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5 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Francielly de Paulo Santos Buthevitz A RELAÇÃO DO ABSENTEÍSMO COM A MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR Curitiba/PR 2010

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5UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Francielly de Paulo Santos Buthevitz

A RELAÇÃO DO ABSENTEÍSMO COM A MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR

Curitiba/PR 2010

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A RELAÇÃO DO ABSENTEÍSMO COM A MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR

Curitiba/PR 2010

Francielly de Paulo Santos Buthevitz

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A RELAÇÃO DO ABSENTEÍSMO COM A MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR

Trabalho de conclusão do curso deEspecialização em Auditoria e Gestão emSaúde, para obtenção parcial do título deEnfermeiro Especialista pela UniversidadeTuiuti do Paraná, orientado por SheilaGoulart

Curitiba/PR 2010

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................05

1.1 JUSTIFICATIVA....................................................................................08

1.2 OBJETIVO.............................................................................................08

2. REFERENCIAL TEÓRICO..........................................................................09

2.1 O HOSPITAL.........................................................................................09

2.2 A ENFERMAGEM.................................................................................11

2.3 A LIDERANÇA......................................................................................13

2.3.1 Diferença entre Líder e Gestor.........................................................13

2.4 O ABSENTEÍSMO................................................................................15

2.5 A MOTIVAÇÃO.....................................................................................19

2.5.1 Teorias Motivacionais do Conteúdo..................................................20

2.5.2 Teorias Motivacionais do Processo..................................................26

2.5.2.1 Os Fundamentos da Teoria da Espectativa...................................26

2.5.2.2 Teorias das Espectativas de Victor H. Vroon.................................27

3. METODOLOGIA.........................................................................................30

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................31

5. REFERÊNCIAS...........................................................................................33

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1.INTRODUÇÃO

A ausência no trabalho na área da saúde tem sido cada vez mais freqüente

nas instituições independente de característica privada ou pública, principalmente no

serviço de enfermagem, fato este observado na vivência profissional, onde causas

multifatoriais são observadas. Através de discussões diárias no inicio deste século

sobre esta temática, pesquisadores buscaram levantar alguns indicadores que

considerassem sobre as causas que desencadeiam o problema, dentre elas

algumas hipóteses foram formuladas: dimensionamento insuficiente de profissional

na área de enfermagem, dupla jornada de trabalho, baixos salários, liderança

autoritária, sobrecarga das atividades profissionais e complementares, falta de

motivação pessoal, baixa auto-estima, irresponsabilidade profissional, falta de

compromisso ético, desamor pela profissão. Para Alexandre, 1987; Couto, 1987;

Chiavenato 1994; Alves, 1995, um aspecto importante a ser considerado é que as

causas do absenteísmo nem sempre estão no trabalhador, mas na empresa,

enquanto organização e supervisão deficientes, através da respectividade de

tarefas, da desmotivação e desestímulo, das condições desfavoráveis de ambiente e

de trabalho, da precária integração entre os empregados e a organização e dos

impactos psicológicos de uma direção deficiente, que não visa uma política

prevencionista e humanista.

Ferreira (1986) define a palavra absenteísmo como: ausência habitual no

emprego. Chiavenato (1994), descreve como sendo uma expressão para designar

“falta do empregado ao trabalho, não sendo a ausência caracterizada por

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10desemprego, doença prolongada ou licença legal”. Couto (1987) descreve que o

absenteísmo é decorrente de um ou mais fatores, tais como, fatores sociais,

culturais, de personalidades e de doença.

O supervisor muitas vezes entende que a tarefa de controlar os horários e as

faltas cabe á área de Recursos humanos; e vice-versa. Contudo, há que se pensar

que este deve ser um trabalho compartilhado e não restrito a um único

departamento.

Kurcgant (2006), descreve sobre, o “resgate do sujeito” como condição

necessária para modernidade, situando o sujeito no centro das dimensões

organizacionais, valorizando o ser humano e suas manifestações de desejo. A essa

condição, inclui iniciativa e a responsabilidade individual, o estimulo á participação

das pessoas no processo da organização, o favorecimento do alcance de objetivos

pessoais, o auto desenvolvimento e a preocupação com a avaliação de resultados,

tanto das pessoas quanto da organização.

Cada vez mais tem se publicado e discutido sobre a importância da motivação

nas empresas. A definição de motivação segundo Dicionário Aurélio (2010) é: Ato ou

efeito de motivar. Palavra popularmente usada para explicar por que as pessoas

agem de uma determinada maneira. Em psicologia e nas outras ciências do

comportamento, a palavra tem uso mais limitado. Alguns cientistas vêem a

motivação como fator que determina o comportamento, tal como expresso na frase

"todo comportamento é motivado".

O trabalho hoje se tornou algo crucial na vida das pessoas, uma necessidade

de sobrevivência. O trabalhador pode até não gostar do que faz, mas em muitos

casos continua insatisfeito com o serviço, por receio de não encontrar outra

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11oportunidade ou por comodismo. Para Fromm, citado por Krawulski,1991, o

trabalho atualmente é um meio para ganhar dinheiro e não uma atividade humana

significativa em si.

A busca das empresas sobre como motivar seus trabalhadores é importante

porém segundo Vernon,1973 A motivação é encarada como uma espécie de força

interna que emerge, regula e sustenta todas as nossas ações mais importantes.

