a magazine - 39 - edição nacional

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ANO 4 N O 39 R$ 15,00 € 5,00 VICTOR HUGO CLINIQUE LA PRAIRIE TRANSILVÂNIA STANLEY KUBRICK CARTIER POBRE JUAN True colors Cores vibrantes ao sabor do vento

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A Magazine 39 - Nacional

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Victor Hugoclinique lA PrAirietrAnsilVâniAstAnley KubricKcArtierPobre JuAn

True colorsCores vibrantes ao sabor do vento

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TATIANNA BABADOBULOSEDITORA

editorial

oficialmente, o inverno chega neste mês ao

Brasil, mas as ondas frias já nos fazem ti-

rar o casaco do armário e a nova coleção

está nas vitrines há bastante tempo. Para o

ensaio de moda que ilustra a Magazine,

deborah lopes abusou das cores vibrantes de modo a quebrar

o cinza dos dias nublados, comuns durante a estação. e é com

cabelos esvoaçantes que a modelo ivyz Kolling posa para as len-

tes do fotógrafo Marcelo Bormac.

Por falar em lentes, o fotógrafo e autor das matérias de turis-

mo, Johnny Mazzilli, nos conta duas ótimas histórias: a primeira

sobre a Clinique la Prairie, na Suíça, e a outra sobre a transil-

vânia, na romênia. descubra através de imagens e letras o que

ele viu por esses dois destinos incríveis.

ainda nesta edição, renata Gomes foi conhecer a Casa Cor

2011, evento que se estende até julho, no Jockey Club de São

Paulo, e reúne grandes nomes da decoração, da arquitetura e do

paisagismo do país.

Mas ainda há outras novidades, como o restaurante argen-

tino Pobre Juan, que abriu mais uma unidade, desta vez em

alphaville, as novas fragrâncias de Kenzo e de Cartier, além da

história do uruguaio Victor Hugo, que vende suas bolsas, pastas

e toda sorte de acessórios em diversas cidades do Brasil, além

de Nova York, nos estados Unidos. Vai perder?

Boa leitura!

CoreS Para aqUeCer

o iNVerNo

EDITORIAlFOTOs MARcElO BORMAcEDIçãO DE MODA DEBORAh lOpEs (M)ninasModelo ivys Kolling (Ford) vEsTE vEsTIDO, FORuMCasaqueto, MariavalentinacOlETE, MIss ZAIDECinto, ease

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EXPEDIENTE

Cesar Foff áLourdes Foff á

Tati anna Babadobulostati [email protected]

Anderson Prates, Deborah Lopes, Fabrício Jr, Johnny Mazzilli, Marcelo Bormac, Renata Gomes, Reynaldo Pasqua e Ricardo Macedo

Marcelo Foff ámfoff [email protected]

Criação de [email protected]

Dinap e Correios

A Magazine Online www.amagazine.com.br

A Magazine é uma publicação mensal de A MagazineEditora e Publicidade Ltda. Redação: Calçada das Hortênsias, 39, Centro Comercial Alphaville, Barueri, SP, 06453-017,tel.: (11) 4208-1600. As opiniões e os arti gos conti dos nesta edição não expressam, necessariamente, a opinião dos editores. É proibida a reprodução em qualquer meio de comunicação das fotos e matérias publicadas.

PublisherDiretora Executi va

Editora

Colaboradores

Diretor Comercial

Direção de Arte e Diagramação

Distribuição

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SUMÁRIO

12 ACESSÓRIOSFrasqueira Rimowa, caneta Montblanc, Playbook

18 EXPOSIÇÃOHomenagem ao diretor Stanley Kubrick, na Cinématèque Française, em Paris, e Mostra Black, em São Paulo

22 TRENDSReynaldo Pasqua escreve sobre sua parti cipação no evento Swicht On 2011

24 BELEZAOs lançamentos Kenzo Amour e Carti er de Lune

28 DECORSugestões de locais para reunir os amigos e a família na Casa Cor 2011

34 DESIGNPoltrona feita de madeira e lã

36 MODATrue colors: a energia das cores vibrantes

48 GRIFEA brasileira Victor Hugo

52 TURISMOClinique La Prairie, na Suíça, ideal para relaxar e a cuidar do corpo

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58 TURISMOTransilvânia, localizada na Romênia, um desti no bucólico pra lá de interessante

66 VIAGEMOne Bal Harbour oferece luxo e sofi sti cação aos viajantes que visitam Miami

68 GASTRONOMIAPobre Juan traz a experiência argenti na para o país

72 CHEFAndrea Kaufmann inaugura o AK Vila

76 ADEGAConhaque Louis XIII, que leva de 40 a 100 anos para ser produzido

78 MOTORIate Squadron 65, do estaleiro britânico Fairline Boats

82 GALERIAA movimentadaGolden Gate, nos Estados Unidos

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ACESSÓRIOS

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ACESSÓRIOS

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TUDONOLUGARFrasqueira de policarbonato é perfeita para viagens

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tecnologia

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Na onda dos tablets, chega à América Latina o BlackBerry PlayBook, com a definição de ser o primeiro tablet profissional do mundo. Ao todo, são três versões, todas com wi-fi: 16GB, 32GB ou 64GB de memória.O modelo traz tela de LCD de 7" 1024x600 WSVGA, pesa 425 gramas e tem menos de meia polegada de espessura (130mm x 194mm x 10mm). O processador é dual-core de 1GHz e suporta reprodução de áudio nos formatos MP3, AAC e WMA, além de vídeo 1080p HD (H.264, MPEG4, WMV). Há ainda saída HDMI 1080p, duas câmeras para vídeo conferência e vídeo captura 1080p HD (3MP frente e 5MP traseira). O tablet possui 1GB memória RAM, 64GB de memória interna, GPS, sensor de orientação (acelerômetro), sensor de movimento 6-Axis (giroscópio), bússola digital (magnetômetro), auto-falante e microfone estéreos e bluetooth.

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exposição

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stanley KubricKExposição itinerante que começou na Alemanha chega a Paris

Por TATiAnnA BABAdoBulos

Quem estiver em Paris até 31 de julho terá a oportunidade de ver a exposição dedicada ao diretor stanley Kubrick, na Cinemateca Francesa. Autor de filmes como Laranja Mecânica, 2001 – Uma Odisséia no Espaço e De Olhos Bem Fechados, entre outros, Kubrick também foi homenageado durante o Festival de Cannes neste ano, já que sete de seus filmes foram restaurados e projetados na ocasião.Esta é a primeira vez que a Cinémathèque Française abriga uma exposição itinerante que não foi iniciada pela própria equipe, mas sim por outras instituições. isso porque a mostra pertence ao deutsches Filmmuseum de Frankfurt, na Alemanha, e à Hans-Peter reichmann, seu comissário, que desde 2004 organizou a exposição com Christiane Kubrick, Jan Harlan e stanley Kubrick Archive, em londres. desde então, a exposição passou por diversas cidades, como Berlim, Zurique, roma e Melbourne.na ocasião, o visitante pode acompanhar roteiros,

cartas, documentos de pesquisas, fotos de turnês, roupas e acessórios em encenação cronológica, de modo que pode conferir a evolução da obra de um dos grandes mestres da sétima arte: de seus primeiros curtas-metragens ao seu último filme De Olhos Bem Fechados, com Tom Cruise e nicole Kidman, passando por seus filmes históricos, como O Iluminado, estrelado por Jack nicholson. Há ainda uma retrospectiva de filmes de Kubrick, livros, números especiais de revistas que fizeram referência ao diretor.A mostra está no quinto e no sétimo andares da Cinématèque, ocupando um total de mil metros quadrados. A cinemateca está fechada às terças-feiras, mas a exposição pode ser visitada de segunda a sexta, das 12h às 19h, sendo que às quintas fica aberta até às 22h. o ingresso custa 10 euros.

