a procura turístrica

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    Escola Profissional Dr. Francisco Fernandes

    Curso Profissional Tcnico de Turismo Ambiental e RuralPortaria n. 1287/2006 de 21 de novembro

    Projeto cofinanciado pelo FSE - Ao - Tipo 1.1.2.2

    Ano Letivo 2014/2015 1. ano

    Disciplina: TURISMO E TCNICAS DE GESTO Mdulo 3: A Procura Turstica ( 25h/28 t)

    Aluno(a): Data: 27/11 /2014

    Mdulo 3 - A PROCURA TURSTICA

    Curso Profissional: Tcnico de Turismo Ambiental e RuralDisciplina: Turismo e tcnicas de gesto

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    ndice

    Apresentao ............................................................................................................. 2

    Objetivos de Aprendizagem ......................................................................................... 2

    1. Noo e formao da procura turstica ..................................................................... 3

    2. Motivaes tursticas e comportamentos associados .................................................. 4

    3. Consumo turstico .................................................................................................. 10

    4. Determinantes da procura turstica ......................................................................... 12

    4.1 Determinantes estruturais ................................................................................. 12

    4.2 Determinantes conjunturais............................................................................... 15

    5. Medidas e ndices da procura turstica ..................................................................... 16Utilidade turstica ................................................................................................... 16

    Elasticidade da Procura Turstica ............................................................................. 17

    Bibliografia ............................................................................................................... 26

    Apresentao

    O presente mdulo pretende familiarizar os alunos com a relevncia da procura turstica e

    das motivaes para viajar. Identificam-se, ainda, algumas tendncias da procura turstica

    a nvel nacional e mundial, apresentando-se alguns problemas estruturais e conjunturais

    que se colocam ao turismo nacional.

    Neste mdulo sugere-se a realizao de inquritos sobre as frias dos portugueses, bem

    como o estudo de casos previamente identificados.

    Objetivos de Aprendizagem

    Identificar o conceito de procura turstica e os diversos segmentos que lhe esto

    inerentes;

    Identificar as diferentes motivaes tursticas;

    Explicar os principais determinantes da procura turstica;

    Identificar algumas tendncias da procura turstica a nvel nacional e mundial.

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    1. Noo e formao da procura turstica

    O aumento do nvel de vida e o desenvolvimento dos meios e vias de comunicao e dos

    transportes provocou o desenvolvimento das viagens, levando tambm a que os

    simpatizantes e investigadores estudassem mais aprofundadamente a procura turstica.

    A Procura Turstica:

    o conjunto de bens e servios que as pessoas que se deslocam como visitantes

    adquirem para realizar as suas viagens, expressos em termos de quantidade;

    Traduz as diversas quantidades de bens e servios que os visitantes adquirem

    num determinado momento;

    Pode assumir as seguintes tipologias:

    Procura FsicaTraduz-se pelas deslocaes dos indivduos, de acordo com a definio de visitante.

    dada pelo nmero de pessoas que se deslocam para locais fora da sua rea de residncia

    habitual. , ento, constituda pelos fluxos tursticos, que se medem pelas chegadas s

    fronteiras de um pas e pelas dormidas nos meios de alojamento.

    Por exemplo, se em Portugal entram 28 milhes de visitantes, logo, a procura fsica

    portuguesa constituda por 28 milhes de visitantes.

    Procura monetria

    expressa pelo valor do conjunto dos consumos realizados pelos visitantes de origem

    externa e interna, isto , o valor das quantidades de bens e servios que so adquiridos

    devido s deslocaes efetuadas e que se medem pelas receitas tursticas.

    Desta forma, a procura turstica monetria de Portugal dada pela soma das receitas

    tursticas de origem externa (em moeda estrangeira ou depois de cambiada) somada aosgastos efetuados pelos portugueses nas suas deslocaes dentro do pas (origem

    interna).

    Procura geogrfica

    Revela as direes dos fluxos tursticos e determina as reas que lhe do origem e as

    regies para onde se destinam. Nesta vertente, so analisados os fluxos tursticos, de

    onde surgem, por onde passam e para onde se dirigem.

    Procura Global

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    A Procura Global pode ser analisada segundo diversas ticas:

    Procura turstica global dos residentes: estabelecida pelo conjunto dos residentes

    que partem para frias, independentemente de se dirigirem para Portugal ou para

    o estrangeiro. (Turismo nacional = turismo domstico + turismo emissor).

    Procura turstica global do pas (Portugal): constituda pelos residentes que partem

    para frias dentro do seu pas (turismo domstico) e pela procura dos noresidentes (turismo recetor). Logo, procura turstica global de Portugal = turismo

    interior (turismo domstico + turismo recetor).

