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A POLÍTICA MONETÁRIA ÚNICA NA TERCEIRA FASE Documentação geral sobre os instrumentos e procedimentos de política monetária do SEBC Setembro de 1998 MONETARY POLICY SUB-COMMITTEE BANCO CENTRAL EUROPEU

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A P O L Í T I C AM O N E T Á R I A Ú N I C AN A T E R C E I R A F A S E

Documentação geral sobre osinstrumentos e procedimentosde política monetária do SEBC

Setembro de 1998

MONETARY POLICY SUB-COMMITTEE

B A N C O C E N T R A L E U R O P E U

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© Banco Central Europeu, 1998

Postfach 16 03 19, D-60066 Frankfurt am Main

Todos os direitos reservados. É permitida a fotocópia para fins pedagógicos e não comerciais desde que a

fonte seja reconhecida.

Traduzido e impresso sob responsabilidade do Banco de Portugal.

ISBN 92-9181-025-8

Execução gráfica de Kern & Birner GmbH + Co., D-60486 Frankfurt am Main

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III

Índice

Introdução 2

Capítulo 1Visão geral do enquadramento da política monetária 3

1.1 O Sistema Europeu de Bancos Centrais 4

1.2 Objectivos do SEBC 4

1.3 Instrumentos de política monetária do SEBC 4

1.3.1 Operações de mercado aberto 4

1.3.2 Facilidades permanentes 6

1.3.3 Reservas mínimas 6

1.4 Contrapartes 6

1.5 Activos subjacentes 7

1.6 Alterações ao enquadramento da política monetária 7

Capítulo 2Contrapartes elegíveis 9

2.1 Critérios gerais de elegibilidade 10

2.2 Selecção de contrapartes para leilões rápidos e operações bilaterais 11

Capítulo 3Operações de mercado aberto 12

3.1 Operações reversíveis 13

3.1.1 Considerações gerais 13

3.1.2 Operações principais de refinanciamento 14

3.1.3 Operações de refinanciamento de prazo alargado 14

3.1.4 Operações ocasionais de regularização sob a forma de operações reversíveis 15

3.1.5 Operações estruturais sob a forma de operações reversíveis 15

3.2 Transações definitivas 16

3.3 Emissão de certificados de dívida do BCE 17

3.4 Swaps de divisas 18

3.5 Constituição de depósitos a prazo fixo 19

Capítulo 4Facilidades permanentes 20

4.1 Facilidade permanente de cedência de liquidez 21

4.2 Facilidade permanente de depósito 22

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IV

Capítulo 5Procedimentos 24

5.1 Procedimentos relativos aos leilões 25

5.1.1 Considerações gerais 25

5.1.2 Calendário das operações de leilão 27

5.1.3 Anúncio das operações de leilão 28

5.1.4 Preparação e apresentação das propostas para leilão pelas contrapartes 29

5.1.5 Procedimentos de colocação em leilão 30

5.1.6 Anúncio dos resultados do leilão 34

5.2 Procedimentos respeitantes às operações bilaterais 34

5.3 Procedimentos de liquidação 36

5.3.1 Considerações gerais 36

5.3.2 Liquidação de operações de mercado aberto 36

5.3.3 Procedimentos de fim de dia 37

Capítulo 6Activos elegíveis 38

6.1 Considerações gerais 39

6.2 Activos da Lista 1 40

6.3 Activos da Lista 2 41

6.4 Medidas de controlo de risco 44

6.4.1 Margens iniciais 44

6.4.2 Medidas de controlo de risco para os activos da Lista 1 44

6.4.3 Medidas de controlo de risco para os activos da Lista 2 48

6.5 Princípios de avaliação dos activos subjacentes 48

6.6 Utilização transfronteiras de activos elegíveis 49

Capítulo 7Reservas mínimas 52

7.1 Considerações gerais 53

7.2 Instituições sujeitas a reservas mínimas 53

7.3 Cálculo das reservas mínimas 54

7.4 Constituição de reservas 56

7.5 Comunicação e verificação da base de incidência 57

7.6 Não cumprimento das obrigações relativas a reservas mínimas 57

Capítulo 8Disposições transitórias 59

8.1 Operações de mercado aberto e facilidades permanentes 60

8.2 Reservas mínimas 61

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V

Anexos 62

1. Exemplos de operações e procedimentos de política monetária 63

2. Glossário 76

3. Selecção de contrapartes para operações de intervenção cambial e swaps

de divisas para efeitos de política monetária 84

4. O enquadramento de reporte de estatísticas, monetárias e bancárias do

Banco Central Europeu 85

5. Calendário indicativo dos leilões do SEBC em 1999 120

6. Lista das agências de notícias a utilizar pelo SEBC na divulgação ao público das operações

de política monetária 122

7. Condições operacionais para a utilização de sistemas de liquidação de títulos

(SLT) elegíveis 123

Lista de gráficos, quadros e caixas

Gráficos

1. Horário normal dos passos operacionais dos leilões normais 26

2. Horário normal dos passos operacionais dos leilões rápidos 26

3. Modelo de banco central correspondente 50

Quadros

1. Operações de política monetária do SEBC 8

2. Dias normais de colocação para operações principais de refinanciamento

e operações de refinanciamento de prazo alargado 27

3. Datas normais de liquidação para as operações de mercado aberto do SEBC 36

4. Activos elegíveis para as operações de política monetária do SEBC 43

Caixas

1. Emissão de certificados de dívida do BCE 17

2. Swaps de divisas 18

3. Passos operacionais dos procedimentos de leilão 25

4. Colocação de leilões de taxa fixa 30

5. Colocação de leilões de taxa variável em euro 31

6. Colocação de leilões de swaps de divisas de taxa variável 33

7. Medidas de controlo de risco 45

8. Níveis das margens de avaliação aplicáveis aos activos elegíveis da Lista 1 46

9. Cálculo das margens iniciais e das margens de avaliação 47

10. Base de incidência e rácios de reserva 55

11. Cálculo da remuneração das reservas obrigatórias 57

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Introdução

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Introdução

Este Relatório apresenta o enquadramentooperacional escolhido pelo Sistema Europeude Bancos Centrais (SEBC) para a políticamonetária única na Terceira Fase da UniãoEconómica e Monetária (UEM). O Relatóriodestina-se a servir de ”documentação geral”sobre os instrumentos e procedimentos depolítica monetária do SEBC, tendo comoprincipal objectivo fornecer às contrapartes ainformação necessária relativamente aoenquadramento da política monetária doSEBC.

A documentação geral, por si só, não conferequaisquer direitos às contrapartes. Orelacionamento jurídico entre o SEBC e asrespectivas contrapartes será estabelecido emdisposições contratuais ou regulamentaresadequadas.

O Relatório encontra-se dividido em oitocapítulos. O Capítulo 1 apresenta uma visãogeral do enquadramento operacional dapolítica monetária do SEBC. No Capítulo 2são especificados os critérios de elegibilidadedas contrapartes que participam em operaçõesde política monetária do SEBC. O Capítulo 3descreve as operações de mercado aberto,

enquanto que o Capítulo 4 apresenta asfacilidades permanentes ao dispor dascontrapartes. O Capítulo 5 especifica osprocedimentos aplicados na execução deoperações de política monetária. No Capítulo6 são definidos os critérios de elegibilidade dosactivos subjacentes em operações de políticamonetária. O Capítulo 7 apresenta o regimede reservas mínimas do SEBC. Por fim, oCapítulo 8 trata das disposições específicas aaplicar na transição para a Terceira Fase.

Os Anexos ao Relatório incluem exemplos deoperações de política monetária, um glossário,critérios de selecção de contrapartes para arealização de operações de intervençãocambial do SEBC, uma apresentação doenquadramento de compilação da informaçãoestatística monetária e bancária do BancoCentral Europeu (BCE), o calendário indicativopara os leilões do SEBC em 1999, uma listadas agências de notícias utilizadas pelo SEBCna sua comunicação ao público sobre asoperações de política monetária e, finalmente,uma lista dos sistemas de liquidação de títulosque preenchem os padrões mínimos exigidospelo BCE.

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Capítulo 1

Visão geral do

enquadramento da pol ít ica

monetária

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1 De salientar que os bancos centrais nacionais dosEstados-membros que não adoptaram a moedaúnica nos termos do Tratado que estabelece aComunidade Europeia (Tratado) mantêm os seuspoderes em matéria de política monetária, emconformidade com a legislação nacional, não estan-do assim envolvidos na condução da política mone-tária única.

2 Neste documento, o termo ”bancos centrais nacio-nais” refere-se aos bancos centrais nacionais dosEstados-membros que adoptaram a moeda única,nos termos do Tratado.

3 Neste documento, o termo ”Estado-membro” refe-re-se a um Estado-membro que adoptou a moedaúnica nos termos do Tratado.

4 O BCE pode rever a lista de instituições sujeitas areservas obrigatórias. A selecção de um lequemaior de instituições, para além das instituições decrédito, requereria a introdução de alterações noartigo 19º.1 dos Estatutos do SEBC/BCE, o quepoderia ser efectuado através do procedimento dealteração simplificado previsto no artigo 41º dosEstatutos do SEBC/BCE.

Visão geral do enquadramento da política monetária

1.1 O Sistema Europeu de BancosCentrais

O Sistema Europeu de Bancos Centrais(SEBC) é constituído pelo Banco CentralEuropeu (BCE) e pelos bancos centraisnacionais dos Estados-membros da UE.1

As actividades do SEBC são exercidas emconformidade com as disposições doTratado que estabelece a ComunidadeEuropeia (Tratado) e dos Estatutos doSistema Europeu de Bancos Centrais e doBanco Central Europeu (Estatutos do SEBC/BCE). O SEBC é dirigido pelos órgãos dedecisão do BCE. A este respeito, o Conselhodo BCE é responsável pela definição dapolítica monetária, enquanto que a ComissãoExecutiva é responsável pela execução dapolítica monetária de acordo com asorientações e decisões estabelecidas peloConselho do BCE. Na medida do possível eadequado e com o objectivo de assegurara eficiência operacional, o BCE recorreráaos bancos centrais nacionais2 paraefectuarem operações que sejam do âmbitodas atribuições do SEBC. As operações depolítica monetária do SEBC são executadasem termos e condições uniformes emtodos os Estados-membros.3

1.2 Objectivos do SEBC

O objectivo primordial do SEBC, tal comodefinido no Artigo 105º do Tratado, é amanutenção da estabilidade de preços.Sem prejuízo do objectivo primordial daestabilidade de preços, o SEBC deve apoiaras pol í t icas económicas gera is naComunidade Europeia. Na prossecuçãodos seus objectivos, o SEBC actuará deacordo com o princípio de uma economiade mercado aberta e de livre concorrência,favorecendo uma afectação eficiente dosrecursos.

1.3 Instrumentos de políticamonetária do SEBC

A fim de atingir os seus objectivos, o SEBCdispõe de um conjunto de instrumentos depolítica monetária: o SEBC realiza operaçõesde mercado aberto, disponibiliza facilidadespermanentes e impõe às instituições decrédito4 a constituição de reservas mínimasem contas junto do SEBC.

1.3.1 Operações de mercado aberto

As operações de mercado abertodesempenham um papel importante napolítica monetária do SEBC, para efeitos deorientar as taxas de juro, de gerir a liquidezdo mercado e de sinalizar a orientação dapolítica monetária. O SEBC dispõe de cincotipos de instrumentos para a realização deoperações de mercado aberto. Oinstrumento mais importante é constituídopelas operações reversíveis (efectuadas

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5 Os diferentes procedimentos para a realização deoperações de mercado aberto do SEBC, ou seja,leilões normais, leilões rápidos e procedimentosbilaterais, encontram-se especificados no Capítulo5. Os leilões normais são executados durante umperíodo de 24 horas, contado desde o anúncio doleilão até à certificação dos resultados da coloca-ção. Todas as contrapartes que satisfaçam oscritérios gerais de elegibilidade especificados naSecção 2.1. podem participar nos leilões normais.Os leilões rápidos são executados no período deuma hora. O SEBC pode seleccionar um númerolimitado de contrapartes para participar nosleilões rápidos. O termo procedimentos bilateraisrefere-se a quaisquer casos em que o SEBC realizauma transacção com uma ou algumas contrapartessem usar procedimento de leilão. Os procedimen-tos bilaterais incluem operações realizadas atravésde bolsas de valores ou agentes de mercado.

através de acordos de recompra ou deempréstimos garantidos). O SEBC podeainda recorrer a transacções definitivas, àemissão de certificados de dívida, a swaps dedivisas e à constituição de depósitos a prazofixo. As operações de mercado aberto sãoiniciadas pelo BCE que também decidequal o instrumento a utilizar e os termos econdições para a sua execução. Estasoperações podem ser realizadas com baseem leilões normais, leilões rápidos ouprocedimentos bilaterais.5 Em função doseu objectivo, regularidade e procedimento,as operações de mercado aberto do SEBCpodem ser divididas nas quatro categoriasque se seguem (ver também Quadro 1):

As operações principais de refinanciamen-to são operações reversíveis de cedên-cia de liquidez com uma frequênciasemanal e um prazo de duas semanas.Estas operações são efectuadas pelosbancos centrais nacionais através deleilões normais. As operações principaisde refinanciamento desempenham umpapel crucial na prossecução dos objec-tivos das operações de mercado abertodo SEBC e proporcionam a maior partedo refinanciamento ao sistema financei-ro.

As operações de refinanciamento de pra-zo alargado são operações reversíveisde cedência de liquidez com uma fre-quência mensal e um prazo de trêsmeses. Estas operações têm comoobjectivo proporcionar às contrapartesrefinanciamento complementar a prazomais longo e são executadas pelosbancos centrais nacionais, através deleilões normais. Nestas operações, oSEBC, regra geral, não tem como objec-tivo enviar sinais ao mercado, actuandoportanto normalmente como tomadorde taxa.

As operações ocasionais de regularização(fine-tuning) são realizadas numa base adhoc com o objectivo de gerir a situaçãode liquidez no mercado e de orientar as

taxas de juro, em especial para neutrali-zar os efeitos produzidos sobre estaspor flutuações inesperadas da liquidezno mercado. As operações ocasionaisde regularização são principalmente exe-cutadas sob a forma de operaçõesreversíveis, podendo também assumir aforma de transacções definitivas, swapsde divisas e constituição de depósitos aprazo fixo. Os instrumentos e procedi-mentos aplicados na condução de ope-rações ocasionais de regularização sãoadaptados aos tipos de transacções eaos objectivos específicos prosseguidosnas operações. As operações ocasionaisde regularização são normalmente exe-cutadas pelos bancos centrais nacionaisatravés de leilões rápidos ou de proce-dimentos bilaterais. O Conselho do BCEdecidirá se, em circunstâncias excepcio-nais, as operações ocasionais de regula-rização bilaterais podem ser realizadaspelo próprio BCE.

Além disso, o SEBC pode realizar ope-rações estruturais através da emissão decertificados de dívida, operações rever-síveis e transacções definitivas. Estasoperações são realizadas sempre que oBCE pretende alterar a posição estrutu-

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ral do SEBC face ao sector financeiro(numa base regular ou não regular). Asoperações estruturais sob a forma deoperações reversíveis e a emissão deinstrumentos de dívida são executadaspelos bancos centrais nacionais atravésde leilões normais. As operações estru-turais sob a forma de transacções defini-tivas são executadas através de proce-dimentos bilaterais.

1.3.2 Facilidades permanentes

As facilidades permanentes têm comoobjectivo ceder e absorver liquidez peloprazo overnight, sinalizar a orientação geralda política monetária e delimitar as taxas dejuro de mercado overnight. Duas facilidadespermanentes estão à disposição dascontrapartes elegíveis, por sua iniciativa,sujeitas ao cumprimento de algumascondições operacionais de acesso (vertambém Quadro 1):

As contrapartes podem utilizar a faci-lidade permanente de cedência de liquideza fim de obter dos bancos centraisnacionais fundos pelo prazo overnightcontra activos elegíveis. Em circunstân-cias normais, não há limites de créditonem quaisquer outras restrições ao aces-so das contrapartes a esta facilidade, àexcepção da exigência de apresentaçãode activos subjacentes suficientes. Ataxa de juro da facilidade permanentede cedência de liquidez estabelece nor-malmente um limite máximo para a taxade juro de mercado overnight.

As contrapartes podem utilizar a faci-lidade permanente de depósito para cons-tituir depósitos junto dos bancos cen-trais nacionais pelo prazo overnight. Emcircunstâncias normais, não há limitespara os montantes depositados nemquaisquer outras restrições ao acessodas contrapartes a esta facilidade. Ataxa de juro da facilidade permanentede depósito estabelece normalmente

um limite mínimo para a taxa de juro demercado overnight.

As facilidades permanentes são geridas deforma descentralizada pelos bancos centraisnacionais.

1.3.3 Reservas mínimas

O regime de reservas mínimas do SEBC éaplicável às instituições de crédito na áreado euro e visa principalmente os objectivosde estabilização das taxas de juro domercado monetário e de criação (oualargamento) de uma escassez estruturalde liquidez. As reservas obrigatórias decada instituição são determinadas com baseem elementos do seu balanço. Por forma aprosseguir o objectivo de estabilização dastaxas de juro, o regime de reservas mínimasdo SEBC permite que as instituições utilizemcláusulas de média. Assim, o cumprimentodas reservas obrigatórias é determinadocom base na média de valores diários dasreservas detidas pela instituição ao longode um período de constituição de reservasde um mês. As reservas obrigatórias detidaspelas instituições são remuneradas à taxadas operações principais de refinanciamentodo SEBC.

1.4 Contrapartes

O enquadramento de política monetáriado SEBC é formulado com vista a assegurara participação de um vasto conjunto decontrapartes. As instituições sujeitas areservas mínimas, nos termos do artigo19º.1 dos Estatutos do SEBC/BCE, podemaceder às facilidades permanentes eparticipar nas operações de mercado abertobaseadas em leilões normais. O SEBC podeseleccionar um número limitado decontrapartes para participar em operaçõesocasionais de regularização. Quanto àstransacções definitivas, nenhuma restriçãoé colocada à priori ao conjunto decontrapartes. Relativamente aos swaps de

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divisas executados para efeitos de políticamonetária, os bancos centrais nacionaisrecorrem a participantes activos no mercadocambial; o conjunto de contrapartes paraestas operações está limitado às instituiçõesselecc ionadas para operações deintervenção cambial do SEBC, localizadasna área do euro.

1.5 Activos subjacentes

Nos termos do artigo 18º.1 dos Estatutosdo SEBC/BCE, todas as operações de créditodo SEBC (ou seja, operações de cedênciade liquidez) deverão ter por base garantiaadequada. O SEBC aceita para as suasoperações um vasto conjunto de activossubjacentes. Essencialmente por motivosinternos do SEBC, é feita uma distinçãoentre duas categorias de activos elegíveis:a Lista 1 e a Lista 2. A Lista 1 é constituídapor instrumentos de dívida transaccionáveisque preenchem critérios de elegibilidadeuniformes em toda a área do euro,especificados pelo BCE. A Lista 2 éconst i tu ída por outros act ivos ,transaccionáveis ou não, com importânciaparticular para os mercados financeiros esistemas bancários nacionais, sendo os

critérios de elegibilidade estabelecidos pelosbancos centrais nacionais e sujeitos àaprovação do BCE. Não é feita qualquerdistinção entre as Listas quanto à qualidadedos activos e à sua elegibilidade para osdiversos tipos de operações de políticamonetária do SEBC (à excepção de que osactivos da Lista 2 não são normalmenteutilizados pelo SEBC na realização detransacções definitivas). Os activos elegíveispara as operações de política monetária doSEBC podem também ser usados comoactivos subjacentes para crédito intradiário.Além disso, as contrapartes do SEBC podemutilizar os activos elegíveis numa basetransfronteiras, isto é, podem contraircrédito junto do banco central do Estado--membro onde estão estabelecidas,utilizando activos localizados num outroEstado-membro.

1.6 Alterações ao enquadramentoda política monetária

O Conselho do BCE pode, em qualquera l tura , introduzir a l terações nosinstrumentos, condições, critérios eprocedimentos para a execução deoperações de política monetária do SEBC.

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Contrapartes

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Capítulo 2

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Contrapartes elegíveis

6 Para transacções definitivas, não existem res-trições a priori ao conjunto de contrapartes.

7 A supervisão harmonizada das instituições de cré-dito é baseada na Segunda Directiva de Coor-denação Bancária (89/646/CEE), JO L 386 de 30de Dezembro de 1989, página 1 e seguintes.

2.1 Critérios gerais deelegibilidade

As contrapartes para operações de políticamonetária do SEBC terão de cumprirdeterminados critérios de elegibilidade.6

Estes critérios são definidos com o objectivode dar a um vasto conjunto de instituiçõesacesso às operações de política monetáriado SEBC, proporcionando igualdade detratamento às instituições de toda a áreado euro e assegurando que as contrapartespreenchem determinados requis itosoperacionais e prudenciais:

Apenas instituições sujeitas ao regimede reservas mínimas do SEBC, nos ter-mos do artigo 19º.1 dos Estatutos doSEBC/BCE, são elegíveis como contra-partes. As instituições isentas das obri-gações decorrentes do regime de re-servas mínimas do SEBC (ver Secção7.2) não são, regra geral, elegíveiscomo contrapartes para efeitos das faci-lidades permanentes e das operaçõesde mercado aberto do SEBC;

As contrapartes têm de ser financeira-mente sólidas e deverão estar sujeitaspelo menos a uma forma de supervisãoharmonizada da UE/EEE realizada porautoridades nacionais.7 Porém, as insti-tuições que tenham solidez financeira eque estejam sujeitas a supervisão nacio-nal não harmonizada mas de padrãocomparável poderão ser aceites comocontrapartes, como é o caso das sucur-sais de instituições com sede fora doEspaço Económico Europeu estabeleci-das na área do euro;

As contrapartes deverão cumprir todosos critérios operacionais especificadosnas disposições contratuais ou regula-mentares relevantes aplicadas pelos res-pectivos bancos centrais nacionais (oupelo BCE), por forma a assegurar uma

condução eficiente das operações depolítica monetária do SEBC.

Estes critérios gerais de elegibilidade sãouniformes para toda a área do euro. Asinstituições que preencham estes critériosgerais de elegibilidade podem:

aceder às facilidades permanentes doSEBC; e

participar nas operações de mercadoaberto do SEBC baseadas em leilõesnormais.

As instituições apenas podem ter acesso àsfacilidades permanentes e às operações demercado aberto baseadas em leilõesnormais do SEBC através do banco centralnacional do Estado-membro no qual estãoestabelecidas. Se a instituição estiverestabelecida (quer através da sede, quer desucursais) em mais de um Estado-membro,cada estabelecimento tem acesso àsreferidas operações através do bancocentral nacional do Estado-membro noqual está localizado, embora as propostasde licitação em leilão de uma instituiçãoapenas possam ser apresentadas por umúnico estabelecimento (quer a sede, quer asucursal designada) em cada Estado--membro.

Nos termos das disposições contratuais ouregulamentares aplicadas pelos respectivosbancos centrais nacionais (ou pelo BCE), oSEBC poderá retirar a contrapartes o acessoa instrumentos de política monetária, combase em fundamentos de natureza

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prudencial ou na ocorrência de graves oupersistentes incumprimentos das suasobrigações.

2.2 Selecção de contrapartes paraleilões rápidos e operaçõesbilaterais

Para a realização de transacções definitivasnenhuma restrição é colocada a priori aoconjunto de contrapartes.

Para a realização de swaps de divisasexecutadas para efeitos de políticamonetária, as contrapartes deverão estarhabilitadas a conduzir eficientementeoperações cambiais de grande volume eem quaisquer condições de mercado. Oconjunto de contrapartes para a realizaçãode swaps de divisas corresponde àscontrapartes estabelecidas na área do euroseleccionadas para executar operações depolítica cambial do SEBC. Os critérios eprocedimentos aplicados na selecção decontrapartes para a realização de operaçõesde intervenção cambial são apresentadosno Anexo 3.

Para a realização de outras operaçõesbaseadas em le i lões rápidos eprocedimentos bilaterais (operaçõesocasionais de regularização sob a forma deoperações reversíveis e constituição dedepósitos a prazo fixo), cada banco centralnacional selecciona, entre as instituições

estabelecidas no respectivo Estado-membro,um conjunto de contrapartes que cumpramos critérios gerais de elegibilidade. A esterespeito, a actividade no mercadomonetário é o principal critério de selecção.Outros critérios a tomar em consideraçãosão, por exemplo, a sua eficiênciaoperacional e a sua capacidade para licitar.

Para a realização de leilões rápidos e deoperações bilaterais, os bancos centraisnacionais negoceiam exclusivamente comas contrapartes incluídas no conjunto dasseleccionadas para a real ização deoperações ocasionais de regularização. Se,por razões operacionais, um banco centralnacional não puder, em cada operação,negociar com todas as contrapartes dasoperações ocasionais de regularização, aselecção de contrapartes nesse Estado--membro basear-se-á num esquema derotação que procure assegurar o seu acessoem condições de igualdade.

O Conselho do BCE decidirá se, emcircunstâncias excepcionais, as operaçõesocasionais de regularização bilaterais podemser realizadas pelo próprio BCE. Caso oBCE venha a realizar operações bilaterais, aselecção de contrapartes será nesse casofeita pelo BCE, de acordo com um esquemade rotação entre as contrapartes na áreado euro elegíveis para leilões rápidos eoperações bilaterais, procurando asseguraro seu acesso em condições de igualdade.

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Operações de mercado

aberto

Capítulo 3

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Operações de mercado aberto

As operações de mercado abertodesempenham um papel importante napolítica monetária do SEBC, com o objectivode orientar as taxas de juro, de gerir aliquidez no mercado e de sinalizar aorientação da política monetária. Em funçãodo seu object ivo, regular idade eprocedimentos, as operações de mercadoaberto do SEBC podem dividir-se em quatrocategorias: operações principais deref inanciamento, operações derefinanciamento de prazo alargado,operações ocasionais de regularização eoperações estruturais. As operaçõesreversíveis são o principal instrumento dasoperações de mercado aberto do SEBC epodem ser utilizadas em qualquer das quatrocategorias de operações. A emissão decertificados de dívida é o principal instrumentoutilizado em operações estruturais deabsorção de liquidez. Além disso, o SEBCtem à sua disposição três outrosinstrumentos para a realização de operaçõesocasionais de regularização: transacçõesdefinitivas, swaps de divisas e constituição dedepósitos a prazo fixo. As secções que seseguem apresentam em pormenor ascaracterísticas específicas dos diferentes tiposde instrumentos utilizados pelo SEBC nasoperações de mercado aberto.

3.1 Operações reversíveis

3.1.1 Considerações gerais

a. Tipo de instrumento

As operações reversíveis consistem emoperações nas quais o SEBC compra ouvende activos elegíveis sob a forma deacordos de recompra ou concede créditotendo activos elegíveis como garantia. Asoperações reversíveis são utilizadas nasoperações principais de refinanciamento eem operações de refinanciamento de prazoalargado. Além disso, o SEBC pode utilizar

operações reversíveis em operaçõesestruturais e ocasionais de regularização.

b. Natureza jurídica

Os bancos centrais nacionais podem realizaroperações reversíveis, quer sob a forma deacordos de recompra (ou seja , apropriedade do activo é transferida para ocredor e as partes acordam inverter atransacção através de uma retransferênciapara o devedor num momento futuro),quer sob a forma de empréstimos garantidos(isto é, é constituída uma garantia executória(penhor) sobre os títulos mas, assumindo--se o cumprimento da obrigação de dívida,a propriedade do activo é retida pelodevedor). As disposições contratuaisestabelecidas pelos bancos centrais nacionais(ou pelo BCE) especi f icam outrasdisposições aplicáveis às operaçõesreversíveis, efectuadas sob a forma decontratos de reporte. Os acordos paraoperações reversíveis efectuadas sob aforma de empréstimos garantidos porpenhor têm em conta os necessários ediferentes procedimentos e formalidades,aplicáveis em diferentes jurisdições, para aconstituição do penhor e ulterior execuçãoda garantia.

c. Juros

A diferença entre o preço de compra e opreço de recompra num contrato dereporte corresponde aos juros devidossobre o montante do crédito obtido ouconcedido durante o prazo da operação,ou seja, o preço de recompra inclui osrespectivos juros a pagar. Os juros de umaoperação reversível sob a forma deempréstimo garantido são determinadosaplicando a taxa de juro específica aomontante do crédito durante o prazo daoperação. A taxa de juro das operações

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8 O prazo das operações principais de refinancia-mento e das operações de refinanciamento deprazo alargado pode ocasionalmente variar, de-pendendo dos feriados bancários nos Estados--membros. As operações principais de refinancia-mento e as operações de refinanciamento deprazo alargado são realizadas de acordo com umcalendário previamente anunciado para os leilões(ver Secção 5.1.2 e Anexo 5).

reversíveis de mercado aberto do SEBC éuma taxa de juro simples aplicada deacordo com a convenção ”número efectivode dias/360”.

3.1.2 Operações principais derefinanciamento

As operações principais de refinanciamentosão as operações de mercado aberto maisimportantes executadas pelo SEBC edesempenham um papel crucial naprossecução dos objectivos de orientar astaxas de juro, de gerir a liquidez no mercadoe de sinalizar a orientação da políticamonetária. Estas operações proporcionamtambém a maior parte do refinanciamentodo sector financeiro. As característicasoperacionais das operações principais derefinanciamento podem resumir-se daseguinte forma:

São operações de cedência de liquidez;

São realizadas regularmente com umafrequência semanal;

Têm normalmente um prazo de duassemanas;8

São executadas de forma descentraliza-da pelos bancos centrais nacionais;

São realizadas através de leilões normais(conforme especificado na Secção 5.1);

Todas as contrapartes que satisfaçam oscritérios gerais de elegibilidade (confor-me referido na Secção 2.1) podemsubmeter propostas para operações prin-cipais de refinanciamento;

Os activos incluídos quer na Lista 1, querna Lista 2 (conforme especificado noCapítulo 6) são elegíveis como activossubjacentes para a realização de ope-rações principais de refinanciamento.

3.1.3 Operações de refinanciamento de prazoalargado

O SEBC realiza também operações derefinanciamento regulares com um prazode três meses, destinadas a proporcionarao sector financeiro um refinanciamentoadicional de prazo alargado. Estas operaçõesrepresentam apenas uma parte limitada dovolume global de refinanciamento. Nestasoperações, o SEBC, regra geral, nãopretende enviar sinais ao mercado, actuandoportanto normalmente como tomador detaxa. Por forma que o SEBC possa actuarcomo tomador de taxa, as operações derefinanciamento de prazo alargado sãonormalmente executadas através de leilõesde taxa variável. Periodicamente, o BCEindica o volume de liquidez a colocar emfuturos le i lões . Em c ircunstânciasexcepcionais, o SEBC pode realizar tambémoperações de refinanciamento de prazoalargado através de leilões de taxa fixa.

As característ icas operacionais dasoperações de refinanciamento de prazoalargado podem resumir-se da seguinteforma:

São operações de cedência de liquidez;

São realizadas regularmente com umafrequência mensal;

Têm normalmente um prazo de trêsmeses;8

São executadas de forma descentraliza-da pelos bancos centrais nacionais;

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São realizadas através de leilões normais(conforme especificado na Secção 5.1);

Todas as contrapartes que preenchamos critérios gerais de elegibilidade (con-forme referido na Secção 2.1) podemsubmeter propostas para operações derefinanciamento de prazo alargado;

Os activos incluídos quer na Lista 1,quer na Lista 2 (conforme especificadono Capítulo 6) são elegíveis como ac-tivos subjacentes para a realização deoperações de refinanciamento de prazoalargado. No entanto, os bancos cen-trais nacionais podem escolher os ac-tivos elegíveis, caso assim o pretendam,mediante a aprovação do Conselho doBCE. Por exemplo, um banco centralnacional pode aceitar apenas instru-mentos de dívida privada (transaccioná-veis ou não) ou pode exigir uma quotamínima destes instrumentos de dívida.

3.1.4 Operações ocasionais de regularizaçãosob a forma de operações reversíveis

O SEBC pode realizar operações ocasionaisde regularização sob a forma de operaçõesreversíveis de mercado aberto. Asoperações ocasionais de regularizaçãodestinam-se a gerir a situação de liquidezno mercado e a orientar as taxas de juro,em especial com vista a neutralizar osefeitos produzidos sobre estas por flutuaçõesinesperadas da liquidez no mercado. Anecessidade potencial de uma rápidaintervenção em caso de uma evolução demercado inesperada torna desejável que oSEBC mantenha um elevado grau deflexibilidade na selecção dos procedimentose características operacionais na conduçãodestas operações:

Podem assumir a forma de operaçõesde cedência ou de absorção de liquidez;

A sua frequência não é normalizada;

Os prazos não são normalizados;

As operações ocasionais de regulari-zação sob a forma de operações rever-síveis de cedência de liquidez são nor-malmente realizadas através de leilõesrápidos, embora não seja de excluir apossibilidade de utilização de procedi-mentos bilaterais (ver Capítulo 5);

As operações ocasionais de regulari-zação de absorção de liquidez sob aforma de operações reversíveis são,regra geral, realizadas através de proce-dimentos bilaterais (conforme especifi-cado na Secção 5.2);

São normalmente executadas de formadescentralizada pelos bancos centraisnacionais (o Conselho do BCE decidiráse, em circunstâncias excepcionais, ope-rações ocasionais de regularização soba forma de operações reversíveis exe-cutadas através de procedimentos bila-terais poderão ser realizadas pelo BCE);

O SEBC pode seleccionar, de acordocom os critérios especificados na Secção2.2, um número limitado de contrapar-tes para participar em operações oca-sionais de regularização realizadas sob aforma de operações reversíveis;

Os activos incluídos quer na Lista 1,quer na Lista 2 (conforme especificadono Capítulo 6) são elegíveis como ac-tivos subjacentes para a realização deoperações ocasionais de regularizaçãosob a forma de operações reversíveis.

3.1.5 Operações estruturais sob a forma deoperações reversíveis

O SEBC pode realizar operações estruturaissob a forma de operações reversíveis demercado aberto, destinadas a alterar aposição estrutural do SEBC face ao sectorfinanceiro. As características operacionais

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destas operações podem resumir-se daseguinte forma:

São operações de cedência de liquidez;

A sua frequência pode ser regular ounão regular;

Os prazo não são a priori normalizados;

São realizadas através de leilões normais(conforme especificado na Secção 5.1);

São executadas de forma descentraliza-da pelos bancos centrais nacionais;

Todas as contrapartes que satisfaçam oscritérios gerais de elegibilidade (confor-me especificado na Secção 2.1) podemsubmeter propostas para operaçõesestruturais sob a forma de operaçõesreversíveis;

Os activos incluídos quer na Lista 1,quer na Lista 2 (conforme especificadono Capítulo 6) são elegíveis como ac-tivos subjacentes para a realização deoperações estruturais sob a forma deoperações reversíveis.

