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"A minha preocupação não está em ser coerente com as minhas afirmações anteriores sobre determinado problema, mas em ser coerente com a verdade."

Mahatma Gandhi

m novo ano começa e a esperança de um novo tempo invade nossos corações e mentes! A

entrada do Ano Novo nos remete à reflexão, a reavaliarmos nossas metas, sempre na expectativa de progredirmos e evoluirmos, pois ambas as correntes devem caminhar juntas.

U

Em meio à troca de presentes, aos abraços e as rabanadas, ficaram, para trás, as comemorações natalinas. O comércio, que registrou recordes de vendas, nos faz pensar onde está a crise. Por falar no consumo excessivo de final de ano, nos faz pensar, também, onde está a razão do Natal. Comemora-se o nascimento do Mestre Jesus com mesa farta, presentes e roupas novas, em um feroz consumismo, enquanto seu real significado é o renascimento interno, através dos excelsos ensinamentos pregados por esse Avatara, que se doou em sacrifício, e não me canso de repetir, em Sacro-Ofício, para que a humanidade pudesse ascender em estado de consciência, e não em status social, material, etc.

Pobre e cega humanidade, que se aferra à própria vaidade e ao falso brilho do que é efêmero!

Permitimo-nos aproveitar a virada do ano, para sugerirmos aos nossos leitores uma profunda reflexão dos reais valores da vida e começarmos um novo ano sem os grilhões da materialidade, ou, pelo menos, predispondo-nos a retirá-los.

A Revista Arte Real, aproveitando a entrada de 2009 e, “coincidentemente”, o final de um ciclo de 22 edições, à guisa dos 22 Arcanos do Tarô, das 22 letras do sagrado alfabeto hebraico, reveste-se de nova cara, de nova diagramação e de um conteúdo, cada vez, mais interessante, o que a fez cair nas graças de seus seletos, exigentes e participativos leitores. Muitos deles tendo participação direta com o grande sucesso e rápida ascensão de nossa Revista.

Sua nova roupagem, jamais deverá afastá-la de seu objetivo maior, a transmissão da cultura maçônica como instrumento transformador do Maçom, retirando-lhe as vendas da ignorância, fazendo luz nos assuntos mais transcendentes e necessários, que lhe servirão como ferramentas precisas para autotransformação e, conseqüentemente, da sociedade, pois essa é a missão de um Obreiro da Arte Real.

Nesta edição, na coluna Destaques, saudamos o alvorecer de um novo ano e de, oxalá, uma nova era, com a matéria “Ano 2009 da Era Vulgar”, de autoria de

Leon Szklarowsky; neste mês, em que se completam 60 anos do assassinato de Mahatma Gandhi, a coluna Os Grandes Iluminados faz uma merecida homenagem a esse Mestre de Sabedoria.

Embora seja para alguns um tema polêmico, de autoria do insigne escritor maçônico Joaquim Gervásio de Figueiredo, abrimos um espaço na coluna Ritos Maçônicos para a matéria “Maçonaria Feminina”, e pretendemos, com isso, abrir um grande debate entre nossos leitores, a fim de tentarmos entender o porquê de a mulher não poder participar da Maçonaria.

Gostaria de destacar a matéria “Templo de Salomão, Ideais e Compromissos”, de autoria de um querido Irmão, pelo qual tenho grande apreço, o Poderoso Irmão Antônio do Carmo Ferreira, Eminente Grão-Mestre do GOIPE e Presidente da ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica, cujo registro nossa Revista tem a honra de possuir.

Corroborando com a essência de nosso Editorial, convido a todos a uma leitura meditativa na coluna

Reflexões, através da bela matéria “Sobre Xícaras, Cafés e Pessoas”, lamentavelmente, para mim, de autor ignoto.

Nossa Revista, a cada edição, vem desbravando fronteiras e chegando às mais distantes partes do Brasil e a vários países. Seja o

mais distante Oriente, em que a cultura maçônica encontre “eco”, teremos o imenso prazer de lá estar.

Relatos de nossos leitores afirmam que as matérias publicadas, de autoria de nossos

prestimosos Irmãos Colaboradores, têm se transformado em valiosas Peças de

Arquiteturas, enriquecendo e enaltecendo o estudo e a pesquisa em suas Lojas, o que é muito gratificante e nos dá a certeza de que estamos no caminho certo.

Temos recebido muitas solicitações de cadastramento de e-mail em nossa listagem, para recebimento direto, o que nos fez chegar a 2009 ultrapassando o expressivo número de 12.000, obrigando-nos a aquisição de software específico para o envio de nossa Revista. Vários sites maçônicos já a disponibilizam para download, além de várias listas de discussão maçônica que a distribuem entre seus membros. Quem assim desejar disponibilizá-la, basta fazer contato, que teremos prazer em atender.

Aguardamos as sempre valorosas considerações, críticas e sugestões de nossos leitores, a fim de nos ajudar a produzir, cada vez melhor, a Revista que trata a cultura maçônica com a seriedade que merece.

Esse ano, que se inicia, com certeza, será de muitas conquistas, isto, porque nos queremos. Que se cumpra!?

a b

Capa – Inaugurando Um Novo Ciclo.......................CapaEditorial.................................................................................2Destaque -.Ano de 2009 da E∴V∴– Feliz Ano Novo......3 - Os Arcanos do Taro e a Tradição Oculta.......4Informe Cultural – Sejamos Solidários!................................6Os Grandes Iniciados – Mahatma Gandhi.....................6

Ritos Maçônicos – Maçonaria Feminina.....................................9Trabalhos – A Pronúncia do Nome Jeová......................................10

- Templo de Salomão, Ideais e Compromissos.......12Lançamentos – Livros....................................................................13

Boas Dicas – E-book/Indicação de Livros / Edições Anteriores.....13Reflexões – Sobre Xícaras, Cafés e Pessoas...............................14

Ano de 2009 da EAno de 2009 da E∴∴VV∴∴ – Feliz Ano Novo – Feliz Ano Novo

Leon Frejda Szklarowsky

em todos os seres humanos comemoram, na mesma época, o raiar de um novo ano, variando

este no espaço e no tempo. Muitas e muitas civilizações se perderam, embora tenham deixado gravados resquícios de sua cultura e o calendário, como ancoradouro, para atender às necessidades da vida religiosa e civil, demarcando o tempo em dia, mês e ano. Outros povos mantêm, ainda, calendários próprios, como os cristãos, os chineses, os muçulmanos e os judeus. Atualmente, o calendário gregoriano é universalmente aceito nas relações entre os homens, conquanto guardem esses povos suas próprias tradições e datas religiosas.

N

Há de se lembrar que alguns sábios e estudiosos dos Livros Sagrados têm feito profundos estudos e pesquisas sobre a idade do universo, que, na verdade, tem bilhões de anos, o que não contradiz, absolutamente, as Escrituras Sagradas, um marco de fundamental importância na história humana, coincidindo com os ensinamentos da ciência moderna. Admitem esses estudiosos que os ciclos sabáticos tenham existido antes de Adão. Assim, devem-se levar em conta os anos divinos, e não terrestres. Um dia divino dura mil anos terrestres, e um ano divino equivale a 365.250 anos terrestres, chegando-se, dessa forma, a 15.340.500.000 anos de idade, exatamente, quando, segundo os cientistas, ocorreu o Big Bang, há aproximadamente 15 bilhões de anos.

Não obstante, o ser humano, apesar das imensas e revolucionárias conquistas técnicas e científicas, não evoluiu o bastante, para atingir a suprema verdade e a espiritualidade que lhe revelariam o mistério da vida. Rememorem-se a bíblica Sodoma e Gomorra, as catástrofes, as guerras infindas, a violência, a decadência da moral e dos costumes, a corrupção, o desamor, o clamor dos miseráveis e dos desprotegidos! Dir-se-á que nos aproximamos do fim de um ciclo ou de uma civilização. Tampouco, podemo-nos

orgulhar do que lhe deixaremos (violência incontida, tortura, guerras, miséria, fome, inversão de valores, crimes contra a natureza, impunidade, corrupção desenfreada e leis iníquas). Nem nos apetecem o Estado onipotente e onipresente previsto por George Orwell e a sociedade, também, prevista por Monteiro Lobato, no primeiro quarto do Século XX, apesar das boas coisas realizadas e das conquistas científicas, que poderiam propiciar à sociedade humana o tão sonhado bem-estar.

