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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO – USF CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA CIVIL OTÁVIO LÚCIO DE OLIVEIRA CAMARGO UTILIZAÇÃO DE GPS DE NAVEGAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE MAPAS DE ESTRADAS RURAIS Dezembro de 2006

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO – USF

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

ENGENHARIA CIVIL

OTÁVIO LÚCIO DE OLIVEIRA CAMARGO

UTILIZAÇÃO DE GPS DE NAVEGAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE

MAPAS DE ESTRADAS RURAIS

Dezembro de 2006

OTÁVIO LÚCIO DE OLIVEIRA CAMARGO

UTILIZAÇÃO DE GPS DE NAVEGAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE

MAPAS DE ESTRADAS RURAIS

Monografia apresentada junto à Universidade São

Francisco – USF como parte dos requisitos para a

aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de

Curso.

Área de concentração: Topografia

Orientador: Susumu Morigaki

Itatiba SP, Brasil

Dezembro de 2006

ii

“Defeitos não fazem mal, quando há vontade e poder de os corrigir”.

Machado de Assis

iii

AGRADECIMENTOS

Ao concluir este trabalho, meus agradecimentos a prefeitura Municipal da Estância de

Socorro que gentilmente cedeu parte dos equipamento utilizados na concretização do

presente.

Em especial aos funcionários da Casa do Agricultor

iv

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS .................................................................................................... ...vii

LISTA DE TABELAS ................................................................................................... ...ix

LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS............................................................ ....x

RESUMO......................................................................................................................... ...xii

PALAVRAS-CHAVE..................................................................................................... ...xii

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................1

1.1 O GPS............................................................................................................................1

1.2 Finalidade do material obtido.....................................................................................2

1.3 Objetivos .......................................................................................................................2

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3

2.1 Funcionamento Do Gps ...............................................................................................3

2.1.1 Segmento Espacial ....................................................................................................3

2.1.2 Segmento De Controle ..............................................................................................5

2.1.3 Segmento De Usuário................................................................................................7

2.1.4. Receptores Gps.........................................................................................................8

2.2 Posicionamento Com Gps............................................................................................9

2.2.1 Trilateração Eletrônica ............................................................................................9

2.2.2 Posicionamento Básico..............................................................................................11

2.2.3 Calculo Do Posicionamento......................................................................................15

2.2.4 Tipos De Posicionamento .........................................................................................16

2.3 Erros Do Gps ................................................................................................................17

2.3.1 Erro Do Relógio.........................................................................................................18

2.3.2 Multicaminhamento..................................................................................................19

2.3.3 Erro Orbital...............................................................................................................19

2.3.4 Erro De Propagação .................................................................................................20

2.4 Diluição Da Precisão ....................................................................................................20

2.5 Sistemas Cartográficos ................................................................................................22

2.5.1 Superfície Terrestre ..................................................................................................22

2.5.2 Datum.........................................................................................................................24

2.5.3 Latitude E Longitude Geográfica............................................................................25

2.5.4 Sistema De Projeção ................................................................................................26

v

2.5.4.1 Sistema De Projeção Cônicas................................................................................27

2.5.4.2 Sistemas De Projeções Planas ...............................................................................27

2.5.4.3 Sistemas De Projeções Cilíndricas........................................................................28

2.6 Sistema De Coordenadas Utm ....................................................................................28

2.7 Dados Rinex..................................................................................................................31

3 METODOLOGIA DE GPS...........................................................................................33

3.1 Posicionamento Pontual ..............................................................................................33

3.2 Posicionamento Relativo ............................................................................................33

3.3 Posicionamento Em Tempo Real................................................................................34

3.4 Distâncias Entre Receptores .......................................................................................34

3.5 Gps Diferencial.............................................................................................................35

4 EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS EM CAMPO..........................................36

4.1 Descrição Dos Equipamentos......................................................................................36

4.2 Procedimento De Campo.............................................................................................38

5 CÁLCULOS EFETUADOS...........................................................................................41

5.1 Dados Do Gps Rhino 120.............................................................................................41

5.2 Dados Do Gtra E Garmin............................................................................................41

6 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS .......................................................................45

7 CONCLUSÃO............................................................................................ 48

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................49

APÊNDICE 1 – PLANTA DE ARTICULAÇÃO TRECHO 1 ......................................51

APÊNDICE 2 – ARTICULAÇÃO A TRECHO 1 ..........................................................52

APÊNDICE 3 – ARTICULAÇÃO B TRECHO 1 ..........................................................53

APÊNDICE 4 – ARTICULAÇÃO C TRECHO 1 ..........................................................54

APÊNDICE 5 – ARTICULAÇÃO D TRECHO 1 ..........................................................55

APÊNDICE 6 – ARTICULAÇÃO E TRECHO 1 ..........................................................56

APÊNDICE 7 – ARTICULAÇÃO F TRECHO 1...........................................................57

APÊNDICE 8 – ARTICULAÇÃO G TRECHO 1..........................................................58

APÊNDICE 9 – ARTICULAÇÃO H TRECHO 1..........................................................59

APÊNDICE 10 – ARTICULAÇÃO I TRECHO 1..........................................................60

APÊNDICE 11 – ARTICULAÇÃO J TRECHO 1 .........................................................61

APÊNDICE 12 - ARTICULAÇÃO K TRECHO 1........................................................62

APÊNDICE 13 - ARTICULAÇÃO L TRECHO 1 ........................................................63

vi

APÊNDICE 14 - PLANTA DE ARTICULAÇÃO TRECHO 2....................................64

APÊNDICE 15 – ARTICULAÇÃO A TRECHO 2 ........................................................65

APÊNDICE 16 – ARTICULAÇÃO B TRECHO 2 ........................................................66

APÊNDICE 17 - ARTICULAÇÃO C TRECHO 2........................................................67

APÊNDICE 18 - ARTICULAÇÃO D TRECHO 2........................................................68

APÊNDICE 19 – ARTICULAÇÃO E TRECHO 2 ........................................................69

APÊNDICE 20 – ARTICULAÇÃO F TRECHO 2.........................................................70

APÊNDICE 21 - ARTICULAÇÃO G TRECHO 2........................................................71

APÊNDICE 22 - ARTICULAÇÃO H TRECHO 2........................................................72

APÊNDICE 23 – ARTICULAÇÃO I TRECHO 2..........................................................73

APÊNDICE 24 – ARTICULAÇÃO J TRECHO 2 .........................................................74

vii

LISTA DE FIGURAS

2.1 Segmentos GPS.............................................................................................................3

2.2 Órbitas dos Satélites ....................................................................................................4

2.3 Segmento de controle GPS ..........................................................................................6

2.4 Localização na superfície com um satélite.................................................................10

2.5 Localização na superfície com dois satélites..............................................................10

2.6 Localização na superfície com dois satélites..............................................................11

2.7- Distância com dois satélites (situação ideal).............................................................13

2.8 Distância com dois satélites e erro no relógio do receptor .......................................13

2.9 Distância com três satélites (situação ideal)...............................................................14

2.10 Distância com três satélites e erro no relógio do receptor......................................14

2.11 Determinação da posição...........................................................................................15

2.12 Multicaminhamento...................................................................................................19

2.13 Alteração na propagação pela atmosfera ................................................................20

2.14 Diluição da precisão..................................................................................................21

2.15 PDOP...........................................................................................................................22

2.16 Conceito de Geóide e elipsóide..................................................................................23

2.17 Parâmetros de um elipsóide ......................................................................................23

2.18 Ajustamento de elipsóide local..................................................................................24

2.19 Visualização da latitude e longitude........................................................................25

2.20 Incremento de latitude e longitude ..........................................................................26

2.21 Transformação da superfície global para plana .....................................................26

2.22 Projeções cilindro e cone para planos ......................................................................27

2.23 Tipos de projeção cônica ...........................................................................................27

2.24 Tipos de projeções planas..........................................................................................28

2.25 Projeção cilíndrica .....................................................................................................28

2.26 Projeção UTM ............................................................................................................29

2.27 Detalhe do fuso e projeção UTM ..............................................................................30

2.28 Coordenadas UTM.....................................................................................................31

3.1 Linha Base ....................................................................................................................34

4.1 Receptor GTR-A ..........................................................................................................36

4.2 GPS Garmim Rhino 120..............................................................................................37

4.3 Garmin GPS12 .............................................................................................................37

viii

4.4 Obtenção dos dados de Campo...................................................................................38

4.5 Localização da Base Fixa.............................................................................................39

5.1 Resíduos da correção do trecho 1 – GPS Garmin.....................................................41

5.2 Resíduos da correção do trecho 2 – GPS Garmin.....................................................42

5.3 Resíduos da correção do trecho 1 – GPS GTRA.......................................................42

5.4 Resíduos da correção do trecho 2 – GPS GTRA.......................................................43

6.1 Erros absolutos em metros. Trecho 1.........................................................................45

6.2 Parte do trecho 1 ..........................................................................................................46

6.3 Parte do trecho 1 ..........................................................................................................46

6.2 Erros absolutos em metros. Trecho 2.........................................................................46

ix

LISTA DE TABELAS

2.1 Disponibilidade das efemérides precisas....................................................................7

2.2 Erros do GPS................................................................................................................18