3.2 Transacções definitivas

a. Tipo de instrumento

As transacções definitivas de mercadoaberto são operações em que o SEBCcompra ou vende no mercado, a títulodefinitivo, activos elegíveis. As transacçõesdefinit ivas de mercado aberto sãoexecutadas apenas para efeitos estruturaise de regularização ocasional (fine-tuning).

b. Natureza jurídica

Uma transacção definitiva implica atransferência total de propriedade dovendedor para o comprador, sem qualqueracordo de transferência inversa. As

transacções são executadas de acordo comas convenções de mercado aplicáveis aoinstrumento de dívida utilizado na transacção.

c. Preço

No cálculo dos preços, o SEBC actua deacordo com a convenção de mercadomais amplamente aceite para osinstrumentos de dívida utilizados natransacção.

d. Outras características operacionais

As característ icas operacionais dastransacções definitivas do SEBC podemresumir-se da seguinte forma:

Podem assumir a forma de operaçõesde cedência de liquidez (compra defini-tiva) ou de absorção de liquidez (vendadefinitiva);

A sua frequência não é normalizada;

São realizadas através de procedimen-tos bilaterais (conforme especificado naSecção 5.2);

São normalmente realizadas de formadescentralizada pelos bancos centraisnacionais (o Conselho do BCE decidiráse, em circunstâncias excepcionais, ope-rações ocasionais sob a forma de tran-sacções definitivas podem ser realizadaspelo BCE);

Nenhuma restrição é colocada à prioriao conjunto de contrapartes para arealização de transacções definitivas;

Apenas os instrumentos incluídos naLista 1 (conforme especificado noCapítulo 6.1) são normalmente utiliza-dos como activos subjacentes para arealização de transacções definitivas.

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3.3 Emissão de certificados dedívida do BCE

a. Tipo de instrumento

O BCE pode emitir certificados de dívida.Os certificados de dívida são emitidos como objectivo de ajustar a posição estruturaldo SEBC face ao sector financeiro, comvista à criação (ou alargamento) de escassezde liquidez no mercado.

b. Natureza jurídica

Os certificados de dívida constituem umaobrigação do BCE para com o respectivoportador. Os certificados são emitidos eregistados de forma desmaterializada emcentrais de títulos na área do euro. O BCEnão impõe quaisquer restr ições àtransferibilidade dos certificados. Os termose condições dos certificados do BCE incluemoutras disposições relacionadas com oscertificados.

c. Juros

Os certificados são emitidos a desconto, ouseja, são emitidos abaixo do valor nominale são reembolsados na data de vencimentopelo valor nominal. A diferença entre ovalor da emissão e o valor do reembolso

corresponde aos juros calculados sobre ovalor de emissão, à taxa de juro acordada,tendo em conta o prazo do certificado. Ataxa de juro é uma taxa de juro simplesaplicada de acordo com a convenção”número efectivo de dias/360”. O cálculodo valor da emissão é apresentado naCaixa 1.

d. Outras características operacionais

As características operacionais da emissãode certificados de dívida do BCE podemresumir-se da seguinte forma:

Os certificados são emitidos com oobjectivo de absorver liquidez do mer-cado;

Os certificados podem ser emitidos numabase regular ou não regular;

Os certificados têm um prazo inferior adoze meses;

Os certificados são emitidos através deleilões normais (conforme especificadona Secção 5.1);

Os certificados são colocados em leilãoe liquidados de forma descentralizadapelos bancos centrais nacionais;

Caixa 1.Emissão de certificados de dívida do BCE

Sendo :N : Valor nominal do certificado de dívidar

I: Taxa de juro (em %)

D : Prazo do certificado de dívida (em dias)P

T: Valor da emissão do certificado de dívida

O valor da emissão é:

P N r DTI

= ×+ ×

1

136000

××

36 000

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Todas as contrapartes que satisfaçam oscritérios gerais de elegibilidade (confor-me especificado na Secção 2.1) podemsubmeter propostas de subscrição decertificados de dívida do BCE.

3.4 Swaps de divisas

a. Tipo de instrumento

Os swaps de divisas executados para efeitosde política monetária consistem na realizaçãosimultânea de duas transacções, à vista e aprazo (spot e forward), de euro contra moedaestrangeira. São utilizados para efeitos deregularização ocasional, com o principalobjectivo de gerir a situação de liquidez nomercado e de orientar as taxas de juro.

b. Natureza jurídica

Os swaps de divisas realizados para efeitos depolítica monetária consistem em operaçõesem que o SEBC compra (vende) à vista umdado montante de euro contra uma moeda

estrangeira e, simultaneamente, vende(compra) esse montante de euro contra amesma moeda estrangeira, em data-valorfutura fixada. Outras disposições relativas aosswaps de divisas encontram-se especificadasnos contratos estabelecidos pelo respectivobanco central nacional (ou pelo BCE).

c. Termos relativos à moeda e à taxa decâmbio

Regra geral, o SEBC realiza estas operaçõesapenas com moedas amplamentetransaccionadas e de acordo com as práticasnormais de mercado. Em cada operação deswap de divisas, o SEBC e as contrapartesespecificam os respectivos pontos de swappara a transacção. Os pontos de swapcorrespondem à diferença entre a taxa decâmbio da transacção a prazo e a taxa decâmbio da transacção à vista. Os pontos deswap do euro em relação à moeda estrangeirasão cotados de acordo com as convençõesgerais de mercado. Os termos relativos àstaxas de câmbio das operações de swap dedivisas encontram-se especificados na Caixa 2.

Caixa 2.Swaps de divisas

S : Taxa de câmbio à vista (à data da transação do swap de divisas) entre o euro(EUR) e uma moeda estrangeira ABC (ABC)

Sx ABC

EUR= ×

×1F

M: Taxa de câmbio a prazo entre o euro e uma moeda estrangeira ABC à data de

recompra do swap (M)

Fy ABC

EURM = ××1

∆M

: Diferença (em pontos) entre as taxas a prazo e à vista do euro face à moeda ABCpara a data de recompra do swap (M)

∆ M MF S= −N(.): Montante à vista da moeda; N(.)

M é o montante a prazo da moeda:

N ABC N EUR S( ) ( )= × ou N EURN ABC

S( )

( )=

N ABC N EUR FM M M( ) ( )= × ou N EURN ABC

FMM

M

( )( )

=

×

×

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d. Outras características operacionais

As características operacionais dos swaps dedivisas podem resumir-se da seguinte forma:

Podem assumir a forma de operaçõesde cedência ou de absorção de liquidez;

A sua frequência não é normalizada;

Os prazos não são normalizados;

São realizados através de leilões rápidosou de procedimentos bilaterais (verCapítulo 5);

São normalmente executados de formadescentralizada pelos bancos centraisnacionais (o Conselho do BCE decidiráse, em circunstâncias excepcionais, oBCE poderá realizar swaps de divisasatravés de procedimentos bilaterais);

O SEBC pode seleccionar, de acordocom os critérios especificados na Secção2.2 e no Anexo 3, um número limitadode contrapartes para participar nas ope-rações de swap de divisas.

3.5 Constituição de depósitos aprazo fixo

a. Tipo de instrumento

O SEBC pode convidar as contrapartes aconstituírem depósitos a prazo fixo,remunerados, junto dos bancos centraisnacionais dos Estados-membros onde acontraparte se encontra estabelecida. Aconstituição de depósitos a prazo fixo temapenas propósitos de regularização, a fim deabsorver liquidez no mercado.

b. Natureza jurídica

Os depósitos constituídos pelas contrapartestêm um prazo fixo e uma taxa de juro fixa.

Os bancos centrais nacionais não dão activoscomo garantia em troca destes depósitos.

c. Juros

A taxa de juro aplicada aos depósitos é umataxa de juro simples calculada de acordo coma convenção ”número efectivo de dias/360”.Os juros são pagos na data de vencimentodo depósito.

d. Outras características operacionais

As caracter íst icas operac ionais daconstituição de depósitos a prazo fixopodem resumir-se da seguinte forma:

Os depósitos são constituídos com oobjectivo de absorver liquidez;

A frequência com que os depósitos sãoconstituídos não é normalizada;

O prazo dos depósitos não é normalizado;

A constituição de depósitos é nor-malmente realizada através de leilõesrápidos, embora não seja de excluir apossibilidade de utilizar procedimentosbilaterais (ver Capítulo 5);

A constituição de depósitos é nor-malmente executada de forma descen-tralizada pelos bancos centrais nacionais(o Conselho do BCE decidirá se, emcircunstâncias excepcionais, poderá serrealizada pelo BCE a constituição dedepósitos a prazo fixo, através de pro-cedimentos bilaterais);9

O SEBC pode seleccionar, de acordo comos critérios especificados na Secção 2.2,um número limitado de contrapartes paraa constituição de depósitos a prazo fixo.

9 Os depósitos a prazo fixo são detidos em contasnos bancos centrais nacionais; este procedimentocontinua a aplicar-se se essas operações foremrealizadas de forma centralizada pelo BCE.

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Faci l idades permanentes

Capítulo 4

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Facilidades permanentes

10 Em alguns Estados-membros, o banco central na-cional (ou algumas das suas sucursais) pode não seencontrar aberto(as) para efeitos da realização deoperações de política monetária em determinadosdias úteis do SEBC, devido a feriados bancáriosnacionais ou regionais. Neste caso, o banco centralnacional em causa é responsável por informarpreviamente as contrapartes sobre as disposiçõesa aplicar para o acesso à facilidade permanentede cedência de liquidez no feriado bancário.

4.1 Facilidade permanente decedência de liquidez

a. Tipo de instrumento

As contrapartes podem utilizar a facilidadepermanente de cedência de liquidez paraobter liquidez dos bancos centrais nacionaispelo prazo overnight a uma taxa de juroanunciada antecipadamente contra activoselegíveis (conforme especificado noCapítulo 6). Esta facilidade destina-se asatisfazer necessidades temporárias deliquidez das contrapartes. Em circunstânciasnormais, a taxa de juro da facilidadeestabelece um limite máximo para a taxade juro do mercado overnight. Os termos econdições da facilidade são idênticos emtoda a área do euro.

b. Natureza jurídica

Os bancos centrais nacionais podem cederliquidez através da facilidade permanente decedência de liquidez, quer sob a forma deacordos de recompra pelo prazo overnight(ou seja, a propriedade dos activos étransferida para o credor, embora as partesacordem reverter a transacção através daretransferência dos activos para o devedor,no dia útil seguinte) ou de empréstimosgarantidos por penhor pelo prazo overnight(ou seja, é constituída sobre os títulos umagarantia executória (penhor) mas,pressupondo o cumprimento da obrigaçãopelo devedor, a propriedade do activo éretida por este). As disposições contratuaisespecificam outras características dos acordosde recompra aplicadas pelos respectivosbancos centrais nacionais. Os contratos paraa cedência de liquidez sob a forma deempréstimos garantidos por penhor têm emconta os necessários e diferentesprocedimentos e formalidades aplicáveis nasdiversas jurisdições para a constituição dopenhor e a ulterior execução da garantia.

c. Condições de acesso

As instituições que cumpram os critériosgerais de elegibilidade das contrapartesespecificados na Secção 2.1 podem acederà facilidade permanente de cedência deliquidez. O acesso à facilidade permanentede cedência de liquidez é permitido atravésdo banco central nacional do Estado--membro onde a inst i tu ição estáestabelecida. A facilidade permanente decedência de liquidez só pode ser concedidanos dias em que estejam operacionais osrespectivos SLBTR (sistema de liquidaçãopor bruto em tempo real) e o(s) sistema(s)nacionais de liquidação de títulos.

No fim do dia, os saldos devedoresintradiários registados nas contas deliquidação das contrapartes junto dos bancoscentrais nacionais são automaticamenteconsiderados como um pedido de acesso àfacilidade permanente de cedência deliquidez. Os procedimentos para o acessode fim do dia à facilidade permanente decedência de l iquidez encontram-seespecificados na Secção 5.3.3.

Uma contraparte pode também ter acessoà facilidade permanente de cedência deliquidez enviando um pedido ao bancocentral nacional do Estado-membro emque está estabelecida. A fim de que obanco central nacional possa processar opedido no próprio dia, este deverá serrecebido pelo banco central nacional antesdas 18:00 horas, tempo do BCE (C.E.T.).10

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1 1 Em todo o documento, o termo ”dia útil do SEBC”refere-se a qualquer dia no qual o BCE e pelomenos um banco central nacional estejam abertospara efeitos de realização de operações de políti-ca monetária do SEBC.

1 2 No início da Terceira Fase, poderão verificar-sediferenças operacionais resultantes da existênciade diferentes estruturas contabilísticas entre osbancos centrais nacionais.

1 3 Devido à existência de diferentes estruturas conta-bilísticas entre os bancos centrais nacionais, o BCEpode autorizar estes a aplicar, no início da TerceiraFase, condições de acesso ligeiramente diferentesdas aqui mencionadas. Os bancos centrais nacio-nais apresentarão informação sobre quaisquer di-ferenças das condições de acesso descritas nopresente documento.

O pedido deverá mencionar o montantede crédito pretendido e, caso os activossubjacentes para a transacção não tenhamjá s ido deposi tados ou entreguesantecipadamente ao banco central nacional,será necessário especificar os activossubjacentes a entregar para a transacção.

Para além da exigência de apresentação deactivos elegíveis subjacentes em quantidadesuficiente, não há limites ao montante decrédito a conceder ao abrigo da facilidadepermanente de cedência de liquidez. Porém,o SEBC, em circunstâncias excepcionais,pode limitar ou suspender o acesso decontrapartes a esta facilidade.

d. Prazo e juros

O crédito ao abrigo da facilidade éconcedido pelo prazo overnight. Quanto àscontrapartes que participam directamenteno TARGET, o reembolso é efectuado nodia útil seguinte àquele em que o SLBTR eo(s) sistema(s) de liquidação de títulosnacionais estejam operacionais à hora deabertura desses sistemas.

A taxa de juro é anunciada antecipadamentepelo SEBC e é calculada como uma taxa dejuro simples aplicada de acordo com aconvenção ”número efectivo de dias/360”.O BCE pode alterar a taxa de juro emqualquer momento, apenas com efeito apartir do dia útil seguinte do SEBC.11 Osjuros relativos a esta facilidade são pagoscom o reembolso do crédito.

e. Suspensão da facilidade

O acesso a esta facilidade é concedidoapenas de acordo com os objectivos ecom as considerações gerais de políticamonetária do BCE. O BCE pode alterar ascondições da facilidade ou suspendê-la emqualquer momento.

4.2 Facilidade permanente dedepósito

a. Tipo de instrumento

As contrapartes podem recorrer à facilidadepermanente de depósito a f im deconstituírem depósitos nos bancos centraisnacionais pelo prazo overnight. Os depósitossão remunerados a uma taxa de juroanunciada antec ipadamente. Emcircunstâncias normais, a taxa de juro destafacilidade estabelece um limite mínimo paraas taxas de juro do mercado overnight. Ostermos e condições da fac i l idadepermanente de depósito são idênticos emtoda a área do euro.12

b. Natureza jurídica

Os depósitos constituídos pelas contrapartespelo prazo overnight são remunerados auma taxa de juro fixa. Não são dados àscontrapartes os activos como garantia emtroca dos depósitos.

c. Condições de acesso 13

As instituições que cumpram os critériosgerais de elegibilidade especificados naSecção 2.1 podem aceder à facilidadepermanente de depósito. O acesso à

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14 Em alguns Estados-membros, o banco central na-cional (ou algumas das suas sucursais) pode(m)não estar aberto(as) para efeitos da realização deoperações de política monetária do SEBC emdeterminados dias úteis do SEBC, devido a feriadosbancários nacionais ou regionais. Nesses casos,o banco central nacional relevante é responsá-vel por informar previamente as contrapartessobre as disposições a aplicar para o acesso àfacilidade permanente de depósito no feriadobancário.

facilidade permanente de depósito épermitido através do banco central nacionaldo Estado-membro no qual a instituiçãoestá estabelecida. O acesso à facilidadepermanente de depósito é permitido apenasnos dias em que o SLBTR nacional relevanteestiver aberto.

A fim de ter acesso à facilidade permanentede depósito, a contraparte deverá enviarum pedido ao banco central nacional doEstado-membro em que está estabelecida.De forma a que o banco central nacionalpossa processar o pedido no próprio dia,este deverá ser recebido pelo banco centralnacional até às 18:30 horas, tempo do BCE(C.E.T.).14 O pedido deverá mencionar omontante a depositar ao abrigo da facilidadepermanente de depósito.

Não foi estabelecido qualquer limite aomontante que uma contraparte poderádepositar ao abr igo da fac i l idadepermanente de depósito.

d. Prazo e juros

O prazo dos depósitos ao abrigo destafac i l idade é overn ight . Quanto àscontrapartes que participam directamente

no TARGET, os depósitos detidos ao abrigodesta facilidade vencem no dia útil seguinteàquele em que o SLBTR nacional relevanteestiver operacional à hora de abertura dosistema. A taxa de juro é anunciadaantecipadamente pelo SEBC e é calculadacomo uma taxa de juro simples aplicada deacordo com a convenção ”número efectivode dias/360”. O BCE pode alterar a taxa dejuro em qualquer momento, apenas comefeito a partir do dia útil seguinte do SEBC.Os juros relativos ao depósito são pagos nadata de vencimento do depósito.

e. Suspensão da facilidade

O acesso à facilidade permanente dedepósito é permitido apenas de acordocom os objectivos e com as consideraçõesgerais de política monetária do BCE. OBCE pode alterar as condições da facilidadepermanente de depósito ou suspendê-laem qualquer momento.

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Procedimentos

Capítulo 5

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25

Caixa 3.Passos operacionais dos procedimentos de leilão

Passo 1. Anúncio do leilão

a. Anúncio feito pelo BCE através de agências de notícias

b. Anúncio feito pelos bancos centrais nacionais através das agências de

notícias nacionais e directamente às contrapartes individualmente (se tal for

considerado necessário)

Passo 2. Preparação e apresentação de propostas pelas contrapartes

Passo 3. Compilação das propostas pelo SEBC

Passo 4. Resultado da colocação em leilão e anúncio

a. Decisão de colocação do BCE

b. Anúncio dos resultados da colocação

Passo 5. Certificação dos resultados individuais da colocação

Passo 6. Liquidação das transacções (ver Secção 5.3)

Procedimentos

5.1 Procedimentos relativos aosleilões

5.1.1 Considerações gerais

As operações de mercado aberto do SEBCsão normalmente executadas sob a formade leilões. Os leilões do SEBC são efectuadosem seis passos operacionais, tal como seencontra especificado na Caixa 3.

O SEBC distingue entre dois tipos diferentesde procedimentos de leilão: os leilõesnormais e os le i lões rápidos . Osprocedimentos relativos aos leilões normaise aos leilões rápidos são idênticos, àexcepção do respectivo horário e tipo decontrapartes.

a. Leilões normais

Os leilões normais são executados duranteo período de 24 horas, contadas desde oanúncio do leilão até à certificação dosresultados da colocação (sendo deaproximadamente duas horas o tempo quedecorre entre a última hora de apresentaçãode propostas e o anúncio dos resultados dacolocação). O Gráfico 1 apresenta umhorário normal dos passos operacionaispara os leilões normais. O BCE podedecidir ajustar o horário dos leilões no casode operações individuais, se tal forconsiderado apropriado.

As operações principais de refinanciamento,as operações de refinanciamento de prazoalargado e as operações estruturais (àexcepção das realizadas sob a forma detransacções definit ivas) são sempreexecutadas através de leilões normais. Ascontrapartes que cumpram os critériosgerais de elegibilidade, especificados naSecção 2.1, podem participar nos leilõesnormais.

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Gráfico 1.Horário normal dos passos operacionais dos leilões normais

(Hora do BCE (C.E.T))

Gráfico 2.Horário normal dos passos operacionais dos leilões rápidos

b. Leilões rápidos

Os leilões rápidos são normalmenteexecutados no período de uma horacontada desde o anúncio do leilão até àcertificação dos resultados da colocação. Ohorário normal dos passos operacionaisdos leilões rápidos é apresentado no Gráfico2. O BCE pode decidir ajustar o horário no

caso de operações individuais, se tal forconsiderado conveniente. Os leilões rápidossão apenas utilizados para a execução deoperações de regularização. O SEBC podeseleccionar, de acordo com os critérios eos procedimentos especificados na Secção2.2, um número limitado de contrapartespara participar nos leilões rápidos.

1a1b

65

4b4a

32

30 453.a hora2.a hora1.a hora

30 4515 30 4515 30 4515

Dia da Transacção (T)

Anúncio do leilão

Prazo limite para apresentação das propostas

das contrapartes

Anúncio dos resultados do leilão

Nota: Os valores referem-se aos passos operacionais apresentados na Caixa 3.

1a

1b

54b

4a3

4516.00H

3015 30 459.00H

30 4510.00H

15 30 4511.00H

15 3015

T-1 Dia da Transacção (T)

30

9.30HPrazo limite paraapresentaçãodas propostas

15.30HAnúncio do leilão

11.15HAnúncio dosresultadosdo leilão

Nota: Os valores referem-se aos passos operacionais apresentados na Caixa 3.

T+1

6

2

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Quadro 2.Dias normais de colocação para operações principais de refinanciamento eoperações de refinanciamento de prazo alargado

Tipo de operação Dia normal de colocação (T)

Operações principais de Todas as terças-feirasrefinanciamento

Operações de financiamento de Primeira quarta-feira de cada período de cumprimentoprazo alargado das reservas mínimas de caixa

1 5 No que respeita às operações de refinanciamento deprazo alargado, o BCE pode decidir adaptar ascaracterísticas dos leilões, a fim de assegurar que oSEBC em regra não envie sinais ao mercado, agindonormalmente como tomador de taxa.

1 6 Nos leilões de swaps de divisas de taxa fixa, o BCEfixa os pontos de swap da operação e as contrapar-tes oferecem o montante de moeda fixa que preten-dem vender (e recomprar) ou comprar (e revender) aessa taxa.

1 7 Nos leilões de swaps de divisas de taxa variável, ascontrapartes licitam o montante de moeda fixa e acotação dos pontos de swap à qual pretendemparticipar na operação.

1 8 O calendário indicativo das operações de leilão doSEBC para 1999 é apresentado no Anexo 5.

1 9 No presente documento, o termo ”dia de funcionamen-to do BCN” refere-se a qualquer dia, no qual o bancocentral nacional de um determinado Estado-membro seencontra aberto para conduzir as operações de políticamonetária do SEBC. Em alguns Estados-membros, assucursais do respectivo banco central nacional podemestar encerradas nos dias de funcionamento do BCN,por motivo de feriados bancários locais ou regionais. Emtais casos, o respectivo banco central nacional é respon-sável por informar antecipadamente as contrapartessobre procedimentos a adoptar respeitantes às tran-sacções que envolvem essas sucursais.

c. Leilões de taxa fixa e leilões de taxa variável

O SEBC pode realizar leilões de taxa fixa(montante) ou leilões de taxa variável (taxa).15

Num leilão de taxa fixa, o BCE estabeleceantecipadamente a taxa de juro e ascontrapartes participantes licitam o montanteque pretendem transaccionar à taxa de jurofixada.16 Num leilão de taxa variável, ascontrapartes licitam os montantes e as taxasde juro às quais pretendem efectuar astransacções com os bancos centrais nacionais.17

5.1.2 Calendário das operações de leilão

a. Operações principais de refinanciamento eoperações de refinanciamento de prazoalargado

As operações principais de refinanciamento eas operações de refinanciamento de prazoalargado são executadas de acordo com umcalendário indicativo publicado pelo SEBC. Ocalendário é publicado com uma antecedênciamínima de três meses antes do início do anoque respeita. Os dias normais defuncionamento para as operações financeirase operações de refinanciamento de prazoalargado são apresentados no Quadro 2. OBCE pretende assegurar que as contrapartesem todos os Estados-membros possamparticipar nas operações principais derefinanciamento e nas operações derefinanciamento de prazo alargado. Porconseguinte, ao elaborar o calendário dessasoperações, o BCE efectua os ajustamentosnecessários ao calendário normal, por forma

a ter em consideração os feriados bancáriosem cada Estado-membro.18

b. Operações estruturais

As operações estruturais realizadas atravésde leilões normais não são executadas deacordo com nenhum calendário estabelecidoantecipadamente. Porém, as operaçõesestruturais são, normalmente, conduzidas eliquidadas apenas nos dias em que os BCN19

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2 0 As agências de notícias que o SEBC utilizarána comunicação ao público das operações depolítica monetária encontram-se especificadas noAnexo 6.

de todos os Estados-membros se encontramem funcionamento.

c. Operações ocasionais de regularização

As operações ocasionais de regularizaçãonão são executadas de acordo com nenhumcalendário estabelecido antecipadamente.O BCE pode decidir conduzir operaçõesocasionais de regularização em qualquerdia de funcionamento do SEBC. Apenaspodem participar nessas operações osbancos centrais nacionais dos Estados--membros cujo dia da transacção, daliquidação e do reembolso sejam dias úteis.

5.1.3 Anúncio das operações de leilão

Os leilões normais do SEBC são anunciadospublicamente através das agências denotícias.20 Além disso, os bancos centraisnacionais anunciam as operações de leilãodirectamente às contrapartes que nãotenham acesso às agências de notícias. Oanúncio públ ico do le i lão contémnormalmente as seguintes informações:

número de referência do leilão;

data do leilão;

tipo de operação (cedência ou absor-ção de liquidez e tipo de instrumento depolítica monetária a utilizar);

prazo da operação;

tipo de leilão (leilão de taxa fixa ouleilão de taxa variável);

método de colocação (leilão ”holandês”ou ”americano”, de acordo com a defi-nição constante da Secção 5.1.5 d);

volume indicativo da operação (nor-malmente apenas no caso de ope-rações de refinanciamento de prazoalargado);

taxa de juro / preço / pontos de swapquando previamente fixados (no casode leilões de taxa fixa);

taxa de juro / preço / pontos de swapmínimos / máximos aceites (quandoaplicável);

valor e data de vencimento da ope-ração (quando aplicável) ou data-valore data de reembolso do instrumento dedívida (no caso de emissão de certifica-dos de dívida);

moedas envolvidas e moeda cujo mon-tante é mantido fixo (no caso de swapsde divisas);

taxa de câmbio à vista de referênciaque será utilizada no cálculo das pro-postas (no caso de swaps de divisas);

montante máximo das propostas (quan-do existir);

colocação mínima (quando existir);

hora limite para apresentação de pro-postas;

denominação dos certificados (no casoda emissão de certificados de dívida);

código ISIN (Número de IdentificaçãoInternacional dos Títulos) da emissão (nocaso da emissão de certificados de dívida).

Com o object ivo de aumentar atransparência das operações ocasionais deregularização, o SEBC, normalmente, anunciaantecipadamente os leilões rápidos. Porém,em condições excepcionais, o BCE podedecidir não efectuar o anúncio públicoantecipado dos leilões rápidos. O anúnciodos leilões rápidos segue os mesmos

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2 1 Nos swaps de divisas de taxa fixa, deve sermencionado o montante fixo de moeda que acontraparte pretende transaccionar com o SEBC.

2 2 No que respeita à emissão de certificados dedívida do BCE, este pode decidir que as propostasdevem ser apresentadas sob a forma de preço enão de taxa de juro. Em tais casos, os preçosdevem ser cotados como percentagem do montan-te nominal.

2 3 Nos swaps de divisas de taxa variável, devem sermencionados o montante fixo da moeda que acontraparte pretende transaccionar com o SEBC eo respectivo nível de ponto de swap.

procedimentos dos leilões normais. Numleilão rápido, independentemente de seranunciado publicamente, as contrapartesseleccionadas são contactadas directamentepelos bancos centrais nacionais.

5.1.4 Preparação e apresentação daspropostas para leilão pelas contrapartes

As propostas para leilão apresentadas pelascontrapartes devem seguir o modelofornecido pelos bancos centrais nacionaispara a operação em questão. As propostaspara leilão devem ser apresentadas aobanco central nacional do Estado-membrono qual a instituição se encontraestabelecida (sede ou filial). As propostaspara leilão de uma instituição apenas podemser apresentadas por um estabelecimento(ou uma filial designada para o efeito) emcada Estado-membro.

Nos leilões de taxa fixa, as contrapartesdevem mencionar , nas respect ivaspropostas, o montante que pretendemtransaccionar com os bancos centraisnacionais.21

Nos leilões de taxa variável, as contrapartespodem apresentar até dez propostas detaxa de juro / preço / pontos de swap. Emcada proposta devem mencionar omontante que pretendem transaccionarcom os bancos centrais nacionais e arespectiva taxa de juro.22, 23 A propostarespeitante às taxas de juro deve serapresentada em múltiplos de 0.01 pontospercentuais. No caso de um leilão de swapde divisas de taxa variável, os pontos deswap têm de ser cotados de acordo com asconvenções de mercado normais e aspropostas devem ser expressas em múltiplosde 0.01 pontos de swap.

Nas operações pr inc ipa is derefinanciamento, o montante mínimo decada proposta é fixado em EUR 1 000 000.As propostas acima do referido montantemínimo devem ser expressas em múltiplos

de EUR 100 000. Estes mesmos montantessão aplicados nas operações ocasionais deregularização e nas operações estruturais.Este montante mínimo é aplicado em cadaproposta de taxa de juro / preço / pontosde swap.

No que respeita às operações derefinanciamento de prazo alargado, cadabanco centra l nac ional def ine ummontante mínimo para as propostasentre EUR 10 000 e EUR 1 000 000. Aspropostas que excedam o montantemínimo devem ser expressas em múltiplosde EUR 10 000. O montante mínimo daproposta é aplicado a cada nível individualde taxa de juro.

O BCE pode impor um montante máximopara as propostas, a fim de impedir propostasexcessivamente elevadas. Tais limitesmáximos são sempre fixados no anúnciopúblico do leilão.

As contrapartes devem sempre estar emcondições de garantir as propostas queapresentem, através de um montantesuficiente de activos subjacentes elegíveis. Asdisposições contratuais ou regulamentaresaplicadas pelo respectivo banco centralnacional prevêem a imposição de sançõescaso uma contraparte não consiga transferirum montante suficiente de activos subjacentespara liquidar o montante de liquidez que lhefoi atribuído num leilão. As disposiçõescontratuais ou regulamentares aplicadas pelo

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Caixa 4.Colocação de leilões de taxa f ixa

respectivo banco central nacional prevêemigualmente a possibilidade de o banco centralnacional confirmar os activos subjacentes queas contrapartes tenham disponíveis, a fim dedetectar casos de licitação excessiva ou paraimpor sanções se o excesso da proposta forcomprovado.24

As propostas são revogáveis até à horalimite. As propostas apresentadas após ahora limite fixada no anúncio do leilão nãosão consideradas válidas. O cumprimentodeste prazo é avaliado pelos bancos centraisnacionais. Os bancos centrais nacionaisrejeitam todas as propostas de umacontraparte se o montante agregado dessaspropostas exceder o montante máximoque tenha sido fixado pelo BCE. Os bancoscentrais nacionais também rejeitam aspropostas abaixo do valor mínimo. Alémdisso, os bancos centrais nacionais podemrejeitar propostas que estejam incompletasou que não respeitem o modelo

estabelecido. Quando uma proposta forrejeitada, o respectivo banco centralnacional informa a contraparte dessa decisãoantes da colocação.

5.1.5 Procedimentos de colocação em leilão

a. Leilões de taxa fixa

Na colocação de um leilão de taxa fixa, aspropostas recebidas das contrapartes sãoadicionadas. Se o montante agregado daspropostas exceder o montante disponívelpara colocação, as propostas apresentadasserão satisfeitas através de rateio, de acordocom o rácio entre o montante a colocar eo montante agregado das propostas (verCaixa 4). O montante atribuído a cadacontraparte será arredondado para o euromais próximo. No entanto, o BCE podedecidir atribuir um montante mínimo acada proponente nos leilões de taxa fixa.

Onde:A : montante total colocadon : número total de contrapartesa

i: montante licitado pela i-ésima contraparte

all % : percentagem de colocação

alli

: montante total atribuído à i-ésima contraparteA percentagem de colocação é:

allA

aii

n% =

=∑

1

O montante atribuído à i-ésima contraparte é:

( )all all ai i= ×%

2 4 Considera-se que houve uma proposta excessivaquando a contraparte não pode entregar os activossubjacentes suficientes para cobrir a proposta deleilão por si efectuada, tendo em consideração assuas reservas de títulos e o seu potencial deendividamento.

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31

Caixa 5.Colocação de leilões de taxa variável em euro

(O exemplo refere-se a propostas de taxa de juro)

×

Onde:A : montante total colocador

s: s-ésima taxa de juro proposta pelas contrapartes

n : número total de contrapartesa(r

s)

i: montante proposto à s-ésima taxa de juro (r

s) pela i-ésima contraparte

a(rs) : montante total proposto à s-ésima taxa de juro (r

s)

( ) ( )a r a rs s ii

n

==∑

1

rm

: taxa de juro marginal

r r rs m1 ≥ ≥ para uma operação de leilão de cedência de liquidez,

r r rm s≥ ≥ 1 para uma operação de leilão de absorção de liquidez

rm-1

: taxa de juro antes da taxa de juro marginal (última taxa de juro à qual as

propostas são integralmente satisfeitas),

r rm m− >1 para uma operação de leilão de cedência de liquidez,

r rm m> −1 para uma operação de leilão de absorção de liquidez

all % (rm) : percentagem de colocação à taxa de juro marginal

all (rs)

i: colocação à i-ésima contraparte à s-ésima taxa de juro

alli

: montante total atribuído à i-ésima contraparte

A percentagem de colocação à taxa marginal é:

( )( )

( )all r

A a r

a rm

ss

m

m

% =−

=

∑1

1

A atribuição à i-ésima contraparte à taxa de juro marginal é:

( ) ( )all r all rm i m= ×% a(r )m i

A atribuição total à i-ésima contraparte é:

( ) ( )all a r all ri s i m is

m

= +=

∑1

1

b. Leilões de taxa variável em euro

Nos leilões de taxa variável para operaçõesde cedência de liquidez em euro, aspropostas são ordenadas por ordemdecrescente das respectivas taxas de juro.As propostas com as taxas de juro maiselevadas são satisfeitas em primeiro lugar eas propostas com as taxas de juro

sucessivamente mais baixas são aceites atéà liquidez total a colocar ser esgotada. Seao nível mais baixo de taxa de juro aceite(i.e., taxa de juro marginal), o montanteagregado das propostas exceder oremanescente a ser colocado, o montanteremanescente é rateado entre as propostas,de acordo com o rácio entre o restantemontante remanescente a colocar e o

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32

2 5 As cotações de pontos de swap são ordenadas porordem crescente tomando em consideração o sinalda cotação, o qual depende do sinal do diferencialde taxa de juro entre a divisa e o euro. Se, para oprazo do swap, a taxa de juro da divisa for maiselevada do que a taxa de juro correspondentepara o euro, a cotação dos pontos de swap épositiva (cotação do euro a prémio face à moedaestrangeira). Ao invés, se a taxa de juro da divisafor inferior à taxa de juro correspondente para oeuro, a cotação do ponto de swap é negativa (eurocotado a desconto face à moeda estrangeira).

montante total das propostas, à taxa dejuro marginal (ver Caixa 5). O montanteatribuído a cada contraparte é arredondadopara o euro mais próximo.