Paradoxalmente, apenas, uma pequena parcela dela desfruta, mercê da insanidade e torpeza da "pequena humanidade". Credite-se, porém, que a "grande humanidade" silenciosa e boa existe, apesar de tudo e por isso mesmo. Com certeza, quando houver o equilíbrio absoluto entre as duas realidades, ser-nos-á

revelado o mistério da vida. O ser humano não está no planeta Terra, em vão. Sua passagem por esse mundo tem um significado muito grande, pois o homem, sem dúvida, representa a criação maior do Altíssimo e tem uma missão a cumprir!

Prossegue sua jornada em busca da perfeição e do aprimoramento espiritual, visando à construção de um mundo melhor para todos e para seus descendentes, sem embargo de as gerações anteriores nos terem legado uma sociedade apodrecida,

desarticulada e feroz. Enquanto houver seres humanos na Terra, haverá sempre uma chance de convivência, a alegria de viver e a esperança, porque os valores maiores são eternos e jamais serão olvidados.

A presença do homem na Terra e, quiçá, em outros planetas e astros, não parece ser por acaso nem em vão.

Não importa a religião que professe ou até que não a professe, sem dúvida, o homem deverá palmilhar o verdadeiro caminho para a união fraterna e aperfeiçoamento moral, preparando o mundo material e espiritual para grandes acontecimentos.

Que 2009 seja o prenúncio do encontro do homem com o Altíssimo. ?

*O autor é membro da A∴R∴L∴S∴ Abrigo do Cedro nº 8, G∴L∴D∴F∴.

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Os Arcanos do Tarô e a Tradição OcultaOs Arcanos do Tarô e a Tradição OcultaFrancisco Feitosa

á uma frase que carrego comigo e que

muito utilizamos em auxílio à educação de nossa filha mais nova: um dos segredos da vida é estar sempre atento a tudo e a todos!

H

Já tivemos a oportunidade de publicar a matéria, “O Tabuleiro de Xadrez e o Jogo da Vida”, na edição nº 17, sobre o Simbolismo Esotérico do Jogo de Xadrez, mostrando sua estreita relação com diversos aspectos dos Ensinamentos Iniciáticos, abordando o tema em uma direta relação de suas peças, movimentos e objetivos com os Mistérios que envolvem a ascensão espiritual.

Percebemos que, em alguns jogos, seja através do Simbolismo, da Numerologia, etc., ocultam-se, à visão profana, muitos ensinamentos que vistos com olhos de ver, ou seja, pelas lentes de um verdadeiro Iniciado, podem revelar profundos conhecimentos, sabiamente, inseridos no cotidiano popular, a fim de despertar a Centelha Divina, que habita em cada um de nós.

Esta edição, de nº 23, inicia uma nova fase da Revista, após uma trajetória de 22 edições, por isso uma nova cara, nova diagramação, etc., embora mantendo o mesmo padrão de qualidade de seu conteúdo. Numerologicamente, além de 22 ser um número Mestre, nos estudos da Ciência Iniciática das Idades, está relacionado aos 22 Arcanos Maiores, tema, que vem presentear nossos leitores através de um profundo trabalho de pesquisa e compilação em diversos estudos da Eubiose.

“Trabalhar pela Humanidade é a única forma de servir à Divindade”. Por isso, ao longo dos tempos, vários Avataras, Adeptos, Seres Iluminados vêm cumprindo sua Missão na Terra em prol dessa mesma Humanidade.

Vários deles ensinaram meios para que os homens pudessem alcançar esse equilíbrio. Dentre Eles, cada um “escolheu” um estado de consciência, um “Raio Planetário”, traduzindo para a humanidade seus ensinamentos, os quais, em linguagem simbólica, seriam incompreendidos pela grosseira mente humana, em sua maioria. Assim sendo, dentro das sete chaves do conhecimento e dos ramos da ciência, bem como suas subdivisões, temos seres como Yeseus Krishna e o Príncipe Sidharta Gautama (o Buda) no Oriente, Jeoshua Ben Pandira (Jesus, o Cristo), Conde Saint Germain, Helena Petrovna Blavatsky (HPB), Ludwing van Beethoven, Wagner, Bach, no Ocidente, inclusive Henrique José de Souza (JHS), no Brasil, etc. Embora muitos Deles não sejam conhecidos pela grande maioria da humanidade, sendo-O, apenas, por aqueles que se dedicam aos estudos dos Mistérios Celestes, Ocultismo, Teosofia, ou outro nome que lhe queiram dar. Seus ensinamentos, no entanto, permanecem vivos e infiltrados no Seio da Humanidade através de seus discípulos e simpatizantes, à parte, vínculos com quaisquer Instituições ou Ordens Iniciáticas, determinadas a propagar Seus Legados através dos tempos, sempre renovados pelos Ciclos.

No antigo Egito, havia um Ser com a denominação de Hermés, o Trismegisto (o Três Vezes Grande), o qual legou àquela civilização um enorme cabedal de conhecimento, traduzido em livros e em outras escrituras. Ao que parece Hermés não foi um único Ser, mas uma corte de

Adeptos, que visaram à instrução da sociedade da época por meio de Escolas Iniciáticas, as quais, ainda hoje, perduram.

Assim, para ocultar as Verdades Sagradas, criaram eles um livro composto de várias lâminas ou figuras, que as encerram de uma maneira sintética. (“Segundo uma tradição muito antiga, diz-se que Thot – uma das divindades egípcias - na sua passagem pela Terra, ensinou aos antigos moradores do Nilo a arte de escrever, a maneira de dividir o tempo, averiguar enigmas cifrados nas medidas e, após haver declarado de viva voz o mistério da vida e da morte, legou-lhes um livro, no qual se encontrava “a chave” que abria os Portais do Conhecimento e de tudo mais.

Esse conjunto de Símbolos foi, originalmente, engendrado pelos sábios atlantes como a forma concreta de uma linguagem profundamente abstrata, capaz de atravessar a interminável sucessão de gerações, civilizações e experiências humanas, sem se desatualizar, nem se deturpar, assimilando as adequadas renovações a cada ciclo evolutivo. Decodificado por Hermes, formou um livro composto, apenas, por figuras, sendo, mais tarde, acrescentado nomes a essas figuras.

O Livro de Thot, como ficou conhecido, estava integrado por 78 lâminas de ouro, em cujas figurações esmaltara o autor diversos signos, letras e números, ordenados de tal maneira, que cada lâmina ocupava determinado plano, e permitindo que na série de 78 lâminas estivessem presentes todos os símbolos, letras e números que os egípcios conheciam

na época. Os ensinamentos contidos em tal obra foram divulgados muitos anos mais tarde, entre a casta sacerdotal, dizendo-se, a respeito, que, ao se retirarem os israelitas do Egito, Moisés levou consigo parte dessas lâminas. Relacionando, então, parte das primeiras 22 com as 22 letras do alfabeto hebraico, converteu-as nos ARCANOS MAIORES, que explicam, graficamente, o sentido dessas letras e facilitam a sua aplicação prática, inclusive, o descobrimento de múltiplas incógnitas, sendo que, em muitas delas, os 22 Arcanos Maiores são assistidos pelos 56 Menores. Esse saber arcano tem a virtude de atualizar, em nós, outras determinadas faculdades primárias, prestando-se a interpretar e fazer inteligível o saber expresso acerca de determinado tema.

Os hierofantes egípcios e gregos, do Rito de Elêusis, já haviam recebido esse instrumental da enorme série de Escolas Iniciáticas, que, desde os tempos atlantes, vinham preservando-o e o transmitindo de geração em geração.

