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  • 8/15/2019 A Porta Aberta Pela Lei Da Repatriação Para a Regularização Do Financiamento Do Terrorismo e Para a Descriminalização

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    A porta aberta pela Lei da Repatriação para a regularização do financiamento do

    terrorismo e para a descriminalização

    I – Introdução. II – Da possibilidade da regularização de recursos destinados ao

    financiamento do terrorismo na Lei de Repatriação. III – Da possibilidade deregularização do produto do crime de clonagem de cartões. IV – Da possibilidade dosque foram condenados aderirem ao programa de regularização. Conclusão.

    I - Introdução

    Recentemente foi sancionada com !etos a Lei "#.$%&'$(") popularmentecon*ecida como Lei da Repatriação que institui o Regime +special de RegularizaçãoCambial e ,ribut-ria R+RC,/. 0egundo o 1oder +2ecuti!o a no!a legislação permiteque recursos com origem l3cita de pessoa f3sica ou 4ur3dica que ten*am sidotransferidos ou mantidos no e2terior sem terem sido declarados oficialmente oudeclarados com omissão ou incorreção possam ser regularizados com recol*imento dostributos aplic-!eis e multa. 5 1oder +2ecuti!o ressaltou que a Lei de Repatriação não seaplica ao "terrorismo e seu financiamento"   e aos "recursos financeiros que sejam

     provenientes de atos criminosos." 1

    Conforme o 67log do 1lanalto6 a Lei beneficiar- quem !oluntariamente declarar ou retificar a declaração incorreta. 5 R+RC, aplica8se tamb9m aos atualmente nãoresidentes no momento da publicação desta Lei desde que residentes ou domiciliadosno 1a3s conforme a legislação tribut-ria em #"'"$'$("&. :inda conforme o informeoficial a norma compõe o pacote de a4uste fiscal do ;o!erno e tem como estimati!ainicial arrecadar aos cofres da inist9rio da ?azenda re!elam que ati!os de brasileiros no e2terior não declarados

     podem c*egar a

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    II - #a possibilidade da regularização de recursos destinados ao financiamento do

    terrorismo

    : Lei de Repatriação cont9m no nosso entendimento um erro gra!e ao dissociar a origem do din*eiro do seu destino inicial porque isto admite a regularização derecursos destinados ao financiamento do terrorismo.

    5 art. ) da Lei "#.$)('$(")@ que disciplina o crime de terrorismo e o conceito deorganização terrorista no pa3s pre! pena de "% a #( anos de reclusão para quemoferecer obter guardar manter em depEsito solicitar in!estir de qualquer modo diretaou indiretamente recursos ati!os bens direitos !alores ou ser!iços de qualquer natureza para o plane4amento a preparação ou a e2ecução de atos terroristas.

    B- o art. " da Lei "#.$&%'$(") estabelece que os recursos de origem l3cita nãodeclarados ou declarados incorretamente remetidos mantidos no e2terior ourepatriados poderão ser regularizados. : ausncia de e2ceção na Lei quanto ao destinooriginal dos recursos admite que se4a regularizado o din*eiro destinado aofinanciamento de ati!idades terroristas obtido antes de "@'#'$(") data da publicaçãoda Lei "#.$)('$(") por meio de ati!idades permitidas ou não proibidas.

    Isso 9 uma porta aberta para que recursos oriundos de fontes l3citas arrecadadosantes da publicação da Lei "#.$)('$(") no 7rasil e nos pa3ses onde não e2iste leicriminalizando o financiamento do terrorismo se4am regularizados pela lei brasileira eremetidos legalmente ao e2terior ou utilizados internamente.

    Imaginemos duas *ipEteses de origem l3cita de recursos para o financiamento doterrorismo. Ja primeira uma pessoa simpatizante de uma organização terrorista quedese4a atuar como um Hlobo solit-rioT recebe deste grupo antes da Lei "#.$)('$(")din*eiro oriundo de doações espontFneas para financiar a sua ação. 5utra *ipEtese 9

    uma pessoa 4ur3dica operando licitamente no mercado brasileiro que manten*arecursos em Hcai2a dois"( arrecadados antes da Lei "#.$)('$(") destinados a financiar a causa de uma organização terrorista. +m ambos os casos os ati!os são l3citos de!ido A