Nos leilões de taxa de juro variável paraoperações de absorção de liquidez (osquais podem ser utilizados para a emissãode certificados de dívida e constituição dedepósitos a prazo fixo), as propostas sãoordenadas por ordem crescente dasrespectivas taxas de juro (ou ordemdecrescente dos respectivos preços). Aspropostas com a taxa de juro mais baixa(preço mais elevado) são satisfeitas emprimeiro lugar e as propostas com taxas dejuro sucess ivamente mais e levadas(propostas de preços mais baixas) sãoaceites até se eliminar toda a liquidez aabsorver. Se à taxa de juro mais elevada(preço mais baixo) aceite (i.e., taxa de juro/ preço marginal), o montante agregadodas propostas exceder o montanteremanescente a ser colocado, o montanteremanescente é rateado entre as propostas,de acordo com o rácio entre o montanteremanescente a ser colocado e o montantetotal das propostas à taxa de juro / preçomarginal (ver Caixa 5). No que respeita àemissão de certificados de dívida, o montanteatribuído a cada contraparte é arredondadopara o múlt ip lo mais próximo dadenominação dos certificados de dívida.No que concerne às outras operações deabsorção de liquidez, o montante atribuídoa cada contraparte será arredondado parao euro mais próximo.

Nos leilões de taxa variável, o BCE podedecidir atribuir um montante mínimo acada proponente considerado.

c. Leilões de swaps de divisas de taxa variável

Nos leilões de swaps de divisas de taxavariável para cedência de liquidez, aspropostas são ordenadas por ordemcrescente das cotações de pontos deswap.25 As propostas com as cotações em

pontos de swap mais baixas são satisfeitasprioritariamente e as cotações mais elevadassão sucessivamente aceites até o montantetotal fixo de moeda a ser absorvido seratingido. Se, à cotação em pontos de swapmais elevados aceites (i.e., a cotaçãomarginal de pontos de swap), o montanteagregado licitado exceder o montanteremanescente a ser colocado, o montanteremanescente é rateado entre as propostas,de acordo com o rácio entre o montanteremanescente a ser colocado e o montantetotal das propostas à cotação marginal depontos de swap (ver Caixa 6). O montanteatribuído a cada contraparte é arredondadopara o euro mais próximo.

Nos leilões de swaps de divisas de taxavariável para absorção de liquidez, aspropostas são ordenadas por ordemdecrescente das cotações em pontos deswap apresentadas. As propostas com ascotações em pontos de swap mais elevadassão satisfeitas prioritariamente e as comcotações mais baixas são sucessivamenteaceites até o montante total fixo da moedaa ser absorvido ser atingido. Se à cotaçãoem pontos de swap mais baixa aceite (i.e., acotação marginal em pontos de swap), omontante agregado licitado exceder omontante remanescente a ser colocado, omontante remanescente é rateado entreas propostas, de acordo com o rácio entreo montante remanescente a ser colocadoe o montante total das propostas à cotação

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Caixa 6.Colocação de leilões de swaps de divisas de taxa variável

Onde:A : montante total colocado∆

s: s-ésima cotação em pontos de swap proposta pelas contrapartes

n : número total de contrapartesa(∆

s)

i: montante proposto à s-ésima cotação em pontos de swap (∆

s) pela i-ésima

contrapartea(∆

s) : montante total proposto à s-ésima cotação em pontos de swap (∆

s)

( ) ( )a as s ii

n

∆ ∆==∑

1

∆m

: cotação marginal em pontos de swap

∆ ∆ ∆m s≥ ≥ 1 para uma operação de swap de divisas de cedência de

liquidez,

∆ ∆ ∆1 ≥ ≥s m para uma operação de swap de divisas de absorção de

liquidez∆

m-1: cotação em pontos de swap antes da cotação marginal em pontos de swap

(última cotação em pontos de swap à qual todas as propostas sãointegralmente satisfeitas),

∆ ∆m m> −1 para uma operação de leilão de cedência de liquidez,

∆ ∆m m− >1 para uma operação de leilão de absorção de liquidez

all % (∆m) : percentagem de colocação à cotação marginal em pontos de swap

all (∆s)

i: colocação à i-ésima contraparte à s-ésima cotação de pontos de swap

alli

: montante total atribuído à i-ésima contraparte

A percentagem de colocação à cotação marginal em pontos de swap é:

( )( )

( )all

A a

am

ss

m

m

% ∆∆

∆=

−=

∑1

1

A colocação à i-ésima contraparte à cotação marginal de pontos de swap é:

( ) ( )all allm i m∆ ∆ ∆= ×% a( )m i

Colocação total à i-ésima contraparte é:

( ) ( )all a alli s i m is

m

= +=

∑ ∆ ∆1

1

marginal de pontos de swap (ver Caixa 6).O montante atribuído a cada contraparte éarredondado para o euro mais próximo.

d. Tipo de leilão

Nos leilões de taxa variável, o SEBC podeutilizar leilões de taxa única e leilões detaxa variável. Num leilão de taxa única(leilão ”holandês”), a taxa taxa de juro /

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2 6 O Conselho do BCE decidirá se, em condiçõesexcepcionais, as operações bilaterais de regulari-zação ocasional podem também ser efectuadaspelo próprio BCE.

preço / pontos de swap aplicada a todas aspropostas satisfeitas é igual à taxa de juro /preço / pontos de swap marginal (ou seja,taxa de juro / preço / ponto de swap aoqual a colocação total se extingue). Numleilão de taxa variável (leilão ”americano”),a taxa de juro / preço / pontos de swap dacolocação é igual à taxa de juro / preço /pontos de swap oferecidos por cadaproposta individual.

5.1.6 Anúncio dos resultados do leilão

Os resultados dos leilões normais e dosleilões rápidos são anunciados publicamenteatravés das agências de notícias. Alémdisso, os bancos centrais nacionais anunciamo resultado da colocação directamente àscontrapartes que não tenham acesso àsagências de notícias. O resultado públicodo leilão contém normalmente a seguinteinformação:

número de referência da operação deleilão;

data do leilão;

tipo de operação;

prazo da operação;

montante total proposto pelas contra-partes do SEBC;

número de licitantes;

moedas envolvidas (no caso de swapsde divisas);

montante total colocado;

percentagem de colocação (no caso deleilões de taxa fixa);

taxa de câmbio à vista (no caso deswaps de divisas);

taxa de juro / preço / pontos de swap

marginal aceite e percentagem de colo-cação à taxa de juro / preço / ponto deswap marginal (no caso de leilões detaxa variável);

taxa mínima e taxa máxima propostas etaxa média ponderada de colocação(no caso de leilões de taxa variável);

data de início da operação e sua data devencimento (quando aplicável) ou data--valor e data de reembolso do instru-mento de dívida (no caso da emissão decertificados de dívida);

montante mínimo atribuído (quandoexistir);

denominação dos certificados (no casode emissão de certificados de dívida);

código ISIN da emissão (no caso daemissão de certificados de dívida).

Os bancos centrais nacionais efectuarãodirectamente a certificação dos resultadosda colocação às contrapartes que tenhampropostas satisfeitas.

5.2 Procedimentos respeitantes àsoperações bilaterais

a. Considerações gerais

Os bancos centrais nacionais podemexecutar operações baseadas emprocedimentos bi latera is . 26 Osprocedimentos bilaterais podem serutilizados em operações ocasionais deregularização de mercado aberto e emoperações estruturais sob a forma detransacções definitivas. Os procedimentosbilaterais são definidos em sentido lato

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35

como todo e qualquer procedimento noqual o SEBC conduz uma transacção comuma ou um pequeno número decontrapartes sem procedimento de leilão.Assim, podem-se distinguir dois tiposdiferentes de procedimentos bilaterais:operações nas quais as contrapartes sãocontactadas directamente pelo SEBC eoperações executadas através de bolsas devalores e agentes de mercado.

b. Contacto directo com as contrapartes

Neste procedimento, os bancos centraisnacionais contactam directamente uma ouum pequeno número de contrapartesnacionais, são seleccionadas de acordocom os critérios especificados na Secção2.2. Segundo as instruções precisas dadaspelo BCE, os bancos centrais nacionaisdecidem se desejam efectuar a operaçãocom as contrapartes. As operações sãoliquidadas através dos bancos centraisnacionais.

Se o Conselho do BCE decidir que, emcondições excepcionais, as operaçõesbilaterais podem ser também executadaspelo próprio BCE (ou por um ou algunsbancos centrais nacionais, agindo emrepresentação do BCE), os procedimentospara tais operações serão adaptados emconformidade. Neste caso, o BCE (ou o(s)banco(s) central(ais) nacional(ais), agindoem representação do BCE) contactarádirectamente uma ou algumas contrapartesna área do euro, seleccionadas de acordocom os critérios especificados na Secção2.2. O BCE (ou o(s) banco(s) central(ais)nacional(ais), agindo em representação doBCE) decidirão se pretendem efectuar aoperação com as contrapartes. Estasoperações serão, no entanto, liquidadas demodo descentralizado, através dos bancoscentrais nacionais.

Procedimentos bilaterais através decontacto directo com as contrapartespodem ser utilizados em operações

reversíveis, em transacções definitivas, emswaps de divisas e na constituição dedepósitos a prazo fixo.

c. Operações executadas através de bolsas devalores e de agentes de mercado

Os bancos centrais nacionais podemexecutar transacções definitivas através dasbolsas de valores e dos agentes de mercado.No que respeita a estas operações, oconjunto de contrapartes não se encontralimitado a priori e os procedimentos sãoadaptados às convenções de mercado paraos instrumentos de dívida negociados. OConselho do BCE decidirá se, em condiçõesexcepcionais, o próprio BCE (ou um oualguns bancos centrais nacionais, agindo emrepresentação do BCE) pode executaroperações ocasionais de regularizaçãodefinitivas, através das bolsas de valores edos agentes de mercado.

d. Anúncio das operações efectuadas atravésde procedimentos bilaterais

As operações bilaterais normalmente nãotêm anúncio público prévio. Além disso, oBCE pode decid ir não anunciarpublicamente os resultados das operaçõesbilaterais.

e. Dias de funcionamento

O BCE pode decidir conduzir operaçõesocasionais de regularização através deprocedimentos bilaterais em qualquer diade funcionamento do SEBC. Apenasparticipam nessas operações os bancoscentrais nacionais dos Estados-membrosque se encontram abertos na data denegociação, na data de liquidação e na datade reembolso.

As operações bilaterais definitivas comobjectivos estruturais são normalmenteconduzidas e liquidadas apenas nos dias de

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Quadro 3.Datas normais de liquidação para as operações de mercado aberto do SEBC a)

Instrumentos de Data de liquidação das Data de liquidação das operaçõespolítica monetária operações baseadas em baseadas em leilões rápidos

leilões normais ou procedimentos bilaterais

Transacções reversíveis T+1b)

T

Transacções definitivas – De acordo com a convenção demercado para os activos subjacentes

Emissão de certificados T+1 –-de dívida

Swaps de divisas – T, T+1 ou T+2

Constituição de – Tdepósitos a prazo fixo

Notas ao quadro:a) No quadro, T refere-se ao dia da transacção. A conotação da data da transacção refere-se apenas aos dias de funcionamento do

SEBC.b) Se a data normal de liquidação das operações principais de refinanciamento ou das operações de refinanciamento de prazo

alargado coincidir com um feriado bancário, o BCE pode decidir aplicar uma data de liquidação diferente, incluindo a liquidação nomesmo dia. As datas de liquidação das operações principais de refinanciamento e das operações de refinanciamento de prazoalargado são estabelecidas antecipadamente e no calendário das operações de leilão do SEBC (ver Secção 5.1.2).

funcionamento dos BCN de todos osEstados-membros.

5.3 Procedimentos de liquidação

5.3.1 Considerações gerais

As operações relacionadas com a utilizaçãodas facilidades permanentes do SEBC oucom a participação das contrapartes emoperações de mercado aberto sãol iquidadas através das contas dascontrapartes junto dos bancos centraisnacionais (ou através das contas deliquidação dos bancos participantes noTARGET). As operações são liquidadasapenas depois (ou no momento) datransferência final dos activos subjacentes àoperação. Este procedimento implica queos activos subjacentes ou têm que serantecipadamente depositados / entreguesnos bancos centrais nacionais ou têm queser liquidados numa base intra-diária deentrega-contra-pagamento com os referidosbancos centrais. A transferência dos activossubjacentes é executada através de contasde guarda de títulos das contrapartes juntodos bancos centrais nacionais ou através decontas de liquidação de títulos, num sistema

de liquidação de títulos que respeite ospadrões mínimos do BCE (ver Anexo 7).As contrapartes que não detenham umaconta de guarda de títulos num bancocentral nacional ou uma conta de liquidaçãode títulos num sistema de liquidação detítulos que respeite os padrões mínimos doBCE, podem liquidar as transacções deactivos subjacentes através de uma contade liquidação de títulos num banco decustódia de títulos.

Outras disposições relacionadas com osprocedimentos de liquidação encontram--se definidas nos acordos contratuaisaplicados pelos bancos centrais nacionais(ou pelo BCE) aos instrumentos específicosde política monetária. Os procedimentosde liquidação podem diferir ligeiramenteentre os bancos centrais nacionais devido adiferenças nas leis nacionais ou nas práticasde funcionamento.

5.3.2 Liquidação de operações de mercadoaberto

As operações de mercado aberto baseadasnos leilões normais (operações principaisde ref inanciamento, operações de

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2 7 Essa situação pode ocorrer, por exemplo, se forconcedido crédito intradiário a instituições fora doconjunto das contrapartes elegíveis para ter acessoà facilidade de cedência marginal ou se umacontraparte for suspensa ou excluída do acesso àlinha de cedência marginal (ver Secção 2.1) ou seos activos subjacentes que garantem o créditointradiário não forem elegíveis para garantir asoperações de política monetária do SEBC (ver notade rodapé 39, na pág.41).

refinanciamento de prazo alargado eoperações estruturais) são, normalmente,liquidadas no primeiro dia útil seguinte aodia da transacção no qual se encontramabertos todos os SLBTR e sistemas deliquidação de títulos. Por uma questão deprincípio, o SEBC tenciona liquidar as suasoperações de mercado abertosimultaneamente em todos os Estados--membros com todas as contrapartes quetenham entregue activos subjacentessuficientes. Porém, devido a restriçõesoperacionais e a características técnicasdos sistemas de liquidação de títulosnacionais, o momento em que é efectuadaa liquidação de operações de mercadoaberto pode diferir dentro da área do euro,no início da Terceira Fase. O momento daliquidação das operações principais derefinanciamento e das operações derefinanciamento de prazo alargado coincide,normalmente, com o momento doreembolso de uma operação anterior deprazo correspondente.

O SEBC tenciona liquidar as operações demercado aberto baseadas em leilões rápidose em procedimentos bilaterais no dia datransacção. Todavia, por razões operacionais,o SEBC pode fixar, ocasionalmente, outrasdatas de liquidação para essas operações,particularmente no caso de operaçõesrealizadas sob a forma de transacçõesdefinitivas (para efeitos de regularização ouestruturais) e de swaps de divisas (verQuadro 3).

5.3.3 Procedimentos de fim de dia

Os procedimentos de fim de dia encontram--se especificados na documentação relativaaos SLBTR nacionais e ao sistema TARGET.De acordo com estes procedimentos, ahora normal de encerramento do sistemaTARGET (ou seja, todos os SLBTR nacionais)é 18 horas, hora do BCE (C.E.T.). Não sãoaceites novas ordens de pagamento paraprocessamento nos SLBTR nacionais após ahora de encerramento, embora ainda sejam

processadas as ordens de pagamento aceitesantes da hora de encerramento. Os bancoscentra is nac ionais dão in íc io aosprocedimentos de fim de dia às 18,30horas,hora do BCE (C.E.T.). Os pedidos dascontrapartes de acesso à facil idadepermanente de cedência de liquidez devemser submetidos pelo respectivo bancocentral nacional antes das 18H, hora doBCE (C.E.T.), embora os pedidos de acessoà facilidade de depósito sejam aceites até às18,30H, hora do BCE (C.E.T.).

No fim do dia, os eventuais saldos negativosregistados nas contas de liquidação (nosSLBTR nacionais) das contrapartes elegíveissão automaticamente considerados comoum pedido de recurso à facil idadepermanente de cedência de liquidez (verSecção 4.1). O SEBC pode, nos termos dasdisposições contratuais ou regulamentaresaplicadas pelo respectivo banco centralnacional, impor sanções a uma instituiçãoque apresente um saldo negativo na suaconta de liquidação no fim do dia, caso essainstituição não preencha as condições deacesso à facilidade permanente de cedênciade liquidez.27

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Activos e legíveis

Capítulo 6

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Activos elegíveis

28 As operações definitivas e as operações reversíveisde mercado aberto para a absorção de liquidezencontram-se igualmente baseadas em activossubjacentes. Relativamente aos activos subjacentesutilizados nas operações reversíveis de mercadoaberto para a absorção de liquidez, os critérios deelegibilidade são semelhantes aos aplicados aosactivos subjacentes às operações reversíveis demercado aberto para a cedência de liquidez.Contudo, não são aplicadas margens iniciais nemmargens de avaliação às operações de absorção deliquidez.

29 Além disso, o BCE pode autorizar os bancoscentrais nacionais a considerar como elegíveis paraobtenção de crédito intradiário certos tipos deactivos que não são elegíveis como activos subja-centes nas operações de política monetária doSEBC (ver nota de rodapé 39 na página 41).

6.1 Considerações gerais

Em conformidade com o disposto no Artigo18.º 1 dos Estatutos do SEBC/BCE, o BCE eos bancos centrais nacionais podemtransaccionar nos mercados financeiros,comprando e vendendo activos subjacentesa título definitivo ou com acordo derecompra, devendo todas as operações decrédito do SEBC estar baseadas em garantiasadequadas. Em consequência, todas asoperações de cedência de liquidez doSEBC se encontram baseadas em activossubjacentes entregues pelas contrapartes,quer através da transferência dapropriedade dos activos (no caso detransacções definitivas ou de acordos derecompra), quer através de penhor sobreos activos (no caso de empréstimosgarantidos).28

Com o objectivo de evitar que o SEBCincorra em perdas nas suas operações depolítica monetária, assegurar a igualdade detratamento das contrapartes e melhorar asua eficiência operacional, os activossubjacentes têm que satisfazer certoscritérios de modo a serem elegíveis para asoperações de política monetária do SEBC.

É reconhecido que a harmonização doscritérios de elegibilidade em toda a área doeuro contribuirá para assegurar igualdadede tratamento e eficiência operacional. Emparalelo, deve ser prestada atenção àsdiferenças existentes na estrutura financeirados Estados-membros. Essencialmente paraefeitos internos do SEBC, é efectuada umadistinção entre duas categorias de activoselegíveis para as operações de políticamonetária do SEBC. Estas duas categoriassão designadas por ”Lista 1” e ”Lista 2”,respectivamente:

a Lista 1 é constituída por instrumentosde dív ida transacc ionáveis quepreencham critérios de elegibilidade uni-

formes em toda a área do euro especifi-cados pelo BCE;

a Lista 2 é constituída por outros activos,transaccionáveis ou não, que tenhamimportância particular para os mercadosfinanceiros e para os sistemas bancáriosnacionais, para os quais são estabelecidoscritérios de elegibilidade pelos bancoscentrais nacionais, sujeitos a critérios míni-mos de elegibilidade estabelecidos peloBCE. Os critérios de elegibilidade especí-ficos relativos à Lista 2, aplicados pelosrespectivos bancos centrais nacionais, en-contram-se sujeitos à aprovação do BCE.

Não é feita qualquer distinção entre as duaslistas no que se refere à qualidade dos activose à sua elegibilidade para os diversos tipos deoperações de política monetária do SEBC (àexcepção de os activos incluídos na Lista 2não serem normalmente utilizados pelo SEBCem transacções definitivas). Os activos elegíveissubjacentes em operações de políticamonetária do SEBC podem também serusados para acesso ao crédito intradiário. 29

Os activos da Lista 1 e da Lista 2 encontram--se sujeitos às medidas de controlo de riscoespecificadas na Secção 6.4.

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30 Os instrumentos de dívida convertíveis em acções(ou com características similares) e os instrumen-tos de dívida que contenham direitos subordinadosaos créditos dos detentores de outros instrumentosde dívida do emitente são excluídos da Lista 1.

31 Os instrumentos de dívida emitidos pelas institui-ções de crédito que não cumpram rigorosamenteos critérios definidos no n.º 4 do artigo 22.º daDirectiva OICVM (Directiva 88/220/CEE que intro-duz alterações à Directiva 85/611/CEE) são acei-tes na Lista 1 apenas se cada uma das emissõesobteve uma notação de rating (dada por umaagência de rating) que indique, para o SEBC, que oinstrumento de dívida satisfaz elevados critérios dequalidade de crédito.

32 Expresso como tal ou nas denominações nacionaisdo euro.

33 O requisito segundo o qual o emitente deveencontrar-se estabelecido no EEE não se aplica àsinstituições internacionais e supranacionais.

34 Directiva 93/22/CEE, Directiva do Conselho de 10de Maio de 1993 relativa a Serviços de Investimen-to no Domínio dos Valores Mobiliários, JO n.º L 141de 11 de Junho de 1993, páginas 27 e seguintes.

35 Instrumentos de dívida emitidos por instituições decrédito que não cumpram rigorosamente os critéri-os definidos no n.º 4 do artigo 22.º da DirectivaOICVM (Directiva 88/220/CEE que introduz al-terações à Directiva 85/611/CEE) são aceites naLista 1 apenas se forem listados ou cotados nummercado regulamentado, de acordo com o dispostona Directiva relativa a Serviços de Investimento(Directiva 93/22/CEE) e cumprindo os requisitosda Directiva que coordena as condições de estabe-lecimento, controlo e difusão do prospecto (Direc-tiva 89/298/CEE).

As contrapartes do SEBC podem utilizaractivos elegíveis numa base transfronteiras,ou seja, podem obter fundos do bancocentral nacional do Estado-membro noqual se encontram estabelecidas, utilizandoos activos localizados noutro Estado--membro (ver Secção 6.6).

6.2 Activos da Lista 1

O BCE estabelece e mantém um registo deactivos da Lista 1. Este registo encontra-sedisponível ao público.

Os certificados de dívida emitidos pelo BCEsão classificados como activos da Lista 1.Os certificados de dívida emitidos pelosbancos centrais nacionais antes de 1 deJaneiro de 1999 são igualmente incluídosna Lista 1.

A outros activos da Lista 1 são aplicados osseguintes critérios de elegibilidade (vertambém Quadro 4):

Devem ser instrumentos de dívida;30

Devem atingir elevados padrões de cré-dito. Na avaliação da qualidade docrédito dos instrumentos de dívida, oBCE toma em consideração, nomea-damente, as notações de rating disponí-veis dadas pelas agências do mercado,bem como certos critérios institucionais,que garantam, especificamente, pro-tecção aos seus detentores particular-mente elevada;31

Devem estar localizados na área doeuro (por forma a que a respectivarealização se encontre sujeita à lei deum Estado-membro da área do euro),ser transferíveis sob a forma escritural edepositados num banco central nacionalou numa central de depósito de títulosque respeite os padrões mínimos esta-belecidos pelo BCE (ver Anexo 7);

Devem ser denominados em euro;32

Devem ser emitidos (ou garantidos) porentidades estabelecidas no EEE;33

Devem, pelo menos, estar listados oucotados num mercado regulamentado,de acordo com a definição da Directivarelativa aos Serviços de Investimento,34

ou listados, cotados ou transaccionadosem certos mercados não regulamenta-dos, conforme especificado pelo BCE.35

Além disso, a liquidez do mercado podeser tomada em consideração pelo BCEquando determinar a elegibilidade decada instrumento de dívida.

Os bancos centrais nacionais não aceitarãocomo activos subjacentes, apesar deincluídos na Lista 1, os instrumentos de

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36 Directiva 77/780/CEE, JO L 322 de 17 de Dezembrode 1977, alterado pela Directiva 95/26/CE, JO L 168de 29 de Junho de 1995. O n.º 1 do artigo 2.º daDirectiva 95/26/CE dispõe o seguinte:”Relações estreitas: uma situação em que duas ou maisentidades com personalidade jurídica se encontremligadas através de:a) uma participação, ou seja, o facto de deter,directamente ou através de uma relação de controlo,20% ou mais dos direitos de voto ou do capital de umaempresa; oub) uma relação de controlo, ou seja, a relação existenteentre uma empresa-mãe e uma filial, tal como previstanos n.ºs 1 e 2 do artigo 1.º da Directiva 83/349/CEE, ouuma relação da mesma natureza entre qualquerpessoa singular ou colectiva e uma empresa; umaempresa filial de uma empresa filial é igualmenteconsiderada como filial da empresa-mãe de que essasempresas dependem. É igualmente considerada comoconstituindo uma relação estreita entre duas ou maispessoas singulares ou colectivas uma situação em queessas pessoas se encontrem ligadas de modo duradou-ro a uma mesma pessoa através de uma relação decontrolo.”

37 Esta disposição não se aplica às relações estreitasentre a contraparte e as autoridades públicas dospaíses do EEE. A definição de relações estreitastambém exclui os casos em que os instrumentos dedívida se encontram protegidos por determinadasgarantias legais, como, por exemplo, os instrumentosque cumprem rigorosamente os critérios definidos no n.º4 do artigo 22.º da Directiva OICVM (Directiva 88/220/CEE que introduz alterações à Directiva 85/611/CEE).

38 Se os bancos centrais nacionais autorizassem a utili-zação de instrumentos com uma data de vencimentoinferior à das operações de política monetária para asquais estão a ser utilizados como activos subjacentes,as contrapartes seriam solicitadas a proceder à substi-tuição de tais activos na, ou antes da, data devencimento.

39 Além dos activos elegíveis da Lista 2 para as operaçõesde política monetária do SEBC, o BCE pode autorizaros bancos centrais nacionais a conceder crédito intra--diário contra instrumentos de dívida consideradoselegíveis como crédito intradiário pelos bancos centraisda UE não participantes que: 1) se encontrem localiza-dos em países do EEE fora da área do euro; 2) sejamemitidos por entidades estabelecidas em países do EEEfora da área do euro; 3) se encontrem denominadosem moedas (moedas do EEE ou outras moedasamplamente transaccionadas) que não sejam o euro. Aautorização do BCE encontra-se sujeita à manutençãoda eficiência operacional e ao exercício do controloadequado dos riscos jurídicos específicos relacionadoscom esses instrumentos de dívida. Na área do euro,estes instrumentos de dívida não podem ser utilizadosnuma base transfronteiras (ou seja, as contrapartespodem utilizar esse instrumento de dívida apenas parareceber crédito directamente do banco central nacionalautorizado pelo BCE a conceder crédito intradiáriocontra estes activos).

dívida emitidos ou garantidos pelacontraparte ou por qualquer outra entidadecom a qual a contraparte tenha umarelação estreita, de acordo com o dispostono quinto travessão do artigo 1.º da PrimeiraDirectiva de Coordenação Bancária .36 , 37

Apesar de se encontrarem incluídos naLista 1, os bancos centrais nacionais podemdecidir não aceitar como activos subjacentesos seguintes instrumentos:

Instrumentos de dívida que sejam reem-bolsados antes da data de vencimentoda operação de política monetária paraa qual estão a ser utilizados comoactivos subjacentes;38

Instrumentos de dívida com um fluxo derendimento (por exemplo, pagamentode cupão) a ocorrer durante o períodoque decorre até à data de vencimentoda operação de política monetária paraa qual estão a ser utilizados comoactivos subjacentes.

Todos os activos da Lista 1 podem serutilizados numa base transfronteiras,implicando que uma contraparte podereceber crédito do banco central nacionaldo Estado-membro no qual se encontraestabelecida, utilizando activos da Lista 1localizados noutro Estado-membro (verSecção 6.6).

Os activos da Lista 1 são elegíveis paratodas as operações de política monetáriabaseadas em activos subjacentes, isto é,operações reversíveis e transacçõesdefinitivas de mercado aberto bem como afacilidade marginal de cedência de liquidez.

6.3 Activos da Lista 239

Além dos instrumentos de dívida quecumprem os critérios de elegibilidade daLista 1, os bancos centrais nacionais podemconsiderar elegíveis outros activos - activosda Lista 2 -, que sejam particularmente

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4 0 Para os activos não transaccionáveis da Lista 2, osbancos centrais nacionais podem decidir não divul-gar informação sobre emissões individuais, emisso-res/devedores ou garantes aquando da publicaçãodas suas Listas 2 nacionais.

4 1 Directiva 93/22/CEE do Conselho de 10 de Maiode 1993 relativa a Serviços de Investimento noDomínio dos Valores Mobiliários, JO L 141 de 11de Junho de 1993, páginas 27 e seguintes.

4 2 Expressos como tal ou nas denominações nacio-nais do euro.

4 3 Ver nota de rodapé 36 na página 41.4 4 Esta disposição não se aplica às relações estreitas

entre a contraparte e as autoridades públicas dospaíses do EEE. Além disso, os efeitos comerciaisem relação aos quais pelo menos uma entidade(que não seja uma instituição de crédito) é respon-sável para além da contraparte, não são considera-dos como compromissos de dívida contra a contra-parte. A definição de relações estreitas excluitambém os casos em que os instrumentos de dívidase encontram protegidos por determinadas garanti-as legais, como por exemplo, os instrumentos quecumprem rigorosamente os critérios definidos non.º 4 do artigo 22.º da Directiva OICVM (Directiva88/220/CEE que introduz alterações à Directiva85/611/CEE).

importantes para os mercados financeirose sistema bancário nacional. Os critérios deelegibilidade para os activos da Lista 2 sãoestabelecidos pelos bancos centraisnacionais de acordo com os critériosmínimos de elegibilidade mencionadosabaixo. Os critérios específicos nacionaispara os activos da Lista 2 encontram-sesujeitos à aprovação do BCE. Os bancoscentrais nacionais elaboram e mantêmregistos dos activos elegíveis da Lista 2. Osreferidos registos estão disponíveis para opúblico.40

Os activos da Lista 2 devem cumprir osseguintes critérios mínimos de elegibilidade(ver também Quadro 4):

Devem ser instrumentos de dívida (tran-saccionáveis ou não) ou acções (nego-ciados num mercado regulamentado,definido de acordo com o disposto naDirectiva relativa aos Serviços de Inves-timento41 ). As acções e os instrumen-tos de dívida emitidos pelas instituiçõesde crédito que não cumpram rigorosa-mente os critérios estabelecidos no n.º4 do artigo 22.º da Directiva OICVMnormalmente não são elegíveis parafazer parte da Lista 2. No entanto, oBCE pode autorizar os bancos centraisnacionais a incluírem nas suas Listas 2tais activos, mediante certas condiçõese restrições;

Devem ser compromissos de dívida ouacções de (ou ser garantidas por) enti-dades que sejam consideradas comofinanceiramente sólidas pelo banco cen-tral nacional que tenha incluído os ac-tivos na sua Lista 2;

Devem ser facilmente acessíveis ao ban-co central nacional que tenha incluídoos activos na sua Lista 2;

Devem estar localizados na área doeuro (de modo a que a execução seencontre sujeita à lei de um dos Esta-dos-membros da área do euro);

Devem ser denominados em euro; 42

Devem ser emitidos (ou garantidos) porentidades estabelecidas na área do euro.

Apesar de estarem incluídos nas Listas 2, osbancos centrais nacionais não aceitarãocomo activos subjacentes os compromissosde dívida contra, ou acções da contraparteou qualquer outra entidade com a qual acontraparte tenha uma relação estreita, deacordo com o disposto no quinto travessãodo artigo 1.º da Primeira Directiva deCoordenação Bancária.43, 44

Apesar de se encontrarem incluídos nasListas 2, os bancos centrais nacionais podemdecidir não aceitar como activos subjacentesos seguintes activos:

Instrumentos de dívida que sejam reem-bolsados antes da data de vencimentoda operação de política monetária para

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Quadro 4.Activos elegíveis para as operações de política monetária do SEBC

Critérios Lista 1 Lista 2

Tipo de activo • Certificados de dívida do BCE; • Instrumentos de dívida transaccionáveis;• Outros instrumentos de dívida • Instrumentos de dívida não

negociáveis (excluindo transaccionáveis;instrumentos ”híbridos”). • Acções transaccionadas num

mercado regulamentado.

Procedimentos de • Os instrumentos devem ser • Cada banco central nacionalliquidação depositados centralmente, deve ter facilidade de acesso

sob a forma escritural, aos activos incluídos nanos bancos centrais nacionais respectiva Lista 2.ou numa central de depósitode títulos que cumpra ospadrões mínimos estabelecidospelo BCE.

Tipo de emitente • SEBC; • Sector público;• Sector público; • Sector privado. b)

• Sector privado; a)

• Instituições internacionaise supranacionais.

Solidez financeira • O emitente (garante) deve ser • O emitente (garante) dever serconsiderado sólido em termos considerado sólido em termosfinanceiros pelo BCE. financeiros pelo banco central

nacional que incluiu o activo narespectiva Lista 2.

Localização do emitente • EEE.c) • Área do euro.(ou do garante)

Localização do • Área do euro. • Área do euro.activo

Moeda • Euro. d) • Euro. d)

Por memória:Utilização • Sim. • Sim.transfronteiras

Notas ao quadro:a) Os instrumentos de dívida emitidos pelas instituições de crédito que não cumpram rigorosamente os critérios definidos no n.º 4 do artigo

22.º da Directiva OICVM (Directiva 88/220/CEE que introduz alterações à Directiva 85/611/CEE) são aceites na Lista 1 apenas nas trêscondições seguintes: Primeiro, cada uma das emissões teve de obter uma notação de rating (dada por uma agência de rating) que indique,do ponto de vista do SEBC, que o instrumento de dívida satisfaz elevados critérios de qualidade de crédito. Segundo, os instrumentos dedívida têm que ser cotados num mercado regulamentado de acordo com o disposto na Directiva relativa aos Serviços de Investimento(Directiva 93/22/CEE). Terceiro, os instrumentos de dívida devem cumprir os requisitos da Directiva que coordena as condições deestabelecimento, controlo e difusão do prospecto (Directiva 89/298/CEE).

b) As acções emitidas por instituições de crédito e os instrumentos de dívida emitidos por instituições de crédito que não cumpramrigorosamente os critérios definidos no n.º 4 do artigo 22.º da Directiva OICVM normalmente, não são elegíveis para inclusão nos registosda Lista 2. No entanto, o BCE pode autorizar os bancos centrais nacionais a incluir esses activos nos seus registos da Lista 2, sujeitos acertas condições e restrições.

c) O requisito segundo o qual a entidade emitente deve estar estabelecida no EEE não se aplica às instituições internacionais esupranacionais.

d) Expresso como tal ou nas denominações nacionais do euro.

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45 Se os bancos centrais nacionais autorizarem autilização de instrumentos com uma data devencimento inferior à das operações de políticamonetária para as quais estão a ser utilizadoscomo activos subjacentes, as contrapartes serãosolicitadas a proceder à substituição desses activosna, ou antes da, data de vencimento.

a qual estão a ser utilizados comoactivos subjacentes; 45

Instrumentos de dívida com um fluxo derendimento (por exemplo, pagamentode cupão) a ocorrer durante o períodoque decorre até à data de vencimentoda operação de política monetária paraa qual estão a ser utilizados como activosubjacente;

Acções com pagamento de qualquertipo (incluindo em espécie) ou qualqueroutro direito a elas inerente, que possaafectar a respectiva adequabilidade comoactivos subjacentes no período até àdata de vencimento da operação depolítica monetária em relação à qual sãoutilizadas como activo subjacente.

