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A LIAHONA A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS JUNHO DE 2001

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A LIAHONAA I G R E J A D E J E S U S C R I S TO D O S S A N TO S D O S Ú LT I M O S D I A S � J U N H O D E 20 01

A LIAHONAA I G R E J A D E J E S U S C R I S TO D O S S A N TO S D O S Ú LT I M O S D I A S � J U N H O D E 20 01

VER PÁGINA 2

S U M Á R I O2 MENSAGEM DA PRIMEIRA PRESIDÊNCIA: QUEM VOCÊS PENSAM QUE SÃO?

UMA MENSAGEM PARA OS JOVENS PRESIDENTE JAMES E. FAUST

14 A DISPOSIÇÃO DE FAZER O BEM CONTINUAMENTE ÉLDER SPENCER J. CONDIE

25 MENSAGEM DAS PROFESSORAS VISITANTES: COMO AUMENTAR NOSSA ESPIRITUALIDADE POR MEIO DO JEJUM E DA ORAÇÃO

28 VOZES DA IGREJA: TESTEMUNHOUMA PERSPECTIVA MAIS ELEVADA HUGO IBAÑEZPUS A PROMESSA À PROVA LYDIE ZEBO BAHIENA VERDADE, NÃO ESTAVA SÓ KELLY A. HARWARD

34 PALAVRAS DO PROFETA VIVO: REFLEXÕES E CONSELHOS DO PRESIDENTE GORDON B. HINCKLEY

36 TORNAR-NOS OS MAIORES PROFESSORES DE NOSSOS FILHOSRONALD L. KNIGHTON

48 COMO UTILIZAR A LIAHONA DE JUNHO DE 2001

E S P E C I A L M E N T E P A R A O S J O V E N S8 O CUMPRIMENTO DE UMA PROFECIA JUAN CARLOS GÓMEZ FLÓREZ

10 COMEÇAR BEM O DIA JANET THOMAS

22 PERGUNTAS E RESPOSTAS: POR QUE DEVO PREOCUPAR-ME EM PAGAR O DÍZIMO?

26 LINHA SOBRE LINHA: DAR VALOR AO SACRIFÍCIO DO SALVADOR

46 “LEMBRE-SE DE QUEM VOCÊ É”

O A M I G O2 FAZENDO AMIGOS: ANGELA MILLER DE COUNCIL BLUFFS, IOWA

JULIE D. AWERKANP

5 SÓ PARA DIVERTIR: CARREGAR O CARRINHO DE MÃO

6 TEMPO DE COMPARTILHAR: RECEBEMOS BÊNÇÃOS QUANDO SEGUIMOS O PROFETA DIANE S. NICHOLS

8 O CONSELHO DO PROFETA: SEIS LEMBRETES IMPORTANTES

10 FICÇÃO: GINCANA DA NOITE FAMILIAR JENNIFER JENSEN

12 HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO: JESUS ENSINA A RESPEITO DA ORAÇÃO; A FILHA DE JAIRO RETORNA À VIDA

NA CAPAPrimeira capa: Ilustração fotográfica de Craig Dimond.Última capa: Ilustração fotográfica de Jerry Garns.

CAPA DE O AMIGOFotografia de Julie D. Awerkamp. Ver “Angela Miller de Council Bluffs,Iowa”, na página 2.

VER PÁGINA 10VER O AMIGO, PÁGINA 5

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COMENTÁRIOS

“OS MEMBROS SÃO A CHAVE”

Gostaria de agradecer imensamentepelo artigo maravilhoso do Élder M.Russell Ballard, “Os Membros São aChave”, publicado na Liahona (inglês) desetembro de 2000. É um artigo que todas asalas deveriam ler, pois pode ser uma ferra-menta extraordinária para ensinar e ajudaros membros a envolverem-se no gloriosotrabalho de compartilhar o evangelho eintegrar os novos conversos. Estou plane-jando utilizar esse artigo no treinamento denossos missionários de estaca. O trabalhomissionário dos membros é realmenteessencial para o estabelecimento e edifi-cação da Igreja do Senhor.

Ruben N. Angeles, Primeira Ala de Legazpi, Estaca Filipinas Legazpi

A MENSAGEM DA PRIMEIRA PRESIDÊNCIA

FORTALECE OS MEMBROS

A Liahona (espanhol) é uma bênção doPai Celestial. Sou membro da Igreja há trêsanos e assino a revista há dois anos. Façoum apelo aos membros da Igreja para queassinem a Liahona e desfrutem do banqueteespiritual que essa revista oferece.

Ela é um grande testemunho para mimna luta diária da vida. A mensagem daPrimeira Presidência e os outros artigosorientam-me no meu trabalho comomestre familiar e na preparação de bonsdiscursos.

Eduardo E. Ortíz Picaluá, Ramo El Bosque, Distrito Sincelejo Colômbia

UMA GRANDE ALEGRIA

A primeira vez que tive contato com aIgreja foi por intermédio de meus vizinhosem Cartagena, Bolívar, na Colômbia.Descobri quão maravilhosa era a Igreja e seique ela é verdadeira. Hoje, moro em Bogotáa fim de completar meu treinamento profis-sional numa academia de polícia. Estou aquihá seis meses e tenho ido apenas ocasional-mente à Igreja porque tenho poucos fins desemana de folga. Mas meu pai comprou-meum exemplar da Liahona (espanhol) e essepresente foi uma grande alegria. Emborameus pais não sejam membros, eles sabemque a Igreja é muito importante para mim.Sei que o Pai Celestial está comigo e queouve minhas orações.

Andrea Del Pilar Rojas, Ramo El Socorro, Distrito Cartagena Colômbia Los Alpes

AUXÍLIO AOS MEMBROS NOVOS

Sou membro da Igreja há pouco tempoe o único membro em minha família. ALiahona (espanhol) tem-me ajudado muitoem relação às coisas que quero aprender.Sempre levo a revista comigo dentro deminha bolsa para poder lê-la e sei que aspessoas que me vêem lendo a revistatambém se interessam. A Liahona despertameu entusiasmo pelo evangelho.

Giuliana Aguero Pareja, Ala Zamácola, Estaca Arequipa Peru Zamácola

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Junho de 2001, Vol. 25, Nº 6A LIAHONA, 21986 059Publicação oficial em português de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.A Primeira Presidência: Gordon B. Hinckley, Thomas S. Monson, James E. FaustQuórum dos Doze: Boyd K. Packer, L. Tom Perry, David B. Haight, Neal A. Maxwell, Russell M. Nelson,Dallin H. Oaks, M. Russell Ballard, Joseph B. Wirthlin,Richard G. Scott, Robert D. Hales, Jeffrey R. Holland,Henry B. EyringEditor: Dennis B. NeuenschwanderConsultores: L. Lionel Kendrick, Yoshihiko Kikuchi, John M. MadsenAdministradores do Departamento de Currículo: Diretor Gerente: Ronald L. KnightonDiretor de Planejamento e Editorial: Richard M. RomneyDiretor Gráfico: Allan R. LoyborgEquipe Editorial:Editor Gerente: Marvin K. GardnerEditor Gerente Assistente: R. Val JohnsonEditor Adjunto: Roger TerryEditor Assistente: Jenifer GreenwoodEditor Associado: Susan BarrettAssistente de Publicações: Collette Nebeker AuneEquipe de Diagramação:Gerente Gráfico da Revista: M. M. KawasakiDiretor de Arte: Scott Van KampenDiagramador Sênior: Sharri CookDiagramadores: Thomas S. Child, Randall J. PixtonGerente de Produção: Jane Ann PetersProdução: Reginald J. Christensen, Kari A. Couch, Denise Kirby, Kelli Pratt, Rolland F. Sparks, Claudia E. WarnerPré-Impressão Digital: Jeff MartinEquipe de Impressão e Distribuição:Printing Diretor: Kay W. BriggsGerente de Distribuição (Assinaturas): Kris T. ChristensenA Liahona:Diretor Responsável e Produção Gráfica:Dario MingoranceEditor: Luiz Alberto A. Silva (Reg. 17.605)Tradução e Notícias Locais: Dario MingoranceAssinaturas: Cezare Malaspina Jr.REGISTRO: Está assentado no cadastro da DIVISÃO DECENSURA DE DIVERSÕES PÚBLICAS, do D.P.F., sob nº1151-P209/73 de acordo com as normas em vigor.ASSINATURAS: Toda correspondência sobre assinaturasdeverá ser endereçada a: Departamento de Assinaturasde A Liahona Caixa Postal 26023, CEP 05599-970 –São Paulo, SP. Preço da assinatura anual para o Brasil: R$ 18,00. Preço do exemplar em nossa agência: R$ 1,80. Para Portugal – Centro de DistribuiçãoPortugal, Rua Ferreira de Castro, 10 – Miratejo, 2800 –Almada. Assinatura Anual: 1.300$00. Para o exterior:Exemplar avulso: US$ 3.00; Assinatura: US$ 30.00. As mudanças de endereço devem ser comunicadas indicando-se o endereço antigo e o novo.Envie manuscritos e perguntas para: Liahona, Floor 24, 50 East North Temple, Salt Lake City,UT 84150-3223, USA. Ou envie um e-mail para: [email protected] “Liahona” (um termo do Livro de Mórmon quesignifica “bússola” ou “orientador”) é publicada emalbanês, alemão, amárico, armênio, búlgaro, cebuano,chinês, coreano, dinamarquês, esloveno, espanhol,estoniano, fijiano, finlandês, francês, haitiano,hiligaynon, húngaro, holandês, ilokano, indonésio,inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano,malgaxe, marshallês, mongol, norueguês, polonês,português, quiribatiano, romeno, russo, samoano,sueco, tagalo, tailandês, taitiano, tcheco, tonganês,ucraniano e vietnamita. (A periodicidade varia de umalíngua para outra.)© 2001 por Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados. Impressa nos Estados Unidos da América.For readers in the United States and Canada:June 2001 Vol. 25 No. 6. A LIAHONA (USPS 311-480) Portuguese (ISSN 1044-3347) is publishedmonthly by The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints,50 East North Temple, Salt Lake City, UT 84150. USAsubscription price is $10.00 per year; Canada, $15.50plus applicable taxes. Periodicals Postage Paid at Salt LakeCity, Utah and at additional mailing offices. Sixty days’ noticerequired for change of address. Include address label froma recent issue; old and new address must be included.Send USA and Canadian subscriptions and queries to Salt Lake Distribution Center at address below.Subscription help line: 1-800-537-5971. Credit card orders (Visa, MasterCard, American Express) may betaken by phone. (Canada Poste Information: PublicationAgreement #1604821)POSTMASTER: Send address changes to Salt LakeDistribution Center, Church Magazines, PO Box 26368,Salt Lake City, UT 84126-0368.

