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AVISOS AGRÍCOLAS Circular 03/20 Viseu, 06 março 2020 ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO DRAPCentro – ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO Estação Agrária de Viseu | Estrada de S. João da Carreira 3504-504 VISEU | Tel. 232 467 220 | E-mail: [email protected] VINHA – Escoriose Muitas vinhas da região apresentam-se no início do estado de “ponta verde” (estado C), sendo as condições meteorológicas favoráveis à infeção pelo fungo responsável pela escoriose. Nesta fase recomenda-se tratamento optando por uma das seguintes modalidades: 1) Apenas um tratamento - quando metade da vinha apresenta 30 a 40% dos gomos no estado C/D (ponta verde/saída das folhas), usando um fungicida com azoxistrobina ou com uma das seguintes misturas de substâncias ativas: folpete + fosetil de alumínio, azoxistrobina + folpete, metirame + piraclostrobina ou ditianão + fosfonato de potássio. 2) Dois tratamentos- o primeiro no estado fenológico D e o segundo quando 30 a 40% dos gomos se encontrarem no estado fenológico E (folhas livres), com uma das seguintes substâncias ativam: enxofre, folpete, mancozebe, metirame, ou com as misturas fosetil de alumínio + mancozebe, famoxadona + mancozebe, metirame + piraclostrobina ou ditianão + fosfonatos de potássio. Consulte a lista de substâncias ativas homologadas para controlo destas duas doenças que acompanha a presente circular. Figura 1. Estados fenológicos da vinha de A a E VINHA – Botriosferiose Esta doença, anteriormente designada por escoriose europeia ou BDA (black dead arm), causa o dessecamento de novos lançamentos ainda herbáceos. Para além da perda de lançamentos e de produção a botriosferiose pode-se instalar na madeira da videira conduzindo à perda de braços ou até da planta. Nesta fase, o tratamento para a botriosferiose apenas se justifica da ponta verde à saída das folhas, estando homologada a substância ativa difenoconazol nas especialidades SCORE 250 EC, ZANOL e MAVITA 250 EC (Tratando-se de DMI, não efetue mais de 3 aplicações anuais com produtos desta família). MACIEIRA – Tratamento de Inverno Mantemos as recomendações da Circular anterior, referente à aplicação de Óleo Parafínico de forma a reduzir as de formas hibernantes de insetos e ácaros. Também recomendamos a aplicação de cobre ao inchamento do gomo, visando a redução do inóculo das doenças. OLIVAL – Olho de Pavão e Cercosporiose Devido à precipitação ocorrida aconselhamos a renovação do tratamento, dado que continuamos a verificar uma forte incidência destas doenças nos olivais da região. CITRINOS – Psila Africana dos Citrinos Em resultado da continuidade dos trabalhos de inspeção que vêm a ser desenvolvidos, foi publicado, a 31 de janeiro de 2020, o Despacho n.º 1525-B/2020 relativo às medidas fitossanitárias de combate à propagação da Trioza erytreae e lista de freguesias que constituem a atual zona demarcada. Todos os proprietários detentores de plantas de citrinos são obrigados ao cumprimento das seguintes medidas de proteção fitossanitária: podar todos os ramos com sintomas, destruindo os detritos vegetais pelo fogo ou enterramento no local, e realizar tratamentos suplementares nessas árvores e zonas circundantes com inseticidas autorizados EPIK SG e EPIK SL ou o produto de uso não profissional POLYSEC ULTRA PRONTO, no caso de não possuírem cartão de aplicador. É proibido o movimento de qualquer vegetal ou parte de vegetal de citrinos – ramos, folhas, pedúnculos (exceto frutos). Consulte no verso da Circular a lista das freguesias abrangidas pela Estação de Avisos do Dão e que constituem a zona demarcada. Nº DE HORAS DE FRIO Localização Horas de Frio acumuladas até 29 de fevereiro Gouveia 648 Nelas 411 Penalva do Castelo 612 Santa Comba Dão 486 São Pedro do Sul 526 Viseu 777 RENOVAÇÃO DA INCRIÇÃO Se ainda não renovou a assinatura anual dos Avisos Agrícolas, informamos que o valor da inscrição foi atualizado para 15,57 € (quinze euros e cinquenta sete cêntimos). Considere sem efeito esta informação se já renovou a sua inscrição.

