesmo princpiono tinha sido capaz de dormir a menos que ela estivesse pertodele. Tinha dormido sozinho toda sua vida adulta, mas quando Annase converteu em sua querida abruptamente tinha descoberto, parasua surpresa, que dormir sozinho era quase impossvel.

    estava-se pondo pior. As viagens de negcios nunca lhe tinhamimportado antes; havia, de fato, prosperado com eles, masultimamente o tinham estado irritando a morte. Esta ltima viagemtinha sido ainda pior. As demoras, interferncias e molstias notinham sido nada fora do ordinrio, mas o que uma vez tinha dadopor feito agora o exasperava quase insoportablemente. Um vo

    tardio podia pr feito uma fria; um desenho extraviado quase erasuficiente para se despedir de algum; uma pea de instrumentalrota o tinha jurando grosseiramente; e se por acaso fora pouco, notinha sido capaz de dormir. Os rudos do hotel e a camadesconhecida tinham sido particularmente molestos, apesar de queprovavelmente no os teria notado no absoluto se Anna tivesseestado ali com ele. Aquela s admisso tinha sido suficiente parafaz-lo prorromper em suor, mas agregado a isto estava umaatormentadora necessidade de voltar para casa a Denver, a Anna.No foi at que a tinha tido debaixo dele na cama, at que haviasentido a suave calidez de seu corpo envolvendo-o, que havia porfim sido capaz de relaxar-se.

    Tinha caminhado atravs da porta do departamento e o desejo otinha golpeado como uma porrada, baixo e forte. Anna tinha

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    levantado o olhar com seu acostumada sorriso, seus escuros olhosto calmos e serenos como um lago sombreado, e seu selvagemestado de nimo se desvaneceu. Caminhar atravs daquela portatinha sido como caminhar dentro de um santurio para encontrar auma mulher feita especialmente para ele. Lhe tinha servido um golee se aproximou dele, e ele tinha cheirado a doce essncia de suapele que sempre se aderia a seus lenis, a essncia que tinhaestado enloquecedoramente ausente na roupa de cama do hotel. Aferocidade do desejo que se apropriou dele ainda o deixava umpouco conmocionado esta manh.

    Anna. Ele tinha notado essa serenidade, e a feminina essnciadela, do primeiro dia quando a tinha contratado como suasecretria. Tinha-a querido desde o comeo, mas tinha controladoseu desejo sexual porque no tinha querido nem necessitado aquelaclasse de complicao no trabalho. Gradualmente, entretanto, anecessidade se feito mais forte, at que se tinha convertido em

    uma insuportvel necessidade que o atormentava dia e noite, e seucontrole tinha comeado a desmoronar-se.

    Anna se via como mel, e o se esteve voltando louco querendosabore-la. Tinha sedoso, claro cabelo castanho, veteado com loiro,e olhos da cor do mel escuro. Inclusive sua pele tinha uma tersa,clida, tonalidade de mel. Nunca seria vistosa, mas era toagradvel vista que a gente continuamente se voltava para seupasso. E aqueles olhos de mel sempre tinham sido quentes eserenos e invitantes, at que finalmente ele tinha sido incapaz deresistir o convite. O frenesi daquela primeira noite ainda osobressaltava, inclusive em lembrana, porque nunca tinha perdido ocontrole... at ento. Tinha-o perdido com a Anna, profundamente

    dentro de seus quentes, doces profundidades, e s vezes sentia quenunca o tinha reencontrado.

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    Nunca tinha deixado que ningum se aproximasse dele, mas depois

    daquela primeira noite tinha sabido que no poderia afastar-se delacomo o tinha feito dos outros. Reconhecer esse simples feito otinha aterrorizado. A nica maneira em que tinha sido capaz dedirigi-lo tinha sido separ-la completamente das outras partes desua vida. Ela podia ser sua querida, mas nada mais. No podiadeixar que lhe importasse muito. Ainda tinha que defender-seconstantemente contra deix-la aproximar-se muito; Anna podiadestrui-lo, e algo profundamente dentro dele sabia. Nunca ningum

    havia sequer ameaado suas defesas, e havia momentos quandoqueria afastar-se e nunca voltar, nunca v-la outra vez, mas nopodia. Necessitava-a muito, e constantemente lutava para evitarque ela se desse conta.

    Mas seu acerto fazia possvel que dormisse com ela cada noite ese perdesse uma e outra vez em seu quente, flexvel corpo. Na

    cama podia beij-la e deslizar suas mos sobre ela, envolver-se a simesmo em sua essncia e em seu contato. Na cama podia alimentarseu ardente desejo de mel, sua selvagem necessidade de toc-la, demant-la perto. Na cama ela podia aferrar-se a ele com abandono,abrindo-se a ele quando ele queria, suas mos deslizando-se sobreele em audazes, tenras carcias que o conduziam loucura. Uma vezque estavam na cama juntos, parecia como se ela nunca terminassede toc-lo, e apesar de si mesmo, ele se deleitava nisso. s vezesera tudo o que podia fazer para evitar gemer em um estranho, nocompletamente fsico xtase enquanto ela o acariciava, tocava-o e oabraava.

    Apesar de todo isso eles virtualmente tinham vivido juntos

    durante dois anos -a pequena distncia que insistia em guardar, tonecessria para ele, era de fato insignificante em trminos de

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    tempo- ele sabia pouco mais sobre ela agora do que sabia antes.Anna no bombardeava a ningum com os detalhes de sua vidapassada ou presente, e ele no tinha perguntado, porque fazer issolhe daria o mesmo direito a lhe perguntar sobre seu passado, o qualera algo no que estranha vez se permitia a si mesmo sequer pensar.Sabia quantos anos tinha ela, onde tinha nascido, aonde tinha ido escola, seu nmero de seguro social, seus trabalhos anteriores,porque todo isso tinha estado em seu expediente. Sabia que erameticulosa, boa com os detalhe e que preferia uma vida tranqila.Estranha vez bebia lcool, e ultimamente parecia ter deixado de

    beb-lo completamente. Lia muito, e seus interesses eram amplos evariados tanto em fico como em no-fico. Sabia que preferiacores bolo e no gostava da comida picante.

    Mas no sabia se alguma vez tinha estado apaixonada, o que lhetinha passada a sua famlia -em seu arquivo pessoal, "Ningum"tinha sido includo na coluna 'parente mais prximo'- se tinha sido

    uma porrista ou se alguma vez se colocou em problemas porcriancices. No sabia por que se mudou a Denver, ou quais eramseus sonhos.

    S sabia os fatos superficiais que estavam ali para que qualqueros visse, no suas lembranas ou esperanas.

    s vezes temia que, porque ele sabia to pouco dela, ela podiaalgum dia escapar dele. Como podia predizer que faria quando nosabia nada de seus pensamentos e s se podia culpar a si mesmo porisso? Ele nunca tinha perguntado, nunca a tinha animado a falarcom ele daquelas partes de sua vida. Durante os passados dois anostinha vivido em tranqilo terror, temendo o dia quando a perderia,

    mas incapaz de fazer algo para det-lo. No sabia como estendersua mo para ela, como sustent-la, quando inclusive o pensamento

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    de lhe deixar saber quo vulnervel era ante ela tinha o poder defaz-lo sentir fisicamente doente.

    A fome crescia nele enquanto pensava nela, sentia-a jazendo tosuave contra seu flanco, e sua masculinidade se inflamou emresposta. Se no tinham outra forma de contato, ao menos tinhamesta, a quase entristecedora necessidade sexual pelo outro. Nuncaantes tinha querido nada de uma mulher exceto sexo; eradolorosamente irnico que agora estivesse usando o sexo para dar-se ao menos a aparncia de cercania com ela. Seus batimentos do

    corao golpearam a uma velocidade mais rpida quando comeou aacarici-la, despertando-a e excitando-a para poder desafogar-sedentro dela e esquecer, por um momento, tudo menos o incrvelprazer de fazer o amor com ela.

    Era um desses ensolarados dias quando o resplendor pareciaquase assustador, o ar estava limpo e quente para o avanado Abril,um dia perfeito, uma brincadeira de dia, porque ela se sentia comose seu corao estivesse morrendo em seu interior. Preparou ocaf da manh, e comeram na terrao, como freqentementefaziam durante o bom clima. Serve-lhe outra taa de caf e sesentou frente a ele, logo pregou suas mos ao redor de seu sorvetecopo de suco de laranja para que no tremessem.

    "Saxon." No podia olh-lo, por isso se concentrou no suco delaranja. Sentia nuseas, mas era mais um sintoma de opressivo

    temor que de seu embarao.

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    Ele tinha estado ficando corrente das notcias locais, e agoralevantou a vista sobre a parte superior do peridico. Ela sentiu suaateno centrada nela.

    "Tenho que ir," disse em voz baixa.

