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A Reforma da Lei Orgânica Dia 21 - das 9h às 12h Pontos Passíveis de Reforma na LOM (parte 1) Dia 21 - das 13h30 às 17h30 Pontos Passíveis de Reforma na LOM (parte 2) Dia 22 - das 9h às 12h O Processo Legislativo de Reforma da LOM e RI

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A Reforma da Lei Orgânica

Dia 21 - das 9h às 12h

Pontos Passíveis de Reforma na LOM (parte 1)

Dia 21 - das 13h30 às 17h30

Pontos Passíveis de Reforma na LOM (parte 2)

Dia 22 - das 9h às 12h

O Processo Legislativo de Reforma da LOM e RI

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A Unipública

Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e treinamento de agentes

públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras, câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos,

consórcios, institutos, fundações e empresas estatais nos municípios.

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-learning/online), a escola investe na qualidade

e seriedade, garantindo aos alunos:

- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público

- Professores especializados e atuantes na área (Prática)

- Certificados de Participação digitalizado

- Material complementar de apoio (leis, jurisprudências, etc)

- Tira-dúvidas durante realização do curso

- Controle biométrico de presença (impressão digital)

- Atendimento personalizado e simpático

- Rigor no cumprimento de horários e programações

- Fotografias individuais digitalizadas

- Apostilas e material de apoio

- Coffee Breaks em todos os períodos

-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impressão de certificado, grade do curso, currículo completo dos

professores, apostila digitalizada, material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat

entre alunos e contato com a escola.

Público Alvo

- Servidores e agentes públicos (secretários, diretores, contadores, advogados, controladores internos, assessores,

atuantes na área de licitação, recursos humanos, tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) .

- Autoridades Públicas, Vereança e Prefeitos (a)

Localização

Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao Calçadão da XV, na Rua Clotário

Portugal nº 39, com estrutura própria apropriada para realização de vários cursos simultaneamente.

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando índice médio de satisfação

9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho.

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Transparência

Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da transparência de seus atos mantendo

em sua página eletrônica um espaço específico para esse fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos, notas de

avaliação dos alunos e todas as certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços públicos, a Unipública

investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério, define seu corpo docente.

Missão

Preparar os servidores e agentes, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e específicos sobre suas

respectivas áreas de atuação e contribuir com:

a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos

b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto para a população quanto para

os agentes públicos

c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão

Visão

Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfação aos

seus alunos, cidadãos e entidades públicas.

Valores

Reputação ilibada

Seriedade na atuação

Respeito aos alunos e à equipe de trabalho

Qualidade de seus produtos

Modernização tecnológica de metodologia de ensino

Garantia de aprendizagem

Ética profissional

SEJA BEM VINDO, BOM CURSO!

Telefone (41) 3323-3131 / Whats (41) 8852-8898

www.unipublicabrasil.com.br

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Programação:

Dia 21 - das 9h às 12h

Pontos Passíveis de Reforma na LOM (parte 1)

1 Considerações iniciais

2 Adequações do preâmbulo

3 Objetivos e diretrizes

4 Autonomia municipal

5 Princípios

6 Símbolos

7 Urbanismo (Estatuto das Cidades)

8 Vedações

9 Competência comum (União e Estado)

10 Competência exclusiva

11 Dos bens públicos municipais:

a) aquisição

b) alienação

c) cessão

d) concessão

e) dação

f) permuta

g) venda

h) doação

i) permissão

j) autorização

12 Das licitações e contratos:

a) regulamentação e padronização (termo de referência, normativas...)

b) formalidade procedimental

c) gestores

d) controle

13 Do Poder legislativo:

a) independência

b) atribuições

c) nº de vereadores

14 Do Poder Executivo:

a) competências do prefeito

b) das convocações de autoridades

c) da sucessão nos afastamentos do prefeito

15 Dos meios de controle (interno e externo)

16 Das prestações de contas

17 Das responsabilizações

18 Da administração indireta

19 Do nepotismo

Dia 21 - das 13h30 às 17h30

Pontos Passíveis de Reforma na LOM (parte 2)

1 Da transparência pública:

a) portal

b) audiências

c) ouvidoria

d) acesso à informação

e) comissão participativa

f) exposição das contas

2 Dos servidores:

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a) regime jurídico

b) regime previdenciário

c) cessões

d) nepotismo

e) ficha limpa

f) representações sindicais

g) dos inativos

h) limites de gastos com pessoal

3 Da procuradoria municipal

4 Dos tributos

5 Do planejamento orçamentário

6 Das tomadas de contas

7 Da ordem econômica:

a) conceitos

b) regularização e fiscalização

c) das ME e EPP

d) dos direitos dos consumidores

8 Do plano diretor:

a) planejamento

b) do uso do solo

c) urbanização social

d) habitação

e) meio ambiente

f) áreas de risco

g) zoneamento

9 Das políticas públicas:

a) da política agrária/agrícola

b) da saúde:

c) fundo

d) gastos mínimo

e) equipes especiais

f) regime jurídico

g) atividades privadas complementares

h) da assistência social

i) da educação (plano municipal)

j) meio ambiente

k) família, mulher, criança, adolescente, jovem, idoso e deficientes

l) esportes

m) cultura

n) saneamento

o) habitação

p) acolhimento de normas internacionais nas políticas públicas (OIT e agenda 21)

10 Da tesouraria da Câmara

11 Da contabilidade da Câmara

Dia 22 - das 9h às 12h

O Processo Legislativo de Reforma da LOM e RI 1 Autonomia municipal

2 Hierarquia das leis

3 Direito de iniciativa

4 Técnica legislativa (LC 95/98)

5 Matéria de competência (é da LOM, de Lei Complementar ou Ordinária?)

6 Procedimento Correto (rito de tramitação)

7 Trâmite (comissões, plenário...)

8 Quórum

9 Turnos de Votação

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10 Sanção e Promulgação

11 Publicação

12 Revogação

13 Retirada de vigor:

a) revogação

b) declaração de inconstitucionalidade

Professores:

Jonias de O. e Silva: Advogado e Consultor - Especialista em Administração Pública e Direito Constitucional.

Hélio Querino Jost:Advogado e Consultor - Especialista em Direito Administrativo e Gestão Pública.

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Sumário

PONTOS PASSÍVEIS DE REFORMA NA LOM (PARTE 1) ............................................ 1

PONTOS PASSÍVEIS DE REFORMA NA LOM (PARTE 2) .......................................... 31

O PROCESSO LEGISLATIVO DE REFORMA DA LOM E RI .................................... 51

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

PONTOS PASSÍVEIS DE REFORMA NA LOM

(PARTE 1)

Jonias de O. e Silva

1 Preambularmente:

Uma Análise sobre o Município

1.1 Organização, Autonomia e Competências

Antes do termo MUNICÍPIO, as aglomerações urbanas possuíam o nome de CIDADE-ESTADO, que surgiu

com a República Romana, no ano de 753 antes de Cristo.

O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 séculos.

Segundo a história, o Imperador Romano Julio Cesar, para manter a paz sobre as cidades conquistadas, criou no

ano 79 de nossa era, a figura do municipium ou municipia, quando oferecia aos moradores subjugados à Roma, de

determinada aglomeração, o direito da auto-organização e de escolherem seus governantes.

Assim, o sistema de organização urbana com o nome de MUNICÍPIO, passou a fazer parte de todos aqueles

povos e se estendendo a outras partes do mundo, chegando a Portugal.

No Brasil Colônia, embora as repartições ganhassem outras nomenclaturas (Vilas, Províncias, etc.), o termo era

aplicado na existência da Câmara Municipal.

De Constituição a Constituição, desde a primeira do Brasil, em 1824, o Município foi obtendo maior

importância.

Porém, apenas na Constituição Federal de 1988 (05.10.88), é que foi concebido o MUNICÍPIO nos moldes de

hoje.

Atualmente, o Município é tido como um dos entes (partícipe) da Federação.

Assim, segundo o art. 1º da CF/88, a República Federativa do Brasil é formada pela UNIÃO dos Estados,

Municípios e Distrito Federal.

E, para explicar a divisão administrativa do país, o art. 18 da CF define que:

“A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.”

1.2 A Criação dos Municípios

A nossa Constituição Federal de 1988, ao prever a criação de novos municípios, deixou a regulamentação para

as Assembléias Legislativas dos Estados.

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

Entretanto, por interesses políticos diretos dos Deputados Estaduais e outras lideranças locais, de 88 até 96

foram criados mais 1.480 municípios no Brasil, levando o número total para 5.570, e ainda existiam mais

aproximadamente 900 em processo de criação.

Atendendo à necessidade de controlar a desenfreada proliferação de novas cidades no país, o Congresso votou a

Emenda Constitucional nº 15, que alterou o artigo 18, e remeteu para uma Lei Complementar Federal a competência

para regulamentar a matéria.

De lá pra cá, muita discussão jurídica, inclusive, porém praticamente cessou a criação de novos municípios no

país.

E, apesar da Emenda Constitucional 57 de 2008 ter tratado da matéria (convalidou a criação de alguns

municípios especificamente), até agora não foi aprovada a Lei Complementar Federal que regulamenta a criação de

municípios no Brasil.

Obs. O Senado já aprovou um Projeto de Lei nesse sentido, mas ele está na Câmara dos Deputados(PLP

13.096/96), aguardando pauta de votação.

1.3 Organização dos Municípios

A divisão político-administrativa do município possui uma sede (cidade) e distritos, cujas sedes podem ser

chamadas de vilas.

Os Poderes no município são o Executivo e o Legislativo.

O Executivo é comandado pelo Prefeito, a partir do Paço Municipal (Prefeitura).

O Prefeito é eleito pelos eleitores locais, para um mandato de 4 (quatro) anos, e tem a responsabilidade de

administrar o funcionamento da ―máquina pública‖, visando o fornecimento de serviços essenciais à população, além de

orientar o planejamento urbano e promover o bem comum da sociedade municipal.

Para tanto, poderá utilizar a administração direta (prefeitura e seus órgãos), mas poderá possuir entidades de

administração indireta, para descentralização das competências (autarquias, fundações públicas, empresas de públicas

ou de economia mista).

Na administração direta, a prefeitura possui, via de regra, em sua estrutura administrativa, órgãos denominados

de Secretarias, Departamentos, Coordenações, Gerencias, Diretorias, Divisões, Serviços e Setores.

Os órgãos são definidos como de meios, quando oferecem condições às Secretarias para suas operações,

destinados ao planejamento, à instrumentalização e definição das ações a serem realizadas.

Geralmente, são os seguintes órgãos meios:

- Secretaria de Governo

- Secretaria de Administração

- Secretaria de Planejamento

- Secretaria Jurídica

- Secretaria de Finanças

Como órgãos fins (aqueles que realizam as ações):

- Secretaria de Obras

- Secretaria de Urbanismo

- Secretaria de Transportes

- Secretaria de Cultura e Esporte

- Secretaria de Saúde

- Secretaria de Educação

- Secretaria de Meio Ambiente

- Secretaria de Bem Estar Social

Para realizar suas ações, o Poder Executivo Municipal, comandado pelo Prefeito, utiliza trabalhadores

denominados Servidores (efetivos-comissionados-temporários), ou terceiros, investidos em funções de agentes públicos

(conselheiros-advogados contratados-cartorários, etc.)

O Município, enquanto pessoa jurídica de direito público interno, possui bens e rendas.

Seus bens são divididos, via de regra, em:

DE USO ESPECIAL

(de uso próprio da Administração, como o prédio da prefeitura, as escolas, o posto de saúde, as secretarias, etc.)

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais, ruas, parques, praças, logradouros públicos, ETC.)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Município exerce os direitos de proprietário, porém, estão sem uso, e disponíveis)

1.4 Fontes de Recursos

As fontes de recursos dos municípios provém dos tributos arrecadados em seu território, ou de sua cota-parte

oriunda do respectivo Estado, e da União.

Nos artigos 145 e 156 da CF, está estabelecida a competência do município para criar e receber seus próprios

tributos (IPTU - ISSQN - ITBI - Contribuição de Melhoria –Taxas - Tarifas).

Porém, os arts. 158 e 159 da CF definem que um certo percentual dos impostos arrecadados pelo Estado (ICMS

– IPVA – ITCMD), respectivo, bem como, dos impostos recebidos pela União (IR – ITR – IPI – IOF – II – IE), deverão

ser devolvidos ao município (FPM e Repasses específicos).

Outros recursos ainda poderão perfazer a receita pública de um município, como as heranças, alienações,

aluguéis, indenizações, etc. (receitas não tributárias).

O território do município é dividido entre área urbana e área rural, definidas através de lei de zoneamento.

Atualmente, o Plano Diretor define a ocupação, utilização e destinação de cada espaço no âmbito do município

(residencial, comercial, industrial, ambiental, etc.)

Já o Poder Executivo Municipal, possui as peculiaridades e atribuições indicadas no capítulo próprio, a ser

apresentado mais à frente...

1.5 A Autonomia do Município

A autonomia dos municípios, embora estivesse sempre implícita no sistema brasileiro, antigamente era atingida

pela interpretação de cada época, em especial, nos regimes de exceção (autoritários...).

Evoluindo e firmando a questão, os constituintes de 1988 definiram expressamente essa autonomia municipal,

principalmente nos arts. 1º, 18, 29, 30, 35, 145 e 156, de nossa Carta atual.

A autonomia representa a não subordinação do governo municipal a qualquer autoridade estadual ou federal no

desempenho de suas atribuições.

Representa, ainda, que as leis municipais em assuntos de competência expressa e exclusiva dos municípios,

prevalecem sobre as leis estadual e federal, inclusive sobre a constituição estadual, em caso de conflito.

Principais aspectos que indicam a autonomia dos municípios:

eleição direta do Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores;

organização dos serviços públicos de interesse local;

instituição e arrecadação dos tributos de sua competência, bem como aplicação de suas rendas;

competência para legislar sobre assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação federal e estadual,

no que lhe interessar e for possível.

1.6 Competências do Município

A relação é essa, indicada pela Constituição Federal:

“Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;”

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local,

incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da

população;

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do

parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal

e estadual.

1.7 Intervenção nos Municípios

A CF atual regulamenta, nos arts. 35 e 36, as únicas exceções em que o Estado poderá intervir no Município.

São elas:

“I- deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;

II- não forem prestados contas devidas, na forma de lei;

III- não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino;

IV- o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na

Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.”

PARTICIPAÇÃO POPULAR

- Plebiscito;

- Referendo

- Iniciativa em Projetos de Leis:

- Participação no Planejamento Municipal:

2 Da Atualização (Reforma) da Lei Orgânica Municipal

Merece registro a relevância do processo legislativo de atualização da Lei Orgânica Municipal!

Por ser a Lei Maior dos Municípios, e possuir base na constituição Federal (art. 29), a Lei Orgânica Municipal

tem recebido cada vez mais autonomia para prever o regramento de tudo o que diz respeito diretamente à localidade.

Parte dela deverá repetir os preceitos da Constituição Estadual e Constituição Federal; de certa legislação

infraconstitucional de hierarquia superior; dos princípios aplicáveis; de direitos difusos; e de jurisprudência pacificada.

Isso exige, por óbvio, que ela seja atualizada permanentemente, haja vista que essas outras normas de aplicação

obrigatória são mutáveis, na conformidade da evolução social e do direito.

Portanto, além de atualiza-la para obediência ao sistema legal vigente, é preciso dar a ela o norte para regular a

ordem na sociedade e promover o bem comum local, de maneira moderna, satisfatória e obviamente dentro da mais reta

legalidade.

Sendo assim, registramos que esse será um dos atos legislativos mais importantes, e que marcará a lembrança

do povo local, tanto nos anais da Casa de Leis, quanto nas boas consequências que certamente as normas orgânicas

municipais causarão, com verdadeiro direcionamento dos atos e ações praticados na Reforma, em prol e para o bom

desfecho da história do povo.

E na verdade, aos envolvidos (agentes administrativos e políticos) é motivo de orgulho participar desse

momento tão altaneiro e valoroso para a Câmara de Vereadores e para a comunidade local.

3 O Processo de Atualização (Reforma) da LOM:

Segundo entendimento pacífico do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, o processo de reforma da LOM

não poderá ser terceirizado.

É que a Corte de Contas entende tratar-se de atividade peculiar à Casa.

No entanto, o TCE/PR permite a contratação de serviços especializados para opinar (emitir parecer) sobre os

pontos inseridos, extraídos, ou faltantes.

Assim, orientamos a que a Casa de Leis realize todas as atividades necessárias à elaboração do Projeto de

Emenda à Lei Orgânica, com seu quadro próprio de servidores e, entendendo necessária a revisão técnica-jurídica de um

especialista, busque profissional com notório saber sobre a matéria, e comprovado desempenho anterior, para a análise

do PELOM, antes de submetê-lo ao Plenário.

Aliás, vale ressaltar que a condução do processo de reforma da LOM deva ocorrer sem atropelos, mas com

discussões,estudos técnicos, participação popular, e muita responsabilidade.

4 Pontos Relevantes na Atualização (Reforma) da LOM:

Para organizar a explanação e facilitar a compreensão, utilizaremos como vetor expositivo, textos extraídos de

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

determinadas LOMs, sobre as quais atuamos profissionalmente com consultoria corretiva e orientativa.

Com base na experiência de mais de 26 anos de vivência na lida com Municípios (executivo, legislativo e

administração indireta), em especial, na participação em estudos e discussões a respeito da Lei Maior local.

Assim, abordaremos assunto por assunto, separando em artigos, blocos de artigos, capítulos, ou seções, de

modo a juntar os temas que possuem correlação entre si.

E para melhor ilustrar, apresentaremos o texto padrão, acompanhado dos respectivos pareceres técnicos-

jurídicos, limitados aos pontos que entendemos de maior relevância na análise da atualização (reforma).

Vejamos:

PRÉ-PROJETO DE EMENDA A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ............

ALTERA, ACRESCENTA E REVOGA DISPOSITIVOS DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE

............