    No caso da procura externa num determinado pas, a procura turstica representa

    a totalidade dos gastos efetuados por todos os estrangeiros, qualquer que seja o

    motivo da sua viagem e dada pelo conjunto das receitas tursticas.

    No caso da procura de residentes no pas, o consumo turstico compreende os

    gastos em transportes, o consumo Horeca (empreendimentos tursticos,

    restaurantes, cafs e similares), as bebidas e tabaco e o consumo dos diversos

    artigos adquiridos pelos turistas (diverses, visitas, recordaes).

    Procura efetiva: constituda pelo nmero de pessoas que num determinado

    perodo participa na atividade turstica, ou seja, os indivduos que viajam por

    razes tursticas.

    Procura potencial: parte da populao que, num determinado momento, no viaja

    por qualquer motivo, mas que tem condies para viajar no futuro. Viajar quando

    se verificar alteraes nas situaes que impediram a realizao de viagens nopresente momento.

    2. Motivaes tursticas e comportamentos associados

    O sucesso de um negcio turstico depende, em grande parte, da capacidade de resposta

    s necessidades e preferncias dos consumidores: se o hotel corresponde s expectativas

    dos turistas ou se a viagem organizada para um destino proporciona a satisfao ousuperao das necessidades dos turistas, esto criadas as condies bsicas do seu

    sucesso.

    Contudo, esta capacidade de resposta depende do conhecimento dos motivos que levam

    as pessoas a viajar, implicando a compreenso do comportamento dos turistas e das

    razes das suas decises.

    Como conhecer o consumidor e as suas motivaes?

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    A busca da diversidade, de qualquer coisa de novo, de diferente, constitui o motor da

    evoluo humana, social e cultural surgindo logo aps a satisfao das necessidades

    fundamentais. Esta a base geral das motivaes que levam deslocao durante o

    tempo livre.

    Com base nestas consideraes pode concluir-se que o turismo deve orientar-se peloprincpio bsico de manter e valorizar as diferenas culturais, conceptuais e

    arquitetnicas.

    A tendncia turstica para a uniformizao descaracteriza e destri as diferenas, o que

    acaba por ser prejudicial para o prprio turismo porque deixa de corresponder

    motivao essencial da procura.

    MOTIVOS QUE LEVAM AS PESSOAS A VIAJAR:

    a) Motivos culturais e educativos

    Observar como vivem as pessoas de outros pases e locais;

    Estudar, tirar cursos;

    Ver curiosidades e coisas novas;

    Compreender melhor a atualidade;

    Assistir a manifestaes especiais; Contemplar monumentos, museus, centros arqueolgicos e outras civilizaes.

    b) Divertimento e descanso

    Escapar rotina;

    Passar o tempo agradavelmente;

    Repousar;

    Fazer o que se quer, ser livre;

    Praticar actividades desportivas.

    c) Sade

    Recuperar da fadiga fsica e mental;

    Fazer tratamentos;

    Cuidar da sade, prevenir doenas;

    Retomar a forma.

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    O termo psicocntrico traduz a concentrao do pensamento ou das preocupaes nos

    pequenos problemas da vida. O termo alocntrico traduz o interesse de uma pessoa por

    vrias atividades.

    De acordo com esta terminologia, Plog criou uma nova tipologia do carcter dos turistas

    que identificam dois grupos opostos: os psicocntricos e os alocntricos:

    Psicocntricos:Agrupam os turistas que concentram o seu comportamento nas suas

    preocupaes pessoais e tm um interesse limitado pelo mundo exterior. Em termos

    tursticos, preferem viajar para locais familiares, muito frequentados e praticamente no

    realizam atividades que os desviem da rotina. So mais passivos que ativos.

    Alocntricos: So os turistas que se interessam por um grande nmero de atividades,

    desejam descobrir o mundo e manifestam uma curiosidade geral por tudo o que os

    rodeia. Distinguem-se pelo desejo de aventura e pela curiosidade.

    Entre estas duas categorias extremas, encontra-se a maioria dos turistas, que se reparte

    por trs categorias intermdias: os quase-psicocntricos, os cntricos e os quase-

    alocntricos. Os cntricos representam a maior percentagem dos viajantes e

    caracterizam-se pelo reduzido desejo de aventura e pela procura dos destinos mais na

    moda.

    Curva da Procura Turstica segundo o Tipo Psicogrfico

    Alocntricos

    Quase-

    Alocntricos

    Cntricos

    Quase-

    Psicocntricos

    Psicocntricos

    Dcadas de 50 a 70

    Dcadas de 80 a 90

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    Preferncias dos turistas de cada tipologia:

    Psicocntricos:

    Destinos que no perturbem o seu modo de vida;

    Atividades recreativas pouco originais;

    Turismo sedentrio; Destinos acessveis por automvel;

    Instalaes e equipamentos tursticos tradicionais;

    Viagens organizadas, estruturadas e bem preparadas.

