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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ALICE BOECHAT DA COSTA SOARES A PARCERIA REVOLUCIONÁRIA: PRINCÍPIOSPROCESSUAIS CONSTITUCIONAIS, TÉCNICAS E FERRAMENTAS DA MEDIAÇÃO JUDICIAL AO PROCESSO HUMANIZADO Rio de Janeiro 2015

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Page 1: A PARCERIA REVOLUCIONÁRIA: PRINCÍPIOSPROCESSUAIS ... · Luciane Moessa de Souza, pela sua dedicação a tudo que se refere aos temas sobre negociação, mediação e conciliação,

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

ALICE BOECHAT DA COSTA SOARES

A PARCERIA REVOLUCIONÁRIA: PRINCÍPIOSPROCESSUAIS

CONSTITUCIONAIS, TÉCNICAS E FERRAMENTAS DA MEDIAÇÃO

JUDICIAL AO PROCESSO HUMANIZADO

Rio de Janeiro

2015

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ALICE BOECHAT DA COSTA SOARES

A PARCERIA REVOLUCIONÁRIA: PRINCÍPIOS PROCESSUAIS

CONSTITUCIONAIS, TÉCNICAS E FERRAMENTAS DA MEDIAÇÃO

JUDICIAL AO PROCESSO HUMANIZADO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação da Universidade Estácio de Sá como

requisito parcial para a obtenção do grau de

Mestre em Direito.

Orientador: Professor Dr. Humberto Dalla Bernardina de Pinho

Rio de Janeiro

2015

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DEDICATÓRIA

À minha mãe, ao meu pai (in

memorian), aos irmãos e sobrinhos, com carinho.

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AGRADECIMENTOS

Com intensa alegria, coleciono diversos momentos e as condições para registrar

agradecimentos a muitos professores, familiares e amigos, que me dedicaram atenção e apoio

valiosíssimos, no desenvolvimento das atividades no Programa de Mestrado da Universidade

Estácio de Sá. Alegra-me muito elencar essas pessoas que acompanharam minha caminhada,

com escuta ativa, dialogando e interagindo, o que me impulsionou e favoreceu sobremaneira

meu amadurecimento, num sentido amplo.

Agradeço à minha mãe,pela atenção, carinho e debate sobre as questões relativas ao

tema do meu trabalho que, como naturalmente chama ao diálogo, permaneceude maneira

ininterrupta como pilar e grande impulsionadora deste belo caminho que escolhipara mim,

também acreditando, como eu, num mundo melhor.

Não posso deixar de registrar o apoio da pesquisadora na área de Farmácia e

Bioquímica, Letícia Maria Boechat Andrade, que estendeu suas mãos generosas, desde os

meus sete dias de vida, e, mais recentemente, ao longo do Mestrado, sempre que recorri para

consultas gerais mas, principalmente, sobre ajustes metodológicos.

Reservo esse espaço para agradecimento à banca examinadora, à Agência de

Fomento CAPES/PROSUP e ao Professor Humberto DallaBernardina de Pinho, pela pronta e

constante atenção dispensada a todos os seus alunos das Universidades para as quais leciona

no Estado do Rio de Janeiro, o que lhe assegura a admiração dos mesmos, tendo

desempenhado excelente papel como orientador de dissertação durante a minha caminhada no

Programa de Mestrado da Universidade Estácio de Sá, sobretudo por ser profissional que

também deixou seus passos na Fundação Escola Superior do Ministério Público do Rio de

Janeiro – FEMPERJ e, que valoriza o diálogo, como um mediador nato.

Agradeço aos Professores, Dr. Eduardo Manuel Val pelo encorajamento àminha

participação em eventos acadêmicos, àDra. Fernanda Duarte Lopes Lucas da Silva pelas

lições antropológicas, Dr. Marcello Ciotola pelas lições de filosofia, Dr. Carlos Eduardo

Japiassú pelas contribuições em direito internacional, Dr. Rogerio Bento pelas

aulasagradabilíssimas e, sobretudo, pelas lições de vida que todos proporcionaram ao corpo

discente do Programa de Mestrado da Universidade Estácio de Sá durante nossos Seminários.

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Deixo registrado os meus agradecimentos à Professora Dra. Luciane Moessa de

Souza, pela sua dedicação a tudo que se refere aos temas sobre negociação, mediação e

conciliação, tanto na esfera administrativa como judicial, proporcionando, brilhantemente,

muitos ensinamentos e experiências sobre o tema a todos os seus alunos.