Contudo, é evidente que motivação é uma experiência interna que não pode ser

estudada diretamente.

É importante que o trabalhador se sinta a vontade para exercer suas

atividades, que haja respeito e responsabilidade e não medo e obrigação. É

necessário que o trabalhador conheça a missão da empresa e compartilhe a mesma

idéia, é necessário também que quando chamados a uma reunião sejam

estimulados a expressar suas idéias e não apenas serem advertidos ou ordenados,

muitas vezes quando questionados sobre o termo reunião logo expressão

desconforto, insegurança e medo.

Gonçalves (2006), relata que o departamento de recursos humanos tem papel

fundamental neste controle, além, de novos desafios administrativos, dentre eles:

apoiar e assessorar os gerentes de linha; possuir aprofundado conhecimento da

organização e de seus profissionais; consolidação da imagem da instituição; criação

de mecanismos de escuta aos profissionais; facilitar o espaço intersetorial;

desenvolver ações para melhoria do ambiente de trabalho; desenvolvimento de

capacidades e de educação continuada; enfoque na motivação; gerenciamento por

meio de indicadores e parâmetros pactuados; humanização das relações e

estruturas internas e a viabilização e oferecimento de benefícios não financeiros e

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12subjetivos. Com base nestas primícias muito há que se fazer quando se trata de

gerenciamento de recursos humanos.

1.1.JUSTIFICATIVA

Partindo da premissa de que a presença do profissional no processo de

trabalho da equipe de enfermagem e na sistematização da assistência é de

fundamental importância, há que se pensar, que o absenteísmo pode comprometer

em muito a qualidade da assistência e a essência do cuidado dos pacientes. O

presente estudo busca identificar a relação do absenteísmo com a motivação no

ambiente hospitalar, apontar pontos positivos e negativos na condução dos lideres

frente suas condutas para com o trabalhador, visando assim outro método de gestão

de pessoas, tanto quanto na visão de supervisão direita quanto aos responsáveis de

recursos humanos.

1.2. OBJETIVO

Identificar a relação do absenteísmo com a motivação no ambiente hospitalar.

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132. REFERNCIAL TEORICO

2.1 O HOSPITAL

A história dos hospitais remonta as obras de caridades vivenciadas desde o

século XV em Portugal, o que através deste surgiram no Brasil as Irmandades de

Santa Casas. A palavra hospital é derivada do latin hosptiu, que quer dizer local

onde se hospeda pessoas. Segundo dicionário Aurélio é um “estabelecimento,

público ou particular, aparelhado com todos os recursos médicos e cirúrgicos para o

tratamento dos doentes”. Para o Ministério da Saúde (2010), hospital é definido

como: “estabelecimento destinado a prestar assistência sanitária em regime de

internação a uma determinada clientela”. Gonçalves (2006), retrata que: um modo de

entender o hospital é vê-lo como uma organização de características próprias que o

diferenciam de outras organizações ou instituições,o hospital é uma organização

humanitária, sendo até certo ponto burocrática e autoritária, com extensa divisão de

trabalho especializado, coordenado hierarquicamente segundo princípios e métodos.

A descentralização das ações de saúde em andamento no Brasil, faz com que

as instituições de saúde sejam essas públicas ou privadas, busquem novas

possibilidades de gerenciamentos e desafios que devem ser vivenciados por todos

de forma a se adequarem dentro das novas diretrizes. Desde á década de 70, o

Brasil vem sofrendo mudanças em toda sua estrutura, onde vários institutos foram

se formando na tentativa de universalizar as ações integradas á saúde, dentre

muitos, INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social);

PIASS (Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento); PAIS

(Programa de Ações Integradas á Saúde); SUDS (Sistema Único Descentralizado de

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14Saúde); até chegar no que temos hoje SUS (Sistema Único de Saúde), que tem

como objetivo a universalidade no atendimento; eqüidade de acesso, integralização

dos serviços e a descentralizações das ações em saúde.

Historicamente todo esforço de incentivo na educação permanente na saúde

depende de financiamento, até a metade do século XX a internação, antes de mais

nada, dependia da família ou responsável legal. A partir da constituição de 1988 com

as diretrizes vinculadas pelos programas de investimentos do estado federal que

preconiza que: a saúde é direito de todos e dever do estado, na qual, avalia-se como

verídica esta afirmação, pois, muito tem se feito para que todos possam ter acesso

de forma igualitária e justa, com isso, o perfil de atendimento e de clientes que

buscam o atendimento via SUS (Sistema Único de Saúde), tem mudado, as

exigências de profissionais cada vez mais capacitados também é uma realidade,

independente do grau de complexidade da assistência á saúde do individuo,

cabendo as instituições o compromisso de investimento em profissionais habilitados

e comprometidos com instituição e cliente.

Com o crescimento acentuado das empresas privadas de assistência

suplementar da saúde, criou-se um órgão fiscalizador, a ANS (Agência Nacional de

Saúde Suplementar) foi criada pela Lei 9.961, de 28 de janeiro de 2000. A ANS é

autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde. Sua missão é

promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde,

regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com

prestadores e consumidores, contribuindo, assim, para o desenvolvimento das ações

de saúde no país, influenciando diretamente na prestação de serviço contratado pelo

consumidor até o respectivo serviço prestado, dentre eles em clinicas e hospitais.