    Quase-psicocntricos:

    Satisfao do ego e procura de estatuto;

    Procura de conforto social;

    Visitas a locais muito frequentados ou mencionados pelos meios de comunicao

    social.

    Cntricos:

    Descontrao e prazer, diverso e entretenimento;

    Clima, sol, termas;

    Mudana durante algum tempo;

    Oportunidade de fuga aos problemas dirios; Gastronomia, descanso, conforto, bebida;

    Prazer de viajar e apreciao da beleza: parques naturais, lagos, montanhas;

    Compras para recordaes e ofertas;

    Prazer sentido antes e depois da viagem: planeamento da viagem,

    aprendizagem, sonho e, depois, o prazer de mostrar fotografias, recordaes e

    descrever a viagem.

    Quase-alocntricos:

    Participar em acontecimentos ou atividades desportivas;

    Viagens desafiantes; exploraes, alpinismo, passeios a p, peregrinaes;

    Viagens de negcios, congressos, reunies, convenes;

    Visitas a teatros, espetculos especiais;

    Oportunidade de experimentar um estilo de vida diferente.

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    Alocntricos:

    Regies no desenvolvidas turisticamente;

    Novas experincias e descobertas;

    Destinos diferentes;

    Viagens de organizao flexvel (oposto de pacotes tursticos);

    Atrativos educacionais e culturais; Procura do extico;

    Satisfao e sensao de poder e liberdade;

    Os grupos alocntrico e quase-alocntrico so os primeiros segmentos de mercado a

    serem atrados para um destino turstico que pretende crescer e desenvolver-se.

    Relativamente aos destinos que visam um desenvolvimento turstico limitado, por

    possurem condies naturais e culturais que exigem cuidados especiais de preservao, o

    grupo alocntrico deve constituir o principal segmento de mercado.

    Por isso, quando se pretende manter um centro turstico com pouca frequncia de

    turistas, a publicidade deve dirigir-se aos alocntricos ou quase-alocntricos.

    Os cntricos, que integram cerca de 60% dos turistas, so o grupo mais importante parafomentar o desenvolvimento e crescimento dos empreendimentos tursticos de grande

    dimenso.

    Os psicocntricos despendem a quase totalidade do seu tempo e recursos nos

    empreendimentos que utilizam e, em, geral, tm uma permanncia mais reduzida e

    gastam menos do que os outros segmentos. No so o segmento adequado quando se

    pretende desenvolver um destino turstico, mas pode contribuir para aumentar a sua

    frequncia.

    3. Consumo turstico

    O Consumo Turstico pode ser definido como o valor monetrio do conjunto dos bens e

    servios consumidos pelos turistas com vista ou durante a sua deslocao e permanncia

    no destino.

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    So despesas de consumo turstico as efetuadas:

    Antes da deslocao, com vista realizao da mesma (passaportes, compras de

    equipamentos ou roupas para usar no destino, mquina fotogrfica ou de filmar,

    entre outros);

    Durante a deslocao (ex.: transportes, portagens, etc.);

    Durante a permanncia no destino (alojamento, restaurao, gelados, entradasem monumentos, jornais, souvenirs, outros);

    Viagem de regresso a casa;

    Aps o regresso (ex.: revelao de fotos, etc.).

    S atravs de inquritos possvel ter uma ideia da estrutura dos gastos dos turistas e a

    forma como se distribui o seu consumo.

    O Processo de Consumo Turstico

    O Consumo Turstico s se realiza quando for ultrapassado um nvel mnimo de

    rendimento e s tm acesso s viagens ou ao turismo as pessoas que j satisfizeram as

    suas necessidades vitais.

    As famlias possuem um determinado rendimento individual que serve, em primeira

    instncia, para satisfazer as necessidades vitais. Aps a satisfao destas, fica o

    rendimento disponvel, que ser distribudo entre o consumo livre e a poupana.

    No mbito do consumo livre, surge o consumo turstico e outros consumos.

    Pode-se, ento, afirmar que o consumo turstico depende do rendimento a

    partir do momento em que forem satisfeitas as necessidades fundamentais.

    Desta forma, o consumo turstico pode ser representado pela seguinte equao:

    Ct = (y - v) s

    Onde:

    Ct = Consumo turstico

    y = Rendimento individual

    v = Rendimento consagrado s necessidades vitais

    s = Poupana

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    Ou:

    Ct = Rendimento disponvel - Poupana

    Propenso ao Consumo TursticoNa generalidade dos pases que ainda no atingiram o nvel de desenvolvimento

    econmico suficiente para se alcanarem ou ultrapassarem os consumos bsicos, as

    respetivas populaes no fazem turismo, o mesmo acontecendo com as camadas sociais

    de mais baixo rendimento dos pases desenvolvidos.