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AVISOS AGRÍCOLAS

Circular 03/20 Viseu, 06 março 2020

ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO

DRAPCentro – ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO

Estação Agrária de Viseu | Estrada de S. João da Carreira 3504-504 VISEU | Tel. 232 467 220 | E-mail: [email protected]

VINHA – Escoriose

Muitas vinhas da região apresentam-se no início do estado de “ponta verde” (estado C), sendo as condições meteorológicas favoráveis à infeção pelo fungo responsável pela escoriose. Nesta fase recomenda-se tratamento optando por uma das seguintes modalidades:

1) Apenas um tratamento - quando metade da vinha apresenta 30 a 40% dos gomos no estado C/D (ponta verde/saída das folhas), usando um fungicida com azoxistrobina ou com uma das seguintes misturas de substâncias ativas: folpete + fosetil de alumínio, azoxistrobina + folpete, metirame + piraclostrobina ou ditianão + fosfonato de potássio.

2) Dois tratamentos- o primeiro no estado fenológico D e o segundo quando 30 a 40% dos gomos se encontrarem no estado fenológico E (folhas livres), com uma das seguintes substâncias ativam: enxofre, folpete, mancozebe, metirame, ou com as misturas fosetil de alumínio + mancozebe, famoxadona + mancozebe, metirame + piraclostrobina ou ditianão + fosfonatos de potássio. Consulte a lista de substâncias ativas homologadas para controlo destas duas doenças que acompanha a presente circular.

Figura 1. Estados fenológicos da vinha de A a E

VINHA – Botriosferiose

Esta doença, anteriormente designada por escoriose europeia ou BDA (black dead arm), causa o dessecamento de novos lançamentos ainda herbáceos. Para além da perda de lançamentos e de produção a botriosferiose pode-se instalar na madeira da videira conduzindo à perda de braços ou até da planta. Nesta fase, o tratamento para a botriosferiose apenas se justifica da ponta verde à saída das folhas, estando homologada a substância ativa difenoconazol nas especialidades SCORE 250 EC, ZANOL e MAVITA 250 EC (Tratando-se de DMI, não efetue mais de 3 aplicações anuais com produtos desta família).

MACIEIRA – Tratamento de Inverno

Mantemos as recomendações da Circular anterior, referente à aplicação de Óleo Parafínico de forma a reduzir as de formas hibernantes de insetos e ácaros. Também recomendamos a aplicação de cobre ao inchamento do gomo, visando a redução do inóculo das doenças.

OLIVAL – Olho de Pavão e Cercosporiose

Devido à precipitação ocorrida aconselhamos a renovação do tratamento, dado que continuamos a verificar uma forte incidência destas doenças nos olivais da região.

CITRINOS – Psila Africana dos Citrinos

Em resultado da continuidade dos trabalhos de inspeção que vêm a ser desenvolvidos, foi publicado, a 31 de janeiro de 2020, o Despacho n.º 1525-B/2020 relativo às medidas fitossanitárias de combate à propagação da Trioza erytreae e lista de freguesias que constituem a atual zona demarcada. Todos os proprietários detentores de plantas de citrinos são obrigados ao cumprimento das seguintes medidas de proteção fitossanitária: podar todos os ramos com sintomas, destruindo os detritos vegetais pelo fogo ou enterramento no local, e realizar tratamentos suplementares nessas árvores e zonas circundantes com inseticidas autorizados EPIK SG e EPIK SL ou o produto de uso não profissional POLYSEC ULTRA PRONTO, no caso de não possuírem cartão de aplicador. É proibido o movimento de qualquer vegetal ou parte de vegetal de citrinos – ramos, folhas, pedúnculos (exceto frutos). Consulte no verso da Circular a lista das freguesias abrangidas pela Estação de Avisos do Dão e que constituem a zona demarcada.