Cinémathèque Française ruE dE BErCy, 51, 75012, PAris, TEl.: 01 71 19 33 33, www.CinEMATHEQuE.Fr

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exposição

20

Mostra Black

Evento de design reúne estrelas da arquitetura e decoração em um

formato exclusivo

Black não é apenas uma cor, mas também um conceito. Dá ideia de luxo, exclusividade, mas, sobretudo, liberdade para os profissionais reunidos por Raquel Silveira contarem o significado à sua maneira. É justamente para dizer, na sua visão, “O que é Black?”, que arquitetos e decoradores estão, a partir de 21 de junho, em uma mostra exclusiva realizada em um casarão da década de 1940, assinada por Jacques Pillon, no Jardim Europa.Entre os profissionais confirmados, estrelas que até outro dia faziam parte da Casa Cor, de maneira que são apenas 13 nomes, fazendo com que a mostra se torne ainda mais exclusiva. Nomes como Sig Bergamin, João Armentano, Roberto Migoto, Dado Castello Branco, Marcelo Faisal figuram entre os escolhidos.A mostra acontece de 21 de junho a 17 de julho e os ingressos custam R$ 100, sendo que estudantes e idosos pagam meia entrada.

Mostra Black RuA GRoENlâNDiA, 448, JARDiM EuRoPA, São PAulo, FuNCioNAMENto: DE SEGuNDA A DoMiNGo, DAS 10h àS 21h

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T R E N D S

POR REYNALDO PASQUA

22

A VALORIZAÇÃO DA INSPIRAÇÃO E CRIATIVIDADETive a oportunidade de parti cipar, no hotel Renaissance, em São Paulo, do Swicht On

2011. O objeti vo do evento é inspirar e informar sobre a criati vidade como diferencial com-peti ti vo no mercado brasileiro e no mundo.

A criati vidade, ao meu ver, sempre foi a veia principal para o sucesso das marcas de luxo. A venda de sonhos e desejos sem criati vidade não acontece, pois os consumidores, no momento da compra, precisam ser induzidos a focar nos benefí cios e prazeres que a sua aquisição irá proporcionar.

O jornalista Roberto da Matt a explorou os temas: passagem, modernidade, consumo e identi dade. De maneira inteligente, mostrou que o consumidor cria mundos paralelos em sua mente, chamados rituais de consumo, estados mentais de encantamento e magia, nos quais as marcas devem ou deveriam atuar para serem lembradas e, consequentemente, consumidas. “Tudo que é roti neiro é visto como natural. Na visão do consumidor, a roti na é a vida como ela é, enquanto que os rituais, são a vida como deveria ser.”

O comentário demonstra a importância do conhecimento sobre o comportamento hu-mano, como ferramenta na elaboração das estratégias de comunicação e marketi ng. Agora, surge também a necessidade do conhecimento do comportamento no universo digital.

Brian Dyches, da IconicTonic, falou sobre varejo e tecnologia. “As novas tecnologias irão mudar tanto nossa percepção, como no momento em que as TVs apareceram na era do rá-dio.” Mesmo com as tecnologias disponíveis no Brasil, nosso mercado absorve as mudanças de maneira mais lenta que nos Estados Unidos e na Europa por conta do custo. O alto preço dos tablets, smartphones e serviços das empresas telefônicas são uma barreira. Porém, o país caminha para uma melhor distribuição de renda e, certamente, os preços cairão.

Apresentador do Manhatt an Connecti on, Ricardo Amorim falou com oti mismo: “O Bra-sil está condenado a dar certo, mesmo que todos conti nuem a fazer as mesmas coisas er-radas”. Ele comentou ainda que a grande causadora de o Brasil dar certo é a China. Com a demanda de produtos, o Brasil foi favorecido pela procura de exportação. Com isso, movi-mentou a economia interna e aumentou suas reservas de divisas.

Marc Gobé abordou o marketi ng emocional e criti cou: “As marcas criaram um impe-rialismo sobre os consumidores, se forçando a fazer parte do esti lo de vida das pessoas. Elas devem inventar novas formas de interagir com os consumidores.” Ele citou ainda que estamos na era da revolução das marcas, que devem ser transparentes, porque são os con-sumidores os verdadeiros donos das marcas, e não as corporações.

De fato, os consumidores nunca ti veram tanto poder nas mãos: com a globalização e o elevado grau de conhecimento sobre os produtos e a interati vidade das redes sociais, o mercado se tornou um só. Sem transparência e valor real, as marcas não se sustentam, e a criati vidade é a ferramenta geradora de desejos para movimentar esta nova era.

O evento mostrou o crescimento da consciência corporati va sobre o branding e diferen-cial criati vo como ferramenta de sucesso, o que mostra, na práti ca, o avanço do Brasil e seu potencial de consumo.

Inspire-se e trabalhe sempre com criati vidade!

* REYNALDO PASQUA É DIRETOR ONLINE DA CARMIN, [email protected]

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b e l e z a

24

Atriz Gabriella Wright esteve no Brasil para o lançamento

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KeNzO aMOURLançamento contou com apresença da atriz Gabriella Wright, estrela da campanhaPOR TATIANNA BABADOBULOS

Se o best seller da Kenzo é o Flower by Kenzo, os fãs não vão se decepcionar com a gama de opções desta fragrância, que pode ser Légére, Cologne e Eau de Toilett e. Neste mês, porém, chega ao país o Kenzo Amour. De acordo com o treinador da marca, Junior Pereira, a principal fonte de inspiração para o seu desenvolvimento é a natureza. “Kenzo Amour é uma viagem de amor entre um homem e uma mulher pela Ásia e essa viagem é marcada por encontros e sorrisos”, disse durante evento de lançamento em São Paulo, que contou também com a presença da atriz e modelo inglesa Gabriella Wright, estrela da campanha. A novidade vem em quatro ti pos. O primeiro, Eau de Parfum (30 ml, 50 ml e 100 ml), foi inspirado em sensações e é feito com fl oral amadeirado almiscarado, fl ores, cereja e fl ores de frangipani, madeira de tanaka, chá branco, arroz e baunilha. Já o Eau de Toilett e Florale (40 ml e 85 ml) é mais fresco, tem nota de saída composta por essência de neroli e cardamomo, grapefruit e notas de cassis, além de fl ores de frangipani, gardênia e botões de rosa. O terceiro, Indian Holi, tem o frasco diferente dos demais e possui notas suaves de arroz, almíscar e fl ores de frangipani. Para fi nalizar, o L’Eau de Kenzo Amour é uma fragrância fresca, sensual, como uma carícia perfumada, e gostosa. O frasco do perfume é um escândalo. Criado por Karim Rashid, remete ao corpo de uma mulher e sua tampa é voltada para o céu de modo a simbolizar um pássaro.

CampanhaDe acordo com o treinador, Kenzo escolhe suas modelos pela beleza, esti lo de ser, personalidade. No Brasil para o lançamento, Gabriella Wright contou um pouco sobre a escolha. “Viajei ao redor do mundo e Kenzo está em todo lugar. Foi uma ótima experiência fazer a campanha. Nunca havia filmado com Super 8. O ensaio foi muito sensual!”, diz referindo-se ao filme de divulgação que tem direção de Patrick Guedj, diretor criativo da marca. A atriz é engajada em diversos projetos sociais ao redor do mundo, além de sua própria ONG Be for Peace.

Mais KenzoFlower by Kenzo é inspirado na mulher moderna e traz em sua composição lichia e gengibre. O Légére, de 30 ml, é mais suave, e ainda tem o Cologne, de 90 ml. Para esta temporada, a marca lembra da sustentabilidade, quando faz o refi l para recarregar de 50 ml, que está sendo vendido por R$ 189, o mesmo preço dos frascos de 30 ml. A proposta serve também para reduzir o consumo de energia e a emissão de gases poluentes.Já o Flower by Kenzo Summer é um sopro de primavera! O Eau de Toilett e não tem álcool em sua composição, de modo que pode ser usado no corpo todo, incluindo os cabelos e, se quiser ousar mais um pouco, pingar no travesseiro. A fi xação na pele, porém, diminui, podendo variar de três a quatro horas, já que as notas são voláteis.