    Em ambos os casos, o consumo turstico dificilmente poder estar ao mesmo nvel de um

    consumo vital mas, nos pases desenvolvidos, cada vez mais um bem de grande

    consumo que se tende a associar a um bem de necessidade bsica.

    Componentes do Consumo Turstico

    Consumos Bsicos: Os indispensveis realizao da viagem, tais como

    transportes, alojamento, alimentao;

    Consumos Complementares: Aumentam o grau de satisfao da viagem e

    condicionam a qualidade da procura, mas no tm a mesma importncia dosbsicos (diverses, recreio, visitas, compra de recordaes);

    Consumos Acessrios: Realizados independentemente da atividade turstica.

    So constitudos pelos bens e servios adquiridos pelos turistas nas suas viagens,

    mas que poderiam ser consumidos mesmo se a viagem no se realizasse (ex.:

    compra de roupa, produtos de higiene pessoal, etc.).

    4. Determinantes da procura turstica4.1 Determinantes estruturais

    Os determinantes estruturais influenciam a procura a mdio e longo prazo e

    encontram-se ligados ao crescimento econmico. Dentro destes, podem considerar-se:

    Demografia

    O crescimento da populao mundial levar a um aumento da procura turstica. Contudo,

    so as alteraes da estrutura demogrfica que mais influenciam a procura, devido a:

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    Durao do tempo de trabalho

    A diminuio do tempo de trabalho garante a disponibilidade de tempo indispensvel para

    realizar viagens e turismo. Esta situao verifica-se essencialmente nos pases

    industrializados.

    A diminuio do tempo de trabalho foi acompanhada pelo direito s frias pagas, cujoperodo tem vindo a aumentar ao longo dos anos.

    Assim, as pessoas possuem tempo livre para viajar e dinheiro para gastar em viagens, o

    que conduziu consolidao do turismo e continua a influenciar o aumento da procura

    turstica.

    Densidade Populacional e Taxa de Urbanizao

    O aumento do grau de urbanizao tem conduzido e, certamente, continuar a conduzir a

    um aumento do turismo, uma vez que este se caracteriza por uma evaso ao meio,

    sobretudo aos grandes centros urbanos e ao trabalho moderno.

    O elevado nvel de concentrao urbana, caracterstico dos nossos dias, e as

    caractersticas do trabalho atual, conduzem fadiga fsica e mental que, por sua vez,

    despoletam necessidades de evaso e fuga rotina.

    Conclui-se, ento que a populao urbana possui maior propenso para viajar devido a:

    Ter remuneraes mais elevadas;

    Necessidades fisiolgicas criadas pela carncia de evaso;

    Maior facilidade em despertar outro tipo de necessidades pelo acesso que tm

    informao.

    O turismo moderno produto da concentrao de grandes massas populacionais em

    centros urbanos que, atravs dele, procuram obter uma compensao fsica e psicolgica.

    Progresso tcnico e cientfico dos transportes

    Desde o incio da industrializao, o progresso tcnico e cientfico estimulou bastante a

    atividade de turismo e lazer. Isto acontece devido ao aumento do tempo livre e devido ao

    aumento dos meios tcnicos, especialmente, dos transportes que facilitaram as viagens

    em termos de rapidez, segurana e em termos de custos.

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    Em meados do sculo XVIII, a diligncia demorava um dia a percorrer 160 quilmetros.

    Um sculo mais tarde, um avio percorre essa distncia em 10 minutos.

    A existncia dos transportes, tal como dos empreendimentos tursticos, a condio da

    existncia do turismo. Desta forma, o desenvolvimento dos transportes condiciona o

    desenvolvimento das viagens, uma vez que permite o acesso a zonas cada vez maisdiversificadas e porque reduz as distncias em termos de tempo e de custos.

    A diversidade de meios de transporte e o progresso em termos de rapidez, conforto,

    reduo de custos e segurana, constituem os fatores mais influentes no crescimento do

    turismo do nosso tempo.

    4.2 Determinantes conjunturais

    Estes esto ligados situao econmica de cada pas e definem, num perodo curto de

    tempo, o volume e tipo de procura, a durao da permanncia e os preos dos servios

    tursticos. Pode, ento apontar-se:

    Variaes Cambiais

    As oscilaes cambiais afetam o turismo internacional, conforme a variao da moeda for

    positiva ou negativa.