    Seu rosto empalideceu, e durante um comprido minuto se sentoucomo se se converteu em pedra, sem sequer piscar. Uma ligeirabrisa sacudiu o peridico, e finalmente se moveu, dobrando aspginas lenta e cuidadosamente, como se cada movimento fora

    doloroso. O momento tinha chegado, e no sabia se poderiasuport-lo, se poderia sequer falar. Olhou a cabea encurvada daAnna, o modo em que o sol cintilava sobre os plidos, sedosasmechas, e soube que tinha que falar. Esta vez, ao menos, queriasaber por que.

    Assim que essa foi a pergunta que fez, essa nica palavra, e saiu

    como um som oxidado. "por que?"

    Anna se sobressaltou ante o cru fio de sua voz. "Alg-algo passou.No o planejei. Sou-solo passou."

    Ela se tinha apaixonado por algum mais, pensou, lutando pararecuperar o flego sobre o n de agonia em seu peito. Semprehavia confiando nela completamente, nunca havia sequer recreado opensamento de que pudesse estar vendo outro homem durante suasausncias, mas obviamente tinha estado equivocado.

    "vais deixar me por outro homem?" perguntou amargamente.

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    Sua cabea se levantou, e o olhou fixamente, conmocionada pelapergunta. Lhe devolveu o olhar, seus olhos ferozes e mais verdesdo que ela os tinha visto nunca antes.

    "No," sussurrou. "Isso nunca."

    "Ento o que?" separo-se de um empurro da mesa e permaneceude p, seu grande corpo tenso com fria logo que controlada.

    Ela respirou fundo. "Estou grvida."

    S por um instante sua feroz expresso no trocou; ento derepente seu rosto se converteu em pedra, vazio e duro. "O quedisse?"

    "Estou grvida. Quase quatro meses. Nascer a fins desetembro."

    Lhe voltou as costas e caminhou para a parede da terrao parater vista para a cidade. A linha de seus ombros estava rgida defria. "Por Deus, nunca pensei que faria isto," disse, sua vozasperamente controlada. "estive fazendo o parvo at no podermais, verdade? Deveria ter sabido que esperar depois da perguntaque fez ontem noite. O matrimnio seria mais benfico que umpleito por paternidade, verdade? Mas te colocou para obter umbom benefcio de qualquer maneira."

    Anna se levantou da mesa e tranqilamente caminhou de voltadentro do departamento. Saxon permaneceu ao lado da parede,seus punhos fechados enquanto tratava de lutar com a fria cega e

    o frio n de traio, assim como com a pena que esperava, escondidae lista, destacar-se ante a mais mnima diminuio da fria.

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    Estava muito tenso para permanecer ali muito tempo; quando j

    no pde suport-lo, seguiu-a, determinado a descobrir aprofundidade de sua prpria estupidez incluso apesar de que issosolo podia afundar a dor. Era como a forma em que uma lnguaexploraria continuamente um dente sensvel, procurando a dor. Noimportava como ela o rasgasse em farrapos, tinha que saber, eento seria invulnervel; ningum chegaria a ele outra vez. Uma veztinha pensado que era invulnervel, solo para que Anna lhemostrasse a greta em sua armadura emocional. Mas uma vez que se

    recuperasse disto, seria realmente intocvel.Anna estava serenamente sentada ante seu escritrio,

    escrevendo sobre uma folha de papel. Ele tinha esperado que elaestivesse empacotando, como mnimo, algo menos que estivessesentada ali rabiscando.

    "O que est fazendo?"

    Ela se estremeceu um pouco ante sua dura voz, mas seguiuescrevendo. Possivelmente era somente que seus olhos no seajustaram luz mais dbil, mas parecia plida e quebrada. Esperougrosseiramente que ela estivesse sentindo sozinho uma frao doque ele estava atravessando agora mesmo.

    "Pinjente, o que estas fazendo?"

    Ela assinou ao p da pgina e lhe ps a data, logo a tendeu a ele."Toma," disse, fazendo uso de um enorme esforo para manter suavoz serena. "Agora no ter que preocupar-se por um pleito por

    paternidade."

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    Saxon tomou o papel e o deu volta para l-lo. Examinou-orapidamente uma vez, logo o leu novamente com maior ateno ecrescente incredulidade.

    Era curto e conciso. Juro, por minha livre vontade, que SaxonMalone no o pai do menino que levo. Ele no temresponsabilidade legal, nem para comigo ou meu filho.

    Ela se levantou e passou a seu lado. "Terei empacotado e me tereiido para esta noite."

    O baixou os olhos ao papel em sua mo, quase enjoado com asconflitivas emoes emergindo de um lado a outro em seu interior.No podia acreditar o que ela tinha feito, ou quo casualmente otinha feito. Com solo umas poucas palavras escritas sobre umafolha de papel se impediu a si mesmo receber uma grande soma dedinheiro, porque deus sabia que ele teria pago qualquer quantidade,

    inclusive ficar em bancarrota se fosse necessrio, para assegurar-se de que o beb fora cuidado, no como...

    Comeou a estremecer-se, e o suor prorrompeu sobre seu rosto.A fria fluiu nele outra vez. Agarrando firmemente o papel em suamo, caminhou a grandes passos dentro do dormitrio justo quandoela estava atirando de sua mala fora do armrio.

    "Isso uma maldita mentira!" gritou, e arrojou o enrugado papelpara ela.

    Anna escoiceou mas se manteve firme em seu serenocomportamento. Em segredo se perguntou quanto mais poderia

    suportar antes de fazer-se migalhas e comear a soluar. " obvio

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    que uma mentira," as engenhou enquanto colocava a mala sobre acama.

    "O beb meu."

    Lhe dirigiu um estranho olhar. "Tem alguma dvida? No estavaadmitindo ser infiel, estava tratando de te dar um pouco de pazmental."

    "Paz mental!" Parecia como se todo seu controle tivesse sido

    demolido. Estava-lhe gritando outra vez, quando nos trs anoscompletos durante os que se conheceram nunca antes lhe haviasequer levantado a voz. "Como diabos se supe que vou ter pazmental sabendo que meu filho... meu filho...?" Ele se deteve,incapaz de terminar a frase.

    Ela comeou a esvaziar as gavetas de seu penteadeira dentro da

    mala aberta, pulcramente dobrando e colocando cada objeto."Sabendo que seu filho... que?" apressou ela.

    Ele colocou suas mos dentro de seus bolsos e as converteu empunhos. "vais ter o sequer?" perguntou furiosamente.

    Ela ficou rgida, logo se endireitou para olh-lo. "O que quer dizercom isso?"

    "Quero dizer, j planejaste um aborto?"

    No havia nada de calidez ou suavidade em seus olhos castanhosagora. "por que perguntas?" perguntou ela sinceramente.

    " uma pergunta razovel."

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    O realmente no tinha idia, pensou ela entumecidamente. Como

    podia sequer considerar a idia de que ela pudesse abortar a seufilho se tivesse algum leve indcio da forma em que ela se sentia?Todo o amor que tinha expresso durante aquelas largas, escurashoras podia igualmente ter sido mantido oculto para todo a atenoque lhe tinha emprestado. Possivelmente o solo tinha aceito suapaixo como o perito ato de uma mulher mantida, desenhada paramanter feliz a um velho rico.

    Mas no disse nada disto. Solo o olhou durante um momentoantes de declarar abruptamente, "No. No vou abortar," logovoltou a empacotar.

    Ele fez um brusco movimento com suas mos. "Ento o que? Sefor o ter, ento o que vais fazer com ele?"

    Ela o escutou com crescente incredulidade. tornou-se louca ou oque? O que pensava ele que ia fazer? Uma variedade de respostaslhe ocorreram, algumas bvias e outras nem tanto. Esperava queela enumerasse as numerosas atividades envoltas no cuidado de umbeb, ou estava perguntando quais eram seus planos? Dada a usualpreciso do Saxon para falar, sempre dizendo exatamente o quequeria dizer, ela estava inclusive mais desconcertada.

    "O que quer dizer, 'o que vou fazer com ele'? O que as mesnormalmente fazem, suponho."

    Seu rosto estava cinzento e coberto com um brilho de suor. "meu beb," disse, caminhando para frente para capturar seus

    ombros em suas duras mos. "Farei o que seja necessrio paraevitar que o arroje como um pedao de lixo!"

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    Captulo 3

    Calafrios de horror gotejaram por sua coluna, voltando-amomentaneamente incapaz de falar. Tudo o que podia fazer eraresistir seu apertado agarre em seus ombros, seus dilatados olhos

    ancorados nele e sua boca levemente aberta com incredulidade.Tratou vrias vezes de falar, e quando finalmente as arrumou parafaz-lo, sua voz foi um rouco grasnido. "Arroj-lo? Bom Deus!Isso mrbido! por que diabos diria algo assim?"

    Ele estava tremendo. Ela podia senti-lo agora, em suas mos; v-lo nos visveis pequenos tremores de seu grande corpo. Sua

    angstia teve o efeito de aliviar a sua prpria quando de repente sedeu conta que estava alterado e em necessidade de consolo inclusomais, possivelmente, pelo que o estava ela, apesar de que no sabiapor que. O instinto tomou o mando e domin suas aes enquantocolocava suas mos sobre seu peito.