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Cartier de Lune já começa a fazer graça com o nome, pois trata-se de um jogo depalavras. Isso porque se trocarmos o nomeda maison por “Quartier de Lune”, emfrancês, refere-se à fase quarto crescentedo período lunar.Desenvolvida pela perfumista Mathilde Laurent, a fragrância simboliza um cenário de sonho, um momento mágico sugerindo uma nuvem de flores brancas colhidas no frescor da noite.O frasco (100 ml, R$ 411) brilha, revelando a beleza de suas faces cor de pedra-da-lua, e a tampa de metal provoca uma sensação de luar e de encanto. O tom levemente azulado remete ao halo formado pela luz da lua nas românticas noites de luar.

Noite de luarCartier de Lune exalta a delicadeza

e a sensualidade feminina

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DECOR

28CASA CORConfi ra alguns espaços que são verdadeirasinspirações para reunir a família e os amigos

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decor

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reúnam-se!

decoração, arquitetura e paisagismo. São essas as palavras-chave do evento que completa 25 anos em São Paulo. Em uma extensão de 56 mil metros quadrados, é

preciso ir preparado para visitar todos os espaços. Afi-nal, são quatro mostras acontecendo ao mesmo tempo: Casa Cor, Casa Kids, Casa Hotel e Casa Talento.

Voltada para o “morar bem”, a mostra Casa Cor apresenta as tendências em arquitetura, decoração e paisagismo. A Casa Kids é desenvolvida para crianças até 12 anos. Para o mercado de turismo e hotelaria, vi-sitar a Casa Hotel é essencial. E para apresentar novos profissionais da arte e do design, a Casa Talento é o espaço indicado.

O tema escolhido para este ano é “Dia a Dia com Tecnologia”. E de tecnologia, realmente os espaços estão cheios, assim como a natureza, já que grande parte da inspiração dos profissionais foi voltada ao meio ambiente.

A visitação está aberta até 12 de julho, e pode ser feita de terça a sábado, das 12h às 21h30; domingo, das 12h às 20h. Ingressos custam de R$ 37 a R$ 41 e o pas-saporte sai por R$ 70.

Aqui, A Magazine selecionou espaços para reunir amigos e família.

Casa Cor 2011 traz conceito de tecnologia para o cotidiano. Tudo pode ser controlado na sua casa com um simples click no seu tablet

Por RenaTa Gomes FoTos FabriCio Jr

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Sala de jantar recebeu uma grande mesa branca e cadeiras de chenille.

Destaque para o pendente com cristais da Sacatt o Lampadário.

Abaixo, o living com bastante espaço para receber visitas

O espaço “Passatempo é diversão” foi desenvolvido para o homem solteiro e moderno, que gosta de reunir os amigos para conversar e preparar um jantar. A mistura com a Mostra Bgourmet deixa o ambiente mais despojado e cheio de requinte

decor

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Casa Cor PrimalA designer de interiores Jóia Bergamo criou uma

casa repleta de tecnologia e luxo, ou seja, ela é controlada por iPhones e iPads. A iluminação, as persianas, o áudio e vídeo, além do som ambiente é tudo controlado com o toque. Assim como o piso, que é aquecido por meio da tecnologia. São cerca de 900 metros quadrados mui-to bem distribuídos, entre hall de entrada, living, espaço gourmet e suíte.

O living, que é o destaque do espaço, possui diversos elementos que resgatam a importância da natureza e o primitivismo. Diversas obras de arte indígenas garimpa-das pela própria designer reforçam a preocupação em misturar e combinar esses elementos. As esculturas tam-bém alegram o ambiente, pois têm cores vivas e marcan-tes. Os lustres da Puntolucce que compõem o ambiente já foram expostos em Milão e também chamam atenção.

A lareira embutida é acionada por controle remoto, mas, à primeira vista, não é possível perceber, pois ela é uma peça escultural moldada em aço corten.

Um dos pontos altos do ambiente é que a tecnologia está ali, mas, muitas vezes, não dá para perceber.

Passatempo é diversão Com um espaço ultramoderno e cheio de toques

masculinos, o “Passatempo é diversão” foi desenvolvido para o homem solteiro, que gosta de reunir os amigos em casa. Projetado pela arquiteta Maria Paula Giuliano e pela designer de interiores Luciana Pastore, o espaço in-tegra uma ilha de cozinha e um living. Da decoração aos elementos mobiliários, tudo foi pensado para atender a vida corrida e moderna do homem contemporâneo.

Os dois ambientes são divididos por uma jabutica-beira, que foi plantada no centro. “É o ‘passar o tempo’ da natureza. Ponto central do projeto, a árvore completa o ambiente”, explica Maria Paula.

Os eletrodomésticos coloridos alegram o ambiente e complementam a proposta do ambiente, que faz parte da “Mostra Bgourmet”.

A tecnologia fi ca por conta das luzes, do ar-condicio-nado e da televisão que são controlados por iPhones e iPad. Uma excelente opção para eles!

Concept Hall DecaMais um espaço integrado dividido em dois banhei-

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ros, um living, um espaço gourmet e um anexo exposi-tivo de vista para o Jockey Club. O ambiente é assinado pelo arquiteto Roberto Migotto e agrega muita sofi stica-ção, bom gosto e, claro, tecnologia.

Para o living, espaçoso e acolhedor, o arquiteto uniu a tecnologia das inovações da Deca com as tendências de mercado. Obras de arte que exaltam a natureza e peque-nos detalhes na decoração, trazem a sensação de se estar numa luxuosa casa de praia... Só faltou a vista para o mar!

Sala de estar e galeriaO arquiteto Aquiles Nícolas Kilaris e a designer de

interiores Iara Kilaris são os responsáveis pelo espaço repleto de luzes e luxo. A ideia é montar uma galeria no corredor da sala e reunir os convidados ali mesmo.

Um dos destaques do ambiente é o teto, que possui desenho de gesso pintado lembrando o curso de um rio. “Gostamos de recriar as linhas da natureza e de usar for-mas orgânicas em nossos projetos”, ressalta o arquiteto.

Com um ar clássico, os móveis e as cores neutras são harmoniosas, e até “certinhas” demais. Visualmente, é muito prazeroso.

A tecnologia empregada no espaço é o sistema au-tomatizado iHouse, no qual é possível ouvir música ou assistir a um fi lme a partir de um simples toque no tablet ou smartphone. Muito luxo!

Lounge do músicoAs arquitetas Fernanda Fernandes e Roberta Maio-

rana montaram um ambiente em homenagem à cantora Fafá de Belém. O espaço é divido em sala, lavabo, mini-copa e bar. Tudo foi montado de acordo com a história de vida, de memória, de atitude e, principalmente, de re-fl exão. “Quando idealizamos o espaço, decidimos fazer uma homenagem a Belém, cidade natal de Fafá e que ela tanto prestigia”, contam as arquitetas.

Com objetos pessoais da cantora, o espaço é pe-queno, porém bem utilizado e com diversos elemen-tos que evidenciam a música e a arte. Artistas de nome como Emmanuel Nassar, Alberto Nicolau, Luiz Braga e Miguel Rio Branco além da Fafá, ajudaram a deixar o “Lounge do Músico” sensacional!

JOCKEY CLUB DE SÃO PAULO aVenIDa LIneU De PaULa maCHaDo, 1.075,

O teto, com a ideia do curso de um rio, é um toque especial dos profi ssionais no ambiente

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Fafá de Belém foi inspiração para o “Lounge do Músico”, e acrescentou toques pessoais ao ambiente

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D E S I G N

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36TRUE COLORSCores vibrantes, ao contrário dos dias cinzas e chuvosos,

dão o tom da estação mais fria do ano

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moda

A energia das cores vibrantes funciona como um antídoto para os dias nublados e chuvosos. O contraste quebra a monotonia, além de ser ousado e moderno

True colorsFOtOs MarcelO BOrMacediçãO de MOda deBOrah lOpes (M)ninasBeauty paulO Filatier (GllOss)MOdelO ivys KOllinG (FOrd)trataMentO diGital WM FusiOn.cOM.Brassistente de FOtOGraFia léO sOMBra

casacO 7/8 e cOlete de tricô, spezzatOBlusa, dtacachecOl, ease

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vestidO, tritOn

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vestidO, FOruMcasaQuetO,MariavalentinacOlete, Miss zaidecintO, ease

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MacaQuinhO, cOlccitricô, daslucachecOl, BenettOnMeia calça, tri FilsapatOs, Maria FilÓ

