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POLÍTICA HABITACIONAL
=
POLÍTICAS PÚBLICAS DESTINADAS A PROMOVER
MORADIA
Abrigo, no sentido do rigor climático
Viver em sociedade
Na história econômica
Para além do ABRIGO e DIGNIDADE, a moradia é um importante
AGENTE DA REPRODUÇÃO DO CAPITAL
De alguma maneira, tudo o que podemos comprar está associado a moradia >>>
Cadeia de consumo não-perecível: cadeira, mesa, sofá, geladeiras, fogão
Moradia é a base para a SOCIEDADE DE CONSUMO
O nascimento da Política Habitacional
REV. INDUSTRIAL: passagem para o sistema capitalista
Moradia (sempre foi), mas se torna mais ainda mais urgente:
Junto com industrialização houve um processo de urbanização fenomenal
Europa 1800 = 0,6% urbana
Europa 1850 = 20% urbana > Auge 2ª Rev. Ind.
• Problema de saúde pública > Salubridade
– aglomerar pessoas na cidade; higiene
• Espaço para Reprodução da Mão de Obra – e para vida
– Garantir o mínimo de condição de vida, garantindo a manutenção da MDO
Homem em sua casa em meio a um
cortiço, 1890.
Foto: Jacob A. Riis
Vista da cidade de Paris.
Foto: Google
1845: A situação da classe trabalhadora na Ing.
1870: A questão da moradia
Friedrich Engels
O Estado empreendendo uma ação concreta para organizar
e garantir condições de vida minimamente dignas para a
classe trabalhadora
Hoje em dia isso não mudou >
Pol. Habitacional é a ação do Estado no sentido de criar políticas para
que um conjunto da população possa ter acesso a esse bem
fundamental (para a vida, para o capital) que é a moradia.
O nascimento da Política Habitacional
Entendemos que a Pol. Habitacional é uma Política Pública
portanto
Política do Estado!
Art 6º CF
Agora, antes de discutirmos a Pol. Habitacional
precisamos fazer uma breve
discussão sobre a cidade
Amarrando os conceitos
A moradia, como aglomeração no território, se torna uma cidade,
um componente do urbano
A Cidade é a expressão espacial e territorial das relações sociais de um
determinado grupo social
- Relações políticas, econômicas, culturais, históricas que regem uma
organização social
A cidade é, então, um espaço de conflito, com diferentes classes sociais
Correlação de força entre dois grupos importantes na produção do espaço
A produção do espaço: Política Urbana
Cidades no capitalismo
• Relação perversa (1): à medida que o lugar se torna melhor pelo
seu VALOR DE USO, se torna mais CARO como VALOR DE TROCA
• Liberais diriam que essa cidade tende a se equilibrar
naturalmente. Errado! Por que na prática, as pessoas mais ricas
se apropriam dos melhores espaços pelo seu valor de uso
• A ação do Estado nas cidades (sobretudo no pós-guerra), em
busca de intermediar esses conflitos, tem duas abordagens diferentes:
Cidades europeias e cidades brasileiras
Marx: o capitalismo vive uma grande contradição
Necessidade de venda Tendência dos salários (consumo)
1929: Henry Ford aumenta o salário de todos os funcionários de sua fábrica
Produção do Espaço: Cidades europeias (séc. XIX)
Pequeno intermédio econômico
Liberalismo Clássico: o Estado mínimo se tornou um fiasco
Invenções da Revolução industrial:
• Divisão do trabalho
• Assalariamento
- relação exponencial do lucro
(oferta) (demanda)
O esforço da construção do Estado do Bem Estar Social europeu
“O Espírito de 45” de Ken Loach – Inglaterra
Se estatizou tudo! Saúde, energia, transporte, educação, tudo...
Argumento: se tínhamos pleno emprego lutando na guerra, por que não
mantermos no pós-guerra?
ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL = garantia de consumo de massa!
Necessário garantir que as pessoas tenham, saúde, educação, renda, transporte,
moradia...
Produção do Espaço: Cidades europeias (séc. XIX)
Mapa do metro de Paris
Arrondissements: bairros de Paris
Acessibilidade e mobilidade garantidos
Pouca diferença de tempo entre bairros
Jardim Damasceno Jardins/ Paulista
Qual terreno é mais caro?
Produção do espaço: Cidades brasileiras
PORQUE ELE TEM CIDADE!
Rua, luz, coleta de esgoto, de lixo, escola, comércio , segurança, etc
Cidade é um espaço de LOCALIZAÇÕES!