Dessa forma, seu emprego ultrapassa os limites do antigo Egito, para iniciar sua trajetória ao longo do Itinerário da Mônada Humana. Na Idade Média, esse conjunto de Símbolos ganhou o nome de “Tarô, palavra de origem céltica, pois os druidas, também, os conheceram. Coube aos ciganos, naturais da Boêmia e Morávia, região da Europa Central, não sendo de duvidar que os ciganos, oriundos do baixo Egito, tivessem o papel de vulgarizá-lo, no fim da época medieval.

A origem do Tarô dos Boêmios pode ser relatada a partir dos meados da Idade Média, ocasião, em que apareceu na Europa, trazido que foi pelos boêmios certo número de lâminas estranhas, das quais surgiram mais tarde as famosas cartas, que usamos para jogar, com seus quatro naipes. Diz a Tradição que o baralho foi introduzido na Europa no século XIII, simultaneamente, no caminho de Santiago de Compostela e em Veneza. Ciganos aparecem entre os romeiros, que se dirigiam a Santiago, e em meio da nova aristocracia veneziana, utilizando-se de misteriosas cartas para ler a sorte.

Cada naipe possui 14 valores e, assim sendo, nos endereça aos 56 Arcanos Menores, incluindo os quatro

curingas. No século passado, um grupo de filósofos, tendo à frente o Dr. Papus, o sábio Estanislau Guayta, Ste. Yves D’Alvedre e outros, procuraram restituir, tanto quanto possível, às suas formas primitivas, essas famosas lâminas, por guardarem e serem portadoras de um significado, no mínimo, muito interessante, parte que fazem da linguagem dos Símbolos, da linguagem hieroglífica, não, porém, no sentido da linguagem sacerdotal, mas sim de uma linguagem que deu origem a todas as tradições, que se consubstanciam naquilo que nós denominamos de Mosaico. Os antigos egípcios expressavam as suas idéias a respeito da Cosmogênese e da Antropogênese nessas línguas, ou nessas lâminas, como que em procura de ideogramas simbolizadores dos seus conhecimentos a respeito da formação dos Universos, da origem dos homens, das Leis que regem os seres em todos os planos da existência.

Em determinada fase da antiga iniciação egípcia, o hierofante conduzia o postulante à iniciação a um grande salão, possuidor de doze colunas de cada lado. Entre elas, havia as vinte e duas lâminas dos Arcanos Maiores, sendo onze em cada lado, entre as colunas, deixando o neófito com, apenas, um pedaço de pão, um pouco de água e um candeeiro, que passava toda noite meditando e refletindo sobre seu significado, uma lâmina por noite, sendo argüido sobre o que entendeu com os primeiros raios de sol. Abro, aqui, um breve parêntese para chamar atenção para outro assunto: o termo “Entre Colunas”, em nossa Ordem, diante do exposto, toma outra roupagem, no sentido de ascensão, de adquirir conhecimento, até porque essa posição, no eixo do Templo, assim conhecida, está ligada ao nosso Chacra Raiz. Mas isso já é outro assunto. Voltemos ao tema!

Em tais condições, não há que admirar que, pelo fato de o Papa Clemente XIV ter encontrado, na Biblioteca do Vaticano, alguns manuscritos hebraicos, atribuindo-os a Simão Ben Jokay, encarregasse o Abade Lany de decifrá-los, tendo em vista ser ele profundo conhecedor dessa linguagem antiga. Os aludidos manuscritos das famosas Lâminas de “Thot-Hermés”, deram então, oportunidades de pesquisas maravilhosas das velhas tradições egípcias, tendo sido usadas como uma ciência divinatória (note-se que a palavra “divinatória” difere de sua aparentada “adivinhatória”, pois, em verdade, a primeira refere-se aos estudos ligados ao Espírito, algo dito divino, por isso, superior, encaminhando ao descobrimento dos laços existentes entre o mundo sutil e o mundo visível).

Interessante que tal palavra TARÔ nos vocábulos ou na linguagem semítica, usando o processo da "temura", consiste na permutação de letras, endereça-nos à palavra TORAH, a que os Rabinos denominam de Lei...

Assim, refletindo sobre o tema, observamos como a Divindade se utiliza de artifícios para perpetuar os ensinamentos da Tradição Oculta, a fim de auxiliar a humanidade em sua infinita caminhada evolucional. Após essa breve elucidação sobre o tema, ao defrontarmos, novamente, com as Cartas

“adivinhatórias” do Tarô e com as cartas do jogo do baralho, agora, livres das vendas da ignorância, que, antes cobriam-nos olhos, estaremos aptos para entender que tudo, em nossa volta, merece ser visto com “olhos de ver”, sendo um dos segredos da vida o estar sempre atento a tudo e a todos! ?

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Sejamos SolidáriosSejamos SolidáriosFrancisco Feitosa

eus Irmãos, todo trabalho voltado para a coletividade é nobre, principalmente,

quando não se tem interesse em se beneficiar com ele, o que é raro nos dias de hoje.

MNossa Revista tem o objetivo de difundir, através

desta coluna, toda Obra sócio-cultural, que Lojas Maçônicas, Instituições ou, até mesmo, pessoas como a Sra. Ana Paula vêm desenvolvendo.

Solicitamos a quem possa ajudar, principalmente, nossos Irmãos da Região Sul Mineira, a AACJJ – Associação dos Amigos da Cultura do bairro de Jatobá e Jacarandá, no Município de Pouso Alegre, Sul de Minas – MG, fundada e sob a presidência da Sra. Ana Paula Petinato Santiago, viúva, funcionária pública,

cozinheira de uma Escola Pública na cidade, que, em um trabalho altruístico, tem reunido pessoas e vem solicitando ajuda através da mídia local, em prol dos mais necessitados.

Dona Ana Paula, neste Natal de 2008, com a ajuda de pessoas da região, angariou doações para a realização do Natal de 250 crianças da pobre Comunidade de Jatobá e Jacarandá e, em ato contínuo, vem trabalhando para a “Campanha Caderno Feliz”, a fim de facilitar a vida dessas mesmas crianças em seu retorno escolar no ano de 2009.

Os Irmãos que puderem engajar-se nessa bela empreitada, em prol das crianças daquela região, por favor, façam contato com a Dona Ana Paula, através do telefone (35) 9941-3804. As doações poderão ser depositadas no Banco Santander, Agência 2255, Conta Corrente 01002158-1. ?

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Mahatma GhandiMahatma Ghandi

“A política do Ocidente morreu com Franklin Delano Roosevelt, e no Oriente, com Mahatma Gandhi, o maior Mártir do século XX, a jóia preciosa da Velha Aryavartha.”

Professor Henrique José de SouzaFrancisco Feitosa

á exatos sessenta anos, no mês em que lamentamos o cruel assassinato do Ser que mais praticou a não-violência, tornando-se um ícone da Paz,

abrilhantamos esta coluna com o aura desse Grande Mestre da Sabedoria - Mohandas Karanchand Gandhi - na esperança de que a mesma envolva a todos nós e ao mundo, nos retirando da inércia frente às cruéis Bastilhas da atualidade.

H

Essa matéria é uma compilação baseada no texto de Lázaro Curvêlo Chaves, publicado no site www.culturabrasil.pro.br e no de Elias Rodrigues Barrocas - M∴I∴ - 33º, membro da Loja de Estudos e Pesquisas Professor Henrique José de Souza e o da Sociedade Brasileira de Eubiose.

Temos no mundo, duas grandes Tradições Esotéricas: a Ocidental e a Oriental. A Tradição Oriental remonta às Escolas de Mistério do Antigo Egito e da Caldéia. Delas nutriram-se várias gerações de nossos dirigentes espirituais, e nossa Tradição sempre foi mantida secreta ou, de alguma forma, sob o controle de determinados grupos sociais, contra outros que poderiam destruí-la intencionalmente (como os mais altos funcionários das religiões constituídas, particularmente, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo) ou por ignorância (como todos aqueles a quem a Tradição representava complicação exageradamente distante de sua lida cotidiana). Segundo desejam alguns, dentre os quais se destaca

Platão, essa Tradição remonta, mais remotamente ainda, à Atlântida, cuja existência empírica jamais foi conclusivamente comprovada ou definitivamente descartada.