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Blusa, cOlccicalça, daslucachecOl, BenettOn

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Mini pull, cacília pradOBlusa de paetês, Miss zaidecalça, FOruMcachecOl, lavíniaanel de Brilhantes neGrOs, déBOra iOshpeanel de Brilhantes, nina JOalheiraanKle BOOts, tritOn

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pull, BenettOncOlete xadrez, Gant

casacO de nylOn,adOlFO dOMinGuezcalça, calvin Klein

sapatOs, tanara

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vestidO, FOruMcachecOl, BenettOnMeias, cantãOanKle BOOts, tritOn

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casacO 7/8 e cOlete de tricô, spezzatOBlusa, dtacachecOl, easecalça, JetsapatOs, Maria FilÓ

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Onde encOntraradOlfO dOminguez, tel.: (11) 3024-3807 - BenettOn, tel.: (11) 3088-5422 - calvin Klein, tel.: (11) 3817-5702 - cantãO, tel.: (11) 3031-7007 - cecília PradO, tel.: (35) 3443-2221 - cOlcci, tel.: (47) 3247-3000 - daslu, tel.: (11) 3841-4000 - déBOra iOschPe, tel.: (51) 3061-1009 - dta, tel.: (31) 3286-6560 - ease, tel.: (11) 2367-8659 - fOrum, tel.: (11) 3062-8007 - gant, tel.: (11) 3083-3574 - Jet, tel.: (11) 3034-2850 - lavínia, tel.: (11) 3222-7522 - maria filó, tel.: (11) 3552-2870 - mariavalentina (44) 3351-5000 - miss zaide, tel.: (21) 3322-5021 - nina JOalheira, WWW.ninaJOalheira.cOM.Br - sPezzatO, tel.: (11) 3842-3225 - tanara, tel.: (11) 3047-6204 - tri fil, tel.: (11) 2281-8681 - tritOn, tel.: (11) 3085-9089

vestidO, FOruMcachecOl, BenettOn

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GRIFE

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Victor HugoSinônimo de bom gosto e sofi sti cação, marca brasileira tem

feito sucesso no país e em Nova York

POR TATIANNA BABADOBULOS

Bolsa TylerJacquard Mogano

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Sinônimo de qualidade, beleza e estilo, a Victor Hugo vem construindo sua história de suces-so desde quando surgiu, em 1975, com a inau-guração da sua primeira loja, em Ipanema, no

Rio de Janeiro. Foram necessários apenas cinco anos para que a grife chegasse à capital paulista, na Rua Os-car Freire. E, desde então, não parou mais de crescer. Ao todo, são 70 lojas esparramadas pelo país, além de uma em Nova York e corners na Sack's.

Na cidade norte-americana desde 2004, segundo o diretor de marketing da grife, Teddy Paez, a marca é muito respeitada, tem identidade própria. “Trabalha-mos com couros exóticos, temos preço e qualidade, além do desenho exclusivo.”

Se não estão em lojas da marca, os produtos são ven-didos em multimarcas, de modo a divulgar ainda mais a moda e o estilo de vida que a Victor Hugo propõe.

Fundador da marca e o atual diretor criativo da grife de bolsas, o uruguaio Victor Hugo começou na moda como modelo, depois seguiu pelo ramo das joias de prata. Então, resolveu fazer bolsas artesanais e nunca mais parou. Atualmente, abriu o seu leque de produtos e comercializa, além de bolsas e carteiras, tal como começou, óculos de sol e de receituário e lenços de seda.

Embora seja o diretor criativo, Victor Hugo possui uma equipe responsável por diversas divisões, como as já citadas, além de ter feito duas temporadas de calça-dos. Segundo o diretor de marketing, o leque foi aberto por conta de uma “demanda de mercado”. “Os óculos tinham de vir, assim como lenços de seda, acessórios importantes para acompanhar a bolsa”, justifi ca, lem-brando que o lenço é lançamento e é produzido na China a partir de diferentes tipos de seda, como cetim de seda, crepe Georgette e seda Selvagem em estampas e cores que remetem ao universo de luxo da marca.

Já os óculos são fabricados na Itália. É naquele país, em Florença, aliás, onde funciona um escritório que desenvolve, junto aos melhores fornecedores do mercado europeu, tecidos e materiais exclusivos para sua produção. Assim, por exemplo, é produzido o Jac-quard, material cujas padronagens são complexos en-trelaçamentos, que possibilitam desenhos, com os mes-mos fi os utilizados, além de maior durabilidade, já que a posição dos fi os o torna mais resistente.

ArtesanalDesenvolvedora de produto de artesanato por ex-

celência, a Victor Hugo produz de bolsas a pastas exe-cutivas, de frasqueiras a malas para viagem, de chavei-

Bolsas para o dia a dia e também detalhe do lenço de seda, acessório que começou a ser produzido na China pela marca

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GRIFE

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Bolsa Corsa Zafi ano Lemonade. Abaixo, senhor Victor Hugo, fundador da marca, ao lado da modelo Siri Tollerod. À direita, fachada da loja localizada em Nova York

ros, cintos a acessórios para escritório em sua fábrica no Rio de Janeiro.

Ao todo, são 1.500 funcionários em um parque industrial, que ocupa área de 5 mil metros quadrados, capaz de produzir 360 mil peças por ano. Paez conta que os artesãos são preparados para desenvolver o pro-duto da marca. São cerca de 20 pessoas por ilha, sendo que cada ilha é um produto. E cada artesão conhece bem aquilo que produz. “Já temos diversas gerações na fábrica, artesãs com suas fi lhas também artesãs, por exemplo”, completa Paez.

Ele conta ainda que uma bolsa demora de seis a oito meses para ser produzida. “Além do desenho, exis-te uma engenharia por trás que vai desenvolver a fer-ramenta para cortar determinado tecido”, explica. “É todo um trabalho próprio, autoral. Além dos tecidos, há os banhos de ouro em baixas densidades, 9 quila-tes, para que o metal colocado em fechos e logomar-cas dure mais tempo. Além disso, temos a preocupação com o meio ambiente.”

Detalhe também para a produção, que depende da matéria-prima. “Há clientes que esperam e reservam o produto, pois querem exatamente aquele.” Embora nos

anos 1980 as bolsas do tipo saco eram as vedetes, hoje em dia há diversos modelos, e não apenas os de festa, que utilizam materiais nobres e desenhos exclusivos. A coleção lançada em cada estação é composta por 400 itens. A última traz uma releitura das coleções dos anos 1980, nas quais o glamour e as cores transformam-se na diversidade de modelos e materiais. O Jacquard traz o luxo do Lamê em suas tramas, misturando couros vinta-ge e Canvas Mix em modelagens contemporâneas. De-talhes de couro e jogos de cores. Há ainda a tecnologia dos couros acetinados e metalizados e couros exóticos trabalhados artesanalmente em python, jacaré e avestruz.

Paez conta que Victor Hugo vai compondo com novos detalhes, faz experiências com novas tecnologias para desenvolver produtos cada vez mais contemporâ-neos e interessantes. Tal como grifes importadas, como Louis Vuitton, Prada, Gucci, Victor Hugo também é alvo das falsifi cações. Para Paez, essas cópias são sinô-nimas do sucesso. “Nossa preocupação não é ali. Hoje os falsifi cadores encontraram seu caminho, não nos preocupa muito. O fato de ser copiado é que você é um sucesso”, conclui. Sucesso, aliás, que não para mais de crescer!

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TURISMO

52 CLINIQUE LA PRAIRIELocalizada na Suíça, clínica e SPA é óti ma pedida para relaxar e cuidar do corpo

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Clinique La PrairieNão estava nos meus planos empreender, naquele momento, uma viagem à Suíça, mas quando me vi diante da possibilidade de visitar esse pequeno e belíssimo país,

não titubeei um só momento

Por JohNNy MazzilliFotoS JohNNy Mazzilli

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Saltam aos olhos, ao desembarcar, a ostensiva prosperidade e a organização onipresente. Tudo funciona, a começar pelas instituições. Durante vinte dias, convivi com um povo extremamen-

te hospitaleiro e cordial e um país limpo e preservado. Visitando vários cenários, acompanhei um pouco a pro-dução de queijos, chocolates, vinhos e relógios. Visitei diversos lugares, como Montreux, Vevey, Fribourg, Le Sentier, Gruyère, Bern, Emmental e Zermatt, além de passar por uma infi nidade de lugarejos encravados nas montanhas ou em vales profundos, cobertos de pasta-gens verdinhas. Cenários que parecem existir somente em sonhos ou contos. Era fi m do inverno e o frio já não era mais intenso. Passei por algumas regiões razoavel-mente nevadas e outras sem resquícios de neve.