Art. 1º. Os dispositivos da Lei Orgânica do Município de ............ abaixo enumerados passam a vigorar com

as seguintes alterações:

Art. 1º. ...

Parágrafo Único. O dia ... de ... é a data magna de .............

Parecer:

Segundo a história.....

Sendo assim, e havendo concordância política dos pares, não vemos óbice na fixação como data

magna.

E, na conformidade da norma insculpida no art. 11, inciso III, alínea ―c‖, da Lei Complementar

Federal nº 95/98, que determina as regras da boa técnica legislativa, essa indicação deverá de fato ser inserida

por um parágrafo, o que se encontra atendido.

E a nomenclatura escrita em extenso também está correta, obedecendo à forma prescrita no art.

10, inciso III, da LC 95/98.

Art.1º-A. Constituem objetivos fundamentais e diretrizes do Município de ............: (NR)

I - a defesa do regime democrático; (NR)

II - a luta pela independência, a autonomia e a harmonia entre os poderes; (NR)

III - a garantia da participação popular nas decisões governamentais; (NR)

IV - a moralidade, a transparência, a publicidade, a impessoalidade, a eficiência e o controle popular nas

ações de governo; (NR)

V - o respeito à opinião pública qualificada, em especial da sociedade civil organizada e dos movimentos

sociais; (NR)

VI - a articulação e cooperação com os demais entes federados; (NR)

VII - a desconcentração e a descentralização administrativas; (NR)

VIII - a garantia da universalização dos serviços públicos e a materialização dos direitos fundamentais, em

especial o acesso dos seus habitantes aos bens, serviços e condições de vida indispensáveis a uma existência

humana com dignidade; (NR)

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

IX - a defesa e a preservação do território, dos recursos naturais e do meio ambiente e a preservação dos

valores históricos e culturais municipais, objetivando a construção de uma cidade econômica, social e

ambientalmente sustentável. (NR)

Parecer:

Em primeiro, ressaltar que a numeração deste artigo, seguidos de letras maiúsculas, em ordem

alfabética, atende à exigência constante no art. 12, inciso III, alínea ―b‖, da Lei Complementar Federal nº

95/98, que determina as regras da boa técnica legislativa, haja vista que foi inserido posteriormente e dá

sequência ao assunto do artigo anterior.

Em segundo, ressaltar que os termos (princípios, conceitos e garantias) utilizados para expressar os

objetivos fundamentais e diretrizes adotados na Lei Orgânica local, refletem as mais modernas e vitoriosas

conquistas da pátria brasileira e dos entes federativos, consolidando tanto a supremacia democrática (escolha

de governantes e participação no poder) quanto a cidadania (direitos e obrigações), e sobretudo, a promoção

do bem comum e da ordem social neste Município.

Assim, em nada conflita com as orientações da Constituição Federal e Constituição Estadual do

Paraná.

Art.1º-B. Todo Poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente. (NR)

Parágrafo único. A soberania popular será exercida: (NR)

I - indiretamente, pelo Prefeito e pelos Vereadores eleitos para a Câmara Municipal, por sufrágio universal e

pelo voto direto e secreto. (NR)

II - diretamente, nos termos da lei, em especial, mediante: (NR)

a) iniciativa popular; (NR)

b) referendo; (NR)

c) plebiscito. (NR)

Parecer:

O novo texto replica o esclarecimento promulgado em 05.10.1988, na primeira Constituição

Brasileira que outorgou o poder de comando à nação, ao povo!

Constituição Federal:

“Art. 1º...

...

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos

ou diretamente, nos termos desta Constituição.”

Com sangue, suor e lágrimas, o Brasil alcançou essa institucionalização da democracia em sua

Carta Maior, depois de inúmeros episódios de totalitarismo, autoritarismo e servilismo (monarquia, ditadura

de Vargas, ditadura Militar, etc.).

Com a implantação da democracia, veio a participação popular (soberania do povo), prevista nos

art. 14 da Constituição Federal, e repetida simetricamente no novo texto ora avaliado, observando-se o direito

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

ao voto (secreto e sem destinção de pessoa), e as vias técnicas de participação popular nas decisões

governamentais, por meio de:

a) Iniciativa de projetos de leis (5% do eleitorado);

b) Referendo (consulta popular depois de aprovada uma lei); e

c) Plebiscito (consulta popular antes da aprovação de uma lei).

Assim, absolutamente cabível a inserção, em nada conflitando com as orientações da

Constituição Federal e Constituição Estadual do Paraná.

No entanto, sugerimos que a redação seja corrigida para:

“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente,

nos termos da lei.”

Art.1º-C. Compete ao Município, no exercício de sua autonomia, a organização, o governo, a administração e

a legislação própria, mediante: (NR)

I - edição da Lei Orgânica. (NR)

II - eleição do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores. (NR)

III - organização e execução dos serviços públicos locais. (NR)

IV - edição das normas relativas às matérias de sua competência. (NR)

Parecer:

Este novo artigo está em consonância com os ditâmes constitucionais, em especial com as

previsões do art. 29 e 30 da Carta Política Brasileira e da CE/PR (art. 15, 16 e 17).

Art. 2º. ...

Parágrafo Único. São assegurados pelo Município, em sua ação normativa e em seu âmbito de jurisdição, a

observância e o exercício dos princípios da liberdade, legalidade, igualdade e justa distribuição dos benefícios

e encargos públicos. (NR)

Art.2º-A. Os direitos e as garantias expressos nesta Lei Orgânica não excluem outros decorrentes do regime e

dos princípios adotados pela Constituição Federal, pela Constituição Estadual e por ela própria. (NR)

Parecer:

Ambos tratam de assegurar garantias e direitos, sem esgotar (conter) outras possibilidades para o bem

comum e ordem social, sem nada inovar relativamente às previsões das Constituições Federal e Estadual.

Correções sugeridas:

Verificando o conteúdo destes novos textos, sugerimos que ambos sejam agrupados ao artigo

primeiro, haja vista que o artigo segundo não possui correlação com os temas tratados (o art. 2º atual trata de

distritos...), sendo assim numerados:

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

“Art. 1º-D. São assegurados pelo Município, em sua ação normativa e em seu âmbito de

jurisdição, a observância e o exercício dos princípios da liberdade, legalidade, igualdade e

justa distribuição dos benefícios e encargos públicos. (NR)

Art.1º-E. Os direitos e as garantias expressos nesta Lei Orgânica não excluem outros

decorrentes do regime e dos princípios adotados pela Constituição Federal, pela Constituição

Estadual e por ela própria. (NR)”

Art.6º. Compete ao Município prover a tudo quanto respeita ao seu interesse e ao bem-estar de sua população,

cabendo-lhe, em especial : (NR)

...

II - suplementar a legislação federal e estadual, no que couber, da seguinte forma: (NR)

a) legislará sobre as matérias sujeitas a normas gerais da União e do Estado, respeitadas apenas as que se

ativerem aos respectivos campos materiais de competência reservados às normas gerais. (NR)

b) poderá legislar complementarmente, nos casos de matérias de competência privativa da União e do Estado,

nas hipóteses em que houver repercussão no âmbito local e justificado interesse. (NR)

c) poderá legislar nos casos de matérias de competência da União e do Estado, de modo a suplementá-las nas

hipóteses em que houver fundado interesse de âmbito local. (NR)

Parecer:

Com todo respeito aos autores, vemos essa nova redação do caput e do inciso II do art. 6º como

desnecessária.

É ―chover no molhado‖ e alongar mais do que deve o texto legal, tornando-o ainda mais enfadonho e

complexo.

E avocando mais uma vez a LC 95/98, lembramos que ela orienta no sentido de que a lei deva ser

clara, objetiva e compreensível.

Vejamos:

“Art. 11. As disposições normativas serão redigidas com clareza, precisão e ordem lógica,

observadas, para esse propósito, as seguintes normas:

I - para a obtenção de clareza:

a) usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo quando a norma versar sobre

assunto técnico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria da área em que se

esteja legislando;

b) usar frases curtas e concisas;

c) construir as orações na ordem direta, evitando preciosismo, neologismo e adjetivações

dispensáveis;

...

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

II - para a obtenção de precisão:

a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão do

objetivo da lei e a permitir que seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o alcance que o

legislador pretende dar à norma;

b) expressar a idéia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras, evitando o

emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico;

c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido ao texto;”

Todavia, em se optando pela manutenção da proposta, orientamos a que o texto do caput seja:

“Art.6º. Compete ao Município prover tudo o que lhe for de competência, e interessar ao bem-

estar de sua população, cabendo-lhe, em especial : (NR)”

...

V - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil, e de

ensino fundamental e especial; (NR)

Parecer:

A nova redação do inciso V do art. 6º está em conformidade com as inovações na estrutura

educacional brasileira e, sobretudo, em consonância com a Emenda Constitucional nº 53/2006, que deu novo

texto ao inciso VI, do art. 30, da Constituição Federal.

VII - promover o adequado ordenamento territorial, mediante o controle do uso e ocupação do solo e o

respeito às exigências ambientais, dispondo sobre parcelamento, zoneamento e edificações, fixando as

limitações urbanísticas, podendo, nos limites legais, quanto aos estabelecimentos e às atividades industriais,

comerciais, de prestação de serviços, bancários, mercados, feiras livres e comércio ambulante: (NR)

a) conceder ou renovar a autorização ou a licença, conforme o caso, para a sua construção ou funcionamento;

(NR)

b) conceder a licença de ocupação, após a vistoria de conclusão de obras, que ateste a sua conformidade com

o projeto e o cumprimento das condições especificadas em lei; (NR)

c) revogar ou cassar a autorização ou a licença, conforme o caso, daquele cujas atividades se tornarem

prejudiciais à saúde, à higiene, ao bem-estar, à recreação, ao sossego ou aos bons costumes, ou se mostrarem

danosas ao meio ambiente; (NR)

d) promover o fechamento daqueles que estejam funcionando sem autorização ou licença, ou depois de sua

revogação, anulação ou cassação, podendo interditar atividades, determinar ou proceder a demolição de

construção ou edificação, nos casos e de acordo com a lei. (NR)

...

XIV – (Revogado)

XV - estabelecer servidões administrativas e usar a propriedade particular nos casos de perigo iminente ou

calamidade pública, assegurada indenização ulterior, ocorrendo dano. (NR)

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XVI - dispor sobre a utilização dos logradouros públicos, disciplinando: (NR)

a) os locais de estacionamento; (NR)

b) os itinerários e pontos de parada dos veículos de transporte coletivo; (NR)

c) os limites e a sinalização das áreas de silêncio; (NR)

d) os serviços de carga e descarga, e a tonelagem máxima permitida; (NR)

e) a realização e a sinalização de obras e serviços nas vias e logradouros públicos; (NR)

f) promover a acessibilidade. (NR)

...

XX - dispor sobre a publicidade externa, em especial sobre a exibição de cartazes e anúncios, ou quaisquer

outros meios de publicidade ou propaganda em logradouros públicos ou visíveis destes, ou em locais de

acesso ao público. (NR)

...

XXII - garantir a defesa do meio ambiente, a qualidade de vida e a proteção ambiental; (NR)

...

XXV - preservar a ordem pública e dispor sobre espetáculos e diversões públicas; (NR)

XXVI - (Revogado)

XXVII – (Revogado)

...

Parecer:

A nova redação dada aos incisos VII, XV, XVI, XX, XXII, XXV, com a revogação dos incisos

XIV, XXVI e XXVII (por conterem normas remanejadas para os novos textos), resultou numa melhor

organização das ideias, conceitos e normas a que se pretende no âmbito municipal, sobretudo no que diz

respeito ao funcionamento harmonioso da cidade (urbis).

Nesses tempos atuais, a conciência é cada vez mais crescente no sentido de que a atuação,

movimentação e manutenção urbanística precisa de maior atenção do governo municipal, para que o

desenvolvimento seja sempre sustentável e que todos os elementos que compõem as cidades contribuam para

esse objetivo.

Sobretudo, após o surgimento do Estatuto das Cidades (lei federal nº 10.257/2001) e implantação de

Planos Diretores e legislação complementar, com a finalidade de promover ordem pública e interesse social,

na política de organização municipal.

Assim, não vemos óbice no remanejo e enriquecimento legal desses dispositivos.

Parágrafo Único. Ao Município é vedado: (NR)

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com

eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de

interesse público. (NR)

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II - recusar fé aos documentos públicos. (NR)

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre pessoas políticas. (NR)

IV - permitir ou fazer uso de estabelecimento gráfico, jornal, estação de rádio, televisão ou outro meio de

comunicação de sua propriedade para fins estranhos à administração e ao interesse público. (NR)

Parecer:

O parágrafo a ser inserido repete as normas do art. 19 da Constituição Federal.

O conteúdo do inciso I foi uma novidade na atual Constituição Federal, pois pela primeira vez na

história deste país declara o ―estado laico‖, sem intervenção da e na religião.

O inciso II igualmente repeti ipsis literis a proibição de recursar fé aos documentos públicos.

Porém, o inciso III, ao invés de repetir a previsão do inciso III, do art. 19, da CF, modifica-o,

substituindo o termo ―entre sí‖, por ―entre pessoas políticas‖.

Com isso, temos que essa modificação além de destoar da Carta Magna, ainda poderá gerar

controvérsias, eis que impede distinção apenas ―entre pessoas políticas‖ e, não, entre ―brasileiros‖.

Por isto, sugerimos que o texto seja corrigido, copiando-se integralmente o que consta no inciso III

do art. 19 da Constituição Federal, qual seja:

“III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.”

Quanto ao inciso IV, temos que sua inserção à LOM de ............ demonstra uma preocupação com o

abuso do poder político e mau uso de meios de comunicação de propriedade do Município, ou sob a gestão e

controle do Poder Público local.

Em especial, a página eletrônica na rede mundial de computadores, os canais nas redes sociais, o

diário oficial local, bem como, a utilização de outros meios de comunicação terceirizados.

Destarte, não vemos óbice na inserção desse parágrafo único e seus incisos, ao art. 6º da LOM, com

exceção da correção sugerida ao inciso III.

Art.7º. ...

...

VII - conservar as florestas, a fauna e a flora, rios, bacias hidrográficas e a biodiversidade. (NR)

VIII - estabelecer a política municipal do abastecimento com o objetivo geral de promoção da segurança

alimentar à população, especialmente àquelas em situação de risco social, melhorando o seu padrão

nutricional e facilitando o acesso a produtos alimentícios básicos de qualidade e com baixo custo. (NR)

...

XII - estabelecer e implantar políticas formais e informais de educação para o trânsito, para o meio ambiente e

para inclusão social. (NR)

...

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

Parecer:

Essas modificações são salutares, ampliando a preocupação com o meio ambiente, com o combate à

fome, e sobre a concientização das políticas públicas para o trânsito e inclusão social.

De fato, são temas atinentes à competência comum entre Município, Estado e União.

Art. 8º. ...

...

V - ...

...

d) a educação infantil e o de ensino fundamental, obrigatório e gratuito. (NR)

...

Parecer:

A nova redação da alínea ―d‖ do inciso V do art. 8º está em conformidade com as inovações na

estrutura educacional brasileira e, sobretudo, em consonância com a Emenda Constitucional nº 53/2006, que

deu novo texto ao inciso VI, do art. 30, da Constituição Federal.

Art.11. A alienação e a aquisição dos bens municipais, subordinadas à existência de interesse público

devidamente justificado, serão precedidas de avaliação e obedecerão às seguintes normas: (NR)

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades

autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e

de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: (NR)

a) dação em pagamento; (NR)

b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer

esfera de governo; (NR)

c) permuta, por outro imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas

necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o

valor de mercado; (NR)

d) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; (NR)

e) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de

bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas

habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da

administração pública; (NR)

f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de

bens imóveis de uso comercial de âmbito local, com área em tamanho fixado pela Lei municipal de Uso e

Ocupação do Solo, e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social

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desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (NR)

II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos: (NR)

a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e

conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação, dando-se publicidade ao

ato e dirigida a entidades sociais de direito e de fato, declaradas de utilidade pública municipal e registradas

junto ao Executivo; (NR)

b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública; (NR)

c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica; (NR)

d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente; (NR)

e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em

virtude de suas finalidades; (NR)

f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem

utilização previsível por quem deles dispõe; (NR)

Parecer:

Para se evitar a repetição na lei maior municipal, de texto da legislação infraconstitucional

(8.666/93), entendemos dispensável o desmembramento do art. 11 nos termos propostos.

Até porque, em eventual alteração das regras licitatórias que se pretede

repetir (art. 17 da lei 8.666/93), corre-se o risco de se manter na LOM dispositivo inconstitucional.

Por esta razão, sugerimos que se altere apenas o caput, na seguinte forma:

―Art.11. A alienação e a aquisição dos bens municipais, subordinadas à existência de interesse

público devidamente justificado, serão precedidas de avaliação, autorização legislativa e licitação, com as

regras e exceções constantes em legislação federal pertinente.

Parágrafo único. Os bens considerados inservíveis deverão ser protegidos da ação do tempo ou

levados a leilão o mais rápido possível, visando à obtenção do melhor preço, em função de seu estado e

utilidade; sendo que para o bem ser considerado inservível, será submetido à vistoria com expedição de laudo,

o qual indicará o seu estado e, em se tratando de veículos e equipamentos, também os seus componentes e

acessórios.‖

Art. 16. ...

§1º A concessão administrativa dos bens públicos de uso especial ou dominical dependerá de autorização

legislativa e de concorrência, dispensada esta quando houver interesse público devidamente justificado. (NR)

§2º A concessão administrativa de bens de uso comum do povo somente será concedida mediante autorização

legislativa. (NR)

§3º A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será concedida a título precário, por decreto.

(NR)

§4º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será concedida para atividades específicas

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e transitórias. (NR)

§5º. O Município facilitará a utilização dos bens municipais pela população para atividades culturais,

educacionais, esportivas e recreativas, na forma da lei. (NR)

...