A Tradição Oriental se apresenta de maneira distinta, principalmente, na China, no Tibete, no Japão e na Índia. Ali não parece ter ocorrido tão severa cisão entre a religião e a Tradição, de maneira que as próprias religiões constituídas se transformaram em importantes veículos de transmissão da Tradição. Enquanto, no Ocidente, tinham de se enfrentar perseguições as mais diversas à Tradição, no Oriente, por suas peculiaridades, essa foi intensamente difundida e popularizada. Ali a Tradição protege-se a si mesma em sua complexidade e fascina a quantos dela se aproximam. Também, segundo alguns, aquela Tradição reverbera a de um outro continente perdido no Oceano Pacífico: a Lemúria, de existência tão provável ou improvável, quanto a Atlântida, e datação, portanto, tão complexa, quanto sua similar ocidental.

Embora aparente, não há divergência de fundo entre as Tradições do Ocidente e do Oriente, o que foi provado pelas descobertas sensacionais de gente do quilate de Fritjof Capra e Joseph Campell. Mera questão de escolha pessoal, de afinidade eletiva, identificamo-nos com a Tradição de nossa gente, de nosso povo, do mundo e da civilização em que nascemos e nos criamos. Sempre, com enorme respeito pela Tradição Ocidental, e buscando preservar a forma como a nossa Tradição se encaminha há milênios.

Fizemos este preâmbulo por ser necessário pontuar o quanto Mohandas Gandhi foi movido pela Tradição de seu povo. Poucos seres humanos incorporaram, tão profundamente, a Tradição e a alma de sua gente como Gandhi. Esse o principal motivo, que leva seus biógrafos a, sempre, fazerem reiteradas referências à Tradição Oriental e, freqüentemente, converterem-se aEela, por ser mesmo fascinante.

Se, em algum momento na história da humanidade, pode dizer-se que uma Nação teve um porta-voz, essa foi a Índia, e seu porta-voz consensual, na primeira metade do século XX, foi Mohandas Karanchand Gandhi – Mahatma, a “Grande Alma”. Ficou conhecido como Mahatma Gandhi; nasceu em 02 de outubro de 1869, em Probandar, povoação costeira, na Província de Bombaim, costa Ocidental da Índia.

Quando Gandhi nasceu, em 1869, o domínio britânico atingia seu apogeu. A Companhia das Índias fora suprimida em 1858, e a autoridade passara inteiramente para a Coroa Inglesa. Em Londres, foi instituído um Secretário de estado para a Índia, onde a

administração britânica era representada pelo Indian Civil Service.

Paradoxalmente, foram os ingleses que, com sua administração, criaram condições favoráveis para o surgimento de um nacionalismo indiano, que acabaria por levar o país à independência. A descentralização política, as comunicações mais rápidas, a difusão da língua inglesa, foram alguns dos fatores que serviram para aproximar os diversos povos indianos, até então separados.

A educação ocidental, proporcionada nas universidades, revelou aos intelectuais do imenso país os princípios do Liberalismo e Nacionalismo europeus. Em 1885, funda-se o Partido do Congresso, que marca o início da consciência política da Índia.

A complexa Teologia Hindu reza que há um único Deus e este se apresenta em 3 formas: Brahma, o

Criador; Shiva, o Destruidor (sempre presente quando a história chega a seu final) e Vishnu, o Equilibrador (a serviço de Dharma). Quando o caos ameaça a humanidade, Vishnu toma a

forma humana para recompor a ordem. Segundo o Mahabharata, Vishnu veio ao

mundo como Krishna, no alvorecer da civilização indiana. Para seus contemporâneos, Mohandas Gandhi, que

repudiava ser chamado assim, constituía a mais recente encarnação da divindade, portanto era

chamado de Grande Alma. Devotou a sua vida à causa da Independência da Índia e a encaminhou

política e religiosamente em perfeita harmonia com a Tradição de seu povo, daí o

estrondoso sucesso obtido.Descendente de Brahmanes, de sua infância em

Probandar, Gandhi registra, em sua autobiografia, a freqüência aos locais sagrados e de prece com a mesma naturalidade do registro de episódios corriqueiros e cotidianos. A religião de seus ancestrais lançava profundas raízes em seu coração. Casou-se, a exemplo de todos de sua casta e Nação naquele tempo, ao final da infância, com uma prima, também, saindo da infância, Kasturbai.

Adulto, parte para estudar direito em Londres, formando-se em 1891 e regressando a sua terra para praticar a profissão. Dois anos depois, vai, a convite, para a África do Sul, onde trabalha em uma empresa hindu e faceia as primeiras dificuldades diante do poderoso Império Britânico, que domina as Nações do mundo no século XIX e primeiros lustros do XX, com o mesmo poder e descaso para outros povos, com que o Império Ianque age hoje. Em 1914, regressa à Índia em definitivo e dá início à sua luta pela independência da dominação britânica, que já dura quase três séculos, e, com igual vigor, pela Tradição de sua gente, em grande medida contaminada e fragilizada diante da infecção capitalista.

Como líder político e espiritual da Índia, soube utilizar-se, engenhosamente, de toda a Tradição para reerguer o orgulho de sua gente, abalado pela dominação, dando muito que pensar àqueles que se consideravam “superiores” e, por isso, dominavam. Este sempre foi e segue sendo o discurso do dominador: uma pretensa “superioridade”, que, ao cabo, demonstra-se circunscrever no campo da belicosidade e ponto final. Gandhi centra sua luta na busca de demonstrar a superioridade moral dos hindus sobre seus dominadores britânicos, reavivando, assim, a mente de seus conterrâneos quanto a dois ensinamentos, tão antigos quanto o hinduísmo: A-Himsa – Não-Violência - ou, como Gandhi preferia dizer, “Persistência pela Verdade”; Satiagraha – Viver em santidade.

Tomemos a não-violência. Gandhi pregava a resistência pacífica (não confundir com passiva; a não-violência deve ser ativa e provocativa!). Não concordar em se submeter ao mal e estar disposto a dar até a vida, se necessário for, para provar que está do lado do que é justo, bom e correto. Foi assim que, de demonstração maciça em demonstração maciça, o Império Britânico comprovou, muitas vezes, a superioridade moral daquele povo oprimido e dominado.

A famosa “Marcha para o Sal” foi um ponto de inflexão decisivo. Os Hindus, moradores da região banhada pelo Oceano,

não por acaso, chamado de Índico, eram proibidos de produzir sal. O sal utilizado no cotidiano de todas as famílias tinha o fluxo, a produção e a circulação, monopolizados pelos britânicos. Gandhi ensina os hindus a desobedecerem a essa sandice. Do centro da Índia, em 1930, faz saber ao Primeiro Ministro britânico que se dirigiria ao mar, para produzir sal, num gesto de desobediência civil, ativa, provocativa e, contudo, pacífica. Foi acompanhado de um pequeno grupo, e a este se foram agregando, cada vez mais, significativas massas humanas. Ao fim, a história registra que milhares de pessoas andaram mais de 320 Km a pé. Este contingente imenso de seres humanos chega à praia e começa a fazer sal. Qual o problema? O povo da Índia vai à praia banhada pelo Oceano Índico fazer sal para o seu consumo. O que têm os britânicos a ver com isso?

O controle do sal estava na raiz do domínio de toda a economia hindu pelos britânicos. Tão logo Gandhi começa a fazer sal e a ser imitado, a dominação é colocada em xeque. Os ingleses já não controlam os indianos. Estes estão prestes a tomar seu destino em suas próprias mãos.

Outros fatores contribuem para a emancipação do povo hindu de maneira diferente daquela desejada por Gandhi, que, mais de uma vez, fez um “jejum até a morte”, para protestar contra a dominação britânica e pedir paz a seu povo. Em momentos considerados cruciais para a economia britânica, Gandhi convocava o povo a “jornadas de jejum e meditação” – na prática, ninguém trabalhava, mas Gandhi jamais falava ou mesmo pensava na palavra “greve”. A expressão apropriada, dentro da Tradição hindu, para o que se estava fazendo, era “Jornada de jejum e

meditação”.Admirado por aliados e

adversários, foi chamado pelo Primeiro Ministro britânico Winston Churchill de “faquir despido”. A questão, que marca, é: um faquir despido, que se alimenta com uma côdea de arroz e uma terrina d’água por dia e se veste com uma peça de tecido, feita por ele mesmo e semelhante a uma fralda, um homem com tal forma de comportamento e hábitos espartanos pode ser suspeito de corrupção? Alguém presumiria estar ele lutando por algo diferente do que diz?