Assim que cheguei, aluguei um carro no aeroporto de Genève e me dirigi a Montreux, cidade celebrizada pelo consagrado Festival de Jazz. Lá, me instalei na Cli-nique La Prairie durante três dias, uma renomadíssima clínica médica e SPA. Durante esses três dias, acompa-nhei o trabalho de diferentes profi ssionais e conheci um pouco do funcionamento de uma clínica desse nível. E, claro, desfrutei de alguns serviços e das instalações.

Horas depois de minha chegada, fui procurado por uma zelosa e bem humorada nutricionista, que me en-trevistou a respeito de meus gostos e hábitos. Preenchi uma pesquisa alimentar e desta se originou o cardápio que me foi servido durante os dias. A preocupação com o baixo consumo calórico não é entrave para a criativida-de gastronômica do chef Jean-Bernard Muraro.

Após a entrevista, conversei com o doutor Thierry Whally, que dirigiu a Clinique La Prairie durante quase duas décadas. Ele me passou algumas informações ge-rais sobre o funcionamento da clínica e discorreu sobre o perfi l dos clientes. Atualmente, são os novos ricos russos seus mais assíduos frequentadores, que vêm sempre no auge do inverno, escapando um pouco do frio inclemente. Orientais, como japoneses, também são clientes frequentes, tal como pude ver durante os dias que estive lá. Uma estadia convencional na Cli-nique La Prairie dura, no máximo, uma semana. Ao chegarem, todos passam por uma entrevista preliminar com Thierry, que orienta as bases de cada tratamento e encaminha os pacientes a diferentes profi ssionais. Sim, a palavra é “paciente” – antes de tudo, trata-se de uma clínica médica e também um SPA, e não o contrário.

TURISMO

Clínica médica e SPA realiza entrevista preliminar para os médicos conhecerem os hábitos dos pacientes

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“Não se promove alteração na aparência das pesso-as sem mudanças internas ou de comportamento”, diz Whally. Fundada em 1931, a clínica conta com amplo reconhecimento internacional, dentre outras coisas, por seus tratamentos antienvelhecimento.

Há diferentes alas na clínica e um túnel subterrâneo conecta duas destas alas. Muitos hóspedes são famosos e exigem privacidade, então há um cuidado no sentido de preservar não apenas a privacidade, mas também a identidade do paciente. São artistas, banqueiros, mú-sicos famosos, políticos e endinheirados de um modo geral. No meio artístico, diz Whally, é muito comum o anseio não só por parecer bem, mas também vender a ideia de que esse estar bem não é fruto de nenhum tipo de intervenção, tratamento ou dieta. Como se a bonite-za fosse sempre natural e duradoura.

Sabri Derder é um cirurgião plástico que conhece bem o Brasil. Durante pouco mais de três anos, ele es-tagiou com o mestre Pitanguy e viveu no Rio de Ja-neiro. Suas especialidades são as cirurgias corretivas faciais e as plásticas mamárias. Muito simpático e bem humorado, ele enfaticamente afirma que o tempo das plásticas “puxa–estica” já se foi há muito tempo. Hoje em dia, segundo Derder, a moderna plástica facial cor-

retiva concentra-se no discreto preenchimento de vo-lumes. Ele mora em Vevey, e tem saudade do tempo em que vivia no Rio de Janeiro, principalmente da exu-berante gastronomia brasileira - Derder é apaixonado por uma boa feijoada.

Durante nossa conversa, ele abre uma grande gave-ta e tira uma série de gabaritos e próteses mamárias, de diferentes tamanhos e estilos, e didaticamente começa a me explicar: “Essa eu tirei de uma paciente nesta se-mana”, diz, pondo na minha mão um grosso disco de silicone, que me pareceu um tanto pesado.

O clima estava meio fechado, a cidade deserta e, com o frio, não me animei a explorar as redondezas. Como eu teria ainda 17 longos dias pela frente depois que deixasse a clínica, aproveitei e fiquei os três dias curtindo in, nadando na grande piscina aquecida, fa-zendo ioga e massagem Thai. Ao cair da noite, era hora de saborear uns vinhos e ouvir um pouco de jazz no piano bar. Após o jantar e mais duas taças de vinho, eu me recolhia cedo, pois os dias estavam “puxados”...

Para os que desfrutarão de uma estadia de uma semana, uma boa pedida de passeio fora da clínica é pegar uma bike disponível aos hóspedes da clínica e pedalar de Montreux a Vevey, cidade vizinha onde

Piscina aquecida é uma ótima opção para relaxamento

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Clínica oferece, por exemplo, ioga e massagem Thai em suas instalações. Se não quiser ir conhecer a redondeza, nem precisa!

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viveu Charles Chaplin, e que fi ca a cinco minutos de carro. Outra dica interessante é fazer um “bate e volta” de trem até a badalada Gstaad, uma das estações de esqui mais famosas da Suíça. O trem atravessa cenários deslumbrantes. Cercada de montanhas imponentes, a cidade, no inverno, fi ca coberta pela neve. Esquiadores, trekkers e turistas deleitam-se em restaurantes que ser-vem generosas foundues e raclettes. São apenas duas horas de trem, através de cenários incríveis.

Após minha estadia na Clinique La Prairie, segui viagem rumo a Fribourg, onde visitei uma fábrica de chocolates, deixando de lado as restrições calóricas, “me jogando” na gastronomia suíça e na perdição de queijos, chocolates e vinhos.

DICASCOMO CHEGARSWISS, WWW.SWISS.COM/BRASIL, TEL.: (11) 3049-2720a CoMPaNhia aÉrEa tEM VooS DiÁrioS Para zUriQUE E GENÈVE, DE oNDE SE PoDE ProSSEGUir DE Carro oU CoNFortÁVEiS trENS Para MoNtrEUX. a SUÍÇa É UM PaÍS DE PEQUENaS DiMENSÕES, EStraDaS ÓtiMaS E UMa Malha FErroViÁria EFiCiENtÍSSiMa. tUDo FiCa PrÓXiMo.

INFOCliNiQUE la PrairiE, WWW.laPrairiE.Ch MoNtrEUX & VEVEy, WWW.MoNtrEUXriViEra.CoMSUÍÇA, WWW.VISIT-SWITZERLAND.CH

Restaurante serve alimentação equilibrada e ainda há o piano bar, onde é possível apreciar um bom vinho com o jazz ao vivo

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TURISMO

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Nos caminhos da

TransilvâniaTerra de estacas pontudas e caninos afi ados

POR JOHNNY MAZZILLIFOTOS JOHNNY MAZZILLI

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Alguns fatos em minha vida parecem ter cons-pirado para que eu visitasse a Romênia. Ainda pequeno, meu pai me deu uma velha coleção de selos. Em um mundo sem internet e com

uma infância de poucos recursos, era neles que eu viajava pelo mundo. Os mais vistosos eram os romenos.

A Transilvânia entrou cedo em meu imaginário, atra-vés dos filmes de vampiro que eu adorava ver. Tempos depois soube que a Transilvânia fica na Romênia. Anos mais tarde, folheando um grosso livro sobre a Segunda Guerra Mundial, me impressionei com cenas dramáticas de combates que se desenrolavam em branco e preto em uma paisagem diferente, ao redor dos Montes Cárpatos. E onde ficam os distantes Montes Cárpatos? Lá mesmo.

Foi em um tranquilo fim de tarde de outubro que, ao cruzar uma remota fronteira da Sérvia com a Romênia, adentrei no passado. O cenário bucólico do interior da Sérvia se tornou ainda mais pitoresco. Velhinhas simpáti-cas de semblante sofrido vendiam uvas e puxavam dóceis vaquinhas pela coleira à beira da estrada. Antigas carroças de madeira iam e vinham. Rural é pouco.