Não esqueço a contribuição e importância dos amigos, que são muitos. Contudo,

impossível não citar a mestre, ora doutoranda da Universidade Estácio de Sá, a Professora

prodígio Larissa Claire Pochmann da Silvae a Professora Maria Teresa Pereira pelos

esclarecimentos pontuais quanto aos procedimentos do mestrado e à revisão de texto; cito os

irmãos Ivan Gustavo Boechat da Costa Soares e Laura Beatriz Boechat da Costa Soares pelo

estímulo constante e orgulho de ambos na minha nova empreitada. Aos amigos revisorese

grandes apoiadores,Maria Fernanda Pinho de Bastos, Roberto Perroni Passarella, Cecília

Souza Lima, os meus agradecimentos.

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A PARCERIA REVOLUCIONÁRIA: PRINCÍPIOS PROCESSUAIS

CONSTITUCIONAIS, TÉCNICAS E FERRAMENTAS DA MEDIAÇÃO

JUDICIAL AO PROCESSO HUMANIZADO

RESUMO

Este estudo objetivou apreender como os princípios processuais constitucionais

concernentes às normas fundamentais do processo civil podem interagir e, sobretudo,

submeter as técnicas e ferramentas da mediação judicial, ora adotada oficialmente por sua

absorção pelo direito e pela prática forense dos tribunais brasileiros desde a nova ideologia

contida no Anteprojeto de Lei nº 166, de 2010 do Novo Código de Processo Civil,em

contexto de reforma do processo civil. A metodologia de pesquisa adotada para a presente

dissertação constituiu-se, basicamente, em consulta bibliográfica, mas também, para melhor

compreensão e exposição do conteúdo deste estudo científico, em reflexões teóricas acerca da

utilização prática das técnicas e ferramentas do mencionado procedimento autocompositivo,

aliada à análise e interpretação da doutrina processual constitucional civil brasileira.

Observando a aplicação interdisciplinar da metodologia híbrida, flexível e informal da

mediação no direito, fez-se fundamental a pesquisa bibliográfica sobre a contribuição dos

saberes das ciências humanas, em parceria com as ciências sociais ao campo do direito, já que

surge a problemática acerca da assimilação da mediação no Brasil e a exigência de clara

compreensão multidisciplinar dos conflitos interpessoais que desembocam no Poder

Judiciário, ambos os pontos tratados na pesquisa que demandam o apoio científico

proveniente da união desses diversos saberes. A interdisciplinaridade e multidisciplinaridade

são justificadas pelo transplante e a inserção da metodologia da mediação ao contexto

brasileiro, inserido numa atmosfera de dificuldades, incertezas e de reforma no direito

processual iniciadas junto às inúmeras mudanças na realidade social, crescentemente mais

complexa e plural. Nesta linha, a pesquisa conduziu à conclusão de que a mediação judicial,

por meio de metodologia delineada por uma dinâmica prospectiva e por traços bastante

pedagógicos, pode estar naturalmente sintonizada com os princípios processuais

constitucionais, por serem ambos humanizadores do processo. Neste sentido, este método

autocompositivo pode ser considerado como um instrumento humanizador por conduzir ao

acesso à justiça, no sentido mais amplo e por proporcionar efetividade processual a partir do

tratamento abrangente e adequado às lides sociológicas. Foram constatadas, através da

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dinâmica e didática, que a mediação judicial oferta a viabilidade na pacificação social e a

possibilidade de amadurecimento da democracia brasileira, elaboradas pela via do diálogo e

do consenso no Estado Democrático e Social de Direito, considerados como elementos e/ou

mecanismos deliberativo-dialógicos essenciais, mas que, pelo meio autocompositivo, num

primeiro momento, podem ser treinados e incorporados pelo jurisdicionado. Desta maneira,

intuitivamente a partir desta prática, observa-se o aprendizado da participação deliberativa

pelo cidadão, correspondendo à mudança, inevitável, do paradigma jurídico que também veio

sendo paulatinamente elaborada e construída, o que o tornou mais participativo, informal e

negocial, mais condizente com a própria complexidade e dinamismo da vida contemporânea.

Palavras-chave: Princípios Processuais Constitucionais; Mediação Judicial;

Interdisciplinaridade e Multidisciplinaridade; Acesso à Justiça; Efetividade do Processo.

Título: “A Parceria Revolucionária: Princípios Processuais Constitucionais, Técnicas e

Ferramentas da Mediação Judicial ao Processo Humanizado”. 2015, 197 Fls. Dissertação

(Mestrado em Direito). Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Estácio de

Sá, 2013.