Albert Einstein o saudou como “porta-voz da humanidade”.

Quando o armamento mais sofisticado está nas mãos do adversário, que domina, a resistência pacífica, fundada na resistência e persistência pela Verdade, é o encaminhamento mais eficiente. Impossível ao hindu derrotar o dominador britânico através de guerrilhas ou luta armada. Por outro lado, utilizando a Verdade como arma, seu poderio é inquestionável!

Encaminhar o processo político a partir de um resgate profundo do que de mais sincero, bonito e duradouro existe na Tradição e na Alma de seu povo, esta é uma das lições que nos deixa Mahatma Gandhi.

No dia 30 de janeiro de 1948, Gandhi se dirigia para suas orações diárias. Tudo aconteceu muito depressa. Naturam Vinaiac Godse, um hindu extremista, acionou o gatilho por três vezes. Gandhi teve forças para fazer um sinal em forma de triângulo acima da cabeça, pronunciando: “o Deus que está em mim saúda o Deus que está em ti.”. E o Ser amante da paz, da filosofia da não-violência teve morte brutal, alguns meses após ter atingido seu grande objetivo – a Independência da Índia. ?

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Maçonaria FemininaMaçonaria FemininaJoaquim Gervásio de Figueiredo

m sã consciência, na Maçonaria e em seus rituais, nada existe de que a mulher não possa

participar; em sua antiga tradição, nada há que justifique a recusa e afastamento do elemento feminino das cerimônias e iniciações maçônicas. E a julgar pelo que se observa em todas as religiões e igrejas, a admissão da cara-metade do homem nos Templos Maçônicos, hoje, tão vazios em toda parte, só lhes poderia dar maior colorido e vitalidade, enriquecendo sua cultura, sua moral e sua utilidade social.

E

Tornaria a Loja Maçônica mais completa em seu significado filosófico-espiritual e mais autêntica em seu conteúdo simbólico, a ser verdadeira (como o é) a lenda maçônica de que uma Loja é o símbolo do Universo, ou o Universo em miniatura. Ora, no universo de Deus, não há nenhuma distinção entre os sexos; não existem ali leis masculinas ou femininas; há leis iguais para todos, homens e mulheres, anjos e humanos, vivos e mortos. Se esse é o exemplo que nos dá o G∴A∴D∴U∴, por que fazerem os homens coisa diferente no mundo, especialmente na Loja Maçônica, reflexo desse Universo? Portanto, sob o critério filosófico, a Maçonaria se destina tanto ao homem quanto à mulher, complementos, um do outro, destinados a constituir a família como base celular de uma sociedade bem organizada.

Se examinarmos esse assunto à luz da tradição maçônica e remontarmos sua origem aos antigos Mistérios do Egito, Grécia e Roma, sem esquecermos a Escola de Pitágoras, fundada em Crotana, em 529 a.C., calcada nesses mistérios e, depois, difundida pela Grécia, ali encontraremos iniciados homens e mulheres, passando todos, igualmente, pelas mesmas provas e cerimônias. Se, ao contrário, preferirmos encurtar a idade da Maçonaria e situar sua origem nas Corporações Operativas da Idade Média, então, nada descobriremos expresso claramente a favor dessa tese, tampouco nada depararemos contra. Essa foi uma época tenebrosa para a Maçonaria, em que foi forçada a trabalhar em completa clandestinidade, devido às perseguições da Igreja Católica e dos governos ditatoriais. Some-se a isso a sua característica de sociedade secreta, que nada deixava escrito, e a do trabalho profissional de seus membros, de natureza masculina, e tem-se a completa explicação. No entanto, o exame dos mais antigos documentos maçônicos, existentes na Inglaterra, minuciosos em pormenores e em proibições, não nos mostra nenhuma proibição contra as mulheres, havendo mesmo indicações de que elas por ali andaram. O Primeiro Escrito com o nome de

Freemason, que aparece, é um ato do Parlamento, do ano de 1350, 25º do reinado de Eduardo I, regulamentando a profissão de pedreiro; é minucioso, mas omisso em relação à mulher.

Depois, vem o chamado "Manuscrito Régio" ou "Manuscrito de Halliwell", descoberto por um antiquário não-maçom e, aparentemente, sacerdote católico, no Museu Britânico de Dnodez, escrito em 1390 e publicado no Magazine Freemason, de junho de 1815, que, segundo alguns autores, era cópia de um escrito mais antigo. Trata-se de um pequeno livro em papel de vitela, um poema, com 794 versos, em inglês antigo; as linhas 1 a 86 tratam da antiga tradição da corporação, e, em seguida, divididos em duas partes, os 15 pontos da lei, aumentados de 15 pontos amplificativos denominados Plures Constitutiones. Dos versos 97 ao 794, de estrito teor legal maçônico, não se encontra nenhuma

consignação de ser a Maçonaria privativa tão-só do homem. Bem, ao contrário, deparam-se ali provas

de que a Maçonaria Operativa daquela época tinha, no mínimo, a colaboração feminina. Com

efeito, em seu artigo 10º, versos 203 e 204, se lê: “que nenhum Mestre suplante outro, senão que procedam entre si como irmão e irmã”. No ponto 9º, versos 351 e 352, se diz: “amavelmente servindo-nos a todos, como se fôssemos irmã e irmão”.

Em todo esse histórico documento, básico para uma autêntica enumeração dos

"Antigos Limites", ou Landmarks, existe só uma proibição: “a de admitir como Aprendizes os

servos” (verso 129) e “os inválidos” (verso 154). Também, a Constituição de York (cf. YORK, Carta ou

Constituição), de 926, em seu artigo 11º, assinala a condição obrigatória de o candidato à Iniciação não ser servo, inválido ou de maus costumes; nada expressa contra a iniciação da mulher. Igualmente nada se encontra em outros documentos antigos, como o "Manuscrito de Watson", datado de 1440, o qual coincide bastante com o "Manuscrito Régio" e com o "Manuscrito de Rawlison", levando o nome de quem o descobriu na Biblioteca Bodleina, de Oxford.

Afinal, no regulamento elaborado em Londres, em 27 de dezembro de 1663, numa Assembléia Geral, em que Henry Jermin, Conde de Santo Albano, foi eleito Grão-Mestre, consta, em seu artigo 2º, que "ninguém seria admitido na Confraria que não fosse são de corpo, de nascimento honrado, de boa reputação e submetido às leis do país". Ainda uma vez, nenhuma referência à mulher. Mais recentes, ainda, são as Constituições da Grande Loja de Hamburgo e os Estatutos da Grande Loja e da Dieta Alemã. Essas Constituições foram aceitas e aprovadas em 10 de Março de 1782, sendo Frederico Guilherme da Prússia o Grão-Mestre e Protetor da Ordem. Elas reproduzem, com esmerada exatidão, os "Antigos Limites", sob a denominação mais moderna de "Charges Landmarks", e nenhuma alusão fazem à mulher ou contra a sua admissão na Maçonaria.

A primeira vez que tal proibição aparece, na longa história da Maçonaria, é no "Livro das Constituições", compilado e publicado em 1723, por James Anderson, presbítero anglicano e Gd∴Vig∴da Grande Loja de Londres, em seu artigo 3º, que diz, no final: "As pessoas admitidas a fazer parte de uma Loja devem ser boas, sinceras, livres, de idade madura; não são admitidos escravos, mulheres, pessoas imorais e escandalosas, mas, exclusivamente, as que gozem boa reputação."