    A desvalorizao da moeda de um destino turstico leva a uma reduo dos preos dos

    bens e servios tursticos, o que leva a um aumento da procura turstica porque aumenta

    o poder de compra dos turistas estrangeiros.

    Por outro lado, se a moeda valorizar, os preos iro aumentar em relao aos mercadosexternos, o que poder resultar numa diminuio da procura.

    Esta situao tem-se verificado nos ltimos tempos com o mercado das Ilhas Britnicas,

    que reduziram consideravelmente o fluxo inboundpara Portugal, dada a desvalorizao

    da libra esterlina face ao euro.

    Esta influncia pode ser analisada atravs da elasticidade da procura-preo, j estudada

    neste mdulo.

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    Inflao

    A inflao influencia o turismo com maior ou menor intensidade em funo do nvel de

    preos atingido.

    O incremento de preos no destino, se no for acompanhado por variaes cambiais queo anulem, encarece o preo dos bens e servios tursticos que os turistas a adquirem e

    contrai a procura externa.

    Os destinos com taxas de inflao mais baixas sero preferidos face aos que tm essas

    taxas mais elevadas.

    A inflao desvia os fluxos tursticos externos para destinos onde o nvel de preos

    menor e reduz as correntes internas ao prprio pas podendo lev-las a passar frias onde

    os preos se encontrem mais baixos.

    5. Medidas e ndices da procura turstica

    Utilidade tursticaUm bem ou servio turstico til quando efetivamente desejado pelo consumidor que,

    ao adquiri-lo, calcula o benefcio ou utilidade que obter com o fim de satisfazer as suas

    necessidades.

    A Utilidade Turstica a qualidade que os bens e servios tursticos possuem para

    satisfazer as necessidades de viagem, quaisquer que sejam as motivaes que esto na

    sua origem.

    Como o turismo complexo e complementar, englobando um conjunto grande de bens e

    servios, surge a noo de Utilidade Total, que ser a soma da utilidade de cadacomponente do servio turstico, da viagem ou da oferta turstica que o consumidor

    adquire.

    A Utilidade Total constitui o somatrio das vrias utilidades individuais (de cada bem ou

    servio que integra a viagem).

    UT=Ui

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    Desagregando a oferta turstica em vrias componentes, podem analisar-se algumas

    caractersticas importantes (ex.: estncia de desportos de inverno):

    1. Nmero de dias adequados prtica de esqui em que poder esquiar;

    2. Nmero e extenso de pistas disponveis;

    3. Meios mecnicos disponveis;

    4. Segurana dos meios mecnicos;5. Qualidade da neve e paisagem;

    6. Alojamento existente;

    7. Equipamentos de animao;

    8. Distncia do destino.

    Ao avaliar cada um destas parcelas, o conjunto das suas pontuaes ser a Utilidade

    Turstica.

    Elasticidade da Procura TursticaA Procura Turstica responde s variaes do preo dos bens e servios tursticos, assim

    como tambm responde s variaes do rendimento dos consumidores. Isto , a procura

    turstica ir variar em funo das alteraes verificadas nos preos das viagens

    e nos rendimentos dos prprios turistas.

    Para avaliar como essa variao acontece, utiliza-se o conceito de elasticidade (E).

    Elasticidade procura-preo (Ep)

    Define-se como a variao da procura resultante de uma determinada variao

    do preo. Calcula-se da seguinte forma:

    Ep=Dt%

    P %=

    D1-D0

    D0x100

    P1-P0

    x100

    P0

    Em que:

    Dt= taxa de variao da procura

    turstica

    P=taxa de variao do preo

    P=Preo

    D=procura turstica

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    Quando a Elasticidade da procura igual a 1 (Ep=1), diz-se que a procura tem uma

    elasticidade unitria e o gasto dedicado ao consumo de bens tursticos aumentar

    proporcionalmente diminuio dos preos e vice-versa. (Ex.: Se o preo descer 10%, a

    procura aumentar 10%).

    Graficamente:

    Quando a elasticidade superior a 1 (Ep>1), diz-se que a procura elsticae ser

    muito sensvel s variaes dos preos. Uma pequena reduo dos preos levar a um

    aumento muito superior na procura, pelo que aumentar o gasto no consumo de bens e

    servios tursticos. (Ex.: se o preo descer 20%, a procura aumenta 40%).

    A sua representao grfica corresponde a:

    Quando a elasticidade inferior a 1 (Ep1

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    O grfico correspondente:

    Elasticidade procura-rendimento (Ey)

    Da mesma forma que a procura turstica varia em funo da variao dos preos dos bens

    e servios tursticos, tambm varia em funo dos rendimentos disponveis.