MENSAGEM DA PRIMEIRA PRESIDÊNCIA

QUEM VOCÊSPENSAM QUE SÃO?

UMA MENSAGEM PARA OS JOVENS

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SONComo filhos e filhas de

Deus, temos a obrigação

de desenvolver o maior

número de talentos

que Dele recebemos.

Vocês serão mais felizes

se souberem quem

são e gostarem

de si mesmos.

Quero cumprimentá-los, meus jovens, como espíritos esco-

lhidos e especiais que são, tendo sido reservados para nascer

nesta geração. Vocês estão começando sua luta para desco-

brir quem são e qual é seu lugar na vida. Vocês têm sentimentos novos e

fortes. Enfrentam grandes desafios. Espero que estejam começando a se

destacar e a terem sucesso de alguma forma notável, talvez em seu sorriso, sua

personalidade ou sua capacidade de elevar outras pessoas. Talvez estejam

descobrindo seus talentos como atletas, estudantes, especialistas em compu-

tação, músicos, construtores, artistas ou em uma centena de outras áreas. Isso

pode proporcionar-lhes algum tipo de reconhecimento pessoal. Essas realiza-

ções podem fazer com que pensem em quem realmente são.

O Dr. Fred Riley, um importante assistente social, tratou de muitos atletas

que se viam mais como atletas do que como filhos de Deus. Ele conta: “O que

acontece quando eles já não conseguem mais jogar basquete? Perdem sua

identidade”.1 Seu senso de auto-estima está relacionado a suas habilidades

físicas, e não a seu caráter. Muitos daqueles que alcançam reconhecimento

Presidente James E. FaustSegundo Conselheiro na Primeira Presidência

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mundial não gostam de si mesmos. Algumas pessoas ricase famosas, embora tenham grande talento e capacidade,são muito inseguras e sucumbem às drogas, às bebidasalcoólicas ou à imoralidade, e estragam a sua vida. Emvez de serem felizes por serem quem são, tornam-sedescontentes e insatisfeitas. Medem seu valor pessoalapenas em termos de seu talento e realizações, em vez dereconhecerem quem realmente são interiormente. Nemsempre é verdade que quanto mais realizações vocêalcançar, mais feliz será ou mais gostará de si mesmo.

Como filhos e filhas de Deus, temos a obrigação dedesenvolver o maior número de talentos que Dele rece-bemos. Todos devemos esforçar-nos para alcançar obje-tivos dignos. Devemos adquirir aptidões e instrução.Vocês serão mais felizes se souberem quem são e gostaremde si mesmos.

Então, quem vocês acham que são? A pessoa que vocêspensam que são e a que vocês realmente são podem ser duasversões diferentes de vocês mesmos. Do ponto de vistaeterno, essas duas versões precisam andar juntas. Deus osconhece e sabe quem vocês podem vir a ser porque Ele jáos conhecia desde o princípio, quando eram Seus filhos efilhas espirituais. Seu destino depende em grande parte damaneira como vocês irão seguir os princípios da retidão edas boas obras que realizarem.

Vocês podem perguntar: “Como posso aprender agostar de mim mesmo?” Tenho cinco sugestões que podemser úteis.

1. MUDAR O MAU COMPORTAMENTO.

Precisamos mudar nosso mau comportamento.Precisamos arrepender-nos. Conforme Alma disse a seufilho Coriânton: “Iniqüidade nunca foi felicidade”.2 Édifícil gostarmos de nós mesmos se estivermos fazendocoisas que sabemos ser erradas. A maioria de vocêsaprendeu com seus pais e líderes de jovens a maneiracerta de comportar-se. Vocês também têm as escrituras eo folheto Para o Vigor da Juventude para guiá-los.

Em sua jornada em busca do autoconhecimento, nãose deixem enganar por comparações com modelos outipos de corpos que pareçam ser mais masculinos ou queestejam de acordo com a moda, mas que na verdade nãosão condizentes com sua condição de filhos e filhas denosso amoroso Pai Celestial. Uma moça de 17 anostornou-se tão obcecada com seu corpo, que deixou de

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comer e acabou ficando com um distúrbio patológico doapetite. Quando seu pai percebeu o que estava aconte-cendo, insistiu para que ela começasse a comer melhor.Com isso, ela caiu em si e escreveu:

“Durante toda a minha vida fiz tudo para os outros. Asnotas, meu bom comportamento, os prêmios, tudo tinhasido para eles, não para mim. Essa questão da alimen-tação, essa luta para perder peso se tornou algo meu.Representava minha vida e minhas escolhas, e meu paiestava tentando tirar até aquilo de mim!

Enquanto estava deitada na cama à noite, chorando esentindo-me gorda, senti que precisava de ajuda. Eusabia que estava magoando as pessoas que amava.

Depois de ficar a noite inteira acordada, cheguei àconclusão de que não era meu pai que eu odiava Eu meodiava! Percebi que eu não estava no controle dasituação. Pela primeira vez na vida, compreendi que euera o problema. Precisava assumir o controle da minhavida, e não deixar que a doença a controlasse.

As coisas não mudaram de um dia para o outro. Naverdade, o caminho para a recuperação foi bem longo.Mas lentamente, com a ajuda de meus amigos e minhafamília, comecei o processo de cura. Hoje, tendo meupeso ideal, parei de vez de ficar me pesando. Também nãofico mais folheando revistas de moda. Pode ser que nemsempre eu esteja ‘na moda’, mas sinto-me muito bem!”3

Essa sensação de estar “bem” consigo mesmo contribuipara nossa felicidade e nosso senso de identidade.

Ao mudarmos nosso mau comportamento e procu-rarmos o Senhor, passamos a merecer a companhia doEspírito Santo, algo que tem profunda influência emnosso bem-estar. Esse grande dom é fruto de uma vidajusta, da obediência aos mandamentos de Deus e doserviço ao próximo. Parley P. Pratt tinha a seguinte visãoa respeito do dom do Espírito Santo:

“[Ele] ilumina a mente, aumenta, desenvolve, expandee purifica todas as paixões naturais e afeições. ( . . . )Inspira-nos virtude, bondade, brandura, ternura, gentilezae caridade. ( . . . ) Revigora todas as aptidões físicas e inte-lectuais do homem.”4

2. PERDOAR A NÓS MESMOS E AOS OUTROS.

O perdão é uma parte importante do processo deabandono do mau comportamento. Ao fazermos asmudanças necessárias, é preciso que nos perdoemos. Mas

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pode ser que tenhamos também de perdoar outraspessoas que nos acompanhavam pelo mau caminho. Operdão nos ajuda a livrar-nos do mau comportamentoque estamos abandonando. O Livro de Mórmon relatacomo podemos saber que passamos do mau para o bomcaminho. Depois de o rei Benjamim ter proferido seumagistral discurso a respeito de Cristo, os nefitasclamaram todos a uma só voz:

“O Espírito do Senhor Onipotente ( . . . ) efetuou emnós, ou melhor em nosso coração, uma vigorosa mudança,de modo que não temos mais disposição para praticar omal, mas, sim, de fazer o bem continuamente. ( . . . )

E foi a fé que tivemos nas coisas que nosso rei nos disseque nos levou a este grande conhecimento, pelo que nosregozijamos com tão grande alegria.”5

Sentindo alegria e paz, saberemos quem somos eagiremos de acordo com esse conhecimento.

3. ADQUIRIR CONFIANÇA FAZENDO BOAS ESCOLHAS

Vocês estão começando agora a fazer escolhas impor-tantes. As escolhas têm suas conseqüências. De certaforma, essas escolhas afetarão não apenas o resto de suavida, mas toda a eternidade. Lembrem-se, meus jovensamigos, de que a fama e a fortuna nem sempre significamfelicidade. É muito melhor ter confiança em nós mesmose sentir-nos bem em relação a quem somos. Isso depende

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de sua capacidade de escolherem o certo. É tambémimportante sermos capazes de ter um desempenho exce-lente em algum campo.

No verão passado, os jogos olímpicos foram realizadosem Sydney, Austrália. Certas regras e restrições foramestabelecidas para os diversos eventos olímpicos: oscorredores e os nadadores tinham que ficar dentro desuas respectivas raias, os arremessadores de peso tinhamque permanecer dentro do círculo demarcado, os luta-dores tinham que ficar dentro do ringue, caso contrárioseriam desclassificados. Além disso, eram proibidasdrogas para melhorar o desempenho dos atletas.