Essa proibição foi repetida posteriormente no 18º Landmark, compilado por Mackey em sua Enciclopédia. Donde teria James tirado tal proibição para enxertá-la em sua Constituição? É difícil saber-se agora. Tê-la-ia inspirado o Antigo Testamento, em que a Lei Mosaica era tão dura e cruel com a mulher (João 8:4, 5) e tão liberal com o homem (I Reis 11:3), ao cometerem o mesmo pecado? Ou teve de jungir-se a algum preconceito inglês daquela época, talvez, apoiado em lei, que, mesmo no século XIX relevava a tão difícil e dolorosa emancipação política da mulher naquele país, como bem o atesta a luta desesperada das sufragistas? Ramsay, contemporâneo dos reformadores, é dessa opinião (V.RAMSAY, Miguel André, 5º). A não ser assim, é inexplicável como se veio a admitir e criar esse óbice à mulher, justamente, na ocasião em que se

ampliaram os horizontes da Maçonaria, transformando-a de Operativa em Especulativa, e pelas mesmas mãos que codificaram suas leis e princípios!

O fato é que a Maçonaria continental jamais se conformou com tratamento tão esdrúxulo. Conseqüentemente, em 1730, esboçou-se, na França, a Maçonaria de Adoção, para as mulheres, em quatro graus. Outras Ordens surgiram depois,

como a de Moisés, em 1738, fundada por alemães, e a dos Lenhadores, em 1747, derivada dos Carbonários, na

Itália. Mais associações similares vieram depois, como a Ordem do Machado e a Ordem da

Felicidade, na França, cujo Grande Oriente acabou criando um novo Rito em 1774, chamado de Adoção, com seus regulamentos e sob o patrocínio de uma Loja Regular. Em 27 de Julho de 1786, o Conde Cagliostro

funda, em Lyon, França, a Loja-Master Sabedoria Triunfante, do Rito da Maçonaria

Egípcia, adaptado a homens e mulheres. E, finalmente, as Lojas de Adoção se espalharam por toda

a Europa e, depois, pela América do Norte; o movimento culminou com a fundação, em 4 de abril de 1893, pelo Dr. Georges Martim e sua esposa, da Ordem Maçônica Mista Internacional "O Direito Humano", também, conhecida por Co-Maçonaria Internacional, que outorga igual direito a homens e mulheres "livres e de bons costumes" e os admite no mesmo nível de igualdade. ?

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Pronúncia do Nome JeováPronúncia do Nome JeováO Tetragrama do Delta

Nilton Almeida

xiste um registro na bíblia judaico-cristã, onde o Deus de Moisés se

materializou aos seus olhos como um fogo sobre um arbusto e disse: "eu sou aquele que é", e, ainda, "eu sou me enviou até vós". Isso para uma mente não-treinada constitui um absurdo, pois algo que afirma que, apenas, é tem sentido vago, impreciso, e não pode ser associado com uma entidade de qualquer tipo. Em seu estado natural, sem a devida instrução, o homem tem pouca, ou nenhuma capacidade de lidar com o abstrato. Mas, por condicionamento mental, ele tem necessidade de, sempre, converter as informações que o rodeiam em símbolos. Tem tendência natural de nomear tudo o que encontra ao seu redor, para tudo há necessidade de criar um símbolo. E o Maçom sabe muito bem o quanto os símbolos são importantes para o processo cognitivo. Pelo dicionário, deus não é nome próprio, é substantivo masculino comum, por isso é escrito em letras minúsculas, só utilizando maiúscula quando for nome próprio. Daí o Deus do cristão poder ser representado por: Deus, Criador, o Todo-Poderoso, o Pai, o Pai Eterno, o Onipotente, o Altíssimo, e outros; até Jesus Cristo é

E confundido como se fosse o Deus dos israelitas. Para o judeu e seus peritos religiosos, o seu Deus

tem um nome que pode ser vertido como Javé, Iavé, Elohím, Adhonay, Jah, e outros.

Em língua portuguesa, é comum encontrar-se o nome próprio Jeová.

Aviltado pelo antropomorfismo generalizado e diante da confusão da

existência de miríades de deuses e santos, esbarra-se com as mais diversas linhas de

pensamento que defendem um número enorme de variações. Quando perguntado por Moisés, aquele deus se apresentou como aquele que, apenas, é. Isso tem semelhança com o conceito de Grande Arquiteto do Universo, o que não causa discussões vazias e tolas. Mas, para um simples operário, lavrador, criador de amimais é subjetivo e abstrato. O próprio Moisés solicitou que aquele Deus declinasse o nome quando em seu primeiro encontro. Inclusive ele, dotado de grande cultura, com todo o treinamento iniciático egípcio, com todo o conhecimento dos segredos e da cultura metafísica evoluída dos sacerdotes egípcios, privilégio, que a condição de adido da família real proporcionou, teve como primeira reação obter um símbolo para algo, que se identificou, apenas, como aquilo que, simplesmente, é. Isso facilita a dedução do porquê de o povo judeu dar-lhe um nome. Um deus sem nome já era incômodo

por razões racionais, intuitivas e naturais, mas era agravado sobremaneira, porque os vizinhos os tinham com nomes, e, como é comum entre as religiões, aqueles, certamente, desdenhavam do Deus de Moisés. Mesmo com a promessa de que um descendente obteria um nome para Ele, diante da realidade vivida nos desertos, os orgulhosos judeus exigiram que o seu Deus tivesse um nome, também. Daí inventou-se o Tetragrama hebraico Iod, He, Vau, He, escrito da direita para a esquerda, contrário ao padrão de escrita latinizado da esquerda para a direita, e que pode ser escrito IHVH, ou IHWH, ou, ainda, JHVH. Existem diversas maneiras de verter o Tetragrama do nome inefável em línguas latinas, mas dão, apenas, uma noção muito pobre de tradução escrita do nome do Deus de Israel.

As consoantes no nome original, que o Deus de Israel recebeu no deserto pelos seus adoradores, chegaram até nossos dias. O problema é a inexistência de vogais no hebraico original. E sabe-se que as consoantes não produzem sons, antes, elas alteram o som produzido pelas vogais. Apenas, as vogais produzem fonemas em resultado de símbolos gráficos. Fonema é som; letra é o sinal gráfico que representa o som. As incógnitas são quais vogais a combinar com as quatro consoantes. É um problema insolúvel, pois não existiam gravadores de som naquela época! As vogais eram introduzidas e usadas ao gosto de cada um. É de conhecimento geral que qualquer processo lingüístico é dinâmico no tempo; basta observar as gritantes diferenças existentes entre o português falado no Brasil e em Portugal, mesmo com as rígidas regras ortográficas estabelecidas em comum. Pela ausência de pontuações vocálicas, entre os próprios judeus da época de Moisés, já se foram estabelecendo mudanças quanto à correta fonação do Tetragrama. O hebraico só veio a utilizar-se de pontos vocálicos na segunda metade do primeiro milênio da Era Cristã, faz um pouco mais de um milênio. E esses pontos vocálicos introduzidos não fornecem a chave, para se pronunciar o nome inefável do Deus israelita exatamente, como faziam Moisés e seus contemporâneos.

Acrescente-se a isso que o próprio povo judaico, por excesso de zelo, estabeleceu como pecaminoso pronunciar o nome do Deus representado pelo Tetragrama. Inexistem provas cabais para determinar quando, exatamente, os judeus passaram a evitar a pronúncia do nome do seu Deus. Sabe-se que o excesso de zelo dos sacerdotes foi endurecendo, cada vez mais, as rígidas normas religiosas judaicas a tal ponto, que passaram a considerar que o nome de Deus fosse sagrado demais, para ser pronunciado por ordinários e imperfeitos mortais. Todavia, ao ler as Escrituras hebraicas, é fácil observar que os mais antigos escritores não tinham o menor receio de se utilizarem do Tetragrama nos escritos, que traduziam suas experiências metafísicas. Naquela época, o Tetragrama era usado tanto em escritos religiosos como em correspondência mundana. Existem estudos, que pretendem definir que o povo judaico passou a evitar proferir o nome inefável, quando do êxodo para a Babilônia, no ano 607 antes de Cristo, o que é falso e baseado numa tendência das Escrituras hebraicas apresentarem o nome cada vez menos. A data mais provável da abstenção do uso do nome é cerca do ano 270 antes de Cristo, mas, também, não passa de especulação. Resumindo: o nome passou a não ser usado por simples fanatismo.