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15 O hospital do século XXI é visto como uma empresa que necessita ter

lucros para poder investir na alta resolutividade e no processo do atendimento do

individuo adoentado. A busca de recursos financeiros é uma constante diária para se

manter a instituição. A relação da equipe de enfermagem com paciente e família

deve ser de forma integral, ou seja, é preciso tratar o individuo como um todo, não

apenas os órgãos ou tecido lesado. Com isso as instituições, assim como, seus

profissionais devem buscar indicadores que os qualifiquem para um funcionamento

adequado e que os identifiquem na excelência e no grau de exigência do seu cliente

alvo.

2.2 A ENFREMAGEM

Muitos foram os precursores que influenciaram na construção do serviço de

enfermagem. No século IV e V surge em Roma um grupo de mulheres denominadas

de “matronas”, que abdicaram de sua própria vida para se dedicarem ao cuidado de

pobres e doentes em seus próprios palácios, que serviam como abrigos. (OQISSO

2005).

No século XIX Florence Nigthingale abre novo caminho para as mulheres,

liberdade social e econômica, uma profissão de fato, tornando-se assim a

percussora mais importante no desenvolvimento e crescimento da enfermagem a

nível mundial.

Desde então surgem escolas com objetivos de treinar enfermeiras e

multiplicar conhecimentos.

No Brasil a enfermagem surge por volta de 1894 em São Paulo no Hospital

Samaritano, através de uma comunidade de homens e mulheres evangélicos, no

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16entanto o primeiro curso de enfermagem só se concretizou em 1923. A primeira

escola é fundada em 1933, com o nome de Escola de Enfermagem Carlos Chagas,

em Belo Horizonte, Minas Gerais, porém, esta escola só foi aprovada em

06/08/1949, através da Lei Nº. 775; (OQUISSO 2005).

Atualmente centenas de escolas técnica e de nível superior se espalham por

todo continente. O serviço de enfermagem na área hospitalar é composto por

enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, assim definidos através da

legislação Decreto 94406 de 08/ 06/1987.

O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e os seus respectivos

Conselhos Regionais (CORENs) foram criados em 12 de julho de 1973, por meio da

Lei 5.905. Juntos, eles formam o Sistema COFEN/CORENs. Estão subordinados ao

Conselho Federal todos os 27 conselhos regionais localizados em cada estado

brasileiro. Filiado ao Conselho Internacional de Enfermeiros em Genebra, o COFEN

existe para normatizar e fiscalizar o exercício da profissão de enfermeiros, técnicos e

auxiliares de enfermagem, zelando pela qualidade dos serviços prestados pelos

participantes da classe e pelo cumprimento da Lei do Exercício Profissional

(COFEN/PR 2010).

Por se tratar de cuidar de vidas humanas, o indivíduo que atua na área

da saúde deve estar preparado para trabalhar diante de adversidades que a cultura

milenar nos impõe, ou seja, á trajetória histórica, a tarefa de cuidar desde as mais

remotas civilizações sempre foi delegada a mulheres, mesmo durante as guerras e

epidemias a atividade de cuidar e assistir eram das mulheres, fato este que se

comprova pela vivência profissional e que perduram até os dias de hoje (OQUISSO,

2005).

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2.3 A LIDERANÇA

Para Bowditch (1999), a liderança pode ser considerada como um processo

de influencia geralmente de uma pessoa, através do qual um indivíduo ou grupo é

orientado para o atendimento da metas estabelecidas pela empresa.

Bergamini (1994), aponta dois aspectos comuns as definições de liderança:

em primeiro lugar a liderança esta ligada a um fenômeno grupal, isto é,envolve duas

ou mais pessoas, em segundo lugar, trata-se de um processo de influnenciação

exercido de forma intencional por parte dos lideres sob seus liderados.

Bennis e Nannus (1998), propõe que lideres são aqueles que delegam

poderes aos seus empregados, afim de que eles procurem novas maneiras de atuar.

Liderar sob os olhos de Lacombre (2004), é “conduzir um grupo de pessoas,

influenciar seus comportamentos e suas ações, para atingir objetivos e metas de

interesse comum desse grupo, de acordo com uma visão do futuro baseada em um

conjunto de idéias e princípios”.

Ramos (1989), apresenta o líder como “um agente capaz de facilitar o

desenvolvimento de iniciativas livremente geradas pelos indivíduos passiveis de

amalgamarem, sob a forma de configurações reais”.

Estas concepções, definem que o líder deve proporcionar ao seus liderados o

apoio necessário a motivação do trabalho.

2.3.1 Diferença entre Líder e Gestor

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18A importância da liderança na gestão das organizações é tal, que muitas

vezes tende a confundir-se liderança com gestão. Para Araujo (2006), nem todos os

líderes são gestores. Do mesmo modo, nem todos os gestores, só porque o são, são

líderes.

LÍDER GESTOR

Liderar é conectar as pessoas da

organização ao seu negocio.

Gerenciar é colocar para trabalhar as

pessoas da organização no seu

negócio.

Liderar é obter e manter as pessoas da

organização agindo e trabalhando como

proprietários.

Gerenciar é obter e manter as

pessoas da organização agindo e

trabalhando como pessoas da

organização.

Liderança é a arte de fazer com que os

outros tenham vontade de fazer algo

que você está convencido de que deva

ser feito.

Gerenciar é a arte de fazer com que

os outros façam algo de que você está

convencido que deva ser feito.

Liderança é a arte de mobilizar os

outros a batalhar por aspirações

compartilhadas.