Os activos da Lista 2 elegíveis paraoperações de política monetária do SEBCpodem ser ut i l i zados numa basetransfronteiras, implicando que umacontraparte pode receber crédito do bancocentral nacional do Estado-membro noqual se encontra estabelecida utilizandoactivos localizados num outro Estado--membro (ver Secção 6.6).

Os activos da Lista 2 são elegíveis para asoperações reversíveis de mercado abertoe para acesso à facilidade marginal decedência de liquidez. Os activos da Lista 2não são normalmente utilizados nastransacções definitivas do SEBC.

6.4 Medidas de controlo de risco

São aplicadas medidas de controlo de riscoaos activos subjacentes às operações depolítica monetária do SEBC de modo aprotegê-lo contra o risco de perdasfinanceiras se os activos subjacentes tiveremde ser executados devido ao incumprimentode uma contraparte. As medidas de controlode risco ao dispor do SEBC são descritas naCaixa 7.

6.4.1 Margens iniciais

O SEBC aplica margens iniciais quecorrespondem a uma determinadapercentagem do montante de liquidezcedida, as quais devem ser adicionadas aorequisito respeitante ao valor dos activossubjacentes. São aplicadas duas margensiniciais diferentes, tomando em consideraçãoo período de exposição do SEBC:

margem de 1% para o crédito intra--diário e para as operações pelo prazoovernight; e

margem de 2% para as operações comuma data de vencimento original supe-rior a um dia útil.

Não são aplicadas margens às operaçõesde absorção de liquidez.

6.4.2 Medidas de controlo de risco para osactivos da Lista 1

Além das margens iniciais aplicadas aomontante de liquidez cedido, o SEBC aplicamedidas específicas de controlo de risco,de acordo com os tipos de activossubjacentes oferecidos pela contraparte. Asmedidas de controlo de risco adequadaspara os activos da Lista 1 são determinadaspelo BCE, tomando em consideração asdiferenças nos sistemas jurídicos dos Estados--membros. As medidas de controlo derisco para os activos da Lista 1 são em largamedida harmonizadas em toda a área do

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46 Devido a diferenças operacionais nos Estados--membros, relativamente aos procedimentos dascontrapartes quanto à entrega dos activos subja-centes aos bancos centrais nacionais (na forma deuma garantia comum dada em penhor ao bancocentral nacional ou como acordos de recomprabaseados em activos individualmente especificadospara cada transacção), poderão ocorrer pequenasdiferenças no que respeita ao momento das ava-liações e outras características operacionais dosistema de margens.

Caixa 7.Medidas de controlo de risco

• Margens iniciaisO SEBC aplica margens iniciais nas operações reversíveis de cedência de liquidez. Istoimplica que as contrapartes necessitam de fornecer activos subjacentes com um valor pelomenos igual ao da liquidez cedida pelo SEBC mais o valor da margem inicial.

• Margens de avaliação (”Valuation haircuts”)O SEBC aplica ”margens de avaliação” na valorização dos activos subjacentes. Isto implicaque o valor dos activos subjacentes é calculado como o valor de mercado do activo deduzidode uma determinada percentagem (haircut).

• Margens de variação (avaliação a preços de mercado)O SEBC requer que seja mantida uma margem específica ao longo do tempo em que osactivos subjacentes são utilizados nas operações reversíveis de cedência de liquidez. Istoimplica que se, o valor, medido numa base regular, dos activos subjacentes cair abaixo deum certo nível, o banco central nacional exigirá que a contraparte disponibilize activosadicionais ou numerário (ou seja, um valor de cobertura adicional). De igual modo, se ovalor dos activos subjacentes, após a respectiva reavaliação, exceder um determinado nível,o banco central devolve à contraparte os activos ou o numerário em excesso. (Os cálculospara a execução dos valores de cobertura adicionais são apresentados na Caixa 9 napágina 47.)

• Limites em relação aos emitentes/devedores ou garantesO SEBC pode aplicar limites à exposição relativa aos emitentes/devedores ou garantes.

• Garantias adicionaisO SEBC pode requerer garantias adicionais de entidades financeiramente sólidas de modo aaceitar determinados activos.

• ExclusãoO SEBC pode excluir determinados activos de serem usados nas suas operações de políticamonetária.

euro.46 O sistema de controlo de risco paraos activos da Lista 1 inclui os seguinteselementos principais:

Cada instrumento de dívida individual ésujeito a ”margens de avaliação” específi-cas. Estas margens são aplicadas dedu-zindo uma certa percentagem ao valorde mercado do activo subjacente. Asmargens de avaliação são diferenciadasde acordo com o prazo residual e aestrutura do cupão dos instrumentos dadívida, tal como se encontra descrito naCaixa 8;

Não são aplicadas margens de avaliaçãonas operações de absorção de liquidez;

Dependendo das jurisdições e dos siste-mas operacionais nacionais, os bancoscentrais nacionais permitem que existauma garantia global (pooling) resultanteda agregação dos activos subjacentes e/ ou requerem a afectação individualdos activos utilizados a cada transacção

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Caixa 8.Níveis das margens de avaliação aplicadas aos activos elegíveis da Lista 1

Margens de avaliação aplicadas a instrumentos de taxa fixa

0% para instrumentos com um prazo residual até 1 ano;

1.5% para instrumentos com um prazo residual superior a 1 ano e inferior a 3 anos;

2% para instrumentos com um prazo residual superior a 3 anos e inferior a 7 anos;

3% para obrigações de cupão com um prazo residual superior a 7 anos;

5% para obrigações de cupão zero e ”strips” com um prazo residual superior a 7 anos.

Margens de avaliação aplicadas a instrumentos de taxa variável:

0% para instrumentos com cupões fixados posteriormente.

Para instrumentos com cupões fixados antecipadamente, são aplicadas as mesmas margensde avaliação dos instrumentos de taxa fixa. No entanto, para esses instrumentos, as margensde avaliação são determinadas de acordo com o período de tempo entre a fixação do últimocupão e a nova fixação do próximo cupão.

(sistema de garantias individuais). Nossistemas de garantia global, a contrapar-te constitui a favor do banco centraluma garantia comum de activos subja-centes disponíveis em quantidadesuficiente para cobrir os corresponden-tes créditos recebidos do banco central,implicando, assim, que os activos indivi-duais não estejam ligados a operaçõesde crédito específicas. Ao invés, numsistema de garantias individuais, cadaoperação de crédito está ligada a ac-tivos específicos identificáveis;

Nos sistemas de garantia global, osactivos nela incluídos encontram-se su-jeitos a uma avaliação diária;

Nos sistemas de garantias individuais, aavaliação dos activos subjacentes é reali-zada, pelo menos, numa base semanal.Neste caso, a data de liquidação dasoperações principais de refinanciamento(normalmente todas as quartas-feiras) cor-responde a uma data de avaliação. Paraalém disso, as datas de liquidação dasoperações de refinanciamento de prazoalargado são datas de avaliação;

Nas datas de avaliação, os bancos cen-trais nacionais calculam o valor exigíveldos activos subjacentes, tendo em con-ta as alterações dos volumes de créditopor liquidar, os princípios de avaliaçãodescritos na Secção 6.5 e as margensiniciais requeridas e as margens de ava-liação;

Se, após a avaliação, os activos subja-centes não corresponderem aos requi-sitos de acordo com o cálculo efectua-do nesse dia, accionam-se os chamadosvalores de cobertura adicionais (”margincalls”) simétricos. De modo a reduzir afrequência destes, os bancos centraisnacionais podem aplicar uma margemde variação (”trigger point”). Quando éaplicada, a margem de variação devecorresponder a 1% do montante deliquidez cedida. Dependendo das juris-dições, os bancos centrais nacionaispodem requerer valores de coberturasuplementares através da cedência deactivos adicionais ou através de paga-mentos em numerário. Isto implica que,se o valor de mercado dos activossubjacentes cair abaixo do limite inferior

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Caixa 9.Cálculo das margens iniciais e das margens de avaliação

O montante total dos activos elegíveis J (para j = 1 a J; valor Cj t, no momento t ) que umacontraparte deve disponibilizar para um conjunto de operações de cedência de liquidez I(para I = 1 a I; montante Li t, no momento t ) é determinado pela seguinte fórmula:

( ) ( )1 11 1

+ ≤ −= =∑ ∑m L h Ci i ti

I

j j tj

J

, , (1)

Onde:

mi : margem inicial aplicada à operação i :

mi = 1% para operações intradiárias e pelo prazo overnight e mi = 2% para

operações com uma data de vencimento superior a um dia útil;

hj : margem de avaliação aplicada ao activo elegível j .

Seja τ o período de tempo entre as reavaliações. A base dos valores de cobertura

adicionais no momento t + τ é igual a:

( ) ( )M m L h Ct i i ti

I

j j tj

J

+ +=

+=

= + − −∑ ∑τ τ τ1 11 1

, , (2)

Dependendo das características operacionais dos sistemas de gestão das garantias dosbancos centrais nacionais, estes podem também tomar em consideração o jurocapitalizado sobre a liquidez cedida em operações em dívida no cálculo da base dosvalores de cobertura adicionais.

Os valores de cobertura adicionais são apenas accionados se a base exceder o nível deum determinado limite da margem de variação.

Seja k = 1% o limite da margem de variação. Num sistema de afectação ( I = 1), são

accionados valores de cobertura adicionais quando:

M k Lt i t+ +> ⋅τ τ, (a contraparte paga os valores de cobertura adicionais ao banco

central nacional); ou

M k Lt i t+ +< − ⋅τ τ, (o banco central nacional paga os valores de cobertura adicionais à

contraparte).

Num sistema de garantia global, a contraparte deverá disponibilizar mais activos se:

M k Lt i ti

I

+ +=

> ⋅∑τ τ,1

Ao invés, o montante de crédito intradiário (IDC) disponibilizado à contraparte numsistema de garantia global pode ser expresso da seguinte forma:

IDC

M k Lt i ti

I

=− + ⋅+ +

=∑τ τ,

.1

101 (se positivo)

Quer nos sistemas de garantias individuais, quer nos sistemas de garantia global, osvalores de cobertura adicionais deverão assegurar o reestabelecimento da relaçãoexpressa em (1) acima.

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da margem de variação, as contrapartesdevem ceder activos (ou numerário)adicionais. Do mesmo modo, se o valorde mercado dos activos subjacentes,após a sua reavaliação, exceder o limitesuperior da margem de variação, obanco central nacional devolve osactivos (ou numerário) em excesso àcontraparte (ver Caixa 9);

Nos sistemas de garantia global, pordefinição, as contrapartes podem substi-tuir os activos subjacentes numa basediária;

Nos sistemas de garantias individuais, asubstituição dos activos subjacentes podeser autorizada pelos bancos centraisnacionais;

O BCE pode, a qualquer momento,decidir excluir instrumentos de dívidaindividuais do conjunto dos instrumen-tos elegíveis na Lista 1.

6.4.3 Medidas de controlo de risco para osactivos da Lista 2

As medidas de controlo de risco apropriadaspara os activos da Lista 2 são compiladaspelo banco central nacional que tenhaincluído o activo na sua Lista 2. A aplicaçãodas medidas de controlo de risco pelosbancos centrais nacionais encontra-se sujeitaà aprovação do BCE. O SEBC procuraráassegurar condições não discriminatóriaspara os activos da Lista 2 em toda a áreado euro quando estabelecer as medidas decontrolo de risco apropriadas. Nesteenquadramento, as margens de avaliaçãoaplicadas aos activos da Lista 2 reflectem osriscos específicos associados a esses activose são, pelo menos, tão rigorosas como asmargens de avaliação aplicadas aos activosda Lista 1. A este respeito, é aplicada umaaproximação particularmente cautelosa aorisco de solvabilidade e ao risco dos preçosdas acções. Os bancos centrais nacionaisaplicam o mesmo limite de margem de

variação (caso exista) à execução dosvalores de cobertura adicionais para osactivos da Lista 2 e da Lista 1. Além disso,os bancos centrais nacionais podem aplicarlimites à sua aceitação de activos da Lista 2,podem requerer garantias adicionais epodem, a qualquer momento, decidir excluiractivos individuais das suas Listas 2.

6.5 Princípios de avaliação dosactivos subjacentes

Na determinação do valor dos activossubjacentes utilizados nas operaçõesreversíveis, o SEBC aplica os seguintesprincípios:

Para cada activo transaccionável elegívelna Lista 1 ou na Lista 2, o SEBC especificaum único mercado de referência para serusado como fonte de preços. Isto tam-bém implica que para os activos listados,cotados ou transaccionados em mais doque um mercado, apenas um dessesmercados seja usado como fonte depreço para o activo em questão;

Para cada mercado de referência, oSEBC define o preço mais representa-tivo a ser utilizado no cálculo dos valo-res de mercado. Se for cotado mais doque um preço, será utilizado o preçomais baixo (normalmente a cotação decompra);

O valor dos activos transaccionáveis écalculado com base no preço maisrepresentativo no dia útil imediatamen-te anterior à data da avaliação;

Na ausência de um preço representa-tivo para um activo específico no dia útilimediatamente anterior à data de ava-liação, será usado o último preço demercado. Se não existir nenhum preçode mercado, o banco central nacionaldefinirá um preço, tendo em conta oúltimo preço identificado para o activono mercado de referência;

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47 Os bancos centrais nacionais podem decidir nãoaceitar como activos subjacentes nas operaçõesreversíveis instrumentos de dívida com um fluxo derendimento (por exemplo, cupão de pagamento) ouacções com pagamento de qualquer tipo (ou qual-quer outro direito inerente que possa afectar a suaadequabilidade como activo subjacente) que ocorrano período até à data de vencimento das operaçõesde política monetária (ver Secções 6.2 e 6.3).

48 O BCE pode autorizar os bancos centrais nacionaisa conceder crédito intradiário contra certos tiposde instrumentos de dívida ”estrangeiros” (ver notade rodapé 39 na página 41). Porém, na área doeuro, esses instrumentos de dívida não podem serutilizados numa base transfronteiras.

O valor de mercado de um instrumentode dívida é calculado incluindo os jurosdevidos;

Dependendo das diferenças entre asjurisdições e os sistemas operacionaisnacionais, o tratamento dos fluxos derendimento (por exemplo, pagamentosde cupão) relacionados com um activorecebidos durante a vida de uma ope-ração reversível pode diferir entre ban-cos centrais nacionais. Se o rendimentofor transferido para a contraparte, osbancos centrais nacionais antes da trans-ferência asseguram-se de que as ope-rações relevantes continuam a estarinteiramente cobertas por um montan-te suficiente de activos subjacentes. Osbancos centrais nacionais pretendemassegurar que o efeito económico dotratamento dos pagamentos de rendi-mentos é equivalente a uma situação naqual o rendimento é transferido para acontraparte no dia de pagamento; 47

No que respeita aos activos da Lista 2não transaccionáveis, o banco centralnacional que incluiu o activo na sua Lista2 especifica em separado as regras deavaliação.

6.6 Utilização transfronteiras deactivos elegíveis

As contrapartes do SEBC podem utilizaractivos elegíveis numa base transfronteiras,ou seja, podem obter fundos do bancocentral nacional do Estado-membro noqual se encontram estabelecidas, utilizandoactivos localizados noutro Estado-membro.Os activos subjacentes podem ser utilizadosnuma base transfronteiras na liquidação detodos os tipos de operações nas quais oSEBC cede liquidez contra activos elegíveis.Os bancos centrais nacionais estão adesenvolver um mecanismo para assegurarque todos os activos elegíveis possam serutilizados numa base transfronteiras. Estemodelo é designado por Modelo de Banco

Central Correspondente (MBCC), ao abrigodo qual os bancos centrais actuam comodepositários (”correspondentes”) entre sirelativamente aos títulos aceites na centralde depósito de títulos local ou no sistemade liquidação de títulos.

O modelo pode ser utilizado para todos osactivos da Lista 1 e para os activos da Lista2 que sejam transaccionáveis. Podem serutilizadas soluções específicas para certost ipos de act ivos da L ista 2 nãotransaccionáveis. (Os pormenores destassoluções serão apresentados numdocumento separado.) O MBCC, assimcomo as soluções específicas para os activosda Lista 2 não transaccionáveis, podem serutilizados na cedência de liquidez peloprazo overnight, na cedência de liquidezintradiária, nas operações reversíveis(revestindo a forma de acordos derecompra ou de penhor) e nas transacçõesdefinitivas.48 O MBCC encontra-se ilustradono Gráfico 3 abaixo.

Todos os bancos centrais nacionais mantêmcontas de títulos entre si para efeitos douso transfronteira dos activos elegíveis. Osprocedimentos específicos do MBCCdependem dos activos elegíveis seencontrarem afectos a cada transacçãoindividual ou de serem detidos comogarantia global de activos subjacentes (verSecção 6.4.1):

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Gráfico 3.Modelo de banco central correspondente

País A País B

BCN A BCN B

CDT

Contraparte A Depositário

Crédito

Instruções de transferências

Garantias

Informaçãosobre garantias

Informaçãosobre garantias

Utilização de activos elegíveis depositados no país B por uma contraparte estabelecida nopaís A, de forma a obter crédito do banco central nacional do país A.

Num sistema de garantias individuais,imediatamente após a aceitação da pro-posta de crédito pelo banco centralnacional de um Estado-membro no quala contraparte se encontra estabelecida(ou seja, o ”banco central de origem”),esta dá instruções (através do seu ban-co de custódia, se necessário) ao siste-ma de liquidação de títulos no país emque os seus títulos estão depositadospara os transferir para o banco centraldesse país em nome do banco centralde origem. Logo que o banco central deorigem seja informado pelo banco cen-tral correspondente que as garantiasforam recebidas, efectua a transferênciados fundos para a contraparte. Os ban-cos centrais não adiantam fundos atéterem a certeza de que os títulos dacontraparte foram recebidos pelo ban-co central correspondente. Quando ne-cessário ao cumprimento dos prazos deliquidação, as contrapartes podem efec-tuar um depósito prévio de activosjunto dos bancos centrais correspon-

dentes em nome do seu banco centralde origem, utilizando os procedimentosdo MBCC;

Num sistema de garantia global, a con-traparte pode a qualquer momentotransferir títulos para o banco centralcorrespondente, em nome do bancocentral de origem. Logo que o bancocentral de origem tenha sido informadopelo banco central correspondente queos títulos foram recebidos, transfereestes títulos para a conta de garantiaglobal da contraparte.

No início da Terceira Fase, o MBCC estarádisponível às contrapartes entre as 9H e as16,30H, hora do BCE (C.E.T.), em todos osdias de funcionamento do SEBC. Isto implicaque 16,30H, hora do BCE (C.E.T.), é aúltima hora em que o banco central deorigem pode enviar a informação pedidapara a utilização transfronteiras dos activoselegíveis ao banco central correspondente.Tomando em devida consideração a

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necessidade de assegurar igualdade detratamento às contrapartes em toda a áreado euro, os bancos centrais nacionais podemantecipar aquele procedimento para as16H, hora do BCE (C.E.T.), para ascontrapartes contactarem o banco centralde origem com o objectivo de liquidar asoperações de crédito do SEBC com asnovas garantias a serem transferidas atravésdo MBCC. É óbvio que quando ascontrapartes prevêem a necessidade deutilizar o MBCC mais tarde, nesse mesmodia, deverão, sempre que possível, entregaros activos antecipadamente (isto é, deverãoefectuar um depósito prévio). Os activosentregues (ou empenhados) antes da horalimite de 16,00 H, hora do BCE (C.E.T.)(caso existam) podem ser utilizados em

transacções transfronteiras até aoencerramento do SEBC às 16,30 H, horado BCE (C.E.T.). Em condições excepcionais,ou quando necessário para objectivos depolítica monetária, o BCE pode decidirprolongar a hora do encerramento doMBCC até à hora do fecho do sistemaTARGET (normalmente 18,00 H, hora doBCE (C.E.T.)). O banco central nacionaldo Estado-membro no qual a contrapartese encontra estabelecida dará maisinformações sobre estes procedimentos.Os procedimentos seguidos pelos bancoscentrais nacionais no que respeita àutilização transfronteiras de activos podemdiferir ligeiramente entre os Estados--membros.

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Reservas mínimas

Capítulo 7

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Reservas mínimas

7.1 Considerações gerais

O BCE exige que as instituições de créditomantenham reservas mínimas em contasabertas nos bancos centrais nacionais, emcumprimento do disposto no regime dereservas mínimas do SEBC. Oenquadramento legal do regime de reservasmínimas do SEBC é definido no artigo 19.ºdos Estatutos do SEBC/BCE, numRegulamento do Conselho (CE) relativo àaplicação de reservas mínimas pelo BancoCentral Europeu e num Regulamento doBCE relativo a reservas mínimas. A aplicaçãodo Regulamento do BCE relativo a reservasmínimas assegura a uniformidade dos termose das condições do regime de reservasmínimas do SEBC em toda a área do euro.

O montante de reservas mínimas que cadainst ituição é obrigada a manter édeterminado em relação à base deincidência. O regime de reservas mínimasdo SEBC permite às contrapartes utilizarcláusulas de média, o que implica que ocumprimento das reservas mínimas édeterminado com base na média dos saldosde fim de dia das contas de reserva dascontrapartes, durante um período de ummês. As reservas obrigatórias das instituiçõessão remuneradas à taxa das operaçõesprincipais de refinanciamento do SEBC.

O regime de reservas mínimas do SEBCtem as seguintes principais funçõesmonetárias:

Estabilização das taxas de juro do merca-do monetárioA cláusula de média do regime dereservas mínimas do SEBC destina-se acontribuir para a estabilização das taxasde juro do mercado monetário, ao daràs instituições um incentivo para atenu-ar os efeitos das flutuações temporáriasde liquidez.

Criação ou alargamento de escassez estru-tural de liquidezO regime de reservas mínimas do SEBCcontribui para a criação ou para oalargamento da escassez estrutural deliquidez, permitindo uma maior eficiên-cia do SEBC enquanto cedente deliquidez.

Na aplicação das reservas mínimas, o BCEtem que agir na prossecução dos objectivosdo SEBC, definidos no n.º 1 do Artigo 105.ºdo Tratado e no Artigo 2.º dos Estatutos doSEBC/BCE, o que implica, nomeadamente,o princípio de que não deve ser induzidauma s igni f icat iva deslocal ização oudesintermediação indesejável.

7.2 Instituições sujeitas a reservasmínimas

Nos termos do disposto no Artigo 19.º1dos Estatutos do SEBC/BCE, o BCE podeexigir às instituições de crédito estabelecidasnos Estados-membros a constituição dereservas mínimas. Esta disposição implicaque as sucursais na área do euro deentidades que não tenham a sua sedesocial na área do euro se encontramigualmente sujeitas ao regime de reservasmínimas do SEBC. No entanto, as sucursaissituadas fora da área do euro de instituiçõesde crédito estabelecidas na área do euronão se encontram sujeitas ao regime dereservas mínimas do SEBC.

O BCE pode isentar as instituições que seencontram em processo de liquidação oude reorganização das respectivas obrigaçõesrespeitantes ao regime de reservas mínimasdo SEBC. De acordo com o disposto noRegulamento do Conselho (CE) relativo àaplicação de reservas mínimas pelo BancoCentral Europeu e no Regulamento doBCE relativo a reservas mínimas, o BCEpode também isentar grupos de outras

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49 O modelo de reporte de estatísticas monetárias ebancárias do BCE é apresentado no Anexo 4.

instituições das respectivas obrigaçõesrespeitantes ao regime de reservas mínimasdo SEBC numa base não discriminatória, seos objectivos do regime de reservas mínimasdo SEBC não fossem atingidos impondo-asàs referidas instituições. Na decisão quantoa estas isenções, o BCE considera um oualguns dos seguintes critérios:

a instituição desempenha uma funçãoespecial;

a instituição não exerce funções ban-cárias activas numa base de concorrên-cia com outras instituições de crédito;

a instituição tem todos os seus depósi-tos afectos a fins relacionados com aassistência ao desenvolvimento regionale/ou internacional.

O BCE efectua e mantém uma lista dasinstituições sujeitas ao regime de reservasmínimas do SEBC. A referida lista é divulgadapublicamente. O BCE divulgará igualmenteuma lista das instituições que se encontramisentas dessa obrigação, ao abrigo do regimede reservas mínimas do SEBC, por outrasrazões para além de se encontrarem emprocesso de reorganização. As contrapartespodem ter por base as referidas listasquando decidem se têm responsabilidadespara com uma outra instituição que seencontra sujeita a reservas mínimas. Aslistas disponibilizadas ao público no últimodia útil do SEBC de cada mês são válidaspara o cálculo da base de incidência para operíodo seguinte de constituição de reservasmínimas.

7.3 Cálculo das reservas mínimas

a. Base de incidência e rácios de reserva

A base de incidência de uma instituição édefinida em relação às rubricas do respectivobalanço. Os dados do balanço sãocomunicados aos bancos centrais nacionaisno âmbito das estatísticas monetárias e

bancárias do BCE (ver Secção 7.5)49 . Paraas instituições sujeitas a todos os requisitosde reporte, os dados do balanço, referentesao fim de um determinado mês, sãoutilizados para determinar a base deincidência para o período de manutençãoque se inicia durante o mês seguinte.

O modelo de reporte das estatísticasmonetárias e bancárias do BCE inclui apossibilidade de isentar as pequenasinstituições de alguns dos requisitos dereporte. As instituições que se enquadramnesta disposição devem apenas comunicarum conjunto de dados do balanço, numabase trimestral (dados de fim de trimestre),com um prazo de reporte mais alargado doque as instituições de maior dimensão. Paraestas instituições, os dados do balançocomunicados num trimestre específico sãouti l izados para determinar , com odesfasamento de um mês, a base deincidência para três períodos consecutivosde um mês de constituição de reservasmínimas.

Em conformidade com o disposto noRegulamento do Conselho (CE) relativo àaplicação de reservas mínimas pelo BancoCentral Europeu, o BCE tem o direito deincluir na base de incidência das instituiçõesresponsabilidades resultantes da aceitaçãode fundos assim como responsabilidadesresultantes de elementos extra-patrimoniais.Segundo o regime de reservas mínimas doSEBC, apenas as rubricas do passivo”depósitos”, ”títulos de dívida emitidos” e”papel comercial” são, de facto, incluídas nabase de incidência (ver Caixa 10).

As responsabilidades para com outrasinstituições incluídas na lista de instituiçõessujeitas ao regime de reservas mínimas doSEBC e as responsabilidades para com oBCE e os bancos centrais nacionais não sãoincluídas na base de incidência. Assim, para

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Caixa 10.Base de incidência e rácios de reserva

A. Responsabilidades incluídas na base de incidência às quais se aplica um rácio dereserva positivo

Depósitos• Depósitos pelo prazo overnight• Depósitos com prazo até 2 anos• Depósitos reembolsáveis com pré-aviso até 2 anosTítulos de dívida emitidos• Títulos de dívida com prazo até 2 anosPapel comercial• Papel comercial

B. Responsabilidades incluídas na base de incidência às quais se aplica um rácio dereserva zeroDepósitos• Depósitos com prazo superior a 2 anos• Depósitos reembolsáveis com pré-aviso superiores a dois anos• Acordos de recompraTítulos de dívida emitidos• Títulos de dívida com prazo superior a 2 anos

C. Responsabilidades excluídas da base de incidência• Responsabilidades para com outras instituições sujeitas ao regime de reservas

mínimas do SEBC• Responsabilidades para com o BCE e os bancos centrais nacionais

as rubricas do passivo ”títulos de dívidaemitidos” e ”papel comercial”, o emitentedeve poder confirmar o valor efectivodesses instrumentos, detidos por outrasinstituições sujeitas ao regime de reservasmínimas do SEBC, de modo a poder deduzi--los da base de incidência. Se tal confirmaçãonão puder ser efectuada, os emitentespodem aplicar deduções padrão, numapercentagem fixa (a especificar pelo BCE),a cada uma dessas rubricas do balanço.

Os rácios de reserva são determinadospelo BCE sujeitos a um limite máximoespecificado no Regulamento do Conselho(CE) relativo à aplicação de reservasmínimas pelo Banco Central Europeu. OBCE aplica um rácio de reserva uniforme,diferente de zero, à maior parte das rubricasincluídas na base de incidência. Esse rácio

de reserva é especificado no Regulamentodo BCE relativo a reservas mínimas. O BCEimpõe um rácio de reserva zero às seguintesrubricas do passivo: ”depósitos a prazosuperior a dois anos”, ”depósitosreembolsáveis com pré-aviso superiores adois anos”, ”operações de recompra” e”títulos de dívida com prazo superior a doisanos” (ver Caixa 10). O BCE pode, emqualquer momento, alterar os rácios dereserva. As alterações aos rácios de reservasão anunciadas pelo BCE antes do primeiroperíodo de constituição de reservas mínimaspara o qual a alteração se aplica.

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50 No que concerne às instituições autorizadas acomunicar dados estatísticos como um grupo embase consolidada de acordo com o disposto noquadro legal de reporte de dados sobreestatísticas monetárias e bancárias do BCE ( v e rAnexo 4), será autorizada apenas uma deduçãopara o grupo como um todo, a menos que asinstituições disponibilizem dados sobre a base deincidência e as reservas, de forma suficientementedetalhada, que permita ao SEBC verificar o seurigor e qualidade e determinar a respectiva reservamínima para cada instituição individual incluída nogrupo.

51 Se uma instituição não possuir sede num Estado--membro onde se encontre estabelecida, tem quedesignar uma sucursal principal, a qual será entãoresponsável pelo cumprimento das reservas míni-mas agregadas de todos os estabelecimentos dainstituição no Estado-membro em questão.

b. Cálculo das reservas obrigatórias

As reservas obrigatórias para cada instituiçãoindividual são calculadas aplicando, aomontante de responsabilidades elegíveis, osrácios de reserva para as correspondentesrubricas do passivo.

Cada instituição pode efectuar uma deduçãofixa uniforme à reserva obrigatória quedeve manter em cada Estado-membroonde se encontra estabelecida. O valor dadedução fixa encontra-se especificado noRegulamento do BCE relativo a reservasmínimas. A autorização dessa dedução nãoobsta ao cumprimento das obrigaçõeslegais por parte das instituições que seencontram sujeitas ao regime de reservasmínimas do SEBC. 50

As reservas obrigatórias para cada períodode constituição de reservas mínimas sãoarredondadas para o euro mais próximo.

7.4 Constituição de reservas

a. Período de constituição de reservas

O período de constituição de reservasmínimas é de um mês, com início no dia 24de cada mês e termo no dia 23 do mêsseguinte.

b. Reservas

Cada instituição é obrigada a manter reservasmínimas em pelo menos uma conta dereserva detida junto do banco central nacionaldo Estado-membro onde se encontraestabelecida. No que concerne às instituiçõesque possuem mais de um estabelecimentonum Estado-membro, a sede é responsávelpelo cumprimento das reservas mínimasagregadas de todos os estabelecimentos dainstituição nesse Estado-membro.51 Umainstituição que possua estabelecimentos emmais de um Estado-membro deve manter

reservas mínimas no banco central nacionalde cada Estado-membro onde temestabelecimentos, relativas à base de incidênciano Estado-membro correspondente.

As contas de liquidação das instituiçõesabertas nos bancos centrais nacionais podemser utilizadas como contas de reserva. Asreservas detidas nas contas de liquidaçãopodem ser utilizadas para liquidaçõesintradiárias. As reservas diárias de umainstituição são calculadas como saldo defim de dia da conta de reserva.

Uma instituição pode solicitar ao bancocentral nacional do Estado-membro noqual é residente a detenção de reservasmínimas de forma indirecta, através de umintermediário. A possibilidade de constituirreservas mínimas através de umintermediário encontra-se, em geral, limitadaàs instituições constituídas de tal forma queparte da administração (por exemplo, gestãode caixa) é normalmente efectuada atravésde um intermediário (por exemplo, asredes de caixas económicas e de bancoscooperativos podem centralizar as reservas).A constituição de reservas mínimas atravésde um intermediário encontra-se sujeita àsdisposições especificadas no Regulamentodo BCE relativo a reservas mínimas.

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Caixa 11. Cálculo da remuneração das reservas obrigatórias

As reservas obrigatórias são remuneradas de acordo com a seguinte fórmula:

360

1001∑

= ⋅⋅⋅

=

n

i ttt

t

n

MRinH

R

Onde:Rt = remuneração que será paga sobre as reservas obrigatórias durante o período de

constituição tHt = constituição de reservas obrigatórias durante o período de constituição tnt = número de dias do período de constituição ti = i-ésimo dia do período de constituição tMRi = taxa de juro marginal da mais recente operação principal de refinanciamento

no dia i

c. Remuneração das reservas

As reservas mínimas são remuneradas,durante o período de constituição, à médiada taxa (ponderada de acordo com onúmero de dias) das operações principaisde refinanciamento do SEBC, de acordocom a fórmula apresentada na Caixa 11. Asreservas que excedem as reservasobrigatórias não são remuneradas. Aremuneração é paga no segundo dia útil doBCN, após o fim do período de constituiçãosobre o qual incide a remuneração.

7.5 Comunicação e verificação dabase de incidência

As rubricas da base de incidência para aaplicação das reservas mínimas sãocalculadas pelas próprias instituições sujeitasàs reservas mínimas e são comunicadas aosbancos centrais nacionais, no âmbito geraldas estatísticas monetárias e bancárias doBCE (ver Anexo 4).

No que respeita às instituições que estãoautorizadas a agir como intermediárias dasreservas indirectas de outras instituições, oRegulamento do BCE relativo a reservas

mínimas estipula requisitos especiais derecolha de dados. A constituição de reservasatravés de um intermediário não altera asobrigações de comunicação de dadosestatísticos por parte das instituições quedetêm as respectivas reservas através deum intermediário.

O BCE e os bancos centrais nacionais têmo direito, no âmbito do disposto noRegulamento do Conselho (CE), relativo àaplicação de reservas mínimas pelo BancoCentral Europeu, de verificar o rigor e aqualidade dos dados recolhidos.

7.6 Não cumprimento dasobrigações relativas a reservasmínimas

O não cumprimento das reservasobrigatórias ocorre quando o saldo médiode fim de dia da(s) conta(s) de reserva deuma instituição, durante o período deconstituição de reservas mínimas, é inferiorà reserva obr igatór ia no per íodocorrespondente.

Se uma instituição deixar de cumprir todosou parte dos requisitos de reserva, o BCE,

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nos termos do disposto no Regulamentodo Conselho (CE) relativo à aplicação dereservas mínimas pelo Banco CentralEuropeu, pode impor qualquer uma dasseguintes sanções:

pagamento até cinco pontos percen-tuais acima da taxa activa marginal,aplicável ao montante dos requisitos dereserva que a instituição em questãonão cumpriu; ou

pagamento até ao dobro da taxa activamarginal, aplicável ao montante dosrequisitos de reservas que a instituiçãoem questão não cumpriu; ou

obrigatoriedade da instituição em ques-tão constituir depósitos não remunera-dos no BCE ou nos bancos centraisnacionais até três vezes o montante dosrequisitos de reservas que a instituiçãoem questão não cumpriu. O prazo dodepósito não pode exceder o períododurante o qual a instituição não cumpriuas reservas obrigatórias.