2.3 Quantificação dos erros do GPS.................................................................................18

2.4 Elipsópide......................................................................................................................24

3.1 Média das discrepâncias..............................................................................................35

6.1 Médias dos erros obtidas no trecho 1, após o posicionamento relativo ..................45

6.2 Médias dos erros obtidas no trecho 2, após o posicionamento relativo ..................46

6.3 Médias dos erros obtidas no trecho 2, com o posicionamento relativo ...................46

x

LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

Letras gregas:

φ : Latitude Geodésica

λ : Longitude Geodésica

Abreviaturas:

NAVSTAR : NAVigation Satellite with Time And Ranging

GPS : Global Position System

GNSS : Global Navigation Satellite System

GLONASS : Global Navigation Satellite System

AS : Selective Availability – Disponibilidade Seletiva

DGPS : Diferencial GPS

PRN : Pseudo Random Noise

SVID : Space Vehicle Identif

C/A : Coarse/Aquisition – Facil Aquisição

CÓDIGO P : código Precise – Precisão

AS : Anti-spoofing Anti fraude

MCS : Máster Control Station

AAF : American Air Force

NIMA : National Imagery and Mapping Agency

IGS : International GNSS Service

DOP: Diluition of Precision Diluição de Precisão

SGB : Sistema Geográfico Brasileiro

SCN : Sistema Cartográfico Nacional

SAD69 : Sout America Datum de 1969 – Datum da América do Sul de 169

SISGRA200 : Sistema Geocêntrico para as Américas de 2000

IBGE : Instituuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

xi

N : Norte

S : Sul

E : Leste

W : Oeste

UTM : Universal Transverse Mercator

WGS-84 : World Geodetic System of 1984- Sistema Geodésico Mundial de 1984

RINEX : Receiver Independent Exchange Format

INCRA : Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

MS-DOS : Direct Operational System

CA : Computer Aid Design

GIS: Sistema de informações Geográficas

xii

RESUMO

O trabalho aqui proposto tem por objetivo melhorar a qualidade dos dados obtidos mediante o

uso de GPS de navegação para a elaboração de plantas de eixo de estradas rurais, com a

finalidade de se preparar plantas para cadastros de pequenas propriedades e pontos notáveis

das referidas estradas, com o propósito de auxiliar uma administração municipal a gerenciar a

área rural de pequenos municípios, a um custo baixo. Para atingir este objetivo será utilizado

uma técnica de correção dos dados coletados pelos aparelhos de GPS de navegação, técnica

conhecida por posicionamento relativo. Este presente trabalho não pretende de forma alguma

substituir os GPS, com precisão sub-métrica, pelos GPS de navegação, entretanto deseja-se

melhorar a precisão obtida com a utilização dos GPS de navegação, que são de fácil operação

e apresentam um custo reduzido.

PALAVRAS-CHAVE: GPS de Navegação, Rinex, Posicionamento Relativo

1

1 INTRODUÇÃO

1.1 O GPS

O Sistema de Posicionamento Global, em inglês “Global Posicion System”, também

conhecido pela sigla NAVSTAR (NAVigation Satellite with Time And Ranging) ou

simplesmente GPS como conhecido pela população em geral, é uma das técnicas existentes

para navegação e posicionamento global denominada de “Global Navigation Satellite

System.” (GNSS). Também existem, além do GPS, o “Global Navigation Satellite System”

(GLONASS) de propriedade dos russos e o GALILEU, em implantação pelos europeus, quais

não serão abordados no presente trabalho.

Segundo Figueiredo (2005), o GPS foi concebido pelo governo americano, no ano de 1973. O

primeiro satélite foi colocado em órbita em 1978, com a finalidade de uso militar, porém na

década de 90 seu uso foi difundido para a população em geral. A função deste sistema é a de

se determinar a posição de um ponto na superfície terrestre (coordenadas geográficas e

altitude), a qualquer horário e em qualquer lugar do planeta, independentemente das

condições meteorológicas.

Inicialmente, quando foi criado este sistema, introduziu-se um aumento proposital do erro de

posicionamento dos GPS, mas em maio de 2002, o governo norte americano retirou esse erro

chamado de Selective Availability – Disponibilidade Seletiva (SA), melhorando a precisão

posicional, de aproximadamente 150 m para 30 m, valores médios apresentados pelos

aparelhos conhecidos como GPS de navegação, ou recreacional. Deve-se ressaltar que

existem outros tipos de GPS, chamados de topográficos, e geodésicos, que apresentam

precisão sub-métrica, utilizando-se uma técnica chamada de posicionamento relativo, onde se

utilizam dois GPS.

No presente trabalho aplica-se esta técnica posicionamento relativo, porém, com a utilização

de aparelhos GPS de navegação, marca Garmin, devido ao seus custos serem muito menor,

em comparação com os GPS topográficos. Esses últimos por sua vez apresentam custo menor

que os GPS chamados de geodésicos, que são os aparelhos de melhor precisão existente no

mercado. Os resultados obtidos com o GPS de navegação serão comparados com os obtidos

com os dois GPS topográficos, no caso um par de GPS modelo GTR-A da empresa nacional

Tecgeo, com a posicionamento relativo executado pelo programa chamado Ezsurv da empresa

Viasat.

2

1.2 Finalidade do material obtido

Com a precisão pretendida, os mapas, podem ser utilizados, como por exemplo, para indicar

pontos de adensamento populacional na zona rural, trechos das estradas comumente sujeitos a

degradação, otimização de coleta de lixo e transporte de alunos, auxiliando uma

administração municipal a organizar a sua operação junto a área rural, sem a necessidade de

alto investimento na elaboração da planta de uma área rural.

Estes dados de posicionamento global são de extrema importância para um Sistema de

informações Geográficas (GIS), que é uma a ferramenta de grande auxílio a qualquer

administrador público, indiferentemente da esfera em que ele atue e do tamanho do local a ser

administrado.

Pretende-se criar uma planta, de um trecho, de uma estrada municipal, localizada no

município de Socorro, estado de São Paulo.

1.3 Objetivos

O objetivo principal do presente trabalho é a elaboração de mapas de estradas rurais,

utilizando-se do “Global Posicion System” (GPS) de navegação, com uma precisão aceitável,

da ordem de 1 a 3 metros, quanto à localização dos eixos das estradas, para que, em uma

segunda etapa, possam ser indicados nestes mapas, a localização das propriedades rurais e

pontos notáveis existentes ao longo de uma estrada.

3

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Funcionamento do GPS

O GPS é composto de três segmentos principais, como ilustrado na fig 2.1, sendo o segmento

espacial a constelação de satélites artificiais existentes na órbita da terra; o segmento de

controle, são as unidades terrestres responsáveis pela manutenção e operação do sistema, e o

segmento de usuário que é formado pelos receptores comerciais (ROCHA 2002).

Figura 2.1 – Segmentos GPS

Fonte: Figueiredo (2006)

2.1.1 Segmento espacial

O segmento espacial é composto por um grupo de 24 satélites, distribuídos em 6 planos

igualmente separados, com quatro satélites cada um, conforme Fig. 2.2, a uma altitude de

aproximadamente 20.200 km. Estes planos estão distribuídos a 55° em relação ao Equador,

formando uma constelação de satélites com órbita de 12 horas siderais. Com esta formação,

sempre é possível a captação dos sinais de pelo menos quatro satélites, a qualquer hora do dia

e em qualquer posição do globo terrestre, permitindo, assim, que o GPS possa ser usado

globalmente a qualquer hora e em qualquer local.

4

Figura 2.2 Órbitas dos Satélites

Fonte: Figueiredo (2006)

Como um dos princípios dos GPS é a medição de tempo, para que possa ser medida a

distância do ponto da superfície até o satélite, cada satélite possui relógio atômico de altíssima

precisão, baseado em pulsos atômicos de césio e rubídio.

Conforme cita Figueiredo (2005), a identificação de cada satélite faz-se mediante um sinal

conhecido por PRN (Pseudo Random Noise), que em português pode ser traduzido como

ruído falsamente aleatório ou pelo SVID (Space Vehicle Identificaton) é por meio deste sinal

que os aparelhos de GPS identificam os números dos satélites e os indicam no visor.

Publicações técnicas e os dados disponíveis na internet, geralmente utilizam o PRN para a

indicação do satélite.

Cada satélite emite dois sinais de ondas de rádio que são conhecidos por observáveis, que

apresentam duas freqüências portadoras diferentes, chamadas de L1 e L2.

O código PRN está modulado nas duas portadoras, já o sinal chamado de C/A (Coarse/

Aquisition – Facil Aquisição), está disponível apenas na portadora L1. É mediante o C/A que

os usuários civis determinam seu posicionamento, atualmente este sinal não possui

criptografia, era mediante a inserção S/A (Selectiv Availabilit – disponibilidade seletiva),

desligado em maio de 2002, no sinal C/A, que o governo norte-americano degradava a

precisão dos aparelhos de GPS.

Como citado por Mônico (2000), também, existe o código P (Precise – Precisão) de uso

restrito aos militares e usuários autorizados, o qual possui comprimento de onda menor que o

do código C/A, melhorando assim a precisão das medidas. Este código pode estar

5

criptografado, chamado então de código Y, não disponível para uso civil, este modo de

operação é denominado de modo AS (Anti-spoofing Anti fraude).