Gerenciar é a arte de mobilizar os

outros a trabalhar.

Liderança é a arte de obter resultados

desejados, acordados e esperados

através de pessoas engajadas.

Gerenciar é a arte de obter resultados

desejados, acordados e esperados

através de pessoas.

Definições de Líder x gestor. Araújo, 2006, pg.335

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192.4 ABSENTEISMO

Milkovich e Boudreau (2000) definem absenteísmo como sendo; “a freqüência

e/ou duração do tempo perdido de trabalho, quando os empregados não vêm

trabalhar”.Couto (1987), descreve que o absenteísmo é decorrente de um ou mais

fatores, tais como, fatores sociais, culturais, de personalidades e de doença. O

mesmo autor relata que não parece existir uma relação precisa de causa e efeito,

mais sim, um conjunto de variáveis que podem levar ao absenteísmo.

Ribeiro (2006) descreve que a ausência no trabalho seja qual for o motivo,

deve ser combatida, pois representa um fator importante nos custos e diminuição da

produtividade, para combater o absenteísmo com eficiência a empresa pode

aumentar as horas trabalhadas e com isso, a produtividade do seu colaborador.

O absenteísmo no departamento de enfermagem da área hospitalar vem

sendo estudo ao longo de muitos anos, estando este vinculado a diversas causas:

as legais, enumeradas por atestados médicos de curta, média e longa duração, as

licenças maternidade, paternidade, gala, férias são previsíveis, logo, se bem

gerenciadas não devem atrapalhar o processo de trabalho seja administrativo ou

assistencial; observa-se ainda a falta que é inevitável administrativamente, como,

licença funeral, acidentes de trabalho, além deste, o absenteísmo injustificado, faltar

por faltar.

De acordo com estes indicadores, muitos efeitos evoluem em cascatas

negativas: sobrecarga de atividades, aumento de problemas na saúde do

trabalhador, queda da produtividade e qualidade na assistência de enfermagem,

riscos de iatrogenias provocada pelo excesso de atividades dos profissionais em

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20exercício, marketing negativo dos profissionais e instituição, insatisfação geral por

parte dos profissionais comprometidos levando-os a um baixo rendimento devido a

falta de motivação e consequentemente as faltas injustificadas. Todos estes efeitos

causam transtornos gerais ao departamento de enfermagem sejam eles, aumento do

custo operacional financeiro, técnico e humano, comprometendo assim a qualidade

da assistência prestada.

Ribeiro (2006) relata que a tarefa de lidar e prevenir o absenteísmo é tarefa

do supervisor imediato, que precisa motivar o funcionário para o trabalho, além de

divulgar e aplicar as normas da empresa, de modo a evitar que funcionários não

enquadrados sirvam de exemplo para os outros; a conscientização dos profissionais

para o trabalho em equipe e para questão da produtividade. Cabe ao supervisor

imediato a investigação do motivo pela qual seu colaborador esta faltando.

Segundo Ribeiro (2006), os fatores que podem diminuir os índices de

absenteísmo são:

1. Políticas empresariais: Abonar o atraso de quinze minutos pode vir a

ser mais produtivo do que a falta do dia inteiro.

2. Interação da chefia imediata com recursos humanos: A

responsabilidade legal no controle e orientação das sanções é do gerente de

recursos humanos, mas, manter o profissional motivado, comprometido e orientado

é tarefa que deve ser desenvolvida pelo chefe imediato e juntos orientar claramente

quanto á assiduidade e aos riscos de implicação legais ao profissional.

3. Aplicação de sanções legais: Embora de racionalidade difícil, pode pra

quem as aplica inibir as atitudes parecidas de outros profissionais, porém, nem

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21sempre esta atitude é efetiva, acredita-se que cada caso é um caso e deve ser

analisados.

4. Premiação aos profissionais comprometidos.

5. Criação de bancos de horas, quando estes necessitarem ausentar-se

por faltas sem justificativas legais.

6. Preferência na escolha de mês de férias.

7. Porcentagem salarial como forma de prêmio assiduidade durante

todo ano.

Cabe aos gerentes/coordenadores e chefias imediatas prover e prever

qualiquantitativamente recursos humanos necessários ao cumprimento dos objetivos

da instituição quanto empresa, bem como, da qualidade de assistência prestada, a

ausência de um membro ou mais num mesmo turno ou dia poderá comprometer não

somente os custos financeiros, mas também a imagem da instituição.

Bittar, e Parra, (2003); relata que o absenteísmo é um dos problemas

administrativos mais onerosos para qualquer instituição. Tratando-se de prestação

de serviço na área da saúde, torna-se além de oneroso, de difícil solução devido à

complexidade dos variados fatores que o desencadeiam e da tomada de decisão da

chefia, que pode estar voltada ou não para evitar o problema. Pode ser considerado

um custo evitável e ser corrigido ou prevenido administrativamente, com significante

mudança na prática operacional.

O absenteísmo na área de enfermagem tem sido estudado cientificamente,

dentro das temáticas relacionadas á saúde ocupacional do trabalhador.