Um jovem de Denver, Colorado, que havia ficado coma medalha de prata recebeu posteriormente a de ouro,porque o vencedor de sua prova foi desqualificado por terusado um esteróide proibido. Em entrevista, ele referiu-seà triste perda da medalha por parte de seu competidor,dizendo:

“Tenho pena dele. Mas todos temos que fazer esco-lhas. ( . . . ) Ele fez as dele, e eu fiz a minha. ( . . . )

Creio que Deus me estava observando. Creio que Elecuida de todos nós. Aprendi muito com o modo como ascoisas aconteceram. Senti a angústia da derrota e depoisa emoção da vitória. Isso fez-me uma pessoa muito maisforte, tanto mental quanto espiritualmente.”6

Crescemos e nos desenvolvemos quando fazemos boasescolhas. Adquirimos confiançaquando decidimos orar todos os dias,assistir às reuniões sacramentais,guardar a Palavra de Sabedoria,obedecer a nossos pais e líderes do sacerdócio, ler as escrituras econtrolar os apetites de nosso corpo.

4. PRESTAR SERVIÇO.

Se realmente quisermos nos sentirmelhor a nosso próprio respeito,devemos realizar atos de bondade. A

Ao mudarmos nosso mau compor-

tamento e procurarmos o Senhor,

passamos a merecer a companhia

do Espírito Santo, algo que tem

profunda influência em nosso

bem-estar.

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Se realmente quisermos nos sentir

melhor a nosso próprio respeito,

devemos realizar atos de bondade.

A bondade molda nosso caráter

e torna-nos mais semelhantes

a nosso Pai Celestial.

bondade molda nosso caráter e nos torna mais seme-lhantes a nosso Pai Celestial. O Salvador ensinou:“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.7 Quandodemonstramos nosso amor ao próximo, compreendemosmelhor o amor do Salvador por todos nós e sentimos quesomos filhos de um Pai Celestial amoroso. De vez emquando devemos procurar oportunidades de prestarserviço à comunidade. De fato, conforme escreveu umfamoso psiquiatra: “Sentimos prazer quando nos envol-vemos com outras pessoas, e elas se envolvem conosco,mas sofremos quando estamos isolados e solitários. Ocaminho para uma identidade aceitável é o envolvi-mento”.8 Podemos sentir grande satisfação ao ajudar ospobres, os doentes, os idosos e outras pessoas com neces-sidades especiais. Olhem à sua volta; existe todo tipo deoportunidades.

5. ESCOLHER A FELICIDADE.

O mais fundamental de todos os objetivos da humani-dade é a sua busca da felicidade. Cada um de nós escolhesua própria felicidade. Conforme disse, certa vez, oPresidente Harold B. Lee (1899–1973): “A felicidade nãodepende do que acontece fora de nós, mas no que acon-tece dentro de nós. Ela é medida pela atitude com queencaramos os problemas da vida”.9 Freqüentementetodos temos que escolher entre um momento de prazer euma vida agradável.

Cada um de nós já nasceu com seus hormônios natu-rais de “felicidade”. Quando estimulados, eles secretam

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potentes substâncias químicas emnosso corpo. Existem muitos tipos.Alguns são chamados de endorfinas.Geralmente quando estamos sentindodor ou aflição, as endorfinas nosproporcionam uma sensação de bem-estar. A ciência já sabe há muitotempo que nossa atitude e bem-estarmentais afetam nossa saúde física.

Um letreiro em um grande hospital proclama: “O riso é omelhor remédio”. Sorrir faz bem à alma.

O sorriso traz um brilho a nosso rosto que se irradiapara as outras pessoas. Sermos amigáveis com os vizi-nhos, as pessoas na escola, na igreja ou no trabalho é umagrande maneira de mostrar ao Senhor que desejamosguardar o convênio que fizemos no batismo de “carregaros fardos uns dos outros, para que fiquem leves”.10

Recomendo que sejamos amigáveis uns com os outros,porque existem muitas pessoas tímidas ou solitárias quenecessitam de uma palavra amiga ou um sorriso. Elevaros outros amplia nosso eu interior. Esse também é ocaminho do Mestre.11 Tal como Anna do musical O Rei eEu, descobri que assobiar “uma alegre melodia” ou cantar(especialmente quando estou sozinho!) também podealegrar meu espírito.

Há muitos anos, meu pai contou-nos que costumavapassear pelo bosque com um velho amigo, o juizBringhurst. O juiz cantava tão alto durante todo ocaminho que afugentava os animais selvagens. Mas meupai disse que apreciava tanto o canto do juiz que não seimportava por não ver nenhum animal ou pássaro. Porisso, parece que quando rimos, sorrimos, cantamos, asso-biamos ou nos exercitamos, sentimo-nos melhor.Esquecemos nossas preocupações ou passamos a vê-laspor um ângulo mais positivo. Ao estendermos a mão paraoutras pessoas, nossos hormônios de felicidade são esti-mulados e descobrimos nosso verdadeiro eu.

Lembro-me de um estudo feito há alguns anos para

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determinar quais eram as influências que mantinham osjovens no caminho estreito e apertado. Obviamenteexistem muitas influências fundamentais. Todas sãoimportantes. Elas incluem a influência dos pais, consul-tores do sacerdócio, consultoras das Moças, chefes esco-teiros e os amigos. Mas fiquei surpreso ao descobrir queum fato precioso de particular importância se destacounesse estudo. Trata-se da crença de que um dia todosnós teremos de prestar contas de nossas ações perante oSenhor. Muitos acreditavam que “o guardião da porta éo Santo de Israel; e ele ali não usa servo algum, e não háqualquer outra passagem a não ser pela porta; porque elenão pode ser enganado pois Senhor Deus é o seunome”.12 Aqueles que tinham uma perspectiva eternacontavam com mais força espiritual e resolução. O fatode sentirmos que somos pessoalmente responsáveisperante o Salvador por nossas ações e mordomias e deagirmos em conformidade com esse conhecimento nosproporciona uma imensa proteção espiritual.

Ralph Waldo Emerson deu-nos uma medida pela qualpodemos avaliar nosso sucesso pessoal. Ele escreveu:

O que é o sucesso?Rir muito e sempre;Conquistar o respeito de pessoas inteligentese o afeto das crianças;Merecer o elogio de críticos sincerose suportar a traição de falsos amigos;Apreciar a beleza;Descobrir o que há de melhor nas pessoas;Tornar o mundo um pouquinho melhor, seja por meio deum filho saudável, um canteiro de jardimou melhores condições sociais;Saber que ao menos uma pessoa no mundosentiu seu fardo um pouco mais leve por nossa causa;Isso é o sucesso.

Portanto, quem vocês acham que são? O Profeta JosephSmith disse: “Se os homens não compreenderem o caráterde Deus, não conseguirão compreender a si mesmos”.13

Saber quem vocês são, quem realmente são, é algo intima-mente ligado a seu conhecimento de Deus, porque vocêssão filhos Dele. Seguir as simples sugestões que descrevi iráajudá-los a conhecer Deus e, portanto, conhecer a sipróprios. Eu acredito em vocês, acredito que serão

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obedientes e valentes e que receberão as bênçãos doSenhor em seu empenho de descobrir sua identidade comoSeus filhos e filhas especiais. �

NOTAS1. Citado em Sarah Jane Weaver, “Developing a Healthy

Self-Regard” (Como Desenvolver uma Auto-Imagem Saudável),Church News, 10 de fevereiro de 1996, p. 2.

2. Alma 41:10.3. Gabriella Tortes, “’Gabby, You’re Sooo Skinny’”, em Chicken

Soup for the Teenage Soul: 101 Stories of Life, Love and Learning,comp. Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Kimberly Kirberger(1997), pp. 234–235; grifo no original.

4. Key to the Science of Theology, 9ª edição (1965), p. 101.5. Mosias 5:2, 4.6. Brandon Slay, citado em “U.S. Wrestler Savors Gold, Even

Though It Came Late”, Deseret News, 24 de outubro de 2000, D3.7. Mateus 22:39.8. Citado em The Teachings of Harold B. Lee, org. Clyde J.

Williams (1996), p. 477.9. “A Sure Trumpet Sound: Quotations from President Lee”,

Ensign, fevereiro de 1974, p. 78.10. Mosias 18:8.11. Ver Lucas 6:31.12. 2 Néfi 9:41.13. History of the Church, 6:303.

IDÉIAS PARA OS MESTRES FAMILIARES

1. Do ponto de vista eterno, é preciso que o conceitoque temos de nós mesmos e nossa identidade real sejamuma coisa só.

2. Estas coisas podem ajudar-nos a saber quem real-mente somos:

� Mudar o mau comportamento. É difícil gostarmos de nós mesmos se estivermos fazendo coisas que sabemosser erradas.

� Perdoar-nos a nós mesmos e aos outros. Esse perdão ajuda-nos a livrarmo-nos do comportamento queestamos procurando abandonar.

� Adquirir confiança fazendo as escolhas certas.Sentimo-nos melhor a nosso próprio respeito quandoescolhemos o certo.

� Prestar serviço. Sentimos grande satisfação aoajudarmos outras pessoas.

� Escolher a felicidade. Quando rimos, sorrimos,cantamos, assobiamos ou nos exercitamos, sentimo-nosmelhor.

3. Saber quem realmente somos é algo intimamenterelacionado a nosso conhecimento de Deus, porquesomos filhos Dele.

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O CUMPRIMENTO DE UMA PROFECIA

Juan Carlos Gómez Flórez

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Quando eu tinha quinze anos,percebi que algumas das tradiçõesreligiosas que meus pais me

haviam ensinado não concordavam com oque eu lia na Bíblia. Dei-me contatambém de que precisava parar de fazercoisas que desperdiçavam meu tempo eminha juventude. Estava determinado anão fazer as coisas só porque outros asfaziam.

Decidi que precisava procurar pela verdadeira Igrejado Senhor. Felizmente, certo domingo, uma pessoa quetrabalhava para minha mãe convidou-nos para assistir auma reunião d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias. Eu estava nervoso, mas quando cheguei àIgreja, essa sensação mudou. A atmosfera era reverente,e senti calma em meu coração. Naquele dia, na Igreja,aprendi a orar.