    "Nunca faria nada para machucar a seu beb," disse brandamente."Nunca."

    Seus tremores se intensificaram. Seus olhos verdes estavamsombrios com alguma selvagem emoo que ela no podia ler, masele respirou profundamente e travou sua mandbula enquanto lutavapara cobrar o controle. Ela viu a batalha, viu o que lhe custava

    ganh-la, mas em solo um momento suas mos estavam firmes e seurosto, embora ainda plido, estava to vazio como uma rocha. Com

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    grande cuidado ele liberou seus ombros e deixou que suas moscassem aos flancos.

    "No tem que ir daqui," disse, como se isso fora o que tinhamestado discutindo. " um bom departamento. Pode adquirir ocontrato de aluguel..."

    Anna se voltou longe dele para esconder a aguda quebra de ondade dor, quanto mais hiriente porque, solo durante um momento, elapensou que ele tinha querido dizer que as coisas no tinham que

    trocar. Mas no lhe estava oferecendo conservar seu status quo;ele ainda tentava cortar a relao. "No," disse ela, defendendo-sedas palavras com uma mo elevada para ele. "Sozinho... no."

    "No que?" desafiou-a ele. "Que no trate de faz-lo confortvelpara ti?"

    Ela inspirou com derrota e deixou que sua cabea casse enquanto,a sua vez, tratava de situar seu prprio controle, mas tudo o quepde encontrar foi cansao e uma necessidade pela verdade. Seeste era o final, por que no lhe dizer? Orgulho? Essa era umalastimosa razo para ocultar algo que tinha trocado sua vida.Respirou fundo outra vez. "No me pea que fique aqui sem ti,"disse. "Voc a razo pela que estou aqui. Sem ti, no tenhonenhuma razo para ficar." voltou-se e o enfrentou, levantando suacabea para poder v-lo enquanto dizia em uma clara, pausada voz,"Amo-te. Se no o tivesse feito, nunca teria vindo aqui."

    A comoo ondeou por seu rosto, voltando-o inclusive mais branco.Seus lbios se moveram mas no emitiram som.

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    "Tinha pensado ir porque pensei que isso era o que quereria,"continuou firmemente. "Deixou mais que claro desde o comeo queno queria nenhum ataduras, por isso no esperei nada mais.Inclusive se queria continuar nues-nosso acerto, no acredito queseja possvel. No posso ser uma me e seguir sendo sua poucoexigente querida tambm. Os bebs tendem a ter suas prpriasprioridades. Assim, baixo as pressente circunstncias, tenho queir. Isso no significa que deixarei de te amar." Nunca, adicionouem seus pensamentos.

    Ele sacudiu sua cabea, j seja em incredulidade ou negao, e semoveu a sacudidas para sentar-se sobre a cama, onde olhouabstradamente a mala aberta.

    A preocupao fluiu nela enquanto o olhava. Tinha esperado quereagisse com fria ou fria retirada, mas verdadeiramente pareciaem shock, como se algo terrvel lhe tivesse acontecido. Caminhou

    para sentar-se a seu lado, seu olhar preso de seu rosto em umesforo para apanhar cada fugaz matiz de expresso. Saxon erasuficientemente difcil de ler quando estava depravado; seu rostoparecia mrmore agora.

    Anna juntou seus dedos fortemente. "Nunca esperei que atuasseassim," murmurou. "Pensei... acredito que pensei que simplesmenteno te importaria."

    Sua cabea se levantou de um puxo, e lhe dirigiu um olhar como ofio de uma espada, aguda e cortante. "Pensou que simplesmentefaria a um lado e alguma vez lhe concederia outro pensamento nema ti nem ao beb?" Seu tom era spero com acusao.

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    Ela no se retratou. "Sim, isso exatamente o que pensei. O queoutra coisa podia pensar? Nunca me deste nenhum indcio de queera mais para ti que um conveniente cabo a terra sexual."

    Seu corao se retorceu dolorosamente, e teve que apartar oolhar. Ela pensava que solo era uma comodidade, quando ele mediasua vida pelo tempo que passava com ela. No que alguma vez otivesse deixado saber; ela tinha razo nisso. Fazia um esforoextraordinrio para evitar que soubesse. Era por isso que a estavaperdendo agora? sentia-se como se o tivessem feito migalhas, mas

    estava sofrendo muito para ser capaz de dizer o que o feria mais, oconhecimento de que a estava perdendo ou que tinha engendradoum beb que tambm estava perdido para ele.

    "Tem um lugar ao que ir?" perguntou ele entumecidamente.

    Ela suspirou inaudiblemente, soltando o ltimo frgil afeto de

    esperana. "No, no realmente, mas est bem. joguei uma olhadaao redor um pouco, mas no quis me comprometer a nada at terfalado contigo. Irei a um hotel. No tomar muito encontrar outrodepartamento. E voc te asseguraste que no passar apuroseconmicos. Obrigado por isso. E obrigado por meu beb." Asarrumou para lhe dirigir um exnime sorriso, mas ele no a estavaolhando e no a viu.

    Ele se inclinou para frente e colocou seus cotovelos sobre seusjoelhos, massageando sua frente com uma mo. Linhas de cansaoesculpiam seu rosto. "No tem que ir a um hotel," murmurou. "Podeprocurar outro lugar daqui. No tem sentido que te mude duasvezes. E temos um monto de coisas legais que sortear."

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    "No, no temos," disse ela. Ele inclino sua cabea a um lado paralhe dirigir outra daqueles incisivos olhares. "No temos," insistiuela. "Asseguraste-te que minha segurana financeira. Sou mais quecapaz de me fazer carrego de meu beb. Se pensar que vou deixarte seco, pode simplesmente pensar outra vez!"

    O se endireitou. "O que h se quero mant-lo? meu filho,tambm. Ou nem sequer planejava deixar-me ver?"

    Ela estava francamente desconcertada. "Quer dizer que quer v-

    lo?" Ela nunca tinha esperado isso. O que tinha esperado era umfrio e terminante final de sua relao.

    Esse olhar de assombro cruzou suas faces outra vez, como seele recm se deu conta do que havia dito. Ele tragou saliva e ficoude p, caminhando impacientemente pela habitao. Tinha talaparncia de um animal apanhado que ela se compadeceu dele e

    disse brandamente. "No importa."

    Em lugar de tranqiliz-lo, suas palavras pareceram turv-lo aindamas. Passou suas mos atravs de seu cabelo, logo se voltoubruscamente para a porta. "No posso... tenho que pensaratentamente as coisas. Fique aqui tudo o que necessite."

    foi-se antes de que ela pudesse det-lo, antes de queverdadeiramente compreendesse que se estava partindo. A portadianteira se fechou de repente inclusive antes de que pudesselevantar-se da cama. Olhou o espao vazio onde ele tinha estado, erecordou o obsesso olhar em seus olhos. Reconheceu que ele estavamais profundamente perturbado do que ela nunca tinha considerado

    possvel, mas no tinha nenhum indcio de por que. Saxon tinhamantido seu passado to completamente privado que no sabia

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    absolutamente nada sobre sua infncia, nem sequer os quais eramseus pais. Se tnia alguma famlia absolutamente, ela no sabiadeles. Mas por outro lado, no necessariamente devia guiar-se peloque sabia; depois de tudo, ele ainda tinha seu prpriodepartamento, e sua correspondncia ainda chegava ali. Tampoucopensava que fora provvel que ele tivesse distribudo o nmero detelefone de sua querida para que sua famlia pudesse contatar-secom ele se no respondia seu prprio telefone.

    Percorreu com o olhar o departamento que tinha chamado lar

    durante dois anos. No sabia se seria capaz de permanecer alienquanto procurava algum outro lugar, apesar de sua generosaoferta. No lhe tinha estado dizendo nada menos que a verdadequando lhe havia dito que no queria permanecer ali sem ele. Odepartamento estava impregnado com sua presena, no avisosfsicos tanto como as agudas lembranas que demorariam compridotempo em empalidecer. Seu filho tinha sido concebido na mesma

    cama sobre a que ela estava sentada. Pensou nisso durante ummomento; logo seus lbios se curvaram em um ironicamente sorrisosuave. Possivelmente no; Saxon nunca havia sentido a necessidadede limitar seus atos de amor cama, apesar de que pelo general atinham procurado em altares da comodidade. Era, supunha, igual deprovvel que tivesse passado na ducha, ou no sof, ou inclusive namesada da cozinha, uma fria tarde quando ele tinha chegadoenquanto ela estava preparando o jantar e no tinha estadopredisposto a esperar at a hora de deitar-se.

    Aqueles dias de maravilhosa paixo tinham terminado agora, comoela sabia que seria. Inclusive se Saxon no tivesse reagido como elatinha antecipado, o resultado final era o mesmo.