Também estão presentes nas portadoras, as mensagens de navegação que são sinais com

informações da posição do satélite a cada instante, referentes a propagação dos sinais pela

ionosfera, informações para correção dos erros dos relógios dos satélites e situação

operacional dos mesmos, esses dados são conhecidos como efemérides. Como nestas

mensagens contém a posição dos satélites e uma informação temporal, os receptores

conseguem determinar a distância entre o GPS e os satélites, e desta maneira determinam a

posição do receptor na superfície terrestre.

2.1.2 Segmento de Controle

O segmento de controle operacional (Operational Control System OCS) é composto de uma

estação principal, diversas estações de controle, localizadas próximas a linha do equador, Fig

2.3, que, segundo Albuquerque (2003), tem por finalidade executar as seguintes tarefas:

O monitoramento e controle contínuo dos satélites

Determinar o Tempo GPS

Prever as efemérides dos satélites, calcular as correções dos respectivos relógios e

atualizar sistematicamente as mensagens de navegação de cada satélite

Como cita Figueiredo (2005), o sistema de controle possui uma estação principal (MCS

Master Control Station) situada em Colorado Springs, Colorado; cinco estações de

monitoramento, localizadas no Hawaii, Colorado Springs, Ascension Island, Diego Garcia e

Kwajalein, sendo que estas últimas três possuem antenas para transmissão de informações

para os satélites. Estas cincos estações são de propriedade da AAF (American Air Force).

Também existem mais sete estações de monitoramento do NIMA (National Imagery and

Mapping Agency).

6

Figura 2.3 – Segmento de controle GPS

Fonte: FIGUEIREDO (2006)

Todas as estações de monitoramento são equipadas com receptores de dupla freqüência,

recebem os sinais das portadoras L1 e L2, também possuem osciladores, que formam os

relógios de alta precisão, os sinais de todos os satélites visíveis são coletados e transmitidos

para a MCS. De posse destes dados o MCS calcula a órbita exata de cada satélite, estes

cálculos se fazem necessários devido às variações que ocorrem, geralmente por fatores tais

como: atração da gravidade da Lua e do Sol e pressão da radiação solar sobre os satélites.

Também, é verificada a precisão dos relógios de cada satélite.

Seqüencialmente, estas informações são retransmitidas para os satélites, que as reenviarão

para os aparelhos receptores. Os dados orbitais retransmitidos para os satélites são conhecidos

por efemérides transmitidas (brodcast ephemeris), que apresentam precisão da ordem de

aproximadamente 160 cm, segundo dados do International GNSS Service (IGS), como

mostrado na Tab. 2.1. Além das efemérides captadas pelos receptores, que são resultados das

retransmissões dos satélites, existem as efemérides precisas.

As efemérides precisas são resultados de correções elaboradas nas órbitas dos satélites por

órgãos como o IGS. Tais correções, que incluem as defasagens dos relógios dos satélites, são

disponibilizadas gratuitamente na internet, com as precisões e intervalos indicados na Tab 2.1.

Mediante a utilização das efemérides precisas é possível melhorar a acurácia dos dados

posicionais obtidos pelos receptores. Mas este tipo de refino de qualidade não será abordado

no presente trabalho.

7

Tabela 2.01- Disponibilidade das efemérides precisas

Fonte: igscb.jpl.nasa.gov/components/prods (2006)

2.1.3 Segmento de Usuário

O segmento usuário é formado por todos os que se utilizam de equipamento de GPS,

independentemente de sua finalidade, seja ela civil ou militar.

Como já citado, basicamente, neste segmento tem-se um equipamento capaz de fornecer o

posicionamento e a altitude imediata, em qualquer parte do globo a qualquer hora, porém, a

precisão e exatidão deste cálculo de posicionamento varia de acordo com o equipamento e a

técnica utilizada para este cálculo.

No mercado existe uma vasta gama de receptores GPS, com preço variando poucas centenas

de dólares a milhares de dólares. Este trabalho, em síntese, está focado no cálculo com

receptores de baixo custo, conhecidos por GPS de navegação, ou recreacional, mesmo nesta

família de equipamentos existe uma grande variação de preços, pois além da precisão do

equipamento, muitos trazem uma grande quantidade de recursos, fato que influencia

diretamente no custo do equipamento.

Como exemplo, utilização de GPS de navegação para fins que não o de posicionamento

global, pode-se citar a medição, porém imprecisa, de área rural para fins de agricultura.

Atualmente muitos pequenos agricultores utilizam-se dos modelos de GPS de navegação, que

8

apresentam dentre muitas outras funções, o cálculo de área para a estimativa dos insumos

necessários para uma lavoura, seja ela de pequeno, médio ou grande porte. De acordo com

Salomoni (200?, p 2) “Em geral, o que se sabe é que quanto maior a área, menor o erro

percentual”.

2.1.4. Receptores GPS

Como uma primeira distinção dos receptores pode-se classifica-los em: (MÔNICO 2000)

Receptores de uso militar

Receptores de uso civil

No quesito aplicação temos:

Receptor de navegação, ou recreacional, também conhecido por GPS de “mão”

Receptor Topográfico

Receptor Geodésico

Receptor de sistema de informações geográficas

Receptores de aquisição de tempo

Quanto ao tipo de dados recebidos pode ser encontrado:

Receptor de código C/A

Receptor de portadora L1

Receptor de código C/A e portadora L1

Receptor de portadoras L1 e L2

Receptor de código C/A e portadoras L1 e L2

Receptor de código C/A e P e portadoras L1 e L2

Receptor de portadora L1; e

Receptor de portadora L1 e l2

Deve-se salientar que o importante é que o usuário tenha conhecimento exato de precisão que

irá obter, para que o resultado final do levantamento atinja seu objetivo, dentro dos limites de

erros aceitável para tal aplicação.

9

Os receptores de navegação, que são os de menor custo, diferem, dentre outras características,

do fato de tais aparelhos não registrarem as observações dos satélites de maneira bruta, estas

observações são utilizadas no cálculo do posicionamento, geralmente mostrado em um visor,

e em seguida são descartadas. Devido a esta característica, neste trabalho será utilizado um

computador para armazenar estas observações, de maneira que no laboratório, possam ser

resgatadas e processadas com a finalidade de obtenção de um posicionamento mais preciso.

Outra diferença significativa entre aparelhos é a qualidade, entenda-se precisão, dos relógios

dos receptores, sendo que quanto mais inferior esta qualidade, maior o erro obtido no

posicionamento. Também, os GPS ditos de navegação não apresentam determinados filtros,

que em função das informações recebidas dos satélites, rejeitam dados com qualidades

duvidosas, ou inferior a determinados parâmetros programáveis, segundo Salomoni (200?).

2.2 Posicionamento com GPS

O GPS, embora seja um sistema relativamente novo e que utiliza alta tecnologia para sua

construção e operação, tem seu princípio baseado na triangulação de distâncias. O receptor

GPS determina sua localização usando como referência o posicionamento dos satélites no

espaço cartesiano. O equipamento no solo calcula a distância entre a posição do receptor e a

posição dos satélites na órbita terrestre, ou seja, os satélites operam como pontos referênciais,

como relata Figueiredo (2005, p 17) “se determinarmos as distâncias de um ponto de posição

desconhecida a três outros pontos de posição conhecida, então podemos determinar a posição

do ponto desconhecido”, este processo é chamado de trilateração eletrônica.

2.2.1 Trilateração eletrônica

Conhecendo-se a distância e a posição de apenas um satélite, por exemplo 20.000 km, nossa

posição fica limitada a uma superfície esférica de raio igual a 20.000 km, como mostrado na

Fig 2.4.

10

Figura 2.4 Localização na superfície com um satélite

Fonte: Figueiredo (2005)

De posse do conhecimento da distância e posição de um segundo satélite, por exemplo 21.000

km, formando-se uma outra esfera onde pode-se encontrar nossa posição atual, como a

intersecção das duas esferas, no exemplo uma de 20.000 km e outra de 21.000 km é composta

por uma circunferência, a posição, agora está restrita a esta circunferência, como indicado na

Fig 2.5.

Figura 2.5 Localização na superfície com dois satélites

Fonte: Figueiredo (2005)

A partir do momento que se conhece a posição e distância de um terceiro satélite, como

exemplo 22.000 km, a esfera de raio de 22.000 km irá interceder a circunferência formada

11

pelas esferas de 20.000 km e 21.000 km em apenas dois pontos, como pode ser visto na Fig

2.6.

Figura 2.6 Localização na superfície com três satélites

Fonte: Figueiredo (2005)

Mas como pode-se notar, resta ainda um problema, não se pode estar em dois lugares ao

mesmo tempo, porém, esta dúvida é facilmente sanada, pois em uma destas posições é

impossível de estar e geralmente está localizada no espaço. Os equipamentos GPS estão

programados para identificar qual dos dois pontos deve ser descartado. Será informado,

adiante, que se faz necessário um quarto satélite para um posicionamento correto, mas não

com a finalidade de resolver a distinção entre estes dois pontos.

Mesmo em movimento na órbita da terra, os satélites enviam sua posição instantânea para os

receptores, pois tais satélites calculam, com ajuda do segmento de controle, localizado na

superfície, sua posição no espaço e a enviam para os receptores, que realizam os cálculos no

solo terrestre quase que instantaneamente.