Por quê a cidade capitalista é perversa(2) ?
PORQUE QUEM PRODUZ CIDADE É O ESTADO > É muito caro!
Por quê perverso?
Porque o “produto-localização” é produzido pelo conjunto da
sociedade, mas só pode ser adquirida por quem tem mais dinheiro
Produção do espaço: Cidades brasileiras
Se o Estado é mediador dos conflitos na cidade,
ELE PRECISA GARANTIR A INFRAESTRUTURA MÍNIMA DE
LOCALIZAÇÃO (A CIDADE) PARA TODOS!
Mas diferentemente da Europa no pós-guerra, nós temos o
Estado Patrimonialista (não o de BEM ESTAR)
A natureza do nosso Estado é completamente diferente
Produção do espaço: Cidades brasileiras
• Predominância da PROPRIEDADE como valor central na sociedade,
acima inclusive do direito a moradia
• Confusão entre PÚBLICO e PRIVADO – nunca na história do Brasil, o
Estado foi um instrumento de consolidação de benfeitorias pro conjunto da
sociedade > sempre para a minoria dominante!
Colonização EUA: ocupar o território E CONSTRUIR UMA SOCIEDADE!
Colonização Brasil: extrair riquezas para a metrópole, manter a
escravidão para ter competitividade na produção de cana de açúcar, café
• LEGAL E ILEGAL - “Todos são iguais perante a lei”. Não é verdade.
No brasil, esse conceito é relativo. Depende de quem e quando. É o que interessa.
O Estado PATRIMONIALISTA brasileiro
O país das “duas” leis
Alphaville: 30% território indígena
Expo Center Norte: implantado em terreno municipal
Prestes Maia: função social da propriedade
O que o Estado Patrimonialista têm a ver com a formação urbana
das cidades brasileiras e com a Política Habitacional?
Do ponto de vista da política habitacional e urbana,
as intervenções públicas vão se dar no território
onde os 30/40% que dominam a sociedade vivem.
Produção do espaço: Cidades brasileiras
BRASIL
Distribuição da renda (aprox. média histórica)
01% mais ricos 15% riquezas
10% mais ricos 70% riquezas
20% mais ricos 80% riquezas
40% mais ricos (60 Mi) 90% riquezas
60% mais pobres (120 mi) 10% riquezas
Quem são eles?
Produção do espaço: Cidades brasileiras
Favelas e Loteamentos Irregulares, PMSP.
Programa Bairro LegalZER – Zona Exclusivamente Residencial, PMSP. 2000.
João Whitaker, 2003
% de Pobres
0.13 - 9 .69
9.69 - 19 .81
19.81 - 30.88
30.88 - 58.63Proporção de pessoas pobres por área de ponderação.
São Paulo, 2000
% de Pobres
0.13 - 9 .69
9.69 - 19 .81
19.81 - 30.88
30.88 - 58.63
Proporção de pessoas negras por área de ponderação.
São Paulo, 2000
Represa Billings, Região Metropolitana de São Paulo – Braço do Capivari
(cedido por Erminia Maricato)
• Estado de Elite, cuja lógica é a segregação!Expulsão dos mais pobres para longe, para dar lugar ao mercado imobiliário
• ESTADO DO “DEIXE-ESTAR” SOCIAL
• “abandono da população pobre à própria sorte”
1. Não houve interesse do Estado (nem dos 30 % que dominam) em incluir esta grande parcela da população na melhor localização do território
2. Não acontece a dispersão dos investimentos públicos
na cidade como um todo
Quadro Complexo e difícil: é uma questão cultural também!
A sociedade, como um todo, deve refletir a respeito!
Qual a Pol. Habitacional dentro de um Estado como esse?
BREVE RESUMO DAS POLÍTICAS HABITACIONAIS ANTERIORES A 1986Passagem para o Séc. XX: Predominância do modelo privado de aluguel
• Os cortiços: existiam no Brasil pelo menos desde o século XIX, (Aluísio de Azevedo , “O cortiço”, de 1890). São erradicados das áreas nobres das cidades e novas construções proibidas a partir de justificativas higienistas, até meados do Séc. XX.