    7 Lei "#.$%&'$(")G H:rt. $. $onsideram-se para os fins desta LeiG .../U II 8 recursos oupatrim%nio de origem lícitaG os bens e os direitos adquiridos com recursos oriundos deati!idades permitidas ou não proibidas pela lei bem como o ob4eto o produto ou o proveitodos crimes previstos no & 'o  do art( )oU grifo nosso/

    8 Lei "#.$)('$(")G H:rt. )o Receber pro!er oferecer obter guardar manter em depEsito solicitar

    in!estir de qualquer modo direta ou indiretamente recursos ati!os bens direitos !alores ou ser!iços dequalquer natureza para o plane4amento a preparação ou a e2ecução dos crimes pre!istos nesta LeiG 1ena8 reclusão de quinze a trinta anos. 1ar-grafo Nnico. Incorre na mesma pena quem oferecer ou receberobti!er guardar manti!er em depEsito solicitar in!estir ou de qualquer modo contribuir para a obtençãode ati!o bem ou recurso financeiro com a finalidade de financiar total ou parcialmente pessoa grupo de

     pessoas associação entidade organização criminosa que ten*a como ati!idade principal ou secund-riamesmo em car-ter e!entual a pr-tica dos crimes pre!istos nesta Lei.

    9 HLobo solit-rio 9 um tipo de terrorista que atua de maneira independente que pode ou não ter !3nculos formais com organizações terroristas.

    10 Recursos financeiros não contabilizados e não declarados.

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    ausncia de tipificação penal"" e nada impede em tese que esses agentes adiram A Leide Repatriação para legalizar os recursos financiar ações no 7rasil ou no e2terior.

    Como a Lei de Repatriação não se preocupa com o destino original dos recursos euma !ez que o din*eiro foi obtido mediante operações l3citas antes de "@'#'$(") criou8se um conflito com os princ3pios constitucionais fundamentais e2pressos no art. & VIIIc'c o art. % LIII da Constituição ?ederal. Isso sem falar na ofensa aos inNmerosacordos internacionais firmados pelo 7rasil para combater o financiamento aoterrorismo.

    III * #a possibilidade de regularização dos recursos obtidos com o crime de

    clonagem de cart+es

    5utro erro na Lei de Repatriação 9 permitir a regularização do crime pre!isto no par-grafo Nnico do art. $T@ do CEdigo 1enal"$. Com efeito o K " do art. % da Lei deRepatriação estabelece que o produto ou o pro!eito do crime pre!isto no mencionadoart. $T@ poder- ser regularizado. 5corre que o legislador dei2ou de obser!ar que ocitado artigo encerra dois crimes um no caput   e outro no par-grafo Nnicorespecti!amente falsificação de documento particular e falsificação de cartão de cr9ditoe de d9bito. Clonar cartão de cr9dito e d9bito 9 o mesmo que falsificar documento

     pri!ado. :o não estabelecer qualquer e2ceção a Lei de Repatriação admite que se4amregularizados os dois crimes.

    S de se esclarecer que o crime de falsificação de cartão 9 crime8meio ou crime8fim dependendo da situação e 9 um delito formal portanto não e2ige resultadonatural3stico. : ofensa ao bem 4ur3dico ocorre com a lesão A Hf9 pNblica em razão dafalsificação. +sse crime não se confunde com a utilização desse cartão para realizar furto. 5 agente que falsifica comete ato t3pico pelo simples fato de falsificar. B- o agenteque usar o cartão clonado para furtar comete o crime do art. "%% do CEdigo 1enal. 0e o

    mesmo agente falsificar o cartão e o usar para furtar o delito do par-grafo Nnico do art.$T@ do CEdigo 1enal 9 absor!ido pelo crime do art. "%%.

    : falsificação de cartões de cr9dito e de d9bito 9 *o4e uma das principaisati!idades das organizações criminosas. 5 crime organizado clona cartões para us-8losno cometimento de furtos ou de estelionatos ou simplesmente para !end8lo para quese4a usado por outros."#

    Como se obser!a ao não limitar a possibilidade de regularização ao crime docaput   do dispositi!o a Lei "#.$%&'$(") abriu a possibilidade de que os recursosadquiridos por organizações criminosas com a pr-tica do crime do par-grafo Nnico doart. $T@ do CEdigo 1enal se4am regularizados pela Lei da Repatriação.