2.2.2 Posicionamento básico.

A distância entre o receptor e o satélite é determinada usando-se o conceito básico de física:

“distância é igual a velocidade vezes tempo”. A velocidade de propagação de uma onda

eletromagnética é de 300.000 km/s, para o vácuo total, porém precisa-se determinar o tempo

12

com uma grande precisão, pois um erro de 1/100 de segundo pode-se gerar um erro de até

3.000 km na determinação de uma distância (FIGUEIREDO 2005).

Os satélites possuem relógios de altíssima precisão, da ordem de 10-12 segundos, conhecidos

por relógios atômicos, pois esta precisão é obtida mediante a contagem dos pulsos atômicos

de cristais de Césio ou Rúbio. Estes relógios chegam a custar até centenas de milhares de

dólares, cada satélite possue até quatro destes relógios, que sempre trabalham em conjunto

com os relógios dos outros satélites, devido ao sincronismo coordenado pelas estações de

controle terrestre. Este sincronismo entre todos os satélites e dos receptores que deveriam

serem iguais, são conhecidos por tempo GPS.

Devido ao alto custo, obviamente, os receptores não são equipados com relógios atômicos, e

sim com relógios com erros da ordem de 10-9 segundos, o que é considerado grande para o

posicionamento, porém, estes erros são quase que completamente eliminados com a utilização

de um quarto satélite. Pois, apenas três satélites seriam suficientes para que possa se

determinar a posição cartesiana do receptor.

Para melhor compreensão da importância do quarto satélite, o sistema tri-dimensional será

simplificado para um sistema bi-dimensional (um plano), também ao invés de se analisar as

distâncias, será mostrado o tempo que na realidade, como já explanado, é através dele que se

determina as distâncias entre receptores e satélites. Neste exemplo está sendo utilizado

grandezas da ordem de segundos, no sistema real, estes valores são da ordem de milésimos de

segundo. Na prática o sinal de um satélite, localizado a cerca de 20.200 km da superfície

terrestre, leva cerca de 0,066 segundo para atingir um receptor no solo (FIGUEIREDO 2005)..

Supondo-se um satélite a 3 segundos e outro a 2 segundos, estes tempos são os que

representam a distância real, o posicionamento obtido é mostrado na Fig 2.7, porém ,isto só

ocorreria se todos os relógios dos satélites e do receptor estiverem em perfeito sincronismo,

fato que não ocorre na prática.

13

3 seg 2 s

eg

Posição real

Figura 2.7- Distância com dois satélites (situação ideal)

Fonte: Adaptado de Figueiredo (2005)

Admitindo-se um atraso no relógio do receptor de 0,5 segundos, lembrando-se que este valor

é hipotético, pois na prática este valor é da ordem de milesegundos, este valor acarretará um

erro, como indicado na Fig 2.8. As distâncias, aqui representadas por grandezas temporais,

são denominadas no linguajar dos GPS de pseudo-distâncias, pois trata-se de uma distância

que apresenta erro em sua determinação.

tempo correto

t em

po

er ra

do

3,5

se

g

Posição real

3 seg

tem

po c

orr

eto

Posição errada

2 s

eg

2,5 seg

tempo errado3 seg 2

seg

Figura 2.8 Distância com dois satélites e erro no relógio do receptor

Fonte: Adaptado de Figueiredo (2005)

Introduzindo-se um terceiro satélite, no sistema bi-dimensional, que na prática é o quarto

satélite necessário para o posicionamento, uma situação ideal pode ser visualizada na Fig 2.9.

14

Representando 4° satélite

2,5 seg

3 seg 2 s

eg

3 seg 2 s

eg

Posição real

Figura 2.9 Distância com três satélites (situação ideal).

Fonte: Adaptado de Figueiredo (2005)

Considerando-se o mesmo erro hipotético de 0,5 segundos, a situação torna-se a mostrada na

Fig 2.10, porém, como pode ser visto, não é possível estar, ao mesmo tempo, a 3,5 segundos

do primeiro satélite, 2,5 segundo do segundo satélite e 3 segundos do terceiro satélite.

tempo correto3

,5 s

eg

t em

po

err a

do

Posição errada

Representando 4° satélite

tempo correto

tempo errado

2,5 seg

3 seg

Posição real

3 seg

tempo errado

tem

po c

orr

eto

2 s

eg

2,5 seg3 seg

3 seg

3 seg

Figura 2.10 Distância com três satélites e erro no relógio do receptor

Fonte: Adaptado de Figueiredo (2005)

Para solucionar tal problema os receptores de GPS são equipados com rotinas que detectam

estes tipos de equívocos, e automaticamente, mediante um algorítmico, previamente

implantado, são capazes aumentar, ou diminuir, o tempo de medição das distâncias até

obterem a posição correta, descobrindo assim, que seu relógio interno está com erro de 0,5

segundo.

2.2.3 Cálculo do Posicionamento

15

Adotando-se a mesma simplificação do item 2.2.2, ou seja, resumindo-se um sistema

cartesiano de três eixos para um de dois eixos. Sendo conhecida duas coordenadas, pontos S1

e S2, correspondente a dois satélites, e um ponto com coordenadas desconhecidas, ponto P,

Fig 2.11, o qual deseja-se determinara suas coordenadas.

Figura 2.11 Determinação da posição

Fonte: Figueiredo (2005).

Na Fig 2.11, pode-se visualizar dois triângulos, PAS1 e PBS2 , sendo um de seus lados, d1 e

d2, correspondentes as pseudo distâncias calculadas pelo GPS Os demais lados são

determinados pelas Eq 2.1 a 2.4:

PA= |x-x1| (2.1)

AS1= |y-y1| (2.2)

PB= |x-x2| (2.3)

BS2= |y-y2| (2.4)

Utilizando-se a relação de triângulos retângulos obtêm-se as Eq 2.5 e 2.6:

d12= (x-x1)

2+( y-y1) 2 (2.5)

d22= (x-x2)

2+( y-y2) 2 (2.6)

A solução de sistema de duas equações, Eq 2.5 e 2.6, e duas incógnitas x e y, determinam a

posição onde se encontra o receptor de GPS. Embora, por se tratar de um sistema de segundo

16

grau, encontram-se duas soluções para cada incógnita, o receptor possui meios para desprezar

uma das soluções, pois será correspondente a uma posição absurda. (FIGUEIREDO 2005).

Utilizando-se para três eixos o mesmo raciocínio, tem-se as Eq 2.7 a 2.9:

d12= (x-x1)

2+( y-y1) 2+( z-z1)

2 (2.7)

d22= (x-x2)

2+( y-y2) 2+( z-z2)

2 (2.8)

d32= (x-x3)

2+( y-y3) 2+( z-z3)

2 (2.9)

Onde x, y e z são as coordenadas do ponto de localização do equipamento receptor, tendo

como centro do sistema de eixo, um ponto correspondente ao centro de massa da terra.

Porém, o que ocorre na realidade é um sistema com quatro satélites, que resultam em quatro

equações no mínimo, como indicada pelas Eq 2.10 a 2.13:

d12= (x-x1)

2+( y-y1) 2+( z-z1)

2 +v.dtrec (2.10)

d22= (x-x2)

2+( y-y2) 2+( z-z2)

2 +v.dtrec (2.11)

d32= (x-x3)

2+( y-y3) 2+ ( z-z3)

2 + v.dtrec (2.12)

d42= (x-x4)

2+( y-y4) 2+ ( z-z4)

2 + v.dtrec (2.13)

Sendo v a velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas e, dtrec a quarta variável

correspondente ao erro de sincronismo entre o relógio do receptor e do satélite.

Na prática, os receptores possuem capacidade para receber mais de quatro satélites ao mesmo

tempo, a grande maioria recebe 12 satélites ao mesmo tempo. Isto faz com que o tempo para o

cálculo de posicionamento seja reduzido e, também melhore significativamente a precisão do

posicionamento

2.2.4 Tipos de Posicionamento

A técnica que se utiliza para a determinação da localização do GPS, instantaneamente,

utilizando-se a metodologia descrita no item 2.2.2 é denominada de “Posicionamento por

código” ou “Posicionamento por pseudo-distâncias” ou mesmo “Posicionamento absoluto”.

Neste caso, utiliza-se os códigos C/A, disponível na portadora L1, para os cálculos das

pseudo-distâncias, mede-se apenas o tempo de propagação das ondas eletromagnéticas. Esta

metodologia de cálculo é suficientemente precisa para a determinação do posicionamento com

uma precisão métrica, sendo imprópria para aplicações topográficas ou geodésicas.

17

Para melhorar este posicionamento deve se utilizar da técnica conhecida por “Posicionamento

por fase da portadora” ou “Posicionamento relativo interferométrico”. Esta técnica determina

a distância verdadeira entre o receptor e o satélite, utilizando a própria onda portadora, na

verdade a diferença de fase entre as portadoras L1 e L2, contando-se os ciclos das mesmas

para a determinação da distância entre receptor e satélite. Como este processo envolve

receptores de alto custo, seu funcionamento não será abordado no presente trabalho

(ALBUQUERQUE 2003).