Com pouco mais de 22 milhões de habitantes, a Ro-mênia é o nono maior país europeu e um dos mais agrá-rios do extinto bloco de satélites soviéticos. Importantes reformas vêm sendo empreendidas pelo governo e os resultados aparecem lentamente. Em 1999, a União Eu-ropeia convidou o país para integrar o seu bloco, mas so-mente em 2005 a adesão foi aprovada. Ainda há muito a fazer: até hoje, por exemplo, mesmo nas grandes cidades, poucos falam o inglês e ainda é preciso trocar o euro pelo dinheiro local, o leu.

O idioma tem origem latina e parece-se vagamente com o português. Existe lá uma frase famosa que diz: “com carne de vaca não se morre de fome”, que em por-tuguês é grafada da mesma forma.

DráculaCheguei a Timisoara ao cair da noite, e fotografei a

exótica catedral ortodoxa, toda iluminada. Dia seguinte, após uma visita ao seu interior e um giro em uma feira livre, segui para Hunedoara, onde se situa um dos mais espetaculares castelos da Transilvânia, o Hunyadi – mais conhecido pelos romenos por Corvin Castelul. Foi nele que permaneceu preso por sete anos Vlad Tepes (Vlad Tsépesh), príncipe da Walákia, que reinou por três curtos períodos no século 13. Embora tido como um governan-te justo com os súditos seguidores da lei, não foram exa-tamente os ideais de justiça que o tornaram famoso, e sim o destino cruel que reservava aos invasores, opositores e foras da lei, o empalamento. Consta que em um único dia Vlad Tepes ordenou o empalamento de 1.700 prisionei-ros turcos, um povo que desfechou ataques ferocíssimos

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à Romênia, muitos deles bravamente repelidos pelo exér-cito de Vlad. Foi ele quem inspirou Bram Stocker a criar o personagem Drácula.

Quanto mais eu rodava, menos parecia que ia surgir um castelo nas imediações. O mapa mostrava que eu es-tava muito perto, mas eu só via gigantescas instalações industriais abandonadas, galpões enormes e selvas de tu-bulações apodrecidas. Hunedoara foi uma típica planta in-dustrial soviética, um lugar cinzento onde o regime estatal dos velhos tempos de comunismo plantou estes mons-trengos, engolfados pela derrocada do regime e relegados ao abandono.

De repente, uma curva e o castelo, grandioso e im-ponente. Fiquei imaginando o dia a dia ali, sete séculos atrás. Já era tarde e não consegui entrar, então fiquei apre-ciando o visual do lado de fora. O crepúsculo trouxe uma luz bonita que propiciou belas fotos. Ao anoitecer, entrei em uma pequena taberna ao lado do castelo, onde uma esforçada garota não falava “lhufas” de inglês, mas en-tre gesticulações e onomatopéias do tipo “múúúúú”, ou “cocoricó”, nos entendemos sobre as poucas opções do cardápio. Dali a pouco ela ressurgiu com uma suculenta, fumegante e salvadora sopa de carne de vaca, que detonei com muitas fatias de pão.

Barriga cheia e aquecido, saí em direção a Sibiu, belís-sima cidade medieval onde passei um dia fotografando. Sibiu foi eleita a Capital Cultural Européia, em 2008, e é uma das mais importantes representantes da arquitetura da Transilvânia. De Sibiu, empreendi uma longa e tortuo-

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sa jornada até um lugar de nome agradavelmente sonoro - Curtea de Arges. Fui até aquele fi m de mundo visitar Citatea Poenari, o castelo onde Vlad Tepes viveu a maior parte de sua vida. Mas cheguei ao fi m da tarde, o castelo era apenas ruínas no alto de um morro sem estrada de acesso. Teria de caminhar e só chegaria lá à noite, de modo que o fotografei dali mesmo e arranquei rumo a Vila de Bran, onde fi ca o castelo de mesmo nome. Lá, Vlad Tepes viveu durante alguns anos e de lá rechaçou três devastado-res ataques turcos.

As estradas na Transilvânia são sinuosas, estreitas e cheias de grandes caminhões transportando contêineres. Subestimei feio o tempo que gastaria na estrada, e às vezes levava quatro horas para percorrer apenas 100 quilôme-tros. Em todos os lugares, as carroças de madeira conduzi-das principalmente por ciganos seguem indiferentes à pro-ximidade dos caminhões, que vão e vem tirando perigosas fi nas. Gado solto cruza a estrada toda hora.

Cheguei à Vila de Bran tarde da noite e me alojei em uma singela hospedaria defronte ao castelo. Dormir naquele lugar, depois de algumas taças de um excelente vinho tinto, teve um sabor especial. De manhã fui até o castelo, mas não vi nenhuma referência a Vlad. Séculos depois de sua morte, uma rainha chamada Mary morou

BolsOmnimus. Atendi rest aut et ad quas aut molent ea ius etus asped quat ut es explaut pa delibus et reius.Os aut reperum solorionsed

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lá, e há quatro anos seus herdeiros readquiriram o direito de administrar o castelo. Então, eles removeram todas as referências à Vlad Tepes, encheram os salões com fotos e objetos da queen Mary e montaram um tediosíssimo museu em sua homenagem. Não liguei para essa falta de ambientação, pois, pra mim, mais importante do que isso, é saber que dramas tão terríveis como verdadeiros ali se desenrolaram. Foi lá que Vlad refi nou as artes do empala-mento e institui o derramamento de água fervente sobre inimigos que escalavam as muralhas – prática antiquíssima que ele pôs em uso novamente.

Em todo lugar, incontáveis velhinhas com roupas de lã, expressões marcadas e lenços coloridos na cabeça, pe-dalando antigas bicicletas, puxando suas vaquinhas, ven-dendo uvas, cebolas, batatas e nozes à beira do asfalto, em frente a suas casas. Uma velhice forjada em um passado duro, propiciada por regimes ditatoriais comunistas que democratizaram a pobreza e instauraram o atraso.

Esqui De Bran segui pra Brasov, uma cidade turística e ba-

dalada, fundada no longínquo ano de 1211. No caminho, desviei um pouco pra visitar Citatea Rasov, uma antiga ci-

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TURISMO

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dadela fortifi cada no alto do morro. Brasov apresenta uma inusitada mescla de arquitetura medieval e art noveau. Em toda a Transilvânia, este é o lugar mais badalado e frequen-tado por turistas. A 12 quilômetros da cidade, a estação de esqui Poiana Brasov fi ca lotada nos gélidos invernos da região, e as pistas de esqui se mantêm nevadas por 120 dias, marca difícil de ser superada.

No Predeal Resort, em meio às montanhas, restau-rantes fazem uma releitura da rústica gastronomia local, dando aos pratos ares sofi sticados. Lá é possível esperi-mentar excelentes vinhos feitos com a uva riesling, expo-ente da viticultura romena. Vale uma esticada no belíssimo monastério de Sinaia, situado a 45 km de Brasov, no vale Prahova.

De Brasov, segui para Sighsoara, uma das cidades mais medievais e “vampirescas”, terra natal de nosso amigo Vlad Tepes. Quem deseja conhecer a Transilvânia não pode pular Sighsoara, considerada pela Unesco o centro medieval mais bem preservado do mundo. Dois dias lá são sufi cientes para explorar a cidadela medieval, com suas torres, arcos centenários e a bela catedral, fundada no século 13 por povos saxões, onde há um raro altar renas-centista esculpido e um púlpito barroco, datados de 1298.

Dois dias em Sighsoara e dei uma guinada para o nor-te, rumando para Sighetu Marmatiei. Lá, um belíssimo

cemitério todo entalhado em madeira encanta os poucos turistas que aparecem por aquelas bandas. Os entalhes tra-zem referências bem humoradas sobre a vida do falecido, amenizando sua morte.