    11 Constituição ?ederalG 6:rt. % .../U I 8 não *- crime sem lei anterior que o definanem pena sem pr9!ia cominação legalU6

    12 Código Penal: “Falsifcação de documento particular - Art. 298 - Falsi!ar"no todo o# e$ %arte" do!#$ento %arti!#lar o# alterar do!#$ento %arti!#lar

    &erdadeiro: Pena - re!l#s'o" de #$ a !in!o anos" e $#lta. Falsifcação de cartão -

    Parágrao único. Para fns do disposto no caput , equipara-se a documento

    particular o cartão de crédito ou débito.( )gri*o nosso+

    13 *ttpG''WWW.pf.go!.br'agencia'noticias'$("%'"('pf8desarticula8organizacao8criminosa8que8frauda!a8cartoes8de8credito

    http://www.pf.gov.br/agencia/noticias/2015/10/pf-desarticula-organizacao-criminosa-que-fraudava-cartoes-de-creditohttp://www.pf.gov.br/agencia/noticias/2015/10/pf-desarticula-organizacao-criminosa-que-fraudava-cartoes-de-creditohttp://www.pf.gov.br/agencia/noticias/2015/10/pf-desarticula-organizacao-criminosa-que-fraudava-cartoes-de-creditohttp://www.pf.gov.br/agencia/noticias/2015/10/pf-desarticula-organizacao-criminosa-que-fraudava-cartoes-de-credito

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    Certamente não era intenção do legislador permitir a regularização do produto deum crime que !itima tantos brasileiros. 0egundo a 1esquisa de Crimes +letrMnicos$("& realizada pela ?ecomercio01 a clonagem de cartão de cr9dito e d9bito representa&&%X dos crimes nos meios digitais."&

    I, * #a possibilidade de descriminalização dos delitos relacionados no &'do art( )

    da Lei de Repatriação

    +2aminando o inciso II do art. $ da Lei de Repatriação !erifica8se que olegislador cometeu um erro gra!e ao definir que são l3citos o "objeto, o produto ou o

     proveito dos crimes previstos no § 1o do art. 5º ." 15. Cabe aqui esclarecer que o produtodo crime 9 sempre o bem imediato adquirido com a conduta delituosa enquanto o

     pro!eito 9 o bem mediato decorrente do produto do crime. Jo crime de sonegaçãofiscal por e2emplo o produto 9 o !alor que o agente dei2ou de recol*er ao fiscoenquanto o pro!eito 9 um bem que o agente !en*a a adquirir com o que dei2ou deoferecer A tributação.

    Crime 9 definido como um fato t3pico e anti4ur3dico. +m apertada s3ntese fatot3pico 9 aquele fato *umano que se a4usta formal e materialmente ao descrito na lei

     penal. B- a ilicitude ou anti4uridicidade 9 a contrariedade dessa conduta com oordenamento 4ur3dico. :ssim para a e2istncia de um crime 9 necess-rio que a conduta

     praticada pelo agente se4a não somente t3pica mas tamb9m il3cita ou anti4ur3dica. :1arte ;eral do CEdigo 1enal no art. $# pre! que são *ipEteses de afastamento dailicitude o estado de necessidade a leg3tima defesa o estrito cumprimento de de!er legal ou o e2erc3cio regular de direito. Y- tamb9m as c*amadas 4ustificaçõesespec3ficas contidas na 1arte +special do CEdigo 1enal e em outras leis que afastam ailicitude da conduta.

    : Lei "#.$%&'$(") 4amais poderia ter igualado os ati!os adquiridos com recursos

    oriundos de ati!idades permitidas ou não proibidas com aqueles pro!enientes de crime.0e o legislador dese4a!a permitir que o produto ou o pro!eito dos crimes elencadosfosse pass3!el de regularização de!eria ter separado claramente as duas situações naLei sem 4amais igualar o que foi adquirido licitamente com o produto de crime.

    : Lei de Repatriação retirou a anti4uridicidade das condutas relacionadas no K"do art. % ao ampliar o conceito de licitude para abarcar o produto dos crimes. ,rata8sede uma questão lEgicaG se o produto da conduta 9 l3cito então não *- crime.Consequentemente a Lei "#.$%&'$(") certamente sem dese4ar descriminalizou osdelitos de clonagem de cartões contra a ordem tribut-ria de sonegação fiscal afalsificação de documento pNblico e de documento particular a falsidade ideolEgica o

    uso de documento falso a sonegação de contribuição pre!idenci-ria e a e!asão dedi!isas ")  .

