a mulher puritana david lipsy

37

Upload: lucas-silva

Post on 17-Aug-2015

269 views

Category:

Documents


19 download

DESCRIPTION

A Mulher Puritana

TRANSCRIPT

A Jovem Mulher Puritana David LipsyCopyright 2013, Os Puritanos2 Edio digital: Janeiro de 2015 proibida a reproduo total ou parcial desta publicao sem autorizao por escrito do editor, exceto citaes em resenhas.Editor: Manoel CanutoDesigner: Heraldo Almeidawww.os-puritanos.comSumrioI. A Jovem Filha Puritana .................................................................... 5II. A Jovem Mulher Puritana ............................................................... 7Educao ......................................................................................... 7Seja tl ...................................................................................... 12Cortejando .................................................................................... 15III. A Esposa Puritana ........................................................................ 19Como Amiga e Companheira ........................................................ 19Submissa e Subordinada ............................................................... 20Consoladora e Companheira ntma ............................................. 22Seus Deveres ................................................................................. 24Com relao a seu Marido ............................................................ 25A Estabilidade do Casamento ....................................................... 26Amor ............................................................................................. 27VI. A Me Puritana ............................................................................ 31V. Concluses .................................................................................... 35I. A Jovem Filha PuritanaA jovem puritana era ensinada desde a mais tenra idade na-quilo que diz a Escritura: Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor porque isto justo. No o caso de apenas poder fazeroquecerto,justo,ondeaobedinciaflialexigida pelosuperioreobedecidaemsubmissopeloinferior.No, antes,anfaserecairnaquiloquecertofazer:agradarao Senhor.Ospaisdelasabiamqueafamliaasociedadeoriginal,o alicerce para todas as outras. Se a flha fracassasse nessas lies elementaresdeobedincia,submisso,respeito,compaixo, etc.,elaseriainadequadacomofuturaesposa,me,parano mencionarcomoalgumquedeveriadessamaneiraservira Deus.JohnAngellJamesescreve:Quemnosabequeabase da qualidade de um imprio est na constituio domstica, e em famlias bem treinadas?.Aprimeiraprofessoradaflhapuritanaerageralmentesua me.Aslieseramprticasepornaturezanecessitavamde umaparticipaoativaconsidervel.Osdeveresdomsticos abundavam, j que a mulher puritana no era apenas esposa e me,mastambmcostureira,contadora,svezessenhoraso-bre uma ou mais servas, e dominava outros empreendimentos domsticosnomuitodistantesdacenabblicailustradaem Provrbios 31.6A Jovem Mulher PuritanaOs pais, especialmente as mes, procuravam ressaltar certas qualidadesemsuasflhas.Qualidadesessasqueameprocu-rava ela mesma cultivar. Entre essas qualidades estava um sen-so de submissa obedincia, ternura, que um autor caracterizou como um poder passivo... que antes atrai em vez de dirigir, au-tonegao, fortaleza (no, diz um escritor, a coragem que leva os homens boca do canho... mas aquela que manifestada ao se suportar sofrimento fsico, o dano da pobreza... as trevas da solido... etc.), assim como um carter de amor.Eu levaria mais que uma conferncia inteira para sumarizar de forma adequada at mesmo o Volume Um do puritano John Angell James sobre Female Piety (A Piedade Feminina), um li-vrodoqualvocsiroouvirnopoucascitaesapartirde agora. Mais cedo do que em nossa sociedade, a moa puritana ama-durecia precocemente e entrava no prximo estgio em sua jo-vem vida...II. A Jovem Mulher PuritanaEducaoOspuritanoseramconhecidosporsuadevooeduca-o em todos os nveis. Jeremiah Burroughs uma vez es-creveu:Hpoucaesperanaemcrianasquesoeducadas de forma mpia. Se a cor est na l, difcil tir-la da roupa.OsestatutosdoEmmanuelCollege,afaculdademaispuri-tananoantigoCambridge,afrmam:Htrscoisasquedese-jamosacimadetudoquetodososmembrosdestafaculdade possuam, a saber, a adorao a Deus, o crescimento na f e inte-gridade (honestidade, sinceridade) moral.Em certa ocasio, quando o reformador John Knox se dirigiu aoConselhodaEsccia,eledissesermuitocuidadosopara com a educao virtuosa e piedosa dos jovens deste reino para o avano da glria de Cristo.Entreosprimeirosdocumentospertencentesfundao da Faculdade de Harvard encontramos: Que o estudante seja sempreplenamenteinstrudoeseriamentepressionadoacon-siderar bem que o principal fm de sua vida e de seus estudos conhecer a Deus e Jesus Cristo, que a vida eterna (Joo 17:3) e por isso colocar Cristo na base, como o nico alicerce de todo conhecimento e aprendizado saudvel.8A Jovem Mulher PuritanaUmmododefrustrarSatans,pensavamospuritanos,era educar as pessoas na leitura e estudo da Bblia. Anos antes, Lu-tero havia escrito: Eu no aconselharia ningum enviar seu f-lho aonde as Sagradas Escrituras no so supremas. Hoje, ns tambmeducamosnossosflhosalerem.Algumavezjlhes falamosqueousoprimriodesuashabilidadesparaaleitura deveserparapesquisarasEscrituras?Aindanosprimrdios daUniversidadedeHarvard,osestudanteseramobrigadosa ler as Escrituras em privado (de forma no pblica NE) duas vezes ao dia examinando-a dentro do possvel. Ns temos essa prticaemnossoslares?Nsconversamoscomnossosflhos acercadeseudianaescola,particularmentesobreoqueeles aprenderam das Escrituras nesse dia? Ns procuramos verifcar pessoalmente