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A NOVA RECOMENDAÇÃO DA PIANC PARA PROJETOS PORTUÁRIOS E A
REALIDADE BRASILEIRA
http://www.fad.co.za/Resources/npier/Entr-ch-widened.jpg
PIANC World Association for Waterborne Transport
Infrastructure
Permanent International Association of
Navigation Congresses até 2009
Comissões de estudos e grupos de
Trabalho
IMO FAL.6/Circ.14 - 22/03/2006
CANAIS DE ACESSO
1972 – Working Group 2 “International OilTankers Commission” (IOTC)
1980 – Working Group 4 “International Commission for the Reception of Large Ships” (ICOLREGS)
1995 – Working Group 30, um trabalho conjunto do grupo PIANC – IAPH, em cooperação com a IMPA e a IALA – diretrizes preliminares.
BREVE HISTÓRICO
1997 “Approach Channels – A guide for design”
CANAIS DE ACESSO
2014 “Harbour Approach Channels – Design guidelines”
CANAIS DE ACESSO
Harbour Approach Channels
Design Guidelines
Relatório n° 121
WG 49/121
WG 49/121
fornecer orientações e recomendações para o projeto de dimensões geométricas (verticais, horizontais e curvas) de canais de acesso
rever, atualizar e, aonde apropriado, expandir sobre as recomendações sobre novos e maiores navios feitas pelo relatório do WG 30 de 1997
OBJETIVOS
A atualização das restrições operacionais foi possível principalmente em função dos novos projetos de casco, do melhor entendimento da manobrabilidadedo navio e do seu comportamento em ondas, do emprego de simuladores e do uso de modelos físicos em escala reduzida.
WG 49/121 movimento vertical do navio
calado aéreo
dimensões horizontais do canal e áreas de manobra
simulação do navio
efeitos do vento
erro humano e suas incertezas
características ambientais
critérios de segurança e margem de risco
WG 49/121MEMBROS
PROFISSIONAIS
Engenheiros Navais
Arquitetos Navais
Cientistas
Engenheiros Portuários
Práticos (IMPA)
Representantes da IAPH
Representantes da IALA
3 membros do WG 30
PAÍSES
África do Sul
Alemanha
Austrália
Bélgica
Canadá
Espanha
Estados Unidos
Finlândia
França
Holanda
Japão
Reino Unido
WG 49/121ENTIDADES DE APOIO
International Association of Ports and Harbours (IAPH)
International Maritime Pilots Association (IMPA)
International Association of Marine Aids to Navigation and
Lighthouse Authorities (IALA)
Institute for Water Resources, USA
US Naval Academy
United States Army Corps of Engineers (USACE)
Coastal Development Institute of Technology (Japão)
Akishima Laboratories (Mitsui Zosen) (Japão)
HR Wallingford (Reino Unido)
WG 49/121PRIORIDADES SOLICITADAS
Movimentos verticais de navios em canais
Limites verticais sob pontes, cabos aéreos
Novas e futuras gerações de características de navios
Níveis aceitáveis de risco e margens de segurança
Métodos para avaliação de limites operacionais
Uso de simulação da navegação do navio no desenho
do canal
Limites de manobra em condições adversas
Restrições ao embarque do prático, amarrar/largar
rebocador
PROJETO DO CANAL
NAVIO-TIPO
PRÁTICO
PROJETO DO CANAL
O estudo assume que os práticos serão os
experts que utilizarão as vias navegáveis
consideradas.
Em nenhum momento assume que os
comandantes navegarão nos acessos
portuários de forma desassistida.
PROJETO DO CANAL
As diretrizes de projeto poderão ser
otimizadas ou avaliadas com a utilização de
simuladores.
A verificação do layout final de um canal,
deve ser estudada usando um simulador.
As simulações devem ser realizadas por
práticos e mestres de rebocadores
familiarizados com os navios e o ambiente em
questão.
SHIP MANOEUVRABILITY
Padrões de manobrabilidade são utilizados
para avaliar o desempenho de manobra de
navios.
Tais padrões são associados a testes de
velocidade, curvas de giro, manobras de zig-
zag, diâmetro tático, etc em alto-mar e águas
profundas.
O Comandante deve conhecer estes
padrões do seu navio.
SHIPHANDLING
Navios são construídos com qualidades de
manobra abaixo do padrão.
Projetistas contam com as habilidades manobra
de operadores humanos para compensar as
deficiências do casco que projetam.
O comportamento do navio em águas rasas e
restritas não é o mesmo mostrado em testes de
manobrabilidade.
O Prático é treinado para conduzir o navio nesta
situação.
