a meliponicultura

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A meliponicultura, nome dado à criação de abelhas da subtribo MELIPONINA (também conhecidas como abelhas indígenas sem ferrão) (Silveira et al., 2002), se insere com perfeição dentro dos conceitos de diversificação e uso sustentado das terras da Amazônia. Os meliponíneos são abelhas dóceis, de fácil manejo, e necessitam de pouco investimento para a sua criação. É uma atividade que pode ser integrada a plantios florestais, de fruteiras e de culturas de ciclo curto, podendo contribuir, através da polinização, com o aumento da produção agrícola e regeneração da vegetação natural. A Amazônia abriga grande diversidade de espécies de Melipona com ampla variedade de ninhos, com dúzias de colônias por hectare (Roubik 1989). Melipona flavolineata e Melipona fasciculata são espécies conhecidas popularmente como Uruçú Amarela e Uruçú Cinzenta respectivamente. Ocorrem ao nordeste da Região Amazônica, nos Estados do Pará e Maranhão, em áreas de terra firme, mas também nas regiões de mangue, em que ainda existem muitas árvores com ocos suficientemente grandes para alojar seus ninhos. (Venturieri, 2003 A literatura científica descreve a presença de inúmeros compostos fitoquímicos de própolis de A.melífera, aos quais se atribuem as propriedades bioativas destes produtos (Kalogeropoulos et al., 2009; Falcão et al., 2010). No entanto, para Meliponinae da Amazônia, nem as espécies de abelhas, nem as suas localizações geográficas e floradas específicas já foram suficientemente estudadas para determinar com precisão a composição química e as fontes vegetais que eventualmente possuem propriedades biológicas relacionadas aos produtos destas abelhas nativas. As amostras foram coletadas de colmeias racionais de abelhas Melipona fasciculata e M. flavolineata, em áreas de apicultores do município de Vigia e de São João de Pirabas, localizadas no Estado do Pará, Em seguida, as amostras foram devidamente transportadas em frascos hermeticamente fechados e armazenadas adequadamente no Laboratório de Engenharia de Produtos Naturais (LEPRON) até o presente momento.

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conceito meliponicultura

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A meliponicultura, nome dado à criação de abelhas da subtribo MELIPONINA (também

conhecidas como abelhas indígenas sem ferrão) (Silveira et al., 2002), se insere com perfeição dentro dos

conceitos de diversificação e uso sustentado das terras da Amazônia. Os meliponíneos são abelhas

dóceis, de fácil manejo, e necessitam de pouco investimento para a sua criação. É uma atividade que pode ser integrada a plantios florestais, de fruteiras e de culturas de ciclo curto, podendo contribuir, através da polinização, com o aumento da produção agrícola e regeneração da vegetação natural.

A Amazônia abriga grande diversidade de espécies de Melipona com ampla variedade de ninhos, com dúzias de colônias por hectare (Roubik 1989). Melipona flavolineata e Melipona fasciculata são espécies conhecidas popularmente como Uruçú Amarela e Uruçú Cinzenta respectivamente. Ocorrem ao nordeste da Região Amazônica, nos Estados do Pará e Maranhão, em

áreas de terra firme, mas também nas regiões de mangue, em que ainda existem muitas árvores com

ocos suficientemente grandes para alojar seus ninhos. (Venturieri, 2003

A literatura científica descreve a presença de inúmeros compostos fitoquímicos de própolis de

A.melífera, aos quais se atribuem as propriedades bioativas destes produtos (Kalogeropoulos et al., 2009;

Falcão et al., 2010). No entanto, para Meliponinae da Amazônia, nem as espécies de abelhas, nem as

suas localizações geográficas e floradas específicas já foram suficientemente estudadas para determinar

com precisão a composição química e as fontes vegetais que eventualmente possuem propriedades

biológicas relacionadas aos produtos destas abelhas nativas.

As amostras foram coletadas de colmeias racionais de abelhas Melipona fasciculata e M.

flavolineata, em áreas de apicultores do município de Vigia e de São João de Pirabas, localizadas no

Estado do Pará, Em seguida, as amostras foram devidamente transportadas em frascos hermeticamente

fechados e armazenadas adequadamente no Laboratório de Engenharia de Produtos Naturais (LEPRON)

até o presente momento.