Se uma instituição deixar de cumprir comoutras obr igações est ipuladas nosRegulamentos e Decisões do BCErelacionados com o regime de reservasmínimas do SEBC (por exemplo,comunicação dos dados fora do prazofixado ou prestação de informações nãocorrectas), o BCE dispõe de poderes paraimpor sanções, ao abrigo do disposto noRegulamento do Conselho (CE) no querespeita aos poderes do Banco CentralEuropeu para impor sanções.

Além disso, o SEBC pode, em conformidadecom as disposições dos acordos contratuaisou normativos aplicados pelos bancoscentrais nacionais, suspender o acesso dascontrapartes às facilidades permanentes decrédito do SEBC e às operações demercado aberto, em caso de nãocumprimento com as obrigações do regimede reservas mínimas do SEBC. O SEBCpode igualmente exigir que as instituiçõesque não cumprem as obrigações acimareferidas constituam reservas mínimasdiárias, suspendendo a opção que teriamde utilizar a cláusula de média.

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Disposições transitórias

Capítulo 8

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Disposições transitórias

Por forma a assegurar que a transição daspolíticas monetárias nacionais da SegundaFase para a política monetária única daTerceira Fase seja tranquila é importante autilização de uma abordagem harmonizadapara a conclusão das operações de políticamonetária nacionais no final da SegundaFase, e para a transição para a políticamonetária do SEBC no início da TerceiraFase. A este respeito, foram identificadasdiversas áreas onde devem ser aplicadasdisposições específicas para a transição.

8.1 Operações de mercado abertoe facilidades permanentes

a. Disposições gerais

Embora os direitos e as relações jurídicasexistentes entre os bancos centrais nacionaisna Segunda Fase não sejam suprimidos, osbancos centrais nacionais procurarãosuavizar a transição para a Terceira Faseassegurando, em especial, que as operaçõesde política monetária iniciadas na SegundaFase sejam eliminadas progressivamente noinício da Terceira Fase.

b. Operações de mercado aberto

O calendário das operações principais derefinanciamento e das operações derefinanciamento de prazo alargado, a seremconduzidas pelo SEBC no ano de 1999, éapresentado no Anexo 5 (ver tambémSecção 5.1.2). De acordo com estecalendário, são especificadas as seguintesdisposições para as primeiras operações demercado aberto do SEBC:

A primeira operação principal de refi-nanciamento da Terceira Fase éanunciada a 4 de Janeiro de 1999, acolocação em leilão efectua-se a 5 deJaneiro de 1999 e as transacções rela-

cionadas são liquidadas a 7 de Janeirode 1999. A operação tem um prazo de13 dias (o reembolso ocorre a 20 deJaneiro de 1999);

A primeira operação de refinanciamen-to de prazo alargado na Terceira Fase éanunciada a 12 de Janeiro de 1999, acolocação em leilão efectua-se a 13 deJaneiro de 1999 e as transacções rela-cionadas são liquidadas a 14 de Janeirode 1999. A primeira operação de refi-nanciamento de prazo alargado consisteem leilões separados para transacçõescom três prazos diferentes: aproxima-damente um terço do volume tem umprazo de 42 dias (o reembolso ocorre a25 de Fevereiro de 1999), um terço dovolume tem um prazo de 70 dias (oreembolso ocorre a 25 de Março de1999) e um terço do volume tem umprazo de 105 dias (o reembolso ocorrea 29 de Abril de 1999);

O SEBC pode executar operações oca-sionais de regularização e operaçõesestruturais de mercado aberto a partirde 4 de Janeiro de 1999.

As operações de mercado aberto iniciadaspelos bancos centrais nacionais antes de 1de Janeiro de 1999 continuarão a ser daresponsabilidade dos respectivos bancoscentrais nacionais até ao prazo devencimento.

Os certificados de dívida emitidos pelosbancos centrais nacionais antes de 1 deJaneiro de 1999 continuarão a ser daresponsabilidade dos respectivos bancoscentrais nacionais até à data de vencimento.Estes certificados serão elegíveis comoactivos da Lista 1 para mobilização e garantiadas operações de política monetária doSEBC (ver Secção 6.2).

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52 Entende-se que o saldo do início de exercício, a 1de Janeiro de 1999, corresponde ao saldo do fechode exercício, a 31 de Dezembro de 1998.

c. Facilidades permanentes de crédito

As facilidades permanentes de crédito doSEBC poderão ser utilizadas a partir de 4de Janeiro de 1999. As operações efectuadasno âmbito das facilidades permanentes decrédito dos bancos centrais nacionais,iniciadas antes de 1 de Janeiro de 1999,continuarão a ser da responsabilidade dosrespectivos bancos centrais nacionais até àdata de vencimento.

d. Activos elegíveis

Os critérios de elegibilidade e as medidasde controlo de risco, especificados peloBCE e pelos bancos centrais nacionais paraos activos subjacentes às operações depolítica monetária do SEBC, serão aplicadospara as operações de política monetáriainiciadas pelo SEBC após 1 de Janeiro de1999. No que respeita às operaçõesiniciadas pelos bancos centrais nacionaisantes de 1 de Janeiro de 1999, os critériosde elegibilidade e as medidas de controlode risco para os activos subjacentescontinuarão a ser da responsabilidade dosrespectivos bancos centrais nacionais até àdata de vencimento dessas operações.

8.2 Reservas mínimas

a. Data de entrada em vigor

O regime de reservas mínimas do SEBCentrará em vigor a partir de 1 de Janeiro de1999. Os bancos centrais nacionais aplicarãoas disposições necessárias para assegurarque os respectivos sistemas de reservasmínimas terminem na data limite de 31 deDezembro de 1998.

b. Cálculo da base de incidência para oprimeiro período de constituição

A base de incidência de uma instituiçãopara o primeiro período de constituição dereservas mínimas, ao abrigo do regime dereservas mínimas do SEBC, será definidoem relação a rubricas do balanço do iníciode exercício, em 1 de Janeiro de 1999, talcomo foi comunicado aos bancos centraisnacionais no âmbito do quadro geral dasestatísticas monetárias e bancárias do BCE.52

As instituições de pequena dimensão, quese encontram normalmente sujeitas aobrigações de reporte mais leves do queoutras Instituições Financeiras Monetárias,devem comunicar aos bancos centraisnacionais, até 10 de Fevereiro de 1999, osdados do balanço do início de exercício, a1 de Janeiro de 1999.52 Para as pequenasinstituições, os dados do balanço em 1 deJaneiro de 1999 constituem a base para ocálculo da base de incidência para osprimeiros quatro períodos de constituição.

c. As datas do primeiro período de constituição

O primeiro período de constituição doregime de reservas mínimas do SEBC teminício a 1 de Janeiro de 1999 e termina a 23de Fevereiro de 1999.

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Anexos

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Exemplos de operações e procedimentos de políticamonetária

Lista de exemplos

Exemplo 1 Operações reversíveis de cedência de liquidez através de leilão de taxa fixa

Exemplo 2 Operações reversíveis de cedência de liquidez através de leilão de taxavariável

Exemplo 3 Emissão de certificados de dívida do BCE através de leilão de taxa variável

Exemplo 4 Swap de divisas para absorção de liquidez através de leilão de taxa variável

Exemplo 5 Swap de divisas para cedência de liquidez através de leilão de taxa variável

Exemplo 6 Medidas de controlo de risco

Anexo 1

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Exemplo 1.Operações reversíveis de cedência de liquidez através de leilão de taxa fixa

O BCE decide ceder liquidez ao mercado através de operações reversíveis organizadaspor procedimento de leilão de taxa fixa.

Três contrapartes submetem as seguintes propostas:

O BCE decide colocar um total de EUR 105 milhões.

A percentagem de colocação é a seguinte:

A colocação junto das contrapartes é:

= 75%105

(30 + 40 + 70)

Contraparte Proposta (EUR milhões) Colocação (EUR milhões)

Banco 1 30 22.5

Banco 2 40 30.0

Banco 3 70 52.5

Total 140 105.0

Contraparte Proposta (EUR milhões)

Banco 1 30

Banco 2 40

Banco 3 70

Total 140

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Exemplo 2.Operações reversíveis de cedência de liquidez através de leilão de taxa variável

O BCE decide ceder liquidez ao mercado através de operações reversíveis organizadaspor um procedimento de leilão de taxa variável.

Três contrapartes submetem as seguintes propostas:

O BCE decide colocar EUR 94 milhões, implicando uma taxa de juro marginal de 3.05%.

Todas as propostas acima de 3.05% (para um montante acumulado de EUR 80 milhões)são totalmente satisfeitas. À taxa de 3.05%, a percentagem de colocação é:

Montante (EUR milhões)

Taxa de juro (%) Banco 1 Banco 2 Banco 3 Total das Propostaspropostas acumuladas

3.15 0 0

3.10 5 5 10 10

3.09 5 5 10 20

3.08 5 5 10 30

3.07 5 5 10 20 50

3.06 5 10 15 30 80

3.05 10 10 15 35 115

3.04 5 5 5 15 130

3.03 5 10 15 145

Total 30 45 70 145

A colocação junto do Banco 1 à taxa de juro marginal é, por exemplo:

0.4 x 10 = 4

A colocação total junto do Banco 1 é:

5 + 5 + 4 = 14

Os resultados da colocação podem ser sintetizados como:

94 – 80

35= 40%

Se o procedimento de colocação tiver uma taxa única (leilão holandês), a taxa de juroaplicada aos montantes colocados é de 3.05%.

Se o procedimento de colocação tiver uma taxa múltipla (leilão americano), não é aplicadauma taxa de juro única aos montantes colocados; por exemplo, o Banco 1 recebe EUR 5milhões à taxa de 3.07%, EUR 5 milhões à taxa de 3.06% e EUR 4 milhões à taxa de 3.05%.

Montante (EUR milhões)

Contrapartes Banco 1 Banco 2 Banco 3 Total

Total das propostas 30.0 45.0 70.0 145

Total da colocação 14.0 34.0 46.0 94

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Amount (EUR millions)

Taxa de juro (%) Banco 1 Banco 2 Banco 3 Total das Propostaspropostas acumuladas

3.00 0 0

3.01 5 5 10 10

3.02 5 5 5 15 25

3.03 5 5 5 15 40

3.04 10 5 10 25 65

3.05 20 40 10 70 135

3.06 5 10 10 25 160

3.08 5 10 15 175

3.10 5 5 180

Total 55 70 55 180

A colocação junto do Banco 1 à taxa de juro marginal é, por exemplo:0.85 x 20 = 17

A colocação total junto do Banco 1 é:

5 + 5 + 5 + 10 + 17 = 42

Os resultados da colocação podem ser sintetizados como:

124.5 – 65

70= 85%

Exemplo 3.Emissão de certificados de dívida do BCE através de leilão de taxa variável

O BCE decide absorver liquidez do mercado mediante a emissão de certificados dedívida através de um procedimento de leilão de taxa variável.

Três contrapartes submetem as seguintes propostas:

O BCE decide colocar um montante nominal de EUR 124.5 milhões, implicando umataxa de juro marginal de 3.05%.

Todas as propostas inferiores a 3.05% (para um montante acumulado de EUR 65milhões) são totalmente satisfeitas. À taxa de 3.05%, a percentagem de colocação é:

Montante (EUR milhões)

Contrapartes Banco 1 Banco 2 Banco 3 Total

Total das propostas 55.0 70.0 55.0 180.0

Total da colocação 42.0 49.0 33,5 124.5

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O BCE decide colocar EUR 158 milhões, implicando 6.63 pontos de swap marginais.Todas as propostas superiores a 6.63 (para um montante acumulado de EUR 65milhões) são totalmente satisfeitas. A 6.63, a percentagem de colocação é:

A colocação junto do Banco 1 aos pontos de swap marginais é, por exemplo:

0.93 x 25 = 23.5

A colocação total junto do Banco 1 é:

5 + 5 + 5 + 10 + 23.5 = 48.5

Os resultados da colocação podem ser sintetizados como:

158 – 65

100= 93%

O BCE fixa em 1.1300 a taxa de câmbio à vista do EUR/USD para a operação.

Se o procedimento de colocação tiver uma taxa única (leilão holandês), na data deinício da operação, o SEBC compra EUR 158 000 000 e vende USD 178 540 000. Nadata de vencimento da operação, o SEBC vende EUR 158 000 000 e compra USD178 644 754 (a taxa de câmbio a prazo é 1.130663 = 1.1300 + 0.000663).

Amount (EUR millions)

Pontos de swap Banco 1 Banco 2 Banco 3 Total Propostas(× 10 000) acumuladas

6.84 0 0

6.80 5 5 10 10

6.76 5 5 5 15 25

6.71 5 5 5 15 40

6.67 10 10 5 25 65

6.63 25 35 40 100 165

6.58 10 20 10 40 205

6.54 5 10 10 25 230

6.49 5 5 235

Total 65 90 80 235

Exemplo 4.Swap de divisas para absorção de liquidez através de leilão de taxa variável

O BCE decide absorver liquidez do mercado efectuando um swap de divisas à taxaEUR/USD, através de um leilão de taxa variável. (Nota: Neste exemplo, o euro étransaccionado a prémio.)

Três contrapartes submetem as seguintes propostas:

Montante (EUR milhões)

Contrapartes Banco 1 Banco 2 Banco 3 Total

Total das propostas 65.0 90.0 80.0 235.0

Total da colocação 48.5 52.5 57.0 158.0

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Exemplo 4 (continuação)

Se o procedimento de colocação tiver uma taxa múltipla (leilão americano), o SEBCtroca os montantes de EUR e USD, como ilustrado no quadro seguinte:

Transacção à vista Transacção a prazo

Taxa de câmbio Compra EUR Venda USD Taxa de câmbio Venda EUR Compra USD

1.1300 1.130684

1.1300 10 000 000 11 300 000 1.130680 10 000 000 11 306 800

1.1300 15 000 000 16 950 000 1.130676 15 000 000 16 960 140

1.1300 15 000 000 16 950 000 1.130671 15 000 000 16 960 065

1.1300 25 000 000 28 250 000 1.130667 25 000 000 28 266 675

1.1300 93 000 000 105 090 000 1.130663 93 000 000 105 151 659

1.1300 1.130658

1.1300 1.130654

1.1300 1.130649

Total 158 000 000 178 540 000 158 000 000 178 645 339

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O BCE decide colocar EUR 197 milhões, implicando 6.54 pontos de swap marginais.Todas as propostas inferiores a 6.54 (para um montante acumulado de EUR 195milhões) são totalmente satisfeitas. A 6.54, a percentagem de colocação é:

A colocação junto do Banco 1 aos pontos de swap marginais é, por exemplo:

0.10 x 5 = 0.5A colocação total junto do Banco 1 é:

5 + 5 + 10 + 10 + 20 + 5 + 0.5 = 55.5

Os resultados da colocação podem ser sintetizados como:

197 – 195

20= 10%

O BCE fixa em 1.1300 a taxa de câmbio à vista EUR/USD para a operação.

Se o procedimento de colocação tiver uma taxa única (leilão holandês), na data deinício da operação o SEBC vende EUR 197 000 000 e compra USD 222 610 000. Nadata de vencimento da operação, o SEBC compra EUR 197 000 000 e vende USD222 738 838 (a taxa de câmbio a prazo é 1.130654 = 1.1300 + 0.000654).

Montante (EUR milhões)

Pontos de swap Banco 1 Banco 2 Banco 3 Total Propostas(× 10 000) acumuladas

6.23

6.27 5 5 10 10

6.32 5 5 10 20

6.36 10 5 5 20 40

6.41 10 10 20 40 80

6.45 20 40 20 80 160

6.49 5 20 10 35 195

6.54 5 5 10 20 215

6.58 5 5 220

Total 60 85 75 220

Exemplo 5.Swap de divisas para cedência de liquidez através de leilão de taxa variável

O BCE decide ceder liquidez ao mercado executando um swap de divisas EUR/USD, através de um leilão de taxa variável. (Nota: Neste exemplo, o euro é transaccionado aprémio.)

Três contrapartes submetem as seguintes propostas:

Montante (EUR milhões)

Contrapartes Banco 1 Banco 2 Banco 3 Total

Total das propostas 60.0 85.0 75.0 220

Total da colocação 55.5 75.5 66.0 197

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Exemplo 5 (continuação)

Se o procedimento de colocação tiver uma taxa múltipla (leilão americano), o SEBCtroca os montantes de EUR e USD, como é ilustrado no quadro seguinte:

Transacção à vista Transacção a prazo

Taxa de câmbio Venda EUR Compra USD Taxa de câmbio Compra EUR Venda USD

1.1300 1.130623

1.1300 10 000 000 11 300 000 1.130627 10 000 000 11 306 270

1.1300 10 000 000 11 300 000 1.130632 10 000 000 11 306 320

1.1300 20 000 000 22 600 000 1.130636 20 000 000 22 612 720

1.1300 40 000 000 45 200 000 1.130641 40 000 000 45 225 640

1.1300 80 000 000 90 400 000 1.130645 80 000 000 90 451 600

1.1300 35 000 000 39 550 000 1.130649 35 000 000 39 572 715

1.1300 2 000 000 2 260 000 1.130654 2 000 000 2 261 308

1.1300 1.130658

Total 197 000 000 222 610 000 197 000 000 222 736 573

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1 O exemplo baseia-se na hipótese de que, no cálculo da necessidade de um valor de cobertura adicional(”margin call”), o juro devido pela liquidez cedida é tomado em consideração e é aplicada uma margem devariação (”trigger point”) de 1% à liquidez cedida. Contudo, devido a diferenças operacionais nos sistemas degestão das garantias dos bancos centrais nacionais, o tratamento dado aos juros devidos e à utilização deuma margem de variação pode ser diferente entre os bancos centrais nacionais no início da Terceira Fase.

Quadro I. Activos subjacentes utilizados nas transacções

Características Preços (incluindo juros devidos)

Nome Prazo de Definição Frequência Prazo Margem 28/07/1999 29/07/1999 04/08/1999 11/08/1999 18/08/1999

vencimento do cupão do cupão residual deavaliação

Obrigação 26/08/2001 Fixo 6 meses 2 anos 1.5% 102.63% 101.98% 100.57% 101.42% 100.76%A

Obrigação 15/11/2002 Flutuação 12 meses 3 anos 0.0% 98.35% 97.95% 98.15% 98.75%de taxa pré-fixa

variável B

Obrigação 05/05/2010 Cupão 11 anos 5.0% 55.125% 53.375%C zero

Obrigação 11/03/2005 Fixo 12 meses 6 anos 2.0% 97.50%

D

Sistema de Garantias individuais

Primeiro, assume-se que as transacções são efectuadas com um banco central nacionalutilizando um sistema no qual os activos subjacentes são afectados para cadatransacção. O sistema de controlo de risco pode ser descrito da seguinte forma (vertambém Quadro 2 abaixo):

1. Para cada transacção contratada pela contraparte, é aplicada uma margem inicial de2%, desde que o prazo da operação exceda um dia útil.

Exemplo 6.Medidas de controlo de risco

Este exemplo ilustra o sistema de controlo de risco aplicado aos activos subjacentes àsoperações de cedência de liquidez do SEBC.1 O exemplo baseia-se na hipótese de quea contraparte participa nas seguintes operações de política monetária do SEBC :

Uma operação principal de refinanciamento com início a 28 de Julho de 1999 e fim a11 de Agosto de 1999, na qual a contraparte recebe EUR 50 milhões;

Uma operação de prazo alargado com início a 29 de Julho de 1999 e fim a 28 deOutubro de 1999, na qual a contraparte recebe EUR 45 milhões;

Uma operação principal de refinanciamento com início a 4 de Agosto de 1999 e fima 18 de Agosto de 1999, na qual a contraparte recebe EUR 10 milhões.

As características dos activos subjacentes utilizados pela contraparte para cobrir essasoperações estão especificadas no Quadro 1 abaixo.

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2 Os bancos centrais nacionais podem accionar valores de cobertura adicionais em numerário em vez de títulos.3 Se fosse devida à contraparte do banco central nacional uma margem em relação à segunda transacção, em

alguns casos, esta margem poderia ser compensada pela margem a pagar ao banco central nacional pelacontraparte em relação à primeira transacção. Deste modo, haveria apenas uma margem a liquidar.

Exemplo 6 (continuação)

2. No dia 28 de Julho de 1999, a contraparte contrata uma transacção de recompracom o banco central nacional, que compra a obrigação A por EUR 50 milhões. Aobrigação A tem cupão fixo e a data de vencimento é 26 de Agosto de 2001.Assim, tem um prazo residual de 2 anos, necessitando de uma margem de avaliaçãode 1.5%. O preço de mercado da obrigação A no mercado de referência, nesse dia,é de 102.63%, incluindo o juro devido do cupão (ou seja, se a obrigação A pagar umcupão de 2.5% semestralmente, a 28 de Julho de 1999 o preço líquido é de 100.52%e o cupão devido 2.11%). A contraparte é solicitada a ceder um montante daobrigação A, que após a dedução de 1.5% da margem de avaliação, excede EUR 51milhões (correspondendo ao montante colocado de EUR 50 milhões, acrescido deuma margem inicial de 2%). Portanto, a contraparte entrega a obrigação A por ummontante nominal de EUR 50.5 milhões, cujo preço de mercado ajustado é EUR51 050 728, nesse dia.

3. A 29 de Julho de 1999, a contraparte contrata uma transacção de recompra com obanco central nacional, o qual compra EUR 21.5 milhões da obrigação A (preço demercado 101.98%, margem de avaliação 1.5%) e EUR 25 milhões do activo B (preçode mercado 98.35%). O activo B é uma obrigação de taxa variável com pagamentosanuais de cupão fixados antecipadamente, aos quais se aplica uma margem deavaliação de 0%. O valor de mercado ajustado da obrigação A e da obrigação de taxavariável B, nesse dia, é EUR 46 184 315, excedendo o montante exigido de EUR 45 900 000 (EUR 45 milhões acrescido de uma margem inicial de 2%).

A 4 de Agosto de 1999, os activos subjacentes são reavaliados: o preço de mercadoda obrigação A é 100.57% e o preço de mercado da obrigação de taxa variável B é97.95%. Os juros devidos totalizam EUR 34 028 na operação principal derefinanciamento iniciada a 28 de Julho de 1999 e EUR 28 125 na operação derefinanciamento de prazo alargado iniciada a 29 de Julho de 1999. Em resultado, ovalor de mercado ajustado da obrigação A, na primeira transacção, cai para um valorinferior ao valor de cobertura (”margined”) da transacção (liquidez cedida, mais jurocedido, mais margem inicial) em aproximadamente EUR 1 milhão. A contraparteentrega EUR 1.1 milhões da obrigação A em termos do valor nominal, o que, após adedução de uma margem de avaliação de 1.5% ao valor de mercado, baseado numpreço de 100.57%, repõe uma cobertura suficiente da garantia.2 Não é necessárioum valor de cobertura adicional na segunda transacção, uma vez que o valor demercado ajustado dos activos subjacentes util izados nesta transacção(EUR 45 785 712), embora ligeiramente abaixo do montante coberto(EUR 45 928 688), não é inferior ao nível da margem de variação (valor de coberturamenos 1%) de EUR 45 478 588.3

4. A 4 de Agosto de 1999, a contraparte contrata uma transacção com acordo de recompracom o banco central nacional, o qual compra EUR 10 milhões da obrigação

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Exemplo 6 (continuação)

C. A obrigação C é uma obrigação de cupão zero com um valor de mercado de55.125%, nesse dia. A contraparte entrega EUR 19.5 milhões da obrigação C emtermos nominais. A obrigação de cupão zero tem um prazo residual de cerca de 11anos e, portanto, necessita de uma margem de avaliação de 5%.

5. A 11 de Agosto, vence-se a transacção com acordo de recompra contratada a 28 deJulho de 1999. Nesse mesmo dia, os activos subjacentes são reavaliados, sem resultarnum valor de cobertura adicional para a transacção contratada a 29 de Julho de1999. No entanto, é necessário um valor de cobertura adicional para a transacçãocontratada a 4 de Agosto de 1999, porque o preço de mercado da obrigação C caiupara 53.375%. A contraparte entrega o valor nominal de EUR 400 000 de umaobrigação D de taxa fixa, cujo prazo residual é de aproximadamente 6 anos (margemde avaliação de 2%). O valor de mercado ajustado daí resultante, das obrigações C eD, é agora de EUR 10 269 919, o que é superior ao valor de cobertura de EUR10 206 942 (tomando em consideração EUR 6 806 de juros devidos).

6. A 18 de Agosto de 1999, vence-se a operação principal de refinanciamentocontratada a 4 de Agosto de 1999. Não é necessário valor de cobertura adicionalpara a operação de refinanciamento de prazo alargado, a contratada no dia 11 deAgosto de 1999, em relação à qual os juros devidos ascendem a EUR 93 750.

Sistema de Garantia Global

Em segundo lugar, assume-se que as transacções são efectuadas com um banco centralnacional que utiliza um sistema de garantia global. Os activos incluídos na garantia globalde activos utilizados pela contraparte não se encontram afectos a transacçõesespecíficas.

No exemplo é utilizada a mesma sequência de transacções referida no exemploanterior relativo ao sistema de garantias individuais. A principal diferença consiste nofacto de que nas datas de reavaliação, o valor de mercado ajustado de todos os activosincluídos na garantia global tem que cobrir o valor de cobertura de todas as operaçõespor liquidar pela contraparte ao banco central nacional. Assim, o valor de coberturaadicional existente no dia 4 de Agosto de 1999 é ligeiramente superior(EUR 1 139 746) ao exigido no sistema de garantias individuais, devido ao efeito damargem de variação sobre a transacção contratada a 29 de Julho de 1999. Além disso,a 11 de Agosto de 1999, quando termina a operação principal de refinanciamentocontratada a 28 de Julho de 1999, a contraparte pode manter os activos na sua conta decaução, beneficiando automaticamente de uma capacidade de endividamento até EUR51 417 791 (EUR 50 873 237 se não forem aplicadas margens de variação) numa baseintradiária ou pelo prazo overnight (com uma margem inicial de 1% aplicada a essastransacções). O sistema de controlo de risco num sistema de garantia global encontra--se descrito no Quadro 3 abaixo.

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Glossário

Acordo de recompra: procedimento segundo o qual um activo é vendido enquantosimultâneamente o vendedor fica com o direito e a obrigação de o recomprar a um preçoespecificado numa data futura ou a pedido. Um acordo deste tipo é semelhante a um empréstimogarantido, excepto no que se refere à propriedade do título que não é mantida pelo vendedor. OSEBC utilizará acordos de recompra com data de vencimento fixo nas suas operações reversíveis.

Actividade de correspondente bancário: acordo segundo o qual um banco efectuapagamentos e presta serviços a outro banco. Os pagamentos através dos correspondentes sãofrequentemente efectuados através de contas recíprocas (as chamadas contas nostro e loro), asquais podem estar associadas a linhas de crédito permanentes. Os serviços respeitantes àactividade dos correspondentes bancários são essencialmente prestados a nível internacional.

Activo da Lista 1: activo transaccionável que preenche determinados critérios de elegibilidadeuniformes para toda a área do euro, especificados pelo BCE. Entre esses critérios salienta-se aexigência de os activos serem denominados em euro, serem emitidos (ou garantidos) porentidades estabelecidas em países do EEE e estarem localizados num banco central nacional ounuma central de depósito de títulos da área do euro.

Activo da Lista 2: activo transaccionável ou não transaccionável cujos critérios de elegibilidadesão estabelecidos pelos bancos centrais nacionais, sujeito à aprovação do BCE.

Área do euro: área que abrange os Estados-membros da UE que tenham adoptado o eurocomo moeda única, em conformidade com as disposições do Tratado.

Avaliação a preços de mercado (marking to market): ver margem de variação.

Banco central nacional (BCN): neste documento, refere-se a um banco central de umEstado-membro da UE que tenha adoptado a moeda única, em conformidade com o disposto noTratado.

Base de incidência: soma das rubricas elegíveis do balanço (em especial responsabilidades)que constituem a base para o cálculo das reservas mínimas de uma instituição.

Central de depósito de títulos: entidade que regista e controla valores mobiliários,permitindo que as transacções de títulos se processem sob a forma escritural. Os títulos físicospodem encontrar-se imobilizados na central ou serem desmaterializados (ou seja, existiremapenas como registo electrónico). Além da custódia, uma central de depósito de títulos podeefectuar operações de comparação, compensação e liquidação.

Cláusula de média: provisão destinada a permitir que as contrapartes cumpram as reservasobrigatórias, tendo por base as respectivas reservas médias durante o período de constituição. Acláusula de média contribui para a estabilização das taxas de juro do mercado monetário, dandoàs instituições um incentivo para atenuar os efeitos das flutuações temporárias de liquidez. Oregime de reservas mínimas do SEBC prevê a existência da cláusula de média.

Anexo 2

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Colocação mínima: limite imposto ao montante mínimo a ser atribuído às contrapartes numleilão. O SEBC pode, nos seus leilões, decidir atribuir um montante mínimo a cada contraparte.

Constituição de depósitos a prazo fixo: instrumento de política monetária que pode serutilizado pelo SEBC para efeitos ocasionais de regularização, através do qual o SEBC oferece umaremuneração sobre os depósitos a prazo fixo constituídos pelas contrapartes nos bancos centraisnacionais para absorver liquidez do mercado.

Conta de custódia: conta de títulos gerida pelo banco central, na qual as instituições de créditopodem depositar títulos adequados para garantia das suas operações com o banco central.

Conta de liquidação: conta de um participante directo no SLBTR nacional junto do bancocentral, para efeitos do processamento de pagamentos.

Conta de reserva: conta num banco central, na qual são mantidas as reservas de umacontraparte. As contas de liquidação das contrapartes nos bancos centrais nacionais podem serutilizadas como contas de reserva.

Contraparte:a parte oposta numa transacção financeira (por exemplo, numa transacção com obanco central).

Convenção sobre contagem de dias: convenção que regulamenta o número de diasincluídos no cálculo de juro dos créditos. O SEBC aplicará, nas suas operações de políticamonetária, a convenção ”número efectivo de dias/360”.

Cotação de pontos de swap marginal: cotação em pontos de swap à qual se esgota omontante total a colocar num leilão.

Crédito intradiário: crédito concedido e reembolsado durante um período inferior a um diaútil. O SEBC concederá crédito intradiário (baseado em activos subjacentes) às contraparteselegíveis para efeitos de sistemas de pagamentos.

Cupão fixado antecipadamente: cupão sobre instrumentos de taxa variável determinadocom base nos valores do índice de referência numa(s) determinada(s) data(s) antes do início doperíodo de contagem do cupão.

Cupão fixado posteriormente: cupão sobre instrumentos de taxa variável determinado combase nos valores do índice de referência numa(s) determinada(s) data(s) durante o período decontagem do cupão.

Data da transacção (T): data na qual uma transacção (isto é, um acordo sobre umatransacção financeira entre duas contrapartes) é firmada. A data da transacção pode coincidir coma data da liquidação da transacção (liquidação no próprio dia) ou preceder a data da liquidaçãopor um determinado número de dias úteis (a data da liquidação é especificada como T + númerode dias de diferimento).

Data de avaliação: data na qual são avaliados os activos subjacentes a operações de crédito.

Data de compra: data na qual a venda de activos comprados se torna efectiva.

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Data de início: data na qual a primeira parte de uma operação de política monetária éliquidada. A data de início corresponde à data de compra para operações efectuadas através deacordos de recompra e de swaps de divisas.

Data de liquidação: data na qual uma transacção é liquidada. A liquidação pode ocorrer nomesmo dia da operação (liquidação no próprio dia) ou pode ocorrer um ou mais dias após aoperação (a data de liquidação é especificada como a data da transacção (T) + número de dias dediferimento).

Data de recompra: data na qual o comprador é obrigado a revender ao vendedor activosrespeitantes a uma operação feita através de um acordo de recompra.

Dedução fixa: montante fixo que uma instituição pode deduzir no cálculo das suas reservasmínimas no regime de reservas mínimas do SEBC.

Depositário: agente cuja função principal consiste no registo de títulos, quer sob a forma física,quer electrónica, mantendo registos da propriedade dos títulos.

Desmaterialização: eliminação de certificados físicos ou valores titulados que representam apropriedade de activos financeiros, de tal forma que estes apenas existem sob a forma de registocontabilístico.

Dia útil de um BCN: qualquer dia no qual o banco central nacional de um determinadoEstado-membro se encontra aberto para realizar operações de política monetária do SEBC. Emalguns Estados-membros, as sucursais do banco central nacional podem estar encerradas nos diasúteis do BCN, por motivo de feriados locais ou regionais. Em tais casos, o respectivo bancocentral nacional é responsável por informar, antecipadamente, as contrapartes sobre osprocedimentos a seguir relativamente às operações que envolvem essas sucursais.

Dia útil do SEBC: qualquer dia no qual o BCE e pelo menos um banco central nacional seencontrem abertos para efeitos da realização de operações de política monetária do SEBC.

Emitente: entidade responsável por uma obrigação contida em título ou outro instrumentofinanceiro.

Estado-membro: neste documento, refere-se a um Estado-membro da UE que tenhaadoptado a moeda única, em conformidade com o disposto no Tratado.

Facilidade de crédito marginal: facilidade permanente do SEBC que as contrapartes podemutilizar para receber crédito pelo prazo overnight a uma taxa de juro fixada antecipadamente.

Facilidade de depósito: Facilidade permanente do SEBC que as contrapartes podem utilizarpara efectuar depósitos pelo prazo overnight, remunerados a uma taxa de juro fixadaantecipadamente.

Facilidade permanente: facilidade disponibilizada pelo banco central às contrapartes poriniciativa destas. O SEBC disponibilizará duas facilidades permanentes pelo prazo overnight: afacilidade de cedência de liquidez e a facilidade de depósito.

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Fim de dia: hora do dia útil (após o encerramento do sistema TARGET) no qual são finalizados,para esse dia, os pagamentos processados no sistema TARGET.

Hora do BCE: hora do local onde o BCE se encontra sediado.

Instituição de crédito: neste documento, refere-se a uma instituição abrangida pela definiçãocontida no artigo 1.º da Primeira Directiva de Coordenação Bancária (77/780/CEE), ou seja ”umaempresa cuja actividade principal consiste em receber depósitos ou outros fundos reembolsáveisdo público e em conceder créditos por sua própria conta.”

Instituição de custódia: instituição responsável pela custódia e gestão de títulos e outrosactivos financeiros em nome de terceiros.

Instituição Financeira Monetária: instituição de crédito ou outra instituição financeira, cujaactividade consiste na aceitação de depósitos e/ou substitutos próximos de depósitos do públicoe que, por sua própria conta (pelo menos, em termos económicos), concede crédito e/ou efectuainvestimentos em valores mobiliários.

Instrumento de taxa fixa: instrumento financeiro para o qual a taxa de juro do cupão é fixadapara toda a vida do instrumento.

Instrumento de taxa variável: instrumento financeiro para o qual a taxa de juro do cupão éperiodicamente fixada em relação a um índice de referência, por forma a reflectir alterações nastaxas de juro de curto ou médio prazo. Os instrumentos de taxa variável ou têm cupões fixadosantecipadamente ou cupões fixados posteriormente.

Leilão americano: ver leilão de taxa varíável.

Leilão de montante: ver leilão de taxa fixa.

Leilão de taxa única (leilão holandês): leilão no qual a taxa de juro de colocação (ou preço/pontos de swap) aplicada a todas as propostas satisfeitas é igual à taxa de juro marginal.