Parecer:

Muito interessante esse tema, exclarecendo sobre os institutos de repasse do uso de bens públicos

para terceiros.

No entanto, considerando que comporta variadas situações possíveis, e exige a regulamentação

detalhada de cada um, entendemos descabida em sede de LOM essa previsão, e orientamos a que se remeta à

legislação inferior essa tarefa.

Assim, sugerimos que, ao invés do desmembramento do art. 16, que seja inserido novo texto, qual

seja:

“Art. 16. Lei complementar regulamentará o uso de bens municipais por terceiros, mediante

cessão, concessão, permissão, autorização, ou outro instituto aplicável, condicionados à

comprovação de interesse público.”

Art. 18.O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, com autonomia política, administrativa e

financeira, composta de Vereadores, representantes do povo, na forma da Constituição Federal. (NR)

§ 1º O número de Vereadores que compõem a Câmara Municipal de ............ fica estabelecido por esta Lei

Orgânica, no §4º deste artigo, podendo ser alterado por meio de procedimento legal específico, observando-se

as normas constitucionais também quanto à proporcionalidade em relação à população, conforme o art. 29, da

Constituição Federal. (NR)

§ 2º Havendo necessidade de alteração do número de Vereadores, a referida lei de alteração deverá ser

aprovada e publicada até 31 de dezembro do ano anterior ao ano das eleições municipais, para vigorar na

Legislatura subsequente. (NR)

§3º Havendo alteração do número de vereadores, deverá ser imediatamente encaminhada uma cópia da

publicação da lei e do referido procedimento para o Tribunal Regional Eleitoral. (NR)

§4º O Poder Legislativo do município de ............ é constituído por nove vereadores. (NR)

...

Parecer:

A nova redação do art. 18 está em consonância com as mais recentes discussões no cenário nacional.

Além da Emenda à Constituição Federal nº 58/2009, grandes debates aconteceram nos Municípios

sobre o número de vereadores em cada Casa, criando jurisprudências relativas ao assunto.

O texto está atual, conciso e esclarecedor.

A fixação de nove vereadores, e não em número maior, como permite a Constituição Federal (art.

29), é de decisão política local.

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Art. 21. (Revogado) (NR)

...

Parecer:

Por que foi revogado o art. 21?

Na verdade, entendemos que o art. 20 é que ficou inócuo!

Assim, somos contrários à revogação do art. 21, e favoráveis à revogação do art. 20.

Art. 22. No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1º de janeiro, em sessão de instalação, independentemente

de número, sob a presidência do mais idoso dentre os eleitos ou, se este declinar da competência, sob a

presença do vereador mais votado dentre todos os vereadores, os Vereadores prestarão compromisso e

tomarão posse. (NR)

...

Art. 24. O vereador que não tomar posse na sessão prevista no art. 22 deverá fazê-lo até 15 dias depois da

primeira sessão, sob pena de extinção do mandato. (NR)

Art. 25. No dia imediato à sessão de instalação, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência do mais idoso ou

do mais votado, conforme dispõe art.22, presente a maioria absoluta dos membros da Câmara, e elegerão os

componentes da Mesa por maioria absoluta de votos, considerando-se automaticamente empossados os

eleitos. (NR)

...

Art. 27- Omandato da Mesa será de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição

imediatamente subseqüente. (NR)

...

Parecer:

Na análise dos arts. 22, 24, 25 e 27, verificamos que de fato, essa primeira sessão é a de instalação; é

direcionada à posse dos eleitos; a data ideal é realmente o dia 1º de janeiro.

A definição de que a presidência será do mais idoso e em seguida do mais votado, é decisão local:

poderia ser vice-versa...

O desmembramento de mais uma sessão para escolha dos membros da Mesa Diretora também é

decisão local, pois poderia ser no mesmo dia, ou (como o é na Assembléia Legislativa) às vésperas do início

dos trabalhos (em fevereiro...).

Quanto ao tempo do mandato da Mesa Diretora, está correta a indicação de dois anos, eis que esse é o

tempo previsto para as Casas Legislativas Federais (Senado e Câmara) no art. 57, §4º, da constituição Federal

e, segundo o Poder Judiciário, deverá ser obedecido pela Câmara de Vereadores, em obediência ao princípio

da simetria. (vide: Acórdão nº 832091-4 do TJ/PR – Relator José augusto Gomes Aniceto – Órgão Especial

– Iguaraçú – 03.12.2012)

Já o direito de releição ou não dos membros da Mesa Diretora é opção local, porque o Poder

Judiciário tem se manifestado no sentido de que nesse ponto o Legislativo Municipal não precisa imitar o

Federal. (vide Acórdão nº 715945-1 do TJ/PR – Relator Edison de Oliveira Macedo Filho – 5ª Câmara Cível

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

– Medianeira – 14.10.2014)

Ou seja:

Apesar dos dois temas estarem previstos no mesmo dispositivo constitucional (art. 57, §4º), sobre a

reeleição não se aplica o princípio da simetria, que aplicável ao tempo do mandato.

Assim, somos de parecer jurídico favorável às alterações, mas esclarecendo que em alguns pontos a

Casa tem liberdade de opção, nos termos declinados.

Art. 29. ...

...

VI – fazer publicar, imediatamente na primeira oportunidade possível, os atos, as Resoluções, os Decretos

Legislativos e as leis por ele promulgadas, bem como so demais atos que exigem publicação. (NR)

...

IX – apresentar ao plenário, mensalmente, o balanecete orçamentário do mês anterior. (NR)

...

XII - tomar todas as providências necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos. (NR)

XIII - designar Vereadores para a missão de representação da Câmara Municipal. (NR)

Parecer:

Não vemos óbice jurídico na aprovação dessas alterações no art. 29, pois nos parecem serem de fato

de competência da presidência, e estarem nos moldes legais.

Apenas alertamos para a correção da palavra ―balancete‖, constante do inciso IX...

Art. 31. ...

...

II - elaborar e votar o seu Regimento Interno; (NR)

...

VI - fixar o subsídio dos Vereadores em cada Legislatura para a subsequente, até sessenta dias antes das

eleições municipais, observado o que dispõem os arts. 29, VI; 37, X e XI; 39, § 4º; 150, II; 153, III e 153, §

2º, I, da Constituição Federal; (NR)

VII - fixar a remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito, do Procurador Geral do Município e dos Secretários

Municipais, através de lei, observado o que dispõe a Constituição Federal; (NR)

...

XI – conceder licença ou autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito, mediante Decreto Legislativo, a se

ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias; (NR)

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XII - criar comissões de inquérito sobre fatos determinados e por prazo certo, mediante requerimento de um

terço dos seus membros; (NR)

...

XVI - julgar as contas do Prefeito, incluídas as da Administração Indireta, na forma da Lei; (NR)

XVII - convocar Secretário do Município ou quaisquer titulares de órgãos municipais para prestarem,

pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a

ausência sem justificação adequada, bem como o fornecimento de informações inverídicas, atendendo o

princípio da fé pública; (NR)

XVIII – autorizar ou referendar, no prazo máximo de trinta dias do recebimento os consórcios, contratos e

convênios dos quais o Município seja parte e que envolvam interesses municipais, obedecendo as regras

gerais impostas pelas leis federais (NR)

XIX - processar e julgar os Vereadores nos casos especificados nesta Lei; (NR)

...

XXIV - representar contra o Prefeito. (NR)

XXV - processar e julgar o Prefeito e os Secretários municipais nas infrações político administrativas; (NR)

XXVI - convocar plebiscito e autorizar referendo; (NR)

XXVII - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa do Prefeito;

(NR)

XXVIII - convocar autoridades locais para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente

determinado, importando ilícito penal, cível e administrativo, conforme o caso, a ausência sem justificação

adequada ou prestação de informações falsas; (NR)

XXIX - encaminhar pedidos escritos de informação ao Prefeito, aos Secretários do Município ou a titulares de

órgãos municipais, importando em infração político-administrativa a prestação de informações falsas, a

recusa, ou o não atendimento, no prazo de 30 (trinta) dias, o qual poderá ser reduzido se houver iminência de

tornar ineficaz a medida, quando então poderá ser reduzido de forma razoável, se houver justificativa e

necessidades plausíveis; (NR)

XXX - dar publicidade de seus atos e pedidos de informação, bem como dos resultados aferidos pelas

comissões processantes, de inquérito e especial. (NR)

Parágrafo Único. A representação judicial nos casos em que detiver personalidade judiciária, a assessoria e a

consultoria jurídica do Poder Legislativo Municipal são exercidas pelos Procuradores Jurídicos de seu quadro

de pessoal. (NR)

Parecer:

Boas alterações, com inserções e correções de alta relevância.

No geral, o novo texto está correto, juridicamente falando, pois insere regras constitucionais vigentes.

Porém, em especial sobre o inciso XVIII, alertamos pela inconstitucionalidade de exigir autorização

ou referendo sobre contratos e convênios.

É que a Carta Magna anuncia a separação dos poderes, e esses atos são discricionários de cada

poder...

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Assim, sugerimos que o novo texto seja:

“XVIII – autorizar o ingresso do Município de ............ em Consórcios Públicos. (NR)”

Ressaltando ainda, que a inclusão dos secretários municipais entre os agentes possíveis de julgamento

pela Câmara, por infrações político-administrativas (inciso XXV), ainda não possui sustentação judicial

pacífica.

Porém, não vemos problemas na manutenção dessa previsão, pois, em caso de o Judiciário firmar

essa possibilidade, alí está...

Art. 32. ...

...

XVI - matéria urbanística, especialmente o Plano Diretor, matéria relativa ao uso e ocupação do solo,

parcelamento, edificações, denominação de logradouros públicos e estabelecimento do perímetro urbano e

dos bairros. (NR)

Parecer:

Trata aqui, no novo inciso (XVI) de matérias realmente de competência de iniciativa do

Executivo Municipal.

Assim, nada obsta a sua aprovação.

Art. 33. ...

§1º Antes da posse, e ao término do mandato, apresentarão à Mesa Executiva, declaração de bens, observado

o disposto no § 3º do art. 68. (NR)

§2º No exercício do mandato, mesmo sem prévio aviso, o Vereador possui livre acesso às repartições públicas

municipais, podendo diligenciar pessoalmente junto aos órgãos da administração direta e indireta, solicitar

esclarecimentos e informações a respeito de ações e atos administrativos, devendo ser atendido pelos

respectivos responsáveis, na forma da lei. (NR)

Parecer:

Nova redação em conformidade com a atual liberdade (e atribuição) de fiscalização dos vereadores, no âmbito

municipal.

Art. 34. ...

I - ...

a) Pareticipar de licitação, celebrar ou manter contrato com o Município, autarquias de economia mista,

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empresas públicas, fundações e empresas concessionárias de serviço público municipal, salvo quando o

contrato obedecer a cláusulas uniformes; (NR)

Parecer:

O novo texto deixa claro que o vereador está impedido de licitar com o Município (prefeitura e

câmara).

É bom esclarecer, porque muitas vezes se confunde, imaginando que ―cláusulas uniformes‖

englobam licitações...

Atenção:

Sugerimos a correção da palavra ―participar‖...

Art. 35. ...

...

§ 1º Nos casos dos incisos I, II, III e VII, a perda do mandato será decidida pela Câmara Municipal, por voto

da maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de Partido Político representado na Câmara,

assegurada em qualquer caso ampla defesa; (NR)

Parecer:

A alteração nesse texto foi feita apenas para retirada do termo ―por voto secreto‖.

Porém, é preciso aproveitar o momento para corrigir inconstitucionalidade existente na indicação dos

incisos, tanto no parágrafo primeiro, quanto no parágrafo segundo.

É que, segundo a mais pacífica jurisprudência judiciária, nos casos previstos nos incisos I, II, III e IV,

a perda do mandato de vereador se dará após o julgamento e declaração pela Câmara Municipal, com a

concessão de ampla defesa e contraditório.

Já, nos casos previstos nos incisos V, VI e VII, a Câmara não tem nada a fazer, a não ser atender à

ordem judicial e declarar (pela Presidência) a perda do mandato e convocação do respectivo suplente.

Ou seja:

Nesses casos em que a Justiça suspender os direitos políticos, decretar a perda do mandato, ou

condenar o vereador em ação penal, não caberá julgamento pelo Legislativo Municipal, mas apenas cumprir a

determinação de afastamento que (certamente) virá do Judiciário.

Assim, nossa sugestão para o novo texto é:

“§ 1º- Nos casos dos incisos I, II, III e IV, a perda do mandato será decidida pela Câmara

Municipal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de Partido

Político representado na Câmara, assegurada em qualquer caso ampla defesa.

§ 2º - Nos casos previstos nos incisos V, VI e VII, a perda será declarada pela Presidência, após

o recebimento do comunicado do Poder Judiciário.”

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...

§3º Caberá ao Regimento Interno da Câmara definir os procedimentos incompatíveis com o decoro

parlamentar, podendo instituir outras formas de penalidade para condutas menos graves, em atenção ao

princípio da gradação, segundo a gravidade da infração, bem como regular o procedimento de apuração

respectivo, garantida ampla defesa. (NR)

§4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos

deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os parágrafos anteriores. (NR)

Parecer:

Atualizadíssima essa previsão.

Concordamos com a inserção.

Art. 38. Não perderá o mandato o Vereador: (NR)

I - Investido do cargo de: (NR)

a) Ministro de Estado, Secretário Municipal, Estadual e Nacional; (NR)

b) presidente, superintendente, ou diretor de entidade da administração pública indireta do Município; (NR)

c) presidente, superintendente, diretor ou conselheiro de entidade da administração pública indireta do Estado

ou da União; (NR)

d) presidente, superintendente, ou diretor de sociedades anônimas cujo sócio majoritário seja Município; (NR)

e) presidente, superintendente, diretor ou conselheiro de sociedades anônimas cujo sócio majoritário seja o

Estado ou a União; (NR)

f) presidente, superintendente ou diretor de Organizações Sociais (OS) previstas em lei; (NR)

g) presidente, superintendente ou diretor de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP);

(NR)

h) presidente, superintendente ou diretor de agências executivas ou regulatórias; (NR)

i) presidente, superintendente ou diretor de serviços sociais autônomos; (NR)

j) chefia de missão temporária de caráter cultural ou de interesse do Município. (NR)

II - licenciado pela Câmara para tratar de assuntos de interesse particular, desde que, neste caso, o

afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por Sessão Legislativa, sem direito a remuneração pela Câmara;

(NR)

III- licenciado pela Câmara por motivo de sáude, devidamente comprovado;(NR)

IV- a Vereadora gestante licenciada pela Câmara, pelo prazo de cento e vinte dias.(NR)

§ 1º Nos casos dos incisos II e III, não poderá o vereador reassumir antes que se tenha escoado o prazo da sua

licença. (NR)

§ 2º Para fins de remuneração quanto às licenças previstas nos incisos III e IV, deverão ser seguidas as regras

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estabelecidas pela Lei Federal nº 8.213/91 (auxílio-doença e licença maternidade). (NR)

§3º Na hipótese do inciso I, o Vereador investido em qualquer dos cargos das referidas alíneas será

considerado automaticamente licenciado e poderá optar pela remuneração do mandato. (NR)

Parecer:

Não vemos óbice nessa atualização.

Entretanto, incicamos que essas possibilidades de licenças para cargos públicos, podem ser reduzidas,

a critério local.

É que, por regra, existe a previsão de afastamento para ocupar o cargo político de secretário

municipal.

Os demais, é de livre deliberação local.

Outrossim, apontamos que esse seja o momento ideal para se debater sobre a possibilidade de a

vereadora gestante (inciso IV) receber 6 meses de afastamento maternidade e, não, apenas os 4 meses.

Esse ponto, também é de deliberação local...

Art. 40...

...

§2º Revogado

Parecer:

O texto original aqui revogado, define como de 30 dias o prazo do afastamento do vereador, para

ensejar a convocação do suplente.

Com essa revogação, s.m.j., ficará sem prazo.

Com isto, de imediato ao afastamento, a presidência já deverá convocar o suplente...

No entanto, apontamos que essa decisão (de tempo) é de ordem local, podendo ser mantido os 30 dias

previstos, ampliados para 60, 90 ou 120, ou suspender prazo (como está na emenda).

Art. 41. ...

...

VII - requisitar documentos públicos e informações junto a qualquer órgão da administração direta e

indireta, que possam auxiliar na elucidação das questões tratadas pelas Comissões. (NR)

Parecer:

O dispositivo inserido é complemento válido e salutar.

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Art. 42. As Comissões Parlamentares de Inquérito, que terão poderes de investigação próprios das

autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, serão criadas mediante requerimento de

um terço dos Vereadores, para apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for

o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos

infratores. (NR)

§ 1º (Revogado)

§ 2º(Revogado)

§ 3º (Revogado)

...

Parecer:

O novo texto altera a nomenclatura dessa comissão, substituindo o tratamento de ―especial‘ por

―parlamentar‖.

Nada contra!

Porém, não vemos motivos para revogação dos parágrafos indicados (1º, 2º e 3º), pois esclarecem

sobre o funcionamento e providências que a comissão deverá tomar.

Art. 44. Independente de convocação, a sessão legislativa iniciar-se-á no dia 1º de fevereiro, e se encerrará,

sem interrupções, no dia 20 de dezembro de cada ano. (NR)

...

§3º - Serão realizadas, no mínimo, quarenta sessões ordinárias anuais, em dia e hora a serem fixados no

Regimento Interno. (NR)

...

Art. 47. A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara,

por sua iniciativa, ou a requerimento da maioria absoluta dos Vereadores, em caso de urgência ou interesse

público relevante, em todas as hipóteses deste artigo com a aprovação da maioria absoluta dos membros da

Casa. (NR)

...

§ 2º As sessões extraordinárias serão convocadas com uma antecedência mínima de quarenta e oito horas.

(NR)

...

Parecer:

Essas novidades sobre as sessões legislativas estão dentro da legalidade (art. 44 e 47).