que, se nossos flhos frequentam uma escola, essa escola verdadeiramente centrada na Bblia?Aeducaopuritanaeradeformaamplaumaresponsabi-lidadedospais.OpregadorpuritanoinglsTomasGataker escreveu uma vez: Que os pais possam aprender... o que alme-jar na educao de seus flhos... no estudar apenas a maneira comoprovidenciar-lhesumdote...maslabutarportrein-los naverdadeirasabedoriaediscrio.LelandRyken,umnot-vel historiador puritano, escreveu: importante notar que os escritores puritanos, no assunto [da educao] dirigem a maior parte de suas observaes acerca do objetivo da educao crist aospaisenoaoseducadores.Navisopuritana,aeducao crist comea em casa e , em ltima instncia, responsabilida-de dos pais. As escolas so uma extenso da instruo e valores dospais,noumsubstitutoparaeles.Quensnuncapossa-mos achar que outra pessoa agora tenha a responsabilidade pela educao de nossos flhos, responsabilidade tal que ns prome-temos assumir no batismo.O objetivo da educao puritana no era, em primeiro lugar, inteligncia.Milton,emseutratadoclssicosobreeducao, Rev. David Lipsy 9pe muito menos importncia em quanto uma pessoa sabe do que no tipo de pessoa que ele ou ela no processo de se trans-formarespecialmentenorelacionamentodeleoudelacom Deus. esta a nossa verdadeira principal preocupao? isto o que ns estamos procurando na educao de nossos flhos, seja em casa ou na escola?Ospuritanos,comons,enfatizavamumabemmodelada educaonasartesliberais.Maselessempreenfatizavamque os vrios assuntos devem sempre ter um objetivo religioso. Eles no queriam uma distino entre assuntos religiosos e os assim chamadosassuntosnaturais(seculares).Todosdeviamestara servio da glria de Deus e todos deviam ser para o aprimora-mento de nosso semelhante. As moas puritanas, seja em casa ou na escola, e como meios permitidos, estudavam uma varie-dade de assuntos. Alm de religio, muitas foram escolarizadas em leitura, caligrafa, msica (escrita), matemtica (da simples aritmtica geometria ou lgebra), geografa, histria, flosofa e lnguas. William Sprague, em seu Letters on Practical Subjects to a Daughter (Cartas a uma Filha sobre Assuntos Prticos), es-creveu, entretanto, esta advertncia: Embora voc possa se dis-tinguir muito no cultivo intelectual... voc no pode proclamar ter uma educao completa, a menos que esteja bem familiari-zada com a economia domstica. Como nota parte observe como o termo economia domstica no um termo cunhado por educadores modernos. Eu estou consciente, ele continua, de que este um assunto que, de uma forma ou outra, muitas jovens consideram com forte averso; e h razes para se temer que, em muitos casos, esta averso aumentada ao receberem em algum grau a sano dos pais... Mas nada que esteja relacio-nado com a superintendncia e direo imediata dos cuidados do lar voc pode negligenciar sem expor a si mesma as incon-veninciasquenenhumfuturoempenhopodersercapazde remediar completamente.10A Jovem Mulher PuritanaNo fm, a nfase dos puritanos na educao sempre retorna-vaaolar.JohnJamesescreveu:Omomentodecisivonaedu-cao o ponto de partida. Benjamim Palmer, comentando o texto Pais, no provoqueis vossos flhos ira, mas criai-os na disciplinaeadmoestaodoSenhorescreve:Areferncia claramentefamliacomoumaescoladetreinamento.Osf-lhosnonossodadossimplesmenteparaosdesfrutarmose cuidarmos,masparaseremeducadosparaseremeducados para esta vida e para a vida por vir.A moa puritana, a despeito de qualquer outra coisa que ela pudesse aprender, podia esperar muito de sua educao para se preparar para seus deveres futuros no lar. A tpica moa purita-na nunca frequentava a universidade. Seria vista com horror e at mesmo reprovada publicamente se ousasse publicar alguma coisa que ela mesma tivesse escrito.Nosculovinte,nossasideiastmdecertomodosemodi-fcado.Todavia,eupoderiaimaginarospuritanos,seelesvi-vessem hoje, nos fazendo uma pergunta importante: Por que,, eles fcariam a imaginar, se a vasta maioria de suas moas ter-minam casando e criando flhos, vocs frequentemente gastam essetempoedinheiroconsiderveltreinando-asparaaquilo que elas no usaro? E por que gastam comparativamente to pouconapreparaoparaaquiloqueelas,sendovontadede Deus, muito provavelmente faro?. Em outras palavras, por que encorajaroestudodequmica,clculo,lnguaavanada,etc., etc., e no trein-las mais extensivamente em como ser uma es-posa bblica ou uma me bblica? Por que, perguntariam, elas aprendem mais sobre notebook do que agulha e linha? Por que mais sobre frmula quadrtica do que as frmulas que so cal-culadas para melhorar a sade de seu esposo ou flhos?. Eu no tenho certeza se poderia responder-lhes adequadamente.Rev. David Lipsy 11Talvez algum possa responder que algumas esposas e mes sotambm,aomesmotempo,mulherescomprofssode tempointegral.Apuritanatpica,comumamisturadegrave preocupaoesuaveespanto,perguntariaemresposta:como seria possvel que cristos, de todos os povos, ousassem revirar aordenanadaprpriacriaodeDeuseSeusplanoparaas mulheres,decabeaparabaixopedindo-lhesquesacrifquem umtempopreciosoeenergiadeseuschamadosprimriosda-dosporDeusedesvi-lasparafazeraquiloqueDeusdnor-malmente para os homens. Depois de ensinar como mulheres nocasadasdeviamtrabalharparaseuprpriosustento,John James comenta que no casamento... o marido deve ganhar com o suor de seu rosto, no apenas seu prprio po, mas o de sua famlia.Nasociedadepuritanaerabem-estabelecidoqueum dos deveres fundamentais do homem no casamento era prover sua esposa e famlia com roupas e alimento adequado. Para ele, pedir que sua esposa faa isso, exceto em circunstncias que o privem de assim o fazer, era considerado paganismo. A justia at mesmo reconhecia este sustento como parte essencial de d-vida