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    Saxon caminhou. Caminho automaticamente, sem propsito nemateno. Ainda estava cambaleando-se pelos golpes gmeos queAnna lhe tinha repartido, incapaz de ordenar seus pensamentos oucontrolar suas emoes. Tinha controlado cada aspecto de sua vidadurante tanto tempo, fechando uma porta em sua mente sobre ascoisas que tinham acontecido anos antes, e tinha pensado que omonstro estava domado, o pesadelo roubado de horror. Noobstante tudo o que tinha necessitado para destruir seuengaosamente falsa paz era o conhecimento de que Anna estavagrvida. E o ia deixar. Deus, ela o ia deixar.

    sentiu-se como elevando seus punhos ao cu e amaldioando aodestino que tinha feito isto a ele, mas a dor era muito profundopara isso. escondeu-se sobre a calada e uivado como um animaldemente se isso tivesse aliviado sequer uma poro da crescenteagonia em seu peito e mente, mas sabia que no o faria. O nicoalvio que encontraria estaria onde sempre o tinha encontrado: com

    a Anna.

    No podia sequer comear a pensar no futuro. No tinha nenhumfuturo, nenhuma ncora. A imagem de interminveis dias alargando-se ante ele se recusava a formar-se; simplesmente no poderiaenfrentar sequer um dia mais, muito menos uma eterna procissodeles. Um dia sem a Anna? por que incomodar-se?

    Nunca tinha sido capaz de lhe dizer quanto significava para ele.Logo que podia tolerar sequer admiti-lo para si mesmo. O amor, emsua experincia, era sozinho um convite traio e o rechao. Sese permitia amar, ento se estava fazendo vulnervel a umadestruio de sua mente e alma. E ningum o tinha amado, jamais.

    Era uma lio que tinha aprendido desde que tinha memria, e atinha aprendido bem. Sua mesma sobrevivncia tinha dependido da

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    dura carapaa de indiferena que tinha cultivado, por isso tinhacriado capa detrs capa de armadura.

    Quando tinha trocado de amparo a priso?

    A tartaruga alguma vez desejava livrar-se de sua carapaa, parapoder correr sem estorvos?

    Provavelmente no, mas ele no tinha tanta sorte. Anna havia ditoque o amava, e inclusive se no era verdade, ao lhe diz-lo tinha

    dado a oportunidade de ficar apenas um ratito mais, se ele seatreveu a aceit-lo. No o tinha feito, porque teria significadodespojar-se ao menos de umas poucas capas de sua armadura, e aperspectiva o enchia com um terror apoiado em sua primeirainfncia e reforado atravs de comprimentos anos de abuso.

    Quando chegou frente porta de seu departamento ficou

    olhando-a com perplexidade, no o bastante seguro de sualocalizao. Quando compreendeu que estava, de fato, ante seuprprio departamento, que tinha caminhado vrias milhas parachegar a ele, apalpou em seu bolso procurando as chaves.

    O departamento estava silencioso e ranoso quando entrou, semnenhuma doce e acolhedora presena. Anna nunca tinha estado ali,e se notava. Logo que podia suportar acontecer algum tempo aqui.Estava escuro e vazio, como uma tumba, e ele era incapaz de trazeralguma luz ao mesmo. A nica luz que alguma vez tinha conhecidoera a da Anna, e a tinha compartilhado por muito pouco tempo, logoa tinha afastado com sua prpria desenfreada luxria. Nunca tinhapodido manter suas mos afastadas dela. Tinha-lhe feito o amor

    mais seguido do que alguma vez tinha pensado possvel, suamasculinidade elevando uma e outra vez pela incrvel doura de

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    afundar-se nela e unir seu corpo ao dela. Tinha-a deixado grvida,e por isso a tinha perdido.

    O que faria sem ela? No poderia funcionar, no poderia acharnada em si mesmo para que lhe importassem um nada os contratos,ou se o trabalho era realizado ou no. Ainda quando tinha passadodias em um trabalho, sempre o tinha feito sabendo que ela o estavaesperando. Trabalhando to duramente, ainda se isto o afastavadela, era capaz de cuidar dela e assegurar-se de que nunca lhefaltasse nada. Cada vez que tinha expandido a carteira de aes

    que tinha estabelecido para ela, havia sentido uma intensasatisfao. Possivelmente tinha pensado que seus diligentesesforos nisso a manteriam a seu lado, que lhe mostrariam queestava melhor com ele que com qualquer outro, ou mantendo-se porseus prprios meios.

    No podia permitir-se pensar, nem sequer por um instante, que

    ela podia ter permanecido junto a ele sozinho porque ele estavaestabelecendo sua segurana financeira. Se pensava isso da Anna,ento verdadeiramente no ficava nada pelo que viver. No, sempretinha sabido que no lhe tinha gostado dessa parte de seu acerto.

    No tinha havido nenhuma razo no absoluto para que elaficasse... a menos que realmente o amasse.

    Pela primeira vez, de permitiu pensar no que ela havia dito. At omomento, tinha sido muito para que o assimilasse, mas agora aspalavras giravam tentativamente em sua conscincia, como dbeisaves assustadas de voar.

    Ela o amava.

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    sentou-se no silencioso departamento durante o resto do dia e anoite, muito retrado em si mesmo para sentir a necessidade de luzou som, e em algum momento durante as escuras horas cruzou umbarreira interna. sentiu-se como se estivesse prendendo comalfinetes sua desesperada esperana na mais magra dasoportunidades, como se estivesse disparando aos mais afastadosobstculos, mas enfrentou o frio e cinza feito de que no podiafazer nenhuma outra coisa.

    Se Anna o amava, no podia deix-la ir desta maneira.

    CAP 4

    Anna teve uma m noite. No pde dormir; apesar de que notinha esperado dormir bem, tampouco tinha esperado jazeracordada durante horas, olhando fixamente o escuro teto e lhe

    doendo fisicamente ante o espao vazio a seu lado. Saxon tinhapassado muitas noites longe dela antes, em suas numerosas viagensde negcios, e ela sempre as tinha arrumado para dormir. Isto,entretanto, era diferente, um vazio da alma assim como de espao.Tinha sabido que seria difcil, mas no tinha sabido que lhe deixariaeste lhe distoram, carcomiente dor em seu interior. Apesar deseus esforos, tinha chorado at que sua cabea tinha comeado apalpitar, e inclusive ento no tinha podido deter-se. Era puroesgotamento o que finalmente tinha terminado as lgrimas, mas noa dor. Esteve com ela, sem minguar, atravs das largas e escurashoras.

    Se assim era como seria o futuro, no sabia se poderia suport-lo,

    ainda com o beb. Tinha pensado que seu filho,inconmensurablemente precioso, traria-lhe certo consolo pela

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    ausncia do Saxon, e entretanto isso poderia estar to longe nofuturo que era uma vazio consolo agora. No podia sustentar a seubeb em seus braos agora mesmo, e passariam cinco largos mesesantes de que pudesse.

    levantou-se para o amanhecer sem ter dormido no absoluto, epreparou uma jarra de caf descafeinado. Hoje de todos os diasnecessitava o chute da cafena, mas seu embarao o proibia. Fez ocaf de todas formas, esperando que o ritual enganasse a seucrebro a um estado de alerta, logo se sentou ante a mesa da

    cozinha com uma grosa bata posta por comodidade enquanto sorviao lquido quente.

    A chuva gotejava sigilosamente pelas portas de vidro da terrao esaltavam em diminutos lhe chape isso sobre as empapadas pedras.To bom como tinha sido no dia anterior, o caprichoso clima de abrilse tornou frio e mido como um tardio frente frio que entrava

    rapidamente. Se Saxon tivesse estado ali, teriam passado a manhna cama, acurrucados na calidez dos cobertores, explorandoperezosamente os limites do prazer.

    Tragou dolorosamente, logo inclinou sua cabea para a mesaquando a pena brotou abrumadoramente outra vez. Apesar de queseus olhos se sentiam arenosos e em carne viva de tanto chorar,parecia que ainda havia lgrimas, ainda tinha uma inexploradacapacidade para a dor.

    No ouviu que a porta se abria, mas o som de passos sobre o pisode ladrilhos a fez ficar de p de um puxo, enxugando o rostoprecipitadamente com o dorso das mos. Saxon permaneceu ante

    ela, seu escuro rosto desolado e marcado pelo abatimento. Aindalevava a mesma roupa que tinha no dia anterior, notou ela, apesar de

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    que se jogou em cima uma jaqueta como amparo contra a chuva.Evidentemente tinha estado caminhando, porque seu cabelo negroestava pego a sua cabea, e regatos de umidade corriam por seurosto.

    "No chore," disse com um cru, anormal tom.

    Ela se sentiu envergonhada porque a tivesse descobertochorando. Sempre tinha procurado esconder qualquer assalto deemoo dele, sabendo que o fariam sentir incmodo. Nem luzia seu

    melhor aspecto, com seus olhos inchados e midos, seu cabelo aindadespenteado por uma noite inquieta, e envolta do pescoo at osps em uma grosa bata. Uma querida sempre devia estar bemarrumado, pensou ironicamente, e quase estalou em lgrimasnovamente.