Chiavenato (1992), considera o absenteísmo a soma dos períodos em que os

empregados se ausentam do trabalho, seja por falta ou atraso. O cálculo deve refletir

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22a percentagem do tempo não trabalhado em decorrência das ausências em

relação ao volume de atividade esperada ou planejada. A equação proposta leva em

conta os homens/dia de ausência em relação aos homens/dias de trabalho:

Índice de absenteísmo = efetivo médio de empregados número de dias trabalhado

(nº de homens/dia perdidos por ausência ao trabalho).100

Observação: recomenda-se a substituição de dias por horas para a inclusão de

número de horas:

Índice de absenteísmo = total de homens/horas trabalhadas

(nº de homens/horas perdidas).100

Bittar (1996) revela que os indicadores e índice de desempenho devem ser

detalhados e monitorados periodicamente, onde o termo absenteísmo é definido

com a seguinte fórmula:

Índice de absenteísmo =

o produto do nº médio de empregados na folha pelo nº de hora - trabalho durante mesmo período

(nº de homens - hora perdidos por faltas num determinado período).100

O Conselho Federal de Enfermagem - PR com base no Parecer Técnico

Nº.1/99 prevê que com base no número total de profissionais lotado no

departamento e de comum acordo com a especificidade de cada unidade deve ser

acrescido de 30%, no número total da unidade, no entanto, este índice ainda é muito

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23discutido, pois cada instituição possui características próprias e que devem ser

levadas em conta. Relação entre o número de homens-hora por faltas num

determinado período (dividindo) e o produto do número médio de empregados na

folha pelo número de horas-trabalho, durante o mesmo período (divisor). O

resultado, em percentagem, é obtido multiplicando-se o quociente por 100. Entende-

se por faltas o não comparecimento de um empregado ao trabalho, durante uma ou

mais jornadas completas. Este indicador não inclui as horas perdidas por atrasos e,

em geral é calculado mensal, semestral ou anualmente. Levantamentos por

subgrupos de empregados (departamento, sexo, cargo, tempo de serviço, etc), São

mais esclarecidos que os totais gerais”. (Resolução COFEN 293/2004).

2.5 MOTIVAÇÃO

Segundo Bernard Berelson & Gary A. Steiner, “um motivo é um estado interno

que dirige ou canaliza o comportamento em direção a objetivos”.Dessa forma,

somente podemos estimar o grau de motivação de determinado indivíduo mediante

a observação do seu comportamento. As pessoas se comportam em conseqüências

de certas razões ou motivações.

Constata-se nos últimos 30 anos um volume muito grande de pesquisas e

teorias de análise dos mecanismos da motivação. Para que fossem entendidos de

maneira mais ordenada tais estudos, os professores Campbell, Dunnette, Lawler e

Weick, em 1970, das Universidades de Minesota e Yale criaram uma classificação

das teorias de motivação, distinguindo teorias de conteúdo e teorias de processo

(CORADI, 1985).

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24As teorias centradas no conteúdo tratam dos construtos-substantivos que

motivam a atividade, isto é, procuram explicar os motivos que fazem as pessoas

agir, como, por exemplo, as necessidades.

Enquadram-se nessa categoria: a teoria da hierarquia das necessidades de

Maslow; as teorias X e Y, de Mc Gregor; a teoria das necessidades de McClelland e

a teoria dos fatores motivacionais e higiênicos de Herzberg.

As teorias centradas no processo tratam não apenas do estímulo, mas dos

fatores que dão direção para o comportamento motivado, ou seja, elaboram os

construtos do processo que possibilita direcionar e manter uma conduta ou padrão

de comportamento. Por exemplo, a motivação devido à percepção do indivíduo

quanto ao esforço que deve ser empregado no trabalho, quanto aos requisitos de

desempenho e quanto às recompensas possíveis de serem obtidas. Enquadram-se

nesse grupo: a teoria da eqüidade, de J. Stancy Adams e a teoria da expectativa, de

Vroom.

2.5.1 Teorias motivacionais de conteúdo

O primeiro modelo, que influenciou basicamente o modelo de ciência social

relativo ao comportamento humano no trabalho, foi desenvolvido por Abraham H.

Maslow, denominado de Teoria da Hierarquia das Necessidades. Segundo a teoria

de Maslow, o surgimento de uma necessidade provoca no indivíduo um estado de

tensão e ansiedade que, por sua vez, na busca da consecução de um determinado

objetivo, possa vir a reduzir ou eliminar esse estado de tensão e ansiedade (LIMA,

1999).

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25As necessidades humanas estão dispostas em níveis numa hierarquia, a

saber:

Necessidades de auto-realização

Necessidades de estima

Fig.1 Pirâmide representando a hierarquia das ne

Necessidades de auto-realização: aut

talentos individuais, progressão, etc.

Necessidades de estima: reputação

etc.;

Necessidades sociais: amizade, inclus

Necessidades de segurança: proteção

Necessidades fisiológicas: ar, comida,

No modelo de Maslow o estado

insatisfação. Ainda que, momentane

tendem a retornar ao estado natural

convive com um grupo que tem suas

um “estado de satisfação” mais freqüe

A Teoria de Mc Gregor (1980)

mostra-se bastante relacionada à Teo

chega a ser uma teoria motivacional

Necessidades de segurança

Necessidades sociais

Necessidades fisiológicas

cessidades Humanas de Maslow

o-realização do potencial, utilização plena dos

, reconhecimento, auto-respeito, auto-estima,

ão em grupos, etc.;

contra o perigo ou provação, segurança, etc.;

repouso, abrigo, lazer, etc.;

natural das pessoas é de questionamento, de

amente, possam ficar satisfeitas, as pessoas

de questionamento. Todavia, se uma pessoa

necessidades básicas atendidas, ela desfruta

ntemente (BARBOSA1994).