• As vilas operárias: “resposta” do capitalismo industrial nascente no Brasil ao problema da habitação. Foram construídas nas primeiras décadas do Séc. XX em número irrisório, diante do contingente crescente de operários empregados pela indústria no país
(cf. Bonduki, “Origens da Habitação social no Brasil”, 2000)
A PRODUÇÃO DOS IAPS: GRANDE QUALIDADE CONSTRUTIVA, PORÉM PRODUÇÃO POUCO SIGNIFICATIVA: 125 mil unidades entre 1937 e 1964
FARAH, Marta Ferreira Santos. Estado, Previdência Social e Habitação. Dissertação. São Paulo: FFLCH-USP, 1983.
IAP / Belo Horizonte 1950Acervo Nabil Bonduki
Conjunto PedregulhoRio de Janeiro, 1947DHP-DFArq. A.C. Reidy
IAP São PauloR. Sta CruzAcervo JSWF
BNH 1964/84 Contexto econômico e político do regime militar:
• Milagre econômico > forte industrialização pós-1950: Crescimento e pobreza:
• Crescimento (PIB) ≠ Desenvolvimento (PIB/ Sociedade)
• Extrema concentração da renda, intensa segregação urbana e crescimento dos assentamentos informais e precários (loteamentos clandestinos e irregulares, favelas, cortiços) urbanização com baixos salários
• Política habitacional maciça para responder politicamente à pressão de demanda: 4,2 milhões de unidades em 20 anos
• Porém, no contexto do patrimonialismo, política voltada sobretudo a:
- Satisfazer o arranque da indústria da construção – recorte privatista
- Sem subsídios, acaba beneficiando a população acima de 3 SM e não a população mais pobre, que não para de aumentar;
- Sem qualidade urbanística e arquitetônica
PÓS-BNH: O CONTEXTO DA REDEMOCRATIZAÇÃO
Constituição de 1988:
- Descentralização / municipalização: autonomia dos municípios na condução das políticas territoriais e habitacionais (embora com repasses de recursos limitados para as novas responsabilidades)
- Artigos 182 e 183: função social da propriedade e instrumentos urbanísticos para promover a reforma urbana (inclusive o Plano Diretor)
Seria regulamentado em 2001 no Estatuto da Cidade
Rio de Janeiro . . ~20% (LABHAB, 1999)Fortaleza . . . . . . ~28% (SEPLAN, 1994)Belo Horizonte . . ~20% (LABHAB, 1999)Salvador . . . . . . . ~33% (Souza, 1990)Porto Alegre . . . . ~20% (LABHAB, 1999)Recife . . . . . . . . . ~40% (IBGE, 1991)São Paulo . . . . . . ~12% (SEHAB-SP, 2004)
70% da população favelada nas 09 Regiões Metropolitanas(Fund. João Pinheiro, 2008)
Contexto econômico de extrema concentração
das riquezas e explosão das favelas
DÉCADA DE 1990 – AVANÇOS NA POLÍTICA URBANA COM REBATIMENTO NA POLÍTICA HABITACIONAL
Muitos municípios começam a aplicar os instrumentos do artigo 182 da Constituição, como por exemplo:
• Recife-PE, Zonas de Especial Interesse Social - ZEIS e Plano de Regularização das ZEIS – Prezeis, em 1987.
• Belo Horizonte, programa de regularização de Favelas, o Profavela, em 1983.
• Porto Alegre: IPTU Progressivo
Políticas de urbanização de favelas (em contraponto à erradicação):• Década de 1990: Rio de Janeiro (Favela-bairro), São Paulo (Programa Guarapiranga),
Salvador (Alagados), Santo André-SP, Diadema-SP, entre outros.
Programas de mutirões autogeridos
Nível federal: financiamentos (e não subsídios) do Programa Habitar Brasil-BID(geralmente para urbanização de favelas)
NOVAS MODALIDADES DE POLÍTICA HABITACIONAL
Mutirões autogeridos: nova qualidade arquitetônica (rompendo com o padrão BNH), projetos participativos, processos participativos de gestão dos recursos e organização comunitária - Porém pouca quantidade
COPROMO, Osasco-SPUsina (Assessoria Técnica), 1996
ESTATUTO DA CIDADE – 2001
Regulamentação definitiva dos instrumentos urbanísticos, 13 anos depois da Constituição de 1988:
• Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórias do solo urbano não edificado
ou de imóveis não utilizados.