Na semana seguinte, minha mãe e eu começamos areceber as palestras de duas missionárias e um mês depoisfomos batizados. Embora não conhecesse toda a doutrinada Igreja antes de meu batismo, exerci fé para saber quea Igreja é verdadeira e receber um testemunho doEspírito.

Sei que não teria conseguido manter-me firme naIgreja sem os membros e líderes que me estenderam amão, ofereceram-me sua amizade e cuidaram de mim nosmomentos de adversidade. Não sei o que me teriatornado se não tivesse encontrado a verdade e aquelaspessoas maravilhosas durante minha juventude. Oexemplo delas fortaleceu-me e ajudou-me a vencer asdificuldades que me aguardavam à frente.

Eu estava no quinto semestre de engenharia de sistemasquando completei 19 anos. Meus pais disseram-me que

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se eu servisse numa missão eles não meajudariam a pagar meus estudos quando eu voltasse.

Nessa época em que tive que tomar essadecisão difícil, o presidente da missão daestaca mostrou-me uma escritura quejamais esquecerei: “E quem não toma a suacruz, e não segue após mim, não é digno demim”. (Mateus 10:38) Outro versículo

além desse tocou-me o coração e ajudou-me a fazerminha escolha: “E todo aquele que tiver deixado casas,ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos,ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezestanto, e herdará a vida eterna”. (Mateus 19:29) Decidiobedecer à vontade de Deus e servi-Lo em tempo inte-gral por dois anos.

Minha missão não foi apenas a mais enriquecedora daminha vida — foi um mandamento que recebi do PaiCelestial. Apesar das dificuldades que sempre parecemsurgir, sei que quando o Senhor nos dá um mandamento,Ele prepara o caminho. (Ver 1 Néfi 3:7.)

Servi na Missão Colômbia Cali. A experiência deensinar em minha terra natal, a terra de meus antepas-sados e parentes, não foi somente uma das maioresbênçãos do meu serviço, mas fez-me participar, embora empequena proporção, do cumprimento da profecia: “Porqueeis que o Senhor concede a todas as nações que ensinem asua palavra em sua própria nação e língua, sim, em sabe-doria, tudo o que ele acha que devem receber; vemos,portanto, que o Senhor aconselha com sabedoria, segundoo que é justo e verdadeiro”. (Alma 29:8) Como sou gratopor ter ouvido e compartilhado Seu sábio conselho. �

Juan Carlos Gómez Flórez é membro da Ala La Campiña, Estaca

Bogotá Colômbia Suba.

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“Aquele que cedo me buscar achar-me-á e não será abandonado.” (D&C 88:83)

Os alunos do seminário da Ala Phoenix Park daEstaca Dublin Irlanda estavam um poucopreocupados. O presidente da estaca e o bispo

falaram-lhes de algo novo: eles seriam a primeira classedo seminário de toda a Irlanda a fazer a experiência deter aulas diariamente. Bem cedo, todos os dias?

Elaine O’Farrell, de quinze anos de idade, lembra-sede sua primeira reação: “Pensei: ‘Se nos virmos todos osdias, não vamos suportar uns aos outros!’ ” E havia outrapreocupação óbvia. Pamela Fagan, de quinze anos,explica: “Jamais conseguirão tirar-me da cama tão cedo!”Farris Bukhatwa, de dezessete anos, e Louise Byrne, damesma idade, eram os que moravam mais longe. Nãoseria fácil.

Mas nem todos estavam apreensivos. Jenna Gallagher,de quinze anos, até mostrou certo entusiasmo. “Eu jáouvira falar sobre o seminário diário em outros países”,conta ela. “Eu sempre sonhara em freqüentar o semináriodessa forma. Fiquei muito feliz por ter a oportunidade. Eusabia que se fizesse um sacrifício, o Senhor me abençoaria.”

Então, tudo começou a ajustar-se. Farris conseguiuusar o carro da família pela manhã e pôde apanharLouise. Pamela concordou em acordar bem mais cedo, atempo de sair com seu irmão Derek. Elaine mudou deidéia e disse que, de fato, gostava de ver os colegas todasas manhãs. Jenna sentia-se feliz pelo simples fato de estar

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no seminário. Brett Crowther, de dezoito anos, e seuirmão, Brandt, de dezesseis, os filhos do presidente damissão, vibraram por estar diariamente com outrosjovens da Igreja. E, melhor ainda, a professora deles,Rosemary Richmond, era excelente.

RESPOSTAS NA PONTA DA LÍNGUA

Todos os estudantes da Irlanda são obrigados a cursaraulas de religião. Apesar de freqüentarem o semináriodiário, esses membros da Igreja não são dispensados doensino religioso na escola. No entanto, o estudo quefazem das escrituras tem-se mostrado uma vantagem.Louise explica: “Alguns frades franciscanos visitaramnossa escola recentemente. Quando iam fazer perguntas,apontavam para mim e colocavam os dedos nos lábioscomo que dizendo: ‘Você não. Dê a oportunidade para osoutros também responderem’. Eles sabiam que euconhecia todas as respostas”.

Elaine conta uma história semelhante sobre as aulasde religião. “Se meu professor perguntasse o significadode uma palavra, como convênio, eu sempre respondia”, dizela. “Ele sabia que eu tinha resposta para qualquerpergunta que propusesse.”

Derek Fagan, de dezessete anos, vem apresentandoum ótimo rendimento tanto na escola como no seminárioe atribui isso a uma experiência que viveu pouco antes de

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receber a bênção patriarcal: “Noseminário, havíamos aprendidosobre a bênção patriarcal. Orei eperguntei se eu deveria receber aminha. Nossa estaca não tinhapatriarca naquela época, mas trêsdias depois, foi chamado nosso novopatriarca. Senti que era minharesposta. Foi então que percebi pormim mesmo que a Igreja era verda-deira e decidi esforçar-me ainda mais

Farris Bukhatwa:

“Recebi um teste-

unho da oração e do dízimo.

orava acerca de coisas que eu

almente precisava conhecer —

a resposta vinha no seminário”.

erek Fagan: “No seminário,

avíamos falado sobre a bênção

atriarcal. Orei e perguntei se eu

everia receber a minha. Nossa

staca não tinha patriarca naquela

poca, mas três dias depois, foi

amado nosso novo patriarca.

nti que era minha

sposta”.

para agir corretamente e escolher oque é certo. Minha bênção patriarcalfoi maravilhosa. Levo-a semprecomigo. Desde que começou o semi-nário diário, tudo ficou mais claro.Até mesmo na escola, passei aaprender bem mais rápido”.

Derek tornou-se o primeiro alunodo seminário da Irlanda a memorizartodas as escrituras designadas para oano. Como desafio adicional, decorouo relato da Primeira Visão registradoem Joseph Smith — História.

CONVERTER-SE

Brandt Crowther lembra-se deuma experiência que viveu algunsmeses depois da chegada de suafamília à Irlanda: “Eu orara quasetodas as noites de minha vida, mascerta noite, orei com toda a sinceri-dade e perguntei ao Senhor o queEle queria que eu fizesse aqui naIrlanda. Eu precisava saber nocoração que a Igreja era verdadeira.Descobri que Deus realmente vivee que me ama. Passei a entender oque Ele desejava de mim. Desdeaquele momento, sinto-me feliz porestar aqui. Estou adorando. Creioestar mais próximo do Salvadoragora”.

Brandt enumera algumas dascoisas que o Senhor lhe mostrou quenecessitava fazer: “Eu precisava leras escrituras todos os dias, orar todasas noites e guardar os mandamentos.Naquela noite, o Espírito estavacomigo. Eu nem queria dormir”.

Muitas vezes, as aulas do semi-nário ajudavam Farris a encontrarrespostas: “Recebi um testemunhoda oração e do dízimo. Eu oravaacerca de coisas que eu realmenteprecisava conhecer e a resposta

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vinha no seminário. Passei a termelhor compreensão de tudo. Qual éa sensação quando o Espírito nosconcede uma resposta? Ficamoscalmos e entendemos as coisas. Nãoficamos nervosos. Sabemos que éverdade. Sentimos no coração”.

DIVERSÃO NAS NOITES DE SÁBADO

Os alunos dessa classe do semi-nário gostam de estar juntos. E agorajá não bastam todas as manhãs dasemana: eles também se encontramtodas as noites de sábado.

Tudo começou quando a mãe deLouise disse a Brett que os amigos dafilha sempre a convidavam para ir abares aos sábados, mas ela nuncaaceitava. “Decidimos reunir toda aclasse e sair para divertir-nos”, dizBrett. “Estamos fazendo isso todas asnoites de sábado. É um excelenteentretenimento.”

E o que eles fazem? Na primeirasemana, foram ao cinema, mas logo oprograma ficou caro demais. Assim,começaram a ir para a casa uns dosoutros para participar de jogos,assistir a vídeos ou apenas conversar,conversar e conversar. Elaine explica:“Antes, faltava-nos assunto; agoramal temos tempo para falar sobretudo o que queremos”.

Para Louise, ter algo mais parafazer aos sábados fortaleceu suadeterminação de permanecer firmena Igreja. “É um motivo para eu nãosair com os colegas de trabalho todosos fins de semana”, explica ela. “Àsvezes eu ia. Eu não fazia nada quenão deveria, mas pelo simples fato deestar lá eu já não me sentia bem. Issoacaba enfraquecendo nosso espírito.Ficava cansada de estar sempretendo que defender minhas posições.

Pamela Fagan:

“As noites de sábado

[com o pessoal do seminário] são

divertidas. Os padrões de meus outros

amigos são completamente diferentes

dos meus. Sinto-me muito melhor

indo às atividades do seminário”.

Mas quando saio com o pessoal doseminário, posso simplesmente ser eumesma. Sinto-me aceita.”

E, acima de tudo, “as noites de sábado são divertidas”, dizPamela. “Os padrões de meus outrosamigos são completamente dife-rentes dos meus. Sinto-me muitomelhor indo às atividades do semi-nário. Distraímo-nos a valer.”