é formulada a partir dos estudos de Maslow e

ria Clássica da Administração. Na verdade não

, mas uma filosofia administrativa, mostrando

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26que o sucesso da organização depende em grande parte da capacidade de prever

e controlar o comportamento humano. Ao propor uma Teoria X e uma Teoria Y, Mc

Gregor toma como pressuposto a natureza do homem em relação ao trabalho.

A Teoria X explica as conseqüências de uma determinada estratégia

administrativa e atende ao caráter motivacional somente quando as necessidades

das pessoas se encontram nos níveis mais baixos, como as necessidades

fisiológicas e de segurança. Para atender necessidades em níveis mais altos, Mc

Gregor propõe a Teoria Y, com base na teoria das relações humanas e que busca a

integração entre objetivos individuais e os da organização. Pressupõe uma outra

concepção do trabalho, admitindo que os indivíduos estão dispostos a se auto-dirigir

e auto-controlar a serviço dos objetivos com os quais se comprometem, dependendo

das recompensas que lhes são associadas.

Essas recompensas são financeiras, mas também dizem respeito à natureza

do trabalho e suas condições de realização. Mc Gregor assim comenta os

pressupostos básicos que norteiam a Teoria X e Teoria Y:

Ao desenvolver s

uma boa parte da p

O princípio fundamental derivado da Teoria X é o da direção econtrole, através da autoridade – o chamado princípio escalar. O princípio fundamental derivado da Teoria Y é o da integração: acriação de condições tais que permitam aos membros daorganização alcançarem seus próprios objetivos dirigindo seusesforços para o sucesso da empresa. Esses dois princípios têm implicações profundamente diferentes no que diz respeito à tarefade administrar os recursos humanos, mas o princípio escalar estátão firmemente implantado nas atitudes gerenciais que asimplicações do princípio da integração não são facilmente percebidas (MC GREGOR, 1980, p.83).

ua Teoria da Motivação Social, Mc Clelland fez com que

esquisa sobre motivação ficasse livre de premissas

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27questionáveis sobre a hierarquia das necessidades e voltou-se para o estudo

da motivação

de maior significado no comportamento administrativo, são elas:

• Realização: as pessoas com forte motivação para a realização

preocupam-se em fazer melhor, e têm como incentivo, geralmente, um trabalho de

risco moderado, desempenham bem suas atividades, são estimuladas pela natureza

de trabalhos criativos que representam desafios, embora fracassem em tarefas

rotineiras e monótonas;

• Afiliação: em posição oposta à realização, os indivíduos com forte

motivo de afiliação preferem manter boas relações com as chefias a tomar decisões

e preferem trabalhar com amigos do mesmo temperamento, pelo desejo de serem

queridos e aceitos;

• Poder: as pessoas apresentam tendências de controlar e influenciar

outras pessoas com a preocupação de dar ordens; indivíduos com elevada

motivação de poder são eficientes em produções concretas, preferem trabalhar

sozinhos, assumindo as responsabilidades por suas obras. De maneira geral não

são os mais indicados para exercer cargos de chefia.

A combinação desses motivos contribuiu muito para o desenvolvimento da

área de recursos humanos, especialmente quanto à identificação do perfil individual

para certos cargos e funções.

Ainda nesse grupo das teorias motivacionais de conteúdo, inclui-se a Teoria

da Higiene e da Motivação de F. Herzberg que a elaborou a partir de uma pesquisa

de campo,na década de 50, junto aos funcionários de uma empresa americana,

tendo como referência a Teoria de Maslow. Usando a técnica de “incidentes críticos”

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28nas entrevistas realizadas,Herzberg procurou conhecer os motivadores que

constituíam fontes de satisfação no trabalho,distinguindo duas ordens de fatores:

• Fatores Motivacionais: de caráter intrínseco, aqueles relacionados ao

cargo e a natureza da tarefa desempenhada, possíveis de controle pelo indivíduo e

que devem levar ao reconhecimento e à valorização profissional, culminando com a

auto-realização. São eles: realização; reconhecimento; o trabalho em si; ampliação

ou enriquecimento do cargo; responsabilidade (fatores positivos, atuam numa escala

de satisfação).

• Fatores Higiênicos: de caráter extrínseco, aqueles definidos pelo

contexto que envolve o funcionário e que fogem ao seu controle. A expressão

higiene serve para refletir seu caráter preventivo, profilático, para evitar fontes de

insatisfação do meio ambiente ou ameaças potenciais ao seu equilíbrio. São eles:

políticas administrativas da organização; competência técnica da supervisão

(Chefia); salários; relações interpessoais; vida pessoal; condições de trabalho; status

e segurança (fatores que atuam numa escala de insatisfação) (HERZBERG, 1966

CHIAVENATO, 2000, p.256).

Os produtos da pesquisa de Herzberg harmonizam-se com os estudos de

Maslow. No que se refere aos fatores motivacionais, quando relacionados às

necessidades de auto-realização e de estima; quanto aos fatores higiênicos,

relacionam-se principalmente com a satisfação de necessidades de afeto, segurança

e fisiológicas. Esses não têm poder para motivar porque conseguem apenas não

deixar causar insatisfação.