PRATICAGEM
Espaços confinados
Pouca profundidade
Perigos submersos
Correntezas, marés
Tráfego local
Permanente mutação
Língua e costumes locais
Severas restrições
Grandes dimensões
Reduzida potência
Baixas velocidades
Reações lentas
Enorme inércia
Amplos espaços
Conhecimento local
Expertise
Prática
POTÊNCIA ESPECÍFICA
VEÍCULO HP POR TONELADA
F-22 Raptor 16.400Boeing 747-300 1.845Messerschmitt 648Fiat Grande Punto 1.6 110Audi A2 1.4 86Ford Fiesta 1.6 77Oasis of the Seas 0,80Navio Conteineiro 0,77Navio Graneleiro 0,19Berge Stahl 0,07
No. Ano Navio GT LOA
1 1838 Great Western 1.340 65
2 1845 Great Britain 3.270 98
3 1860 Great Eastern 18.915 210
4 1889 City of Paris 10.499 171
5 1897 Kaiser Wilhellm 14.349 199
6 1907 Mauretania 31.938 241
7 1911 Olympic 45.324 269
8 1922 Majestic 56.551 291
9 1929 Bremen 51.656 286
10 1935 Normandie 79.280 313
11 1936 Queen Mary 81.235 310
12 1952 United States 53.329 302
13 1962 France 66.348 316
14 1999 Voyager of the Seas 137.276 311
15 2004 Queen Mary 2 148.528 345
16 2008Independence of the
Seas160.000 339
CONSIDERAÇÕES
• Navios maiores e mais modernos não são
mais fáceis de manobrar
• O comportamento do navio em águas
restritas não pode ser previsto pelas
avaliações disponíveis em águas
profundas
• Investimentos são necessários para
atualizar o desenho de nossos portos,
canais de acesso e vias navegáveis
CONSIDERAÇÕES
• Práticos são os experts que operarão na
interface entre o navio e o porto
• “Eu tenho 35 anos de comando e não
consigo me acostumar a medir as
distâncias do navio em metros, como faz o
prático, apenas em milhas.”
CLC Francisco Gondar, Comodoro, 2.5 milhões de milhas
navegadas, 26 de agosto de 2011, a bordo do Aliança Europa, em
Suape.
ANÁLISE TÉCNICA DE MANOBRA COM
REBOCADORES NO PORTO DE
SANTANA - AP
Terminais, localização, carga e navios-tipo
SUMÁRIO
Canais de acesso, baía de evolução e carta
Condições ambientais, ondas, ventos,
correntes e maré
Riscos durante o acesso e uso de rebocadores
Aplicação da recomendação PIANC, ABNT e
USACE
Experiência prática
TERMINAIS PÚBLICOS CDSA 1 – 200 m cais e 12 m prof.
CDSA 2 – 134 m cais e 12 m prof.
TERMINAIS PRIVADOS
Texaco – 120 m cais e 20 m prof.
Zamin – 270 m cais e 20 m prof.
NAVIO-TIPO
NAVIOS GRANELEIROS HANDYMAX E
PANAMAX
NAVIO-TIPO
Lycavitos – LOA 190 m / cal. 11,58 m carregado
ZAMIN – Minério de Ferro Serra do Navio
NAVIO-TIPOZAMIN
NAVIO-TIPO
Multimax – LOA 210 m / cal. 11,58 m carregado
CDSA 1 - Cavaco
NAVIO-TIPO
FLUMAR BRASIL – LOA 183 m / cal. 11,58 m
carregado
CDSA 2 – Combustíveis Petrobrás
CANAL DE ACESSOBraço norte do Rio Amazonas, canal natural de
Santana, largura mínima de 296,32 m, sem
balizamento, profundidades superiores a 30 metros,
com ocorrência eventual de fortes ventos transversais à
diretriz do canal.
Carta 206-DHN
CANAL DE SANTANA
Curva Santana 1: raio de 0,20 MN (370,40 m) e ângulo de
curvatura 29º
CANAL DE SANTANA
Curva Santana 2: raio de 0,19 MN (351,88 m) e ângulo de
curvatura 32º
BACIA DE EVOLUÇÃO 1A primeira bacia de evolução está localizada a
montante do terminal da ZAMIN, no través da ponta
oeste da Ilha Mucuim e possui um diâmetro de 407,4
m.
BACIA DE EVOLUÇÃO 2A segunda bacia de evolução está localizada entre o
terminal da ZAMIN e o da CDSA 2, no través da ponta
São José e possui um diâmetro de 518,6 m.