2.3 Erros do GPS

Pelo exposto até o presente momento, viu-se que o sistema apresenta um erro devido a

diferença da precisão entre os relógios do receptor e do satélites, o que pode ser facilmente

reduzido, inclusive os dos relógios satélites. Porém, na prática de fato tem-se mais erros, além

destes dos relógios, que são de difícil determinação e minimização.

Os erros podem ser do tipo sistemáticos, grosseiros e os aleatórios. Os grosseiros são

facilmente eliminados, pois são de fácil percepção. Os erros sistemáticos são parametrizados

e depois são reduzidos mediante a utilização de técnicas apropriadas, como exemplo tem-se a

correção dos atrasos dos relógios.

Ainda restam os erros aleatórios que são inevitáveis, e de difícil redução, sendo eles os

maiores responsáveis pela imprecisão final do GPS.

Também ocorrem erros resultantes da maneira com que os equipamentos são operados, sendo

assim de extrema importância o treinamento dos operadores, caso se deseje uma precisão

maior.

Conforme indica Figueiredo (2005), os principais erros inerentes ao sistema, estão listado na

Tab 2.2.

18

Tabela 2.2- Erros do GPS

Fonte Erros

Satélite Erro da órbita Erro do Relógio Relatividade Atraso entre as duas portadoras no hardware

Propagação do sinal Refração troposférica Refração ionosférica Perdas de ciclos Multicaminhamento ou sinais refletidos Rotação da terra

Receptor/Antena Erro do relógio Erro entre os canais Centro de fase da antena

Estação Base Erro nas coordenadas Multicaminhamento Marés terrestres Movimento do pólo Carga dos oceanos Pressão atmosférica Fonte: FIGUEIREDO (2005)

A quantificação dos principais erros dos GPS estão indicadas na Tab 2.3.

Tabela 2.3 Quantificação dos erros do GPS

Fonte CEUB (19??)

A seguir são apresentadas as definição dos principais erros inerentes ao GPS

2.3.1 Erro do relógio

Os erros dos relógios do satélite referem-se ao não-sincronismo dos relógios dos

satélites com o sistema de tempo GPS, em que a diferença pode ser, no máximo, de 1

milisegundo, como cita MÔNICO (2000).

19

Nos receptores o erro do relógio, provém da deriva (marcha) dos osciladores internos

desses relógios, que diferem do tempo GPS. Estes erros são eliminados no

posicionamento relativo.

2.3.2 Multicaminhamento

Este tipo de erro ocorre devido a reflexão do sinal do satélite em uma superfície próxima ao

receptor, vide Fig 2.12, que somado ao sinal original pode degradar a qualidade do

posicionamento.

Uma maneira de se reduzir este erros é a utilização de um conjunto especial de antenas, como

cita Mônico (2000).

Figura 2.12. Multicaminhamento

Fonte CEUB (19??)

2.3.3 Erro orbital

O erro orbital ou erro de efemérides, compreende as discrepâncias entre a órbita verdadeira

dos satélites e as efemérides transmitidas, em tempo real, para a o usuário.

Para a redução deste erros basta que se utilize as efemérides precisas, o inconveniente é que

tais dados só são disponíveis com um determinado tempo de atraso, como mostrado na Tab

2.1.

20

2.3.4 Erro de propagação

Os sinais emitidos pelos satélites são ondas eletromagnéticas, que se propagam na velocidade

igual a 300.000 km/s no vácuo. Porém, a nossa atmosfera não é um vácuo. Essas ondas

atravessam a ionosfera e a troposfera. Como cada uma destas camadas possuem

características diferentes, o que acarreta propagações não uniformes, como exemplificado na

Fig 2.13, alterando a velocidade de propagação dos sinais. Como o GPS trabalha com

medição de tempo isto causa um erro no posicionamento (SEEBER & ROMÃO 1997)

Figura 2.13 Alteração na propagação pela atmosfera

Fonte : Macedo et al (200?)

Monico (2000), cita que somente o erro da refração troposférica, pode variar de poucos

metros até cerca de 30 m, dependendo da densidade da atmosfera e posição dos satélites.

Para a redução dos erros provocados pela atmosfera existem modelos matemáticos que

simulam estes erros, mediante programas computacionais, estas simulações são aplicadas aos

dados recebidos, de maneira a reduzirem tais erros.

2.4 Diluição da precisão

Diluition of Precision DOP é uma grandeza adimensional, cuja finalidade é a de uma contínua

avaliação da melhor ou pior, disposição da geometria espacial dos satélites, que influenciarão

21

diretamente a precisão das coordenadas de posicionamento obtidas pelo receptor (ROCHA

2002)

Os DOPs são divididos em:

GDOP: Efeito combinado da geometria e tempo

HDOP: precisão da determinação do posicionamento horizontal;

VDOP: precisão da determinação do posicionamento vertical;

PDOP: precisão da determinação tridimensional e

TDOP: precisão da determinação do tempo;

O DOP é interpretado como o inverso do volume de um tetraedro formado pelas posições de 4

satélites tendo como vértice o ponto onde encontra-se receptor, como mostrado na Fig 2.14.

Sendo que, um valor maior indica que o resultado da medição poderá ser pior

Figura 2.14 Diluição da precisão

Fonte :adaptado de MONICO (2000) por MACEDO et al (200?)

Na prática, entre os DOP, o mais observado é o PDOP, é principalmente através dele que

pode se planejar uma melhor coleta de dados em campo. Este planejamento é feito mediante

programas, que em função das coordenadas aproximadas, do local onde se pretende coletar

dados, indicam dias e horários onde a geometria dos satélites estarão melhor, mediante o

fornecimento dos valores de PDOP, bom ou ruim, como mostrado na Fig 2.15

22

Figura 2.15 - PDOP

Fonte :adaptado de Monico (2000) por MACEDO et al. (200?)

2.5 Sistemas cartográficos

Até o presente momento, fora citadas por diversas vezes que o GPS determina a posição do

receptor na superfície da terra, porém, não foram indicados os critérios que regem este

posicionamento. Esses critérios são definidos pela cartografia, sendo que a seguir serão

explanados alguns conceitos básicos de cartografia, pertinentes ao GPS.

2.5.1 Superfície Terrestre

A superfície terrestre é formadas pelos oceanos, vales, montanhas, planícies e demais

ambientes naturais, não possui características que possam ser perfeitamente expressas em uma

fórmula matemática, como a que define uma “circunferência achatadas nos pólos”, que é a

definição usual da forma da terra.

Para representar a crosta terrestre usa-se o conceito de geóide, sendo este definido como a

linha média das mares, mesmo esta linha média é difícil de ser matematicamente definida.

Como representação do geóide, tem-se uma superfície matematicamente definida conhecida

por elipsóide. Porém para cada trecho da superfície terrestre temos um elipsóide que mais se

aproxima do geóide, como pode ser visto na Fig 2.16 (SANTOS 2006).

23

Figura 2.16 Conceito de Geóide e elipsóide

Fonte: Adaptado de Santos (2006)

O elipsóide, ou superfície de referência elipsoidal, utilizada para escala de mapas de 1:5.000

até 1: 1.000.000, como citado em Santos (2006), que corresponde a escala que se pretende

elaborar mapas neste trabalho, é formada por uma figura matematicamente simples,

genericamente representada na Fig 2.17.

Figura 2.17 Parâmetros de um elipsóide

Fonte: Hasenack (19??)

O elipsóide é definido pelo seu semi-eixo maior (a) e semi-eixo menor (b) ou pelo seu

achatamento (f) e seu semi-eixo maior.

Como a superfície da terra não é perfeitamente elíptica, um elipsóide global não é perfeito

para se utilizar em todo o globo terrestre, sendo assim, criou-se o conceito de elipsóide local,

que na prática é um elipsóide que melhor se adapta a uma determinada região do globo,

ilustrado na Fig 2.18 e Tab 2.3

24

Figura 2.18 Ajustamento de elipsóides local

Fonte: Figueiredo (2005).

Os parâmetros dos principais elipsóides, utilizados no Brasil, são mostrados na Tab. 2.4.

Tabela 2.4 – Elipsóide

Fonte: HASENACK (19??)

Atualmente o SISTEMA GEOGRÁFICO BRASILEIRO (SGB) e o SISTEMA

CARTOGRÁFICO NACIONAL (SCN), encontram-se em transição do SOUT AMERICA

DATUM de 1969 (SAD69) para ao Sistema Geocêntrico para as Américas de 2000

(SISGRA2000), conforme indica a resolução n° 1/2005 do presidente do Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE).

2.5.2 Datum

Como define Beraldo & Soares (1996, p. 113) “Datum horizontal é o sistema de coordenadas

terrestres, referenciadas a um determinado elipsóide. Essas coordenadas podem ser

geográficas, cartesianas ou planas.”

A localização ideal desse ponto é onde haja coincidência entre as superfícies do Geóide e do

Elipsóide. (h = 0)

Datum Altimétrico é a superfície formada pelo nível médio do mar, definida através do

marégrafo estável, a partir de longos períodos de observação para estabelecer a altitude zero.

As altitudes são calculadas partindo-se do Datum Altimétrico.

25

No Brasil, uma das referências verticais é o Marégrafo de Imbituba (Santa Catarina) – 1958

representa a altitude origem em relação ao nível médio do mar local.