    A elasticidade da procura-rendimento define-se como a variao da quantidade procurada

    em resultado de uma determinada variao do rendimento. Calcula-se da seguinte forma:

    Medidas estatsticas

    As medidas estatsticas da procura turstica so obtidas, por exemplo, atravs das

    entradas pelas fronteiras, do registo de hspedes nos meios de alojamento e dos gastos

    efetuados pelos visitantes.

    Os indicadores da oferta resultam dos dados disponveis, por exemplo, sobre a

    capacidade de alojamento, do nmero, categoria e lugares oferecidos pelos

    Ep=Dt%

    Y %=

    D1-D0D0

    x100

    Y1-Y0

    x100

    Y0

    Pt

    Pt0

    Dt0 Dt1

    Procura Rgida ou Inelstica

    Ep

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    estabelecimentos de restaurao, dos meios de transporte existentes e de outros meios

    de produo turstica.

    Nmero de chegadas

    O nmero de visitantes entrados por todas as fronteiras de um pas o elemento

    estatstico mais comum: cada chegada de um no residente s fronteiras de um pas contada como um visitante. Engloba turistas e excursionistas.

    Nmero de dormidas

    As dormidas nos meios de alojamento permitem um estudo mais completo. Este indicador

    permite avaliar tanto os movimentos tursticos dos no residentes (turismo recetor) como

    o dos residentes (turismo domstico).

    No entanto, s contempla os turistas que pernoitam nos estabelecimentos de alojamento

    licenciados. Este indicador permite obter a durao da estada nos estabelecimentos e

    zonas visitadas.

    Chegadas de hspedes

    tambm muito comum utilizar-se este indicador que exclui os excursionistas, uma vez

    que o hspede toda a pessoa que se regista num meio de alojamento por uma ou mais

    noites.A ttulo de exemplo, e para perceber melhor como funcionam estes indicadores, atente no

    seguinte informao do Instituto Nacional de Estatstica:

    Portugal registou, em 2005, 11.469.200 hspedes nos seus estabelecimentos hoteleiros.

    Destes, 5.513.500 eram portugueses e 5.955.700, estrangeiros, o que significa que 48%

    dos hspedes entrados nos estabelecimentos hoteleiros so de origem nacional,

    percebendo-se, desta forma, a importncia e dimenso do turismo interno.

    Dos hspedes estrangeiros, destacam-se os cinco principais emissores de turistas para

    Portugal:

    1 Reino Unido: 1.298.300 hspedes

    2 Espanha: 1.132.900 hspedes

    3 Alemanha: 734.000 hspedes

    4 Frana: 416.100 hspedes

    5 Itlia: 308.800 hspedes

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    Estes cinco pases representam cerca de 34% do total de hspedes em Portugal e 65,3%

    do total de hspedes estrangeiros em Portugal.

    Receitas e despesas

    As visitas a um determinado pas obrigam sempre realizao de consumos, sendo queestes constituem receitas para o pas visitado e despesas para o pas de origem dos

    visitantes.

    Estes consumos so realizados no apenas no destino, mas tambm no pas de origem

    para preparao da viagem (ex.: obter um passaporte) e nas regies de trnsito (ex.:

    telefonar do aeroporto onde se faz escala, comprar um guia de viagem no aeroporto).

    Capacidade de Alojamento

    Permite avaliar o nmero de dormidas que os meios de alojamento de um pas ou regio

    oferecem num determinado perodo. Permite avaliar o potencial turstico produtivo do

    pas. Obtm-se multiplicando o nmero de camas, quartos ou lugares existentes pelo

    nmero de dias do perodo considerado (ex.: 30 ou 365 dias).

    Capacidade de alojamento ano= nmero de camas *365

    Estada mdia

    Constitui o nmero de dias que os hspedes permanecem, em mdia, num pas ou regio.

    um importante instrumento de anlise do comportamento da procura, pois fornece-nos

    informao sobre a capacidade de reteno dos turistas numa dada regio/pas.

    Calcula-se atravs da relao entre o nmero de dormidas e o nmero de

    turistas/hspedes em determinado estabelecimento de alojamento ou regio.

    Permanncias Mdia = Dormidas totais / Nmero de hspedes

    Taxa de Sazonalidade

    A distribuio dos movimentos tursticos ao longo do ano mostra que eles ocorrem com

    maior intensidade em determinadas pocas. Para avaliar a sazonalidade, relaciona-se o

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    nmero de turistas/hspedes ou dormidas ocorridas nos meses de maior afluxo (poca

    alta) com o total de hspedes ou dormidas ocorridas durante todo o ano.