A partir da classificação utilizada, os fatores que produzem satisfação no

trabalho são independentes e distintos daqueles que conduzem à insatisfação. A

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29ausência de fatores de higiene pode tornar o empregado descontente, mas sua

presença não fará com que ele trabalhe mais. Dessa forma são privilegiadas as

condições de auto-realização, deixando supor que, para despertar condições de

motivação, é necessário dar ao funcionário uma tarefa que constitua um desafio e

pela qual se responsabilize, tendo em vista os indicadores de realização (ALVES

FILHO, 1999).

O modelo de Herzberg parece reduzir consideravelmente o impacto

motivacional aparente do salário, “status” e relacionamento, uma vez, que esses

estão identificados como fatores de manutenção (DAVIS E NEWSTROM, 1992).

Como fator de higiene, o mecanismo salário atua de duas maneiras distintas:

• Salários em níveis baixos: o funcionário desenvolve expectativas de atingir

determinados padrões econômicos;

• Salários insuficientes: o funcionário se frustra por não atingir o padrão

econômico desejado, desenvolve comparações com pessoas do seu

relacionamento chegando a conclusão de que o que ganha é injusto pela

incapacidade de ter uma vida digna.

Para Coradi (1985), as questões levantadas por Herzberg não conseguem

resolver os apelos do mundo econômico, social e político em que se inserem as

organizações na sociedade contemporânea. Com isto, o autor não desmerece o

estudo de Herzberg e, sim, chama a atenção para a complexidade que a abordagem

comportamental requer no contexto organizacional. Além disso, o modelo evidencia

apenas uma tendência geral, uma vez que os fatores de manutenção podem ser

motivadores para aquelas pessoas que estejam desejando recompensas.

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30Inversamente, alguns motivadores podem ser apenas fatores de manutenção para

outras pessoas.

2.5.2 Teorias motivacionais de processo

2.5.2.1 Os fundamentos da teoria da expectativa

A pesquisa de Lawrence e Lorsch (1972) originou a Teoria da Contingência,

ao concluir que os problemas básicos da organização são a diferenciação e a

integração. O primeiro diz respeito à divisão de trabalho e o segundo,

conseqüentemente, é a própria reação à diferenciação. Segundo a teoria, o

ambiente, a tecnologia e o clima organizacional influenciam a organização do

trabalho e as relações entre os agentes nela envolvidos, com suas subjetividades e

diferentes fontes de motivação.

Nesse contexto, apresentam-se as teorias motivacionais de processo que se

propõem a explicar como a conduta se inicia, se mantém e termina, analisando na

sua seqüência o processo motivacional e os fatores que dirigem o comportamento

(ALVES FILHO, 1999).

Duas teorias se salientam: a Teoria da Eqüidade, de J. Stancy Adams -

baseada no direito da igualdade e no sentimento de justiça, e a da Expectativa, de

Vroom.

Segundo a Teoria da Equidade as pessoas tendem a fazer comparações de

sí com os aspectos da natureza do trabalho, através de três formas distintas:

• pelas suas contribuições para com a empresa, no tocante às tarefas

que executam,com as recompensas que recebem pelas mesmas;

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31• pelas suas contribuições e recompensas, com as contribuições e

recompensas das outras pessoas da organização;

• pelas suas contribuições e recompensas, com as contribuições e

recompensas de pessoas de outras organizações, na comunidade e na sociedade.

O sentimento de eqüidade manifesta-se nas pessoas quando estas

comparações demonstram ser justas e honestas. Quando isso não ocorre, ou seja,

quando há um desequilíbrio entre as comparações, as pessoas percebem a

iniqüidade e tendem a sentir-se injustiçadas e insatisfeitas, afetando assim a

motivação.

Maximiano (2000) aponta a combinação de seis tipos de comportamento

quando da percepção da falta de eqüidade: alteração nos resultados produzidos;

alteração no esforço exercido; distorção da auto-percepção; distorção da percepção

de outros; escolha de outra referência e abandono da situação presente. A

desvalorização da auto-estima é um dos pontos cruciais abordados por essa teoria.

2.5.2.2 Teoria das Expectativas, de Victor H. Vroom

A família das teorias da expectativa tem suas raízes nas teorias cognitivas da

motivação propostas por Kurt Lewin e outros. Segundo Muchinsky (1996), os

primeiros estudiosos a aplicar tal teoria no âmbito do trabalho foram Georgopolous,

Mahoney e Jones (1957). No entanto, foi Vroom (1964) quem promoveu a Teoria

das Expectativas na área da investigação sobre motivação. Nos últimos 25 anos tem

sido a teoria motivacional mais popular e mais importante da psicologia (ALVES

FILHO, 1999).

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32 Ao acompanhar os princípios da “Gestalt”, a teoria das expectativas postula

que a força que leva alguém a escolher um caminho ou executar uma tarefa não

pode ser explicada apenas pelo binômio estímulo/resposta. Entre o estímulo que o

meio oferece e a resposta do indivíduo está o processo de percepção, o conteúdo

de consciência (BOCK,1999).

Com essa perspectiva, Vroom ressalta as diferenças individuais e as

diferentes situações em que as pessoas se comportam. Quando se trata de

motivação no trabalho, por exemplo, está em jogo não só a percepção de resultados

da tarefa escolhida, mas também a expectativa de que o comportamento adotado

levará à obtenção desse resultado (CORADI, 1985).

Vroom desenvolveu o modelo multiplicativo VIE: valência x instrumentalidade

x expectativa = motivação.