Todavia, vale destacar que a retirada do recesso (sem interrupções, no texto do caput) de meio de ano

(julho) é deliberação local...

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Art. 48. ...

Parágrafo Único. A apreciação das matérias passará por duas discussões e duas votações, com interstício

mínimo de vinte e quatro horas, salvo os vetos, requerimentos e as indicações, que terão uma única discussão

e votação. (NR)

...

Parecer:

Essa definição dos turnos de votação não ferem as regras constitucionais do processo legislativo.

Art. 50. ...

...

VIII- criação de cargos públicos e aumento de vencimentos aos servidores públicos municipais, bem como

criação, extinção ou qualquer outras alteração na organização das Secretarias, Departamentos e Autarquias;

(NR)

...

XI- autorização de créditos suplementares ou especiais para realização de operações de crédito que excedam o

montante das despesas de capital. (NR)

Art. 51. ...

§1º A aprovação das matérias não constantes dos incisos anteriores deste artigo dependerá do voto favorável

da maioria simples dos vereadores, presentes àsessão a sua maioria absoluta. (NR)

§2ºAs modificações desta Lei Orgânica só poderão ser aprovadas pelo mesmo quorum da sua elaboração e

obedecido o mesmo rito, cabendo sua promulgação ao Presidente da Câmara Municipal. (NR)

...

Parecer:

Não vemos óbice nas alterações referentes ao quórum de votação (arts. 50 e 51).

Art. 54. ...

...

III- de iniciativa popular, subscrita por cinco por cento do eleitorado do Município. (NR)

§1º A proposta de emenda será discutida e votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias,

considerando-se aprovada se obtiver dois terços dos votos dos membros da Câmara Municipal, em ambos os

turnos. (NR)

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...

§5º A Lei Orgânica não poderá sofrer emendas na vigência de estado de sítio ou estado de defesa ou ainda no

caso de o Município estar sob intervenção estadual. (NR)

§6º A proposta de emenda será dirigida à Mesa da Câmara Municipal e publicada no órgão interno da Casa e

no órgão oficial do Município. (NR)

§7º Poderá ser feita sustentação da emenda por representante dos signatários de sua propositura, na sessão que

tenha o projeto de emenda discutido, desde que haja requerimento dos propositores, o qual deverá ser

aprovado por dois terços dos vereadores, mediante análise da necessidade e do interesse. (NR)

Art.55. A iniciativa de leis complementares e ordinárias cabe a qualquer vereador ou comissão da Câmara

Municipal, ao Prefeito e aos cidadãos, mediante iniciativa popular, na forma e nos casos previstos nesta Lei

Orgânica.(NR)

Parecer:

Quanto à iniciativa das leis (arts. 54 e 55), não vemos óbice.

No entanto, lembramos que essa previsão de iniciativa popular para emendas à Lei Orgânica

Municipal é de deliberação local.

Ocorre que a Constituição Federal só prevê a iniciativa popular para projetos de leis (61, §2º); não

para emendas à constituição federal...

É que o legislador quis dar maior rigor no processo legislativo, em se tratando de emendar a Carta

Maior da Nação.

Porém, se o Município de ............ quer conceder esse direito à sua população, nada impede.

Art. 56. ...

...

II- criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e indireta do poder executivo ou

aumento da remuneração desses servidores;(NR)

...

§6º O Prefeito Municipal, juntamente com o pedido de urgência, poderá solicitar a dispensa de passagem do

projeto pelas Comissões Permanentes, exceto pela Comissão Permanente de Legislação, Justiça e Redação, a

qual deverá emitir parecer em todos os atos de sua competência; (NR)

§7º O pedido de dispensa de passagem do projeto pelas Comissões Permanentes, conforme mencionado no

§6º, somente será aprovado e efetivado, se for subscrito por dois terços dos vereadores da Câmara; (NR)

§8º Aprovado o pedido de dispensa de passagem pelas demais Comissões Permanentes, a Comissão de

Legislação, Justiça e Redação deverá emitir e apresentar seu parecer até o início da sessão que tenha em pauta

a segunda votação do respectivo projeto em plenário; (NR)

§9º Não sendo subscrito o pedido de dispensa de passagem do projeto pelas Comissões, o mesmo deverá

prosseguir pelo trâmite normal correspondente, conforme as normas desta Lei Orgânica e Regimento Interno;

(NR)

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§10 Para os prazos de protocolo e demais questões correspondentes, deverão ser observadas as regras do

Regimento Interno da Câmara Municipal. (NR)

Parecer:

Não vemos óbice nessas alterações, até porque estão inserindo procedimentos e regras para certos

projetos de leis com trâmite mais rápido, preservando a soberania do plenário da Casa.

Art. 57. (Revogado) (NR)

Parecer:

De fato, sem sentido a permanência desse dispositivo, eis que se trata de assunto abordado

anteriormente (art. 51, §2º).

Art. 58. A iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros

poderá ser exercida por cinco por cento, pelo menos, do eleitorado. (NR)

...

Parecer:

Está em conformidade com a previsão constitucional (art. 29, XIII).

Art. 65. O Projeto de Lei aprovado pela Câmara será, no prazo de 10 (dez) dias úteis, enviado pelo seu

Presidente ao Prefeito Municipal que concordando, o sancionará no prazo de 15 (quinze) dias úteis,

contados da data de recebimento.(NR)

...

§4º O veto será apreciado no prazo de 15 (quinze) dias, contados do seu recebimento, com parecer ou sem ele,

em sessão única. (NR)

§5º O veto somente será rejeitado pela maioria absoluta dos Vereadores.(NR)

...

Parecer:

Correções válidas, no art. 65.

Entretanto, oferecemos a título de sugestão, alteração no parágrafo oitavo, para esclarecer o prazo que

o vice-presidente terá para promulgar a lei:

“§8º - Se o Prefeito Municipal não promulgar a lei nos prazos previstos, e ainda no caso de

sanção tácita, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer no prazo de 48

(quarenta e oito) horas, caberá ao Vice-Presidente obrigatoriamente fazê-lo, no mesmo prazo.”

Tal proposta se dá, pelo fato de termos presenciado inúmeras experiências nas quais a Casa fica

sem saber que prazo o vice-presidente deverá cumprir, por falta de previsão expressa.

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Art. 69. O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em caso de impedimento e sucedê-lo-á no de vaga. (NR)

§1º Em caso de impedimento do Vice-Prefeito ou de vacância do cargo, serão chamados ao exercício,

respectivamente, o Presidente e o Vice-Presidente da Câmara Municipal, e, no caso de impedimento destes,

serão chamados os demais membros da Mesa da Câmara, e, persistindo o impedimento, serão chamados,

sucessivamente, os Vereadores mais votados; (NR)

§2º O Presidente e Vice-Presidentes da Câmara Municipal, não poderão se recusar a assumir o cargo de

Prefeito, sob pena de perda de seu cargo legislativo, salvo se do exercício resultar incompatibilidade eleitoral,

caso em que, sendo candidato a outro cargo eletivo, terá que renunciar ao cargo da Mesa da Câmara, no

mesmo prazo fixado em lei para a desincompatibilização;(NR)

Parágrafo Único. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, proceder-se-á a nova eleição, na forma da

lei, noventa dias depois de aberta a última vaga, devendo os eleitos completar o período de seus antecessores,

exceto se a vacância ocorrer nos últimos dois anos do mandato.(NR)

...

Art. 71. Compete à Câmara Municipal, conceder licença ou autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito, mediante

Decreto Legislativo, a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias.

Parágrafo Único. Tempestivamente, o Prefeito e o Vice-Prefeito oficiarão à Câmara Municipal comunicando

o destino, o prazo de duração e os objetivos de sua viagem. (NR)

Art. 72. ...

Parágrafo Único. (Revogado) (NR)

Art. 72-A. Nos casos de licença, o Prefeito e o Vice-Prefeito terão direito a perceber remuneração quando:

(NR)

I - cumprida a exigência contida no parágrafo único do art. 71. (NR)

II - licenciados pela Câmara Municipal, quando o período de ausência ultrapassar 15 (quinze) dias; (NR)

III - impossibilitados para o exercício dos respectivos cargos por motivo de doença devidamente comprovada;

(NR)

IV - a serviço ou em missão de representação do Município. (NR)

Art. 73. Os subsídios do Prefeito Municipal será fixado em cada legislatura, para ter vigência na subsequente,

mediante lei de iniciativa da Câmara Municipal. (NR)

§1º A aprovação da lei e a publicação do ato na imprensa Oficial do Município deverão ser feitas no prazo do

caput do art.73, desde que sempre antes da realização das eleições municipais. (NR)

§2º O valor deverá ser fixado conforme o limite e parâmetros previstos na Constituição Federal. (NR)

Art. 74. O subsídio do Vice-Prefeito será fixado conforme as mesmas regras estabelecidas pelo art.73 desta

Lei Orgânica. (NR)

Art. 75. Ao servidor público, no exercício de mandato de Prefeito Municipal, aplicam-se as seguintes

disposições: (NR)

I - afastamento do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; (NR)

II - para contagem de tempo de serviço e demais questões previdenciárias, deverá ser observada a legislação

previdenciária correspondente. (NR)

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III - Revogado

Art. 76. ...

...

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar na primeira oportunidade possível as leis aprovadas pela Câmara, e

expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; (NR)

...

VII – Suprimido (errata) (NR)

...

IX- remeter mensagem e plano de metas à Câmara Municipal até 60 dias da abertura da 1ª Sessão Legislativa

e na abertura das Sessões Legislativas subsequentes da Legislatura, expondo a situação do Município; (NR)

...

XIII- celebrar convênios com entidades públicas ou privadas, ―ad referendum‖ ou com autorização prévia da

Câmara Municipal quando comprometerem receita não prevista no orçamento, remetendo sempre extrato

simplificado com o conteúdo e abrangência à Câmara Municipal, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da

assinatura, sem prejuízo da possibilidade de requisição por esta de inteiro teor destes instrumentos, com

remessa em igual prazo; (NR)

XIV- prestar à Câmara dentro de 30 (trinta) dias, as informações solicitadas; prazo este que poderá ser

reduzido se houver iminência de tornar ineficaz a medida tutelada, quando então poderá ser reduzido de forma

razoável, se houver justificativa e necessidades plausíveis; (NR)

...

XIX- convocar extraordinariamente a Câmara Municipal para deliberar sobre matéria de interesse público

relevante e urgente; (NR)

Art. 77.O Prefeito poderá delegar aos Secretários Municipais e Presidentes das entidades componentes da

Administração Indireta as atribuições referidas no artigo anterior, exceto as atribui¬ções a que se referem os

incisos: II, III. IV, V, VII VIII, XI, XII, XIII, XVIII, XIX, XX, XXI, XXIII, XXVI, XXVII, XXVIII e XXX.

...

Parecer:

Esses novos textos dos artigos 69, 71, 72, 72-A, 73, 74, 75, 76 e 77, modificado, revogado,

suprimido, acrescido, estão compatíveis com as mais recentes interpretações das respectivas matérias.

Art. 81. Sãopartes legitimas para exercer o controle de constitucionalidade de lei ou ato normativo municipal,

em face da Constituição Estadual: (NR)

...

Art. 84. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município, suas

entidades da administração direta e indireta, inclusive fundos municipais, quanto à legalidade, economicidade,

aplicação das subvenções e renúncia de receitas será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle

externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. (NR)

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

...

Art. 86. ...

...

Parágrafo Único. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade

ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade solidária. (NR)

Parecer:

Matérias sobre controle e fiscalização, em conformidade com a constituição federal, legislação

aplicável e entendimento jurisprudencial.

Art. 87. ...

§1º É nulo o julgamento das contas do Prefeito Municipal e da Mesa Executiva da Câmara pelo órgão

legislativo municipal, quando o Tribunal de Contas não haja exarado parecer prévio. (renumerado)

§2º Toda vez que o Poder Executivo prestar contas ao Tribunal de Contas, deverá encaminhar uma cópia

integral à Câmara Municipal, no prazo de 10 (dez) dias, para conhecimento dos vereadores. (NR)

Parecer:

Correta e válida essa previsão do novo parágrafo a ser inserido no art. 87.

Porém, é importante que se aproveite o momento para correção do antigo parágrafo único (proposta

de §1º, por renumeração).

É que o texto original dá a entender que a Câmara Municipal possui competência para julgamento das

contas anuais de sua Mesa Diretora.

E isto não é possível, pois o Legislativo local só tem competência de julgamento das contas anuais do

Executivo Municipal, segundo previsão do art. 18, §2º da Constituição do Estado do Paraná e art. 1º, II, da

Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado (LC 113/2005).

Art. 95. ...

...

§2º A administração indireta compreende as seguintes entidades: (NR)

I – autarquias. (NR)

II - fundações públicas. (NR)

III - sociedades de economia mista. (NR)

IV - empresas públicas. (NR)

V - fundações estatais, sob o regime de direito privado. (NR)

...

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Art.101. ...

Parágrafo Único. As obras e serviços de grande vulto, que envolvam endividamento considerável e

impliquem em significativa alteração do aspecto da cidade, ou do meio ambiente, com reflexos sobre a vida e

os interesses da população, serão submetidos a audiência pública e posterior plebiscito, a critério da Câmara

Municipal, devendo este último ser aprovado por deliberação da maioria absoluta dos Vereadores ou por ação

popular de 5% (cinco por cento) dos eleitores. (NR)

Art.102. A Administração Municipal direta e indireta de qualquer dos Poderes do Município obedecerá aos

princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e razoabilidade. (NR)

Art.103. ...

...

V- ....

a) preferencialmente, na estrutura de assessoramento superior, por servidores ocupantes de cargos de

carreira de nível superior ou médio;(NR)

b) obrigatoriamente, na estrutura inicial intermediária, por servidores ocupantes de cargo de carreira

técnica ou profissional, ou a disposição do município por força de Convênio; (NR)

...

XII - os subsídios e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, nos termos

da Constituição Federal. (NR)

XIII- é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de

horários, observado em qualquer caso o disposto na Constituição Federal. (NR)

XIV - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de

sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas

de sua atuação. (NR)

XV - depende de autorização legislativa a transformação, fusão, cisão, incorporação, extinção e privatização

e, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a

participação de qualquer delas em empresa privada. (NR)

Art. 104. ...

...

§ 2º. Revogado

...

...

Art.106. Fica vedada a nomeação para cargos em comissão, no âmbito do Município, do cônjuge,

companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, dos respectivos titulares

da prerrogativa de nomeação, inclusive por delegação de competência: (NR)

a) de vereadores; (NR)

b) do Prefeito, do Vice-Prefeito, do Procurador Geral do Município, de Secretários Municipais, de presidentes

e demais dirigentes de entidades da Administração Indireta. (NR)

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

Parecer:

Aqui, o tema é nepotismo!

E sobre esse tema o STF-Supremo Tribunal Federal já se manifestou em 2008, editando a Súmula 13,

que vincula o cumprimento a todos os Municípios.

Todavia, a previsão que ora se insere, possui 3 pontos a serem esclarecidos:

a) Esse novo dispositivo insere a proibição total de contratação em cargo comissionado, de parentes

até terceiro grau de agentes políticos locais, tanto no Executivo quanto no Legislativo.

Só que a Súmula 13 veda a nomeação de parentes apenas no âmbito de cada poder (onde o nomeante

exerce o cargo), ou em caso de cruzamento, com designações recíprocas.

b) A Súmula 13 do STF veda, além dos cargos comissionados, a designação em função de confiança

(FG), que aqui não foi prevista.

c) Como os Secretários Municipais não são propriamente ocupantes de cargos comissionados, mas

agentes políticos (levados a essa condição pela Emenda à Constituição nº 19), eles não estarão nessa proibição

do novo art. 106.

Porém, nosso Tribunal de Justiça paranaense informa (acórdão nº 0394348-4) que, se o Município

quiser, nem os secretários poderão ser nomeados se forem parentes, desde que conste isso na Lei Orgânica

Municipal.

Destarte, se a Câmara local aprovar da forma que está, estará ampliando a proibição (impedindo

nomeação de parente em ambos no poderes), podendo ampliar ainda mais a proibição, prevendo impedimento

também para FG e para Secretários.

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PONTOS PASSÍVEIS DE REFORMA NA LOM

(PARTE 2)

Jonias de O. e Silva

Art. 107-A. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo, referentes à Administração direta,

fundações, autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, e pela Comissão Executiva da

Câmara, ficarão disponíveis, durante todo o exercício, na Câmara Municipal e nos órgãos técnicos

responsáveis pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade. (NR)

Parecer:

Artigo de grande relevância, pois amplia ainda mais as regras da transparência pública.

Art. 108. O Município instituirá o regime jurídico e os planos de carreira para os servidores públicos da

administração direta e indireta, orientados pelos seguintes fundamentos(NR)

...

Paragrafo Único. A lei assegurará aos servidores públicos municipais da administração direta, indireta e

fundacional, isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais, ressalvadas as vantagens de caráter

individual e as relativas a natureza da função e ao local do trabalho.(NR)

Art. 109. Aos servidores públicos municipais são assegurados todos os direitos e garantias previstos no art.

39. § 3º da Constituição Federal.(NR)

...

Art.110. São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores públicos nomeados em virtude de

concurso.(NR)

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Parecer:

Os arts. 108, 109 e 110 foram readequados às normas constitucionais, referentes aos servidores

públicos.

...

Art.112. ...

...

§ 2º - É facultado, no mínimo dois (02) e no máximo três (03) servidores públicos, dentre os eleitos para

direção de Sindicato ou Associação de Classe, o afastamento do(s) seu(s) cargo(s), sem prejuízo dos

vencimentos e das vantagens, com exceção das verbas de natureza transitória, bem como sem prejuízo da

ascensão funional, na seguinte forma: (NR)

Parecer:

No que tange ás regras da liberação de servidores para a atuação sindical, concordamos com os

termos.