Leilão de taxa fixa: leilão em que é antecipadamente fixada pelo banco central uma taxa dejuro e as contrapartes participantes no leilão apresentam propostas dos montantes quepretendem transaccionar à taxa de juro que foi fixada.

Leilão de taxa múltipla (leilão americano): leilão no qual a taxa de juro de colocação (oupreço/pontos de swap) é igual à taxa de juro de cada proposta individual.

Leilão de taxa variável: leilão através do qual as contrapartes licitam quer o montante deliquidez que desejam transaccionar com o banco central, quer a taxa de juro das operações como banco central.

Leilão de volume: ver leilão de taxa fixa.

Leilão normal: leilão que será utilizado pelo SEBC nas operações de mercado aberto regulares.Os leilões normais são efectuados num prazo de 24 horas. Todas as contrapartes que cumpramos critérios gerais de elegibilidade têm direito a apresentar propostas nos leilões normais.

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Leilão rápido: leilão utilizado pelo SEBC nas operações ocasionais de regularização quando forconsiderado desejável uma acção rápida sobre a situação de liquidez no mercado. Os leilõesrápidos são executados no período de uma hora e são limitados a um conjunto restrito decontrapartes.

Leilão: procedimento através do qual o banco central cede ou absorve liquidez do mercadocom base em propostas apresentadas pelas contrapartes que concorrem entre si. As propostasmais competitivas são satisfeitas com prioridade até se esgotar o montante total de liquidez aceder ou a absorver pelo banco central.

Limite da margem de variação (Trigger point): nível pré-estabelecido do valor daliquidez cedida, atingido o qual será executado um valor de cobertura adicional.

Margem de avaliação (Valuation haircut): medida de controlo de risco aplicada aosactivos subjacentes utilizados em operações reversíveis, implicando que o banco central calcula ovalor dos activos subjacentes como valor de mercado do activo reduzido de uma certapercentagem (Haircut). O SEBC aplica margens de avaliação que reflectem as características deactivos específicos, como por exemplo, o prazo residual.

Margem de variação (Marking-to-market): o SEBC exige que seja mantida umadeterminada margem sobre os activos subjacentes utilizados nas operações reversíveis de cedênciade liquidez. Tal implica que, se o valor de mercado, avaliado com regularidade, dos activossubjacentes for inferior a um certo nível, as contrapartes têm que ceder activos adicionais (ounumerário). De igual forma, se o valor de mercado dos activos subjacentes, após a respectivareavaliação, for superior ao montante em dívida pela contraparte acrescido da margem devariação, o banco central devolverá os activos em excesso (ou o numerário) à contraparte.

Margem inicial: medida de controlo de risco aplicada a operações reversíveis implicando que ovalor da garantia exigida numa transacção é igual ao do crédito concedido à contraparte acrescidodo valor da margem inicial. O SEBC aplica margens iniciais diferenciadas, de acordo com o tempode exposição ao risco por parte do SEBC em relação à contraparte, para uma determinadatransacção.

Modelo de banco central correspondente (MBCC): modelo estabelecido pelo SEBC como objectivo de permitir que as contrapartes utilizem activos subjacentes numa base transfronteiras.No MBCC, os bancos centrais nacionais actuam como depositários entre si. Tal implica que cadabanco central nacional tem uma conta de títulos em nome de cada um dos outros bancos centraisnacionais (e do BCE). O SEBC pode aplicar soluções específicas para a utilização transfronteirasde activos não negociáveis.

Montante máximo das propostas: limite máximo aceite de uma contraparte num leilão. OSEBC pode impor limites máximos às propostas a fim de evitar propostas individuaisexcessivamente elevadas.

Número de Identificação Internacional dos Títulos (ISIN):código de identificaçãointernacional atribuído aos títulos emitidos em mercados financeiros.

Número efectivo de dias/360: convenção sobre contagem de dias aplicada no cálculo de jurossobre um crédito, implicando que os juros são calculados em relação ao número efectivo de diasde calendário durante os quais é concedido o crédito, tendo por base um ano de 360 dias. Aconvenção de contagem de dias será aplicada nas operações de política monetária do SEBC.

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Obrigação de cupão zero: título que paga apenas um fluxo de rendimento durante a sua vida.Para efeitos deste documento, as obrigações de cupão zero incluem títulos emitidos a descontoe títulos que entregam um só cupão no prazo de vencimento. Uma transacção separada do juro edo capital (strip) é um tipo especial de obrigação de cupão zero.

Operação de mercado aberto: operação executada nos mercados financeiros por iniciativade um banco central, envolvendo uma das seguintes transacções: 1) compra ou venda definitivade activos (à vista ou a prazo); 2) compra ou venda de activos com acordo de recompra; 3)concessão ou obtenção de empréstimos garantidos por activos subjacentes; 4) emissão decertificados de dívida do banco central; ou 5) constituição de depósitos.

Operação de recompra: Operação reversível de cedência de liquidez baseada num acordo derecompra.

Operação de refinanciamento de prazo alargado: operação de mercado aberto regularque será executada pelo SEBC sob a forma de uma operação reversível. As operações derefinanciamento de prazo alargado são realizadas através de leilões normais com frequênciamensal e com o prazo de três meses.

Operação estrutural: operação de mercado aberto executada pelo SEBC especialmente paraajustar a posição estrutural da liquidez do sector financeiro face ao SEBC.

Operação ocasional de regularização (fine-tuning): operação de mercado aberto, nãoregular, executada pelo banco central, especialmente para resolver situações de flutuaçãoinesperada de liquidez no mercado.

Operação principal de refinanciamento: operação de mercado aberto regular executadapelo SEBC sob a forma de operação reversível. As operações principais de refinanciamento sãorealizadas através de leilões normais com uma frequência semanal e com o prazo de duassemanas.

Operação reversível: operação através da qual o banco central compra ou vende activos aoabrigo de um acordo de recompra ou conduz operações de crédito contra garantia.

Países do EEE (Espaço Económico Europeu): Estados-membros da UE e ainda Islândia,Liechtenstein e Noruega.

Período de constituição: período durante o qual são calculadas as reservas mínimas. Operíodo de constituição do regime de reservas mínimas do SEBC é de um mês, tendo início numdia fixo em cada mês (por exemplo, o período de constituição de reservas mínimas pode terinício no dia 24 de cada mês e terminar no dia 23 do mês seguinte).

Ponto de swap: diferença entre a taxa de câmbio da transacção a prazo e a taxa de câmbio datransacção à vista num swap de divisas.

Data de vencimento: data na qual se vence uma operação de política monetária. No caso deum acordo de recompra ou swap, a data de vencimento corresponde à data de recompra.

Preço de compra: preço ao qual os activos comprados são ou serão vendidos pelo vendedorao comprador.

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Preço de recompra: preço ao qual o comprador é obrigado a revender activos respeitantes auma operação efectuada através de um acordo de recompra. O preço de recompra é igual à somado preço de compra mais o diferencial de preço correspondente aos juros do crédito concedidodurante o prazo da operação.

Procedimento bilateral: procedimento através do qual o banco central tem contactosdirectos com apenas uma ou um pequeno número de contrapartes, sem a execução de leilões. Osprocedimentos bilaterais incluem operações executadas através das bolsas de valores ou deagentes de mercado.

Rácio de reserva: rácio definido pelo banco central para cada categoria de rubricas elegíveis dobalanço, incluídas na base de incidência. Os rácios são utilizados para calcular as reservas mínimas.

Reserva mínima: requisito segundo o qual as instituições são obrigadas a constituir reservasmínimas no banco central. Para as instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do SEBC,estas são calculadas multiplicando o rácio da reserva definido para cada categoria de rubricas dabase de incidência, pelo montante dessas rubricas constante do balanço da instituição. Além disso,as instituições podem efectuar uma dedução fixa às respectivas reservas mínima.

Reservas: reservas das contrapartes detidas nas contas de reserva destinadas ao cumprimentodas reservas mínimas.

Risco de solvabilidade: risco de perda devido a incumprimento (falência) de um emitente deum activo financeiro ou devido à insolvência da contraparte.

Risco do preço das acções: risco de perda devido a oscilações nos preços das acções. Nassuas operações de política monetária, o SEBC ficará exposto ao risco do preço das acções, namedida em que estas sejam consideradas elegíveis como activos da Lista 2.

Sistema de entrega contra pagamento: mecanismo utilizado num sistema de liquidação detítulos que assegura que a transferência definitiva de um activo só é efectuada após a transferênciadefinitiva de outro(s) activo(s).

Sistema de garantia global: sistema de gestão de garantias dadas aos bancos centrais, no qualas contrapartes entregam um conjunto de activos para servir como garantia nas suas operaçõescom o banco central. Ao contrário de um sistema de garantias individuais, num sistema de garantiaglobal os activos subjacentes não se encontram afectos individualmente a cada transacção.

Sistema de garantias individuais: sistema destinado à gestão de garantias dadas aos bancoscentrais, através do qual é cedida liquidez contra activos afectos individualmente a cada operação

Sistema de registo escritural: sistema de contabilização que permite a transferência decréditos (por exemplo, títulos ou outros activos financeiros) sem o movimento físico de papel oude certificados. Ver também desmaterialização.

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Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC): neste documento, refere-se ao BancoCentral Europeu (BCE) e aos bancos centrais nacionais dos Estados-membros da UE que tenhamadoptado a moeda única, em conformidade com as disposições do Tratado. (É de salientar que osbancos centrais nacionais dos Estados-membros que não tenham adoptado a moeda única, emconformidade com as disposições do Tratado, conservam os seus poderes na área da políticamonetária, de acordo com a respectiva legislação nacional, não se encontrando envolvidos naexecução da política monetária do SEBC.)

Sistema TARGET (Transferências Automáticas Transfronteiras de Liquidaçõespelos Valores Brutos em Tempo Real): sistema de pagamentos composto por um SLBTR(Sistema de liquidação por bruto em tempo real) em cada Estado-membro participante na área doeuro no início da Terceira Fase da União Económica e Monetária. Os SLBTR nacionais estarãoligados entre si através do mecanismo de interligação (Interlinking) por forma a permitir oprocessamento de pagamentos transfronteiras no próprio dia em toda a área do euro. Os SLBTRdos países da UE não participantes na área do euro podem também estar ligados ao sistemaTARGET, desde que processem em euro.

SLBTR (Sistema de liquidação por bruto em tempo real): sistema de liquidação no qualo processamento e a liquidação são efectuados por ordem de chegada (sem compensação) emtempo real (em contínuo). Ver também sistema TARGET.

Swap de divisas: transação simultânea à vista e a prazo de uma moeda contra outra. O SEBCexecutará operações de política monetária de mercado aberto, sob a forma de operações deswap de divisas, nas quais os bancos centrais nacionais (ou o BCE) compram (ou vendem) à vista(spot) um dado montante de euro contra uma moeda estrangeira e, simultaneamente, vendem(ou compram) aquele montante em data valor futura fixada (forward).

Taxa de juro marginal: taxa de juro à qual se esgota o montante total a colocar num leilão.

Transacção definitiva: transacção na qual o banco central compra ou vende activos nomercado a título definitivo (à vista ou a prazo).

Transacção separada do juro e do capital (Strip): obrigação de cupão zero criada paratransaccionar separadamente o fluxo de rendimentos de um título do respectivo capital.

Transferência definitiva: transferência irrevogável e incondicional que concretiza ocumprimento da obrigação de efectuar a transferência.

Tratado: Tratado que institui a Comunidade Europeia (ou Tratado da CE). Compreende oTratado da CEE original (Tratados de Roma), modificado pelo Tratado da União Europeia(assinado em Maastricht em 7 de Fevereiro de 1992).

Valor de cobertura adicional: procedimento relacionado com a aplicação de margens devariação, implicando que, se o valor dos activos subjacentes, da forma como é habitualmenteavaliado, for inferior a um determinado nível, os bancos centrais podem exigir às contrapartes aentrega de activos adicionais (ou numerário). De igual forma, se o valor dos activos subjacentes,após a respectiva reavaliação, for superior ao montante devido pelas contrapartes acrescido damargem de variação, o banco central devolve à contraparte os activos (ou numerário) emexcesso.

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Selecção de contrapartes para operações de intervençãocambial e swaps de divisas para efeitos de políticamonetária

Anexo 3

A selecção de contrapartes para operaçõesde intervenção cambial e swaps de divisaspara efeitos de política monetária será feitacom base numa abordagem uniforme,independentemente do enquadramentooperacional escolhido para as operaçõesexternas do SEBC. Uma tal política nãoimpl icará um grande afastamentorelativamente aos padrões de mercadoexistentes, uma vez que derivará daharmonização das melhores práticasactualmente adoptadas pelos bancoscentra is nac ionais . A se lecção decontrapartes para operações de intervençãocambial do SEBC basear-se-á, em primeirolugar, em dois conjuntos de critérios.

O primeiro conjunto de critérios foiinspirado no princípio da prudência. Umprimeiro critério prudencial é a capacidadede endividamento, a qual será avaliadaatravés de uma combinação de diferentesmétodos (por exemplo, recorrendo acotações de crédito (rat ings)disponibilizados por agências e análisesinternas relativamente ao capital e a outrosrácios de negócios); um segundo critérioestabelece que o SEBC deverá requererque todas as potenciais contrapartes emintervenções cambiais fiquem sujeitas asupervisão efectuada por um supervisor dereconhecida competência; e um terceirocritério prevê que todas as contrapartesem intervenções cambiais do SEBC deverãopreencher elevados padrões éticos e deboa reputação.

Desde que sejam cumpridas as exigênciasprudenciais mínimas, será aplicável um

segundo conjunto de critérios inspiradoem considerações de eficiência. Umprimeiro critério de eficiência estárelacionado com o comportamentoconcorrencial dos preços e com acapacidade da contraparte para processargrandes montantes, mesmo em condiçõesde turbulência nos mercados. Outroscritérios de eficiência incluem a qualidadee a cobertura da informação fornecidapelas contrapartes.

O conjunto de potenciais contrapartes emintervenções cambiais será suficientementeamplo e diversificado para assegurar anecessária flexibilidade na execução deoperações de intervenção, devendopermitir ao SEBC escolher entre diferentescanais de intervenção. De modo a poderintervir de forma eficiente em diferentesáreas geográficas e zonas horárias, o SEBCestará habilitado a recorrer a contrapartesem qualquer centro financeiro internacional.Porém, na prática, é provável que umapercentagem significativa das contrapartesse localize na área do euro. Relativamenteaos swaps de divisas realizados para efeitosde política monetária, apenas serãoutilizadas as contrapartes localizadas naárea do euro.

Os bancos centrais nacionais poderãoaplicar sistemas baseados em limites com oobjectivo de controlar riscos de créditoface a contrapartes individuais envolvidasem swaps de divisas realizados para efeitosde política monetária.

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O enquadramento de reporte de estatísticas, monetárias ebancárias, do Banco Central Europeu

Anexo 4

1. Introdução

O Banco Central Europeu (BCE) propôsao Conselho da União Europeia, a 7 deJulho de 1998, um Regulamento doConselho (CE) relativo ao reporte deinformação estatística pelo BCE. EsteRegulamento define as pessoas colectivase singulares sujeitas às exigências deinformação estat ís t ica (a chamadapopulação inquirida de referência), o regimede confidencialidade e as disposiçõesadequadas para a respectiva aplicação, nostermos do artigo 5º.4 dos Estatutos doSistema Europeu de Bancos Centrais e doBanco Central Europeu (os ”Estatutos”).Além disso, autoriza o BCE a utilizar osseus poderes regulamentares para:

especificar a população inquirida efectiva;

definir as exigências de informaçãoestatística do BCE e aplicá-las àpopulação inquirida efectiva dos Estados--membros participantes;

especificar as condições ao abrigo dasquais o BCE e os BCN poderão exercero direito de verificação e reportecoercivo de informação estatística.

2. Considerações gerais

O objectivo do Regulamento do BCE no quese refere ao balanço consolidado do sectordas Instituições Financeiras Monetárias (IFM)é permitir ao BCE, e, nos termos do artigo5º.2 dos Estatutos, aos bancos centraisnacionais (BCN) - que, na medida dopossível, executarão os trabalhos -, coligir osdados estatísticos necessários aocumprimento das atribuições do SistemaEuropeu de Bancos Centrais (SEBC), emparticular a sua atribuição de definição eexecução da polít ica monetária daComunidade, nos termos do primeiro

parágrafo do n.º 2 do Artigo 105º doTratado que estabelece a ComunidadeEuropeia (o ”Tratado”). A informaçãoestatística coligida de acordo com oRegulamento será utilizada para estabelecero balanço consolidado do sector das IFM,cujo principal objectivo será proporcionar aoBCE uma visão estatística abrangente daevolução monetária, cobrindo os activos epassivos financeiros agregados das IFMlocalizadas nos Estados-membrosparticipantes, considerados como umterritório económico.

Para fins estatísticos, as exigências deinformação estatística do BCE no contextodo balanço consolidado do sector das IFMbaseiam-se em três cons ideraçõesprincipais.

Em primeiro lugar, o BCE deverá receberinformações estatísticas comparáveis, fiáveise actualizadas, coligidas em termos econdições comparáveis em toda a área doeuro. Embora os dados sejam coligidos deforma descentralizada pelos BCN, deacordo com os Artigos 5º.1 e 5º.2 dosEstatutos e, na medida em que tal se revelenecessário, em articulação com outrasexigências de informação estatística parafins comunitários ou nacionais, é necessárioum grau suficiente de harmonização e decumprimento dos padrões mínimos dereporte de informação, dada a necessidadede estabelecer uma base estatística fiávelpara a definição e execução da políticamonetária única.

Em segundo lugar, as exigências deinformação estat íst ica previstas noRegulamento devem respeitar os princípiosde transparência e rigor legal, uma vez queeste terá um carácter obrigatório na suatotalidade e será directamente aplicávelem toda a área do euro. O Regulamentoimpõe obrigações directamente às pessoassingulares e colectivas relativamente às

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quais o BCE poderá impor sanções, sempreque não sejam satisfeitas as suas exigênciasde informação estatística (ver Artigo 7º daRecomendação do Banco Central Europeureferente a um Regulamento do Conselho(CE) relativo ao reporte de informaçãoestatística pelo Banco Central Europeu). Aobrigação de prestar informações deveráportanto ser definida de forma clara equalquer iniciativa tomada pelo BCE,sempre que proceda à verificação oureporte coercivo de dados estatísticos,deverá seguir princípios identificáveis.

Em terceiro lugar, o BCE deverá reduzir aomínimo o esforço de informação impostoaos inquiridos (ver rubrica a) do Artigo 3ºrecomendado para o Regulamento doConselho (CE) relativo ao reporte deinformação estatística pelo BCE). Assim, osdados estatísticos coligidos pelos BCN, aoabrigo do presente Regulamento, serãotambém utilizados no cálculo da base deincidência, de acordo com o (futuro)Regulamento do BCE relativo às reservasmínimas de caixa.

Por questões de apresentação, os Artigosdo Regulamento limitam-se a definir, emtermos genéricos, a população inquiridaefectiva e as respectivas obrigações deprestação de informação e os princípioscom base nos quais o BCE e os BCNdeverão normalmente exercer as suascompetências em matéria de verificaçãoou reporte coercivo de informaçãoestatística. Os pormenores da informaçãoestatística a apresentar de modo a satisfazeras exigências de informação estatística doBCE e os padrões mínimos a seguirencontram-se especificados nos Anexos4.1 a 4.4. Estes seguem o precedenteformato apresentado no Regulamento doConselho (CE) relativo ao Sistema Europeude Contas Nacionais e Regionais de 1995.

3. População inquirida efectiva;Lista de IFM para finsestatísticos

As Instituições Financeiras Monetáriasincluem as Inst ituições de Créditoresidentes, tal como se encontram definidasem legislação comunitária, e todas as outrasInstituições Financeiras residentes cujaactividade consiste em receber depósitose/ou substitutos próximos de depósitos deentidades que não as IFM, bem comoconceder crédito e/ou efectuarinvestimentos mobiliários por conta própria(pelo menos em termos económicos). OBCE estabelece e mantém uma lista deinstituições de acordo com esta definição eem conformidade com os princípios declassificação especificados no Anexo 4.1. Aresponsabi l idade pela elaboração emanutenção desta Lista de InstituiçõesFinanceiras Monetárias para fins estatísticoscompete à Comissão Executiva do BCE. Apopulação de IFM residentes na área doeuro constituirá a população inquiridaefectiva.

Os BCN estão autorizados a concederderrogações a pequenas IFM, caso as IFMque contribuem para o balanço consolidadomensal representem pelo menos 95% dobalanço total das IFM em cada Estado--membro participante. Estas derrogaçõespermitirão aos BCN aplicar o método de”eliminação de instituições na cauda” (cuttingoff the tail).

4. Obrigação de prestação deinformação estatística

Para estabelecer o balanço consolidado, apopulação inquirida efectiva residentedeverá apresentar mensalmente informaçãoestatística relacionada com o seu balanço.Será ainda necessário apresentar informaçãonuma base trimestral. A informaçãoestatística a apresentar é especificada emmaior pormenor no Anexo 4.1.

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Os dados estatísticos relevantes serãocoligidos pelos BCN, os quais deverãodefinir os procedimentos de prestação deinformação a seguir. O Regulamento nãoimpede os BCN de receber, da populaçãoinquirida efectiva, a informação estatísticanecessária ao cumprimento das exigênciasde informação estatística do BCE inseridanum quadro mais alargado de prestação deinformação estatística estabelecido pelosBCN, sob a sua responsabilidade, nostermos da legislação comunitária ounacional ou da prát ica comum, enormalmente utilizada para outros finsestatísticos. Porém, tal deverá verificar-sesem prejuízo do cumprimento dasexigências de informação estatísticaestabelecidas no Regulamento. Em casosespecíficos, o BCE poderá aceitar receber,a fim de cumprir os seus requisitos,informação estatística coligida para outrosfins.

Uma derrogação concedida por um BCN,tal como acima definida, terá comoconsequência que as pequenas IFMenvolvidas apenas ficarão sujeitas aobrigações reduzidas de prestação deinformação (implicando, por exemplo,apenas informação trimestral), que sejaobrigatória no contexto das reservasmínimas, tal como se encontra especificadono Anexo 4.2. As exigências aplicáveis àspequenas IFM que não são instituições decrédito estão definidas no Anexo 4.3.Porém, as IFM às quais foi concedida umaderrogação têm a opção de satisfazer atotalidade das exigências de informaçãoestatística.

5. Utilização de informaçãoestatística ao abrigo doRegulamento do BCE relativoàs reservas mínimas

A fim de reduzir ao mínimo o esforço deinformação e de evitar qualquer duplicaçãono reporte de informação estatística, estaquando relacionada com o balanço

apresentado pelas IFM ao abrigo desteRegulamento será também utilizada nocálculo da base de incidência prevista no(futuro) Regulamento do Conselho (CE)relativo às reservas mínimas.

6. Verificação e reporte coercivo

O próprio BCE e os BCN exercerãonormalmente o seu direito de verificação ereporte coercivo de dados estatísticos,sempre que não sejam cumpridos ospadrões mínimos de transmissão, exactidão,cumprimento conceptual e revisão. Estespadrões encontram-se estipulados noAnexo 4.4.

7. Estados-membros nãoparticipantes

O presente Regulamento aplica-se apenasaos Estados-membros participantes, umavez que um regulamento adaptado aoabrigo do artigo 34º.1 não conferequaisquer direitos nem impõe quaisquerobrigações aos Estados-membros comderrogação (Artigo 43º.1 dos Estatutos)ou à Dinamarca (Artigo n.º 2 do Protocolon.º 12 relativo a certas disposiçõesrespeitantes à Dinamarca) e não é aplicávelao Reino Unido (Artigo n.º 8 do Protocolorelativo ao Reino Unido).

Contudo, o Artigo 5º dos Estatutos relativosà competência do BCE e dos BCN na áreadas estatísticas e o futuro Regulamento doConselho (CE) relativo ao reporte deinformação estatística pelo BCE sãoaplicáveis em todos os Estados-membros.Este Regulamento, juntamente com o Artigo5º do Tratado, implica uma obrigação deos Estados-membros não participantesconceberem e adoptarem a nível nacionaltodas as medidas que consideremadequadas para realizar o reporte dainformação estatística necessária aocumprimento das exigências do BCE nestamatéria, e atempadamente se prepararem

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nesta área para se tornarem Estados--membros participantes. Esta obrigação foidefinida no Artigo n.º 4 e no Considerandon.º 17 do Regulamento do Conselho (CE)relativo ao reporte de informação estatística

pelo Banco Central Europeu. Por razõesde transparência, esta obrigação especial éde novo mencionada nos Considerandosdesta proposta de Regulamento do BCE.

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Requisitos para a prestação de informação estatística

Anexo 4.1

PARTE 1Descrição dos requisitos

1. O objectivo é a apresentação, numabase regular, de um balanço consolidadodevidamente articulado dos intermediáriosfinanceiros de criação de moeda para aárea do euro, considerada como umterritório económico, com base num sectormonetário completo e homogéneo e numapopulação inquirida.

2. O sistema estatístico para a área doeuro que inclui o balanço consolidado dosector das Inst i tu ições F inanceirasMonetárias (IFM) abrange portanto os doiselementos principais que se seguem:

uma lista das Instituições FinanceirasMonetárias para fins estatísticos; e

uma especificação da informaçãoestatística apresentada, mensal etrimestralmente, por estas IFM.

3. A informação estatística é recolhidajunto das IFM pelos bancos centraisnacionais, de acordo com procedimentosnacionais que se baseiam em definições eclassificações harmonizadas estipuladasneste Anexo.

1. Instituições FinanceirasMonetárias (IFM)

4. O Banco Central Europeu (BCE)estabelece e actualiza numa base regular aLista de IFM para fins estatísticos, deacordo com os princípios de classificaçãoabaixo definidos. Um aspecto importante éa inovação financeira, ela própria afectadapela evolução do Mercado Único e pelatransição para a União Monetária, as quaisafectam as características dos instrumentosfinanceiros e induzem as instituiçõesfinanceiras a alterar o centro das suas

act iv idades . Os procedimentos deacompanhamento e verificação contínuaasseguram uma actualização rigorosa dalista de IFM, o mais homogénea possível esuficientemente estável para fins estatísticos.A lista de IFM para fins estatísticos incluium registo destinado a indicar se ainstituição está ou não sujeita a reservasmínimas.

5. As IFM incluem instituições de créditoresidentes, tal como definidas em legislaçãocomunitária, e outras instituições financeirasresidentes, cuja actividade consiste emreceber depósitos e/ou substitutospróximos de depósitos de entidades quenão as IFM, bem como conceder crédito e/ou efectuar investimentos mobiliários porconta própria (pelo menos em termoseconómicos).

6. Assim, para além dos bancos centrais, osector das IFM compreende dois grandesgrupos de instituições financeiras residentes:instituições de crédito, tal como definidasem legislação comunitária (”uma empresacuja actividade consiste em receber dopúblico depósitos ou outros fundosreembolsáveis (incluindo as receitas davenda de obrigações bancárias ao público)e conceder crédito por conta própria”)1 eoutras IFM, ou seja, outras instituiçõesfinanceiras residentes que correspondem àdefinição de IFM estabelecida no parágrafoanterior, independentemente do seu tipode actividade. O grau de substituibilidadeentre os instrumentos emitidos por estasúltimas e os depósitos colocados junto deinstituições de crédito determina a suaclassificação, desde que observem adefinição de IFM relativamente a outrosaspectos.

1 Directivas de Coordenação Bancária (77/780/CEEde 12 de Dezembro de 1977 e 89/646/CEE de30 de Dezembro de 1989), que incluem as”instituições de crédito isentas”.

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7. A subst ituibi l idade de depósitosrelativamente aos instrumentos financeirosemitidos por intermediários financeiros quenão as instituições de crédito é determinadapela sua l iquidez , que combinacaracter íst icas de transfer ib i l idade,convertibilidade, certeza e negociabilidade,levando em linha de conta, sempre que forcaso disso, a data da sua emissão.

8. Para efe i tos da def in ição desubstituibilidade de depósitos no parágrafoanterior:

transferibilidade refere-se à possibilidadede mobilização de fundos colocadosnum instrumento financeiro através defacilidades de pagamento tais comocheques, ordens de transferência,débitos directos e outros meiosidênticos;

convertibilidade refere-se à possibilidadee ao custo de conversão de instrumentosfinanceiros em moeda ou depósitostransferíveis; a perda de benefícios fiscaisneste tipo de conversão poderá serconsiderada como uma forma depenalidade que reduz o grau de liquidez;

certeza significa um conhecimentoprévio preciso do valor da liquidação deum instrumento financeiro, em termosde moeda nacional; e

negociabilidade significa que os títulossão cotados e transacc ionadosregularmente num mercado organizado.Quanto às acções de organismos deinvestimento colectivo abertos, nãoexiste mercado no sentido comum;porém, os investidores têm diariamenteconhecimento da cotação das acções,podendo mobilizar fundos a esse preço.

9. No caso de organismos de investimentocolectivo, os fundos do mercado monetáriopreenchem as condições acordadas deliquidez, sendo portanto incluídos no sectordas IFM. Os fundos do mercado monetário

são definidos como organismos deinvestimento colectivo cujas unidades departicipação, em termos de liquidez, sãosubstitutos próximos de depósitos e queinvestem essencialmente em instrumentosdo mercado monetário e/ou em outrosinstrumentos de dívida com um prazoresidual até 1 ano inclusivé e/ou depósitosbancários, e/ou com uma taxa deremuneração próxima da taxa de juro dosinstrumentos do mercado monetário. Oscritérios de identificação dos fundos domercado monetário podem ser obtidosem folhetos de distribuição ao público,regulamentos sobre fundos, instrumentosde constituição, estatutos instituídos ouregulamentos internos, documentos desubscrição ou contratos de investimento,documentos de comercial ização ouquaisquer outras declarações com efeitosidênticos dos organismos de investimentocolectivo.

10. Para efeitos da definição de fundosdo mercado monetário referidos noparágrafo 9:

Consideram-se organ ismos deinvestimento colectivo os organismos cujopr inc ipa l object ivo cons iste eminvestimento colectivo de capital obtidojunto do público e cujas unidades departicipação, a pedido dos detentores,são recompradas ou reembolsadasdirecta ou indirectamente a partir dosactivos do organismo. Estes organismospodem ser constituídos nos termos dalei, quer ao abrigo de um contrato (talcomo os fundos comuns geridos porempresas de gestão), quer da lei dosfundos de investimento (tal como osfundos de investimento abertos) querde estatutos (tal como as sociedades deinvestimento);

Consideram-se depósitos bancários osdepósitos em numerário junto deinstituições de crédito, reembolsáveis àvista ou mediante aviso prévio até trêsmeses, ou com prazos acordados até

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dois anos, incluindo importâncias pagasa instituições de crédito por transferênciade títulos ao abrigo de operações derecompra ou empréstimos de títulos;

A substituibilidade próxima de depósitosem termos de liquidez significa acapacidade das unidades de participaçãodos organismos de investimentocolectivo poderem, em condiçõesnormais de mercado, ser recompradas,reembolsadas ou transferidas, a pedidodo detentor, de forma que a liquidezdas unidades seja comparável à liquidezdos depósitos;

Considera-se que essencia lmentecorresponde a pelo menos 85% dacarteira de investimento;

Consideram-se instrumentos do mercadomonetário as classes de instrumentos dadívida transferíveis que são normalmentetransaccionados no mercado monetário(por exemplo, certificados de depósito,papel comercial, aceites bancários, títulosdo tesouro e de autoridades locais)tendo em conta as características quese seguem:

i.- liquidez, no sentido de que podemser recompradas, reembolsadas ouvendidas a um custo limitado, emtermos de comissões baixas e de umestreito diferencial compra/venda, ecom um prazo de liquidação muitocurto; e

ii.- profundidade de mercado, no sentidode que são transaccionados nummercado habilitado a absorver umelevado volume de transacções,tendo esta negociação de elevadosmontantes um impacto limitadosobre o seu preço; e

iii.- certeza quanto ao valor, no sentidode que o seu valor pode serdeterminado com precisão em

qualquer momento ou pelo menosuma vez por mês; e

iv.- baixo risco de juro, no sentido deque têm um prazo residual até umano, inclusive, ou ajustamentos derendimento regulares, de acordo comas condições de mercado, pelomenos de doze em doze meses; e

v.- baixo risco de crédito, no sentido deque esses instrumentos são:

cotados oficialmente em bolsa outransacc ionados em outrosmercados regulamentados comfuncionamento regular , sãoreconhecidos e encontram-se àdisposição do público; ou

emit idos ao abr igo deregulamentos dest inados aproteger os investidores e aspoupanças; ou

emitidos por:

- uma autoridade central, regionalou local, um banco central deum Estado-membro, a UniãoEuropeia, o Banco CentralEuropeu, o Banco Europeu deInvestimento, um Estado nãopertencente à UE ou, caso esteúltimo seja um Estado federado,um dos membros queconstituem a federação, ou umorganismo internacional públicodo qual façam parte um ou maisEstados-membros; ou

-uma inst i tu ição suje i ta asupervisão prudencial , nostermos dos critérios definidosem legislação comunitária, ouuma instituição que esteja sujeitae cumpra regras prudenciaisconsideradas pelas autoridadescompetentes como pelo menostão r igorosa como as

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estabelecidas na legis laçãocomunitária, ou garantidas porqualquer destas instituições; ou

- um organismo cujos títulos sejamcotados oficialmente em bolsa ousejam transaccionados em outrosmercados regulamentados comfuncionamento regular, sejamreconhecidos e se encontrem àdisposição do público.

11. No SEC 95, as instituições financeirasclassificadas como IFM são divididas emdois sub-sectores, nomeadamente bancoscentrais (S.121)2 e outras InstituiçõesFinanceiras Monetárias (S.122).

2. Balanço consolidado numabase mensal

Objectivo

12. O objectivo é fornecer dados mensaismais detalhados sobre a actividades dasIFM, por forma a proporcionar ao BCE umpanorama estatístico abrangente daevolução monetária na área do euro,considerada como um território económico,e permitir alguma flexibilidade no cálculodos agregados monetários e contrapartes,abrangendo toda a área do euro. Alémdisso, os dados individuais mensaisapresentados pelas instituições de créditosujeitas ao regime de reservas obrigatóriasdo SEBC são utilizados no cálculo da basede incidência das referidas instituições decrédito, de acordo com o Regulamento doBCE relativo a reservas mínimas. Osrequisitos de prestação de informaçãomensal são apresentados no Quadro 1mais abaixo. As células delimitadas comum traço fino3 correspondem a informaçãoapresentada apenas por instituições decrédito sujeitas a reservas obrigatórias(para mais pormenores, ver Anexo 4.2);esta prestação de informação seráobrigatória a partir dos dados referentesao final de Dezembro de 1999, à excepção

de informação sobre ”depósitosreembolsáveis com pré-aviso superior a 2anos”, caso em que a prestação deinformação continua a ser efectuada numabase voluntária até indicação em contrário.A Parte 3 do presente Anexo apresentauma def in ição pormenorizada dosinstrumentos.