Na sua concepção, o que motiva uma pessoa a tomar uma decisão ou

realizar uma ação é produto dessas três variáveis: do quanto uma pessoa deseja

uma recompensa (valência), sua estimativa da probabilidade de que o esforço

resultará num desempenho bem sucedido (expectância) e a estimativa de que seu

desempenho será um meio para chegar à recompensa (instrumentalidade).

Para Maxiamiano (2000), a teoria da expectativa parte das seguintes

hipóteses:

• o desempenho que se alcança é proporcional ao esforço que se faz;

• o esforço que se faz é proporcional ao valor que se dá à recompensa;

• se a recompensa for atraente, a motivação para fazer o esforço será

grande.

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33 A produtividade individual depende de 3 forças básicas que, segundo

Vroom, atuam dentro de cada pessoa e representam a dimensão básica da

motivação:

• Expectativa: a força do desejo de atingir objetivos individuais;

• Recompensa: relação entre produtividade e alcance dos objetivos

individuais;

• Relação entre expectativa e recompensa: a capacidade percebida de

aumentar a produtividade para satisfazer as expectativas com as recompensas.

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343. METODOLOGIA

Para averiguar o objetivo propostos foi desenvolvido um estudo de revisão

bibliográfica. O levantamento bibliográfico foi realizado através de busca das

palavras-chave: absenteísmo, motivação, liderança, enfermagem e ambiente

hospitalar, em livros e bancos de dados SCIELO, BIREME e sites relacionados ao

tema, nos meses de Julho à Setembro de 2010.

A revisão bibliográfica foi restringida a trabalhos publicados em língua

portuguesa, cuja temática envolvia a relação do absenteísmo com a motivação no

ambiente hospitalar

Inicialmente, foi realizada a leitura dos resumos. Após procedemos à seleção

dos artigos conforme os critérios de inclusão e exclusão. Foram excluídos

teses/dissertações, conferências, resumos de congresso, jornadas e cursos,

selecionados aqueles coerentes ao tema para análise devido às implicações para o

objetivo da pesquisa.

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354. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando a relevância da temática da relação do absenteísmo com a

motivação no ambiente hospitalar, se faz necessário entender que a qualidade da

assistência de enfermagem prestada ao individuo doente está intimamente ligado

com a presença do profissional dentro da instituição. É sabido, no entanto, que

muitos fatores podem intervir neste processo, fatores estes desencadeados por

problemas institucionais internos como: desvalorização do profissional, falta de

profissionais habilitados para desencadear o processo de orientação, sobre a

importância do profissional faltoso dentro do contexto geral da empresa chamada

hospital, a sobrecarga de trabalho, ingerências administrativas e baixos salários, no

entanto fatores externos também contribuem para o aumento do índice de

absenteísmo, fatores estes desencadeados por problemas familiares, translado do

profissional de casa para o trabalho e estado de espírito do próprio profissional,

alguns até apresentando situações multifatoriais.

Diante do objetivo proposto de identificar a relação do absenteísmo com a

motivação no ambiente hospitalar acreditamos que a forma de melhor condução

deve estar centrada na orientação, sensibilização e conscientização sobre a

problemática junto a todos os profissionais, inserindo nestes, a responsabilidade

como profissional, e que o mesmo possa responder pelos seus atos, sobre os

pontos de vista ético e legais, bem como, os riscos pelas quais passam o paciente e

toda equipe de trabalho com esta ausência, uma vez que, esta ausência não pode

ser programada.

É visto que diante desses fatores é necessário uma mudança do olhar dos

gerentes, sugerimos a busca de caminhos alternativos, é necessário a clareza dos

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36objetivos comuns entre as lideranças e os liderados, o dialogo é a chave de

muitos problemas, implementar ações que motive o funcionário a vir trabalhar,

através de oficinas de relaxamento em horários de trabalho de curta duração, no

início ou final de expediente através da musicoterapia, promovendo assim bem estar

físico e emocional do profissional; implantar eventos culturais que possibilite ao

profissional conhecer outras realidades, encontros trimestrais com chefia de escala

hierárquica mais ascendente; implantar o plano de cargos e salários, de acordo com

realidade orçamentária da instituição; palestras de motivação, com enfoque nos

processos de mudanças necessários, proporcionar um ambiente físico arejado,

limpo, amplo, de cores vivas, com música suáveis, manutenção da escala de

atividades complementar e assistencial proporcionada recursos humanos mínimo

com intuito de desenvolver um cuidar e assistir digno e humano; criar uma ouvidoria

não somente aos clientes externos mas também aos internos, onde possa haver

compromisso de mudanças de ambas partes, reinventar uma forma de participação

deste profissional nas decisões e projetos desenvolvidos pela instituição, com isso a

instituição tem a chance de favorecer e promover o desenvolvimento profissional e

humano do indivíduo, buscando, com isso, a melhoria da qualidade da assistência

prestada, diminuir os custos operacionais e financeiros com horas extras e/ou

despesas trabalhistas em caso de afastamentos espontânea ou não.

As sugestões e comentários aqui contextualizados foram direcionados com

base no desenvolvimento da pesquisa e apoiada nos referenciais teóricos

encontrados sobre a temática. Diante do exposto encontrado na pesquisa

acreditamos que o resultado obtido deixa evidente todo o prejuízo pela qual

paciente, instituição e equipe vivencia com a desmotivação e o absenteísmo.

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