Na introdução ao Pentateuco da Bíblia de Jerusalém, os autores afirmam que seria um absurdo exigir das tradições de um povo o que lhe propiciava sentimento de unidade e a base de sua fé, a precisão exigida por um historiador moderno. Em

contrapartida, seria errado, também, negar-lhes a verdade em decorrência do rigor técnico da historicidade. Todas as alegorias e fábulas da origem do universo e do homem do Pentateuco são partes do que convinha à mentalidade de um povo inculto, que se satisfazia com isso, para tentar explicar a origem do universo e de todas as coisas e criaturas. A Maçonaria usa de semelhante processo em suas instruções. Mas aquele povo carregava, em seus genes, a necessidade de nomear tudo o que o rodeava, daí exigirem um nome para o seu Deus. Com seus recursos de escrita, registraram o pentagrama, que representava o nome de seu Deus, e que só eles, os inventores, tiveram a capacidade de produzir o som correto da pronúncia dos fonemas representados.

A Maçonaria usa o nome Jeová ao referir-se ao Tetragrama, e nenhuma argumentação justifica o abandono do uso desse nome próprio, principalmente, em resultado de não se saber o seu som original, o que constitui uma insignificância, transmitida pelo próprio Moisés, quando em seu primeiro contato com o Deus que, apenas, é. Não se deve deixar de dar um nome, principalmente, se esse for o Deus que satisfaz às necessidades metafísicas individuais. Nomear as coisas, e, principalmente, aquilo que se considera o mais sagrado, a razão de existir, é uma necessidade física e emocional de cada um a sua maneira. O próprio uso freqüente, que fazem os mais diversos escritores dos livros da Bíblia, o justifica, haja vista que o Tetragrama aparece quase sete mil vezes, apenas, nas Escrituras hebraicas, ou Velho Testamento. Ademais, Jeová é um nome próprio, designativo de um ser, independente do que seja ou de como é. É um nome pessoal, para uso do cidadão que deseja um relacionamento pessoal com essa divindade. Reconhecendo a grave falha de retirar o nome do Incriado da Bíblia e do uso coloquial, apareceram traduções novas, como A Bíblia de Jerusalém, que introduziu o nome Iahweh. Já é um avanço, pois tanto faz o nome, que se dê: Iahweh ou Jeová são nomes próprios e em nada diminuem o valor, que seus adoradores lhe dedicam.

A maior liberdade é a preconizada pela Maçonaria por influência dos Iluministas. Na seara da discussão de detalhes, como dar um nome para aquele que, simplesmente, é, nada se adiciona na construção que dignifique o homem e sua sã racionalidade. O Século das Luzes, injustamente acusado de advento do ateísmo, é, na verdade, o início da libertação dos grilhões da pequenez humana, que discute detalhes da divindade, em nada melhorando as condições de vida moral do cidadão, antes, foi e é causa de guerras. O que de fato interessa é obter o laboratório próprio, para efetuar saltos no conhecimento, para propiciar eras de paz e tranqüilidade para a humanidade, no encontro ao desejo do desenho do Grande Geômetra. O despotismo combatido pela Maçonaria não admite, em seu meio, que se perca tempo com prospecção da pronúncia correta de um deus, por isso estabeleceu, como forma de atender às necessidades metafísicas de cada adepto, o conceito Grande Arquiteto do Universo, representando Jeová ou qualquer outro Deus, que o iniciado maçom tenha como resultado de suas necessidades espirituais.?

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Templo de Salomão, Ideais & CompromissosTemplo de Salomão, Ideais & CompromissosAntônio do Carmo Ferreira

ejo, com admiração, o esforço de muitos Maçons, no sentido de mostrarem que a Maçonaria tem tudo a

ver com o Templo de Salomão! A história chega a ser farta de menções a esse respeito. Numas passagens dessa história, até que existe relação, enquanto, noutras, melhor seria sequer insinuar. Por exemplo: no que se refere à participação nos trabalhos de construção da obra, os Maçons não estavam lá, não é porque não quisessem ou não tivessem sido chamados. Não, não foi isso. O motivo é outro. É que nos tempos da construção do Templo, ainda não havia a Instituição Maçônica. Vale a intenção, mas só isso. Pois seria chique e nobre a participação, caso, todavia, ela tivesse acontecido.

V

A construção do Templo de Salomão era um atendimento ao desejo do Grande Arquiteto do Universo, revelado por Davi no Capítulo 28, versículos 6 e 10 das I Crônicas (Velho Testamento). E essa meta foi perseguida. Era preciso construir aquela Casa Sagrada, para o encontro das criaturas com o Criador. A construção se desenvolveu, também, com esse objetivo. O Templo foi erigido no Monte Moriá, com a magnitude e o esplendor a que a Bíblia se reporta, embora haja quem discorde da mencionada suntuosidade, conforme apreciação de Ambrósio Peters em artigo publicado na edição nº 137 da revista maçônica O PRUMO.

No ano 586 a.C., aquele Templo foi destruído pelos guerreiros de Nabucodonosor. Porém, como os sonhos ninguém “deleta”, continuaram de pé. Assim é que, em 520 a.C., outro Templo, no mesmo local que o anterior, estava construído, passando à história, vinculado ao nome de Zorobabel. Dezenove anos antes da era cristã, Herodes mandou demolir esse segundo Templo, e, ali mesmo, fez construir um terceiro – o Templo de Jerusalém, em que Jesus, aos doze anos, encontrou-se com os doutores (Luc. 2, 46), e, tempos depois, expulsou, de sua porta, os vendilhões (Mat. 21, 12; Is. 56, 7 e Jer. 7, 11.). No ano 70 d.C., o comandante Tito mandou que suas legiões destruíssem o Templo de Jerusalém. As pedras e os tijolos foram demolidos e desarrumados, mas os ideais não se destroem. São compromissos que a honra cobra. Ainda estarão eles vivos perante o Grande Arquiteto do Universo?

Para aquela civilização, a vida só teria glória, honrando-se os sonhos e respeitando-se os compromissos. João chegou a escrever, em Apocalipse, sobre a fidelidade aos juramentos. Ele lembra o estabelecimento de um valioso prêmio, para os que fossem fiéis aos sonhos. Mas só para os que chegassem a ser fiéis até o último instante. Reza essa cláusula de fidelidade: “Sê fiel até o fim e ganharás o prêmio da vida” (Apoc. 2, 10.). Melhor que isso não há. Mas só para os que forem fiéis até o fim.

Conforme disse no caput deste artigo, a Maçonaria não estava na construção do Templo de Jerusalém, em nenhum dos três. Então, por que os Maçons gostariam tanto que isso tivesse acontecido? Desejam tanto, que deram à cadeira do Venerável Mestre, em suas Lojas, a condição de Trono do Poderoso Rei Salomão, quando sabemos que o Trono estava em Palácio do Rei e não no Templo. Mais ainda: na posse do Venerável, roga-

se a Deus que lhe dê inteligência e sabedoria para governar o seu povo, como parte do saber destinado ao Rei Salomão (II Cron. 1, 12).

O homem ingressa na Maçonaria para, em seu seio, aprender a ser justo, solidário, e, assim, trabalhar para tornar feliz a humanidade. Quer dizer, o homem se inicia para obter a oportunidade de se instruir na prática da virtude. E vai à Loja buscando isto. Submeter sua vontade e vencer as paixões, qualidades, que alcançadas, diagnosticam o estado de progresso a que chegou o Maçom.

É preciso respeitar os compromissos e se envolver com a colimação dos ideais da Ordem. O Maçom não estava na construção do Templo de Jerusalém, o de “pedra e cal”, mas essa ausência não o desobriga em nada. Ao contrário, mais exige o seu papel nas reconstruções. Continua de pé a convocação, para amar a Deus e ao próximo, cuja prática se auspiciava para aquele local. Construir um quarto Templo de Salomão, em Jerusalém, não está no roteiro da civilização. Mas fazer do corpo uma morada divina está ao nosso alcance e em nossas obrigações. Teremos que nos esforçar para que o objetivo seja alcançado. Transformar o coração em Morada do Senhor deverá ser sonho, e, ao mesmo tempo, realização de cada Maçom, inclusive, porque isso é decreto do Novo Testamento (I Cor. 3, 16).