mulher como virtude do casamento. possvel, amigos, que ns realmente precisemos considerar se de fato estamos prestando ateno sufciente, tanto em casa como na escola e nos crculos da igreja como um todo, ao tipo equantidadedepreparaoquenossasmoasrecebempara aquele chamado que a maioria delas um dia ocuparo: aquele de esposa e me? Nossas escolas esto fazendo isso? Elas fazem isso o bastante? Como pais, ns estamos impingindo em nossas moas e senhoras uma alta considerao para com o abenoa-do lugar que Deus designou para a maioria das mulheres: o de esposa e me?12A Jovem Mulher PuritanaSeja tilOs puritanos sabiam como medir a utilidade das instituies deeducao.Certopuritanoescreveuestesintetizadopadro para avaliar a escolaridade de uma jovem: Quando uma jovem volta para casa, se ela no to boa flha quanto era antes, qual-quer que tenham sido as aquisies que ela possa ter adquirido na escola, teria sido melhor ela no ter ido para l.Seaescolaeaigrejadefatotiveremenfatizadoessesvalo-res louvveis, os puritanos preveniriam aos pais a que no anu-lassem o que essas instituies tinham feito por essas flhas. O puritano Richard Greenham avaliou essa advertncia, dizendo: Se os pais tm seus flhos abenoados na igreja e na escola, que eles tomem cuidado para que no deem a seus flhos nenhum exemplo corrupto em casa... De outra forma, os pais lhes causa-ro mais danos em casa do que o bem que pastores e professo-res possam lhes fazer fora. George Swinnock vai ainda mais ao ponto: Alguns pais, ele escreveu, como Eli, criam seus flhos para a runa de sua casa.NosdiasdopuritanoJohnAngellJames,haviatambme da mesma forma, tendncias educacionais para a distoro, de umtiponodesconhecidoentrenshoje,queestavamento tentando interromper o treinamento das moas puritanas. Ele escreve: Na educao moderna, quanto no programado, se no intencionado, mais para preparar nossas mulheres de modo que se fascinem nos crculos da moda e nas festas, do que para brilhar no retiro de sua casa. Polir o exterior com aquilo que chamadorealizaes,parecemaisserafnalidadedoquedar um slido substrato (i.e., fundamento) de piedade, inteligncia, bomsenso,evirtudesocial.Nuncahouveumassuntomenos bem compreendido que educao. Armazenar a memria com fatos, ou cultivar um gosto musical, canto, desenho, lnguas, e corte-costura, so o ultimato para muitos. O uso do intelecto no Rev. David Lipsy 13sentido de refexo profunda, juzo so, discriminao acurada no ensinada como deveria ser. O que James almeja para a educaodasmoas?,vocpoderiaperguntar.Arespostase-ria: Eu quero que elas sejam adequadas [de modo que possam] treinar homens e mulheres que sero o suporte da fora e glria da nao.Amoapuritanaeraeducada,noapenasemcasaenaes-cola,mastambmnaigreja.Emumasriedesermessobre educao religiosa de crianas, Phillip Doddridge, dirigindo-se a jovens, disse: Primeiro, sejam dispostos a aprender as coisas de Deus. Segundo, orem por aqueles que lhes ensinam. Terceiro, atentem para que no aprendam em vo. No mesmo sermo ele continua, a certa altura, dirigindo-se aos desatentos e tambm aos jovens piedosos, todos que estavam chegando maturidade. Comomaisemaisdasnossascongregaesrecebempastores de si mesmas, pela graa de Deus, eu penso que presbteros, e especialmente os pastores, precisam mais e mais dar assistncia aos pais dirigindo pelo menos parte de suas mensagens a nossas crianas sentadas na igreja.Aesserespeito,eutenhocitadohojelargamenteoextenso livro escrito pelo puritano John Angell James sobre Piedade Fe-minina. A moa puritana a quem ele se refere, embora possa no ter tido uma educao universitria, deve ter sido pelo menos tointeligentequantomuitasdenossosdiasatuaisgraduadas no ensino mdio. Uma mente precariamente educada teria tido considervel difculdade em acompanhar seu raciocnio agudo e, s vezes, elevado vocabulrio. O mesmo poderia ser dito do puritanoAGuideforYoungDisciples(UmguiaparaJovens Discpulos) de J. G. Pike. Talvez ns devamos pensar duas vezes antesdesentirmospenadaassimchamadaescassaeducao formal das moas puritanas. Depois de ter me preparado para estetpicoeureceioquemuitasmoasaprenderammaisde 14A Jovem Mulher Puritanareal substncia nos poucos anos de estudo que elas tiveram do que muitos de ns em talvez duas vezes os mesmos anos.A educao puritana era sempre considerada um meio para umfmtil.Utilidadequasenuncaeramedidaemtermosde riquezaourealizaopessoal,masemtermosdeserviopara afamliaeparaoutros.Tantoantescomodepoisdocasamen-to, a jovem moa puritana era frequentemente encorajada a, na linguagempuritanaclara,sertil.Dirigindo-seamulheres, baseadoemFilipenses4:3,ondeselsobreaquelasmulheres quejuntasseesforaramcomigonoevangelho,opuritano John James escreve pgina aps pgina despertando as mulhe-res, no a fazerem proslitos de uma denominao para outra, mas ao trabalho mais nobre e santo de salvar as almas de cria-turassuassemelhantes,especialmenteaquelasdeseuprprio sexo.... Ele acrescenta uma advertncia, contudo. O caminho dozeloreligiosofrequentementesobreumavastido,sobre pedras pontiagudas e rochas descobertas... Vocs tero que fa-zer sacrifcios de tempo, conforto, diverso, sentimentos, talvez deamizades;vocsteroquesuportardifculdades,edeparar--se com muitas coisas desagradveis; vocs tero que estar pre-paradas para abandonar a vontade-prpria... reivindicaes por proeminncia. Vocs podem ser zelosas de boas obras em tais termos? Se sim, vamos; se no, volte. Fiel forma puritana, o escritor prossegue descrevendo quais caractersticas espirituais eram pertinentes para esse trabalho e depois continua a desta-car os meios nos quais seu zelo pode ser empregado apropria-damente ao seu sexo, idade e circunstncias.Qualquer moa podia ser til. O