    : e2clusão da anti4uridicidade acima apontada em nada se confunde com ae2tinção da punibilidade pre!ista na prEpria Lei de Repatriação" como efeito da adesãoao programa de regularização. Isso porque a punibilidade 9 e2aminada posteriormente

    14 *ttpG''g".globo.com'tecnologia'noticia'$("&'(@'clonagem8de8cartao8e8crime8digital8que8mais8faz8!itimas8diz8pesquisa.*tml

    15 Lei "#.$%&'$(")G 6:rt. $o  Consideram8se para os fins desta LeiG .../U II 8 recursos ou patrimMnio de

    origem l3citaG os bens e os direitos adquiridos com recursos oriundos de ati!idades permitidas ou não proibidas pela lei bem como o ob4eto o produto ou o pro!eito dos crimes pre!istos no K "o do art. %oU6

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/08/clonagem-de-cartao-e-crime-digital-que-mais-faz-vitimas-diz-pesquisa.htmlhttp://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/08/clonagem-de-cartao-e-crime-digital-que-mais-faz-vitimas-diz-pesquisa.htmlhttp://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/08/clonagem-de-cartao-e-crime-digital-que-mais-faz-vitimas-diz-pesquisa.htmlhttp://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/08/clonagem-de-cartao-e-crime-digital-que-mais-faz-vitimas-diz-pesquisa.htmlhttp://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/08/clonagem-de-cartao-e-crime-digital-que-mais-faz-vitimas-diz-pesquisa.htmlhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htm

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    ou se4a o agente pode ter praticado fato t3pico e anti4ur3dico mas não pun3!el em razão por e2emplo da prescrição.

    : poss3!el descriminalização apontada decorre da garantia constitucional deretroação da lei penal mais benigna"@ e do par-grafo Nnico do art. $ do CEdigo 1enal oqual dei2a bem claro que a lei posterior "que de qualquer modo favorecer o aente,aplica!se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentena condenat#ria

    transitada em julado." 1$

    5 0upremo ,ribunal ?ederal tem adotado o entendimento de que a regraconstitucional de retroação da lei penal mais ben9fica e2ige interpretação el-stica outecnicamente 6generosa6. 1ara a Corte ao se conferir o m-2imo de efic-cia ao incisoL do art. % os efeitos da lei mais benigna não se circunscre!em A lei penal como umtodo unit-rio de normas 4ur3dicas mas se reporta isto sim "a cada norma que seveicule por dispositivo embutido em qualquer diploma leal." %&

    ,omemos como precedente de retroação de norma mais ben9fica o entendimentodo 0,? sobre o efeito das normas que e2tinguem a punibilidade dos crimes tribut-rioscom o  pagamento do cr9dito tribut-rio antes da denNncia.$"  +ntendeu a CorteConstitucional que o pagamento integral de um d9bito tribut-rio a qualquer tempo emquaisquer condições tem o condão de e2tinguir a punibilidade do agente.$$

    :inda que se entenda que a Lei de Repatriação constitui um microssistema 4ur3dico autMnomo e que portanto não *a!eria repercussão legal fora do ambiente danorma a descriminalização tem efeito Hintraleal $#. Com efeito a e2tinção da

     punibilidade pre!ista no K" do art. % se aplica ao agente principal que aderir ao programa de regularização e A interposta pessoa em nome de quem estão os recursos aserem regularizados$&. Jão *- e2tinção de punibilidade aos que concorreram de

    16 Lei "#.$%&'$(")G H:rt. %o  .../ K "o  5 cumprimento das condições pre!istas no caput antes de decisãocriminal em relação aos bens a serem regularizados e2tinguir- a punibilidade dos crimes pre!istosG I 8no art. " e nos incisos I II e V do art. $o  da Lei no  @."# de $ de dezembro de "TT(U II 8 na Lei n o  &.$Tde "& de 4ul*o de "T)%U III 8 no art. ##8: do Decreto8Lei no  $.@&@ de de dezembro de "T&( CEdigo1enal/U IV 8 nos seguintes arts. do Decreto8Lei no  $.@&@ de de dezembro de "T&( CEdigo 1enal/quando e2aurida sua potencialidade lesi!a com a pr-tica dos crimes pre!istos nos incisos I a IIIG a/ $TU

     b/ $T@U c/ $TTU d/ #(&U V 8 V+,:D5/U VI 8 no caput e no par-grafo Nnico do art. $$ da Lei no  .&T$ de") de 4un*o de "T@)U VII 8 no art. " o  da Lei no  T.)"# de # de março de "TT@ quando o ob4eto do crimefor bem direito ou !alor pro!eniente direta ou indiretamente dos crimes pre!istos nos incisos I a VIUVIII 8 V+,:D5/.