    Sem desviar seu olhar dela, ele se tirou a jaqueta e a pendurou

    sobre o respaldo de uma cadeira. "No sabia se te tinha ficado,"disse, a tenso ainda evidente em sua voz. "Esperava que te tivesseficado, mas..." Ento, bruscamente, moveu-se com essa escandalosavelocidade dela, levantando-a em braos e levando-a rapidamentedentro do dormitrio.

    depois de um alarmado gritito, Anna se aferrou a seus ombros.Ele se tinha movido assim a primeira vez, como se toda sua paixotivesse estado inflamando-se debaixo do dique de seu controle e odique finalmente tivesse cedido. Tinha-a carregado e descido nocho do escritrio quase no mesmo movimento, logo se tinhaderrubado sobre ela antes de que sua surpresa pudesse dar passoao regozijo. Ela o tinha alcanado com um desejo que cresceu

    rapidamente para igualar o dele, e tinham acontecido horas antesde que a soltasse.

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    Podia sentir a mesma classe de ferocidade em seu abrao agora

    enquanto a colocava sobre a cama e se inclinava sobre ela,afrouxando a bata e estendendo-a ao largo. debaixo desta elavestia uma fina camisola de seda, mas evidentemente ainda isso eramuito. Silenciosamente levantou o olhar a seu absorto rosto quandoele a elevou para deix-la livre da bata, logo atirou da camisolasobre sua cabea. Sua respirao se acelerou quando jazeu nuaante ele, e sentiu como seus peitos se contraam sob seu olhar, toquente como qualquer contato. Um quente, opressivo poo de

    sensaes comeou na parte baixa de seu corpo.Ele abriu suas coxas e se ajoelhou entre eles, dando-se

    visualmente uma festa com seu corpo enquanto lutava a provas comseu cinturo e cremalheira, baixando suas calas o suficiente paraliberar-se. Ento seu verde olhar relampejou para cima paraencontrar o alagado veludo marrom da sua. "Se no querer isto,

    diga-o agora."

    Ela no podia neg-lo, e a si mesmo, mais do que podiavoluntariamente ter deixado de respirar. Levantou seus esbeltosbraos em convite, e ele se inclinou para frente com aceitao,embainhando-se tanto em seu corpo como em seu abrao com umnico movimento. Ele gemeu em voz alta, no s pelo incrvelprazer, mas sim pelo afastamento da dor. por agora, com seuesbelto corpo sujeito firmemente debaixo dele, e ele mesmosujeito igual de firmemente dentro dela, no havia distancia entreeles.

    Anna se retorceu sob a tamborilar de um grosseiramente intenso

    prazer sensual. O choque de sua fria, mida roupa sobre seuquente corpo nu a para sentir mais nua do que alguma vez se havia

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    sentido. O nico ponto de contato de pele nua, entre suas pernas, apara sentir mais sexual, a para dolorosamente consciente de suamasculinidade enquanto se movia sobre ela e dentro dela. Era muitoentristecedor para manter-se, e se arqueou em clmax ao poucotempo, muito logo, porque queria que durasse para sempre.

    Ele se calmo, mantendo-se profundamente em seu interior paraseu prazer, sustentando seu rosto e semeando persistentes beijossobre ele. "No chore," murmurou, e at ento ela no tinha sabidoque havia lgrimas escorrendo-se por seus olhos. "No chore. No

    tem que terminar agora."Tinha falado em voz alta, compreendeu, tinha expresso seu

    desespero ante o rpido clmax.

    Ele trouxe todas as habilidades e conhecimentos de dois anos deintimidade a seu ato de amor, encontrando o ritmo que era o

    bastante rpido para faz-la desejar outra vez, mas osuficientemente lento para evitar que alcanassem a satisfao.Havia uma satisfao distinta nas pausadas carcias, no contnuoenlace de seus corpos. Nenhum deles queria que terminasse,porque enquanto estivessem juntos assim no teriam que enfrentaro espectro da separao. A retirada, agora mesmo, significariamais que o final de seu ato de amor; seria uma despedida quenenhum poderia agentar.

    A roupa dele se converteu j no um prazer sensual, a no ser umaintolervel barreira. Rasgou os botone de sua camisa, querendo amida roupa fora do caminho, necessitando a presso de sua pelesobre a sua. Ele se levantou o suficiente para tirar seus largos

    ombros fora do objeto e a atirou a um lado; logo baixou seu peito, eela gemeu ante o roce de seu plo sobre seus sensitivos mamilos.

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    Ele cavou ambas as mos sobre seus peitos e os empurrou juntos,

    flexionando sua cabea para deixar cair ligeiros beijos sobre oscontrados mamilos. Estavam um pouco mais escuros, notou ele, e osplidos globos estavam um pouco mais inchados, signos de seu bebcrescendo dentro de sua plaina barriga. estremeceu-se cominesperada excitao ante o pensamento, ante o conhecimento deque o mesmo ato que estavam realizando agora tinha dado comoresultado essa pequena vida.

    Teve que apertar seu dente em um esforo por evitar chegar aoclmax nesse mesmo momento. Seu beb! Parecia queconhecimento no era realmente quo mesmo compreenso, e logotinha sido golpeado pela total compreenso de que o beb era dele,parte dele, de que compartilhava seus gens. Sangue de seu sangue,osso de seu osso, misturado inseparavelmente com a Anna, umaparte vivente de ambos. Sentiu uma quebra de onda de pertena

    fsica como nunca antes tinha conhecido, como nunca havia sequersonhado que existia. Seu beb!

    E sua mulher. Doce como o mel Anna, suave pele clida e serenos,tenros olhos escuros.

    O topo tinha sido postergada muito para ser negada por maistempo. abateu-se rapidamente sobre eles, primeiro absorvendo-a aela, logo a ele, seus estremecimentos interiores foram muito paraque o pudesse suport-los. lanaram-se juntos em um paroxismo deprazer, exclamando, padecendo a morte da individualidade eemergindo dentro das mansas repercusses.

    Jazeram entrelaados, nenhum deles disposto a ser o primeiro emmover-se e romper sua unio. Ana deslizou seus dedos dentro de

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    seu cabelo mido, amando o tato de seu crnio debaixo de seusdedos. "por que voltou?" sussurrou. "Foi bastante mau verte partira primeira vez. Tinha que me fazer passar por isso outra vez?"

    Sentiu-o esticar-se contra ela. Antes, nunca lhe tivesse deixadosaber seus sentimentos; teria sorrido e se houvesse replegadodentro de seu rol da querida perfeita, nunca fazendo demandas.Mas tinha deixado esse escudo atrs, deixando-se ao descobertocom sua declarao de amor, e no havia volta atrs. No ia negaraquele amor outra vez.

    Ele rodou sobre seu flanco, levando-a com ele, envolvendo seusbraos ao redor de seu quadril para mant-la em seu lugar. Elatrocou de posio automaticamente, levantando sua perna mais altoao redor de sua cintura para maior comodidade. Ele se moveu maisperto para fazer mais profunda sua tnue penetrao, e ambosemitiram infinitesimais suspiros de alvio.

    "Tem que ir ?"finalmente perguntou ele. "por que no podesimplesmente ficar ?"

    Ela esfregou seu rosto contra seu ombro, seus olhos escurostristes, "No sem ti. No poderia suport-lo."

    Ela sentiu o esforo que lhe custou dizer, "Que ocorreria se... queocorreria se fico, tambm? O que ocorreria se simplesmenteseguimos como antes?"

    Ela levantou sua cabea para olh-lo, estudando suas amadasfaces na luz obscurecida pela chuva. No era inconsciente do que

    lhe havia flanco fazer semelhante oferta; ele sempre tinha sido todiligente em fugir inclusive a aparncia de afeto, no obstante

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    agora estava verdadeiramente tratando de alcan-la, pedindo oslaos de emoo. Precisava ser amado mais que qualquer homem queela tivesse visto alguma vez, mas no sabia se ele podia toler-lo. Oamor trazia responsabilidades, obrigaes. Nunca era livre, massim exigia um alto pagamento na forma de compromisso.

    "Pode?" perguntou ela, a tristeza to evidente em seu tom comoem seus olhos. "No duvido que trataria, mas pode ficar ?No hvolta atrs. As coisas trocaram, e nunca sero o mesmo outra vez."

    "Sei," disse ele, e o sombrio olhar em seus olhos a feriu, porquepodia ver que o realmente no acreditava que podia ter xito.

    Ela nunca antes tinha bisbilhotado em seu passado, igual a nuncaantes lhe havia dito que o amava, mas seu insular pequeno mundo sedesentranhou com lhe atemorizem velocidade e voltado as coisas aoreverso. s vezes, para ganhar, tinha que te arriscar.

    "por que me perguntou se jogaria em nosso beb?"