A Transilvânia é conhecida como “one of the dum-pest places in the world”, ou em bom português, um dos lugares mais nevoeirentos do mundo. Tive sorte a maior parte do tempo – o sol apareceu quase todos os dias. Mas o dia de ir embora amanheceu transilvanicamente chuvo-so e sombrio. E foi assim que empreendi meu caminho fechando um circuito de volta a Budapeste, capital da Hungria, onde havia começado essa viagem há 22 dias, seis países e cinco mil quilômetros antes.

DICAS ONDE FICA – LESTE DA EUROPA.COMO CHEGAR - NÃO HÁ VÔOS DIRETOS DO BRASIL. A COMPANHIA AÉREA HÚNGARA MALEV TEM VOOS PARA BUCARESTE (CAPITAL DA ROMÊNIA) A PARTIR DE VÁRIAS CAPITAIS EUROPEIAS. MELHOR ÉPOCA - DE ABRIL, FIM DO INVERNO, ATÉ OUTUBRO, FINAL DO OUTONO. COM A NEVE É POSSÍVEL VISLUMBRAR CENÁRIOS ESPETACULARES, MAS O CLIMA PODE PERMANECER LONGAMENTE ENCOBERTO.QUEM LEVA - A LATITUDES TEM VIAGENS PERSONALIZADAS PARA ROMÊNIA E HUNGRIAWWW.LATITUDES.COM.BR

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Localizado em praia exclusiva, a 15 minutos de Miami Beach, rodeado de luxo e conforto. Assim é o One Bal Harbour Resort & SPA, que fica em Bal Harbour, um polo turístico, cultural e gastronômico. Ao todo, são dois quilômetros de praias de areias brancas e águas cristalinas, hotéis e restaurantes sofisticados. No Brasil para apresentar o hotel, a diretora internacional de vendas Isabel Sarmiento-Muehlich, argentina que vive em Miami, comenta que a cidade mudou muito de 10 anos para cá. “Todos os hotéis têm de ser de luxo, porque é isso o que os turistas procuram”, enfatiza.Além dos hotéis e dos restaurantes, destaque para o Bal Harbour Shops, que abriga lojas top, como: Cartier, Lanvin, Chanel, Dior. “Estamos muito entusiasmados, porque os brasileiros estão interessados no mercado de luxo”, comenta.

Além de ser um pedaço grande de moda, a cidade oferece programas culturais, como concertos abertos ao público, sessões de cinema ao ar livre, maneira de atender as expectativas do cliente para que ele tenha uma experiência única.No One Bal Harbour Resort & SPA também é possível conseguir serviços exclusivos, como personal shopping, e ter o Dia da Noiva inesquecível. Isabel conta ainda que há muitos brasileiros visitando Miami como destino para descanso e, claro, compras, mas é também um destino de passagem, já que muitos cruzeiros pelo mar do Caribe partem dali. Opção pra lá de exclusiva para pessoas que não abrem mão do conforto e do luxo em suas viagens.

One Bal HarBOur resOrt & sPa 10.295, COLLINS AvENuE,BAL HARBOuR, MIAMI, FLORIDA, TEL.: 1 (305) 455-5400,www.ONELuxuRyHOTELS.COM

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miami alémdas compras

Hotel oferece luxo e conforto aos visitantes de Bal HarbourPOR TATIANNA BABADOBuLOS

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GASTRONOMIA

68ALÉM DA PARRILLARestaurante traz ao país experiênciaargenti na na gastronomia

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Ambiente rústico, mas com sofi sticação e um cardápio pra lá de convidativo. Assim é o Pobre Juan, restauran-

te que abriu sua quarta unidade junta-mente com a inauguração do Iguatemi Alphaville, no fi nal de abril, depois de experiências em lojas de rua na capital paulista, como na Vila Olímpia e em Higienópolis, e também em shoppings center, como no Cidade Jardim e no Iguatemi Brasília.

De acordo com Cristiano Melles, um dos sócios da casa, o cardápio é igual em todos os restaurantes, assim como o ser-viço. O que muda é o público conforme o dia da semana. “De segunda a sexta te-mos um perfi l mais executivo. Os casais vão para jantar e, aos fi nais de semana, as famílias”, conta.

Quando escolheu abrir uma fi lial no Iguatemi Alphaville, Melles afi rma que já tinha o sonho de estar no bairro. “Bus-camos abrir no Iguatemi, pois já tínha-mos parceria com a unidade em Brasília e buscávamos algo inovador. Tínhamos o sonho de abrir em Alphaville, mas fal-tava a oportunidade, e me pareceu essa

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AlémdaPobre Juan traz a experiência gastronômica argenti na em mais uma unidade

POR TATIANNA BABADOBULOS

parrilla

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ser uma ótima, pois a ideia do shopping era fazer um centro gastronômico e funcionou.”

Para compor o ambiente aconchegante, que conta também com uma varanda que se tornará bastante dis-putada nas noites de verão, há música ao vivo (à noite, de terça a domingo) e adega climatizada com mais de 200 rótulos de vinho. No Iguatemi Alpha-ville, ao lado da adega, que fica no centro do salão, há um ofurô cheio de gelo picado para “abrigar” cervejas.

No cardápio, o melhor da gastronomia argenti-na. “Escolhemos essa gastronomia, pois lá encon-tramos bons restaurantes de carne e o modo de fa-zer, na parrilla, não existia por aqui. Viajamos para a Argentina e trouxemos alguns profissionais de lá”, conta Melles. Ele acrescenta que o corte argenti-no, diferenciado, foi a primeira ideia, mas o toque é brasileiro. “Como o ambiente, feito com madeira, muito verde, pé direito alto etc.”

No Pobre Juan, a visita não vale apenas pela car-ne vermelha, especialidade do país vizinho, mas é toda uma experiência. “Além da carne bovina, ven-demos, por mês, em todas as unidades, mais de uma tonelada de peixe”, diz. Entre as opções, Abadejo Puerto Madero, Linguado, Salmão.

Ofurô para cervejas, salada Dracena e panqueca de doce de leite

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Varanda da fi lial em Alphaville e o bife Pobre Juan,

que pode vir acompanhado de papas souffl é e arroz biro

biro, por exemplo

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ParrillaNo cardápio, o carro-chefe é a parrilla. “Este é o modo

de fazer, mas não tem só carne bovina, tem carne de cor-deiro, paleta de cordeiro. Há dois meses, fi zemos um fes-tival de javali.” Mas já que as pessoas vão lá mesmo para comer a saborosa carne argentina, há bife Ancho, bife de Chorizo, Ojo de bife e o exclusivo Bife Pobre Juan.

Ainda constam do cardápio saladas (Caesar, Caprese, Dracena, Flamboyant, Jamòn, Pupunha, Sibipiruna, Tipu-ana, Verde e Verde com Alcaparrones), frango, papas souff-lé, farofa de huevos, arroz biro biro. São argentinas também as entradas, como a empanada de carne, Cebolla Rellena, Chorizo de Picanha, Jamòn Crudo com Mussarela de Bú-fala, Lascas de Parmesão, Provoleta com Tomate.

Para fi nalizar, a sugestão é um sem-número de pos-tres preparados com o autêntico doce de leite argentino Havanna, como panqueca, Petit Gâteau, Mil folhas. Como nem só de dulce de leche vivem os doces, há ainda Creme de Papaya, sorvetes, torta de Chocolate e de Manzana. O difícil é escolher um só!

POBRE JUAN RUA COM. MIGUEL CALFAT, 525, VILA OLÍMPIA, SÃO PAULO, TEL.: (11) 3845-4965RUA TUPI, 979, HIGIENÓPOLIS, SÃO PAULO, TEL.: (11) 3825-0917SHOPPING CIDADE JARDIM, 3° PISO, SÃO PAULO, TEL.: (11) 3552-3150IGUATEMI ALPHAVILLE, PISO RIO NEGRO, TEL.: 4209-1700

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CHEF

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Aos 34 anos, Andrea Kaufmann acaba de inaugurar uma nova casa na Vila Madalena. Depois de três anos à frente da AK Delica-tessen, a chef partiu para uma nova emprei-

tada gastronômica em busca de uma cozinha simples e despretensiosa: o AK Vila.