Apenas sugerimos seja corrigido o termo ―funcional‖ e substituída a frase final para ―na forma da

lei.‖, haja vista inexistir desmembramento no parágrafo.

Art.117. ... (previdência)

...

e) após vinte e cinco anos de efetivo exercício em função de magistério, se professor, e após vinte anos, se

professora, com proventos proporcionais a esse tempo. (NR)

§1º O tempo de serviço público federal, estadual, municipal ou privado será computado integralmente para

efeitos de aposentadoria e disponibilidade, computando-se o tempo de serviço prestado ao Município para os

demais efeitos legais.(NR)

§ 2º Os proventos da aposentadoria ou inatividade serão revistos na mesma proporção e na mesma data,

sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo estendidos aos inativos quaisquer

benefícios, ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrente

da transformação ou reclassificação do cargo ou junção em que se deu a aposentadoria, na forma da lei.(NR)

Parecer:

Inovações atualizadas na conformidade das regras vigentes para o regime previdenciário dos

servidores públicos.

...

Art. 119....

I - ...

c) revogado

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d) serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II da Constituição federal, definidos em lei

complementar. (NR)

...

IV - contribuição social, cobrada de seus servidores para custeio, em benefício destes, do sistema de

previdência e assistência social. (NR)

V - contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública. (NR)

§1º. Os impostos terão caráter pessoal, sempre que possível, e serão graduados segundo a capacidade

econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a

esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os

rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. (renumerado)

§2º Sem prejuízo da progressividade no tempo, o imposto previsto no inciso I, a, poderá ser progressivo em

razão do valor do imóvel; e ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. (NR)

§3º - O imposto previsto no inciso I, b compete ao Município da situação do bem enão incide sobre a

transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem

sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa

jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for acompra e venda desses bens ou

direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil. (NR)

§4º. Em relação ao imposto previsto no inciso I, d, cabe à lei complementar fixar as suas alíquotas máximas e

mínimas, excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior e regular a forma e as condições

como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. (NR)

...

Art. 124. A remissão de créditos tributários somente poderá ocorrer nos casos de calamidade pública ou desde

que cumpra todos os requisitos estabelecidos por lei, devendo a lei que a autorize ser aprovada por maioria de

dois terços dos membros da Câmara Municipal. (NR)

...

Art.126. É de responsabilidade do órgão competente da Prefeitura Municipal a inscrição em dívida ativa dos

créditos provenientes de tributos municipais e multas de qualquer natureza, decorrentes de infrações à

legislação tributária, com prazo de pagamento fixado pela legislação ou por decisão proferida em processo

regular de fiscalização.(NR)

...

Art. 128. Revogado

Art. 129....

...

III- cobrar tributos, ressalvadas as hipóteses constitucionais: (NR)

...

VI-...

...

e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais

de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais

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ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a

laser. (NR)

§1º. As vedações do inciso VI, "a", não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com

exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que

haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da

obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. (NR)

§2º. As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os

serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. (NR)

§3º. Qualquer anistia ou remissão, que envolva matéria tributária ou previdenciária, só poderá ser concedida

através de lei específica. (NR)

§4º. Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou

remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, que

regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição,

observando-se as disposições constitucionais. (NR)

...

Parágrafo Único.Revogado

Art. 130. ...

...

II- cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural,

relativamente aos imóveis nele situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153,

§4º, III da Constituição Federal. (NR)

Parecer:

No capítulo que trata dos tributos municipais, a nova redação, revogação e correção realizada nos

arts. Art. 119, 124, 126, 128, 129 e 130, está em perfeita consonância com a Constituição Federal e com a

legislação complementar aplicável.

...

Art. 134-A. Os projetos de lei do Plano Plurianual, das Diretrizes Orçamentárias e dos Orçamentos Anuais

serão enviados pelo Poder Executivo à apreciação do Poder Legislativo, obedecendo os prazos do art. 35, §2º

do ADCT, até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II da Constituição

Federal: (NR)

I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato

subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e

devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; (NR)

II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento

do exercício financeiro e devolvido para sanção até o dia 30 de junho do mesmo exercício financeiro. NR)

III - o projeto de lei orçamentária será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício

financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.(NR)

Parágrafo Único. Para o cálculo dos prazos dos inciso I, II e III acima, serão considerados os períodos da

sessão legislativa do âmbito federal.(NR)

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Art.. 135. ...

...

V- a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da

arrecadação dos impostos na forma estabelecida pela Constituição Federal, bem como a destinação de

recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para

realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos artigos 198, §

2º, 212 e 37, XXII da Constituição Federal, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação

de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º, todos da Constituição Federal.(NR)

...

Art.136. ...

...

§6º Revogado

Parecer:

No capítulo que trata do orçamento municipal, a nova redação, inserção, revogação e correção

realizada nos arts. 134-A, 135 e 136, está em perfeita consonância com a Constituição Federal e com a

legislação complementar aplicável.

...

Art. 141. ...

Parágrafo Único. A Câmara Municipal deverá ter a sua própria tesouraria, por onde movimentará os recursos

que lhes forem liberados.(NR)

...

Art. 142. Os depósitos e as aplicações financeiras das disponibilidades de caixa da Administração Pública

deverão ser efetuados em instituições financeiras oficiais.(NR)

§1º. Os depósitos dos Fundos Previdenciários deverão ser efetuados em instituições financeiras oficiais, sendo

que as aplicações financeiras desses Fundos de Previdência mantidos pelo Poder Público Municipal, deverão

ser realizadas em instituições financeiras oficiais ou, excepcionalmente, em instituições privadas, autorizadas

pelo banco Central, levando em conta as regras contidas na Lei de Licitações nº 8.666/93 e considerando,

ainda, os critérios de solidez patrimonial, volume de recursos administrativos e experiência na administração

de recursos de terceiros.(NR)

§2º. As aplicações efetuadas pelo Fundo Previdenciário em instituições financeiras não oficiais deverão ser

precedidas de estudo que comprove a maior rentabilidade, a observância das condições de mercado e dos

limites e condições de proteção e prudência financeira, conforme o art.43, §1º da Lei de Responsabilidade

Fiscal. (NR)

Parecer:

No capítulo que trata da Gestão da Tesouraria municipal, a nova redação, inserção, revogação e

correção realizada nos arts. 141, 142, 145, 147 e 148, está em perfeita consonância com a Constituição

Federal e com a legislação complementar aplicável.

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Art.145. A Câmara Municipal deverá ter a sua própria contabilidade. (NR)

Parágrafo Único.Revogado

Parecer:

Na seção que trata da Organização Contábil municipal, a nova redação e revogação realizada no art.

145,está em perfeita consonância com a Constituição Federal e com a legislação complementar aplicável.

...

Art.147. São sujeitos à tomada ou à prestação de contas, conforme determina a legislação pertinente, os

agentes da administração municipal responsáveis por bens e valores pertencentes ou confiados à Fazenda

Pública Municipal. (NR)

§1º Revogado

§2º Revogado

Parecer:

Na seção que trata da Prestação e Tomada de Contas municipal, a nova redação e revogação realizada

no art. 147,está em perfeita consonância com a Constituição Federal e com a legislação complementar

aplicável.

Art.148. Os Poderes Executivo e Legislativo manterão, de forma integrada ou independente, um sistema de

controle interno, apoiado nas informações contábeis, com objetivos de: (NR)

...

Parecer:

Na seção que trata do Controle Interno Integrado, a nova redação e revogação realizada no art.

148,está em perfeita consonância com a Constituição Federal e com a legislação complementar aplicável.

Art. 149. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim

assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os princípios da

soberania nacional, da propriedade privada, da função social da propriedade, da livre concorrência, defesa do

consumidor, da defesa do meio ambiente, mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental

dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; da redução das desigualdades regionais

e sociais; da busca do pleno emprego; e do tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte

constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (NR)

Parágrafo único. O Município, no exercício do seu poder de polícia relativo às atividades que, em algum

aspecto, dependam da sua regulamentação e fiscalização, imporá restrições, instituindo sanções àquelas que,

em seu exercício, se opuserem ou se tornarem contrárias aos princípios previstos neste artigo. (NR)

...

Art. 151. A microempresa e a de pequeno porte, assim definidas em lei, receberão do Município tratamento

jurídico diferenciado, visando ao incentivo de sua criação, pela simplificação de suas obrigações

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administrativas e tributárias, podendo estas ser reduzidas ou eliminadas por lei. (NR)

...

Art. 153. O Município por lei, e, também, em ação integrada com a União, Estado, e a sociedade, promoverá a

defesa dos direitos sociais dos consumidores, pela prevenção, repressão e responsabilização por danos a ele

causados, e conscientizando-os de seus direitos de consumidores e usuários, bem como assegurará os direitos

relativos à educação, à saúde, à alimentação, à moradia, à cultura, à capacitação ao trabalho, à assistência

social, à segurança pública, ao lazer, ao desporto e ao meio ambiente equilibrado, priorizando a dignidade da

pessoa humana.(NR)

Parecer:

Na seção que trata dos Princípios Gerais da Ordem Econômica municipal, a nova redação e

revogação realizada no art. 149, 151 e 153,está em perfeita consonância com a Constituição Federal e com a

legislação complementar aplicável.

...

Art. 157. ...

I- normas relativas ao desenvolvimento urbano sustentável e ao adequado aproveitamento do solo; (NR)

...

III- critérios de parcelamento, uso e ocupação do solo e zoneamento, com previsão de áreas destinadas a

moradias populares, com meio de acesso aos locais de trabalho, de ensino e lazer, atendendo às funções

sociais da propriedade e da cidade; (NR)

...

Art. 158. ...

I- a urbanização, a regularização e a titulação, nos termos da lei, das áreas incluídas no Plano Diretor e onde

estejam situadas populações em situação de miserabilidade ou de baixa renda, sem remoção dos moradores,

salvo áreas de preservação ambiental ou de risco; (NR)

...

Art.160. As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro, à

exceção da hipótese do art.159, III da Constituição Federal (NR).

Parágrafo Único. Para a fixação da justa indenização, deve ser considerado o valor do imóvel ao tempo da

expropriação, conforme o real valor de mercado. (NR)

Art.161. ...

...

§1º O Município, por iniciativa própria, ou com a colaboração do Estado, providenciará o estabelecimento de

um sistema de informações georreferenciadas, com dados sobre parcelamento, uso do solo e edificações, que

servirá como base para o planejamento. (NR)

§2º O planejamento municipal será realizado, na forma da lei, por entidade municipal, que sistematizará as

informações básicas, coordenará os estudos, elaborará os planos e projetos relativos ao Plano Diretor e

supervisionará a sua implantação.(NR)

§3º Será criado um Conselho Municipal de Planejamento, formado por representantes de distintas entidades

da sociedade civil, que terão parte na elaboração e execução do Plano Diretor do Município. (NR)

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...

Art. 163. A promulgação do Plano Diretor se fará por lei municipal específica, aprovada por maioria de dois

terços dos votos dos membros da Câmara Municipal, em duas votações, com interstício de dez dias. (NR)

Parágrafo Único. As alterações do Plano Diretor, depois de formalmente aprovado pela Câmara Municipal e

implantado, que venha a acarretar prejuízos aos proprietários, importarão na responsabilidade do Município.

(Renumerado)

Parecer:

Na seção que trata dos Princípios Gerais da Ordem Econômica municipal, a nova redação, inserção, e

correção realizada no art. 157, 158, 160, 162 e 163,está em perfeita consonância com a Constituição Federal e

com a legislação complementar aplicável.

Art. 168. O planejamento e a execução das políticas agrárias e agrícolas serão realizadas com a efetiva

participação do setor de produção, envolvendo seus agentes, bem como dos setores de comercialização de

armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente: (NR)

I - os instrumentos creditícios e fiscais; (NR)

II - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização; (NR)

III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia; (NR)

IV - a assistência técnica e extensão rural; (NR)

V - o seguro agrícola; (NR)

VI - o cooperativismo; (NR)

VII - a eletrificação rural e irrigação; (NR)

VIII - a habitação para o trabalhador rural. (NR)

§1º. Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agroindustriais, agropecuárias, pesqueiras e florestais.

(Renumerado)

§2º. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: (NR)

I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra;

(NR)

II - a propriedade produtiva. (NR)

§3º. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o cumprimento dos

requisitos relativos a sua função social. (NR)

§4º A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e

graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: (NR)

I - aproveitamento racional e adequado; (NR)

II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; (NR)

III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; (NR)

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IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. (NR)

Parecer:

No capítulo que trata da PolíticaAgrária e Agrícola municipal, a nova redação, inserção, e

correção realizada no art. 168,está em perfeita consonância com a Constituição Federal e com a legislação

complementar aplicável.

Art.178. …

...

§1º. O Município manterá o Fundo Municipal de Saúde, criado na forma da lei, financiado com recursos do

orçamento da seguridade social, além de outras fontes. (NR)

§2º. Os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados

da aplicação de percentuais calculados sobre o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156

da Constituição Federal e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º da

Constituição Federal. (NR)

§3º. Os gestores locais do sistema municipal de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e

agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e

complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação.(NR)

§4º. Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os

Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às

endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao

Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. (NR)

§5º. Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor

que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias

poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu

exercício. (NR)

Art.179. …

§1º. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema Único de Saúde, segundo

diretrizes do Conselho Municipal de Saúde, mediante contrato ou convênio, tendo preferência as entidades

filantrópicas e as sem fins lucrativos. (RENUMERADO)

§ 2º. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no

País, salvo nos casos previstos em lei. (NR)

Art. 180. ...

Parágrafo Único. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenções a instituições

privadas com fins lucrativos. (NR)

Parecer:

Na seção que trata da Saúde municipal, nos parece que o texto carece de adaptação ao Município...

Assim, sugerimos que seja modificado para:

“Art.178. …

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...

§1º. O Município manterá o Fundo Municipal de Saúde, criado na forma da lei, financiado com

recursos do orçamento da seguridade social, além de outras fontes. (NR)

§2º. O Município de ............ aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde,

recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre o produto da

arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 da Constituição Federal e dos recursos de

que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º da Constituição Federal. (NR)

§3º. O Município de ............regulará por lei própria a forma de contratação, o regime jurídico,

o piso salarial profissional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das

atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, obedecendo as

normas de hierarquia superior e os princípios aplicáveis à espécie. (NR)

Art.179. …

Parágrafo único. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do

Sistema Único de Saúde, segundo diretrizes do Conselho Municipal de Saúde, mediante

contrato ou convênio, desde que obedecidas as normas legais exigíveis para cada

procedimento.

Art. 180. ...

Parágrafo Único. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenções a

instituições privadas com fins lucrativos. (NR)”

Art.181. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à

seguridade social, e tem por objetivo: (NR)

I - a proteção à família, à infância, à adolescência e à velhice. (NR)

II - o amparo às crianças e aos adolescentes carentes. (NR)

III - a promoção da integração ao mercado de trabalho. (NR)

IV -a reabilitação e habilitação das pessoas portadoras de excepcionalidade, e sua integração à vida

comunitária. (NR)

V - a reabilitação, a habilitação e o amparo às pessoas com deficiência e sua inclusão social à vida

comunitária. (NR)

...

Art.183. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento

da seguridade social, previstos no art. 195 da Constituição Federal, além de outras fontes, e organizadas com

base nas seguintes diretrizes: (NR)

I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a

coordenação e a execução dos respectivos programas à esfera municipal, bem como a entidades beneficentes

e de assistência social; (NR)

II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no

controle das ações em todos os níveis.(NR)

Parágrafo Único. Os recursos a que se refere o art. 175 da Constituição Estadual, para programas de

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assistência social, terão tratamento regulamentado em lei. (RENUMERADO)

Parecer:

Na seção que trata da Assistência Social municipal, a nova redação do art. 181,está em perfeita

consonância com a Constituição Federal e com a legislação complementar aplicável.

Todavia, não vemos necessidade da inserção dessa nova redação ao art. 183.

Art. 184. ...

Parágrafo Único. O Município de ............atuará, prioritariamente, no ensino fundamental, na educação

infantil e na educação especial.(NR)

Art. 185. ...

I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, garantia de acesso ao ensino

fundamental obrigatório, direito público subjetivo, inclusive em ação integrada com o Estado; (NR)

II- garantia de padrão de qualidade em toda a rede e níveis de ensino, bem como gratuidade do ensino público

em estabelecimentos oficiais; (NR)

III- admissão de diversidade de idéias, de concepções pedagógicas e religiosas, e de coexistência de

instituições públicas e privadas de ensino, bem como liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o

pensamento, a arte e o saber;(NR)

...

VI- ampliação e manutenção da rede de estabelecimentos públicos de ensino fundamental e infantil,

independentemente da existência de entidades privadas no setor; (NR)

VII- atendimento ao educando do ensino fundamental e infantil, com programas suplementares de material

didático-escolar, alimentação e assistência à saúde, com transporte aos comprovadamente carentes até

quatorze anos de idade;(NR)

...

IX- valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com

ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (NR)

X- piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei

federal. (NR)

XI- O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa em

responsabilidade da autoridade competente. (NR)

...

Art. 188. Compete ao Poder Público Municipal garantir a aplicação das normas e dos conteúdos mínimos para

o ensino infantil, fundamental e de educação especial determinados pela legislação federal e estadual, visando

a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos universais, nacionais,

regionais e municipais.(NR)

...

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

§4º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades

indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. (NR)

Art. 189. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o

sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de

implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e

modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que

conduzam a: (NR)

...

V - promoção humanística, científica e tecnológica. (NR)

VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto

interno bruto. (NR)

...

Art.191. Os recursos públicos municipais serão destinados às escolas públicas, objetivando atender às

necessidades exigidas para a universalização do ensino, em especial para o ensino fundamental e infantil,

sendo que, cumpridas tais exigências,poderão ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou

filantrópicas, definidas em lei, desde que: (NR)

...