    Pergunta-a ficou suspensa no ar entre eles como uma espada.Sentiu-o sobressaltar-se, viu suas pupilas contrair-se com comoo.Ele se teria afastado dela ento, mas ela apertou suas pernas a seuredor e aferrou seus ombros com sua mo; ele se deteve, apesar deque poderia facilmente haver-se movido se tivesse querido pr suafora contra a dela. refreou-se sozinho porque no podia renunciara seu contato. Ela o sujeitou com sua ternura quando a fora nopoderia hav-lo sujeito.

    Fechou seus olhos em um instintivo esforo de lhe proibir a

    entrada memria, mas no se afastou, no podia afastar-se com apergunta da Anna sem responder. Nunca tinha falado sobre isto

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    antes, nunca tinha querido falar sobre isto. Era uma ferida muitoprofunda e em carne viva para que fora fcil "discuti-lo". Tinhavivido com o conhecimento sua vida inteira, e tinha feito o que tinhatido que fazer para sobreviver. Tinha selado fora essa parte desua vida. Era como rasgar suas vsceras responder agora, mas Annamerecia ao menos a verdade.

    "Minha me me arrojou," finalmente disse em um tom gutural;logo sua garganta se fechou e no pde dizer nada mais. Sacudiusua cabea impotentemente, mas seus olhos estava ainda fechados,

    e no viu o olhar de pronunciado horror, rapidamente seguida poruma compaixo que devastava a alma, no rosto da Anna. Ela o olhouatravs de um vu de lgrimas, mas no se atreveu a dobrar-se ecomear a chorar, ou qualquer outra coisa que o interromperia. Emtroca acariciou delicadamente seu peito, oferecendo consolotateante em lugar de verbal; sentia que as palavras no eramadequadas para a tarefa, e de qualquer forma, se tratava de falar,

    perderia a batalha contra suas lgrimas.

    Mas quando o silncio se estendeu a minutos, compreendeu queno ia continuar, talvez no podia continuar sem instigao. Elatragou e tratou recuperar a compostura; era uma proeza, masfinalmente foi capaz de falar com uma voz que, embora no era domais normal, era ainda suave e cheio do amor que sentia.

    "Como te arrojou? Foi abandonado, adotado... o que?"

    "Nenhum dos dois." Ele se retorceu fora dela ento, para jazerde costas com seu brao jogado para cima para cobrir seus olhos.Ela sentiu sua perda, mas lhe deu a distncia que necessitava.

    Algumas costure tinham que ser enfrentadas sozinho, e talvez estaera uma delas. "Ela me jogou no lixo quando nasci. No me ps na

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    escada de uma igreja ou me deixou ante um orfanato para quepudesse construir pequenas histrias sobre como minha merealmente me tinha amado, mas tinha estado realmente doente oualgo e tinha tido que me entregar para que pudessem cuidar de mim.Todos os outros meninos podiam construir histrias como essa, e asacreditar, mas minha me se assegurou condenadamente bem deque jamais fora to estpido. desfez-se de mim dentro de um cubode lixo quando tinha umas poucas horas de vida. No h maneira deque possa confundir uma ao como essa com amor maternal."

    Anna se curvou em uma pequena bola sobre seu flanco, seu punhoempurrado dentro de sua boca para afogar os soluos que seguiambrotando, seus fluyentes olhos fixos sobre seu rosto. O estavafalando agora, e embora ela tinha querido saber, agora tinha quelutar contra o desejo de pr sua mo contra a boca dele. Ningumnunca deveria ter que crescer sabendo semelhante fealdade.

    "Ela no s estava tratando de desembaraar-se por mim,"continuou ele com uma voz sem emoo. "Tratou de me matar. Erainverno quando me arrojou, e no se preocupou em me envolver emalgo. No sei exatamente quando meu aniversrio, trs ou quatrode janeiro, porque fui encontrado o quatro. Quase morri pelaexposio ao frio de todas formas, e passei quase um ano em umhospital de caridade com um problema atrs de outro. Para omomento em que fui colocado em um orfanato, era um menino quecomeava a andar que tinha visto tantos estranhos ir e vir que notinha nada que fazer com a gente. Suponho que por isso que nofui adotado. A gente quer bebs, criaturas ainda envoltas emmantas, no um magro, doentio menino que j caminhava e quegritava se eles tentavam alcan-lo."

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    Ele tragou e baixou o brao de seus olhos, os quais ficaramolhando sem ver para cima. "No tenho idia de quem ou que someus pais. Nenhum rastro de minha me foi encontrado jamais. Fuichamado de acordo cidade e o condado em que fui encontrado.Cidade do Saxon, Condado Malone. Um inferno de tradio paralevar adiante. depois de uns anos fui localizado em uma srie decasas de criao, a maioria delas no muito boas. Era chutado deum lado a outro como um cachorrinho guia de ruas. O servio socialse voltou to desesperado por me localizar que me deixaram comesta mesma famlia incluso apesar de que sempre estava talher com

    uma variedade de cardeais quando o assistente social vinha devisita. No foi at que o tipo me chutou em um par de costelas queme tiraram dali. Tinha dez anos, acredito. Finalmente encontraramum medianamente bom lar adotivo para mim, um casal cujo prpriofilho tinha morrido. No se, possivelmente pensaram que seriacapaz de tomar o lugar de seu filho, mas no funcionou, para eles oupara mim. Eles eram amveis, e isso era tudo o que eu queria.

    Terminei a escola, larguei-me e nunca olhei atrs."

    Captulo 5

    O que lhe havia dito explicava muito sobre o homem em que Saxonse converteu e por que era to duro para ele aceitar qualquerbiografia de amor. Se os primeiros dezoito anos de sua vida lhetinham ensinado algo, era que no podia depender do que outros

    chamavam amor mas o qual o mesmo no tinha conhecido. Como elehavia dito, no se tinha enganado a si mesmo com bonitas histrias

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    de que sua me o tinha amado quando suas aes tinham deixadoclaro de que a ela no s no tinha importado, mas simdeliberadamente o tinha deixado para morrer. Nem tinha recebidoalgum afeto real dos assistentes sociais do hospital de caridade.Os meninos aprendiam cedo; para o momento em que tinha sidocolocado em um orfanato, j tinha sabido que no podia confiar emque ningum se ocupasse dele, por isso se tinha isolado dentro de simesmo como a nica certeza em sua vida. No tinha dependido deningum exceto de si mesmo para algo.

    Era uma lio que tinha sido reforada em sua infncia, desviadade um lar adotivo a outro, encontrando-se com abuso em algunsdeles e no adaptando-se a nenhum deles. Onde aprendia de amorum emparelha? A simples, dilaceradora resposta era que no ofazia. Ele tinha tido que elevar-se sobre mais que simples pobreza.Tinha necessitado escalar uma total falta do mais simples afetohumano. Quando pensou no que ele tinha obtido com sua vida, ficou

    impressionada por sua imensa fora de vontade. Quo duro tinhatido que trabalhar para terminar a universidade, para ganhar no sum ttulo de engenharia a no ser para terminar to alto em suaclasse que tinha tido trabalhos para escolher, e de ali continuarpara formar sua prpria companhia?

    depois da demolidora narrao de sua infncia, ambos tinhamestado emocionalmente incapazes de explorar mais profundamente.Por mtuo consentimento se levantaram e experiente osmovimentos de um dia normal, apesar de que no o era. Passada-lasvinte e quatro horas tinham cobrado sua tarifa em ambos, e setinham retrado dentro de compridos perodos de silncio,enfatizados sozinho por assuntos de todos os dias como que

    tomariam para o almoo.

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    Ele estava ali. No mostrava sinais de ir-se. Ela tomou isso comoum signo de esperana e no empacotou. Agora mesmo, tudo o quepedia era sua presena.

    Caa a tarde sobre aquele dia empapado de chuva quando ele dissede plano, "Nunca respondeu realmente minha pergunta esta manh.Podemos continuar como o fazamos antes?"

    Ela o olhou e viu que apesar de que a tenso nervosa era aindavisvel em seu rosto, ele parecia ter feito as pazes. Ela no estava

    muito segura de sua prpria reao, mas preferiria suportar atenso ela mesma antes que arriscar-se a desalent-lo agora derepente quando isso podia ser suficiente para afast-lo outra vez.

    sentou-se frente a ele, tratando de situar seus pensamentos.Finalmente disse, "Por mim, nada eu gostaria mais. Quase me matoute perder, e no estou muito segura de poder passar por isso outra

    vez. Mas no posso simplesmente pensar em mim mesma. Nopodemos solo pensar em nossa prpria comodidade. O que ocorrecom o beb? Ao princpio, nada lhe importar salvo mami e papai,mas assumindo que permaneamos juntos durante anos, queacontecer quando comear o colgio e descubra que outros mamise papais esto casados? Isto Denver, no Hollywood. E apesar deque ningum franzido o cenho ante um casal vivendo junta, ascircunstncias trocam quando um beb est envolto."