mesmo autor ilustrou este ponto contando uma histria sobre uma menina que fcou ofen-dida com o fato de vrias lojas em sua vizinhana estarem aber-tas no domingo. Ela foi at seu ministro e pediu por folhetos so-bre a observncia do Dia do Senhor, colocou-os em envelopes edeixou-osnascasasdavizinhana.Setelojasacabarampor Rev. David Lipsy 15fechar aos domingos. Os puritanos, fossem meninas ou homens maduros,noerampessoasdotipono-fazemos-nada.Mas, muito do que eles fzeram, fzeram com sria preparao, con-sulta sbia e ao em orao. Uma pergunta para ns : Nossas flhas so teis no sentido bom e correto da palavra?. E quanto a isso, ns somos?CortejandoAo preparar-se para pensar em casamento, era tpico ser dito jovem puritana que afeio estvel de ambos os lados em um relacionamento era geralmente um sinal de apoio divino ao ca-samento. Todavia, ela no devia necessariamente procurar por algumaquemelaamassenaqueleexatomomento,maspor algum a quem ela poderia amar de forma permanente. Esta uma importante distino (expandir-emoo vs. critrio).A moa puritana era ensinada que o amor pelo Senhor devia vir primeiro e o amor humano devia alimentar esse amor e no desvi-la dele. Contudo, o amor marital, uma vez que o homem eamulherestivessemunidos,deviaserigualaodaigrejapor Cristo, embora subserviente ao amor dela pelo Senhor.Packer nos fala que o homem puritano tpico oraria muito e pensariabastantesobreumacompanheiraempotencial.Que elafosseumacristsriaeraumacondio.(Faaumapausa e considere isto.) Beleza de mente e carter era enfatizado bem maisquebelezaexterna.Umaavaliaocompletadocarter damoaprecederiaacorte.Comoissoerafeito?Eletentaria descobrir sua reputao, observar como ela costumava agir na convivnciacomoutraspessoas,comosevestiaeconversava, e a quem ela selecionava para seus amigos. O puritano Robert Cleaverescreveu:Escolheumacompanheiraparatuavida comoantesescolhestescompanhiasiguaisati.Ospuritanos DodeCleaveremseuAGodlyFormofHouseholdGovern-ment(UmaFormaPiedosadeGovernaraFamlia)afrmam: 16A Jovem Mulher PuritanaVejam um ao outro comendo e acordando, trabalhando e brin-cando,conversando,rindoedesaprovandotambm;ou,caso contrrio, pode ser que se tenha um para com o outro menos do que se procurava, ou mais do que desejassem.Ospuritanosusavamomodelobblicodecortejar,experi-mentado e verdadeiro, em lugar do modelo moderno, em lugar das prticas mundanas do namoro de hoje. Eles tinham pouca esperanaparacomaquelescasaiscujasafeiessesobrepu-nham razo. De forma tpica, a razo era empregada em pri-meiro lugar na procura de um parceiro e as afeies deveriam segui-laobedientemente.Talvezsejaumasurpresaparans, mas eles frequentemente conseguiam.Quando um certo Michael Wigglesworth desejou persuadir umamulherpiedosaacasar-secomele,eleescreveu-lhe,no proclamando um amor violento por ela, mas, em vez disso, fez cuidadosamente uma lista de dez razes pelas quais ela deveria casar com ele e depois respondeu a duas objees unio deles levantadasporela.Emboraaprimeiradasrazesdeleseasse-melhe ao amor romntico com que todos ns estamos muito fa-miliarizados meus pensamentos e corao tm sido somente por voc desde nosso primeiro encontro - as outras razes no foram produtos de paixo, mas de piedade.NarazodoisnslemosquemesmobuscandoaDeusde forma sria, fervorosa e frequente por orientao e direo em umaquestotosria,meuspensamentosaindatmsidode-terminados e fxos em voc como a pessoa mais adequada para mim.Razotrs:Aissoeunotenhosidolevadoporfantasias (comomuitossoemcasosassim),masporumraciocnioe julgamento saudvel, principalmente amando e desejando voc por aqueles dons e graas que Deus lhe deu, e visando a glria de Deus, a beleza e promoo do evangelho. O bem espiritual, Rev. David Lipsy 17bem como o bem exterior de mim mesmo e de minha famlia, juntamente com o seu bem e de seus flhos, como meus objeti-vos, induzem-me a isso.Para encurtar a histria: a senhora casou com Wigglesworth.Quepaihojenoinvejariatalpretendenteparasuaflha? Nossa forma de aproximarmos uma relao em nossos dias atu-ais no est talvez nos afastando desta preparao sria para o casamento? Uma concluso errada qual no queremos que se chegue dizer que os sentimentos do amor no so importantes. Os puritanos apenas no os consideravam de todo-importante. Oamortinhaqueserprecedidoetemperadocomconsidera-es srias, espirituais. III. A Esposa PuritanaPara os puritanos, a ligao do matrimnio era considera-daafonteeraizprincipaleoriginaldetodasasoutras sociedades. Em outras palavras, se os casamentos no eram bons,comopoderiaaigrejaouasociedadeser?Nsvamos considerar a esposa puritana em vrios de seus papis.Como Amiga e CompanheiraJohnAngellJamesescrevequenoestadodocasamentoa esferadetrabalhodamulhersuafamlia.Emmuitastribos no-civilizadasondeocristianismodesconhecido,eleobser-va, a esposa quem trabalha duro, enquanto o marido vive em insolente preguia. O cristianismo verdadeiro, diz James, libera a mulher disso.Os deveres da mulher crist comeam em casa, estando ela nocentro,emprimeirolugardepoisdeseumarido.Numase-o comovente em seu livro Female Piety (Piedade Feminina), James escreve: Na vida de casada, ela deve ser sua companheira constante, em cuja sociedade ele deve achar algum que se una a ele mo com mo, olho com olho, lbio com lbio e corao com corao: a quem ele pode desabafar os segredos de um co-rao pressionado pelos cuidados, ou oprimido por angstias; cuja presena ela tem como prioridade perante toda a socieda-de;cujavozserparaelesuamsicamaisdoce;cujosorriso, sua luz do sol mais brilhante: de quem ele se afastar com pesar, 20A Jovem Mulher Puritanae a cuja conversa ele retornar com ps ansiosos, quando o la-bordodiativerterminado;quemcaminharprximodeseu