Art. 193. A cultura é aqui tomada como um direito social inalienável do individuo e da comunidade

palmeirense, devendo ser defendida pelo Poder Público Municipal, entendendo-a como manifestação humana

e repositório dos valores essenciais do Homem, cabendo à lei estabelecer: (NR)

I. A administração, a gestão da documentação e as providências para franquear a consulta a quantos dela

necessitem. (NR)

II. Incentivos para a produção do patrimônio cultural do Município, e a participação da comunidade neste

processo. (NR)

III. A forma de proteção e promoção do patrimônio cultural do Município, e a participação da comunidade

neste processo. (NR)

IV. O processo de tratamento dos documentos, edificações e sítios detentores de reminiscências históricas.

(NR)

V. A fixação de datas comemorativas de significação cultural. (NR).

Art.194. ...

...

§3º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural

municipal, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento,desapropriação e outras formas de

acautelamento e preservação. (NR)

§4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos na forma da lei. (NR)

§5º As iniciativas para a proteção do patrimônio histórico-cultural serão estabelecidas em lei. (NR)

Art.195. ...

...

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Curso: A Reforma da Lei Orgânica – 21 e 22 de Outubro de 2015 /Curitiba-PR

VI - a implementação de equipamentos e instalações adequados à prática de atividades físicas e desportivas

pelas pessoas com deficiência sobretudo no âmbito escolar. (NR)

VII - o lazer ativo como forma de bem-estar e promoção social, saúde, higiene e educação de todas as faixas

etárias e sociais da população. (NR)

VIII - o estímulo à construção, manutenção e aproveitamento de instalações e equipamentos desportivos, com

destinação de área para atividades desportivas, nos projetos de urbanização, habitacionais e de construção nas

escolas. (NR)

...

Parecer:

Na seção que trata da Educação, da Cultura e do Desporto municipal, a nova redação, inserção, e

correção realizada nos arts. 184, 185, 188, 189, 191, 193, 194 e 195,estão em perfeita consonância com a

Constituição Federal e com a legislação complementar aplicável.

Com exceção da nova redação dada ao caput do art. 189 que, a nosso ver, deverá ser mantida a

original.

Art.197. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e

preservá- lo para as presentes e futuras gerações. (NR)

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público, por meio das respectivas

regulamentações: (NR)

I- articular-se com os órgãos estaduais, regionais e federais competentes e ainda, quando for o caso, com

outros municípios, objetivando a solução de problemas comuns relativos à proteção ambiental.

(RENUMERADO)

II - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e

ecossistemas; (NR)

III - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético e fiscalizar as entidades dedicadas à

pesquisa e manipulação de material genético;(NR)

IV – definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a

supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos

atributos que justifiquem sua proteção;(NR)

V - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa

degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; (NR)

VI - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem

risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (NR)

VII - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a

preservação do meio ambiente; (NR)

VIII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função

ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (NR)

§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo

com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. (NR)

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§ 3º As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores às sanções administrativas,

estabelecidas em lei, e com multas diárias e progressivas no caso de continuidade da infração ou reincidência,

incluídas a redução do nível de atividade e a interdição, independente da obrigação de os infratores

restaurarem os danos causados, e sem prejuízo da sanção penal cabível. (NR)

§ 4º Os recursos oriundos de multas administrativas e condenações judiciais por atos lesivos ao meio

ambiente e das taxas incidentes sobre a utilização de recursos ambientais, serão destinados a um fundo gerido

pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente, na forma da lei. (NR)

§ 5º As empresas que desenvolvam atividades potencialmente poluidoras, ou atividades que provoquem

outras formas de degradação ao meio ambiente de impacto significativo, deverão por ocasião do registro de

seus atos constitutivos na junta comercial, bem como, quando da criação de novas filiais ou novos

empreendimentos, apresentar a licença ambiental emitida pelo órgão competente. (NR)

Art.198. O Município deverá atuar mediante planejamento, controle e fiscalização das atividades, públicas ou

privadas, causadoras efetivas ou potenciais de alterações significativas no meio ambiente, devendo garantir:

(NR)

I - uma política municipal de meio ambiente, objetivando a sustentabilidade ambiental através da proteção,

restauração e conservação do patrimônio natural e cultural; (NR)

II – criação de unidades de conservação e outras áreas de interesse para a proteção de mananciais,

ecossistemas naturais, flora e fauna, recursos genéticos e outros bens naturais e culturais, estabelecendo

normas a serem observadas nessas áreas; (NR)

III – proteção ao patrimônio cultural, histórico e artístico, provendo a sua utilização em condições que

assegurem a sua conservação. (NR)

IV - a educação ambiental, visando a participação pública para proteção e conservação do meio ambiente.

(NR)

V – o incentivo as iniciativas particulares de conservação de ambientes naturais. (NR)

VI - exigência da realização de estudo prévio de impacto ambiental e avaliação para construção, instalação,

reforma, recuperação, ampliação e operação de atividades ou obras potencialmente causadoras de degradação

do meio ambiente, do qual se dará publicidade. (NR)

VII - controle da produção, comercialização e emprego de técnicas, métodos ou substâncias que comportem

riscos para a vida, para a qualidade de vida e para o meio ambiente. (NR)

VIII - promoção do controle das cheias, definindo parâmetros para o uso do solo. (NR)

Art. 199 - O Município, ao promover a ordenação de seu território, definirá zoneamento e diretrizes gerais de

ocupação que assegurem a proteção dos recursos naturais, em consonância com o disposto na respectiva

Constituição Estadual e na legislação pertinente. (NR)

Parágrafo Único. É vedado o fornecimento de ―habite-se‖, por parte do Município: (NR)

I- sem a comprovação de existência de fossa séptica para os imóveis não assistidos por rede coletora de

esgoto; (NR)

II- sem a certificação da responsável pela rede de coleta e afastamento de esgotos sanitários domésticos, da

ligação direta na rede coletora, quando esta existir. (NR)

...

Art.201. Nas licenças de parcelamento, loteamento e localização, o Município exigirá o cumprimento da

legislação de proteção ambiental emanada da União e do Estado, assim como nas demais questões ambientais

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que sejam tratadas pelas Constituições Estadual e Federal. (NR)...

Art. 203. O Município assegurará a participação das entidades representativas da comunidade no

planejamento e na fiscalização de proteção ambiental, garantindo o amplo acesso dos interessados às

informações sobre as fontes de poluição e degradação ambiental ao seu dispor, atendendo a todos os

princípios ambientais. (NR)

Art.204. ...

§1º O programa de que trata este artigo será estabelecido pelo Executivo, diretamente ou em comum com o

Estado, com o objetivo de assegurar abastecimento de água tratada, coleta, tratamento e disposição final de

esgotos sanitários e de resíduos, bem como os serviços de drenagem de águas pluviais e a proteção dos

mananciais. (RENUMERADO)

§2º A água é um bem essencial à vida. O acesso à água potável e ao saneamento constitui um direito humano

fundamental.(NR)

§3º Os serviços públicos de saneamento e de abastecimento de água serão prestados preferencialmente por

pessoas jurídicas de direito público ou por sociedade de economia mista sob controle acionário e

administrativo, do Poder Público Estadual ou Municipal.(NR)

Art.205. A implantação dos diversos Planos e Programas, conforme determina a norma federal, atenderá às

diretrizes do Plano Diretor da cidade, além das determinações estaduais e federais. (NR)

Parágrafo Único. Deverão ser observadas as ações prioritárias resultantes da Agenda 21 e demais Convenções

das quais o Brasil seja signatário, como inclusão social com o acesso de toda a população à educação, saúde e

distribuição de renda, a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos recursos naturais e minerais e a

ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento sustentável e o planejamento de sistemas de

produção e consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício.

Parecer:

Este conjunto de dispositivos legais propostos (arts. 197 a 199 e 203 a 205), abarcam diversos temas,

mas com especial atenção ao meio ambiente.

Pretendem inserir na Seção V, do Capítulo IV, da LOM de ............, uma variedade de conceitos,

princípios, obrigações e garantias sobre o assunto em nível municipal.

Além de não vermos nenhuma incongruência, ainda os temos como altamente relevantes, pois

atualiza de forma moderna e inteligível o regramento, sobre um dos temas mais discutidos e ressaltados dos

últimos tempos.

SEÇAO VIII

Da Família, da Mulher, da Criança, do Adolescente, do Jovem, do Idoso e da Pessoa com Deficiência (NR)

Art. 208. O Município assegurará, no âmbito de suas competências, a proteção e a assistência à família,

especialmente à maternidade, à infância, à adolescência, à juventude e à velhice, bem como a educação da

pessoa com deficiência, na forma da Constituição Estadual e da Constituição Federal.(NR)

§1º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento

familiar é livre decisão do casal, competindo ao Poder Público propiciar recursos educacionais e científicos

para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

(NR)

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§ 2º O Município assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando

mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. (NR)

§3º Cabe ao Município executar programas de planejamento familiar, nos termos da Constituição Federal.

(NR)

§4º A lei disporá sobre os Conselhos Municipais dos Direitos da Mulher, da Criança e do Adolescente, da

Juventude, da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência. (NR)

...

Art. 210. É dever da família, da sociedade e do Município assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem,

com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à

cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a

salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (NR)

§1º O Município, no limite de seus recursos e meiosinvestirá na recuperação e ampliação física e numérica

das áreas de lazer destinando-as, preferencialmente, ao desenvolvimento físico e mental da criança.

§2º O Município protegerá os direitos econômicos, sociais e culturais dos jovens, mediante políticas

específicas, visando assegurar-lhes: (NR)

I- formação profissional e o desenvolvimento da cultura; (NR)

II- acesso ao primeiro emprego e à habitação; (NR)

III- lazer; (NR)

IV- segurança social. (NR)

§3º O Município poderá incentivar as entidades particulares sem fins lucrativos, atuantes na política do bem-

estar da criança, do adolescente e do jovem, devidamente registradas nos órgãos competentes,

subvencionando-as com auxílio financeiro e amparo técnico. (NR)

Art.211. ...

...

§1º Os programas de amparo aos idosos serão realizados preferencialmente, em seus lares, com promoção do

Município em integração com as famílias;

§2º A família, a sociedade e o Município têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua

participação na comunidade, defendendo-lhes o bem-estar e o direito à vida digna (NR)

§3º O Município poderá incentivar as entidades particulares sem fins lucrativos, atuantes na política do bem-

estar da pessoa com deficiência e da pessoa idosa, devidamente registradas nos órgãos competentes,

subvencionando-as com auxílio financeiro e amparo técnico. (NR)

§4ºA lei municipal disporá sobre a acessibilidade, construção de logradouros e de edifícios públicos, a

adaptação de veículos de transporte coletivo, a sonorização de sinais luminosos de trânsito, a identificação em

braile e outras tecnologias em suas formas adequadas, a fim de permitir seu uso adequado à pessoa com

deficiência e à pessoa idosa. (NR)

§5º O Município promoverá o apoio necessário às pessoas idosas e às pessoas com deficiência para fins de

recebimento do salário mínimo mensal, previsto no art. 203, inciso V, da Constituição Federal.(NR)

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Parecer:

Na seção que trata da Família, da Mulher, da Criança, do Adolescente, do Jovem, do Idoso e da

Pessoa com Deficiência municipal, a nova redação, inserção, e correção realizadas nos arts. 208, 210 e

211,estão em perfeita consonância com a Constituição Federal e com a legislação complementar aplicável.

Art. 213. O Município de ............ deverá atender o limite de despesa com pessoal previsto em Lei

Complementar. (NR)

Parecer:

Nas Disposições Gerais e Transitórias, a nova redação no art. 213,está em perfeita consonância com a

Constituição Federal e com a legislação complementar aplicável (LC 101/2000 – LRF).

Art. 214. As diretrizes da presente lei orgânica deverão atender ainda as regras estabelecidas no âmbito

internacional, como regras de Organização Internacional do Trablaho – OIT e Agenda 21 Local, além de

outras, que servirão como um dos instrumentos de planejamento de políticas públicas. (NR)

Parecer:

Esse dispositivo recebe nova redação, submetendo o Município de ............ às normas atinentes à

proteção do trabalhador e à sustentabilidade.

Não vemos nenhum óbice em sua inserção na LOM de .............

“Art. 72.O Prefeito poderá licenciar-se quando impossibilitado de exercer o cargo por motivo

de doença devidamente comprovada e para descanso, por um período anual de 15 dias, a ser definido por

decreto do Poder Executivo. (NR)

Parecer:

A despeito de proibir o pagamento de 13º e 1/3 de férias aos prefeitos, vice e vereadores

(contrariando decisão de outras cortes), o Tribunal de Contas do Paraná autoriza o gozo de férias pelos

prefeitos, desde que obedecido o princípio da legalidade (existência de norma local). Vide Resoluções nº

4607/03, 8546/01 e 5789/97, do TCE/PR.

Assim, não vemos impedimento jurídico na inserção dessa previsão.

Até poderia ser de trinta dias...porém, ai, dependeria de autorização legislativa, por ultrapassar os

15 dias.

Art. 75. Ao servidor público no exercício de mandato de Prefeito Municipal, aplicam-se as

seguintes disposições:

I - afastamento do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

II - para contagem de tempo de serviço e demais questões previdenciárias, deverá ser

observada à legislação previdenciária correspondente. (NR)

III - Revogado

Parágrafo único. As disposições deste artigo também se aplicam ao servidor que vier a

ocupar cargo de secretário municipal ou equivalente.

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Parecer:

Com a modificação do texto do inciso II, foi extraída a expressão ―exceto para promoção por

merecimento‖, deixando-o em desconformidade com o art. 28, IV, da Constituição Estadual e art. 38, IV, da

Constituição Federal.

Assim, essa mudança poderá induzir a erro, gerando inconstitucionalidade.

Já, a alteração constante no parágrafo único, é matéria de decisão local.

Nem a CF nem a CE exigem o afastamento do servidor para exercer o cargo de secretário

municipal.

Porém, aplica a ele as regras atinentes à cumulatividade remunerada de cargos, proibindo-se-lhe de

receber de duas fontes públicas, a não ser nos casos previstos na Constituição Federal (art. 37, XVI e XVII),

e facultando-se-lhe a escolha de uma das remunerações.

SEÇÃO X

Da Procuradoria-Geral do Município

Art. 83-A. A representação judicial, assessoria e a consultoria jurídica do Município são

exercidas pelos Procuradores do Município, membros da Procuradoria-Geral, instituição essencial à justiça,

órgão central do sistema jurídico municipal, organizada por lei complementar e diretamente vinculada ao

Prefeito, com funções de supervisionar os serviços jurídicos da administração direta, indireta e fundacional

no âmbito do Poder Executivo.

§ 1º O cargo de Procurador-Geral do Município é de livre nomeação do Prefeito,

preferencialmente dentre os integrantes da carreira e gozará de tratamento e prerrogativas de Secretário

Municipal, sendo os demais cargos de direção privativos de Procuradores do Município.

§ 2º Os Procuradores do Município são advogados públicos, organizados em carreira própria,

típica de Estado, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, realizado pela

Procuradoria-Geral do Município, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas

as suas fases.

§ 3º Os Procuradores do Município são detentores de todos os direitos e deveres da profissão,

conferidos pelo Estatuto da Advocacia e da OAB, com a exceção de que seus mandatos são atribuídos por

esta Lei, além de estarem igualmente sujeitos ao Regime Jurídico dos Servidores Públicos Municipais.

§ 4º A Procuradoria-Geral atuará obrigatoriamente no controle interno da legalidade dos atos

do Poder Executivo e exercerá a defesa dos interesses do Município.

§ 5º Além de outras competências estabelecidas em lei, compete exclusivamente à

Procuradoria-Geral do Município a cobrança judicial e extrajudicial da dívida ativa do Município.

§ 6º O exercício das atribuições da Procuradoria-Geral do Município é exclusivo dos

Procuradores integrantes da carreira, sendo vedada a realização de suas atribuições por terceiros, servidores

ou não.

Parecer:

Não vemos óbice em inserir essa seção, sobre a Procuradoria Municipal.

Até porque, a valorização da procuradoria municipal tem sido tema de acalorados debates,

inclusive no Congresso Nacional, a exemplo da PECs 17/2012 e 39/2012, que tramita no Senado.

O texto, inclusive, é bem esclarecedor, e indica a necessidade de edição de lei complementar

para a regularização do funcionamento do procuradoria local.

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No entanto, sugerimos que o texto do parágrafo quarto seja mais claro quanto ao papel da

procuradoria na atuação do controle interno, pois não é certo tomar para si (obrigatoriamente como diz o

texto), também essa área.

Essa atribuição deverá ser encarregada a outro setor, específico, até para não ―afogar‖ a

procuradoria e, ainda, respeitar a independência funcional e o poder discricionário do gestor.

Aliás, essa incumbência não é dada às procuradorias federal e estadual...

De repente, poderá até citar que ―apoiará o controle interno‖...

Art.112. ...

§ 2° É facultado, no mínimo dois (02) e no máximo três (03) servidores públicos estáveis,

dentre os eleitos para direção de Sindicato ou Associação de Classe, o afastamento do(s) seu(s) cargo(s),

sem prejuízo dos vencimentos e das vantagens, com exceção das verbas de natureza transitória, bem como

sem prejuízo da ascensão funcional na forma que a lei estabelecer. (NR)

§ 3° A regra do § 2° somente será válida quando o Sindicato ou Associação de Classe represente

exclusivamente servidores públicos do Município de ............, sendo facultado apenas um (01) servidor, em

situação diversa.

Parecer:

O texto proposto ao parágrafo segundo do art. 112, insere a exigência de que o servidor eleito

(e cedido para a atuação sindical) seja estável.

A nosso ver, acertadíssima a correção.

O lapso dos 3 (três) anos do estágio probatório, amadurecerá o servidor, dando-lhe mais

experiência e equilíbrio para a atuação sindical.

Não vemos óbice legal nessa exigência, até porque, em alguns Estados da Federação, como

Espírito Santo, essa previsão é expressa no art. 34, caput.