2.5.3 Latitude e Longitude geodésica

Uma maneira de se posicionar no globo terrestre é mediante a utilização de latitude e

longitude, cuja definição utilizada por Silveira (200?) é:

Latitude Geodésica (φ)

É o ângulo diedro formado entre o plano do equador e a normal que passa pelo ponto

Longitude Geodésica (λ)

É o ângulo diedro formado entre o meridiano de Greenwich e a linha meridiana do

ponto

Isto pode melhor ser visualizado na Fig 2.19

Figura 2.19 Visualização da latitude e longitude

Fonte: Silveira (200?)

A latitude tem origem no equador e varia de 0o a +90 o para o hemisfério norte e de 0o a –90o

no hemisfério sul. Pode-se também suprimir os sinais de +/- utilizando-se das letras N e S,

respectivamente, devendo-se apenas lembrar que para cálculos os sinais devam ser

respeitados.

A longitude tem seu início no meridiano de Greenwich, variando de 0o a 180o para o leste do

meridiano de Greenwich e de 0o a –180o para o oeste do mesmo meridiano, como mostrado

26

na Fig 2.20. Neste caso, também pode-se substituir os sinais +/- , respectivamente, pelas letras

E e W.

No Brasil todas as longitudes são do lado oeste do meridiano de Greenwich.

Figura 2.20 Incremento de latitude e longitude

Fonte: Hasenack et al (200?)

Como este modo de posicionamento é esférico, seu manuseio torna-se complexo, para

facilitar o manuseio das coordenadas de posicionamento, utiliza-se sistema de projeções,

como mostrado a seguir.

2.5.4 Sistema de projeção

A principal finalidade de um mapa é a indicação, em um meio plano (superfície bi-

dimensional) da superfície terrestre, que é formada por uma superfície tri-dimensional, Fig

2.21. Isto torna mais fácil seu manuseio, pois é mais fácil manipular uma folha de papel do

que uma miniatura do globo.

Figura 2.21 Transformação da superfície global para plana

Fonte: Hasenack et al (200?)

Esta transformação de um sistema esférico para um plano é denominada de projeção

cartográfica, gerando um mapa bi-dimensional que pode ser visto em folha de papel, ou

mesmo em uma tela de computador.

27

Tais superfícies de projeções podem ser do tipo cônicas, planas ou cilíndricas, gerando-se

mapas denominados cônicos, planos ou cilíndricos, respectivamente.

Até mesmos, as projeções geradas por cilindros e cones podem são representadas em planos,

facilitando seu manuseio, como mostrado na Fig. 2.22

Figura 2.22 Projeções cilindro e cone para planos

Fonte: Hasenack et al (200?)

2.5.4.1 – Sistema de projeções cônicas

A projeção cônica pode ser desenvolvida em um plano sem que hajam distorções e, funciona

como superfície auxiliar na obtenção de uma representação. A sua posição em relação à

superfície de referência pode ser normal, transversal e oblíqua, como pode ser observada na

Fig 2.23.

Figura 2.23 Tipos de projeção cônica

Fonte: Hasenack et al (200?)

2.5.4.2 – Sistema de projeção planas

As projeções planas ou horizontais são obtidas pela transposição das coordenadas sobre um

plano colocado em posição determinada em relação à esfera. A superfície do globo é, então,

projetada sobre um plano a partir de um centro de perspectiva ou ponto de vista, como

indicada na Fig. 2.24.

28

`

Figura 2.24 Tipos de projeção planas

Fonte: Adaptado de Silveira (200?)

2.5.4.3 – Sistema de projeção cilíndrica

A projeção cilíndrica, também pode ser normal, transversal e oblíqua, como pode ser

observada na Fig 2.25

Figura 2.25 Projeção cilíndrica

Fonte: Hasenack et al (200?)

2.6 Sistema de coordenadas UTM

O sistema UTM (Universal Transverse Mercator), é o sistema plano de coordenadas mais

utilizado na prática, pois, além de ser mais fácil de se determinar uma distância utilizando-se

suas coordenadas, são os mais solicitados pelos órgãos oficiais do governo brasileiro para

mapeamento de área.

Pelas informações de Silveira (200?), no sistema UTM o Globo é dividido em 60 fusos, cada

um com amplitude de 6° de longitude. Cada um dos fusos é considerado uma Zona UTM

numeradas de um a sessenta a partir do meridiano 180° em direção leste. A zona UTM1

compreende a área entre os meridianos 180°W e 174°W. Cada um destes fusos é gerado a

partir de uma rotação do cilindro de forma que o Meridiano de tangência divide o fuso em

duas partes iguais de 3° de amplitude. O cilindro transverso, mostrado na Fig 2.26, adotado

como superfície de projeção assume 60 posições diferentes, já que seu eixo mantém-se

sempre perpendicular ao meridiano central de cada fuso.

NORMAL TRANSVERSO OBLÍQUO

29

Figura 2.26 Projeção UTM

Fonte: Moura (2001)

O quadriculado UTM está associado a um sistema de coordenadas plano-retangulares no

sistema métrico decimal, no qual um eixo coincide com a projeção do Meridiano Central do

fuso ( eixo N apontando para Norte) e o outro eixo, com o do Equador. Assim, cada ponto do

elipsóide de referência (descrito por latitude, longitude) estará associado ao Meridiano

Central, coordenada E e ao Equador, coordenada N.

Por Moura (2001), avaliando-se a deformação de escala em um fuso UTM, pode-se verificar

que o fator de escala é igual a 1 (verdadeira grandeza) no Meridiano Central e,

aproximadamente igual a 1,0015 (1/666) nos extremos do fuso. Desta forma, atribuindo-se um

fator de escala k=0,.9996 ao meridiano central do sistema UTM, o que faz com que o cilindro

tangente se torne secante, torna-se possível assegurar um padrão mais favorável de

deformação em escala ao longo do fuso, o que pode ser visto na Fig 2.27. Como

conseqüência, existem duas linhas aproximadamente retas, uma a leste e outra a oeste,

distantes cerca de 1°37' do meridiano central, representadas em verdadeiras grandezas. O erro

de escala fica limitado a 1/2.500 no meridiano central, e a 1/1030 nos extremos do fuso.

30

Figura 2.27 Detalhe do fuso e projeção UTM

Fonte: Silveira (200?)

A cada fuso é associado um sistema cartesiano métrico de referência, atribuindo à origem do

sistema as coordenadas 500.000 m, para contagem de coordenadas perpendiculares ao

Equador, e 10.000.000 m ou 0 m, para contagem de coordenadas perpendiculares ao

meridiano central, para os hemisférios Sul e Norte, respectivamente. Isto elimina a

possibilidade de ocorrência de valores negativos de coordenadas, como indicado na Fig 2.28.

31

Figura 2.28 Coordenadas UTM

Fonte: Adaptado de Moura (2001)

Como o sistema UTM utiliza-se de um elipsóide de referência, juntamente com a indicação de

qual fuso pertence as coordenadas, faz-se necessário a indicação do elipsóide utilizado como

referência. Pois as coordenadas N e E de um ponto podem variar até centenas de unidades em

função de troca de elipsóide.

No Brasil muitas cartas foram elaboradas com a utilização dos data SAD69 e Córrego Alegre.

O GPS utiliza o datum WGS-84 (World Geodetic System of 1984- Sistema Geodésico

Mundial de 1984). Sendo necessária a conversão para um mesmo sistema, caso se deseje

comparar dados entre si, que originalmente estavam em sistemas distintos.

2.7 Dados RINEX

Os dados recebidos pelos receptores GPS, podem ser armazenados em diversos formatos

criados pelos fabricantes. Porém, existe um padrão universal conhecido como RINEX

(Receiver Independent Exchange Format). Neste padrão os dados coletados são armazenados

em arquivos texto, que são definidos em seis tipos de arquivos, mas para o posicionamento só

será criado dois tipos de arquivos. Um arquivo conterá os dados de observação e outro

armazenará os dados de navegação.

32

Como cita Silva (2005), o arquivo de navegação é composto por um cabeçalho, contendo

informações sobre o programa que gerou o arquivo, parâmetros para calcular o tempo, e as

informações sobre cada satélite, contendo sua órbita e dados sobre sua condição de operação.

É este padrão que será usado para se coletar os dados das observações de um GPS de

navegação. Para executar esta coleta utiliza-se um programa chamado de ASYNC. Este

programa é de livre distribuição.

O programa ASYNC apenas coleta, mediante uma conexão através de uma porta serial, os

dados recebidos pelos GPS de navegação da marca Garmim. Após estes dados serem

coletados utiliza-se o programa GAR2RNX, também de livre distribuição, que converte os

dados das observações coletados pelo GPS Garmin, para o padrão RINEX.

Ambos os programas foram desenvolvidos pelo professor Antonio Tabernero Galan, da

Universidade Politécnica de Madri, Espanha, este professor disponibiliza livremente o seu

uso.

33

3 METODOLOGIA DO GPS

As técnicas de posicionamento por GPS podem ser: pontual, também chamado de absoluto ou

isolado; relativo ou diferencial em tempo real.

3.1 Posicionamento Pontual

Este é o método que se utiliza as pseudo-distâncias, fase da portadora ou ambos, para o

cálculo da posição. Os GPS ditos de navegação utilizam as pseudo-distâncias para a

determinação de sua localização. O posicionamento pontual é utilizado quando não se deseja

uma precisão elevada.