Derek acrescenta: “O semináriodiário e nossos programas de sábadoà noite aproximaram-nos e aumen-taram nossa amizade. Fiquei muitomais achegado a todos na turma, atémesmo da Pamela, minha irmã.Agora nem me passa pela cabeça sair,embebedar-me e quebrar a Palavrade Sabedoria”.

ASSUMIR O COMPROMISSO

Acima de tudo, os alunos estãoaprendendo neste ano o significadoda fé. A professora, Rosemary

Richmond, ensina-os por meio da história da Igreja sobre a fé dos profetas e membros do início da Restauração. O marido dela,Brendan, sofre de um problemapulmonar extremamente raro edebilitante e locomove-se numacadeira de rodas. Embora ela estejasempre preocupada com o bem-estar e a saúde dele, é com grandeentusiasmo que prepara as aulas erecebe os alunos do seminário todasas manhãs.

“Os membros da Igreja daqui são muito fiéis, principalmenteRosemary, mesmo com todas asprovações que enfrenta”, afirmaLouise. “Isso faz com que perce-bamos o quanto somos abençoados.No seminário, lemos acerca doProfeta Joseph Smith e dos pioneiros.Joseph Smith é um grande homem.Eu o amo. Seu testemunho nuncavacilou. Conseguem imaginar a vida

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naquela época? Os pioneiros tiveramque atravessar a pé metade daAmérica do Norte só para viversegundo suas crenças. Desejo ter essemesmo tipo de fé, pois amo a Igreja.”

Louise está desenvolvendo essetipo de fé. Todos os dias, defendesuas crenças. E com seu pequenogrupo de valentes amigos do semi-nário, ela não está sozinha. Nenhumdeles está. Eles encontraram umaforma de fortalecer uns aos outros. Eisso vem fazendo toda a diferença. �

A DISPOSIÇÃO DE FAZER O

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BEM CONTINUAMENTEÉlder Spencer J. Condie

Dos Setenta

Talvez a maior evidênciade uma conversão verdadeira seja a totalausência de disposiçãode praticar o mal.

Há mais de dois mil anos, umagrande congregação de santosreuniu-se ao redor do templo,

na terra de Zaraenla, para ouvir umdos mais grandiosos sermões já regis-trados nas santas escrituras. O reiBenjamim lembrou diversas vezes aseus ouvintes que estava proferindoas palavras que lhe tinham sidotransmitidas por um anjo de Deus.(Ver Mosias 3:2; 4:1; 4:11; 5:5.)

Depois de ouvir o sermão inspi-rador do rei Benjamim, a imensacongregação clamou a uma só voz:“Oh! Tende misericórdia e aplicai o sangue expiatório de Cristo, paraque recebamos o perdão de nossospecados”. Em resposta a suas súplicas,“o Espírito do Senhor desceu sobre

Ao término do discurso inspirado

do rei Benjamim, o povo acreditou

em todas as suas palavras,

e então sentiram uma grande

mudança no coração e deixaram

de ter a “disposição para praticar

o mal, mas, sim, de fazer o bem

continuamente”.

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eles e encheram-se de alegria”.(Mosias 4:2–3) Esse sentimento dealegria é um dos sinais de que nossospecados foram perdoados, pois,como Alma declarou: “Iniqüidadenunca foi felicidade”. (Alma 41:10)

Ao dar-se conta da bondade deDeus, o povo de Zaraenla tambémsentiu “paz de consciência” e ficou“cheio do amor de Deus”, duasoutras manifestações que indi-cavam que seus pecados tinhamsido perdoados. (Ver Mosias 4:3,12.) Eles conheceram outros sinaisdo perdão: “Não [tinham] desejode [ferirem-se] uns aos outros”(Mosias 4:13), e não permitiam que seus filhos “[transgredissem] as leis de Deus e [brigassem e dispu-tassem] entre si”. (Mosias 4:14)Outro sinal da remissão dos pecadosera sua disposição de ajudar osnecessitados e o desejo de “repartiros [seus] bens uns com os outros”.(Mosias 4:21)

Ao término do discurso inspiradodo rei Benjamim, o povo acreditouem todas as suas palavras, e entãosentiram uma grande mudança nocoração e deixaram de ter a “dispo-sição para praticar o mal, mas, sim,de fazer o bem continuamente”.(Mosias 5:2) Talvez essa seja a maissignificativa evidência da verdadeira

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As Bem-Aventuranças incentivam

o desenvolvimento de uma

disposição voltada à mansidão,

misericórdia, pureza de coração

e muitos outros atributos divinos.

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conversão e da remissão dos pecados:A ausência da disposição de praticar o mal, mas, sim, de fazer o bem continuamente.

A LEI DE MOISÉS E A LEI MAIOR

O enfoque na disposição daspessoas constitui uma diferençaimportante entre a lei de Moisés e alei maior apresentada pelo Salvadorno Sermão da Montanha. Enquantoque os Dez Mandamentos proíbemcertas ações como o assassinato, oadultério e a profanidade, a lei maiorproíbe até a disposição que nosconduz a essas más ações — respec-tivamente a ira, os pensamentos libi-dinosos e todo tipo de juramento.(Ver Mateus 5:21–37; 3 Néfi12:21–37.) As Bem-Aventurançasincentivam o desenvolvimento deuma disposição voltada à mansidão,misericórdia, pureza de coração e muitos outros atributos divinos.(Ver Mateus 5:3–12; 3 Néfi 12:3–12.)Se tivermos a disposição de fazer

o bem continuamente, a conse-qüência natural será “[abstermo-nos] de toda a aparência do mal” (I Tessalonicenses 5:22) e “[vermos]o pecado com horror”. (Alma 13:12)

O rei Benjamim advertiu seupovo, dizendo: “Não vos posso dizertodas as coisas pelas quais podeiscometer pecado ( . . . ). Isto, porém,posso dizer-vos: se não tomardescuidado com vós mesmos e vossospensamentos e vossas palavras evossas obras; e se não observardes osmandamentos de Deus nem conti-nuardes tendo fé no que ouvistesconcernente à vinda de nossoSenhor, até o fim de vossa vida, pere-cereis”. Depois aconselhou amorosa-mente a cada um dos santos,dizendo: “Lembra-te e não pereças”.(Mosias 4:29–30; grifo do autor; verAlma 12:14.)

CULTIVAR A DISPOSIÇÃO

A disposição de muitas pessoasreflete as tradições culturais queadquiriram em sua criação. O gene-ralizado consumo de bebidas alcoó-licas, a falta de recato no vestir e nocomportamento, a coabitação semcasamento são apenas alguns exem-plos de tradições culturais que nãosão condizentes com o espírito doevangelho. Desse modo “vem o sermaligno e tira a luz e a verdade dosfilhos dos homens pela desobe-diência e por causa da tradição deseus pais”. (D&C 93:39)

Essas tradições parecem naturaisporque a maioria das pessoas emdeterminadas sociedades adota esse

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comportamento, mas os manda-mentos de Deus são baseados naverdade revelada e não na prefe-rência popular. Foi por esse motivoque o rei Benjamim advertiu seupovo de que “o homem natural éinimigo de Deus” e exortou-os adesfazerem-se do homem natural ou,em outras palavras, a rejeitarem astradições ímpias e efetuarem umavigorosa mudança em sua disposiçãonatural, cedendo ao “influxo doSanto Espírito”. (Mosias 3:19)

Às vezes os membros ficam tãoapegados a certas tradições da Igrejaque uma mudança em determinadanorma ou procedimento constituiuma prova de sua fé. Eles acreditamem revelação contínua desde que isso não implique em mudanças.Descrevendo os santos de sua época, oProfeta Joseph Smith exclamou, certavez: “Por vários anos, tentei preparar amente dos santos para que pudessemreceber as coisas de Deus; masfreqüentemente vemos que algunsdeles ( . . . ) se quebram em milharesde pedaços como o cristal, quandosurge algo que se oponha às suas tradi-ções”. (Ensinamentos do Profeta JosephSmith, compilados por Joseph FieldingSmith [1976], p. 323.)

A DISPOSIÇÃO DESENVOLVE-SE A

PARTIR DO DESEJO

As sementes de nossa disposiçãopara o bem ou para o mal são emgrande parte plantadas por nossosdesejos. Ao ensinar aos apóstataszoramitas como poderiam adquirirconhecimento da verdade, Alma os

A confissão deve ser seguida

do cultivo da disposição de não

mais praticar coisas erradas,

manifestada pelo completo

abandono do pecado,

e isso exige tempo.

instou a “[exercerem] uma partículade fé” mesmo que “não [tivessem]mais que o desejo de acreditar, [aponto de deixarem] que esse desejo[operasse neles]”. (Alma 32:27) Oque começa a partir de um desejofugaz, se for cultivado e desenvolvidopor tempo suficiente, irá tornar-seuma forma habitual de pensamentoou comportamento. O Élder JosephFielding Smith (1876–1972), quandoera membro do Quórum dos DozeApóstolos, observou: “É tão fácil criarbons hábitos quanto criar maushábitos” (The Way to Perfection, 10ªedição, 1953, p. 150). O Élder JamesE. Talmage (1862–1933), do Quórumdos Doze Apóstolos, ensinou: “Umhomem absolutamente sincero nãopode mentir culposamente; contudo,sua garantia contra a falsidade não é ade uma compulsão externa, mas, sim,o refreamento interno devido a seucultivado companheirismo com oespírito da verdade”. (Jesus, o Cristo,3ª edição [1916], p. 130.)