E nossa Constituição Estadual (PR) aduz, a despeito de não expressar essa exigência, não a

proíbe (art. 37).

E o parágrafo terceiro, igualmente, esclarece ponto de grande importância, que é a relevância

em se tratar de representatividade sindical direta.

Somos favoráveis às duas inserções.

Nossas sugestões:

Em primeiro:

Para obediência ao regramento previsto no art. 10, da Lei Complementar Federal nº 95/98, e com

base no Manual de Técnica Legislativa do Senado Federal, sugerimos a criação de emenda corretiva,

corrigindo no corpo da Lei Orgânica Municipal como um todo, para adequação à técnica legislativa e às regra

de redação:

a) ―Art.‖ ao invés de ―ART.‖ em maiúsculo.

b) Apenas ponto após o número do artigo, ao invés de travessão.

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c) ―Parágrafo único‖ em itálico, ao invés de ―PARÁGRAFO ÚNICO‖ em maiúsculo.

Em segundo:

Lembramos que a indicação (NR) ao final de cada texto novo é exigência da Lei Complementar nº

95/98 (art.12, III, d).

Mas que, após a promulgação e antes da publicação, seja substituída essa sigla pelos termos, entre

parênteses:

(Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº .../2015), quando se tratar de dispositivo novo no

texto; ou

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº.../2015), nos dispositivos que sofreram

modificações em seu texto.

Em terceiro:

Em diversos trechos do texto, encontramos palavras com grafia errada; provavelmente por erro de

digitação.

Assim, sugerimos que, antes de seguir para aprovação e demais procedimentos de sequencia, seja

realizada a revisão palavra por palavra.

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PROCESSO LEGISLATIVO DE REFORMA DA LOM e

do RI

Hélio Querino Jost

I - AUTONOMIA MUNICIPAL.

A Autonomia Municipal, assegurada pelo art. 181 da CF, compreende a competência exclusiva para instituir sua

Carta Organizacional (Lei Orgânica) como prevê o art. 29.2 Antes da CF/88, os Municípios se regiam por Leis

Complementares Estaduais válidas para todos os Municípios dos respectivos estados, salvo duas ou três exceções.

Ao Poder Executivo não foi dada a iniciativa do projeto de instituição da Lei Orgânica mas, apenas, o poder de

emendá-la.

Assim, como a Constituição Federal e as Estaduais, a modificação da LOM se faz através de EMENDAS,

conforme as iniciativas definidas na própria Lei Orgânica.

II - HIERARQUIA DAS LEIS.

Dentro de suas respectivas esferas de competência material, não há hierarquia entre as leis municipais, estaduais

ou federais. Todavia, a própria Constituição Federal, prevê as hipóteses em que o ordenamento infra-constitucional pode

ferir a Constituição e, nesse caso, considerá-las inconstitucionais por vício material (ofensa à competência material) ou

vício formal (não atendimento da prescrição constitucional: ex. duas votações e interstício de 10 dias, na aprovação da

LOM e das emendas).

A prevalência ou hierarquia ocorre em geral em relação às Constituições. As Constituições Estaduais não

podem confrontar a CF, da mesma forma que o restante do ordenamento infra-constitucional de qualquer dos poderes.

Celso R. Bastos, em sua obra ‗‗Lei Complementar — Teoria e comentários‘‘, Saraiva, 1985, ensina o que se

deve entender por hierarquia: ‗‗Toda vez que o ato inferior extrai o seu fundamento de validade de outro, este lhe é

superior, e, em conseqüência, instaura-se uma relação hierárquica‘‘. Exemplo: A CF estabelece a competência tributária

dos Entes Federados, mas cabe a cada um instituí-los por lei própria.

1 Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

2 Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada

por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta

Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

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A LOM é a ―lei maior‖ do Município é sua Carta Organizacional e estabelece normas e princípios legislativos

gerais, aos quais se submete toda a legislação complementar e ordinária e, claro, também o Regimento Interno.

No confronto de normas entre LOM e RI, prevalece a Lei Orgânica. O que importa é distinguir o que matéria de

competência de um ou outro desses diplomas legais. O essencial é que na LOM constem as normas básicas

fundamentais, de caráter permanente, o arcabouço jurídico/legal que norteará a elaboração do Regimento Interno.

Algumas LOM prevêem o processo de reforma ou revisão do RI mas na maioria dos casos, os próprios

Regimentos tratam do assunto.

Os Regimentos Internos são criados mediante Resolução com dois turnos de discussão e votação e quorum

especificado no próprio Regimento ou na LOM. Tais Resoluções são de iniciativa exclusiva da Câmara Municipal.

III – INICIATIVA.

Iniciativa é o momento em que se deflagra o processo legislativo, obrigando a Casa de Leis a submeter o

projeto de lei a uma deliberação definitiva. A iniciativa pode ser:

a) Iniciativa geral ou concorrente: é a regra geral. Compete ao Prefeito, Vereadores, Comissões e aos cidadãos

(iniciativa popular);

b) Iniciativa privativa ou reservada: apenas um dos poderes a exerce sobre as matérias previstas

constitucionalmente. A iniciativa reservada pode ser:

1 - do Prefeito: nas matérias relativas a direitos e vantagens dos servidores públicos, regime jurídico, criação de cargos,

aumento de remuneração do pessoal do executivo, organização administrativa da Prefeitura e matéria orçamentária;

2 - da Câmara (Mesa Diretiva ou Comissões): estrutura organizacional da Câmara (criação de seus serviços), criação de

cargos da Câmara e fixação dos subsídios dos agentes políticos.

c) Iniciativa vinculada: consiste na obrigação de se apresentar determinado projeto de lei em épocas legal e

constitucionalmente determinadas. Ex. orçamentos (PPA, LDO e LOA), fixação dos subsídios dos agentes políticos.

d) Iniciativa popular: trata da apresentação de projetos pelos cidadãos. Não se aplica aos projetos de iniciativa

exclusiva reservada aos Poderes do Município.

3.1 – Iniciativa de projeto de emenda à LOM.

A Constituição Federal3 e as Constituições Estaduais não conferem iniciativa legislativa popular para as LOM.

Qualquer alteração ou modificação na LOM será feita sempre através de Projeto de EMENDA.

A maioria das Câmaras reserva a iniciativa de Emendas à LOM apenas para os Vereadores e o Prefeito. Outras

admitem a iniciativa popular, mediante a subscrição de um percentual dos eleitores inscritos no Município, como a

LOM de Curitiba.

Na CF, nas CE‘s e nas LOM‘s a competência ORIGINÁRIA é exclusiva dos parlamentares e, por isso,

conforme doutrina não caberiam Emendas Populares. De fato, para as Emendas Constitucionais não foi conferida a

iniciativa popular. Para as Emendas à LOM, muitos municípios tem admitida a iniciativa popular.

Só tem competência aqueles a quem a lei (no sentido genérico) a confere. A CF e as Estaduais não contemplam

a iniciativa de emenda constitucional à população.

CF – Art. 29. (...)

.............................. V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara

Municipal, observado o que dispõem os art. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela

Emenda constitucional nº 19, de 1998)

VI - a remuneração dos Vereadores corresponderá a, no máximo, setenta e cinco por cento daquela estabelecida, em

espécie, para os Deputados Estaduais, ressalvado o que dispõe o art. 37, XI; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

VI - subsídio dos Vereadores fixado por lei de iniciativa da Câmara Municipal, na razão de, no máximo, setenta e

cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Estaduais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998)

3 Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

II - do Presidente da República;

III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela

maioria relativa de seus membros.

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VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a

subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei

Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

3.2 – Iniciativa de projeto de modificação do Regimento Interno.

As Câmaras Municipais são colegiados compostos de diversos segmentos políticos da sociedade. Elas espelham

o fundamento do ―pluralismo político‖, previsto no art. 1º, V, da CF.

Assim como os colegiados em geral, (Associações, Conselhos, Condomínios, etc.) as Câmaras definem o seu

próprio Regimento Interno para reger o seu funcionamento interno.

Somente os membros de qualquer colegiado têm competência e iniciativa para instituir ou modificar o seu

próprio Regimento Interno o qual deve, evidentemente respeitar a legislação vigente, sob pena de o próprio RI como um

todo ou parte dele, ser questionada sua legalidade ou constitucionalidade, pelos entes legitimados na Constituição do

Estado4, dentre eles o Prefeito Municipal e a própria Mesa Diretiva da Câmara quando, p. ex. a própria Câmara não

aprovar a modificação do(s) dispositivo(s) tido por inconstitucional.

IV - TÉCNICA LEGISLATIVA (LC 95/98).

Em qualquer norma (Constituição, Leis Complementares ou ordinárias, decretos, resoluções ou portarias) deve

ser observada a boa técnica legislativa de que trata a Lei Complementar Federal nº 95/98. A uniformização da técnica

legislativa a nível nacional objetiva melhor compreensão e interpretação da lei, harmonizando o texto legislativo.

Trata, pois, de estruturar o texto organicamente, em começo, meio e fim.

V - MATÉRIA DE COMPETÊNCIA. (LEI COMPLEMENTAR, LEI ORDINÁRIA, LOM E RI)

As competências legislativas, regra geral, são definidas na Constituição Federal.

Dentro do ordenamento legislativo municipal as matérias são definidas segundo a seguinte ordem:

5.1 – Matérias de competência da LOM.

A LOM dispõe sobre matérias de natureza permanente e definição de “quorum” especial de 2/3. São matérias

que tratam da organização, estrutura e funcionamento dos poderes do município, etc.

São matérias de Lei Orgânica:

I - Os preceitos principiológicos da Constituição Federal;

II - As disposições das respectivas Constituições Estaduais aplicáveis aos Municípios;

III - As competências Municipais: descrição do campo de atuação do Município em matéria legislativa e de organização

administrativa;

IV - Os Poderes Municipais (Legislativo e Executivo), atribuições e competências, e forma de relacionamento;

V - A Mesa Diretiva da Câmara, sua composição, eleição e posse;

VI - Vereadores: suas incompatibilidades e impedimentos, convocação de suplentes;

VII - Processo legislativo, compreendendo todas as fases das proposições legislativas, inclusive as Emendas à Lei

Orgânica;

VIII - Infrações e processo de julgamento do Prefeito e Vereadores;

IX - Poder Executivo: Prefeito, posse, exercício do cargo, atribuições, proibições e impedimentos;

X - Administração Municipal: Servidores, provimento, direitos, responsabilidades, aposentadoria, etc.

XI - Atos Municipais: formalização, publicação;

XII - Normas sobre Plebiscito, Referendo e Audiências Públicas;

XIII - Direito de petição, informação e certidões;

XIV - Tributos Municipais;

4 Art. 111. São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo

estadual ou municipal, em face desta Constituição:

I - o Governador do Estado e a Mesa da Assembléia Legislativa;

II - o Procurador-Geral de Justiça;

II - o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador Geral do Estado;

(Redação dada pela Emenda Constitucional 7 de 24/04/2000)

III - o Prefeito e a Mesa da Câmara do respectivo Município, quando se tratar de lei ou ato normativo local;

IV - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;

V - os partidos políticos com representação na Assembléia Legislativa;

VI - as federações sindicais e as entidades de classe de âmbito estadual;

VII - o Deputado Estadual.

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XV - Orçamentos: PPA, LDO, LOA, sua elaboração e execução, gestão de Tesouraria, prestação de contas;

XVI - Controle Interno Integrado;

XV - Dos bens patrimoniais, das obras e serviços públicos;

XVI - Planejamento Municipal e Conselhos Municipais;

XVII - Ordem Econômica e Social.

5.2 – Matérias de competência de Lei Complementar.

As LC‘s tratam de matérias de duração permanente e que não devem ser modificadas amiúde e que dependem

de maioria absoluta dos Vereadores para aprovação. São leis que complementam a Lei Orgânica.

A Constituição Federal prevê em artigos esparsos as matérias a serem reguladas por Lei Complementar. (Ex.

Organização dos Tribunais, Ministério Público, matéria Tributária, finanças públicas, previdência social e

privada,..etc.).

Entendo que não cabe aplicação simétrica aos Estados e Municípios, dadas as diferentes competências, mas, a

nível municipal, em geral, tratam do Plano Diretor, dos Códigos em Geral (Tributário, de Obras e Posturas), de

Estatutos dos Servidores e do Magistério ou, conforme dispõe a própria LOM.

5.3 – Matérias de competência de Leis Ordinárias, de caráter mais geral.

As Leis Ordinárias tratam da legislação mais comum e de caráter transitório e sua aprovação depende de

maioria simples, mas presença da maioria absoluta da Casa.

5.4 – Matérias de competência do Regimento Interno.

Importante notar que o Regimento Interno, dada sua natureza de “interna corporis” não vincula nem obriga o

Prefeito ou Servidores, nem mesmo da própria Câmara. Por exemplo, não é matéria regimental dispor que o Prefeito

deva remeter documentos ou informações em tal ou qual prazo. Isso é matéria de LOM ou lei ordinária.

Em síntese, os Regimentos tratam da estruturação e funcionamento da Câmara, através dos seguintes tópicos,

resumidamente.

DA CÂMARA MUNICIPAL. Das funções da Câmara

Da sede da Câmara

Da instalação da Câmara.

DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA MUNICIPAL. Da Mesa Diretiva (Formação e Competência da Mesa, competência do Presidente, Vice e Secretários)

Do Plenário.

Da formação das Comissões, suas finalidades e competências e funcionamento.

DOS VEREADORES.

Do Exercício da Vereança, suspensão do exercício, extinção e perda do mandato.

Da Liderança Parlamentar.

Remuneração dos Agentes Políticos.

DAS PROPOSIÇÕES E SUA TRAMITAÇÃO.

Modalidades e formas, proposições em espécie, apresentação e retirada, tramitação.

DAS SESSÕES DA CÂMARA.

Das Sessões em geral, das Sessões Ordinária, extraordinárias e solenes.

DAS DISCUSSÕES E DAS DELIBERAÇÕES.

Discussões, disciplina dos debates e deliberações, emenda a LOM e iniciativa popular.

DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL E DOS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE.

Elaboração legislativa especial (PPA, LDO, LOA, CÓDIGOS E ESTATUTOS), procedimentos de controle, julgamento

das contas, processo de perda do mandato, convocação dos Secretários Municipais, pedidos de informação do Prefeito,

destituição de membro da Mesa.

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DO REGIMENTO INTERNO E DA ORDEM REGIMENTAL.

Da questão de ordem e dos precedentes.

Das modificações do Regimento.

DOS SERVIÇOS INTERNOS DA CÂMARA.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS.

VI - TRÂMITE (COMISSÕES, PLENÁRIO...).

6.1 – Projeto de Emenda à LOM:

O trâmite legislativo das Emendas à LOM deve estar previsto na própria Lei Organizacional ou, então, conter

disposição conferindo atribuições ao Regimento Interno.

Os Projetos de Emenda à LOM terão numeração própria e, se aprovadas, independem de sanção do Prefeito e

são promulgadas pela Mesa Diretiva da Câmara, seguindo numeração seqüencial, independentemente de ano, tal

como as Emendas Constitucionais, p. ex. 01/2013, 02/2014, 03 e 04/2015,...

A tramitação das emendas não depende de Regimento Interno Especial assim como foi para a elaboração da

LOM originária.

6.2 – Projeto de Resolução p/alterar o RI:

O trâmite para os projetos de Resolução para alteração do RI, são os previstos no próprio Regimento.

VII - QUÓRUM.

7.1 – LOM: “quorum” para apresentação de emenda e aprovação.

7.1.1 – Inobservância do “quorum” – conseqüências:

A não observância do “quorum” além do vício de nulidade, resulta em inconstitucionalidade da Emenda. Essa

inconstitucionalidade é de natureza formal, isto é, não atendeu a forma prevista na Constituição Federal.

Além do ―quorum” é de fundamental importância o interstício de 10 (dez) dias entre o primeiro e o segundo

turnos de votação.

7.1.2 – Para propor emendas à LOM:

O processo legislativo de emenda à LOM deve estar previsto no próprio Estatuto Organizacional: as iniciativas,

quorum, discussão e votação, promulgação.

O quorum para a iniciativa dos Vereadores é de 1/3; do eleitorado, 5% (cinco por cento), além da iniciativa do

Prefeito.

O quorum para admissão de propostas de Emenda à Lei Orgânica para a iniciativa dos Vereadores e do

eleitorado deve seguir um certo rigor: no mínimo 1/3 (um terço) dos Vereadores e, para a iniciativa popular 5% (cinco

por cento) do eleitorado, isto para evitar a banalização das emendas, mantendo a estabilidade jurídica da LOM.

Tal como o “quorum” exigido para apresentação, se não requerida pelo menos por 1/3 dos Vereadores na

apresentação da Emenda, toda a deliberação será nula e inconstitucional.

7.1.3 – Quorum para aprovação da Emenda à LOM.

O “quorum” para aprovação de Emenda é o fixado na Constituição Federal: 2/3 dos Vereadores.

7.2 – RI: “quorum” para apresentação de alteração e aprovação:

O Regimento Interno não está sujeito a EMENDAS, como a Lei Orgânica.

7.2.1 – Para propor modificação no Regimento Interno.

Qualquer Vereador pode propor modificação no Regimento Interno. O processo legislativo para alteração deve

estar previsto no próprio RI. Não se justificaria, a nosso ver, uma exigência de maioria absoluta dos Vereadores para

deflagrar o processo de alteração do Regimento Interno.

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7.2.2 – “Quorum” para aprovação de alteração do RI.

Via de regra, o ―quorum” para aprovação de alteração ao RI é da maioria absoluta dos Vereadores, o que é

juridicamente salutar. Por se tratar de instrumento de organização interna da Câmara e pela necessidade de permanente

atualização, não se justifica exigência de ―quorum” elevado de 2/3, por exemplo.

Não há lei que estabeleça exigência de maioria absoluta para aprovação do Regimento Interno, sendo salutar

que a própria LOM estabeleça esse quorum. Há Câmaras que admitem a aprovação de alteração do RI, por quorum de

maioria simples, presentes a maioria absoluta dos membros da Câmara.