    Taxa de sazonalidade = EV / ET * 100

    Onde:

    EVEntradas/Dormidas nos trs meses de maior concentraoETEntradas/Dormidas totais do ano

    Taxa de partida

    Este indicador exprime a participao da populao de um pas no turismo, expressa em

    percentagem. Determina-se a partir da relao entre o nmero de pessoas que passa

    frias fora do local de residncia habitual (Pf) e da populao total do pas (P).

    Taxa de Partida = Pf / P * 100

    ndice de saturao turstica (IST)

    Relao entre o nmero de turistas que visita um pas ou regio (Tt) e a respetiva

    populao total (P). Permite avaliar a importncia relativa do turismo em cada pas ou

    regio e a capacidade destes para suportar acrscimos adicionais de procura turstica.

    IST = Tt / P *100

    Taxa de Ocupao Hoteleira (TO)

    um indicador que, baseando-se na oferta, permite avaliar em que medida esta se

    adapta procura. Mostra qual a parte da capacidade de alojamento, em percentagem,

    que esteve, efetivamente, ocupada, num determinado perodo.

    TO quarto = Nmero de quartos ocupados / nmero de quartos disponveis *100

    TO cama = Nmero de camas ocupados / nmero de camas disponveis *100

    A taxa de ocupao pode ser calculada por ano, ms, semana ou dia.

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    6.Evoluo da procura turstica

    A anlise da evoluo da procura turstica, avaliada pela chegada de turistas e todos os

    pases do mundo e pelos respetivos gastos (receitas tursticas), permite destacar a

    concluso de que se tem registado um crescimento contnuo desde 1950.

    Em 50 anos, a procura turstica internacional multiplicou-se quase 28 vezes, e nos ltimos

    10 anos foi acrescida de mais de 20 milhes de novos turistas em cada ano.

    Apesar da evoluo da procura turstica se ter alargado a todos os continentes e a todos

    os pontos do globo, nem todas as regies e nem todos os pases beneficiam igualmente

    do turismo.

    A procura turstica internacional no se reparte igualmente por todas as zonas do mundo.

    Algumas revelam grande capacidade de atraco dos fluxos tursticos enquanto que outras

    tm uma fraca participao nessas correntes.

    A evoluo registada nos ltimos anos revela alteraes significativas da procura turstica

    que podem sintetizar-se do seguinte modo:

    a) Planetarizao At dcada de 60 o turismo era um fenmeno

    tipicamente europeu e norte-americano, mas nos ltimos anos transformou-se

    a um fenmeno universal;

    b) Menor concentrao A procura turstica tem-se orientado para destinos

    diferentes do passado, tendo-se alterado e diversificados os principais

    destinos;

    c) Direo:A procura turstica comeou por ser direcionada de Norte para o Sul

    da Europa em busca de sol e mar, e do ocidente (Amrica do Norte) para o

    oriente (Europa), mas na atualidade, reparte-se por todas as direes. Ageografia da procura turstica alterou-se profundamente deixando de ter um

    sentido preciso.

    De acordo com o plano Estratgico Nacional de Turismo (PENT), podemos identificar as

    seguintes tendncias de evoluo da procura, que iro acentuar-se nos prximos anos:

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    Acelerao do crescimento do nmero de turistas internacionais em todo o

    Mundo

    O sector do Turismo cresceu a uma taxa de 8,0% ao ano, entre 2003 e 2005, superior ao

    crescimento mdio da economia mundial (3%) no mesmo perodo.

    A Organizao Mundial do Turismo prev que at 2020 a tendncia se mantenha, com ocrescimento mdio anual do nmero de turistas a atingir os 4,4% entre 2006 e 2020,

    mais uma vez superior s previses para o crescimento da economia.

    Envelhecimento da populao europeia

    Ao nvel da importncia de cada escalo etrio para o Turismo tem-se verificado uma

    tendncia para o envelhecimento do turista tipo, que se prev que continue. Em 1992 o

    segmento well established 40 a 59 anos de idade representava 30% dos turistas,

    subindo para os 38% em 2001.

    Por outro lado, existe uma correlao positiva entre a despesa anual mdia em frias e a

    idade. A despesa anual mdia per capita em frias na Europa atinge os 615A, sendo que

    os turistas com mais de 50 anos tm gastos acima da mdia.

    Aumento do nmero de viagens de curta durao

    semelhana do que acontece com a idade mdia dos turistas, o nmero e a duraodas viagens tm sofrido uma evoluo. A tendncia que se observa neste ponto a de

    um aumento do nmero de viagens de curta durao.

    Assim, entre 2000 e 2004, o nmero de short trips cresceu a uma taxa anual de 13%,

    face a um decrscimo anual de 4% dos turistas que apenas fazem uma viagem longa por

    ano. A combinao entre uma viagem longa e vrias short trips tambm tem vindo a

    aumentar, crescendo no perodo em anlise a uma taxa anual de 4%.