coraoamoroso,epalpitaropulsodesuasafeiesquando osbraosdelaseapoiaremneleeforempressionadosemseu lado. Nos momentos de conversa a ss ele lhe falar de todos os segredos de seu corao; encontrar nela todas as capacitaes, todos os estmulos, da mais terna e encarecida sociedade; e em seu gentil sorriso e loquacidade, gozar de tudo que possa ser esperado em quem foi dado por Deus para ser sua companheira e amiga.Emsuma,aesposapuritanafoidirigidaparaconsolare animarseumarido,aliviarseufardocompartilhando-o.Ela tambm deve ser sua confdente e conselheira. James continua: Nemeladevesernegligenteemoferecer,nemelenegligente em receber os conselhos de sabedoria que ela possa sugerir com prudncia, muito embora ela possa no ter ntima familiarida-de com todas as complicaes dos negcios deste mundo.Algumpodepensarqueospuritanoseramcontraditrios em alguns aspectos com relao infuncia que a esposa puri-tana deveria exercer. Por um lado, John James admiravelmente cita Adolpe Monod, que escreveu: A maior infuncia na terra, sejaparabemouparamal,possudapelamulher.Todavia, qualquerpessoaquepeguequalquerescritopuritanonaques-to do casamento encontrar duas palavras, submisso e subor-dinao,literalmentepontuandoaspginas.Comopossvel ela ser submissa e, todavia, to infuente? Este um segredo que nossa triste gerao precisa extremamente redescobrir.Submissa e SubordinadaSubmisso, subordinao: estas so, para a maioria das mu-lheres hoje, palavras que soam como danosas, quando usadas no contexto do casamento. Muitas mulheres ocidentais modernas preferem pensar acerca do casamento em termos de igualdade, Rev. David Lipsy 21cooperao,comoumtime,eexpressescomoessas.Paraos puritanos, e, de fato, de acordo com Ef 5:22ss, quando uma mu-lher, uma esposa, perde de vista os conceitos fundamentais da submisso e subordinao com respeito a seu marido, isso no menos hertico que se a igreja perdesse de vista sua submisso a Cristo. Apesar da frequente meno dessas palavras, contudo, os puritanos no equacionavam subordinao serventia. Uma mulher, agindo como Deus a designou para agir, era considera-da um bem poderoso para qualquer marido, famlia e nao, e uma mulher que conhecia a alegria de fazer a vontade de Deus.Nocometaerro,ospuritanosnoeraminsensveissfre-quentes circunstncias difceis da mulher. Nem eram eles, mes-moemsuapoca,privadosdecrticaspelasuainsistnciano papelsubmissodamulher.JohnAngellJamesescreveu:Mas talvezsefaaaperguntaseeutrancariatodamulhercasada dentrodocrculodomstico,e,comocimeeautoridadede um dspota oriental, a confnaria em sua prpria casa; ou se eu acondenariaeadegradariaaomerotrabalhopenosodolar. Veja voc, a mentalidade feminista no est limitada ao sculo XX, mas tem um p em todas as geraes desde a queda. James continuaadizer:Ela,commeuconsentimento,nuncaafun-dar saindo do lado de seu marido para ser pisada sob seus ps. Ela no ter um raio de sua glria extinguida, nem ser despro-vida de uma nica honra que pertena a seu sexo; mas ser a ins-trutora de seus flhos, a companheira de seu marido, e a rainha consorte do estado domstico no nenhuma degradao; e ela degradadaapenasparaquempensaassim.Emboraelecon-ceda a infuncia dela tanto na esfera social e entre seus amigos comoemsuaprpriacasa,eleadvertequefestasincessantes do prazer e crculos constantes de entretenimento no so a sua misso, mas, sim, contrapor-se e impedir essas coisas. No se deveesquecerqueaporodohomempuritanonavidaera frequentemente de monotonia, difculdade e sacrifcio. A vida 22A Jovem Mulher Puritanaera simplesmente difcil, para toda a famlia. Eu gostaria de en-contrar novamente a brilhante citao de J.I. Packer a este res-peito, mas o mago da questo era que os puritanos no faziam sempre coisas extraordinrias de forma excelente, mas a fora deles era que, pela graa de Deus, eles fzeram coisas ordinrias de um modo excelente.Benjamim Morgan Palmer escreve: Ao assumir a relao de esposa, uma mulher se rende muito; ainda uma rendio. Ele continuadizendoqueelaeracertamentemaisindependente antes do casamento, mas voluntariamente abre mo dessa inde-pendncia em favor das vantagens do casamento, mais do que era compensador por sua perda. Ele escreve: Comparando os dois,eladeliberadamenteescolhesermenoslivreafmdeser mais feliz, e, por isso, ela se submete... Longe de ser desonrada em sua subordinao, essa por toda a vida uma consagrao conscienciosa de si condio de sua escolha.Em adio a isso, Palmer escreve: A submisso dela , por-tanto, uma fonte de honra. Ela no humilhada com isso, mas exaltada... No um sacrifcio sem compensao. Ela abre mo da independncia, mas adquire controle... Ela acha uma satisfa-o cheia de descanso em aderir sua confana, apoiando-a em umaestruturamaisfortequeasuaprpria.Palmercontinua adizerque,emboraelaganheresponsabilidadeeautoridade aoguiarseular,elanosobrecarregadanormalmenteacar-regaropesosozinha.Seseusflhosforemeducadosdeforma apropriada, a sua subordinao como esposa ser mais do que compensadaquandoelaforelevadasupremaciaderainha como... me.Consoladora e Companheira ntimaAesposapuritanaidealnoeranenhumsargentotreinado ou estica. Ela tambm no era nenhuma serva ou algum con-denadoalevarsemprechdecadeira.Essessotodosestere-Rev. David Lipsy 23tiposimpingidosaospuritanosporhistoriadoresignorantes. Considere estas citaes dos prprios puritanos:A esposa uma ordem para o homem: como uma pequena Zoar,umacidadederefgioaondefugiremtodososseus problemas:enohnenhumapazcomparvelaela,ano ser a paz de conscincia.Umaboaesposasendo...amelhorcompanheiranafortu-na; a mais adequada e pronta assistente no trabalho; o maior conforto nas tribulaes e pesares; e a maior graa e honra que pode haver a quem a possui. receber misericrdia