    17 Lei "#.$%&'$(")G H:rt. &. .../.K %o  : regularização de ati!os mantidos em nome de interposta pessoaestender- a ela a e2tinção de punibilidade pre!ista no K "o do art. %o nas condições pre!istas no referidoartigo. .../ :rt. %. .../. K "o  5 cumprimento das condições pre!istas no caput antes de decisão criminalem relação aos bens a serem regularizados e2tinguir- a punibilidade dos crimes pre!istosG

    18 Constituição ?ederalG :rt. % inc. L.

    19 CEdigo 1enalG 6:rt. $. Jingu9m pode ser punido por fato que lei posterior dei2a de considerar crimecessando em !irtude dela a e2ecução e os efeitos penais da sentença condenatEria. 1ar-grafo Nnico. A lei

    posterior. /ue de /ual/uer modo favorecer o agente. aplica-se aos fatos anteriores. ainda /uedecididos por sentença condenat0ria transitada em 1ulgado.6 grifo nosso/

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2ihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art337ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art337ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art337ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art337ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art337ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art297http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art298http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art299http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art299http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art299http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art304http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art304http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2ihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art337ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art337ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art297http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art298http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art299http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art304http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.

  • 8/15/2019 A Porta Aberta Pela Lei Da Repatriação Para a Regularização Do Financiamento Do Terrorismo e Para a Descriminalização

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    qualquer outra forma para o cometimento do crime. B- se se considerar que *ou!edescriminalização da conduta todos os que concorreram para o crime são alcançados.

     Jo caso do crime de sonegação fiscal Lei &.$T'"T)%/ a Lei de Repatriação sEe2tingue a punibilidade dos agentes principais do crime. : e2tinção da punibilidade nãoalcança o ser!idor pNblico com atribuições de !erificação lançamento ou fiscalizaçãode tributos que concorrer para a pr-tica do delito bem como as autoridadesadministrati!as que ti!erem con*ecimento do crime e que não remeteram ao >inist9rio1Nblico os elementos comprobatErios da infração para instrução do procedimentocriminal cab3!el.$% De outra sorte ao se entender que *ou!e a descriminalização todosserão beneficiados.

    20 0,?G H: regra constitucional de retroação da lei penal mais ben9fica inciso L do art. %/ 2e3igente de interpretação el4stica ou tecnicamente 5generosa6( 7ara conferir o m43imo de

    efic4cia ao inciso 8L do seu art( ). a $onstituição não se refere 9 lei penal como um todo

    unit4rio de normas 1urídicas. mas se reporta. isto sim. a cada norma /ue se veicule por

    dispositivo embutido em /ual/uer diploma legal( Com o que a retroati!idade benigna operade pronto não por m9rito da lei em que inserida a regra penal mais fa!or-!el por9m por m9ritoda Constituição mesma. : discussão em torno da possibilidade ou da impossibilidade demesclar leis que antagonicamente se sucedem no tempo para que dessa combinação se c*egue aum terceiro modelo 4ur3dico8positi!o/ 9 de se deslocar do campo da lei para o campo da normaUisto 9 não se trata de admitir ou não a mesclagem de leis que se sucedem no tempo mas deaceitar ou não a combinação de normas penais que se friccionem no tempo quanto aosrespecti!os comandos. 5 que a Lei das Leis rec*aça 9 a possibilidade de mistura entre duasnormas penais que se contrapon*am no tempo sobre o mesmo instituto ou figura de direito.0ituação em que *- de se fazer uma escol*a e essa escol*a tem que recair 9 sobre a inteireza danorma comparati!amente mais ben9fica. Vedando8se por conseguinte a fragmentação material

    do instituto que não pode ser regulado em parte pela regra mais no!a e de mais fortecompleição ben9fica e de outra parte pelo que a regra mais !el*a conten*a de mais benfaze4o.A $R proclama 2 a retroatividade dessa ou da/uela figura de direito /ue. veiculada por

    norma penal temporalmente mais nova. se revele ainda mais benfaze1a do /ue a norma