    Aumento dos gastos com a estadia e reduo dos gastos com a viagem

    No que diz respeito composio da despesa dos turistas, prev-se que se mantenha a

    tendncia observada nos ltimos anos de crescimento da despesa com a estadia em

    detrimento da despesa com a viagem.

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    Procura de experincias diversificadas

    semelhana do que acontece com a despesa, tambm os produtos e as experincias

    procuradas pelos turistas tm evoludo.

    Neste ponto destaca-se a tendncia para um aumento da diversificao das experincias,

    que se reflete naturalmente nas principais motivaes de viagem. Neste contexto, cadavez mais importante a oferta de um conjunto alargado de produtos que d resposta a

    uma procura diversificada.

    Aumento do DIY e diminuio das viagens organizadas

    Existe uma tendncia para uma reduo do peso das viagens organizadas, por oposio

    ao crescimento do DIY (do it yourself).

    Entre 2001 e 2010, verificamos, quer em termos relativos, quer em valores absolutos,

    uma tendncia para a diminuio das viagens vendidas sob a forma de pacote turstico,

    crescimento anual de -4%por oposio ao verificado nas viagens sem pacote turstico

    que tm crescido a um ritmo anual de 9%.

    Os principais recetores de turistas a nvel mundial

    A Europa, embora seja identificada como um continente, na realidade apenas o quinto

    ocidental da grande massa de terra chamada Eursia. Apesar de ser o segundo menorcontinente do mundo (apenas maior que o continente Australiano) o mais

    densamente povoado e o que tem a maior linha de costa.

    Com efeito, a Europa o continente mais beneficiado pelas correntes tursticas e onde se

    concentram mais de metade dos fluxos tursticos mundiais.

    Do total de chegadas internacionais Europa em 2006, 87% dizem respeito a pases

    europeus e apenas 11,8% a mercados de longa distncia (54,4 milhes de chegadas em

    2006), com a regio Amrica a gerar mais de metade desse valor.

    As chegadas internacionais Europa a partir de Outras Regies aumentaram em cerca

    de 20 milhes, entre 19902006, apresentando uma taxa de crescimento mdia anual de

    9,3% neste perodo. Contudo, estas chegadas representavam, em 1990, cerca de 13,3%

    do total de chegadas internacionais Europa, enquanto que em 2006 j s

    representavam 11,8%.

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    A maior parte do turismo internacional que chega Europa provm de pases da prpria

    regio, da poder afirmar-se que existe o mercado Europa dentro da regio Europa,

    sendo este o mais importante e, por vezes, pouco valorizado.

    Tradicionalmente, as correntes tursticas estabeleceram-se, principalmente, entre o Norte

    e as regies do Sul da Europa em busca do sol e das praias, descanso e diverso.

    Desta forma, podemos concluir que os pases do Norte da Europa so pases

    predominantemente emissores de turistas, ao passo que os pases do sul da Europa so

    predominantemente recetores.

    A totalidade dos pases mediterrnicos apresenta uma taxa de cobertura das dormidas,

    em termos de Unio Europeia, superior a 100 %. Este resultado indica que,

    genericamente, Norte/Sul o sentido prevalecente dos fluxos tursticos no interior da

    Unio Europeia.

    O turismo em Portugal, tendo como horizonte os planos mundial, europeu e o conjunto

    dos pases da Europa do Sul, teve em 1998 e em termos de turistas, as seguintes quotas:

    1,8% do turismo mundial; 3,0% do turismo europeu e 9,9% do turismo da Europa do Sul.

    Em 1980, aquelas posies eram: 0,9% do turismo mundial; 1,5% do turismo europeu;4,5 do turismo do Sul da Europa.

    No sul da Europa, Portugal est na quarta posio como pas receptor de turistas (11,2

    milhes) estando sua frente, nesta zona, a Frana (70 milhes) a Espanha (47,7

    milhes) e a Itlia (34,8 milhes).

    No que concerne a receitas atribudas ao turismo, Portugal posiciona-se no 4. lugar entre

    os destinos da Europa do Sul, estando sua frente, para alm dos destinos j indicados

    para as chegadas de turistas, a Turquia.

    Bibliografia

    Baptista, Mrio, Turismo, Competitividade Sustentvel, Lisboa, Verbo, 1997

    Cunha, Licnio, Perspetivas e Tendncias do Turismo, Lisboa, Edies Universitrias Lusfonas, s.d.

    Cunha, Licnio, Introduo ao turismo, Ed. Verbo, 3 edio, 2006

    Ignarra, Luiz Renato, Fundamentos do turismo, Ed. Thomson, 2 edio, 2003