ter uma amiga fel que o ama inteira-mente... a quem voc pode abrir sua mente e comunicar seus assuntos... e receber misericrdia ter to perto uma amiga quesejaauxiliarasuaalma...aincitaremvocagraade Deus.Deus, o primeiro Instituidor do casamento deu a esposa ao marido para ser, no uma serva, mas sua auxiliadora, conse-lheira e consoladora.Richard Baxter, escrevendo sobre os deveres do marido e da esposa, nos d uma olhada de primeira-mo dentro do corao do relacionamento marital puritano:1. Amar inteiramente um ao outro e por isso escolher uma que seja verdadeiramente amvel...; e evitar todas as coisas que tendem a sufocar seu amor.2.Morarjuntos,desfrutarumdooutro,efelmenteseuni-rem como auxiliares na educao de seus flhos, no governo da famlia e na administrao dos negcios seculares.3. Especialmente serem auxiliares na salvao um do outro: estimular um ao outro f, ao amor, obedincia e boas obras: 24A Jovem Mulher Puritanaadvertir e ajudar um ao outro contra o pecado e todas as tenta-es; unirem-se no culto a Deus em famlia e em privado: pre-parar um ao outro para a proximidade da morte e confortar um ao outro com a esperana da vida eterna.4. Evitar todas as dissenses, suportar unidos aquelas enfer-midades que no podem ter cura em um ou no outro: acalmar, enoprovocar,paixesincontrolveis;e,emcoisaslegtimas, agradar, satisfazer um ao outro.5.Preservaracastidadeefdelidadeconjugal,evitartoda conduta inadequada e imodesta em relao a outro que possa incitar cimes; e, ainda, evitar todo cime que seja injusto.6. Ajudar um ao outro a suportar seus fardos (e no torn-los maiorescomaimpacincia).Napobreza,tribulaes,doena, perigos,confortareapoiarumaooutro.Eseremcompanhei-ros deleitveis no amor santo, na esperana e deveres celestiais, quando todos os outros confortos externos falharem.Seus DeveresJohnCotton,emseuAMeetHelp(UmaAjudaAdequada) escreve que o dever da esposa era fcar em casa, educando seus flhos,preservandoemelhorandooqueconseguidopelain-dstria do homem. O historiador Edmund Morgan acrescenta que o que o marido provia ela distribua e transformava a fm desuprirasnecessidadesdiriasdafamlia.Elatransformava farinha em po, l em roupas e esticava os centavos para com-prar o que ela no podia fazer. Em algumas casas, a esposa cui-davadasfnanasdafamlia.Numabrevedescriopuritana do trabalho pode-se ler: Guiar a casa e no o marido. bem claro que, para os puritanos, ser uma esposa e me no era um trabalho: era um chamado.Rev. David Lipsy 25Com relao a seu MaridoDaatitudedaesposapuritanacomrelaoaseumarido Morgan nos diz que Ela deveria, portanto, v-lo com revern-cia,umamisturadeamoretemor,no,contudo,umtemor de escravo, que nutrido com dio ou averso; mas um temor nobre e generoso, que procede do amor. Ela no era serva ou escravadele.svezesoshomenserammultadosatmesmo porsugerirtalcoisa,especialmentesealgumvizinhoouvisse isso sem querer e o reportasse s autoridades. O marido podia e com frequncia era punido pelas autoridades se ele batesse em sua esposa ou tentasse mand-la fazer algo contra a lei de Deus. SamuelWillardescreveuqueomaridodeviagovernar suaesposadetalmaneiraquesuaesposapudessesedeleitar nisso, e no tomasse isso como uma escravido, mas liberdade eprivilgio;eaesposadeviatransmitirissoaseumaridode modo que ele fcasse contente com ela: e qualquer coisa que seja contrria a isso e seja doloroso para alguma das partes, deriva no do preceito, mas da corrupo que h nos coraes dos ho-mens.O amor no era considerado algo extra, mas um dever, uma obrigaosolenerendidaalegremente.NaobraWell-Ordered Family(FamliaBem-Ordenada)deBenjamimWadsworths, ns lemos: ... Se ela [a esposa] bate em seu marido (como algu-masdescaradas,impudentesdesgraadasfaro),seelacruel em sua conduta, usa linguagem ruim, mal-humorada, de cara azeda, to irritada que raramente come ou fala pouco; alm dis-so,seelanegligenciamanifestaramorrealeamabilidadeem suaspalavraseemsuaconduta,elaentodissimulasuapro-fssodecristianismo,eladesonraeprovocaoDeusglorioso, pisa em sua autoridade; ela no apenas afronta seu marido, mas tambm a Deus, seu Autor, Legislador, e Juiz com esse seu com-portamento mpio.26A Jovem Mulher PuritanaA Estabilidade do CasamentoOs puritanos tomavam cuidados para preservar os casamen-tosemanteraspessoascasadasjuntas.Frequentemente,at mesmoascortesjudiciaissentiamseresteseudeverpaternal. Aumamulher,porexemplo,foiditopelacortequeelateria que permanecer em Boston e deveria retornar sua casa e ao seumarido.Seumaesposaabandonavaseumarido(ouvice--versa),eladeveriaesperarumamulta,eohomem,multase talvez aoites severos. Se um homem ou mulher viesse a Massa-chusetts sem seu marido ou esposa, eles podiam logo descobrir que sua permanncia seria encurtada pela corte, a menos que eles pudessem provar que estavam em negcio temporrio ou preparando um lugar para seu cnjuge antecipadamente. Se um cnjuge viesse sozinho da Inglaterra, ele ou ela seria embarcado devoltanobarcoseguinte.Cnjugesquefugissemseencon-trados, eram frequentemente forados a retornar para casa e o casal seria mantido junto trancado at as difculdades serem ad-mitidamente resolvidas.Asleisnoapenasforavamquecontinuassemacoabitar, mas procurava que isso fosse feito de forma pacfca. Cada um era proibido pela lei de bater no outro ou usar linguagem abusi-va. A lei se envolveria e at emitiria multas se eles encontrassem um homem ou senhora mantendo o que os magistrados pensa-vam ser uma companhia muito frequente com outra pessoa que no fosse o cnjuge. Na Nova Inglaterra o adultrio era levado muito a srio e punido severamente. As punies variavam de multasaaoites,estigmatizar,ousodeumagrandeletraA, execuessimblicas,eatmesmo,emborararamente,execu-es