    igualmente penal at2 então vigente. Caso contr-rio ou se4a se a norma penal mais no!aconsubstanciar pol3tica criminal de maior se!eridade o que prospera 9 a !edação daretroati!idade. : retroati!idade da lei penal mais benfaze4a gan*a clareza cogniti!a A luz dasfiguras constitucionais da ultra8ati!idade e da retroati!idade não de uma determinada lei penalem sua inteireza mas de uma particularizada norma penal com seu espec3fico instituto. Isto naacepção de que ali onde a norma penal mais antiga for tamb9m a mais ben9fica o que de!e

    incidir 9 o fenMmeno da ultra8ati!idadeU ou se4a essa norma penal mais antiga decai da suaati!idade eficacial porquanto inoperante para reger casos futuros mas adquireinstantaneamente o atributo da ultra8ati!idade quanto aos fatos e pessoas por ela regidos aotempo daquela sua origin-ria ati!idade eficacial. >as ali onde a norma penal mais no!a sere!elar mais fa!or-!el o que toma corpo 9 o fenMmeno da retroati!idade do respecti!ocomando. Com o que ultra8ati!idade da !el*a norma/ e retroati!idade da regra mais recente/não podem ocupar o mesmo espaço de incidncia.

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    I, * #a possibilidade dos /ue foram condenados. sem tr:nsito em 1ulgado.aderirem ao programa de regularização

    5utro equ3!oco da Lei de Repatriação 9 proibir os condenados em ação penal

    sem trFnsito em 4ulgado de aderir ao programa de regularização.$)

     : Constituição pre!que ningu9m ser- considerado culpado at9 o trFnsito em 4ulgado de sentença penalcondenatEria$. :o estabelecer uma regra penal mais benigna e oferecer a possibilidadede e2tinção da punibilidade ou de descriminalização da conduta a Lei de Repatriaçãonão pode impedir os agentes condenados ainda que com trFnsito em 4ulgado adiram ao

     programa de regularização.

    $onclusão

    Cezar 1eluso 4ulgamento em 8"(8$((@ 0egunda ,urma DB+ de 8""8$((@. +m sentidocontr-rioG YC T&.%)( Rel. >in. ;ilmar >endes 4ulgamento em "&8T8$("( 0egunda ,urma

    DB+ de "8"(8 $("(U RYC T&.@($ Rel. >in. >enezes Direito 4ulgamento em "(8$8$((T1rimeira ,urma DB+ de $(8#8$((T. VideG YC "(.%@# Rel. >in. Luiz ?u2 4ulgamento em "8&8$("$ 1rimeira ,urma DB+ de "8)8$("$.6 grifo nosso/

    21 0obre o tema confira8se o artigo de C3cero >arcos Lima Lana intitulado 6CRI>+0 ,RI7inistro 0epNl!eda 1ertence DB $'$'$((&/.VotoG S de recordar que na 9poca – "TT@ – os efeitos penais do pagamento do tributo esta!am regidos

     pelo disposto no art. #& da Lei T$&T'T% que pre!ia a e2tinção da punibilidade mediante o pagamento sEquando este fosse realizado at9 o recebimento da den;ncia. Da3 não terem postulado os impetrantesdesde logo a e2tinção da punibilidade por falecer8l*e tal direito ao paciente ao tempo da impetração.5corre que em

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    : Lei de Repatriação 9 inconstitucional pela ausncia de razoabilidade e proporcionalidade oriundos dos erros gra!es contidos na norma. 5 Legislador e2cedeuseu poder de legislar e !iolou princ3pios constitucionais fundamentais entre eles o dode!ido processo legal$@   ao não obser!ar que abriu a possibilidade de regularizar recursos destinados ao financiamento do terrorismo e aqueles possi!elmente oriundos

    de organizações criminosas dedicadas A falsificação de cartões de cr9dito e d9bito bemcomo diante da possibilidade de produzir efeitos descriminalizantes indese4ados.