Requisitos

13. A massa monetária inclui notas emoedas em circulação e responsabilidadesmonetár ias (depósitos e outrosinstrumentos f inanceiros que sejamsubstitutos próximos de depósitos) deIFM. As contrapartes de moedacompreendem todas as restantes rubricasdo balanço das IFM. O BCE colige estesagregados para toda a área do euro comomontantes em circulação (stocks) e fluxosderivados daqueles.

14. O BCE exige a prestação de informaçãoestatística em termos de categorias deinstrumentos/ prazos , moedas econtrapartes das IFM. Uma vez que sãoaplicáveis requisitos diferentes ao passivo eao activo, os dois lados do balanço sãocons iderados em separado e sãoapresentados no Quadro A mais abaixo.

2 Esta referência e as seguintes dizem respeito asectores e sub-sectores do SEC 95.

3 As instituições de crédito podem prestar informaçõessobre as suas posições face a ”IMF que nãoinstituições de crédito sujeitas a reservas mínimas,BCE e BCN” em vez de ”IFM” e ”Instituições decrédito sujeitas a reservas mínimas, BCE e BCN”,desde que isso não implique qualquer perda depormenor.

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(i) Categorias de instrumentos e prazos

(a) Passivo

15.A compilação de agregados monetáriospara a área do euro requer categorias deinstrumentos relevantes, ou seja: moedaem circulação; responsabil idades dedepósitos;4 responsabilidades de fundosdo mercado monetário; títulos da dívidaemitidos; títulos do mercado monetárioemitidos; capitais e reservas; e outrasresponsabilidades. A fim de separar asresponsabil idades monetárias e nãomonetárias, as responsabil idades dedepósitos são também decompostas emdepósitos overnight, depósitos a prazo,depósitos reembolsáveis com pré-aviso eacordos de recompra (repos).

16. Os l imites de prazo são umacaracterística das estatísticas monetáriasem diversos Estados-membros, podendoproporcionar também um substituto paraum determinado detalhe do instrumentosempre que os instrumentos financeirosnão sejam inteiramente comparáveis entremercados. Os limites dos segmentos deprazos (ou dos prazos de pré-aviso) são osseguintes: para ”depósitos a prazo” um anoe uma data de vencimento de 2 anos àdata de emissão; e para ”depósitosreembolsáveis com pré-aviso”, um pré-aviso de 3 meses e, acima de 3 meses, umpré-aviso de 2 anos. Os depósitos à vistanão transferíveis (”depósitos de poupançaà vista”) estão incluídos no segmento ”até 3meses”. Os acordos de recompra não sãodesagregados por prazos, uma vez que sãonormalmente instrumentos de muito curtoprazo (geralmente uma data de vencimentoinferior a 3 meses, à data de emissão). Ostítulos de dívida emitidos por IFM (excluindoos títulos do mercado monetário) sãotambém desagregados em 1 ano e 2 anos.Não é necessário desagregar em prazos ostítulos do mercado monetário emitidospor IFM ou as unidades de participaçãoemitidas por fundos do mercado monetário.

(b) Activo

17. Os activos detidos pelas IFM sãodesagregados por: numerário; empréstimos;títulos que não acções; títulos do mercadomonetário; acções e outros títulos decapital; activos imobilizados; e outrosactivos. A desagregação por prazos à datade emissão é necessária para os activos emtítulos de dívida detidos por IFM e emitidospor outras IFM localizadas na área do euro.Estes activos deverão ser decompostospor segmentos de prazos de 1 e 2 anos, afim de permitir que a detenção inter-IFMdeste instrumento seja compensada epossibilitar o cálculo de activos residuaisdetidos por Instituições financeiras nãomonetárias que possam ser incluídos numagregado monetário.

(ii) Moedas

18. O BCE deverá ter a opção de definiragregados monetários de forma a incluir ossaldos denominados em qualquer moedaou apenas em euro. Os saldos em euro sãoportanto identificados em separado noesquema de reporte de informaçãorespeitante às rubricas do balanço quepoderão ser utilizadas na compilação deagregados monetários.

(iii) Contrapartes

19. A compilação de agregados monetáriose de contrapartes para a área do eurorequer a identificação das contraparteslocalizadas na área que forma o sector dedetenção de moeda. As contraparteslocalizadas em território nacional e emoutros territórios da área do euro sãoidentificadas separadamente e tratadasexactamente da mesma forma em todas as

4 Os saldos em circulação relativos a cartões pré--pagos emitidos por IFM deverão ser incluídos emdepósitos overnight.

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desagregações estatísticas. Não há qualquerrepartição geográfica por dados mensaisdas contrapartes localizadas fora da áreado euro.

20. As contrapartes na área do euro sãoidentificadas de acordo com a classificaçãodo seu sector nacional ou institucional, deacordo com a Lista de IFM para finsestatísticos e com o guia para a classificaçãoestatística de clientes fornecido no Manualdo Sector das Estatísticas Monetárias eBancárias (”Guidance for the statisticalclassification of customers”) que segue, tantoquanto possível, princípios de classificaçãocoerentes com o SEC 95. A fim de permitira identificação do sector detentor demoeda, as contrapartes do Sector nãoMonetário (SNM) estão divididas em SectorPúblico Administrativo, dentro do qual aAdministração Central é identificadaseparadamente para efe i tos deresponsabilidades de depósitos, e outrosresidentes. Quanto aos depósitos totais eàs categorias de depósitos ”depósitos comprazo superior a 2 anos”, ”depósitosreembolsáveis com pré-aviso superior a 2anos” e ”acordos de recompra” é feita umadistinção adicional entre instituições decrédito, outras contrapartes das IFM eAdministração Central para efeito doregime de reservas mínimas do SEBC.

(iv) Relações cruzadas entre categorias deinstrumentos e prazos com moedas econtrapartes

21. A compilação de estatísticas monetáriaspara a área do euro e os dados necessáriospara o cálculo da base de incidência dasinstituições de crédito sujeitas ao regimede reservas mínimas do SEBC requerem aintrodução de determinados cruzamentosentre instrumento/prazo/moeda econtrapartes no balanço. Estes têm umnível de maior pormenor sempre que ascontrapartes estão inseridas no sectordetentor de moeda potencia l . Asdesagregações das posições face a outras

IFM são apenas identificadas na medida emque isso seja necessário para permitir acompensação dos saldos inter-IFM ou parao cálculo da base de incidência. As posiçõesface ao Resto do Mundo apenas sãonecessárias para os ”depósitos com prazosuperior a 2 anos”, ”depósitos reembolsáveiscom pré-aviso superior a 2 anos” e ”acordosde recompra” (a fim de calcular a base deincidência sujeita ao rácio de incidênciapositivo) e depósitos totais (a fim de coligiras contrapartes externas).

22. Algumas características transitóriasserão aplicáveis no início da Terceira Faseda União Monetária. Em primeiro lugar, deacordo com a legislação comunitária, asdenominações nac ionais do eurocontinuarão a existir até ser completada atransição para o euro, sendo provavelmenterepresentadas nos balanços das instituiçõesque prestam informações. Por forma apoderem criar agregados de moeda”interna” da área do euro, as IFM terão deconverter os saldos expressos nestasdenominações nacionais e adicioná-los aossaldos denominados em euro. (Os totaiscombinados são apresentados em separadodos saldos denominados em todas as outrasmoedas na prestação de informaçãomensal.)

23. A segunda característica transitória é aposterior participação dos países da UE naárea do euro após o início da TerceiraFase. As IFM levarão isso em linha de contacontinuando a efectuar a desagregação porpaís de posições face a residentes nospaíses da UE que não participem na áreado euro após o início da Terceira Fase. Emprincípio, ser ia também necessár iodesagregar esses saldos por moeda. A fimde reduzir ao mínimo o esforço deinformação potencia lmente pesado,quaisquer dados atrasados referentes a umdeterminado período anterior à tomadade conhecimento de uma alteração nacomposição da área do euro poderão serapresentados com alguma margem deflexibilidade, sujeitos à aprovação do BCE.

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Actualidade dos dados

24.O BCE recebe um balanço mensalagregado que abrange as posições das IFMem cada um dos Estados-membrosparticipantes na área do euro até ao fechodas operações no décimo quinto dia útilapós o fim do mês ao qual se referem osdados. Os bancos centrais nacionaisdecidirão se necessitam de receber dadosdas instituições que prestam informações,a fim de cumprir este prazo, levando emlinha de conta a necessária actualidade dosdados para o regime de reservas mínimasdo SEBC.

3. Estatísticas dos balanços comfrequência trimestral

Objectivo

25.Alguns requisitos de dados não sãoessenciais para a compilação de agregadosmonetários para a área do euro, mas serãonecessários na Terceira Fase para umaanálise mais aprofundada da evoluçãomonetária ou para outros fins estatísticostais como as contas financeiras. O objectivoé proporcionar um maior nível de pormenorem determinadas rubricas do balanço paraesse fim.

Requisitos

26.As desagregações trimestrais são apenasapresentadas para rubricas essenciais dobalanço agregado. (As principais rubricassão impressas a negro na coluna daesquerda do Quadro 1.) Além disso,quando os valores coligidos a um nível deagregação mais baixo se revelarem poucosignificativos, o BCE pode optar pelo cálculoa um nível superior de agregação.

(a) Desagregação por prazos deempréstimos ao SNM na área doeuro

27.A fim de permitir o controlo da estruturade prazos do crédito global das IFM(empréstimos e títulos), os empréstimosdo SNM deverão ser desagregadostrimestralmente por prazos originais de 1 e5 anos, e as detenções de títulos emitidospelo SNM por prazo original de 1 ano.

(b) Desagregação sectorial no balançoconsolidado

28.A desagregação trimestral sectorial dasposições do passivo e do activo face aoSNM na área do euro (sempre queaplicável) é feita por: Sector PúblicoAdministrativo (Administração Central(S.1311), Estado (S.1312), AdministraçãoLocal (S.1313), Segurança Social (S.1314))e outros sectores residentes (outrosintermediár ios f inanceiros (S .123) ,companhias de seguros e fundos de pensões(S.125), empresas não financeiras (S.11),famílias e instituições sem fins lucrativos aoserviço das famílias (S.14 e S.15 agrupados)).A fim de identificar as componentes sub--sectoriais dos agregados monetários, serianecessár io, em teoria , combinar adesagregação sub-sectorial com umadesagregação pormenorizada dasresponsabilidades de depósitos (porinstrumento, prazo e moeda entre euro/outras moedas). Para obviar ao esforçoque tal implicaria, os requisitos de dadoslimitar-se-ão a determinadas rubricaspr inc ipa is do balanço (ta is comoresponsabilidades de depósitos do SNM,empréstimos ao SNM e detenções detítulos emitidos pelo SNM.)

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(c) Desagregação de empréstimos aoSNM por actividade do mutuário

29.Esta desagregação de empréstimos aoSNM localizado na área do euro limita-seaos dois sub-sectores das empresas nãofinanceiras e das famílias e instituições semfins lucrativos ao serviço das famílias. Sãoidentificados os empréstimos às empresas,às famílias (decompostos em crédito aoconsumo, crédito à habitação e outrocrédito (residual)) e às instituições sem finslucrativos ao serviço das famílias.

(d) Desagregação por país

30.As contrapartes dentro e fora da áreado euro são identificadas, nomeadamentepara efeitos dos requisitos transitórios.

(e) Desagregação por moeda

31.São necessárias algumas desagregaçõesdas posições das IFM nas principais moedasnão percententes à UE por forma a permitiro cálculo das estatísticas de fluxos dosagregados monetários e de créditocorrigidos de variações cambiais, sempreque estes agregados sejam definidos deforma a incluir todas as moedas agregadas.As principais rubricas do balanço são apenasdesagregadas pelas principais moedasinternacionais (dólar dos EUA, iene doJapão e franco suíço).

(f) Desagregações sectoriais deposições com contrapartes fora daárea do euro (outros Estados-membros da UE e o Resto doMundo)

32.Relativamente às posições das IFM facea contrapartes localizadas fora da área doeuro, as posições face aos bancos (ou IFMem países da UE fora da área) e ao sectornão bancário deverão ser diferenciadas;quanto ao sector não bancário, é necessário

fazer uma distinção entre Sector PúblicoAdministrativo e outros residentes. Aclassificação sectorial de acordo com oSCN93 é aplicável sempre que não estejaem vigor o SEC95.

Prazo para a transmissão dos dados

33.As estat ís t icas tr imestra is sãotransmitidas pelos bancos centrais nacionaisao BCE até ao fecho das operações dovigésimo oitavo dia útil após o fim do mêsao qual se referem os dados. Os bancoscentra is nacionais estabelecerão omomento em que necessitam de receberdados das instituições que prestaminformações a fim de cumprir este prazo.

4. Compilação de estatísticas defluxos

Objectivo

34.Com base no balanço consolidado -que fornece informações sobre o activo eo passivo e informação estatística adicionalsobre as reavaliações e outros ajustamentos,tais como as amortizações de empréstimos- será necessário obter, atempadamente,dados sobre o valor das transacçõesefectuadas entre as datas de referência.

Requisitos

35.O BCE deverá coligir estatísticas de fluxospara os agregados monetários e ascontrapartes, verificando as transacçõesfinanceiras que ocorrem durante o mês decalendário. As transacções financeiras serãoidentificadas como a diferença entre posiçõesde fim de mês e eliminando variações quenão decorram das transacções. Para esteefeito, o BCE necessitará de informaçãoestatística sobre estas últimas, relacionadascom quase todas as rubricas do balanço das

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IFM. Esta informação terá a forma deajustamentos que cobrem ”reclassificações eoutros ajustamentos” e ”reavaliações eamortizações totais/parciais de empréstimos”.Além disso, o BCE necessitará de informaçãoexplicativa sobre os ajustamentos nas”reclassificações e outros ajustamentos”. Énecessária informação estatística separadapara os bancos centrais nacionais e outrasIFM.

36. Os bancos centrais nacionais deverãoapresentar dados ao BCE atempadamente,por forma a permitir a compilação deestatísticas de fluxos para agregadosmonetários e contrapartes. O BCE calculaum ajustamento normalizado para as”variações cambiais” recorrendo a dadosde existências trimestrais. O Manual deProcedimentos para a compilação deestatísticas de fluxos especifica a formacomo os bancos centrais nacionais poderãocumprir este requisito.

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Quadro A: SÍNTESE DAS DESAGREGAÇÕES PARA EEIT OS DOBALANÇO AGREGADO DO SECT OR DAS IFM

CATEGORIAS DE INSTRUMENT OS/PRAZOS, CONTRAPARTES E MOEDAS(A desagregação dos “Dados mensais” é impressa a cheio com um *)

CATEGORIAS DE INSTRUMENTOS E PRAZOS

ACTIVOACTIVOACTIVOACTIVOACTIVO PASSIVOPASSIVOPASSIVOPASSIVOPASSIVO

CONTRAPARTES

ACTIVOACTIVOACTIVOACTIVOACTIVO PASSIVOPASSIVOPASSIVOPASSIVOPASSIVO

MOEDAS

eeeee EuroEuroEuroEuroEuro ”denominação em euro (incluindo denominações em moeda nacional dos Estados-membrosparticipantes antes do fim da transição para o euro)”

xxxxx Moedas não UMMoedas não UMMoedas não UMMoedas não UMMoedas não UM outras moedas (outras moedas da UE, USD, JPY, CHF, outras)

PART 2 Desagregação necessária

1 Numerário *2 Empréstimos *

até 1 ano 1

de 1 a 5 anos 1

superior a 5 anos 1

3 Títulos que não acções 2, 3 *até 1 ano 2, *de 1 a 2 anos 2, *superior a 2 anos 2, *

4 Títulos do mercado monetário 4, *5 Acções e outros títulos *6 Activo imobilizado *7 Outros activos *

8 Moeda em circulação9 Depósitos9.1 Depósitos overnight 5, *9.2 Depósitos a prazo *

até 1 ano *de 1 a 2 anos *superior a 2 anos 6, *

9.3 Depósitos reembolsáveis com pré-aviso*até 3 meses 7, *superior a 3 meses *, 11

9.4 Acordos de recompra *10 Acções/unidades de participação de fundos domercado monetário *11 Títulos da dívida emitidos 3, *

até 1 ano *de 1 a 2 anos *superior a 2 anos *

12 Títulos do mercado monetário 8, *13 Capital e reservas *14 Outras responsabilidades *

A Residentes nacionais *Instituições Financeiras Monetárías (IFM)*Sector não Monetário (SNM) * Sector Público Administrativo*

Administração CentralEstadoAdministração localSegurança social

Outros residentes *outros intermediários financeiros (S.123)comp. seguros e fundos de pensões (S.125)empresas não financeiras (S.11)famílias, etc. (S.14 + S.15) 9

B Residentes em outros Estados-membros da UM10, *IFM *SNM *

Sector Público Administrativo *Administração CentralEstadoAdministração localSegurança social

Outros residentes *outros intermediários financeiros (S.123)comp. seguros e fundos de pensões (S.125)empresas não financeiras (S.11)famílias, etc. (S.14 + S.15) 9

C Residentes no Resto do Mundo *BancosSector não bancário

Sector Público AdministrativoOutros residentes

D Não colocado

A Residentes nacionais *IFM *Das quais: instituições de crédito *SNM *

Sector Público Administrativo *Administração Central *EstadoAdministração localSegurança social

Outros residentes *outros intermediários financeiros (S.123)comp. seguros e fundos de pensões (S.125)empresas não financeiras (S.11)famílias, etc. (S.14 + S.15) 9

B Residentes em outros Estados-membros da UM10* IFM * Das quais: instituições de crédito * SNM * Sector Público Administrativo *

Administração Central *EstadoAdministração localSegurança social

Outros residentes *outros intermediários financeiros (S.123)comp. seguros e fundos de pensões (S.125)empresas não financeiras (S.11)famílias, etc. (S.14 + S.15) 9

C Residentes no Resto do Mundo *BancosSector não bancário

Sector Público AdministrativoOutros residentes

D Não colocado

1 Desagregação por prazo apenas aplicável a empréstimos ao SNM.2 Requisitos de apresentação mensal de dados relacionada apenas com os títulos detidos, emitidos por IFM localizadas na área do euro.

Quando apresentados trimestralmente, os dados referentes a títulos detidos, emitidos pelo SNM na área do euro são decompostos em”até 1 ano” e ”superior a 1ano”.

3 Excluindo títulos do mercado monetário.4 Definido como detenções de títulos do mercado monetário, emitidos por IFM. Neste caso, os títulos do mercado monetário incluem

acções / unidades de participação emitidas por Fundos do mercado monetário. As detenções de instrumentos transaccionáveis com asmesmas características que títulos do mercado monetário mas emitidos pelo SNM deverão ser classificadas como ”títulos que não acções”.

5 Incluindo saldos provisórios que representam responsabilidades das Instituições relacionadas com os saldos por utilizar de cartões pré--pagos emitidos em nome de IFM.

6 Incluindo depósitos geridos administrativamente.7 Incluindo depósitos à vista não transferíveis.8 Definido como títulos do mercado monetário emitidos por IFM.9 Famílias (S.14) e instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias (S.15).10 Estados-membros da União Europeia, ou seja, o território dos Estados-membros participantes.11 As informações relativas à rubrica ”depósitos reembolsáveis com pré-aviso superior a 2 anos” são prestadas numa base voluntária, até

indicação em contrário.

Page 104: A POLÍTICA MONETÁRIA ÚNICA NA TERCEIRA …O Capítulo 7 apresenta o regime de reservas mínimas do SEBC. Por fim, o Capítulo 8 trata das disposições específicas a aplicar na

99

QUADRO 1 Informação a prestar mensalmenteAs células impressas a fino indicam que se trata de informação a prestar apenas por instituições sujeitas a reservas obrigatórias

A. Nacionais B. Outros Estados-membros da UM C. R.M. D. Não

IIFM (5) SNM IFM (5) SNM ColocadoDas quais S.P.A. Outros Das quais S.P.A. Outros

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até 1 anode 1 a 2 anossuperior a 2 anos (1)

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9.4x9.4x9.4x9.4x9.4x Acordos de recompraAcordos de recompraAcordos de recompraAcordos de recompraAcordos de recompra1010101010 Acções/unidades de p. de fundos do mercado monetárioAcções/unidades de p. de fundos do mercado monetárioAcções/unidades de p. de fundos do mercado monetárioAcções/unidades de p. de fundos do mercado monetárioAcções/unidades de p. de fundos do mercado monetário1111111111 Títulos da dívida emitidosTítulos da dívida emitidosTítulos da dívida emitidosTítulos da dívida emitidosTítulos da dívida emitidos11e euro

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2e entre as quais o euro33333 Títulos que não acçõesTítulos que não acçõesTítulos que não acçõesTítulos que não acçõesTítulos que não acções3e Euro

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Nota geral: As células com * são utilizadas no cálculo da base de incidência. Quanto aos certificados de dívida e aos títulos do mercado monetário, as instituições de crédito deverão apresentar prova dos passivosa excluir da base de incidência ou aplicar uma dedução normalizada de uma percentagem fixa especificada pelo BCE.(1) Incluindo depósitos geridos administrativamente.(2) Incluindo depósitos de poupança à vista não transferíveis.(3) Definidos como títulos do mercado monetário emitidos por IFM.(4) Definidos como detenções de títulos do mercado monetário, emitidos por IFM. Neste caso, os títulos do mercado monetário incluem acções/unidades de participação emitidas por Fundos do Mercado Monetário.

As detenções de instrumentos transaccionáveis que podem ter as mesmas características de títulos do mercado monetário mas emitidos pelo SNM deverão ser classificadas como ”títulos que não acções”.(5) As instituições de crédito podem apresentar posições face a ”IFM e Instituições de crédito sujeitas a reservas mínimas, BCE e BCN” em vez de face a ”IFM”, e ”Instituições de crédito sujeitas a reservas mínimas, BCE

e BCN”, desde que tal não implique perda de detalhe.(6) A informação referente a esta rubrica é prestada numa base voluntária até indicação em contrário.

Page 105: A POLÍTICA MONETÁRIA ÚNICA NA TERCEIRA …O Capítulo 7 apresenta o regime de reservas mínimas do SEBC. Por fim, o Capítulo 8 trata das disposições específicas a aplicar na

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103

Todas as Euro e Outras Outras moedasmoedas moedas moedas Total USD JPY CHF conjunto

nacionais da UE dasda UM (3)(3)(3)(3)(3) restantes

(3)(3)(3)(3)(3) moedas

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b. SNM

BBBBB Outros EM UMOutros EM UMOutros EM UMOutros EM UMOutros EM UM a. IFMb. SNM

CCCCC Resto do MundoResto do MundoResto do MundoResto do MundoResto do Mundo a. bancosb. sector não-bancário

1010101010 Acções/un.part. fundos merc. monetárioAcções/un.part. fundos merc. monetárioAcções/un.part. fundos merc. monetárioAcções/un.part. fundos merc. monetárioAcções/un.part. fundos merc. monetário1111111111 Títulos da dívida emitidosTítulos da dívida emitidosTítulos da dívida emitidosTítulos da dívida emitidosTítulos da dívida emitidos1212121212 Títulos mercado monetário (1)Títulos mercado monetário (1)Títulos mercado monetário (1)Títulos mercado monetário (1)Títulos mercado monetário (1)

13+14 Qutras responsabilidades13+14 Qutras responsabilidades13+14 Qutras responsabilidades13+14 Qutras responsabilidades13+14 Qutras responsabilidades

ACTIVOACTIVOACTIVOACTIVOACTIVO22222 EmpréstimosEmpréstimosEmpréstimosEmpréstimosEmpréstimos

AAAAA InternosInternosInternosInternosInternos a. a IFMb. ao SNM

BBBBB Outros EM UMOutros EM UMOutros EM UMOutros EM UMOutros EM UM a. a IFMb. ao SNM

CCCCC Resto do MundoResto do MundoResto do MundoResto do MundoResto do Mundo a. a bancosb. ao sector não banc.

33333 Títulos que não acçõesTítulos que não acçõesTítulos que não acçõesTítulos que não acçõesTítulos que não acçõesAAAAA InternosInternosInternosInternosInternos a. emitidos por IFM

b. emitidos pelo SNM

BBBBB Outros EM UMOutros EM UMOutros EM UMOutros EM UMOutros EM UM a. emitidos por IFMb. emitidos pelo SNM

CCCCC Resto do MundoResto do MundoResto do MundoResto do MundoResto do Mundo a. emitidos por bancosb. emitidos pelo sect. não banc.

44444 Títulos do merTítulos do merTítulos do merTítulos do merTítulos do mercado monetário (2)cado monetário (2)cado monetário (2)cado monetário (2)cado monetário (2)AAAAA InternosInternosInternosInternosInternos a. emitidos por IFM

BBBBB Outros EM UMOutros EM UMOutros EM UMOutros EM UMOutros EM UM a. emitidos por IFM

5+6+7 Outros activos5+6+7 Outros activos5+6+7 Outros activos5+6+7 Outros activos5+6+7 Outros activos

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Requisitos “Dados mensais”, ver Quadro 1.Requisitos “Dados mensais”, ver Quadro 1.Requisitos “Dados mensais”, ver Quadro 1.Requisitos “Dados mensais”, ver Quadro 1.Requisitos “Dados mensais”, ver Quadro 1.

QUADRO 5. DESAGREGAÇÃO POR MOEDA (“Dados trimestrais“)

Informação a prestar trimestralmente

(1) Definido como títulos do mercado monetário emitidos por IFM.(2) Definidos como detenções de títulos do mercado monetário emitidos por IFM. Aqui, os títulos do mercado monetário incluem acções/

unidades de participação emitidas por Fundos do mercado monetário. As detenções de instrumentos transaccionáveis que podem ter asmesmas características que títulos do mercado monetário mas que são emitidos pelo SNM deverão ser classificados como "Títulos quenão acções".

(3) Para o cálculo dos agregados do balanço consolidado, será necessária uma diferenciação entre as denominações das contas das IFM porcada moeda do Estado membro da UE potencialmente participante.

(4) Deverão ser prestadas informações relativas a estas rubricas para efeitos de controlo de qualidade. Uma vez que estas rubricas não estãoincluídas nos quadros do “Conjunto de Medidas a Tomar”, a informação apenas deverá ser prestada quando já tiver sido coligida poragentes de prestação de informação das IFM.

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PARTE 3Definições relacionadas com o balanço consolidado aapresentar ao BCE; categorias de instrumentos do passivoe do activo

Definições gerais

O conceito de Residência está definido noRegulamento do Conselho (CE) relativo àrecolha de informação estatística pelo BancoCentral Europeu.

Para efeitos da compilação do balançoconsolidado do sector das InstituiçõesFinanceiras Monetárias (IFM) para a áreado euro, a população inquirida consiste nasIFM incluídas na Lista de InstituiçõesFinanceiras Monetárias para fins estatísticose residentes no território dos Estados--membros participantes. Estas são:

as instituições instituídas e localizadasno território, comprendendo as filiaisde empresas-mãe localizadas foradaquele território; e

as sucursais de instituições com sedefora daquele território.

As f i l ia is são ent idades inst i tu ídasindependentes nas quais uma outraent idade detém uma part ic ipaçãomaioritária ou total, enquanto as sucursaissão entidades não instituídas (sem estatutolegal independente) detidas a 100% pelaempresa-mãe.

Para efeitos estatísticos, as IFM procedemà consolidação da actividade de todos osseus organismos (sede e/ou sucursais)localizados no mesmo território nacional.Além disso, na apresentação das suasestatísticas, as sedes estão autorizadas aproceder à consolidação das actividadesde quaisquer filiais que sejam IFM localizadasno território nacional, mantendo, noentanto, separadamente as actividades deinstituições de crédito e outras IFM paraefeitos do regime de reservas mínimas do

SEBC. Não é permitida a consolidaçãotransfronteira para efeitos da apresentaçãode estatísticas.

As instituições localizadas em centrosf inanceiros of f -shore são tratadasestatisticamente como residentes dosterritórios nos quais estão localizadas.

Prazo à data de emissão (prazo original)refere-se ao período fixo de vigência deum instrumento financeiro antes do qualnão é possível o reembolso (por exemplo,títulos da dívida) ou antes do qual oreembolso apenas é possível mediantealgum tipo de sanção (por exemplo, algunstipos de depósitos). O período de pré--aviso corresponde ao período entre omomento em que o detentor dá a conhecera sua intenção de reembolsar o instrumentoe a data na qual o detentor é autorizado aconverter esse instrumento em liquidezsem incorrer em sanção. Os instrumentosfinanceiros são classificados de acordo como período de pré-aviso apenas nos casosem que não existe um prazo pré-acordado.

As regras contabilísticas seguidas pelas IFMna elaboração das suas contas devemobedecer à transposição para a legislaçãonacional da Directiva relativa às contasanuais e às contas consolidadas dos bancose outras instituições financeiras (86/635/CEE).

Definições de sectores

O Sistema Europeu de Contas (SEC 95)estabelece o padrão para a classificaçãosectorial . Mais informação sobre aclassificação sectorial de contrapartes doSNM localizadas fora do território nacionalé apresentada no Manual sobre o Sectordas Estatísticas Monetárias e Bancárias.

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A def in ição de IFM foi d iscut idaanteriormente. As instituições bancáriaslocalizadas fora da área do euro sãoreferidas como ”bancos” e não como IFM,uma vez que o termo ”IFM” se aplicaapenas na área do euro. Da mesma forma,o termo ”SNM” apenas se aplica à área doeuro; relativamente aos outros países, éadequado o termo ”sector não bancário”.O SNM compreende os seguintes sectorese sub-sectores:

Sector Público Administrativo. Unidadesresidentes cuja principal actividadeconsiste na produção de bens e serviçosnão mercantis, destinados ao consumoindiv idual ou colect ivo e/ou naredistribuição do rendimento e dariqueza nacional (SEC 95, parágrafos2.68. - 2.70.).

Admin is t ração Centra l . ÓrgãosAdministrativos do Estado e outrasent idades pertencentes àsadministrações públ icas cujacompetência se estende à totalidade doterritório económico, à excepção dosorganismos da segurança social (SEC95, parágrafo 2.71.).

Estado. Organismo independente queexerce algumas funções de governo aum nível intermédio entre aAdministração Central e a AdministraçãoLocal, à excepção dos organismos dasegurança social (SEC 95, parágrafo2.72.).

Administração Local. Órgãos de poderlocal cuja actividade se exerce a nívellocal do território económico, àexcepção dos organismos locais dasegurança social (SEC 95, parágrafo2.73.).

Segurança Social. Unidades institucionaiscentrais, estatais ou locais, cuja principalactividade consiste na concessão deprestações sociais (SEC 95, parágrafo2.74.).

Outros residentes. SNM residente àexcepção do Sector Público Administrativo.Integram este sector:

Outros intermediár ios f inance i ros .Empresas financeiras não monetárias equase-empresas (à excepção decompanhias de seguros e fundos depensões) cuja principal actividadeconsiste em intermediação financeira,através da obtenção de crédito sobqualquer forma que não moeda,depósitos e/ou substitutos próximos dedepósitos, de unidades institucionais quenão IFM (SEC 95, parágrafos 2.53. -2.67.).

Companhias de seguros e fundos depensões. Empresas financeiras nãomonetárias e quase-empresas, cujaprincipal act iv idade consiste emintermediação f inanceira comoconsequência da concentração de riscos(SEC 95, parágrafos 2.60. - 2.67.).

Empresas não financeiras. Empresas equase-empresas que não operam noâmbito da intermediação financeira, masantes têm como principal actividade aprodução de bens e serviços mercantisnão financeiros (SEC 95, parágrafos2.21 - 2.31.).

Famílias . Indivíduos ou grupos deindivíduos enquanto consumidores,produtores de bens e serviços nãofinanceiros exclusivamente para auto-consumo, e de bens e serviços mercantisnão f inanceiros ou de serv içosfinanceiros de mercado, desde que estasactividades não sejam imputadas aquase-empresas. Inclui instituições semfins lucrativos ao serviço das famíliascuja principal actividade consiste naprodução de bens e serviços nãomercant is dest inados a gruposespecíficos de famílias (SEC, parágrafos2.75. - 2.88.).

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Definições de categorias deinstrumentos

As definições das categorias de activos epassivos incluídos no balanço consolidadolevam em linha de conta as característicasde diferentes sistemas financeiros. Asanálises dos prazos poderão fornecer umsubstituto para a consistência na definição

do instrumento, sempre que estes nãosejam totalmente comparáveis entremercados financeiros.

Os quadros que se seguem apresentamuma descrição detalhada das categorias deinstrumentos que os BCN transpõem paraas categorias aplicáveis a nível nacional, notermos do Regulamento do BCE.

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CATEGORIAS DO ACTIVO

Categorias Descrição das principais característicasprevistas (terminologia do “CMT”)no CMT

1. Detenção de notas e moedas nacionais e estrangeiras em circulação que sãoNumerário habitualmente utilizadas para efectuar pagamentos.

2. Para efeitos do presente esquema de prestação de informação, estes consistemEmpréstimos em fundos emprestados pelas IFM que prestam informações a mutuários, não

representados por documentos negociáveis ou representados num só documento(mesmo que se tenha tornado negociável). Inclui depósitos colocados junto deoutras IFM.* Empréstimos concedidos às famílias sob a forma de crédito ao consumo

(empréstimos concedidos para utilização pessoal no consumo de bens eserviços), crédito à habitação (crédito concedido para efeitos de investimentona habitação, incluindo construção e melhoramentos da habitação) e outros(crédito concedido para fins comerciais, de consolidação da dívida, educação,etc.).

* Depósitos junto de outras IFM.* Contratos de locação financeira acordados com terceiros.* Crédito mal parado não reembolsado ou amortizado.* Detenção de títulos não transaccionáveis.* Crédito subordinado sob a forma de depósitos ou empréstimos.

3. Detenção de títulos que não acções, outras participações de capital ou títulos doTítulos que mercado monetário, normalmente negociáveis e transaccionados em mercadosnão acções secundários ou que podem ser compensados no mercado, e que não confere

aodetentor qualquer direito de propriedade sobre a instituição de emissão. Estarubrica inclui títulos (à excepção dos negociados nos mercados monetários- verrubrica 4) que conferem ao detentor o direito incondicional a um rendimento fixoou contratual sob a forma de pagamento de cupões e/ou a uma importância fixa apagar numa data (ou datas) especificada(s) ou com início a partir de uma datadefinida à data de emissão. Inclui também empréstimos negociáveis reestruturadosem diversos documentos idênticos transaccionados em mercados organizados(secundários).

3./a. * Detenções de títulos da dívida transaccionáveis (representados ou não porTítulos que não documentos) com um prazo original até um ano mas não transaccionados emacções com um mercados monetários (ver rubrica 4)prazo original até * Empréstimos negociáveis com um prazo original até 1 ano, reestruturados em1 ano inclusive diversos documentos idênticos transaccionados em mercados organizados

(secundários).* Dívida subordinada sob a forma de títulos da dívida e depósitos ou

empréstimos com um prazo original até 1 ano inclusive.

3./b. * Detenções de títulos da dívida transaccionáveis (representados ou não porTítulos que não documentos) com um prazo original entre 1 e 2 anos, mas não transaccionadosacções com prazo em mercados monetários (ver rubrica 4).original de * Empréstimos negociáveis com um prazo original de 1 a 2 anos inclusive,1 a 2 anos inclusive reestruturados em diversos documentos idênticos transaccionados em

mercados organizados (secundários).* Dívida subordinada sob a forma de títulos da dívida e depósitos ou

empréstimos com prazo inicial entre 1 e 2 anos.