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THE REVOLUTIONARY PARTNERSHIP: THE CONSTITUTIONAL

PROCEDURAL PRINCIPLES, TECHNIQUES AND TOOLS OF

JUDICIAL MEDIATION LEADING TO A HUMANIZED PROCESS

ABSTRACT

This study sought to assess how the constitutional procedural principles concerning the

fundamental norms of civil procedure can interact and, above all, control the techniques and

tools of judicial mediation. These have now been officially adopted in the context of the

reform of civil procedure by their inclusion in legislation and court practices in Brazilian

tribunals in line with the new ideology contained in Draft Bill No. 166 of 2010 of the New

Code of Civil Procedure. The methodology adopted for this thesis consisted primarily of

bibliographical research. However, for a clearer understanding and exposition of the content

of this scientific study, it also entailed theoretical reflections on the practical use of

Alternative Dispute Resolution (ADR) procedural techniques and tools, combined with

analysis and interpretation of Brazilian civil constitutional procedural doctrine. Noting the

interdisciplinary application of hybrid flexible and informal methodology of mediation in law,

it became essential to conduct bibliographical research on the contribution of the human

sciences in partnership with the social sciences to the field of law. This is due to the issue

about the assimilation of mediation in Brazil and the need for a clear multidisciplinary

understanding of interpersonal conflicts that surface in the Judiciary. Both points are

addressed in the research, which call for the scientific support arising from the union of these

diverse areas ofknowledge. The interdisciplinarity and multidisciplinarity are justified by the

transfer and inclusionof the methodology of mediation in the Brazilian context. This occurs

amidst difficulties, uncertainties and procedural law reform initiated during the numerous

changes in an increasingly complex and plural social reality. In this sense, the research led to

the conclusion that judicial mediation by means of methodology governed by prospective

dynamic and decidedly pedagogical features may be naturally attuned to constitutional

procedural principles, as they both humanize the process. Thus, theADR method can be seen

as a humanizing instrument since it leads to access to justice in the broadest sense. It also

ensures procedural effectiveness thanks to the comprehensive and more appropriate treatment

given tojudicial conflict. By means of the dynamic and didactic approach that judicial

mediation provides, the feasibility of social pacification and the possibility of an increasing

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maturity of Brazilian democracy, developed through dialogue and consensus in a legal

democratic state, are perceived. The latter are considered essential deliberative-dialogical

elements and/or mechanisms, but with the ADR approach, at the outset, they can be adapted

and incorporated by the legal systemand by citizens in general. Thus, intuitively from this

practice, one witnessed the learning of deliberative participation by citizens, corresponding to

the inevitable change in the legal paradigm that was also gradually being developed and built.

This made the process more participative, informal, negotiational and more consistent with

the complexity and dynamism of contemporary life.

Keywords: Constitutional Procedural Principles; Judicial Mediation; Interdisciplinarity and

Multidisciplinarity; Access to Justice; Effectiveness of the Process.

SOARES, Alice Boechat da Costa. The Revolutionary Partnership: The Constitucional

Procedural Principles, Techniques and Tools of Judicial Mediation leading to a

Humanized Process.2015, 197 Pages. Dissertation (Master in Law). Postgraduate Law

Program (Estácio de Sá University), 2015.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................... 14

2. PARTE I – A AMPLA CONCEPÇÃO DE CONFLITO, A

MEDIAÇÃO E O PAPEL NORTEADOR DOS PRINCÍPIOS

PROCESSUAIS CONSTITUCIONAIS À JUSTIÇA

HUMANIZADA........................................................................................... 19

2.1. A EXTENSA NOÇÃO DE CONFLITO, AS DIFERENTES FORMAS

DE LINGUAGEM E O AMPLO PAPEL DO CONTRADITÓRIO PARA

A INTERAÇÃO HUMANA........................................................................ 19

2.1.1. O diálogo e o conflito: elementos articuladores e construtores na

complexidade e seu novo tratamento pelo Judiciário

brasileiro..................................................................................................... 28

2.1.2. O ingresso da mediação no processo brasileiro: o PLS 517/2011, PLS

405/12 e PLS 434/13................................................................................ 37

2.1.2.1. A mediação e sua forma de interação com os princípios processuais

constitucionais previstos desde o Projeto de Lei do Senado nº 166/20120

do Novo Código de Processo Civil............................................................... 50

2.1.2.1.1. Princípio do contraditório – Artigo 9º do PLS 166/2010: a dialética das

partes............................................................................................................. 60