    5 0upremo ,ribunal ?ederal e a doutrina 4- assentaram que se a norma for desproporcional ou irrazo-!el *- e2cesso e'ou arb3trio do poder de legislar que ofende o

     princ3pio do substantive due process of law. Conforme o 0,? o respeito ao princ3pio da proporcionalidade 9 essencial A racionalidade do +stado Democr-tico de Direito eimprescind3!el A tutela mesma das liberdades fundamentais.$T

    5 >inistro ;ilmar >endes ao escre!er sobre a mat9ria afirma que o !3cio deinconstitucionalidade substancial decorrente do e2cesso de poder legislati!o constituium dos mais tormentosos temas do controle de constitucionalidade *odierno. 6'uida!se

    de aferir a compatibilidade da lei com os fins constitucionalmente previstos ou deconstatar a observ(ncia do princ)pio da proporcionalidade

    *+erhltnismssi-eitsprinip/, isto 0, de se proceder censura sobre a adequa2o

    *3eeinetheit/ e a necessidade *4rforderlich-eit/ do ato leislativo.6 :firma ainda o>inistro que o e2cesso de poder como manifestação de inconstitucionalidade configura

    25 Lei &.$T'"T)%G 6:rt. ". .../ K # 5 funcion-rio pNblico com atribuições de !erificaçãolançamento ou fiscalização de tributos que concorrer para a pr-tica do crime de sonegaçãofiscal ser- punido com a pena dste artigo aumentada da trça parte com a abertura obrigatEriado competente processo administrati!o. .../ :rt. ). uando se trata de pessoa 4ur3dica aresponsabilidade penal pelas infrações pre!istas nesta Lei ser- de todos os que direta ouindiretamente ligados A mesma de modo permanente ou e!entual ten*am praticado ouconcorrido para a pr-tica da sonegação fiscal. :rt. . :s autoridades administrati!as queti!erem con*ecimento de crime pre!isto nesta Lei inclusi!e em autos e pap9is que con*eceremsob pena de responsabilidade remeterão ao >inist9rio 1Nblico os elementos comprobatErios dainfração para instrução do procedimento criminal cab3!el.6

    26 Lei "#.$%&'$(")G H:rt. "o .../ K %o  +sta Lei não se aplica aos su4eitos que tiverem sido condenadosem ação penalG I 8 V+,:D5/U e II 8 cu4o ob4eto se4a um dos crimes listados no K"o do art. %o ainda quese refira aos recursos bens ou direitos a serem regularizados pelo R+RC,. grifo nosso/

    27 Constituição ?ederalG art. % LVII.

    28 Constituição ?ederalG art. % LIV.

    29 H: norma estatal que não !eicula qualquer conteNdo de irrazoabilidade a4usta8se ao princ3pio dode!ido processo legal analisado na perspecti!a de sua pro4eção material substanti!e due process of laW/.+ssa cl-usula tutelar ao inibir os efeitos pre4udiciais decorrentes do abuso de poder legislati!o enfatiza anoção de que a prerrogati!a de legislar outorgada ao +stado constitui atribuição 4ur3dica essencialmente

    limitada ainda que o momento de abstrata instauração normati!a possa repousar em 4u3zo meramente pol3tico ou discricion-rio do legislador. :DIn ".&(8D? Rel. >in. C+L05 D+ >+LL5/

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    afirmação da censura 4udicial no Fmbito da discricionariedade legislati!a ou na esfera deliberdade de conformação do legislador .#(

    : Lei "#.$%&'$(") tem um forte conteNdo penal muito embora conten*a mat9riaadministrati!o8tribut-ria. : norma est- impregnada de conteNdo penal ao pre!erinclusi!e a e2tinção de punibilidade de crimes#" e 4ustamente por este !i9s de!e ser e2aminada.

    +rrou a Lei de Repatriação ao permitir a regularização de recursos destinados afinanciar o terrorismo especialmente nesse momento de escalada mundial do terror.

    +rrou tamb9m a Lei "#.$%&'$(") ao considerar como de origem l3cita recursosoriundos dos crimes que relaciona no K" do art. % e com isto permitir a regularizaçãodo produto e o pro!eito do crime de clonagem de cartões de cr9dito e de d9bito que*o4e representa &&%X dos delitos que mais fazem !3timas nos meios digitais conforme1esquisa de Crimes +letrMnicos $("& realizada pela ?ecomercio 01.#$

    : norma padece ainda da maldição que assola as leis penais feitas As pressas

    qual se4a descura da coerncia e das poss3!eis repercussões legais. Jo caso a normasem dese4ar pode ter afastado a ilicitude de !-rias condutas criminosas e ter descriminalizado os delitos de falsificação de cartões de cr9dito e d9bito contra a ordemtribut-ria de sonegação fiscal a falsificação de documento pNblico e de documento

    30 >+JD+0 ;ilmar. 5 princ3pio da proporcionalidade na 4urisprudncia do 0upremo ,ribunal ?ederalGno!as leituras. Re!ista Di-logo Bur3dico 0al!ador C:B 8 Centro de :tualização Bur3dica !. " n. %agosto $((". Dispon3!el emG *ttpG''WWW.direitopublico.com.br 