reais.Nossogovernohojenotemumpapeldeformatotpica empreservarcasamentos(emboraistopareaestarmudando casamentos do pacto no sul). Quo mais, ento, os membros Rev. David Lipsy 27individuais na congregao deveriam estar tomando este papel em promover casamentos fortes e estveis. Ns no estamos de-fendendo que as pessoas sejam bisbilhoteiras, mas sim que ajam com um senso de dever e amor cristo.AmorEmborahouvessenfasenanecessidadedoamoremum casamento (tambm em nossa forma de casamento), os casais eram advertidos contra o amor imoderado. triste que em nos-sosdiasmuitoscnjugesanseiempormaisamordeseuspar-ceiros. Para os puritanos, algum apreciar seu marido ou espo-sa de forma muito elevada era desarrumar a ordem da criao edesceridolatria.JohnCottonescreveu:Quandonsnos deleitamos excessivamente em nossos maridos, ou esposas, ou flhos isso embrutece e turva a luz do Esprito. Homens e mu-lheres esqueceram seu Autor quando foram to transportados emsuaafeioqueelesnoobjetivavamnenhumfmmais elevado que o casamento em si mesmo. O verdadeiro amor ma-ritaltinhaemvistaqueoshomenscasadosdeveriamv-las [i.e., suas esposas] no para seus prprios fns, mas para serem mais bem preparados para o servio de Deus, e para traz-los para mais perto de Deus.Noeraincomumparaosministroslembrarcasaisrecm--casadosaamarumaooutroacimadetudoedetodosno mundo,emboraelesfrequentementeacrescentassemaadver-tncia: Que se tenha cautela para que no amem desordenada-mente, porque a morte logo os ir separar.Cartasentremaridoseesposaspiedososcomfrequncia mostravamevidnciadestebalano.UmacartadeumRev. EdwardTaylordeConnecticutcomea:MinhaDove,envio--lhe no meu corao, pois isso eu confo foi enviado aos Cus h muito tempo atrs... todavia, o mais daquilo que permitido ser estendido sobre qualquer criatura seguramente e unicamen-A Jovem Mulher Puritanate cai como sua poro. Cotton Mather escreveu sobre o leito de morte do Rev. Jonathan Burr, que disse a sua esposa: No gaste muito tempo comigo, mas v, siga seu caminho e gaste al-gum tempo em orao: voc no sabe o que pode obter de Deus; eu temo que voc olhe muito para esta afio.J. I. Packer nos lembra em sua obra sobre os puritanos, Entre os Gigantes de Deus (editora FIEL), que ns podemos aprender uma importante lio dos puritanos a este respeito: ver e sentir mais a natureza transitria desta vida, e em particular, de nos-sos casamentos.A vida puritana era difcil, e com frequncia muito passagei-ra. Oua esta extensa descrio de Packer: Ospuritanosexperimentaramperseguiosistemticapor sua f; a ideia que temos hoje dos confortos de uma casa eram desconhecidasaeles;suamedicinaecirurgiaeramrudimen-tares;elesnotinhamaspirinas,tranquilizantes,sonferosou plulasanti-depressivas,assimcomonotinhamnenhumase-gurana social ou seguro; num mundo em que mais da metade da populao adulta morria jovem e mais da metade das crian-as nascidas morria na infncia, (uma mdia de expectativa de vidainferioraapenastrintaanos,doenas,perigos,afies, desconforto,doremorteeramseusconstantescompanheiros. Eles estariam perdidos se no mantivessem seus olhos no cu e no conhecessem a si mesmos como peregrinos rumo ao lar na Cidade Celestial. ...aconscinciadospuritanosdequenomeiodavidans estamos na morte, a apenas um passo da eternidade, deu-lhes umaprofundaseriedade,calmaemboraapaixonada,comres-peito aos negcios da vida que os cristos no mundo ocidental de hoje opulento, mimado, materialista, raramente conseguem seigualar.Eupensoquepoucosdensvivemdiariamente margemdaeternidadedaformaconscientequeospuritanos Rev. David Lipsy 29viveram, e o resultado que ns fcamos na desvantagem. Eles tinhamumrealismomatria-de-fatocomoqualelessepre-paravam para a morte, como se sempre se encontrassem, como pordizer,demalaarrumada,prontosparair.Calculandoas-sim, a morte trouxe apreciao por cada dia de vida contnua; eoconhecimentodequeDeusdecidiriaafnal,semconsult--los,quandoseutrabalhonaterraestivesseterminado,trouxe energia para o prprio trabalho enquanto ainda lhes era dado tempo para prosseguir nele. VI. A Me PuritanaEmboraomaridofossesempreconsideradoaautoridade fnalemcasa,comrelaoaosflhose/ouservos,elede-via permitir esposa o lugar apropriado de autoridade sobre eles. O marido e os flhos deviam respeit-la dessa forma. De fato,umacomissoteolgicapublicounessapoca:...pois, embora o marido seja cabea da esposa, todavia ela cabea da famlia.Olugardamepuritanacertamenteeraemcasa.Umpu-ritanotardio,BenjamimMorganPalmer,escreveu:Aesposa encontraseumundonolar,cujocuidadopertenceprofssio-nalmente a ela. sua funo presidi-lo, assim como a do juiz sentar na tribuna... ou a do mercador se mover nos crculos do comrcio. A seguir, Palmer descreve as diferentes esferas de in-funcia designadas por Deus ao marido e esposa, concluindo: To logo os limites entre eles sejam bem defnidos, e nenhuma parte seja disposta a invadir a provncia designada por natureza ao outro, srias colises sero evitadas.Palmer ressalta que se a esposa vive com respeito apropriado por seu marido, ela pode se dar como exemplo para seus flhos do por que a obedincia deles a seu pai pode ser perfeitamente consistentecomseurespeitoprprioefelicidade.Eleescreve: A esposa no impe nada que ela mesma, hora aps hora, no pratique. No momento em que ela ordena, ela lidera no modo 32A Jovem Mulher Puritanade obedecer. As crianas no precisam aprender essa lio com palavras:tudopodesercompreendidonumrelancedeolhos. Isto , ele ressalta, de fato nada diferente daquilo que o prprio Senhor Jesus fez. Jesus voluntariamente colocou-Se sob o doce jugodeSeuPai,mesmoatmorte,efoialtamenteexaltado por ter feito assim. A me puritana devia fazer o mesmo.Educao das CrianasDamos a volta completa ao