    Ele baixou o olhar para suas mos e disse muito cuidadosamente,"No que troca se te muda? Seus pais ainda no estaro casados,mas voc estar tratando de cri-lo sozinha. supe-se que isso melhor para ele? No se que classe de pai serei, mas acredito que

    serei melhor que nada."

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    Seus lbios tremeram, e ela os mordeu ferozmente. QueridoDeus, estava fazendo-o rogar para ser includo na vida de seu filho?Nunca tinha pretendido isso, especialmente luz do que o lhe haviadito essa manh. "Acredito que ser um pai maravilhoso," disse."Nunca pretendi evitar que veja nosso filho. de nosso acerto doque no estou segura."

    "Eu o estou. Quero-te, e voc... seu me quer." Ainda no podiadizer que ela o amava. "No temos que fazer nada agora mesmo.Como voc diz, passaro anos antes de que seja o bastante major

    para nos comparar com outros pais. Ainda tem que acontecer oembarao, e Deus sabe que no dormirei uma s noite se no se queestiver bem. Ao menos fica at que o beb nasa. Posso cuidar deti, ir contigo a essas classes de parto, estar contigo durante ailuminao." Apesar de que seu tom era crdulo, seus olhos estavamsuplicando, e isso foi o que destruiu sua determinao. Se ela oafastava agora, ele nunca se recuperaria.

    "No h nada que eu gostaria mais," disse ela com voz rouca, e viua te relampejem cintilo de alivio em seus olhos antes de que ele odissimulasse.

    "Trarei minhas roupas amanh." Ela sozinho pde piscar ante elecom surpresa. Tinha esperado que ele retornasse a seu status quo,dormindo quase todas as noites com ela mas retornando a seuprprio departamento cada manh para trocar-se de roupa antes deir trabalhar. O pensamento de suas roupas pendurando junto s seuno espaoso armrio a fez sentir ao mesmo tempo excitada e umpouco alarmada, o qual era ridculo, porque ela nunca tinha queridonada tanto como tinha querido uma total, completa vida com ele.

    Mas as coisas estavam trocando to velozmente, e sua vida jestava conmocionada com seu embarao. O controle de seu corpo

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    se escorregava mais frente com cada dia que passava, enquanto obeb crescia e exigia mais dela. Apesar de que os primeirossintomas tinham sido escassos, agora podia ver mudanasdefinitivas.

    Tinha estado lutando contra uma daquelas mudanas todo o dia, ede repente tudo foi muito. As lgrimas fluram de seus olhosenquanto o olhava, e comeou baixar seu rosto. Imediatamente eleesteve a seu lado, pondo seus braos a seu redor e remetendo suacabea contra seu ombro. "O que est mau?" exigiu ele, soando

    quase desesperado. "No quer que me mude? Pensei que poderia tecuidar melhor."

    "No isso," soluou ela. "Sim, isso. Sou feliz, maldio!Sempre quis que te mudasse comigo, ou que me pedisse que memudasse contigo. Mas no o fez por meu bem, fez-o pelo beb!"

    Saxon inclinou seu rosto para cima e uso seus polegares para lheenxugar as lgrimas. Suas negras sobrancelhas estavam unidasjuntas em um semblante carrancudo. " obvio que o estou fazendopor ti," disse impacientemente. "No conheo beb. Diabos, nemsequer posso ver muita evidncia dele ainda! No quero que estejasozinha nada mais que o necessrio." O cenho se intensificou."foste a um mdico?"

    Ela sorveu e se enxugou os olhos. "Se, no me dava conta de queestava grvida at que vi o mdico. Fui porque meu ltimo perodoera sozinho gotas, e o anterior foi realmente ligeiro. Logo que tivealgum sintoma."

    " isso normal?"

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    "To normal como qualquer outra coisa. O mdico me disse quetudo parecia bem, que algumas mulheres gotejavam durante osprimeiros meses e algumas no o faziam, que algumas mulherestinham nuseas matinais e algumas no. Tudo o que realmente notei que estou cansada e sonolenta e quero chorar um monto."

    O pareceu aliviado. "Quer dizer que estas chorando pelo beb?"

    "No, estou chorando por ti!"

    "Bom, no o faa." Ele a empurrou mas perto e pressionou umbeijo em sua frente. "Eu no gosto quando chora."

    No havia forma em que ele pudesse saber o que se sentia sermimada e abraada assim, como ela o tinha desejado ardentemente.O amor tinha sido cortamente proporcionado a sua vida, tambm,apesar de que ela nunca tinha conhecido a direta brutalidade que

    Saxon tinha sofrido. Seus mais estimados sonhos tinham sidosempre sobre ter um lar com ele, solo um ordinrio lar, com a docesegurana da rotina e o seguro conhecimento de que ele voltavapara casa a ela cada dia. Em seus sonhos ele sempre a haviasustenido e demonstrado quando lhe importava, enquanto narealidade lhe tinha devotado intimidade fsica e um desertoemocional. Esta repentina mudana total de atitude era toparecido a um sonho convertido em realidade que temia acreditarnele. Ainda assim, no ia fazer nada para termin-loprematuramente. Enquanto ele ficasse, ela tentava saborear cadamomento.

    Fiel a sua palavra, ele se mudou ao dia seguinte. No disse nada aela sobre isso, mas um par de chamadas telefnicas, uma de algum

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    interessado em alugar seu outro departamento e outro de umacompanhia de servios rechequeando a direo para o reenvio desua fatura, fez bvio que estava renunciando completamente a suaresidncia oficial. Isso, mais que nada, disse-lhe quo srio erasobre conservar sua relao.

    Ela o olhou atentamente procurando signos de nervosismo, porquesua relao tinha trocado em formas muito mais fundamentais quesimplesmente o fato de que ele j no tivesse duas residncias.Havia-lhe dito que o amava, palavras que no poderia apagar ou

    esquecer; por sua reao a seu curto afastamento, ele tinharevelado muito mais sobre quanto lhe importava do que tinha feitoantes. Apesar de que tinham intimado fisicamente durante doisanos, esta classe de cercania era totalmente nova para ele, e elapodia dizer que s vezes ele no sabia como atuar. Era quase comose estivesse em um pas estrangeiro onde no falava o idioma,andando a provas cautelosamente ao redor, incapaz de ler os sinais

    de trnsito.

    Era cada vez mais curioso sobre o beb e insistia em ir com ela asua prxima entrevista com o mdico, a qual estava programadapara solo uns poucos dias depois de que se mudou. Quandodescobriu que um ultra-som mas adiante em seu embarao podialhes dizer o sexo do beb, imediatamente quis saber quandopoderiam faz-lo, e quo seguido os mdicos estavam equivocados.Dado que era o primeiro interesse que tinha mostrado no sexo dobeb, ela se perguntou se se estava imaginando ter um filho varo.No tinha mostrado uma preferncia em um ou outro, e ela notinha decidido uma preferncia, tampouco, por isso de algumaforma sempre se referiam ao beb como "este" em lugar dele" ou

    "ela".

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    Como o afetaria um filho varo? Poderia ver mais de si mesmo emum menino, e este seria, em uma forma, uma oportunidade para queele emendasse o horror de sua prpria infncia assegurando que seuprprio filho nunca conhecesse nada mais que amor. Nos olhos desua mente o via pacientemente lhe mostrando a um sujo, decididomuchachito como balanar um taco de beisebol de beisebol ou levarum globo. Provavelmente haveria anos de concorrer a umavariedade de partidos de beisebol e olhar com feroz orgulho cadamovimento que o menino fazia. Cada golpe seria o melhor golpealguma vez feito, cada apanhada a mais estupenda, porque o menino

    fazendo-o seria dele.Apesar dos desalentadores sussurros de seu sentido comum, no

    podia deixar de sonhar com um futuro com o Saxon. Um milagre jtinha acontecido: ele no tinha desaparecido quando tinha sabido deseu embarao. Ela continuaria esperando por outro milagre.

    Tendidos na cama essa noite, ela descansava sua cabea sobre seupeito e escutava o forte, sustentado bum-bum de seu corao. Suamo se desviou para baixo a seu abdmen; o beb estava ouvindoseu prprio corao bombeando sostenidamente no mesmo ritmo,sossegando e reconfortando-o precisamente como o batimento docorao do Saxon a sossegava a ela. Era um maravilhosamentegrato som.

    "Parece realmente interessado no ultra-som," disse elasoolientamente.

    "Mmm," ele grunhiu a modo de resposta. Sua cabea se moveuquando levantou o olhar para ele, entretanto tudo o que podia ver

    era seu queixo, e no muito bem na obscurecida habitao.

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    "Est ansioso por saber o que o beb?"

    Ele trocou de posio impacientemente. "Eu gostaria de saber,se. O que tem que ti? Tem posto seu corao em um garotinha?"

    "No realmente," disse ela, e bocejou. "Solo quero um bebsaudvel, menino ou menina, apesar de que seria conveniente sabercom antecipao para poder ter um nome eleito e um quarto demeninos decorado sem ter que usar verdes ou amarelos."