Escreveu Michel Montaigne, em seu admirável livro dos Ensaios, que “a utilidade da vida não está na duração e sim no emprego que se lhe é dado”. Útil, pois, é a vida para a qual foi traçado um roteiro, naturalmente, que voltado para o bem, e esse foi seguido com determinação e perseverança.

Pensar no Templo de Jerusalém é importante. Não só por sua história, mas pelo significado de ser Casa de Deus, por cuja construção uma, duas, três vezes aquela civilização lutou, morreu e viveu. Legando esse denso Simbolismo à posteridade, de que não precisa, em nossos dias, buscar-se a construção de paredes, portas e telhas, mas a edificação, em cada ser, de um Templo para Deus, ainda mais majestoso que o de Salomão, Zorobabel e Herodes, em Jerusalém. Que seja isso, para todos, como é para o Maçom, um sonho e, ao mesmo tempo, inarredável compromisso com sua realização.?• o autor é acadêmico e escritor maçônico, Grão-Mestre do Grande Oriente Independente de Pernambuco e o Presidente da ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica.

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. Editora Maçônica A Trolha lançou, no mês de dezembro do ano passado, o Livro Manual de Banquete Ritualístico, de

autoria do nosso Irmão Paulo Roberto Marinho de Almeida – um dos maiores pesquisadores de Maçonaria da atualidade.

ARelato do autor: “Em nossas pesquisas seguimos as pegadas dos acontecimentos, das

particularidades e das narrativas com a devida prudência, registrando como verdadeiro o que está documentalmente provado e como provável aquilo que pudemos deduzir por raciocínio lógico e, em respeito às opiniões e às propostas de pesquisadores maçônicos fidedignos.”. ?

-------------- X -------------- nosso Irmão Wanderley Rebello Filho - Advogado, também, autor do livro "1988, O Verão das Latas de Maconha, o Processo",

lançou, em novembro de 2008, no Centro Cultura da Justiça Federal, no RJ, sua segunda Obra Literária pela Editora Letra Capital.

OTrata, o presente livro, do caso verdadeiro de Márcio, um jovem

de 19 anos que foi acusado, injustamente, de furto pela sua ex-namorada, filha de uma autoridade do poder judiciário. Para um crime cuja pena mínima é de 1 ano de reclusão, Márcio foi condenado a 6 anos e 6 meses de reclusão, mas ficou foragido. O autor fez uma Revisão Criminal e conseguiu a redução para a pena mínima, e o decreto de prescrição da pretensão punitiva. Márcio jamais foi preso! ?

-------------- X -------------- autor, nosso Irmão Celso Grinaldi Filho, é atualmente Gerente Nacional de Vendas de uma grande organização do segmento editorial. Possui mais de 30

anos de experiência em gerenciamento de grandes equipes de vendas, tendo como área de especialização as atividades de treinamento, planejamento e avaliação de desempenho dessas equipes.

O

Este livro, O VENDEDOR TALENTOSO, discorre sobre a necessidade de pensar como um vendedor, as suas opções de vendas, os passos iniciais e finais de uma venda, sobre o atendimento, sobre os tipos de compradores, sobre a arte de vender, as virtudes de um vendedor, os defeitos a serem evitados, os objetivos da venda, o merchandising, a construção do futuro do vendedor e enfatiza o Decálogo do Vendedor. Além de se estudar, em profundidade, as Técnicas de Venda, propriamente dita, o vendedor como imagem da empresa, como superar as objeções de uma venda, como evitar que surjam obstáculos para a venda, o planejamento do trabalho de venda, a busca da persistência e da criatividade, a promoção no ponto de venda e a relação Empresa/Vendedor Talentoso.

Agrega um Glossário de Termos Usuais em Vendas que o leitor não encontrará compilado em nenhuma obra similar. ?a b

a E-booksE-books bFaçam o download do e-book “Cavaleiros Templários – Os Pobres Soldados de Jesus Cristo e do Templo de Salomão, de autoria do Irmão Lázaro Curvêlo Chaves. Cliquem no link http://superdownloads.uol.com.br/download/63/cavaleiros-templarios-pobres-soldados-jesus-cristo-templo-salomao/

a Indicação de LivrosIndicação de Livros bIndico os livros “Manual de Banquete Maçônico” de autoria do Irmão Paulo Roberto Marinho de Almeida, pela editora “A Trolha” e “Abaixo do Sólio” de autoria do Eminente Grão-Mestre do G∴O∴I∴Pe∴, Irmão Antônio do Carmo Ferreira.

a Arte Real – Edições AnterioresArte Real – Edições Anteriores b As edições anteriores se encontram disponíveis para download no site www.entreirmaos.net e em vários sites maçônicos! ?

a b

Sobre Xícaras, Café e PessoasSobre Xícaras, Café e PessoasAutor desconhecido

m grupo de ex-alunos, todos muito bem estabelecidos profissionalmente, se reuniu para visitar um antigo

professor da universidade. Em pouco tempo, a conversa girava em torno de queixas de estresse no trabalho e na vida como um todo.

UAo oferecer café aos seus convidados, o professor foi à

cozinha e retornou com um grande bule e uma variedade de xícaras - de porcelana, plástico, vidro, cristal; algumas simples, outras caras, outras requintadas, dizendo a todos que se servissem. Quando estavam de xícaras em punho, o professor disse:

- Se vocês repararam, pegaram todas as xícaras bonitas e caras, e deixaram as simples e baratas para trás; uma vez que não é nada anormal que queiram o melhor para si, isso é a fonte dos seus problemas e estresse.

Tenham certeza de que xícaras em si não adicionam qualidade nenhuma ao café; na maioria das vezes, são, apenas, mais caras e, noutras, até ocultam o que estamos bebendo. O que todos, realmente, queriam era o café, não as xícaras, mas escolheram, conscientemente, as melhores. Então, ficaram de olho nas xícaras uns dos outros.

Agora pensem nisso: a Vida é o café; e os empregos, dinheiro e posição social as xícaras.

Elas são, apenas, ferramentas para sustentar e conter a Vida... e o tipo de xícara, que temos, não define, nem altera a qualidade de Vida, que vivemos. Às vezes, ao nos concentrarmos, apenas, nela, deixamos de saborear o café que Deus nos deu. Saboreiem o seu café! ?

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rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, comregistro na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta como mais um canal

de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, diretamente, via Internet, para mais de 12.000 e-mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores.

A

A partir desta edição, inaugura um novo ciclo! Após 22 edições ininterruptas, à guisa dos 22 Arcanos Maiores do Tarô, reveste-se com nova cara, nova diagramação, novo estilo, porém sem se desviar da qualidade de seu conteúdo, que a fez uma referência dentre as Revistas Maçônicas.Editor Responsável, Diagramação e Editoração Gráfica: Francisco Feitosa da Fonseca Revisão: João Geraldo de Freitas CamanhoColaboradores nesta edição: Antônio do Carmo Ferreira – Joaquim Gervásio de Figueiredo – Leon Fredja Szklorowsky – Nilton Almeida.

Empresas Patrocinadoras: Aldo Vídeo - Arte Real Software – CH Dedetizadora – CONCIV - CFC Objetiva Auto Escola – Livro (Wanderley Rebello F°) - Livro (Celso Grinaldi F°) - López y López Advogados - Maurílio Advocacia – Santana Pneus – Sul Minas Lab. Fotográfico. Contatos: E-mail - [email protected] Skype – francisco.feitosa.da.fonseca -

MSN – [email protected] ( (35) 3331-1288 Distribuição gratuita via Internet.

Os textos editados são de inteira responsabilidade dos signatários. ? Obrigado por prestigiar nosso trabalho. Temos um encontro marcado na próxima edição!!!