2.1.2.1.2. Princípio da razoável duração do processo – Artigo 4º do PLS 166/2010:

velocidade com eficiência........................................................................... 72

2.1.2.1.3. Princípio da cooperação – Artigo 5º do PLS 166/2010: lealdade, boa-fé e

união entre as partes..................................................................................... 76

2.1.2.1.4. Princípio da isonomia – Artigo 7º do PLS 166/2010: equilíbrio e

harmonia........................................................................................................ 80

2.1.2.1.5. Princípio da colaboração – Artigo 8º do PLS 166/2010: parceria nas

metodologias autocompositivas e heterocompositivas................................. 86

2.1.3. A mediação e o Conselho Nacional de Justiça: a Resolução nº

125............................................................................................................... 88

2.2. AS FACES DA MEDIAÇÃO DE CONFLITOS: UMA

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CONTRIBUIÇÃO HUMANIZADORA AO DIREITO.............................. 95

2.2.1. A natureza da mediação e a resolução autocompositiva......................... 95

2.2.2. Estrutura do procedimento de mediação.................................................. 99

2.2.3. Propósito da mediação.............................................................................. 100

2.2.4. O papel do mediador e do comediador durante o procedimento............ 101

2.2.5. Princípios da mediação e alguns aspectos da deontologia do mediador

que relacionam-se com os princípios processuais constitucionais

regedores das demandas judiciais......................................................... 104

2.2.5.1. Princípios da neutralidade e imparcialidade de intervenção: coincidência

do papel do mediador com o do magistrado?............................................... 106

2.2.5.2. Princípio da consciência relativa ao processo............................................. 109

2.2.5.3. Princípio do consensualismo processual.................................................... 109

2.2.5.4. Princípio da decisão informada.................................................................. 110

2.2.5.5. Princípio da confidencialidade.................................................................... 110

2.2.5.6. Princípio do empoderamento..................................................................... 115

2.2.5.7. Princípio da validação................................................................................ 116

2.2.5.8. Princípio da simplicidade........................................................................... 118

2.2.6. Estratégias para inserir técnicas e ferramentas da mediação à

autocomposição das lides sociológicas e processuais................................ 120

2.2.6.1 Recontextualização ou paráfrase: um novo caminho.................................. 120

2.2.6.2. Afago ou reforço positivo: o reconhecimento e o abandono do

conflito........................................................................................................ 121

2.2.6.3. Silêncio: ausência de contraditório para refletir a fala................................ 122

2.2.6.4. Inversão de Papéis: o contraditório induzido e às avessas......................... 122

2.2.6.5. Geração de opções: uma dialética despretensiosa quanto às questões de

fato e de direito à solução do impasse.......................................................... 123

2.2.6.6. Normalização: demonstração de amadurecimento por meio do

conflito.......................................................................................................... 124

2.2.6.7. Organização de questões, interesses e sentimentos: ingredientes explícitos

e implícitos à autocomposição da lide........................................................... 126

2.2.6.8. Enfoque prospectivo: visão transmutadora no discurso libertador................ 127

2.2.6.9. Teste de Realidade: a fusão das percepções internas e externas................... 127

2.2.6.10. Validação de sentimentos: o sentido humano no conflito........................... 128

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3. PARTE II – A UNIÃO DOS SABERES NA MULTIPLICIDADE E

INTERDISCIPLINARIDADE PARA CONTRIBUIÇÃO AO

DIREITO HUMANIZADO........................................................................

129

3.1. REFLEXÕES MULTIDISCIPLINARES ACERCA DA INSERÇÃO DA

MEDIAÇÃO NO PROCESSO BRASILEIRO............................................. 129

3.1.1. Um giro multidisciplinar: mediação judicial, diálogo e consenso

através das lentes das Ciências Humanas e das Ciências

Sociais....................................................................................................... 130

3.1.1.1. A problemática da democracia (tardia) brasileira – o descompasso entre

teoria, prática e realidade antropossocial.................................................... 153

3.1.1.2. A antropologia, a mediação e o processo................................................... 161

3.1.1.3. O consenso como exercício de interação através do diálogo e como

produto da ação comunicativa: o despertar para a construção da

democracia brasileira............................................................................. 165

3.1.2. O papel da mediação às práticas deliberativo-dialógicas no contexto

da democracia latino-americana........................................................... 171

3.1.3. A interação do Direito com os princípios, as técnicas e ferramentas

humanizadoras da mediação: uma nova possibilidade de realização

dos princípios processuais constitucionais ?............................................. 177

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 179

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................... 187