Nº DE HORAS DE FRIO

Localização Horas de Frio acumuladas até

29 de fevereiro

Gouveia 648

Nelas 411

Penalva do Castelo 612

Santa Comba Dão 486

São Pedro do Sul 526

Viseu 777

RENOVAÇÃO DA INCRIÇÃO Se ainda não renovou a assinatura anual dos Avisos Agrícolas, informamos que o valor da inscrição foi atualizado para 15,57 € (quinze euros e cinquenta sete cêntimos). Considere sem efeito esta informação se já renovou a sua inscrição.

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PSILA AFRICANA DOS CITRINOS (TRIOZA ERYTREAE)

Lista das freguesias abrangidas pela Estação de Avisos do Dão e que constituem a

zona demarcada (Fonte: Despacho n.º 1525-B/2020 de 31 janeiro)

Concelho Freguesias infestadas Freguesias da zona tampão Castro Daire Cabril Picão e Ermida

Parada de Ester e Ester Pinheiro

Reriz e Gafanhão

Oliveira de Frades Arcozelo das Maias Arca de Varzielas

Destriz e Reigoso

Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães

Pinheiro

Ribeiradio

São João da Serra

São Vicente de Lafões

São Pedro do Sul Manhouce Bordonhos

Valadares Carvalhais e Candal

Santa Cruz da Trapa e São Cristóvão de Lafões

São Martinho das Moitas e Covas do Rio

São Pedro do Sul, Várzea e Baiões

Serrazes

Tondela Castelões Barreiro de Besteiros e Tourigo

Campo de Besteiros

Caparrosa e Silvares

Dardavaz

Guardão

Molelos

Santiago de Besteiros

São João do Monte e Mosteirinho

Tondela e Nandufe

Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas

Viseu Ranhados Abraveses

Boa Aldeia, Farminhão e Torredeita

Fail e Vila Chã de Sá

Fragosela

Orgens

Repeses e São Salvador

Rio de Loba

São João de Lourosa

Viseu

Vouzela Cambra e Carvalhal de Vermilhas

Alcofra

Campia Fataunços e Figueiredo das Donas

Vouzela e Paços de Vilharigues Fornelos do Monte

Queirã

Ventosa

Esta informação não dispensa a consulta do Despacho n.º 1525-B/2020 de 31 janeiro

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EADão-Produtos fitofarmacêuticos homologados para escoriose 2020

Substância ativa Nome Comercial Observações IS

azoxistrobina QUADRIS Efectuar o 1º tratamento entre o gomo de algodão e a ponta verde e o 2º entre a saída das folhas e as 3 folhas livres da videira. Para evitar o desenvolvimento de resistências realizar no máximo 3 tratamentos por ano e no conjunto das doenças, com este produto ou outro com o mesmo modo de ação (QoI). 21

azoxistrobina + folpete

QUADRIS MAX, TAGUS F, TRUNFO F

Realizar os tratamentos de acordo com os Serviços Nacional de Avisos Agrícolas, na falta destes, efetuar os tratamentos com Quadris MAX ao aparecimento dos primeiros sintomas das doenças. Efectuar o 1º tratamento entre o gomo de algodão e a ponta verde e o 2º entre a saída das folhas e as 3 folhas livres. Para evitar o desenvolvimento de resistências realizar no máximo 3 tratamentos por campanha, no conjunto das doenças, com este produto ou com outros fungicidas com o mesmo modo de ação (QoI).

cobre (sob a forma de óxido cuproso) + óleos parafínicos

RED FOX Desde a fase de gomo de algodão até à ponta verde (BBCH05) ou após o surgimento das primeiras folhas até as folhas totalmente desenvolvidas (BBCH 11-13). Aplicar no máximo 4 Kg de cobre/ha/ano no mesmo solo agrícola.