• IPTU progressivo no tempo
• ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social): regras de urbanização para provisão de
HIS em áreas predefinidas
• Outorga Onerosa
• Usucapião especial de imóvel urbano
• Direito de preempção
• Concessão de Uso Especial para fins de Moradia – CUEM
• Concessão do Direito Real de Uso - CDRU
CONTEXTO do GOVERNO LULA - 2002
• A exceção vira regra – informalidade• A “cara” das cidades brasileiras é do contraste social e da segregação
Foto Tuca Vieira
• Criação do Ministério das Cidades
• Conselhos Federal, Estaduais e Municipais de Habitação de Interesse Social
• Sistema e Fundo Nacionais de Habitação Social (fundos estaduais e municipais)
• Obrigatoriedade de Plano Local de Habitação de Interesse Social para acessar recursos do Fundo Nacional de Habitação Social
• Conferências municipais, estaduais e federal das cidades (movimentos sociais)
• Em 2008 - Elaboração do Plano Nacional de Habitação Social - PLANHAB
CONTEXTO do GOVERNO LULA – 2002AVANÇOS NA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA POLÍTICA HABITACIONAL
• Horizonte temporal de 04 quadriênios: até 2023• Modelo de financiamento e subsídios• Engloba política urbana e fundiária• Promove um desenho institucional da política habitacional paras as diferentes esferas de governo• Propõe a estruturação da cadeia produtiva da construção civil
Capacidade FinanceiraNecessidade (em milhões de
domicílios)
Fontes de Recursos
G 1Famílias com renda líquida abaixo da linha de financiamento - RM SP/RJ: até R$ 800 / Outras RMs: R$ 700
Demais situações: até R$ 600
12,9 FNHIS
G 2
Famílias que acessam financiamento habitacional, mas requerem subsídio de complemento e equilíbrioRM SP/RJ: de R$ 800 a 1.600 / Outras RMs: de R$ 700 a 1.400 / Demais situações: de R$ 600 a 1.200
11,6
FGTS e FNHIS Financiamento
com subsídio de complemento e
equilíbrio
G 3
Famílias que podem acessar financiamento habitacional, com subsídio de equilíbrioRM SP/RJ: de R$ 1.600 a 2.000 / Outras RMs: de R$ 1.600 a 2.000 / Demais situações: de R$ 1.600 a 2.000
4,8
FGTS Financiamento
com subsídio de equilíbrio
G 4Famílias com capacidade de assumirem o financiamento habitacional – de R$ 2.000 a 4.000
3,7 FGTS
G 5Famílias com capacidade de acesso a um imóvel por meio de financiamento de mercado – acima de R$ 4.000
1,9SBPE e mercado
livre
Fonte: Consórcio PlanHab/SNH-MCidades
• Entre 2006 e 2009: mudanças na política de crédito imobiliário > boom
• Crise econômica de 2009: necessidade de política anticíclica – fomento à construção civil – indústria endógena
• Necessidade de responder à nova pressão de demanda
- passivo da urbanização desigual
- População com capacidade de financiamento (“nova classe média”)
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA
O MODELO DE PROVISÃO HABITACIONAL EM LARGA ESCALA
China México
SOLUÇÃO: POLÍTICAS DE PRODUÇÃO MACIÇA APOIADAS NO SETOR PRIVADO DA CONSTRUÇÃOUma realidade dos países de industrialização tardia
Abandona-se o PLANHAB, para a adoção do
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA
São DOIS programas:
• renda baixa (Faixa 1: de 0 a 3 SM)
• renda média (de 3 a 10 SM)A MINHA VIDA – BAIXA RENDA
Aspectos positivos: política social de promoção pública > conseguiu
atingir um público nunca antes atendido
FINANCIAMENTO FEDERAL COM SUBSIDIOS A FUNDO PERDIDO
70 bilhões de Reais até 2012 (SNH/Ministério das Cidades).