As conseqüências eternas denossos desejos e disposição são como-ventemente explicadas a Coriântonpor seu pai, Alma, que lhe ensinou:“No último dia ser-lhe-á restituído deacordo com suas ações. Se desejoupraticar o mal e não se arrependeudurante seus dias, eis que receberá omal, de acordo com a restauração deDeus”. (Alma 42:27–28)

A pessoa que deixa de pagar umdízimo honesto pode desenvolveruma disposição semelhante à doindivíduo que rouba um banco: Aprincipal diferença são as vítimas e

os métodos. O próprio Senhorperguntou: “Roubará o homem aDeus? Todavia vós me roubais, edizeis: Em que te roubamos? Nosdízimos e nas ofertas”. (Malaquias 3:8)

As pessoas que agem sob ainfluência de uma raiva injustacontra seu semelhante podem desen-volver uma disposição semelhante àdo ditador que trata cruelmente aspessoas.

A pessoa viciada na Internet e naTV que assiste a indecentes e diabó-licas amostras de pornografia adquirea mesma inclinação da pessoa quecomete atos imorais na vida real; suadisposição difere apenas em grau.

Tiago descreve esse processo emdetalhes consecutivos: “Cada um étentado, quando atraído e engodadopela sua própria concupiscência.

Depois, havendo a concupiscênciaconcebido, dá à luz o pecado; e opecado, sendo consumado, gera amorte”. (Tiago 1:14–15) Nossadisposição geralmente se manifestaem nosso comportamento, por issoTiago nos faz o seguinte desafio:“Mostra-me a tua fé sem as tuasobras, e eu te mostrarei a minha fépelas minhas obras”. (Tiago 2:18)

DESENVOLVER UMA DISPOSIÇÃO

LEVA TEMPO

De vez em quando vemos certosmissionários em perspectiva oucasais que planejam selar-se notemplo ficarem perturbados ao saberque suas recentes transgressõesexigirão que esperem um ano oumais antes de poderem solicitar abênção de uma missão ou de umcasamento no templo. Eles ques-tionam se de nada valeram seu

jejum, lágrimas e orações parademonstrar seu coração quebrantadoe seu espírito contrito, ao excla-marem: “Por que temos de esperartanto tempo?”

Essa parece ser uma dúvida justa,em particular à luz da certeza dadapelo Senhor: “Desta maneira sabereisse um homem se arrepende de seuspecados — eis que ele os confessará e abandonará”. (D&C 58:43) Aconfissão é um pré-requisito essencialao perdão, mas a confissão deve serseguida do cultivo da disposição denão mais praticar coisas erradas,manifestada pelo completo abandonodo pecado, e isso exige tempo. Pedroilustrativamente comparou aquelesque se arrependem por pouco tempomas não vencem sua disposição depraticar o mal ao “cão [que] voltou aoseu próprio vômito, e a porca lavadaao espojadouro de lama”. (II Pedro2:22) Numa revelação moderna oSenhor salientou a importância dedesenvolvermos a disposição de fazero bem continuamente: “Eu, o Senhor,não vos atribuirei pecado algum;segui vossos caminhos e não pequeismais; mas à alma que pecar retor-narão os pecados passados, diz oSenhor vosso Deus”. (D&C 82:7)

Depois de ter visto uma ofuscanteluz celestial e ouvido a voz de JesusCristo, Saulo de Tarso mudou drasti-camente sua vida e trocou seu nomepara Paulo. Depois de um períodotemporário de cegueira, foi-lherestaurada a visão por meio de umabênção recebida das mãos deAnanias. O autor do livro de Atos

então relata que ele “logo nas sina-gogas pregava a Cristo, que este é oFilho de Deus”. (Atos 9:20)

Mas o relato do próprio Paulo desua conversão é mais detalhado doque a versão de Atos. Paulo escreveuaos gálatas que depois de suaconversão ele não se reuniu imedia-tamente aos outros Apóstolos emJerusalém, mas em vez disso, eleconta: “Parti para a Arábia, e volteioutra vez a Damasco. Depois,passados três anos”, diz ele, “fui aJerusalém para ver a Pedro, e fiqueicom ele quinze dias”. (Gálatas1:17–18) Mesmo depois de terpregado o evangelho em Damasco,quando foi encontrar-se com seusirmãos em Jerusalém, “todos otemiam, não crendo que fosse discí-pulo”. (Atos 9:26) Devido à repu-tação que Paulo tinha de haveranteriormente procurado destruir aIgreja, foi preciso algum tempo paraque as pessoas aceitassem o fato deele ter desenvolvido a disposição deum discípulo de Cristo.

MANIFESTAÇÕES DE DISPOSIÇÃO

Existem muitas manifestações denossa disposição para o bem ou para o mal. Por exemplo: Podemosconsiderar-nos bons e caridosos; mastalvez tenhamos uma propensão decontar piadas a respeito de pessoas deoutras raças que contradiz a nossacompaixão. Podemos imaginar-noscomo pessoas cheias de paciência elonganimidade, mas pode ser quemanifestemos alguns sintomas deraiva quando somos fechados por

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outro motorista no trânsito. Talveznos vejamos como pessoas compas-sivas e tolerantes em meio a nossoscolegas de trabalho e vizinhos, emboranossos familiares mais próximos nosconsiderem intolerantes e rudes.

O uso que fazemos do tempo, emparticular de nosso tempo livre,revela nossa disposição para o bemou para o mal. O Senhor declarou:“Pois o que nesta vida for fiel eprudente será considerado digno deherdar as mansões preparadas paraele por meu Pai”. (D&C 72:4)Algumas pessoas passam os fins desemana e as noites livres na frente datelevisão, enquanto outras vão aotemplo, estudam as escrituras e lêemoutros bons livros, ensinam os filhospequenos a ler e escrever, visitamdoentes no hospital, compartilham oevangelho com os vizinhos, traba-lham na história da família e parti-cipam de projetos de melhoria dacomunidade e inúmeras outras ativi-dades. Sua disposição é a de fazer obem continuamente.

Nossa atitude também revelanossa disposição para o bem ou parao mal. A crítica e o pessimismo cons-tantes e seus companheiros, osarcasmo e o ceticismo freqüente-mente refletem uma falta de fé econfiança no Senhor e uma persis-tente impaciência em relação aosresultados do Seu grande plano defelicidade em nossa vida. Néfiadvertiu-nos incansavelmente a“[prosseguirmos] com firmeza emCristo, tendo um perfeito esplendorde esperança e amor a Deus e a todos

O uso que fazemos do tempo,

em particular de nosso tempo

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para o bem ou para o mal.

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os homens”. (2 Néfi 31:20) No capí-tulo final do Livro de Mórmon,Morôni reafirmou que “é precisohaver fé; e se é preciso haver fé,também é preciso haver esperança; ese é preciso haver esperança, épreciso também haver caridade”.(Morôni 10:20) Ele ensinou tambémque a caridade, a fé e a esperança sãoessenciais para a salvação no reinode Deus. (Ver Morôni 10:21.)

Morôni então fez uma importantee reveladora observação: “E se nãotendes esperança, deveis estar emdesespero; e o desespero vem porcausa da iniqüidade”. (Morôni10:22) Morôni não disse que o deses-pero ocorre por causa da adversidade.Existem inúmeros indivíduos cujaalma sofrida foi testada até o limitede sua resistência, mas permane-ceram fiéis e firmes. É a iniqüidadeque gera o desespero, porque ainiqüidade afasta o Consolador, que éuma grande fonte de fé e esperança.O desespero manifesta-se pela faltade fé, ausência de esperança e aomissão em praticar a caridade paracom aqueles que nos ofenderam ouque talvez tenham procurado destruirnossos sonhos. Sem a benéfica inter-venção da fé, esperança e caridade, odesapontamento logo se transformaem angústia e depois em desespero.

O Presidente Boyd K. Packer, queé atualmente o Presidente Interino do Quórum dos Doze Apóstolos,conforta-nos com estas palavras: “Avida foi feita para ser difícil. É normaltermos ansiedades, um pouco dedepressão, alguns desapontamentos e

até alguns fracassos”. Ele acrescentaentão: “Ensinem nossos membrosque se tiverem um dia muito ruim devez em quando ou vários dias assimum após o outro, eles devem perma-necer firmes e enfrentá-los. As coisasacabarão se acertando. Existe umgrandioso propósito em nossas dificul-dades na vida”. (“That All May BeEdified” [1982], p. 94.) Contanto quevivamos em retidão, continuemos anutrir nosso testemunho e nossa fé,aumentemos nossa confiança e espe-rança no amoroso Pai Celestial eperseveremos em tratar as outraspessoas com caridade, que é o puroamor de Cristo, nossos desaponta-mentos não terminarão em angústia,desilusão e desespero.

A DISPOSIÇÃO HUMANA E A DIVINA

Seria bom compararmos nossadisposição humana com a disposiçãodivina de Jesus Cristo. Durante Seuministério terreno o Salvador humil-demente reconheceu: “Nada façopor mim mesmo; mas falo como meuPai me ensinou ( . . . ) porque eu façosempre o que lhe agrada”. (João8:28–29) No Jardim do Getsêmani,em profunda agonia, com submissãoEle orou: “Todavia não se faça aminha vontade, mas a tua” (Lucas22:42), manifestando “a vontade doFilho sendo absorvida pela vontadedo Pai”. (Mosias 15:7)

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Depois que Abraão foi ordenado asacrificar seu filho Isaque, elemostrou ao Senhor e à sua posteri-dade que tinha a disposição de fazero bem continuamente, quando “selevantou ( . . . ) pela manhã demadrugada” (Gênesis 22:3; grifo doautor) para fazer os preparativosnecessários ao sacrifício que deleseria exigido.

José, bisneto de Abraão, dá-nosoutro impressionante exemplo deuma disposição inabalável para fugirdo mal e de fazer o bem continua-mente. Quando a mulher de seu amoprocurou seduzi-lo, José respondeu,indignado: “Como pois faria eutamanha maldade, e pecaria contraDeus?” (Gênesis 39:9) Em seguida,fugiu da presença dela. José tinhadecidido muito tempo antes deencontrar-se com a esposa de Potifarque jamais ofenderia a Deus.