ditianão + fosfonatos de potássio

ENVITA Realizar os tratamentos de acordo com as indicações do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas. Na sua falta efetuar um tratamento entre o gomo de algodão e as 3 folhas livres. Em vinhas fortemente atacadas efetuar dois tratamentos: o primeiro entre o gomo de algodão e a ponta verde das folhas e o segundo entre a saída das folhas e as 3 folhas livres. Realizar no máximo 4 aplicações por campanha e no conjunto das doenças. 42

enxofre VÁRIOS 1º tratamento quando os gomos apresentem a ponta verde e os mais adiantados tenham 1-2 cm. 2º tratamento quando os rebentos não ultrapassem os 5 cm. O uso do produto na concentração mais elevada pode, eventualmente, dar origem à ocorrência de fitotoxicidade

folpete SOLOFOL, FOLLOW 80 WG, Fol-HiTec, FLEXI 80 WG, FOLLET 80 WG

Efectuar o 1º tratamento no BBCH 07 e o 2º tratamento no BBCH 12-13 (2-3 folhas separadas).

28

folpete + fosetil (na forma de sal de alumínio)

RHODAX FLASH Realizar uma única aplicação quando os gomos apresentem a ponta verde (BBCH 07) tendo os mais adiantados 1-2 cm de comprimento e em condições favoráveis ao desenvolvimento da doença.

- /

fosetil (na forma de sal de aluminio) + mancozebe

MAESTRO M WG ADVANCE, ZETYL MZ WG, ALFIL DUPLO WG

Realizar o primeiro tratamento quando os gomos apresentam a ponta verde e os mais adiantados têm 1-2 cm de comprimento. O segundo tratamento deve ser realizado às 3 a 4 folhas abertas ou quando os rebentos tenham comprimento que não ultrapasse 5 cm. Em vinhas menos atacadas poderá realizar apenas um tratamento às 3 a 4 folhas abertas. Para evitar o desenvolvimento de resistências, no conjunto das doenças, não aplicar este produto, mais de 3 vezes por campanha. 28

mancozebe VÁRIOS O primeiro tratamento quando os gomos apresentam a ponta verde até 1-2 cm de comprimento e o segundo tratamento entre a saída das folhas e as três folhas expandidas. Realizar no máximo 4 tratamentos, no conjunto das doenças e por época cultural, com este ou outro produto do grupo dos ditiocarbamatos. 28

metirame POLYRAM DF Realizar o primeiro tratamento ao gomo de algodão-ponta verde (rebentos até 1 a 2 cm de comprimento); o segundo tratamento entre saída das folhas e folhas livres (rebentos até 5 cm de comprimento) (BBCH 05-19). Não realizar mais de três tratamentos, por cultura e por campanha com POLYRAM DF ou com outro fungicida pertencente ao grupo dos ditiocarbamatos (mancozebe, propinebe, tirame, zirame). 28

metirame + piraclostrobina

CABRIO TOP Em condições de chuva, favoráveis à dispersão da doença, o período de proteção está compreendido entre os estados fenológicos ponta verde e três folhas livres (BBCH 04-12). Efetuar um tratamento entre o gomo de algodão e as três folhas livres. Em vinhas fortemente atacadas efetuar dois tratamentos: o primeiro entre o gomo de algodão e a ponta verde das folhas e o segundo entre a saída das folhas e as três folhas livres. Para evitar o desenvolvimento de resistências, não aplicar este produto ou qualquer outro que contenha QoI mais de 3 tratamentos por ano, no conjunto das doenças visadas (míldio, escoriose, black rot e oídio). Não efetuar mais de 2 aplicações consecutivas com este produto. O tratamento seguinte deve ser realizado com um fungicida dotado de um modo de ação bioquímico diferente podendo posteriormente recorrer-se a um 3º tratamento com este produto. 56

Consulta SIFITO (OEPP code VITVI) a 6 de março de 2020