Modelo 0 a 3 SM– Construtora define o terreno e o projeto, vende o
que produzir para a CAIXA, sem risco de inadimplência - garantido
pelo Governo
Críticas
– Baixa qualidade arquitetônica e construtiva dos empreendimentos
– Falta de articulação com a política urbana
– Problemas de localização dos novos empreendimentos
– Excessivo privilégio concedido ao setor privado
– Grande escala dos empreendimentos (média de 1.027 UH Brasil)
– Autonomia dos municípios – dificuldade de regulação e fiscalização,
falta de compromisso local
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA
Até janeiro de 2012: 1.005.128 de unidades contratadas600 mil construídas e entregues
57% para a Faixa 143% para faixas 2 e 3
Até abril de 2013:2,5 milhões de unidades contratadas1,2 milhão de unidades entregues
Fase230% para a Faixa 170% para as faixas 2 e 3
RESULTADOS
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA
Porém...O sucesso ou fracasso de um
programa não pode ser medido pelo
número de unidades construídas
MARICATO 2009
REPETIÇÃO DO “H” HERDADO DO BNH
Mercado Econômico – Manaus-MA Acervo LabQUAPÀ Mercado Econômico – Campinas-SP Acervo LabQUAPÀ
Paraná, Conjunto Bela Vista: 1.272 casas geminadas, de 35 m², e 1.440 apartamentos, de 42 m²Total 2700 unidades - 12 mil habitantes
ESCALA EXAGERADA E FALTA DE INFRAESTRUTURA
PAC Urbanização de favelas – Complexo do Alemão, RJJorge Mario Jauregui Arquitetura
Algumas (poucas) boas soluções
PAC Urbanização de favelas – Vila da Barca, Belém-PALuis Fernando Medeiros – CoOperativa de Arquitetura
É POSSÍVEL FAZER DIFERENTE?
• O problema é em parte da lógica de estruturação do programa• Mas também é função dos (maus) arranjos político-institucionais e
das relações inadequadas entre poder público municipal e setor privado da construção
Projeto Peabiru Assessoria Técnica
“Produzir Casas ou construir Cidades?”, LabHab-FAUUSP/FUPAM, 2012
CRISE urbana !
Nunca se rompeu a lógica de segregação e expulsão dos mais pobres para a periferia
O modo de produção de moradias populares para além dos limites da cidade
tem consequências graves que acabam prejudicando a todos. Além de
encarecer a extensão das infraestruturas urbanas, o afastamento entre os
locais de trabalho, os equipamentos urbanos e as áreas de moradia
aprofundam as segregações socioespaciais e encarecem os custos da
mobilidade urbana. Ademais, o predomínio das opções sobre pneus contribui
para a poluição do ar, o aquecimento global e as mudanças climáticas
ROLNIK E KAZUO 2009
RESUMO QUADRO POLÍTICA HABITACIONAL
EM QUAL CIDADE QUEREMOS MORAR ?
O que constitui uma cidade é a complexidade de suas funções. O fato de
que no mesmo solo, na mesma praça, haja gente que more ali, que
venha para se divertir, que vá ao teatro ou ao cinema, fazer compras,
que passe de visita, os turistas nos hotéis, ou gente que venha
para trabalhar. Uma mistura de todas essas funções em
um mesmo lugar: isto é o que faz a cidade. É essa
intensidade que dá a dimensão humana à cidade.
RENZO PIANO 2011
Para além da mistura de funções,
é necessário a mistura de diferentes níveis de renda
EM QUAL CIDADE QUEREMOS MORAR ?
‘A Cidade Ideal’
Deve ter alamedas verdes
A cidade dos meus amores
E, quem dera, os moradores
E o prefeito e os varredores
E os pintores e os vendedores
As senhoras e os senhores
E os guardas e os inspetores
Fossem somente crianças
Chico Buarque
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
Estatuto da Cidade – Lei Federal 10.257/2001
O Estatuto da Cidade Comentado – Ministério das Cidades
Plano Diretor de São Paulo – Lei Municipal 16.050/2014
Origens da Habitação Social no Brasil – Nabil Bonduki
Déficit Habitacional no Brasil – Fundação João Pinheiro
Produzir Casas ou Construir Cidades – LabHaB
Urbanismo na periferia do mundo globalizado: metrópoles brasileiras – Ermínia Maricato
Moradia é central – Instituto Pólis
Referências
Escola de Governo http://escoladegoverno.org.br/
União dos Movimentos de Moradia de São Paulo http://www.sp.unmp.org.br/
Gestão Urbana SP http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/
Observatório das Metrópoles http://web.observatoriodasmetropoles.net/
Fórum de Reforma Urbana http://www.forumreformaurbana.org.br/
Lei de Terras http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L0601-1850.htm
O Direito à Cidade Facebook https://www.facebook.com/odireito.cidade?fref=ts
O Direito à Cidade Wikipedia http://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_Lefebvre
Política Urbana http://politicaurbana.wordpress.com/
Direito à Moradia http://direitoamoradia.org/?page_id=2&lang=pt
HABISP http://www.habisp.inf.br/
Flávio Villaça http://www.flaviovillaca.arq.br/home.html
João Whitaker http://cidadesparaquem.org/
Referências [email protected]