Depois de Alma ter sido maltra-tado, de terem cuspido nele e deterem-no expulsado da cidade de

Fortalecemos nossa disposição

de fazer o bem quando fazemos

convênios e os cumprimos.

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Amonia, um anjo apareceu-lhe eordenou que voltasse ao mesmoambiente hostil do qual tinha sidorejeitado. Seu amor a Deus, que eramaior do que seu temor dos homens,e sua disposição de fazer o bem ficamevidentes ao vermos que ele “voltourapidamente à terra de Amonia”.(Alma 8:18; grifo do autor.)

Quando o Profeta Joseph Smithnarrou os eventos que acompa-nharam a Primeira Visão e a subse-qüente aparição do anjo Morôni, eleconfessou que ocasionalmente tinha“[exibido] as fraquezas da juven-tude e as debilidades da naturezahumana”. Mas apressou-se em acres-centar: “Ninguém deve crer-meculpado de quaisquer pecadosgrandes ou malignos. Jamais existiuem minha natureza disposição paratal”. (Joseph Smith — História 1:28)

A disposição natural do Profeta defazer o bem foi demonstrada noAcampamento de Sião. Em maio de

1834, o Profeta e seus irmãosestavam erguendo as tendas naspradarias do Illinois, quando subita-mente alguns dos irmãos descobriramtrês cascavéis e estavam prestes amatá-las. O Profeta interveio imedia-tamente, ensinando: “Deixem-nasem paz, não as maltratem! Comohaverá a serpente de perder seuveneno, se os servos de Deus têmessa mesma disposição e continuam acombatê-la? Os homens precisamtornar-se inofensivos perante acriação animal; e quando os homensperderem sua disposição maligna edeixarem de destruir a raça animal, oleão e o cordeiro poderão viverjuntos, e a criança poderá brincarcom a serpente em segurança”.(History of the Church, 2:71) OProfeta vivia o que pregava.

Essa é a disposição gerada pelaadmoestação do Salvador: “Amai avossos inimigos, bendizei os que vosmaldizem, fazei bem aos que vosodeiam, e orai pelos que vosmaltratam e vos perseguem ( . . . )porque, se perdoardes aos homens assuas ofensas, também vosso Paicelestial vos perdoará a vós”.(Mateus 5:44; 6:14)

As palavras do Profeta JosephSmith se aplicam ao PresidenteGordon B. Hinckley: “O homem quese sente cheio do amor de Deus nãose contenta em abençoar somente asua família, mas vai por todo omundo, com o desejo de abençoar atoda a raça humana”. (Ensinamentosdo Profeta Joseph Smith, p. 170.) O Presidente Gordon B. Hinckley,

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com sua exaustiva agenda de viagensque deixa esgotados todos os que oacompanham, mostra sua disposiçãode fazer o bem continuamente aoprivar-se do conforto de seu lar paraabençoar os santos de toda a Terra.

A DISPOSIÇÃO “DE QUASE TODOS

OS HOMENS”

Em uma revelação moderna oSenhor nos alertou “que é a natureza e índole de quase todos oshomens, tão logo suponham teradquirido um pouco de autoridade,começar a exercer imediatamentedomínio injusto”. (D&C 121:39)Posso detectar o domínio injustomais facilmente nas outras pessoasdo que em mim mesmo. Talvez eu meconsidere franco, resoluto e rigoroso,ao passo que os outros talvez meachem grosseiro, intransigente eabsurdamente exigente. Uma dasgrandes proteções contra uma dispo-sição para o domínio injusto é o prin-cípio da presidência e o sistema deconselhos da Igreja. Quando os líderesprocuram o conselho de outros eprestam atenção a esses conselhos, equando os membros da família sereúnem em conselho, eles geral-mente tomam decisões que rece-berão a aprovação confirmadora doSenhor. (Ver D&C 107:26–31.)

Nossa disposição para o bem oupara o mal muitas vezes se manifestaem nossa interpretação dos manda-mentos e nossa reação ao conselhodos líderes. Por exemplo: Algumaspessoas procuram negociar umadefinição muito restrita do dízimo

O Profeta Joseph Smith ensinou

que “quando os homens perderem

sua disposição maligna ( . . . )

o leão e o cordeiro poderão viver

juntos”.

mas preferem uma interpretaçãobem ampla da Palavra de Sabedoria.Citando o que disse o Élder MarionG. Romney (1897–1988), quandoera do Quórum dos Doze Apóstolos:“Há alguns entre nós que procuramservir ao Senhor sem ofender aodiabo”. (“The Price of Peace”,Speeches of the Year, 1º de março de1955, p. 7.) Mas existem muitosoutros santos dos últimos dias fiéiscuja vida mostra a disposição doSalvador, que sempre procurou fazeras coisas que agradavam Seu Pai.(Ver João 8:29.)

CUMPRIDORES DOS CONVÊNIOS

Fortalecemos nossa disposição de fazer o bem quando fazemosconvênios e os cumprimos. Toda vezque participamos de ordenanças do sacerdócio, os poderes do altodescem e nos levam para mais pertodo céu. Aqueles que participam dosacramento e das ordenanças dotemplo com um coração puro ecumprem fielmente os seus convê-nios não precisam de instruçõesdetalhadas a respeito do recato novestir, do pagamento do dízimo e de ofertas de jejum generosas, do cumprimento da Palavra deSabedoria ou da santificação do Dia do Senhor. Eles não precisam delembretes rigorosos para comparti-lhar o evangelho com outras pessoas,ir ao templo freqüentemente,pesquisar a história da família ou fazer suas visitas de ensino fami-liar ou de professoras visitantes.Tampouco precisam ser incentivados

a visitar os doentes e servir aosnecessitados.

Esses são os fiéis Santos doAltíssimo, que guardam os convê-nios sagrados que fizeram na casa doSenhor, “tendo o firme propósito deservi-lo até o fim; e realmente mani-festarem por suas obras que rece-beram o Espírito de Cristo para aremissão de seus pecados”. (D&C20:37) Aqueles que cumprem osconvênios “[estão] dispostos acarregar os fardos uns dos outros,para que fiquem leves” e “[estão]dispostos a chorar com os quechoram; sim, e consolar os quenecessitam de consolo e servir detestemunhas de Deus em todos osmomentos e em todas as coisas”(Mosias 18:8–9). Eles vivem a lei daconsagração. Seu tempo, talentos e

recursos financeiros pertencemtodos ao Senhor.

O cumprimento de seus convê-nios fez com que desenvolvessem adisposição de fazer o bem continua-mente, de modo que “desejam tomarsobre si o nome do Filho e recordá-losempre e guardar os mandamentosque ele lhes deu”. (D&C 20:77; grifodo autor.) O cumprimento dosconvênios qualifica-os a reivindi-carem a bênção prometida na oraçãosacramental “para que possam tersempre consigo o seu Espírito” (D&C20:77; grifo do autor), e a companhiaconstante do Espírito cultiva suadisposição de fazer o bem.

Oro para que prossigamos “comfirmeza em Cristo, tendo um perfeitoesplendor de esperança e amor aDeus e a todos os homens”. (2 Néfi31:20) Ao fazê-lo, que possamostornar-nos como o povo do reiBenjamim, “não [tendo] mais dispo-sição para praticar o mal, mas, sim,de fazer o bem continuamente”.(Mosias 5:2) �

ILUSTRAÇÃO FOTOGRÁFICA DE KELLI PRATT

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Perguntas respondidas à guisa de orientação, não como pronunciamentos doutrinários da Igreja.

Por que DevoPreocupar-me emPagar o Dízimo?Ganho tão pouco que tenho certeza de que meu dízimo não faz muita diferença. Por que devo preocupar-me em pagá-lo?

RESPOSTA DE A LIAHONA

A maioria das discussões sobre odízimo gira em torno de como ele éempregado: para construir templos ecapelas, apoiar a obra missionária,financiar as despesas operacionais daIgreja e assim por diante. Mas aprimeira coisa que precisamoscompreender acerca do dízimo é queo Senhor não necessita de nossodinheiro. Este mundo inteiro eincontáveis outros pertencem a Ele.Se quisesse, Ele poderia custear Suaobra de alguma outra forma. Poderia,por exemplo, transformar as pedrasda rua em diamantes e pedir aosdiáconos que os recolhessem. Poderiamandar os líderes da Igreja pescar eenviar-lhes peixes com moedas devalor na boca. (Ver Mateus 17:27.)Ou poderia simplesmente fazer comque os recursos da Igreja fossem inex-tinguíveis. (Ver I Reis 17:8–16.) Elepoderia, mas não o faz. Isso significaque a lei do dízimo deve ter umpropósito maior do que o de mera-mente financiar a obra do Senhor.

Qual seria esse propósito maior?Como muitos de nossos leitoresexplicam nas respostas, o objetivo dalei do dízimo não é tanto beneficiar aIgreja financeiramente, mas aben-çoar espiritualmente os dizimistas. Odízimo diz respeito à fé, não só aodinheiro. O Senhor não está interes-sado em quantas maçanetas ou hiná-rios nossos 10% podem comprar, masnos intentos de nosso coração e emnossa disposição de fazer Suavontade.

O dízimo é um mandamentoessencial e a ele estão relacionadosoutros assuntos ainda mais impor-tantes. Somente os membros daIgreja que pagam o dízimo integral-mente podem receber as ordenançasdo templo. E o Senhor promete queaqueles que forem fiéis a esse manda-mento não serão queimados em SuaSegunda Vinda. (Ver D&C 64:23.)

Pagar o dízimo é uma evidênciaespiritual do comprometimento deuma pessoa para com o Senhor. Essalei, declarou o Presidente Joseph F.