    "Um quarto de meninos," disse o com um fracamente surpresotom. "No tinha pensado to adiantado. Tudo o que possovisualizar esta personita mais ou menos do tamanho de um coelhoesfolado, tudo agasalhado em uma manta. ficar onde o ponhamos eno ocupar muito espao. por que algo assim de pequeno necessitauma habitao inteira para ele?"

    Ela sorriu abertamente na escurido. "Porque de outra maneira odepartamento completo estaria desordenado com todos osacessrios necessrios para cuidar de um beb. E onde pensava quedormiria?"

    Pergunta-a o sobressaltou; logo riu, o estranho som retumbandodebaixo de seu ouvido. "Conosco, suponho. Sobre qualquer braoque no estivesse usando. Diria que pude dormir sobre meu peito,mas entendo que eles no so escaladores."

    Ela riu disimuladamente, e ele riu outra vez. Mais alegre do quepodia recordar ter estado alguma vez em sua vida, ela se acurrucainda mais perto. "Imagino que quer um menino. Todo o dia estive

    tendo ensoaciones de ti lhe ensinando como jogar beisebol."

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    Saxon ficou rgido, seu corpo esticando-se tudo ao longo dela."No especialmente," disse finalmente com uma voz muito tirante."Realmente preferiria ter uma menina."

    A surpresa a manteve em silncio, especialmente porque no sabiaque o tinha turbado da pergunta. Ele no disse nada durante ummomento, e ela comeou a ficar dormida, mas toda sonolncia adeixou quando ele disse quedamente, "Possivelmente se for umamenina a amar mais."

    Captulo 6

    "O que tem que sua famlia?" perguntou ele cautelosamente amanh seguinte, como se pisasse em recelosamente em terrainstvel. Em sua experincia, a famlia era algo que outra gentetinha e, por isso tinha visto em seus lares adotivos, no eradesejvel. Mas queria saber mais sobre a Anna, queria descobrirtudo o que pudesse sobre ela em caso de que algum dia ele voltassepara casa para encontrar-se de maneira que se foi. "H-lhes ditoque vais ter um beb, ou algo sobre meu?"

    "No tenho nenhuma famlia," replicou ela enquanto vertia leitedesnatado sobre seu cereal. Sua conduta era casual, mas ointeresse dele se agudiz imediatamente.

    "Nenhuma famlia? Foi rf?" Ele tinha visto um monto derfos, tristes e aterrorizados meninos que tinham perdido seu

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    mundo inteiro e no sabiam o que fazer. Possivelmente suasituao, espantosa como tinha sido, era prefervel a deles. Aomenos ele no tinha perdido a algum a quem amava. Sua me notinha morrido; simplesmente o tinha jogado ao lixo. Provavelmenteambos, ela e seu pai, estavam ainda vivos em algum lugar, emboraduvidava que estivessem juntos. Ele era mais que provavelmente oresultado de uma curta aventura, como muito, e mais possivelmenteuma aventura de uma noite.

    "Sim, mas nunca estive em um orfanato. Minha me morreu

    quando tinha nove anos, e meu papai disse que ele no podia cuidaradequadamente de mim, por isso me enviou a viver com seu meioirmana. Para falar a verdade, ele simplesmente no queria aresponsabilidade. Por isso minha tia dizia, sempre tinha sidoirresponsvel, nunca mantendo um trabalho por muito tempo,gastando seu dinheiro em bares e indo atrs de outras mulheres.Morreu em um acidente de automvel quando eu tinha quatorze

    anos."

    "O que tem que sua tia?" perguntou o, recordando o "nenhuma"que ela tinha enumerado ao lado da informao de parente maisprximo. "Ainda a v?"

    "No." Ela morreu perto de um ano antes de que comeasse atrabalhar para ti, mas duvido que alguma vez a tivesse visto outravez de qualquer maneira. No era uma relao afetuosa. Ela e tioSid tinham sete meninos prprios. Eu era sozinho uma inoportunaboca extra que alimentar, especialmente porque ela nunca se levoubem com papai de qualquer maneira. Tia Cora se via como se tivesseposado para a pintura 'American Gothic', com sua cara de ameixa

    passa e desaprobadora, azedada pela vida. Nunca havia suficiente

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    dinheiro para que alcanasse para todos, e era to s natural queela provesse para seus prprios primeiro meninos."

    O aborrecimento se avultou dentro dele enquanto imaginava, umamagra, perdida garotinha com grandes olhos de mel, mantendo-seapartada a um lado como ele freqentemente tinha permanecido,nunca realmente uma parte da unidade familiar. Essa tinha sido amelhor parte de sua infncia, mas o enfurecia que Anna tivesse sidosubmetida a semelhante tratamento. "O que tem que suas primos?Nem sequer os v, ou ouve deles?"

    "No, nunca fomos prximos. Levamo-nos bem assim como amaioria dos meninos que foram arrojados juntos, mas nunca tivemosmuito em comum. Todos eles se afastaram da granja, de todasformas, e no se onde esto. Suponho que poderia rastre-los sequisesse, mas no me parece que tenha sentido faz-lo."

    De alguma forma ele nunca se imaginou a Anna estando sozinha nomundo, ou que tivesse uns antecedentes em comum com ele.Impactou-o compreender que, de uma forma diferente, ela tinhaestado to necessitada de cuidados como ele. Nunca tinha sofridoo abuso fsico, e talvez isso era pelo que ainda era capaz deestender a mo, de expressar amor. Inclusive antes de quepudesse recordar, ele tinha aprendido a no esperar, ou teresperanas, ou oferecer algo de se mesmo, porque isso o deixariaao descoberto para ser ferido. alegrava-se de que Anna no tivesseconhecido uma vida como essa.

    Ainda assim, no poderia ter sido fcil para ela lhe dizer que oamava. Tinha estado fortalecida para o rechao? Isso era o que

    ele tinha feito, entrado em pnico e arrojado seu amor cara.Tinha estado aterrorizado a manh seguinte de que ela no fora

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    capaz de suportar v-lo depois da forma em que se escapou dela.Mas o tinha aceito de volta, e graas a Deus, no s o amava, massim parecia amar a seu beb. s vezes parecia impossvel.

    "O que tem que a famlia adotiva com a que permaneceu?"perguntou ela. "Alguma vez os chama, ou os visita?"

    "No. No os vi desde dia depois de minha graduao, quandoempacotei e fui, mas eles no esperavam que me mantivera emcontato. Disse-lhes adeus e lhes agradeci, e acredito que isso foi

    suficiente.""Como se chamavam?"

    "Emmeline e Harold Bradley. Eram boa gente. Tentaram-no,especialmente Harold, mas no havia forma em que pudessem meconverter em seu filho. Estava sempre ali, em seus olhos. Eu no

    era Kenny. Emmeline sempre parecia resentir que seu filho tivessemorrido mas eu estivesse ainda vivo. Nenhum deles me tocava sepodiam evit-lo. Cuidaram-me, proporcionaram-me um lugar ondeficar, roupas, comida, mas no havia carinho ali. Estavam aliviadosquando fui."

    "No sente curiosidade por saber se ainda esto vivos, ou se semudaram?"

    "No tem sentido sab-lo. No h nada para mim ali, e eles noestariam encantados de lombriga."

    "Onde viviam?"

    "ao redor de oitenta milhas daqui, no Fort Morgan."

  • 7/17/2019 Caminho Ao Lar - Linda Howard

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    "Mas isso to perto! Minhas primos viviam em Maryland, por

    isso ao menos razovel que no nos tenhamos mantido emcontato."

    Ele se encolheu de ombros. "Deixei o estado quando foi universidade, por isso no era exatamente cmodo visit-los. Tinhadois trabalhos para pagar meu colegiatura, e isso no deixava ummonto de tempo livre."

    "Mas voltou a Avermelhado e te estabeleceu em Denver.""H mais demanda para os engenheiros em uma grande cidade."

    "H um monto de cidades neste pas. O ponto , que est toperto, mas nunca os chamou para lhes dizer como foi nauniversidade, ou que estava de retorno no estado."

    A ira se filtrou em sua voz. "No, no o fiz, e no me proponhofaz-lo. Pelo amor de Deus, Anna, passaram quinze anos desde quesa da universidade. Sem dvida nenhuma no mantiveram uma velana janela para meu todo este tempo. Sabiam que no voltaria."

    Ela deixou o tema, mas no o esqueceu. Harold e EmmelineBradley. Encarcerou seus nomes em sua memria. Apesar do queSaxon pensava, eles tinham acontecido anos criando-o e eraprovvel que estivessem mais que um pouco interessados em saber oque tinha sido dele.

    Ele saiu para o trabalho em silncio, e voltou essa tarde com o

    mesmo lhe reflitam humor. Ela o deixou sozinho, mas seu silnciolhe fez aterrorizar-se em silncio. Tinham-no incomodado tanto