3./c. * Títulos da dívida transaccionáveis (representados ou não por documentos) comTítulos que não prazo original superior a 2 anos mas não transaccionados em mercadosacções com prazo monetários (ver rubrica 4).superior a 2 anos * Empréstimos negociáveis com prazo original superior a 2 anos reestruturados

em diversos documentos idênticos transaccionados em mercados organizados(secundários).

* Dívida subordinada sob a forma de títulos da dívida e depósitos ouempréstimos com prazo original superior a 2 anos.

Descrição detalhada das categorias de instrumentos do balanço consolidado mensaldo sector das IMF no âmbito do “Conjunto de Medidas a Tomar” (CMT)

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4 Consistem em detenções de instrumentos transaccionáveis, emitidos por IFM, comTítulos do elevado grau de liquidez, uma vez que são transaccionados em mercadosmercado monetários com liquidez (ou seja, mercados com um elevado volume demonetário transacções e um nível considerável de instrumentos financeiros que

proporcionam uma convertibilidade imediata e de baixo custo destesinstrumentos em liquidez e que têm um baixo risco de incumprimento e de taxade juro), cujos participantes são principalmente IFM e outras instituiçõesfinanceiras. Mais informações sobre a definição de títulos do mercado monetário esobre a classificação por país podem ser encontradas na brochura do BCEintitulada “Money Market Paper - Guidance to ensure consistency in classificationaccross the MU” (“Títulos do Mercado Monetário - guia para assegurar a coerênciana classificação em toda a UM”). Esta rubrica do activo inclui também detençõesde acções/unidades de participação emitidas por Fundos do Mercado Monetário(ver rubrica 10).

5. Detenções de títulos que representam direitos de propriedade sobre empresasAcções e ou quase-empresas. Estes títulos conferem geralmente aos detentores o direito aoutros títulos uma participação nos lucros de empresas ou quase-empresas e a uma participação

nos seus fundos próprios em caso de liquidação.

6. Para efeitos do esquema de prestação de informação, esta rubrica consiste emActivo imobilizado activos não financeiros, tangíveis ou intangíveis, que se destinam a serem utilizados

durante mais de 1 ano pelas IFM inquiridas. Inclui propriedade imobiliária ocupadapelas IFM, bem como equipamento, software e outras infra-estruturas.

7. Activos não incluídos noutras rubricas.Outros activos * Posições dos derivados financeiros com valores de mercado brutos positivos.

* Montantes recebidos por bruto relativos a rubricas provisórias.* Montantes recebidos por bruto relativos a rubricas transitórias.* Juro acrescido a receber relativos a empréstimos.* Dividendos a receber.* Montantes a receber não relacionados com a principal actividade das IFM.* Contrapartes dos activos para a moeda metálica emitida pelo Estado (apenas no

balanço dos BCN).

CATEGORIAS DO ACTIVO

Categorias Descrição das principais característicasprevistas (terminologia do “CMT”)no CMT

Descrição detalhada das categorias de instrumentos do balanço consolidado mensaldo sector das IMF no âmbito do “Conjunto de Medidas a Tomar” (CMT)

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8. Notas e moedas em circulação normalmente utilizadas para efectuar pagamentosNotas e moedas * Notas de banco emitidas por BCN.em circulação * Notas de banco emitidas por outras IFM.

* Moedas metálicas emitidas por BCN.* Moedas metálicas emitidas pela Administração Central.

9. Montantes em dívida a credores por IFM inquiridas, que não os decorrentes daDepósitos emissão de títulos negociáveis. Para efeitos do esquema de prestação de

informação, esta categoria é desagregada em depósitos overnight, depósitos aprazo, depósitos reembolsáveis com pré-aviso e acordos de recompra.

9.1. Depósitos convertíveis em moeda e/ou transferíveis à vista por cheque, ordem deDepósitos overnight transferência bancária, débito ou outro meio idêntico, sem atrasos, restrições ou

sanções significativos. Os saldos por utilizar de cartões pré-pagos emitidos porIFM estão incluídos nesta rubrica. Excluídos estão os depósitos não transferíveismobilizáveis à vista, embora sujeitos a sanções significativas.* Saldos (com ou sem juros) imediatamente convertíveis em liquidez à vista, sem

quaisquer sanções ou restrições significativas, mas não transferíveis.* Saldos (com ou sem juros) imediatamente convertíveis em liquidez no fecho das

operações do dia seguinte àquele em que o depósitos foi efectuado, semquaisquer sanções ou restrições significativas, mas não transferíveis.

* Saldos (com ou sem juros) transferíveis por cheque, ordem de transferênciabancária, débito ou outro meio idêntico, sem qualquer sanção ou restriçãosignificativa.

* Saldos (com ou sem juros) por utilizar de cartões pré-pagos.* Empréstimo não-negociáveis, a reembolsar no fecho das operações no dia

seguinte àquele em que o empréstimo foi concedido.* Montantes brutos reembolsáveis relativos a rubricas provisórias estreitamente

relacionadas com “depósitos overnight”

9.2. Depósitos não transferíveis não convertíveis em liquidez antes da data deDepósitos a prazo vencimento acordada ou apenas convertíveis em liquidez antes da data de

vencimento acordada desde que o detentor fique sujeito a algum tipo de sanção.Esta rubrica inclui também depósitos de poupança geridos administrativamentenos quais os critérios relacionados com o prazo não são relevantes (classificadosno segmento de prazo ”superior a 2 anos”).

9.2./a. * Saldos colocados com uma data de vencimento fixo até um ano, nãoDepósitos com transferíveis e não convertíveis em liquidez antes dessa data de vencimento.prazo até 1 * Saldos colocados com uma data de vencimento fixo até um ano, nãoano inclusive transferíveis, mas reembolsáveis antes da data de vencimento mediante pré-

-aviso.* Saldos colocados com uma data de vencimento fixo até um ano, não

transferíveis, mas reembolsáveis à vista desde que sujeitos a determinadassanções.

* Pagamentos marginais efectuados ao abrigo de contratos de derivados a celebrarno prazo de 1 ano, que representam garantia de liquidez dada como penhorcontra o risco de crédito mas que se mantêm na posse do depositante, sendoreembolsáveis ao depositante quando o contrato é terminado.

* Empréstimos não negociáveis e negociáveis representados por um únicodocumento com um prazo original até 1 ano inclusive.

* Títulos da dívida não transaccionáveis emitidos por IFM (representados ou nãopor documentos) com um prazo original até 1 ano inclusive.

* Dívida subordinada emitida por IFM sob a forma de depósitos ou empréstimoscom um prazo original até 1 ano inclusive.

* Montantes brutos a pagar relativos a rubricas provisórias estreitamenterelacionadas com ”depósitos com prazo até 1 ano inclusive”

CATEGORIAS DO PASSIVO

Categorias Descrição das principais característicasprevistas (terminologia do CMT)no CMT

Descrição detalhada das categorias de instrumentos do balanço consolidado mensaldo sector das IMF no âmbito do “Conjunto de Medidas a Tomar” (CMT)

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9.2./b. * Saldos colocados com uma data de vencimento fixa entre 1 e 2 anos, nãoDepósitos com transferíveis e não convertíveis em liquidez antes dessa data de vencimento.prazo de 1 a 2 anos, * Saldos colocados com uma data de vencimento fixa entre 1 e 2 anos, nãoinclusive transferíveis, mas reembolsáveis antes da data de vencimento com pré-aviso.

* Saldos colocados com uma data de vencimento fixa entre 1 e 2 anos, nãotransferíveis, mas reembolsáveis à vista, desde que sujeitos a determinadassanções.

* Pagamentos marginais efectuados ao abrigo de contratos de derivados acelebrar no prazo de 1 a 2 anos, que representam garantia de liquidez dadacomo penhor contra o risco de crédito mas que se mantém na posse dodepositante, sendo reembolsáveis ao depositante quando o contrato éterminado.

* Empréstimos não negociáveis e negociáveis representados por um únicodocumento com um prazo original de 1 a 2 anos.

* Títulos da dívida não transaccionáveis emitidos por IFM (representados ou nãopor documentos) com um prazo original de 1 a 2 anos.

* Dívida subordinada emitida por IFM sob a forma de depósitos ou empréstimoscom um prazo original de 1 a 2 anos.

* Montantes brutos a pagar relativos a rubricas provisórias estreitamenterelacionadas com ”depósitos com prazo de 1 a 2 anos inclusive”.

9.2./c. * Saldos colocados com uma data de vencimento fixa superior a 2 anos, nãoDepósitos com transferíveis e não convertíveis em liquidez antes dessa data de vencimento.prazo superior * Saldos colocados com uma data de vencimento fixa superior a 2 anos nãoa 2 anos transferíveis, mas reembolsáveis antes da data de vencimento com pré-aviso.

* Saldos colocados com uma data de vencimento fixa superior a 2 anos nãotransferíveis, mas reembolsáveis à vista, desde que sujeitos a determinadas sanções.

* Saldos (independentemente do prazo) nos quais as taxas de juro e/ou ostermos e condições são especificados em legislação nacional e que se destinama ser detidos para fins específicos (por exemplo, financiamento da habitação)com um horizonte temporal superior a 2 anos (mesmo que tecnicamente sejamreembolsáveis à vista).

* Pagamentos marginais efectuados ao abrigo de contratos de derivados acelebrar num prazo superior a 2 anos, que representam garantia de liquidezdada como penhor contra o risco de crédito mas que se mantém na posse dodepositante, sendo reembolsáveis ao depositante quando o contrato éterminado.

* Empréstimos não negociáveis e negociáveis representados por um únicodocumento com um prazo original superior a 2 anos.

* Títulos da dívida não transaccionáveis emitidos por IFM (representados ou nãopor documentos) com um prazo original superior a 2 anos.

* Dívida subordinada emitida por IFM sob a forma de depósitos ou empréstimoscom um prazo original superior a 2 anos.

* Montantes brutos a pagar relativos a rubricas provisórias estreitamenterelacionadas com ”depósitos com prazo superior a 2 anos”.

CATEGORIAS DO PASSIVO

Categorias Descrição das principais característicasprevistas (terminologia do CMT)no CMT

Descrição detalhada das categorias de instrumentos do balanço consolidado mensaldo sector das IMF no âmbito do “Conjunto de Medidas a Tomar” (CMT)

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9.3. Depósitos não-transferíveis sem qualquer prazo pré-acordado, convertíveis emDepósitos liquidez sem um prazo de pré-aviso, antes do vencimento do qual a conversão emreembolsáveis liquidez não é possível, ou apenas é possível mediante uma sanção. Inclui depósitoscom pré-aviso que, embora legalmente possam ser eventualmente mobilizáveis à vista, ficariam

sujeitos a sanções e restrições significativas, de acordo com as práticas nacionais(classificados no segmento de prazo ”até 3 meses, inclusive”), e contas deinvestimento sem pré-aviso ou qualquer prazo acordado, mas que contêm provisõesde mobilização restritivas (classificados no segmento de prazo ”superior a 3 meses”).

9.3./a. * Saldos colocados sem prazo fixo, apenas mobilizáveis quando sujeitos a um pré-Depósitos -aviso até 3 meses, inclusive; caso seja possível o reembolso anterior ao prazo dereembolsáveis (ou mesmo à vista), este implicará uma sanção.com pré-aviso * Depósitos de poupança à vista não-transferíveis e outros tipos de depósitos aaté 3 meses inclusive retalho que, embora legalmente possam ser reembolsados à vista, estão sujeitos

a sanções significativas.* Saldos colocados com data de vencimento fixa, não transferíveis, mas que

tenham sido sujeitos a um pré-aviso inferior a 3 meses para um reembolsoantecipado.

* Montantes brutos a pagar relativos a rubricas provisórias estreitamenterelacionadas com os respectivos depósitos.

9.3./b. * Saldos colocados sem prazo fixo, apenas mobilizáveis quando sujeitos a um pré-Depósitos aviso até 3 meses, inclusive; caso seja possível o reembolso anterior ao prazo dereembolsáveis pré-aviso (ou mesmo à vista), este implicará uma sanção.com pré-aviso * Contas de investimento sem data de vencimento ou qualquer prazo acordado,superior a 3 meses, mas que contêm provisões de mobilização restritivas.dos quais superior * Saldos colocados com data de vencimento fixa, não transferíveis, mas quea 2 anos tenham sido sujeitos a um pré-aviso inferior a 3 meses para um reembolso(quando aplicável) antecipado.

* Montantes brutos a pagar relativos a rubricas provisórias estreitamenterelacionadas com os respectivos depósitos.

9.4. Contraparte da moeda recebida em troca de títulos vendidos pelas IFM inquiridasAcordos de a um determinado preço, com acordo da sua recompra (ou título idêntico) a umrecompra preço fixo numa determinada data futura.

* Montantes recebidos em troca de títulos temporariamente transferidos parauma terceira parte sob a forma de acordo de recompra.

* Montantes recebidos em troca de títulos temporariamente transferidos parauma terceira parte sob a forma de empréstimo obrigaccionista (contra garantiade liquidez).

* Montantes recebidos em troca de títulos temporariamente transferidos parauma terceira parte sob a forma de acordo de venda/recompra.

10. Acções ou unidades de participação emitidas por Fundos do Mercado Monetário.Acções/ unidades Os Fundos do Mercado Monetário são organismos de investimento colectivo, cujasde participação de acções/unidades de participação, em termos de liquidez, são substitutos próximosFundos do de depósitos, e que investem essencialmente em instrumentos do mercadoMercado Monetário monetário e/ou em outros títulos da dívida transaccionáveis, com um prazo

residual até 1 ano, e/ou em depósitos bancários, e/ou que aplicam uma taxa derendibilidade próxima das taxas de juro dos instrumentos de mercado.

11. Títulos, à excepção de participações de capital ou de títulos do mercadoTítulos de monetário emitidos pelas IFM inquiridas, que são instrumentos geralmentedívida emitidos negociáveis e transaccionados em mercados secundários, ou que podem ser

compensados no mercado e que não conferem ao detentor qualquer direito depropriedade sobre a instituição de emissão. Esta rubrica inclui títulos (à excepção dosnegociados nos mercados monetários - ver rubrica 12) que conferem ao detentor odireito incondicional a um rendimento fixo ou contratual sob a forma de pagamentode cupões e/ou a uma importância fixa a pagar numa data (ou datas) especificada(s)ou com início a partir de uma data definida no momento da emissão. Inclui tambémempréstimos negociáveis reestruturados num grande número de documentosidênticos transaccionados em mercados organizados (secundários).

CATEGORIAS DO PASSIVO

Categorias Descrição das principais característicasprevistas (terminologia do CMT)no CMT

Descrição detalhada das categorias de instrumentos do balanço consolidado mensaldo sector das IMF no âmbito do “Conjunto de Medidas a Tomar” (CMT)

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11./a. * Títulos da dívida transaccionáveis emitidos por IFM (representados ou não porTítulos de dívida documentos) com um prazo original até 1 ano, mas não transaccionados emcom um prazo mercados monetários (ver rubrica 12).original até 1 * Empréstimos negociáveis com um prazo original até 1 ano, reestruturados numano inclusive grande número de documentos idênticos e transaccionados em mercados

organizados (secundários).* Dívida subordinada emitida por IFM sob a forma de títulos da dívida e depósitos

ou empréstimos com um prazo original até 1 ano inclusive.

11./b. * Títulos da dívida transaccionáveis emitidos por IFM (representados ou não porTítulos de dívida documentos) com um prazo original de 1 a 2 anos, mas não transaccionados emcom um prazo mercados monetários (ver rubrica 12).original de 1 a 2 * Empréstimos negociáveis com um prazo original de 1 a 2 anos, reestruturadosanos inclusive num grande número de documentos idênticos e transaccionados em mercados

organizados (secundários).* Dívida subordinada emitida por IFM sob a forma de títulos da dívida e

depósitos ou empréstimos com um prazo original de 1 a 2 anos.

11./c. * Títulos da dívida transaccionáveis emitidos por IFM (representados ou não porTítulos de dívida documentos) com um prazo original superior a 2 anos, mas não transaccionadoscom um prazo em mercados monetários (ver rubrica 12).original superior * Empréstimos negociáveis com um prazo original superior a 2 anos,a 2 anos. reestruturados num grande número de documentos idênticos e transaccionados

em mercados organizados (secundários).* Dívida subordinada emitida por IFM sob a forma de títulos da dívida e

depósitos ou empréstimos com um prazo original superior a 2 anos.

12. Consistem em instrumentos transaccionáveis, emitidos por IFM, que têm umTítulos do mercado elevado grau de liquidez, uma vez que são transaccionados em mercadosmonetário monetários com liquidez (ou seja, mercados com um elevado volume de

transacções e um nível considerável de instrumentos financeiros queproporcionam uma convertibilidade imediata e de baixo custo dessesinstrumentos em liquidez e que têm um baixo risco de incumprimento e de taxade juro), cujos participantes são principalmente IFM e outras instituições financeiras.Mais informações sobre a definição de títulos do mercado monetário e sobre aclassificação por país podem ser encontradas na brochura do BCE intitulada”Money Market Paper - Guidance to ensure consistency in classification accross theMU” (”Títulos do Mercado Monetário - guia para assegurar a coerência naclassificação em toda a UM”).

13. Para efeitos do esquema de apresentação de informação, esta categoriaCapital e reservas compreende os montantes decorrentes da emissão de participações de capital

pelas IFM inquiridas aos seus accionistas ou outros proprietários, que representampara o detentor direitos de propriedade na IFM e geralmente o direito a umaparticipação nos lucros e a uma participação nos fundos próprios, em caso deliquidação. São também incluídos os fundos decorrentes de lucros nãodistribuídos ou de fundos de reserva das IFM inquiridas para eventuais obrigaçõese pagamentos futuros.* Participações de capital.* Lucros ou fundos não distribuídos.* Provisões especiais para prejuízos, títulos e outros tipos de activos.* Entrada referente a uma contraparte que representa prejuízos não antecipados

decorrentes de posições de derivados financeiros com valores de mercadobrutos negativos.

CATEGORIAS DO PASSIVO

Categorias Descrição das principais característicasprevistas (terminologia do CMT)no CMT

Descrição detalhada das categorias de instrumentos do balanço consolidado mensaldo sector das IMF no âmbito do “Conjunto de Medidas a Tomar” (CMT)

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14. Responsabilidades não incluídas noutras rubricas.Outras * Posições de derivados financeiros com valores de mercado brutos negativos.responsabilidades * Montantes brutos a pagar relativos a rubricas provisórias.

* Montantes brutos a pagar relativos a rubricas transitórias.* Juro acrescido a pagar sobre os depósitos.* Dividendos a pagar.* Montantes a pagar não relacionados com a actividade principal da IFM.* Provisões que representam responsabilidades face a terceiros.* Pagamentos marginais efectuados ao abrigo de contratos de derivados que

representam garantias de liquidez dadas como penhor contra o risco de créditomas que permanecem na posse do depositante e são reembolsáveis aodepositante quando termina o contrato.

* Posições líquidas decorrentes de empréstimos em títulos sem garantia.* Montantes líquidos a pagar relativos a futuras liquidações de transacções em

títulos.

CATEGORIAS DO PASSIVO

Categorias Descrição das principais característicasprevistas (terminologia do CMT)no CMT

Descrição detalhada das categorias de instrumentos do balanço consolidado mensaldo sector das IMF no âmbito do “Conjunto de Medidas a Tomar” (CMT)

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Disposições específicas e transitórias para aplicaçãodo regime de reservas mínimas

Anexo 4.2

PARTE 1Disposições específicas

I. Esquema de prestação deinformação para as instituiçõesde crédito ”na cauda”(tail)

1. As pequenas instituições de crédito nomínimo prestam informações para efeitodo regime de reservas mínimas do SistemaEuropeu de Bancos Centrais (SEBC), nostermos do Quadro 1A. Os dados da basede incidência das instituições ”na cauda”relativos a três períodos de constituição dereservas (um mês) são baseados em dadosde fim de trimestre coligidos pelos bancoscentrais nacionais (BCN) com um prazo devinte e oito dias úteis.

II. Prestação conjunta deinformação numa baseconsolidada por instituições decrédito sujeitas ao regime dereservas mínimas do SEBC

2. Após autorização do Banco CentralEuropeu (BCE), as instituições de créditosujeitas a reservas mínimas poderão efectuara prestação de informação estatísticaconsolidada para um grupo de instituiçõesde crédito sujeitas a reservas mínimas numúnico território nacional, desde que todasas instituições em causa tenham renunciadoao benefício de uma dedução fixa dasreservas mínimas. Porém, o benefício dadedução fixa mantém-se para o grupo noseu conjunto. Todas as instituições emcausa são separadamente incluídas na Listade Instituições Financeiras Monetárias (IFM)do BCE

3. Caso o grupo no seu conjunto se incluano grupo de instituições ”na cauda”, apenasdeverão ser cumpridos os requisitos de

prestação de informação simplificadaimpostos às instituições ”na cauda”. Casocontrário, é aplicável o esquema deprestação de informação total.

III. A coluna ”das quais:Instituições de Crédito sujeitasa reservas mínimas, BCE eBCN”

4. A coluna ”das quais: Instituições decrédito sujeitas a reservas mínimas, BCE eBCN” não inclui as responsabilidades dasinstituições que prestam informação faceàs instituições listadas como isentas doregime de reservas mínimas do SEBC, istoé, instituições que estão isentas porqualquer razão que não estarem sujeitas amedidas de reorganização.

5. A lista de instituições isentas incluiapenas as que estão isentas por qualquerrazão que não estarem sujeitas a medidasde reorganização. As inst i tu içõestemporariamente isentas de reservasmínimas por não estarem sujeitas a medidasde reorganização são tratadas comoinstituições sujeitas a reservas mínimas e,consequentemente, as responsabilidadespara com essas instituições são incluídas nacoluna ”das quais: Instituições de créditosujeitas a reservas mínimas, BCE e BCN”.As responsabi l idades para com asinstituições que não estão de facto sujeitasà constituição de reservas junto do SEBC,por beneficiarem de uma dedução fixa, sãoigualmente incluídas nesta coluna.

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PARTE 2Disposições transitórias

I. Instituições de crédito sujeitasà prestação total de informação

6. Com o objectivo de proceder a umcálculo correcto da base de incidência àqual é aplicável um rácio de reserva positivo,é necessár ia uma desagregaçãopormenorizada mensal dos depósitos comum prazo superior a 2 anos, dos depósitosreembolsáveis com pré-aviso superior a 2anos e das responsabilidades de reportede instituições de crédito para com ossectores das IFM (”internas” ou de ”OutrosEstados-membros da UE”), das ”Instituiçõesde crédito sujeitas a reservas mínimas, BCEe BCN” e do ”Estado”, e para com o Restodo Mundo (RM). As instituições de créditopodem também prestar informações sobreas suas posições para com as ”IFM que nãoas Instituições de Crédito sujeitas a reservasmínimas, BCE e BCN”, em vez ”IFM” e”Instituições de crédito sujeitas a reservasmínimas, BCE e BCN”, desde que isso nãoimplique qualquer perda de pormenor.

7. A prestação desta informação seráobrigatória a partir dos dados referentesao final de Dezembro de 1999 (à excepçãodos depósitos reembolsáveis com pré--aviso superior a 2 anos, caso em que aprestação de informação continua a serefectuada numa base voluntária atéindicação em contrário). Até àquela data,as instituições que fornecem informaçõesterão a opção de cumprir estes requisitosatravés da prestação voluntária deinformação, ou seja, poderão apresentarquer os valores efectivos (incluindo valoresnulos), quer ”informação não disponível”(recorrendo ao símbolo adequado) duranteum período transitório de um ano, cominício a 1 de Janeiro de 1999.

8. As instituições inquiridas deverão decidirse pretendem apresentar os valoresefectivos ou a ”informação não disponível”

durante o período transitório. Uma vezque tenha optado pelos valores efectivos,já não será possível apresentar ”informaçãonão disponível”.

9. As instituições de crédito deverãocalcular a base de incidência para o primeiroperíodo de constituição de reservas naTerceira Fase, com base no balanço inicialà data de 1 de Janeiro de 1999.

II. Instituições de crédito ”nacauda”

10. As instituições de crédito ”na cauda”deverão igualmente calcular a base deincidência para o primeiro período deconstituição de reservas da Terceira Fasecom base no balanço inicial à data de 1 deJaneiro de 1999, mas com um prazo limitepara a apresentação da informação até 10de Fevereiro de 1999.

11. Com o objectivo de proceder a umcálculo correcto da base de incidência àqual se aplica um rácio de reserva positivo,é necessár ia uma desagregaçãopormenorizada trimestral dos depósitoscom um prazo acordado superior a 2 anos,dos depósitos reembolsáveis com pré--av iso super ior a 2 anos e dasresponsabi l idades de recompra deinstituições de crédito para com os sectoresdas IFM (”internas” ou de ”outros Estados--membros da UM”), das ”Instituições decrédito sujeitas a reservas mínimas, BCE eBCN” e para com o RM.

12. A prestação desta informação seráobrigatória a partir dos dados referentesao final de Dezembro de 1999 (à excepçãodos depósitos reembolsáveis com pré--aviso superior a 2 anos, caso em que aprestação de informação continua a serefectuada numa base voluntária atéindicação em contrário). Até àquela data,as instituições inquiridas terão a opção decumprir estes requisitos através daprestação voluntária de informação, ou

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seja, poderão apresentar quer os valoresefectivos, quer ”informação não disponível”durante um período transitório de um ano,com início em 1 de Janeiro de 1999.

13. As instituições inquiridas deverãodecidir se pretendem apresentar os valores

efectivos ou a ”informação não disponível”durante o período transitório. A partir domomento em que tenha optado pelosvalores efectivos, já não será possívelapresentar ”informação não disponível”.

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TABLE 1A: Data required from small CIs to be provided at quarterly frequency for minimum reserve

A. Nacionais B. Outros Estados-membros da UM

IFM SNM IFM SNM

das quais: S.P.A. Outros das quais: S.P.A. Outros

IC sujeitas a Estado Outro Resid. IC sujeitas a Estado Outro Resid.RO, BCE RO, BCEe BCN e BCN

QUADRO 1A: Dados a fornecer pelas pequenas Instituições de Crédito com uma frequêncial trimestralpara efeitos das reservas mínimas

Ver notas de rodapé do Quadro 1 do Anexo 4.1, para explicações de algumas características do formato deste quadro.

RESPONSABILIDADES

8 Notas e moedas em circulação9 Depósitos (todas as moedas)9e Euro9.1e Overnight9.2e Com prazo acordado

até 1 anode 1 a 2 anossuperior a 2 anos

9.3e Reembolsável com pré-avisoaté 3 mesessuperior a 3 meses

dos quais sup. 2 anos9.4e Acordos de recompra9x Moedas não UM9.1x Overnight9.2x Com prazo acordado

até 1 anode 1 a 2 anossuperior a 2 anos

9.3x Reembolsável com pré-avisoaté 3 meses

superior a 3 meses dos quais sup. 2 anos

9.4x Acordos de recompra10 Acções/unidades de fundos

do mercado monetário11 Títulos da dívida emitidos11e Euro

até 1 anode 1 a 2 anossuperior a 2 anos

11x Moedas não UMaté 1 anode 1 a 2 anossuperior a 2 anos

12 Títulos do mercado monetárioEuroMoedas não UM

13 Capital e reservas14 Outras responsabilidades

ACTIVOS

1 Numerário (todas as moedas)1e das quais em euro2 Empréstimos2e dos quais em euro3 Títulos que não acções3e Euro

até 1 anode 1 a 2 anossuperior a 2 anos

3x Moedas não UMaté 1 anode 1 a 2 anossuperior a 2 anos

4 Títulos do mercado monetárioEuroMoedas não UM

5 Acções e outros títulos de capital6 Activos imobilizados7 Outros activos

C. RM D. Nãocolocad

A+BSNMresid.Est.-m.UM

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Anexo 4.3

Requisitos estatísticos para aspequenas Instituições Financeiras Monetáriasque não são instituições de crédito

Relativamente às pequenas InstituiçõesFinanceiras Monetárias (IFM) que não sãoinstituições de crédito, os bancos centraisnacionais que decidam isentar essaspequenas IFM do cumprimento total dasexigências de informação estatística deverão

informar dessa decisão as instituiçõesinteressadas, embora devendo continuar acoligir, no mínimo, dados anuais relativosao balanço total, por forma a permitir ocontrolo da dimensão das instituições ”nacauda”.

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Padrões mínimos aplicáveis à população inquirida efectiva

Os padrões mínimos que se seguem deverão ser preenchidos pelos agentes inquiridos afim de cumprir as exigências de informação estatística do Banco Central Europeu (BCE):

1. Padrões mínimos de transmissão(a) a prestação de informação aos bancos centrais nacionais deverá ser

atempada e deverá cumprir os prazos estipulados pelos bancos centraisnacionais;

(b) a informação estatística deverá ser apresentada sob a forma econfiguração estipuladas pelos bancos centrais nacionais para a prestaçãode informação técnica;

(c) a(s) pessoa(s) de contacto deverá(ão) ser identificada(s); e(d) deverão ser seguidas as especificações técnicas para a transmissão de

dados aos bancos centrais nacionais.

2. Padrões mínimos de rigor(e) a informação estatística deverá ser correcta:

- Todas as restrições lineares deverão ser observadas (por exemplo, osbalanços deverão estar equilibrados, as somas dos sub-totais deverãocorresponder aos totais); e- os dados deverão ser consistentes entre periodicidades;

(f) os agentes inquiridos deverão estar habilitados a fornecer informaçõessobre as evoluções subjacentes aos dados fornecidos;

(g) a informação estatística deverá ser completa; as lacunas existentesdeverão ser reconhecidas, explicadas aos bancos centrais nacionais esuperadas o mais breve possível;

(h) a informação estatística não deverá conter lacunas contínuas e estruturais;(i) os agentes inquiridos deverão observar as unidades e os decimais

estipulados pelos bancos centrais nacionais para o fornecimento dedados; e

(j) os agentes inquiridos deverão observar as regras de arredondamentosestabelecidas pelos bancos centrais nacionais.

3. Padrões mínimos de cumprimento conceptual(k) a informação estatística deverá cumprir as definições e classificações

constantes no Regulamento do BCE;(l) em caso de desvios face a estas definições e classificações, quando

aplicável, os agentes inquiridos deverão controlar regularmente equantificar as diferenças entre as medidas utilizadas e as medidasprevistas no Regulamento do BCE; e

(m) os agentes inquiridos deverão estar habilitados a explicar quaisquerquebras de séries verificadas relativamente aos valores dos períodosanteriores;

4. Padrões mínimos para revisões(n) deverá ser seguida a política de revisões estabelecida pelos bancos

centrais nacionais. As revisões que se desviem do normal deverão seracompanhadas por notas explicativas.

Anexo 4.4

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Anexo 5

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Lista das agências de notícias a utilizar pelo SEBC nadivulgação ao público das operações de política monetária

· ADX

· AFP

· AFX

· APA

· AP Deutschland

· AP/Dow Jones/Telerate

· Bloomberg Business News

· Bridge News

· Databolsa

· Difesa

· DPA

· Efecom

· FineFix

· Futures World News

· JiJi Press

· Kyodo News Services

· Difusão de informação da Bolsa de Lisboa

· Market News Services

· MMS International

· Radiocor - Sole 24 Ore

· RAFAX

· Reuters

· SDIB

· Tele DATA

· Telekurs

· Unired

· VWD

Anexo 6

Page 128: A POLÍTICA MONETÁRIA ÚNICA NA TERCEIRA …O Capítulo 7 apresenta o regime de reservas mínimas do SEBC. Por fim, o Capítulo 8 trata das disposições específicas a aplicar na

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Anexo 7

Condições operacionais para a utilização de sistemas deliquidação de títulos (SLT) elegíveis1

(em Julho de 1998)

País SLT ELEGIBILIDADEa avaliar

Bélgica Sistema de liquidação NBB Sim, mas apenas para as entregas sem pagamento, apósas 16,15H.

CIK Sim, desde que o sistema respeite as horas defuncionamento do TARGET.

Euroclear Sim, mas apenas para as entregas sem pagamento ecom títulos depositados previamente até à entrada emfuncionamento do sistema em tempo real.

Dinamarca VP Sim, mas apenas para as entregas sem pagamento apósas 15,00H.

Alemanha DBC Sim, para as entregas sem pagamento após as 14,45H,tencionando oferecer facilidades intradiárias contrapagamento em moeda do banco central em tempo realno início da Terceira Fase.

Grécia BOGS Sim, mas com títulos depositados previamente após as13,30H até o horário do sistema coincidir com as horasde funcionamento do TARGET.

Espanha CADE Sim, mas apenas com títulos depositados previamenteentre as 7,00H e as 16,30H para requisitos intradiários.

SCLV Sim, mas apenas com títulos depositados previamentepara requisitos intradiários.

Espaclear Sim, mas apenas com títulos depositados previamentepara requisitos intradiários.

SCL Barcelona Sim, mas apenas com títulos depositados previamentepara requisitos intradiários.

SCL Bilbao Sim, mas apenas com títulos depositados previamentepara requisitos intradiários.

SCL Valencia Sim, mas apenas com títulos depositados previamentepara requisitos intradiários.

França Sicovam SA RGV Sim.

Irlanda CBISSO Sim, mas apenas para entregas sem pagamento.

NTMA Sim, mas apenas para entregas sem pagamento.

Itália LDT Sim, mas não para requisitos intradiários.

CAT Sim, mas apenas para entregas sem pagamento.

Monte Titoli Sim, mas apenas para entregas sem pagamento.

Luxemburgo Cedel Sim, mas apenas para entregas sem pagamento e comtítulos depositados previamente.A partir de 1 de Janeiro de 1999, o Cedel respeitará osrequisitos de abertura do TARGET.

Países Baixos Necigef Sim, mas apenas para entregas sem pagamento entre as12,00H e as 16,00H e com títulos depositadospreviamente após as 16,00H.A partir de 1 de Janeiro de 1999, o Necigef respeitaráos requisitos de abertura do TARGET.

1 Convém salientar que os activos localizados fora da área do euro não são elegíveis para as operações de política monetária do SEBC.

Page 129: A POLÍTICA MONETÁRIA ÚNICA NA TERCEIRA …O Capítulo 7 apresenta o regime de reservas mínimas do SEBC. Por fim, o Capítulo 8 trata das disposições específicas a aplicar na

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País SLT ELEGIBILIDADEa avaliar

Áustria Sistema OEKB Sim, mas para entregas sem pagamento antes das13,30H e apenas com títulos depositados previamenteapós as 13,30H.

Portugal Siteme Sim, desde que os sistemas respeitem as horas deInterbolsa funcionamento do TARGET.

Finlândia Sistema OM Sim, mas apenas com títulos depositados previamente.

Sistema RM Sim, mas apenas com títulos depositados após as16,00H até o sistema adoptar o horário defuncionamento do TARGET.

Suécia Sistema VPC Sim.

Reino Unido CGO Sim, para as entregas sem pagamento após as 15,45H ecom títulos depositados previamente após as 15,45H.

CMO Sim, para as entregas sem pagamento e com títulosdepositados previamente após as 17,45H.

CREST Sim, para as entregas sem pagamento antes das 16,00He com títulos depositados previamente após as 16,00H.