3.2 Posicionamento relativo

Nesta prática faz-se necessária a utilização de dois receptores GPS, para um melhor

refinamento do posicionamento. Este tipo de posicionamento consiste em se fixar um

equipamento GPS, em um ponto com coordenadas conhecidas, bem como utilizar o segundo

equipamento para coletar os dados do ponto que se deseja determinar suas coordenadas. De

posse dos dados coletados pelos dois receptores, o do local conhecido chamado de base e do

local a ser determinado conhecido por rover, ou móvel, executam-se cálculos de correção

geralmente no escritório. Esta correção é conhecida por pós processamento, e, deve ser

elaborada por programas específicos.

Atualmente existem bases fixas que disponibilizam seus dados recebidos. O usuário se

cadastra e pode ter acesso a esses dados pela internet. Com este procedimento basta o usuário

adquirir apenas um receptor, e utilizar essas bases, chamadas de bases comunitárias para

elaborar o processamento dos dados coletados pelo seu equipamento, acarretando uma

redução significativa no investimento para se operar com o GPS, caso ele opere próximo a

estas bases.

Pelas informações de Matsuoka et al. (200?), a distância entre os receptores é de fundamental

importância para a determinação da precisão das coordenadas obtidas, quanto menor esta

distância melhor será a qualidade destas coordenadas. Pois os receptores estarão sujeitos as

mesma interferências. A distância de separação entre os receptores é denominada de linha

base, ou vetor base, como indicada na Fig 3.1

34

Figura 3.1 Linha Base

Fonte :adaptado de Monico (2000) por Macedo et al. (200?)

Deve-se ressaltar que o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária),

considera que os posicionamentos diferenciais e relativos são distintos em razão das

observáveis utilizadas. Quando se utiliza apenas as pseudo-distâncias é considerado como

posicionamento diferencial, e quando utiliza a fase das portadoras é definido como

posicionamento relativo.

Neste trabalho aplica-se este o método de posicionamento relativo com GPS de navegação.

3.3 Posicionamento em tempo real

Esta técnica consiste na correção das coordenadas que se deseja obter no momento da sua

coleta, mediante o uso dos dados recebidos pelo GPS base. Para isto, utiliza-se geralmente um

link de rádio que transmite os dados coletados pela base fixa imediatamente para o GPS rover,

que de posse de ambos os dados calcula a correção diferencial no momento da coleta,

obtendo-se assim, resultados precisos imediatamente. Esta técnica é a de maior custo, pois

além das despesas com equipamento GPS, existe o acréscimo dos equipamentos de

transmissão e recepção de dados entre os receptores GPS.

3.4 Distâncias entre receptores

As recomendações de limites de distância entre base fixa e aparelho móvel (vetor base) é

geralmente indicada pelo fabricante. Como exemplo, a Norma Técnica para Levantamentos

Topográficos do Incra, limita a distância da linha de base, entre receptor móvel e base a 20

km, para tempo de observação de no mínimo 30 minutos, com observáveis pela portadora L1.

35

Mesmo sem a pretensão de se obter alta precisão, no presente trabalho, operou-se com

distância máxima de 3 Km. Este valor foi determinado pela posição da base com coordenadas

geográficas conhecidas.

Para visualizar as discrepâncias que ocorrem devido a distância de linha de base, é mostrada

na Tab 3.1, o aumento do erro em função da distância. Esta tabela também indica a

necessidade de se corrigir os dados coletados pelos GPS, independente do modelo, pois estes

dados foram coletados com GPS topográficos.

Tabela 3.1 Média das discrepâncias

Médias Sem correção Médias com correção Distância Linha base

Estações X Y Z X Y Z

430 km PARA 16,149 17,519 11,990 0,854 2,352 1,221 897 km VICO 18,851 17,547 11,656 3,943 1,576 0,842 880 km POAL 13,417 15,813 12,560 2,765 3,771 2,833 2288 km MANA 14,744 24,724 7,431 3,146 9,520 9,584

Adaptada de Matsuoka et al (200?)

3.5 GPS diferencial

Existem autores, como Monico (2000), que definem o posicionamento em tempo real como

DGPS (diferencial GPS) e outros, como Albuquerque (2003), que consideram o

posicionamento relativo, como DGPS. Por este motivo optou-se por não mencionar o

posicionamento diferencial em nenhuma das duas técnicas de posicionamento.

36

4 EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS EM CAMPO

4.1 Descrição dos Equipamentos

No campo foram utilizados quatro receptores GPS, como receptor de base foi utilizado um

GPS GTR-A, fabricado no Brasil pela empresa Tech Geo. O GPS rover, que gerou os mapas

considerados corretos, foi outro GPS GTR-A. Esses aparelhos apresentam custo relativamente

alto, da ordem de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), incluindo o programa de pós–

processamento chamado Ezsurv. O equipamento GTR-A já possui um coletor interno

acoplado ao receptor. Basta que o equipamento seja ligado ele já começa a armazenar os

dados para processamento. Este equipamento pode ser visto na Fig 4.1

Figura 4.1 – Receptor GTR-A

Como equipamento de baixo custo foi utilizado o GPS Rino 120 da Garmin, que possui valor

de aproximadamente R$ 1.000,00 (um mil reais). Este receptor tem capacidade de receber até

12 satélites ao mesmo tempo, como a maioria dos receptores do mercado. Como pode ser

notado na Fig 4.2 que o centro da antena não é identificável.

37

Figura 4.2 GPS Garmim Rhino 120

Inicialmente tentou-se coletar, via interface serial, as observáveis com este equipamento, mas

o programa Async, não foi capaz de se comunicar com o receptor. O referido programa,

operando na plataforma Direct Operational System (MS-DOS), foi desenvolvido para se

comunicar com outro modelo de receptor, do mesmo fabricante, mais precisamente o modelo

Garmin GPS12.

O equipamento Garmin GPS12, pode ser visto na Fig 4.3, trata-se de um equipamento

obsoleto, mas foi o único, disponível e compatível com o programa Async. Deve-se salientar

que como o arquivo fonte, do citado programa, é de livre uso, sendo assim é possível a sua

alteração para a comunicação com os GPS atualmente disponíveis no mercado.

Figura 4.3 Garmin GPS12

38

Estes equipamentos foram escolhidos devido ao fato de serem os únicos disponíveis, no

momento, sendo que no mercado existem muitos outros que também podem ser utilizados.

Inclusive, o GPS de navegação deve ser um cuja antena possa ser destacável para que possa

ser melhor conhecida sua posição. Um modelo, bastante difundido, que atende a este quesito é

o Garmin GPS III, embora este receptor, também, está fora de linha de produção.

No mercado, atualmente, a empresa Garmin disponibiliza outros modelo que apresentam a

possibilidade de se operar com antena externa, como os da linha GPS 76, que possuem preços

equivalentes ao da linha GPS III, iniciando na faixa dos 200 dólares norte-americanos, nos

Estados Unidos. Para este equipamento já esta disponível outro programa de utilização livre

que é capaz de coletar os dados necessários para pós processamento do sinal.

4.2 Procedimentos de Campo

Um dos trechos, escolhido, foi uma estrada localizada, sobre um contraforte, com poucos

obstáculos de vegetação e grande visibilidade do espaço aéreo, distante em média 870 m da

base fixa. Neste trecho, chamado de trecho 1, os trabalhos de campo foram realizados no dia 3

de novembro de 2006, mediante a disposição do GTRA e do GPS12, para fora da janela de

um veículo, sustentados pelas mãos do operador, distantes cerca de 30 cm entre receptores.

Este procedimento resultou em um grande incômodo físico para o operador, sendo assim, para

o outro trecho, criou-se o esquema mostrado na Fig 4.4.

Figura 4.4 Obtenção dos dados de Campo

39

Deve-se observar que com este segundo método, já na coleta de dados em campo, as

antenas/receptores, estão distantes aproximadamente 0,60 metros entre si, valores medidos

com trena de metal. Isto já acarreta um erro deste valor nas coordenadas a serem obtidas, pois

esta distância é perpendicular ao eixo medido, diferentemente da distância de 30 cm para o

trecho 1, que ocorreu no sentido do eixo da estrada.

Outro trecho escolhido, para efetuar o mapeamento, situa-se no bairro das lavras de Cima,

zona Rural do município de Socorro, o motivo desta escolha é de que o bairro, mesmo sendo

rural, é densamente populoso, sendo formado por diversas propriedades com tamanho de um

simples lote, com centenas de metros quadrados, até imóveis com dezenas de milhares de

metros quadrados.

Neste trecho, distante em média 2.500 m da base fixa, apresenta bastante vegetação nas

margens da estrada, e devido ao fato de ser localizada em um vale, possui pouca visibilidade

do espaço aéreo, por estes motivos espera-se erro maior que para o trecho 1.

O GPS que operou como base, foi instalado em um marco com coordenadas conhecidas,

localizado na laje de um edifício, no centro da cidade de Socorro. Este ponto foi

estrategicamente escolhido, anteriormente a elaboração do presente trabalho, devido a

existência de poucos obstáculos ao seu redor, como pode ser notado na Fig 4.5.