A proposta é um menu enxuto, rotativo e com re-ceitas inspiradas pelas experiências pessoais da chef, que é formada em publicidade e entrou na cozinha pela porta da literatura. Isso porque ela se considera autodidata e é devoradora de literatura gastronômica. Porém, como nem só de teoria vive a gastronomia, ela frequentou cursos ministrados por grandes chefs, além de ter participado do técnico em Padaria no Senai e do curso de gastronomia do Senac. Antes de abrir seu negócio, trabalhou com o banqueteiro Paulo Belardi e depois desenvolveu seu próprio serviço de buffet.

Além de almoço e jantar, no andar superior da casa funciona o AKasa, espaço reservado a eventos com capacidade para 60 pessoas. O ambiente conta com lareira, sofás e uma cozinha totalmente equipada para que o cliente, se gostar de cozinhar, possa preparar pes-soalmente seu jantar.

Andrea KaufmannChef abre nova casa com menu totalmente autoral

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O novo cardápio é pautado pelos ingredientes que a chef Andrea Kaufmann encontra, além de ser mais autoral, como ela mesma defi ne, ao contrário do seu restaurante anterior, que ti nha cozinha judaica

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CardápioVoltando ao menu do AK Vila, Andrea conta que

o cardápio terá sempre novidades, inspiradas por suas experiências pessoais. “É um menu totalmente auto-ral; cada viagem, livro, fi lme ou ingrediente descoberto servirá de inspiração.”

A criação do AK Vila nasceu da vontade de fazer uma cozinha mais dinâmica, aproveitando os alimentos disponíveis em cada época. “Não é o cardápio que dita as compras, e sim os melhores produtos que eu encon-tro”, conta. Diferentemente do AK Delicatessen, que era mais voltado à comida judaica, o AK Vila abre com um cardápio variado, que se renovará constantemente para agradar aos mais diversos paladares, não mais se-guindo a vocação étnica.

Entre as sugestões, entradas com frios e picles fei-tos na casa, opções de cremes ou sopas e uma série de petiscos, como costelinhas picantes assadas em melaço e laranja, ovo feitiço da lua com bacon (torradas de

pão italiano com ovo frito) e fígado de galinha, cebola escura, ovo ralado e cebolinha, entre outros.

Da grelha de carvão, saem carnes e frutos do mar, como lagostins com limão siciliano grelhado e lula à provençal; peixe do dia com tahine e pimenta harissa; peito de pato com fatias de laranja caramelizadas e pi-canha fatiada com farofa da casa. Para acompanhar as carnes, batatas e cebolas na brasa; cogumelo Portobelo com manteiga de ervas e nozes pecan; e banana da ter-ra, manteiga de garrafa e salsa creola.

Entre as sobremesas, pudim com doce de leite e fl or de sal, crème brûlée de mel e fi gos, panquecas nos sabores Nutella, doce de leite ou Romeu e Julieta.

A chef já coleciona prêmios pelo primeiro restau-rante como o de Melhor Restaurante da Cidade, conce-dido pelo Guia da Folha, Chef-Revelação pela Veja São Paulo e Chef do Ano pela revista Criativa. AK VILA RUA FRADIQUE COUTINHO, 1.240, VILA MADALENA, SÃO PAULO, TEL.: (11) 3231-4496, WWW.AKVILA.COM.BR

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exposição

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Mostra Black

Evento de design reúne estrelas da arquitetura e decoração em um

formato exclusivo

Black não é apenas uma cor, mas também um conceito. Dá ideia de luxo, exclusividade, mas, sobretudo, liberdade para os profissionais reunidos por Raquel Silveira contarem o significado à sua maneira. É justamente para dizer, na sua visão, “O que é Black?”, que arquitetos e decoradores estão, a partir de 21 de junho, em uma mostra exclusiva realizada em um casarão da década de 1940, assinada por Jacques Pillon, no Jardim Europa.Entre os profissionais confirmados, estrelas que até outro dia faziam parte da Casa Cor, de maneira que são apenas 13 nomes, fazendo com que a mostra se torne ainda mais exclusiva. Nomes como Sig Bergamin, João Armentano, Roberto Migoto, Dado Castello Branco, Marcelo Faisal figuram entre os escolhidos.A mostra acontece de 21 de junho a 17 de julho e os ingressos custam R$ 100, sendo que estudantes e idosos pagam meia entrada.

Mostra Black RuA GRoENlâNDiA, 448, JARDiM EuRoPA, São PAulo, FuNCioNAMENto: DE SEGuNDA A DoMiNGo, DAS 10h àS 21h

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MOTOR

78DESCOBRIDOR DOS MARESIate de estaleiro britânico já está disponível no Brasil

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MOTOR

Squadron 65 Iate do estaleiro britânico Fairline Boats

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Com mais de 40 anos de sucesso, pre-miações e excelência no setor náutico, o estaleiro Fairline Boats está agora no Brasil, representado pela UK Iates, dos empresários Leonardo Senna e Ubirajara

Guimarães. O início da empresa foi com o lançamento do Fairlane 19 Deluxe, construído por Jack Newington, em 1967. De lá pra cá, são inúmeros modelos de em-barcações que fazem sucesso nos sete mares. Para os brasileiros foi apresentado o iate Squadron 65, durante a 14ª edição do Rio Boat Show, na Marina da Glória.

O Squadron 65 tem 20 metros de comprimento, um deck bastante espaçoso, três solários, suíte master, suíte de proa com coluna de vidro no teto, quarto com duas camas de solteiro, todos com banheiros privati-vos, lavabo entre os dormitórios e sala de estar com três ambientes integrados.

Mas o que mais chama atenção no Squadron 65, senão seu tamanho grandioso, é o acabamento. Com decoração clássica, o iate conta com pé direito de 1,90 m e vários armários e espelhos, dando maior amplitude e claridade.

O deck de popa é outra vantagem, uma vez que ele tem capacidade de descer até 45cm abaixo do mar, de maneira que possibilita a embarcação de jet ski ou bar-co de apoio, por exemplo, sem maiores esforços. Outra função é a utilização do deck para um refrescante mer-gulho nas águas cristalinas da costa brasileira (ou onde quer que esteja navegando).

O requinte e o luxo estão presentes na louça inglesa, nos talheres de prata assinados por Robert Walch e nos copos de cristal. Outras surpresas são o formato horizon-tal da geladeira e do freezer, os seletores de lixo, além de

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aparelhos de televisão que se ajustam na altura ou ângulo de visão. O padrão de qualidade é uma das maiores preo-cupações da empresa, e até a cabine para dois tripulantes mantém as mesmas características das demais, que aco-modam com muito conforto oito pessoas para pernoite.

Público-alvoPara um iate com esses predicados, o perfi l do con-

sumidor é exigente e seletivo, que prefere produtos personalizados, com qualidade e sofi sticação aliadas à tecnologia de ponta. Para se ter uma ideia, o Squadron 65 está sendo vendido entre R$ 6 milhões e R$ 7,5 mi-lhões, de acordo com motorização e acessórios esco-lhidos pelo comprador. E, durante o Rio Boat Show, Ubirajara Guimarães confi rmou a negociação de um modelo desse, além de um Targa 44 e um Squadron 42, ambos do mesmo estaleiro.

Por falar em Fairline, se o primeiro barco foi fabri-cado em 1967, a partir de 1971, Sam, fi lho do funda-dor, assumiu a empresa e, ao longo de 20 anos, lançou aos mares as linhas Phantom, Targa e Squadron. Com sua aposentadoria, em 1996, quem assumiu a direção e permanece como CEO até hoje é Derek Carter, que trouxe uma administração mais moderna e arrojada à empresa. Em 1998, inaugurou uma subsidiária nos Estados Unidos e, em 2001, foram abertos uma nova fábrica e um centro de teste na Inglaterra.

Em parceria com a Volvo Penta, a empresa lançou um revolucionário Sistema de Propulsão a Bordo (IPS). Em cerimônia de gala, no Palácio de Buckingham, em Londres, o estaleiro recebeu o prêmio The Queen’s Award para Empreendimentos 2008, um dos mais prestigiados que uma empresa britânica pode ganhar.

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galeria

Clique da Golden Gate, em São Francisco (Califórnia, Estados Unidos), feito por Cristiane Perla de Freitas

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