considerarmos agora a me pu-ritana treinando a prxima gerao de moas puritanas. Benja-mimPalmernosforneceumaadvertncianahoracerta,mes-mo quando ele exorta os pais puritanos quanto ao mtodo de treinoqueelespememprticacomseusflhos.Eleressalta, criandosuspensenosdetalhes,quemtodoprovavelmente terminar em tristeza. Ele chama a ateno, em primeiro lugar, contra o lar...1.Ondehseveridade,rigorhabitual,mantendoacriana angustiada,enuncapenetrandocomsimpatiavivaznasale-grias e tristezas dele ou dela. Ele acautela sobre ser muito reser-vado,muitoabsorvidonaspreocupaesdosnegcios,muito temerosodeadentrarnosimplesmundodenossosflhos.Ele conclui este ponto dizendo que um pai que evita esta cilada go-verna fcil e bem, e governa quase sem freio ou rdea.2. O perigo da extorso constante e dura do dever requerido. Nodeixequeanicavozpaternalouvidasejaaquemanda, ele adverte. Um pai, ele continua, mais do que um supervisor. Um flho, ele conclui, deve ser capaz de sentar luz do sorriso de seus pais e regozijar-se em seu amor.3. H o perigo da crtica suprfua e sarcstica. Ningum deve estar sob alerta para achar faltas. Ele escreve: melhor deixar a manga da jaqueta dilacerada do que, pior, dilacerar o corao do menino, que repelido por um pai a quem ele deve prestar contas de todo contratempo.... Ao contrrio, onde houver um Rev. David Lipsy 33desejo evidente por parte da criana para agradar, reconhea e encoraje o mesmo, ainda que a maneira de expressar no seja no geral satisfatria.4. Evite favoritismo e comparaes depreciativas entre uma crianaeoutra.Ocimesurgidodessaformaqueimacomo carvo de zimbro no corao que se sente rejeitado.5.Acautele-sedocastigoseveroinfigidopelaraivaouem grau excessivo. Ele escreve que a criana pode rapidamente dis-cernir entre a punio que merecida daquela que produto da raivaexcessiva.Nuncahumilheoudegrade,masantescorrija para correo.6. Finalmente, conforme nossas crianas forem fcando mais velhas,tenhacuidadoparanoreterautoridadequandodeve-riagradualmenteserdadocaminhopersuaso.Eleescreve: uma parte do prprio treinamento lanar a jovem guia sob suasprpriasasasabalanarnoar.Ojovemdedezesseisno podesergovernadocomoomeninodeseisanos;eperdesua chanceopaiquenoforcapazde,quietaegradativamente, substituirsuainfuncianolugardeautoridade...Sabedoriae tatosorequeridosparaseefetivaramudana.Mas,comoo tempo em que o exerccio da autoridade dever cessar deve che-gar,amaneiracomosedaressagentilabdicaodeveriaser objeto de estudo dos pais.Quem de ns no recua com culpa ao ouvirmos essas adver-tncias?PossaDeusnoapenasperdoarnossospecados,mas nos dar graa para andar no caminho bom e correto no que se refere a nossos flhos.V. Concluses1.Primeiro,nsnodevemosesquecerqueospuritanos eram pessoas como ns. Eles tinham seus temperamentos, seus fracassos, seus pecados, exatamente como ns temos. Mas eles exibiam,sim,notodo,umasriadeterminao,pelagraade Deus,devivertoprximodopadrobblicoquantoelespo-diamdiscernirquedeviaser.EleslevavamaPalavradeDeus mais a srio do que qualquer outra coisa na vida. Ns precisa-mos disso tambm.2. Os puritanos eram sujeitos a muitas provaes e difculda-des. Isso foi usado por Deus para mold-los em um povo cujo foco da vida no estava nesta vida. Deus usava seus frequentes encontros com a morte para dar-lhes uma outra-mundanidade Eles verdadeiramente viviam como peregrinos e estrangeiros naterra.Estavisopenetrounaeducaodassuascrianase penetrounoaindamaisprivadorecessodavidahumana,ali-gao marital. Ns precisamos da graa de Deus para viver em todos os tempos vista da eternidade e das coisas eternas.3. A mulher puritana era uma mulher que no apenas estava contente em viver conforme o padro bblico de Deus, mas era entusiastaemfazerisso,aperfeioandoquasecomoumacin-cia como ela poderia viver esse padro em toda a sua plenitude e complexidade. Ns costuramos vestidos usando modelos. Ela costurava sua vida pelo modelo da Escritura.36A Jovem Mulher Puritana4.Avisopuritanaafnalcedeulugarinvasodomunda-nismo de nossa poca. Creio que ns tambm estamos perden-dorapidamenteosdistintivosdeixando-osparaummundo rapidamenteinvasor.Eutemoquenstodostemoscaptado muitomaisdoespritodestesculodoquenspercebemos. PrecisamosdagraadeDeusparanosarrependereprocurar retomar, por Sua fora, o terreno perdido.5.Nsapenaspoderemosfazerissoquandonovamentee seriamente considerarmos nosso papel ordenado por Deus na educaodenossosflhos.Sejamelesensinadosemcasaou educadosemumaescolacrist,nsnuncapodemosabando-nar a responsabilidade do treino de nossas crianas passando--aparaoutros.Nstemosqueserdiligentesevigilantespara fcarmossegurosdequenoapenasonomedaeducaode nossos flhos seja cristo, mas que a substncia dela o seja. Ne-nhuma escola ou igreja pode se responsabilizar pelos votos que voc fez quando seu flho foi batizado. Voc ter que responder por esse flho no ltimo dia.7. Estudar, buscar, orar, aplicar as Escrituras este era o cora-o da vida puritana. Ns podemos aprender com eles. Ns no apenas devemos buscar direo da Palavra de Deus, mas ns po-demos, com a bno de Deus, tambm aprender muito de nos-sos antepassados atravs de seus escritos. Nunca deixe os escritos dos homens suplantarem a Palavra de Deus. Mas, sim, permita esses escritos complementarem sua leitura das Escrituras.O que John Geree escreveu sobre o Carter de um Velho Pu-ritanoInglspoderiasercorretamenteaplicadomulherpuri-tana que ns temos tentado expor para voc hoje. Ela era... [uma mulherfranca],frmeemtodootempo,demodoqueaqueles que, no meio de muitas opinies, tinham perdido a viso da ver-dadeira religio pudessem retornar a ela e encontr-la ali.Conhea a nossa pgina:www.os-puritanos.comVeja e divulgue outras obras digitais daEditora Os Puritanos:f