VIII - TURNOS DE VOTAÇÃO.

8.1 – Dos projetos de Emenda à LOM.

Os projetos de Emenda à LOM serão votados em DOIS turnos, com interstício mínimo de 10 (dez) dias.

8.2 – Dos projetos de Resolução para alteração do Regimento Interno.

Os Regimentos Internos são aprovados e instituídos por Resolução da Câmara que tem poderes para regular seu

próprio funcionamento.

Regra geral, as votações são em dois turnos.

IX - SANÇÃO E PROMULGAÇÃO.

Nem a LOM, nem o Regimento Internos dependem de sanção do Prefeito. Tanto os Projetos de Emenda da

LOM, quanto as Resoluções são promulgados pela Mesa Diretiva da Câmara.

X - PUBLICAÇÃO.

A publicação, - condição de validade das Emendas e Resoluções -, segue as mesmas regras das normas em

geral.

XI - REVOGAÇÃO.

Por se tratar de normas especiais, a LOM e o RI não contem ―cláusulas de revogação‖, já que são únicas.

Os dispositivos da LOM e do RI que se pretenda revogar, deve ser feito através de Projeto de Emenda e

Projeto de Resolução, respectivamente.

Devido a vigência das Leis e Regimentos no tempo, é da boa técnica legislativa que continue constando no

texto os dispositivos revogados e o número da Emenda ou Resolução que os revogaram.

XII – DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE.

Tanto a LOM quanto o RI podem conter dispositivos considerados inconstitucionais. Daí a importância das

Comissões de Constitucionalidade, Justiça e Redação por ocasião de seu parecer. Trata-se pois de típico caso que os

juristas chamam de ―controle prévio de constitucionalidade‖, semelhante ao VETO do Prefeito nos Projetos que exijam

sua sanção.

Na Constituição Federal está previsto os órgãos legitimados para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade:

“Art. 111. São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual

ou municipal, em face desta Constituição: I - o Governador do Estado e a Mesa da Assembléia Legislativa;

II - o Procurador-Geral de Justiça; II - o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador Geral do Estado;

(Redação dada pela Emenda Constitucional 7 de 24/04/2000)

III - o Prefeito e a Mesa da Câmara do respectivo Município, quando se tratar de lei ou ato normativo local;

IV - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;

V - os partidos políticos com representação na Assembléia Legislativa;

VI - as federações sindicais e as entidades de classe de âmbito estadual; VII - o Deputado Estadual.”

Como se vê, o Prefeito, mesmo não tendo participação na elaboração legislativa da LOM ou do RI, tem

legitimidade para propor a Ação.

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ANEXO

LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998

Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único do

art. 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a consolidação dos atos normativos que menciona.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Complementar:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o A elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis obedecerão ao disposto nesta Lei Complementar.

Parágrafo único. As disposições desta Lei Complementar aplicam-se, ainda, às medidas provisórias e demais atos

normativos referidos no art. 59 da Constituição Federal, bem como, no que couber, aos decretos e aos demais atos de

regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo.

Art. 2o (VETADO)

§ 1o (VETADO)

§ 2o Na numeração das leis serão observados, ainda, os seguintes critérios:

I - as emendas à Constituição Federal terão sua numeração iniciada a partir da promulgação da Constituição;

II - as leis complementares, as leis ordinárias e as leis delegadas terão numeração seqüencial em continuidade às séries

iniciadas em 1946.

CAPÍTULO II

DAS TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, REDAÇÃO E ALTERAÇÃO DAS LEIS

Seção I

Da Estruturação das Leis

Art. 3º A lei será estruturada em três partes básicas:

I - parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação do âmbito

de aplicação das disposições normativas;

II - parte normativa, compreendendo o texto das normas de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada;

III - parte final, compreendendo as disposições pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de

conteúdo substantivo, às disposições transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando

couber.

Art. 4º A epígrafe, grafada em caracteres maiúsculos, propiciará identificação numérica singular à lei e será formada

pelo título designativo da espécie normativa, pelo número respectivo e pelo ano de promulgação.

Art. 5º A ementa será grafada por meio de caracteres que a realcem e explicitará, de modo conciso e sob a forma de

título, o objeto da lei.

Art. 6º O preâmbulo indicará o órgão ou instituição competente para a prática do ato e sua base legal.

Art. 7º O primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei e o respectivo âmbito de aplicação, observados os seguintes

princípios:

I - excetuadas as codificações, cada lei tratará de um único objeto;

II - a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou conexão;

III - o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de forma tão específica quanto o possibilite o conhecimento técnico

ou científico da área respectiva;

IV - o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, exceto quando a subseqüente se destine a

complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta por remissão expressa.

Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha

amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena

repercussão.

§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão

da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação

integral. (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula ‗esta lei entra em vigor após decorridos (o

número de) dias de sua publicação oficial‘ . (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Art. 9º Quando necessária a cláusula de revogação, esta deverá indicar expressamente as leis ou disposições legais

revogadas.

Art. 9º A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas. (Redação

dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

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Seção II

Da Articulação e da Redação das Leis

Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes princípios:

I - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado pela abreviatura "Art.", seguida de numeração ordinal até o

nono e cardinal a partir deste;

II - os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos; os parágrafos em incisos, os incisos em alíneas e as alíneas

em itens;

III - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico "§", seguido de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir

deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão "parágrafo único" por extenso;

IV - os incisos serão representados por algarismos romanos, as alíneas por letras minúsculas e os itens por algarismos

arábicos;

V - o agrupamento de artigos poderá constituir Subseções; o de Subseções, a Seção; o de Seções, o Capítulo; o de

Capítulos, o Título; o de Títulos, o Livro e o de Livros, a Parte;

VI - os Capítulos, Títulos, Livros e Partes serão grafados em letras maiúsculas e identificados por algarismos romanos,

podendo estas últimas desdobrar-se em Parte Geral e Parte Especial ou ser subdivididas em partes expressas em numeral

ordinal, por extenso;

VII - as Subseções e Seções serão identificadas em algarismos romanos, grafadas em letras minúsculas e postas em

negrito ou caracteres que as coloquem em realce;

VIII - a composição prevista no inciso V poderá também compreender agrupamentos em Disposições Preliminares,

Gerais, Finais ou Transitórias, conforme necessário.

Art. 11. As disposições normativas serão redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, observadas, para esse

propósito, as seguintes normas:

I - para a obtenção de clareza:

a) usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo quando a norma versar sobre assunto técnico, hipótese

em que se empregará a nomenclatura própria da área em que se esteja legislando;

b) usar frases curtas e concisas;

c) construir as orações na ordem direta, evitando preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis;

d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das normas legais, dando preferência ao tempo presente ou ao

futuro simples do presente;

e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando os abusos de caráter estilístico;

II - para a obtenção de precisão:

a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão do objetivo da lei e a permitir que

seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o alcance que o legislador pretende dar à norma;

b) expressar a idéia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia com

propósito meramente estilístico;

c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido ao texto;

d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na maior parte do território nacional, evitando o uso de

expressões locais ou regionais;

e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio de que a primeira referência no texto seja

acompanhada de explicitação de seu significado;

f) grafar por extenso quaisquer referências feitas, no texto, a números e percentuais;

f) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data, número de lei e nos casos em que

houver prejuízo para a compreensão do texto; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

g) indicar, expressamente o dispositivo objeto de remissão, em vez de usar as expressões ‗anterior‘, ‗seguinte‘ ou

equivalentes; (Incluída pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

III - para a obtenção de ordem lógica:

a) reunir sob as categorias de agregação - subseção, seção, capítulo, título e livro - apenas as disposições relacionadas

com o objeto da lei;

b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assunto ou princípio;

c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à norma enunciada no caput do artigo e as exceções à

regra por este estabelecida;

d) promover as discriminações e enumerações por meio dos incisos, alíneas e itens.

Seção III

Da Alteração das Leis

Art. 12. A alteração da lei será feita:

I - mediante reprodução integral em novo texto, quando se tratar de alteração considerável;

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II - na hipótese de revogação;

II – mediante revogação parcial; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

III - nos demais casos, por meio de substituição, no próprio texto, do dispositivo alterado, ou acréscimo de dispositivo

novo, observadas as seguintes regras:

a) não poderá ser modificada a numeração dos dispositivos alterados;

a) revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

b) no acréscimo de dispositivos novos entre preceitos legais em vigor, é vedada, mesmo quando recomendável, qualquer

renumeração, devendo ser utilizado o mesmo número do dispositivo imediatamente anterior, seguido de letras

maiúsculas, em ordem alfabética, tantas quantas forem suficientes para identificar os acréscimos;

b) é vedada, mesmo quando recomendável, qualquer renumeração de artigos e de unidades superiores ao artigo,

referidas no inciso V do art. 10, devendo ser utilizado o mesmo número do artigo ou unidade imediatamente anterior,

seguido de letras maiúsculas, em ordem alfabética, tantas quantas forem suficientes para identificar os

acréscimos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

c) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo revogado, devendo a lei alterada manter essa indicação, seguida

da expressão "revogado";

c) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo revogado, vetado, declarado inconstitucional pelo Supremo

Tribunal Federal ou de execução suspensa pelo Senado Federal em face de decisão do Supremo Tribunal Federal,

devendo a lei alterada manter essa indicação, seguida da expressão ‗revogado‘, ‗vetado‘, ‗declarado inconstitucional, em

controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal‘, ou ‗execução suspensa pelo Senado Federal, na forma do art. 52,

X, da Constituição Federal‘; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

d) o dispositivo que sofrer modificação de redação deverá ser identificado, ao seu final, com as letras NR maiúsculas,

entre parênteses.

d) é admissível a reordenação interna das unidades em que se desdobra o artigo, identificando-se o artigo assim

modificado por alteração de redação, supressão ou acréscimo com as letras ‗NR‘ maiúsculas, entre parênteses, uma

única vez ao seu final, obedecidas, quando for o caso, as prescrições da alínea "c". (Redação dada pela Lei

Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Parágrafo único. O termo ‗dispositivo‘ mencionado nesta Lei refere-se a artigos, parágrafos, incisos, alíneas ou

itens. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

CAPÍTULO III

DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS E OUTROS ATOS NORMATIVOS

Seção I

Da Consolidação das Leis

Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e em coletâneas integradas por volumes contendo matérias

conexas ou afins, constituindo em seu todo, juntamente com a Constituição Federal, a Consolidação das Leis Federais

Brasileiras.

Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e consolidações, integradas por volumes contendo matérias

conexas ou afins, constituindo em seu todo a Consolidação da Legislação Federal. (Redação dada pela Lei

Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 1º A consolidação consistirá na integração de todas as leis pertinentes a determinada matéria num único diploma legal,

revogando-se formalmente as leis incorporadas à consolidação, sem modificação do alcance nem interrupção da força

normativa dos dispositivos consolidados. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 2º Preservando-se o conteúdo normativo original dos dispositivos consolidados, poderão ser feitas as seguintes

alterações nos projetos de lei de consolidação: (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

I – introdução de novas divisões do texto legal base; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

II – diferente colocação e numeração dos artigos consolidados; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de

26.4.2001)

III – fusão de disposições repetitivas ou de valor normativo idêntico; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107,

de 26.4.2001)

IV – atualização da denominação de órgãos e entidades da administração pública; (Inciso incluído pela Lei

Complementar nº 107, de 26.4.2001)

V – atualização de termos antiquados e modos de escrita ultrapassados; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº

107, de 26.4.2001)

VI – atualização do valor de penas pecuniárias, com base em indexação padrão; (Inciso incluído pela Lei

Complementar nº 107, de 26.4.2001)

VII – eliminação de ambigüidades decorrentes do mau uso do vernáculo; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº

107, de 26.4.2001)

VIII – homogeneização terminológica do texto; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

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IX – supressão de dispositivos declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, observada, no que couber, a

suspensão pelo Senado Federal de execução de dispositivos, na forma do art. 52, X, da Constituição Federal; (Inciso

incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

X – indicação de dispositivos não recepcionados pela Constituição Federal; (Inciso incluído pela Lei Complementar

nº 107, de 26.4.2001)

XI – declaração expressa de revogação de dispositivos implicitamente revogados por leis posteriores. (Inciso incluído

pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 3º As providências a que se referem os incisos IX, X e XI do § 2o deverão ser expressa e fundadamente justificadas,

com indicação precisa das fontes de informação que lhes serviram de base. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº

107, de 26.4.2001)

Art. 14. Ressalvada a legislação codificada e já consolidada, todas as leis e decretos-leis de conteúdo normativo e de

alcance geral em vigor serão reunidos em coletâneas organizadas na forma do artigo anterior, observados os prazos e

procedimentos a seguir:

Art. 14. Para a consolidação de que trata o art. 13 serão observados os seguintes procedimentos: (Redação dada pela

Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

I - os órgãos diretamente subordinados à Presidência da República e os Ministérios, no prazo de cento e oitenta dias,

contado da vigência desta Lei Complementar, procederão ao exame, triagem e seleção das leis complementares,

delegadas, ordinárias e decretos-leis relacionados com as respectivas áreas de competência, agrupando e consolidando

os textos que tratem da mesma matéria ou de assuntos vinculados por afinidade, pertinência ou conexão, com indicação

precisa dos diplomas legais ou preceitos expressa ou implicitamente revogados;

I – O Poder Executivo ou o Poder Legislativo procederá ao levantamento da legislação federal em vigor e formulará

projeto de lei de consolidação de normas que tratem da mesma matéria ou de assuntos a ela vinculados, com a indicação

precisa dos diplomas legais expressa ou implicitamente revogados; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de

26.4.2001)

II - no prazo de noventa dias, contado da vigência desta Lei Complementar, as entidades da administração indireta

adotarão, quanto aos diplomas legais relacionados com a sua competência, as mesmas providências determinadas no

inciso anterior, remetendo os respectivos textos ao Ministério a que estão vinculadas, que os revisará e remeterá,

juntamente com os seus, à Presidência da República, para encaminhamento ao Congresso Nacional nos sessenta dias

subseqüentes ao encerramento do prazo estabelecido no inciso I;

II – a apreciação dos projetos de lei de consolidação pelo Poder Legislativo será feita na forma do Regimento Interno de

cada uma de suas Casas, em procedimento simplificado, visando a dar celeridade aos trabalhos; (Redação dada pela Lei

Complementar nº 107, de 26.4.2001)

III - a Mesa do Congresso Nacional adotará todas as medidas necessárias para, no prazo máximo de cento e oitenta dias

a contar do recebimento dos textos de que tratam os incisos I e II, ser efetuada a primeira publicação da Consolidação

das Leis Federais Brasileiras.

III – revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 1º Não serão objeto de consolidação as medidas provisórias ainda não convertidas em lei. (Inciso incluído pela Lei

Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 2º A Mesa Diretora do Congresso Nacional, de qualquer de suas Casas e qualquer membro ou Comissão da Câmara

dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional poderá formular projeto de lei de consolidação. (Inciso

incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 3º Observado o disposto no inciso II do caput, será também admitido projeto de lei de consolidação destinado

exclusivamente à: (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

I – declaração de revogação de leis e dispositivos implicitamente revogados ou cuja eficácia ou validade encontre-se

completamente prejudicada; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

II – inclusão de dispositivos ou diplomas esparsos em leis preexistentes, revogando-se as disposições assim

consolidadas nos mesmos termos do § 1o do art. 13. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 4º (VETADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Art. 15. Na primeira sessão legislativa de cada legislatura, a Mesa do Congresso Nacional promoverá a atualização da

Consolidação das Leis Federais Brasileiras, incorporando às coletâneas que a integram as emendas constitucionais, leis,

decretos legislativos e resoluções promulgadas durante a legislatura imediatamente anterior, ordenados e indexados

sistematicamente.

Seção II

Da Consolidação de Outros Atos Normativos

Art. 16. Os órgãos diretamente subordinados à Presidência da República e os Ministérios, assim como as entidades da

administração indireta, adotarão, em prazo estabelecido em decreto, as providências necessárias para, observado, no que

couber, o procedimento a que se refere o art. 14, ser efetuada a triagem, o exame e a consolidação dos decretos de

conteúdo normativo e geral e demais atos normativos inferiores em vigor, vinculados às respectivas áreas de

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competência, remetendo os textos consolidados à Presidência da República, que os examinará e reunirá em coletâneas,

para posterior publicação.

Art. 17. O Poder Executivo, até cento e oitenta dias do início do primeiro ano do mandato presidencial, promoverá a

atualização das coletâneas a que se refere o artigo anterior, incorporando aos textos que as integram os decretos e atos

de conteúdo normativo e geral editados no último quadriênio.

CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 18. Eventual inexatidão formal de norma elaborada mediante processo legislativo regular não constitui escusa

válida para o seu descumprimento.

Art. 18 - A (VETADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de noventa dias, a partir da data de sua publicação.

Brasília, 26 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO.

Iris Rezende

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Agora você faz parte da classe capacitada, que contribui para o progresso nos

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ANOTAÇÕES:

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EM CASO DE EMERGÊNCIA

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Nome completo:___________________________Município:_____________________

1º Qual seu grau de escolaridade?

( ) 1º Grau (ensino fundamental)

( ) 2º Grau (ensino médio)

( ) Ensino Superior

( ) Pós-Graduação (especialização)

( ) Mestrado e/ou Doutorado

2º Quais os melhores dias da semana para participar de cursos?

( ) segunda-feira

( ) terça-feira

( ) quarta-feira

( ) quinta-feira

( ) sexta-feira

( ) sábado

( ) domingo

3º Qual sua nota ao professor Jonias de O. e Silva?

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4º Qual sua nota ao professor Hélio Querino Jost?

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5º Por gentileza de sua nota quanto ao nosso curso em geral:

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

6º Deixe suas sugestões, elogios ou críticas aos professores e/ou ao Curso:

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