BACIA DE EVOLUÇÃO
CONDIÇÕES AMBIENTAIS
Vento predominante da direção NE
Ventos de 15 a 18 nós com rajadas de 25 a
30 nós
O período pronunciado de chuvas ao longo
do ano vai de janeiro a julho, variando de 19
a 25 dias de chuva por mês durante este
período
CONDIÇÕES AMBIENTAIS
O regime anual do Rio Amazonas caracteriza-
se por um período de cheia, de dezembro a
maio, e um período de seca, de junho a
novembro.
Observa-se uma grande variação da vazão da
entre um e outro período, o que altera
sensivelmente os valores das correntes.
CONDIÇÕES AMBIENTAIS As cartas de correntes
do Rio Amazonas
indicam circulação de
uma camada de 5 m a
partir da superfície nas
condições médias de
sizígia.
É necessária uma
correção dos valores
das velocidades por um
fator de correção
retirado do ábaco.
JANELA DURANTE CICLO DE MARÉ
Cheia (Dezembro a Maio) Seca (Junho a Novembro)
6 horas antes preamar 3,3 vazante 2,7 vazante
5 horas antes preamar 2,7 vazante 2,3 vazante
4 horas antes preamar 1,7 vazante 1,3 vazante
3 horas antes preamar 0,5 enchente 0,6 vazante
2 horas antes preamar 0,8 enchente 1,3 enchente
1 horas antes preamar 1,7 enchente 1,0 enchente
Preamar 1,1 enchente 1,7 vazante
1 hora depois preamar 0,2 vazante 1,1 vazante
2 horas depois preamar 1,6 vazante 0,4 vazante
3 horas depois preamar 2,5 vazante 1,4 vazante
4 horas depois preamar 3,1 vazante 2,2 vazante
5 horas depois preamar 3,5 vazante 2,5 vazante
6 horas depois preamar 3,5 vazante 3,3 vazante
EMPREGO DE REBOCADORES
Tipo de rebocador, posicionamento em relação
ao navio e bollard pull necessário definido de
acordo com a MSC/Circ. 1101 IMO.
O emprego de rebocadores em portos similares
ao porto de Santana é recomendado para
quando o navio tem de girar estando na bacia de
evolução e para quando tem de se aproximar ou
afastar dos píeres.
RISCOS DA OPERAÇÃO
As bacias de evolução dos terminais tanto da
ZAMIN como da CDSA, possuem limitação de
espaço, não atendendo aos padrões
recomendados pelas normas técnicas e com isto
rebocadores específicos são necessários.
Para minimizar o risco foram necessárias
definições específicas para: tipo do rebocador;
potência na máquina e força; direção de
aplicação da força de propulsão; equipamento
de reboque; e método de assistência.
.
TIPOS DE REBOCADORES
“When safety of operations is the major
requirement, the tractor and reverse-tractor tugs
are recommended.” (Tug Use in Port)
O rebocador ideal é o trator na proa e o trator
reverso ou ASD (Azimuth Stern Drive) na popa.
CABOS DE REBOQUE
O valor escolhido para MBL (Minimum Break
Load) ou de tração de ruptura do cabo de
reboque foi de quatro vezes a força de “bollard
pull”.
O material do cabo de reboque dever ser
preferencialmente de HMPE (High Modulus
Polyethylene) ou similar. O cabo de reboque não
deve ser um cabo de amarração do navio.
BOLLARD PULL
Para o cálculo foram consideradas as variáveis:
vento, corrente, ondas, efeito de águas rasas e
geometria do navio.
Bollard pull total obtido
através dos cálculos:
110 Tonf
Solução encontrada:
utilizar 2 rebocadores de
55 Tonf cada.
DIMENSÕES MÁXIMAS DO NAVIO
Emprego das normas ABNT, PIANC e USACE:
Comprimento e boca máximos.
O calado máximo independe da aplicação das
normas para canal de acesso porque é função
da entrada da barra ao passar pela Barra do
Curuá Grande, valor 11,50 m.
NORMA ABNT
Comprimento máximo do navio sem
rebocadores: 101,6 m
Comprimento máximo do navio com
rebocadores: 203,72 m
Boca máxima do navio: 70,55 m
NORMA PIANC
Comprimento máximo do navio sem
rebocadores: 101,6 m
Comprimento máximo do navio com
rebocadores: 270,93 m
Boca máxima do navio: 75,90 m
NORMA USACE
Comprimento máximo do navio sem
rebocadores: 101,6 m
Comprimento máximo do navio com
rebocadores: 271,6 m
Boca máxima do navio: 74,08 m
CONCLUSÃO
• Bacias de evolução não atendem ao
navio-tipo
• Janela de maré limitada devido à corrente
• Não há como se garantir o valor da
corrente
• Necessidade de Balizamento adequado
• Necessidade de rebocadores para
suplantar condições naturais
MUITO OBRIGADO !
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