Figura 4.5 Localização da Base Fixa

40

Como não foi possível a utilização do GPS Rhino 120, usou-se um outro GPS GTRA, mas se

manteve a utilização do Garmin Rhino 120, sem qualquer tipo de correção dos dados, apenas

no trecho 2, obtendo-se um mapa elaborado no modo Track, comum a maioria dos GPS de

navegação.

Dos procedimentos de campo, foram gerados dois arquivos pelo programa Async, que depois

foram transformados outros dois arquivos do tipo RINEX, mediante a utilização do programa

Gar2rnx.

O receptor GTRA base gerou dois arquivos, um em cada dia de operação, o GTRA móvel

gerou dois arquivos, todos foram gravados em seu formato nativo e no formato RINEX.

41

5 CÁLCULOS EFETUADOS

5.1 Dados do GPS Rhino 120

Devido ao fato do GPS Rhino 120, ter sido operado sem qualquer técnica para melhorar seu

desempenho, foi necessário a utilização do programa GPS TrackMaker, para descarregar as

coordenadas por ele coletadas.

Estes dados não foram possíveis de serem comparados com os demais, pois não foi possível

obter um programa, sem custo, que transformasse os dados gerados pelo programa GPS

TrackMaker para o padrão DXF.

5.2 Dados dos GTRA e Garmin

Os dados coletados pelos GPS, foram corrigidos pelo programa Ezsury da Viasat. Com este

critério adotado, todos os dados móveis foram corrigidos, usando-se os dados da mesma base.

Considerando-se que as interferências ocorreram igualmente para os dois receptores móveis, o

de navegação e o GTRA, pois dois bancos de dados foram coletados simultaneamente.

O programa Ezsurv, dentre outros resultados, gera um gráfico que indica os resíduos dos

cálculos de processamento, encontrados durante o cálculo do posicionamento relativo. Esses

resíduos, para o GPS garmin, estão disponibilizados na Fig 5.1 e Fig 5.2, para o trecho 1 e 2,

respectivamente.

Figura 5.1 Resíduos da correção do trecho1- GPS Garmin

42

Figura 5.2 Resíduos da correção trecho 2 – GPS Garmin

Os resíduos encontrados com o GTRA estão indicados nas Fig’s 5.3 e 5.4, indicando trecho 1

e 2 respectivamente.

Figura 5.3 Resíduos da correção trecho 1 – GPS GTRA

43

Figura 5.4 Resíduos da correção trecho 2 – GPS GTRA

O programa Ezsurv, apresenta a possibilidade de se retirar os dados coletados por um

determinado satélite, com a finalidade de se obter uma média melhor nos resultados finais,

como o intuito do presente trabalho é precisão da ordem de metros, este procedimento não foi

empregado.

Dos cálculos foram obtidos dois arquivos, um para cada trecho, contendo data, horário da

coleta e coordenadas UTM, apenas as coordenadas foram transportadas para um programa

tipo Computer Aid Design (CAD), estes desenhos estão disponíveis nos Apêndices de 1 a 24.

O trecho 1 possui, 1.783 metros de comprimento, neste trecho foram processados 44 pontos

coletados com o GTRA e, 238 coletados pelo GPS12, todos estes pontos foram inseridos em

CAD. Os 238 pontos foram unidos, gerando uma linha considerada como sendo eixo da

estrada. Os 44 pontos foram unidos, perpendicularmente a esta linha, criando-se 44 segmentos

de retas, que tiveram seus comprimentos determinados e inseridos em uma planilha, para

cálculo da média destes valores, que foram considerados como erro do GPS Garmin.

Com relação ao trecho 2, que possui 1.570 metros, o procedimento foi o mesmo, resultando

em 105 pontos coletados pelo GPS Garmin e 22 pelo GTRA, gerando 22 segmentos de retas.

A quantidade menor de pontos do trecho 2 é resultante do trecho ser ligeiramente menor, e

principalmente devido ao fato do veículo estar trafegando em velocidade maior do que a

utilizada durante a coleta de dados do trecho 1.

44

Neste trecho ocorreram pontos onde o espaçamento entre os dados foram maiores, causa

atribuída a grande quantidade de vegetação existente às margens da estrada e, também, a

posição geográfica da estrada ser localizada no fundo de um vale.

É de extrema importância salientar que todos estes cálculos, que indicam os supostos erros,

foram obtidos em um programa de CAD, portando não se tratam de cálculos geodésicos, são

simplesmente valores encontrados para se determinar diferenças visíveis em uma planta, na

escala de até 1:5.000

45

6 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS

Para o trecho 1, os 44 segmentos de reta, equivalentes aos supostos erros, considerando-se os

dados coletados pelo GPS GTRA como corretos e, os obtidos pelo GPS garmin, como

duvidosos, estão indicados na Fig 6.1.

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

Figura 6.1 Erros absolutos em metros. Trecho 1.

Os valores médios dos erros encontrados, estão disponibilizados na Tab 6.1.

Tabela 6.1 Médias dos erros obtidas no trecho 1, após o posicionamento relativo.

Quantidade de dados metros

100% 1,47

95% 1,20

90% 1,19

85% 1,18

Desvio padrão 1,18

Uma parte do croqui obtido, para o trecho 1, pode ser visto na Fig 6.2, onde está indicado

também a posição em que se encontravam os receptores de GPS durante a coleta de dados. No

restante do trecho disponibilizado nos apêndices de 1 ao 13, somente está indicado o eixo da

estrada, o indicado na Fig 6.2 é equivalente ao do Apêndice 8 – Articulação G.

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O intuito de detalhamento da planta, indicando largura da estrada, pontos notáveis e divisas

de imóveis, deve ser feito em uma segunda etapa, após a constatação de que a metodologia

empregada para a confecção do mapa da estrada é válida, sendo apenas este o propósito do

presente trabalho. Por este motivo não estão indicados nos croquis, disponibilizados nos

apêndices, as malhas com coordenadas e a direção do norte, obrigatórios em um mapa.

Figura 6.2 Parte do trecho 1

Com relação aos 22 segmentos de retas, oriundos do trecho 2, o resultado dos erros calculados

estão indicados na Fig 6.3, seus respectivos desenhos disponíveis nos apêndices 14 a 24. Para

este trecho foi necessário a análise visual de cada erro, pois além do erro na captura dos

dados, foi necessário considerar a distância entre os receptores, fato não considerado no

trecho 1, pois neste trecho a distância ocorreu no mesmo sentido do percurso, enquanto que

no trecho 2, ela ocorria perpendicular ao eixo percorrido.

Ocorreram situações em que o ponto coletado pelo GPS Garmin, encontrava-se ao lado

esquerdo do GTRA, e pelo sistema de coleta implantado, em nenhum momento, durante a

coleta, o GPS Garmin deixou de se localizar ao lado direito do GPS GTRA.

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0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

Figura 6.2 Erros absolutos em metros. Trecho 2.

Os valores médios calculados, com as mesmas considerações do outro trecho, estão indicadas

na Tab 6.2.

Tabela 6.2 Médias dos erros obtidas no trecho 2, após posicionamento relativo

Quantidade de dados metros

100% 2,29

95% 2,31

90% 2,31

85% 2,28

Desvio padrão 1,25

Como cálculo complementar, devido ao fato deste trecho ter apresentado uma amplitude de

erro vasta, de 0,13 m a 6,18 m, desprezando-se estes valores, as médias foram recalculadas, e

os resultados estão disponíveis na Tab 6.3.

Tabela 6.3 Médias dos erros obtidas no trecho 2, com omissão de valores

Quantidade de dados metros

100% 2,21

95% 2,31

90% 2,31

85% 2,28

Desvio padrão 0,87

Mesmo com a exclusão dos dados discrepantes, as médias se mantiveram praticamente as

mesmas.

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7 CONCLUSÃO

Para uma utilização, na prática, desta metodologia aqui analisada, sugere-se a substituição dos

notebook utilizados como coletores, por equipamentos do tipo Palm, pois apresentam, além de

um custo de aquisição muito menor, comparando-se com os computadores portáteis, são

significativamente menores e mais leves, facilitando assim o seu manuseio no campo. Para a

utilização destes pequenos equipamentos, como coletores, o programa utilizado para a coleta

de dados do GPS Garmin deve ser reescrito, para a linguagem compatível com o equipamento

portátil escolhido.

Quanto ao programa de correção posicionamento relativo, pode-se utilizar o mesmo aqui

testado, pois esta correção é executada independentemente da técnica de coleta de dados

utilizada, pois, geralmente é executada em um computador no escritório.

Finalmente conclui que, com erro da ordem de 2 metros, é perfeitamente viável a utilização de

GPS de navegação, juntamente com GPS topográfico, operando como base, para a

elaboração de mapas visuais dos eixos de estradas rurais, podendo, ainda estes mapas

conterem informações sobre as obras de artes nestas estradas, pois se dados coletados no

modo “cinemático” apresentaram estes erros, dados no modo “estáticos”, tendem a apresentar

erros menores.

Finalmente, como citado no corpo do presente trabalho, pode-se analisar a mesma técnica,

aqui testada, usando-se das efemérides precisas, esperando-se assim uma redução nos erros

encontrados, aumentado assim a confiabilidade dos dados a serem utilizados por um GIS.

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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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