    31 Lei "#.$%&'$(")G H:rt. " .../ K %o

      +sta Lei não se aplica aos su4eitos que ti!erem sido condenadosem ação penalG .../U II 8 cu4o ob4eto se4a um dos crimes listados no K "o do art. %o ainda que se refiraaos recursos bens ou direitos a serem regularizados pelo R+RC,. .../ :rt. & .../. K "$. : declaração deregularização de que trata o caput não poder- ser por qualquer modo utilizadaG I 8 como Nnico ind3cio ouelemento para efeitos de e3pediente investigat0rio ou procedimento criminalU .../ :rt. %o  .../. K "o  5cumprimento das condições pre!istas no caput antes de decisão criminal em relação aos bens a seremregularizados e3tinguir4 a punibilidade dos crimes pre!istosG I 8 no art. " e nos incisos I II e V do art.$o  da Lei no  @."# de $ de dezembro de "TT(U II 8 na Lei n o  &.$T de "& de 4ul*o de "T)%U III 8 no art.##8: do Decreto8Lei no  $.@&@ de de dezembro de "T&( CEdigo 1enal/U IV 8 nos seguintes arts.do Decreto8Lei no  $.@&@ de de dezembro de "T&( CEdigo 1enal/ quando e2aurida sua potencialidadelesi!a com a pr-tica dos crimes pre!istos nos incisos I a IIIG a/ $TU b/ $T@U c/ $TTU d/ #(&U V 8V+,:D5/U VI 8 no caput e no par-grafo Nnico do art. $$ da Lei no  .&T$ de ") de 4un*o de "T@)U VII 8no art. " o  da Lei no  T.)"# de # de março de "TT@ quando o ob4eto do crime for bem direito ou !alor

     pro!eniente direta ou indiretamente dos crimes pre!istos nos incisos I a VIU .../. K $o  A e3tinção dapunibilidade  a que se refere o K "oG .../U II 8 somente ocorrer- se o cumprimento das condições se derantes do trFnsito em 4ulgado da decisão criminal condenatEriaU .../ K %o  Ja *ipEtese dos incisos V e VIdo K "o a e3tinção da punibilidade ser- restrita aos casos em que os recursos utilizados na operação decFmbio não autorizada as di!isas ou moedas sa3das do 1a3s sem autorização legal ou os depEsitosmantidos no e2terior e não declarados A repartição federal competente possu3rem origem l3cita ou forem

     pro!enientes direta ou indiretamente de quaisquer dos crimes pre!istos nos incisos I II III VII ou VIIIdo K "o. grifo nosso/

    32 *ttpG''g".globo.com'tecnologia'noticia'$("&'(@'clonagem8de8cartao8e8crime8digital8que8mais8faz8!itimas8diz8pesquisa.*tml

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.direitopublico.com.br/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2ihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art337ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art337ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art337ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art337ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art297http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art297http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art297http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art298http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art298http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art298http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art299http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art304http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art304http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art304http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/08/clonagem-de-cartao-e-crime-digital-que-mais-faz-vitimas-diz-pesquisa.htmlhttp://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/08/clonagem-de-cartao-e-crime-digital-que-mais-faz-vitimas-diz-pesquisa.htmlhttp://www.direitopublico.com.br/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2ihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8137.htm#art2vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art337ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art337ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art297http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art298http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art299http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art304http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7492.htm#art22phttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9613.htm#art1.http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/08/clonagem-de-cartao-e-crime-digital-que-mais-faz-vitimas-diz-pesquisa.htmlhttp://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/08/clonagem-de-cartao-e-crime-digital-que-mais-faz-vitimas-diz-pesquisa.htmlhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htm

  • 8/15/2019 A Porta Aberta Pela Lei Da Repatriação Para a Regularização Do Financiamento Do Terrorismo e Para a Descriminalização

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     particular a falsidade ideolEgica o uso de documento falso a sonegação decontribuição pre!idenci-ria e a e!asão de di!isas .

    5 1oder +2ecuti!o de!eria recon*ecer que se equi!ocou re!ogar aregulamentação da Lei de Repatriação que !ai a partir de &'&'$(") abrir o prazo para aregularização e propor uma no!a legislação escoimada dos problemas apontados.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4729.htm