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Smith (1838–1918), põe à prova alealdade dos santos dos últimos dias:“Por meio desse princípio se saberáquem é pelo reino de Deus e quem écontra ele. Por meio dessa lei serámanifestado quais corações estãodispostos a fazer a vontade de Deus eguardar Seus mandamentos ( . . . ) equais se opõem a esse princípio eprivam a si mesmos das bênçãos deSião”. (Ensinamentos dos Presidentesda Igreja: Joseph F. Smith [1998], p. 276)

No que tange ao dízimo, o queimporta não é a quantia, mas aatitude. O dízimo faz parte de umalei maior, a lei da consagração, umalei que precisamos aceitar e viver sedesejarmos adquirir uma herança noreino celestial. Consagração é adisposição de usar tudo com que oSenhor nos abençoou, incluindonossa própria vida, para edificar Seureino aqui na Terra. Dez por cento étão pouco comparado a tudo o queEle nos oferece. É, de certa forma, omínimo que podemos fazer.

Ruth Kissi

David Lelogeais

Danuta Pullig Galvão

Élder Álvaro Yépez

Anthony L. Ekpezu

Élder Armel F. Severin Ikoue

RESPOSTAS DOS LEITORES

Ao pagarmos o dízimo, mostramosnosso amor ao Pai Celestial e edifi-camos Seu reino. Não importa seganhamos muito ou pouco, seamarmos nosso Pai Celestial, nós Lhedemonstraremos nossa obediência.Ruth Kissi,

Ala Hägersten,

Estaca Estocolmo Suécia Sul

Não ganho muito, mas sou felizpor obedecer à lei do dízimo. Oexemplo de meus pais e meu própriotestemunho fazem com que parti-cipar da grandiosa obra do reino deDeus na Terra se torne um prazerpara mim.David Lelogeais,

Ala Salon,

Estaca Nice França

Por menor que seja a quantia, seudízimo será inestimável aos olhos deDeus, pois você estará cumprindo SuaLei. As bênçãos não serão menoresdevido ao valor reduzido. O poucoque vem de muitos compõe o todo.Danuta Pullig Galvão,

Ala Méier,

Estaca Rio de Janeiro Brasil

Quando pagamos nosso dízimohonesto, recebemos bênçãos do PaiCelestial conforme o prometido emMalaquias 3:10. Mas pode ser queessa bênção não signifique ganharmais dinheiro. As bênçãos podem serespirituais ou temporais.

Servir na casa do Senhor é uma dasmuitas bênçãos que recebi ao pagar

um dízimo honesto. Nossos belostemplos também são bênçãos resul-tantes da obediência à lei do dízimo.Anthony L. Ekpezu,

Ramo Calabar II,

Distrito Calabar Nigéria

O próprio Jesus Cristo forneceu aresposta quando deu o exemplo dapobre viúva que doou duas moedas.(Ver Marcos 12:41–44.) O maisimportante é ter o coração disposto eo puro amor de Cristo. O Senhoratenta para a qualidade e não para aquantidade de nossa oferta.Élder Álvaro Yépez,

Missão Venezuela Barcelona

O Senhor pede que paguemoshonestamente um décimo de nossarenda, seja qual for a quantia queganharmos. É um teste de nossa fé.Ele não necessita de nossas ofertaspara financiar a Igreja, mas nós preci-samos de Suas dádivas. Se pagarmosum dízimo integral, seremos aspessoas mais felizes da Terra, acolheita de nossos campos será abun-dante e a obra do Senhor avançará.Élder Armel F. Severin Ikoue,

Missão Costa do Marfim Abidjã

Depois de concluir o segundograu, arranjei um emprego muito malremunerado e eu ficava constrangidoem pagar um dízimo tão pequeno.Mas um de meus amigos fez-melembrar da ocasião em que Jesusenalteceu a pobre viúva. (Ver Lucas21:1–4.) A partir daquele momento,esses pensamentos não voltaram mais

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Fabián Argote Montalvo

Síster Mustapha Tina

Ihuoma Chidiebere

Jean Pyeere Moreira

à minha mente. Continuei a pagarum dízimo integral. Posteriormente,fui abençoado e consegui um empregomelhor que me permitiu economizarpara a missão.Fabián Argote Montalvo,

Ala Las Granjas,

Estaca Neiva Colômbia

Nunca nos esqueçamos a admoes-tação de nosso Salvador de nãoajuntar tesouros na Terra, mas no céu.(Ver Mateus 6:19–21.) Não devemosesperar sempre mais dinheiro comorecompensa por pagar o dízimo. Hámuitas bênçãos que recebemos deDeus em conseqüência da obediênciaa esse mandamento. Uma bênçãograndiosa para mim é servir em tempointegral para edificar Seu reino.Síster Mustapha Tina,

Missão Nigéria Enugu

Há vários motivos pelos quaisdevemos pagar o dízimo. Permitam-memencionar três: (1) é um mandamentodo Senhor; (2) por menor que seja aquantia, estaremos fazendo nossa parte para estabelecer Sião na Terra; e (3) fortaleceremos nosso testemunho.Jean Pyeere Moreira,

Ala Itinga,

Estaca Joinville Brasil

Não receberemos nenhuma bênçãode Deus se pagarmos o dízimo com o coração dividido. Quando nossentimos forçados a obedecer à lei do dízimo ou quando pagamos por medo, fazemo-lo de má von-tade e talvez nem devamos esperar

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recompensa alguma. Às vezes, somossinceros ao pagar o dízimo, mas nãovemos nenhuma bênção concreta.Isso não significa que Deus nos tenhaesquecido, mas que talvez precisemosesperar. Ele possui bênçãos infinitaspara Seus filhos que obedecerem aosmandamentos, mas elas se manifes-tarão no devido tempo do Senhor.Devemos perseverar até o fim.Ihuoma Chidiebere,

Ramo Umunwanwa,

Estaca Umuahia Nigéria

Ajude a seção PERGUNTAS ERESPOSTAS respondendo à perguntaabaixo. Queira enviar sua contribuiçãode modo a chegar ao destino antes de 1ºde agosto de 2001. Escreva paraQUESTIONS AND ANSWERS08/01, Liahona, Floor 24, 50 EastNorth Temple Street, Salt Lake City,UT 84150-3223, USA. Datilografe ouescreva legivelmente em seu próprioidioma. Não deixe de colocar seu nomecompleto, endereço, ala e estaca (ouramo e distrito). Se possível, envietambém uma fotografia sua, que nãoserá devolvida. Publicaremos umaseleção de respostas que representetodas as recebidas.

PERGUNTA: Na escola, os poucosmembros da Igreja da minha idade ridi-cularizam-me ou evitam-me. Na Igreja,fingem que não existo. Meus únicosbons amigos são não-membros. Devo aomenos tentar fazer amizade com osjovens da ala ou passar meu tempo comamigos não-membros que são maissemelhantes a Cristo? �

COMO AUMENTAR NOSSA ESPIRITUALIDADE POR MEIO DO JEJUM E DA ORAÇÃO

MENSAGEM DAS PROFESSORAS VISITANTES

“MAIS FIRMES NA FÉ EM CRISTO”

Sheryl CondieKempton, deOrem, Utah,

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Para sua surpresa, Alma encon-trou seus amigos, os filhos deMosias, quando retornavam

de sua décima quarta missão entre oslamanitas. Ele alegrou-se ao cons-tatar a fidelidade e dedicação comque haviam servido. AnteriormenteAlma e os filhos de Mosias haviamperseguido os membros da Igreja,mas desde sua conversão, haviam-setornado “homens de grande entendi-mento” porque “haviam examinadodiligentemente as escrituras” e“haviam-se devotado a muita oraçãoe jejum; por isso tinham o espírito derevelação; e quando ensinavam,faziam-no com poder e autoridade deDeus”. (Alma 17:2–3; ver tambémMosias 27:8–37.)

DEVEMOS OFERTAR TODA A NOSSA

ALMA A CRISTO

Se quisermos desenvolver maturi-dade espiritual como Alma e os filhosde Mosias, precisamos fazer o que elesfizeram: obedecer aos mandamentos,estudar as escrituras, servir nossafamília e nosso próximo e acrescentara tudo isso jejum e oração.

Num período anterior no Livrode Mórmon, Amaléqui testificouque se “[viermos] a Cristo” eoferecermos “toda a [nossa]alma, como dádiva; e [conti-nuarmos] em jejum e

oração, perseverando até o fim”,seremos salvos. (Ômni 1:26) Como a alma consiste de corpo e espírito(ver D&C 88:15), oferecemos toda anossa alma quando sujeitamos tantoos desejos do corpo como os do espí-rito à vontade do Pai Celestial. A oração e o jejum ajudam-nos acontrolar nossos apetites; ajudam-nos também a ter “fome e sede dejustiça”. (Mateus 5:6) O jejum feitopor duas refeições consecutivas,como somos incentivados a fazermensalmente no domingo de jejum,pode refinar o espírito, fortalecer o controle sobre o corpo e trazer à nossa vida a jubilosa influência do Espírito Santo. (Ver D&C59:12–14.)

descreveu uma ocasião em que ojejum e a oração fortaleceram-naespiritualmente: “Orei e jejuei parapoder sobrepujar uma tentação emparticular que me estava incomo-dando. Os resultados foram assom-brosos. Não só consegui vencer oproblema, como ele deixou de seruma tentação para mim!” (“Fasting— A Gift of Joy”, Ensign, janeiro de1978, p. 12)

Para que o jejum ajude a aumentara espiritualidade, ele deve ser acom-panhado de fervorosa oração. Alémdisso, as ofertas para o fundo dejejum suavizam o coração e abrem asjanelas do céu.

Devemos ter o cuidado de jejuarcom moderação e não jejuar quandonossa saúde ou outras circunstânciasnão permitirem.

Todos que podem, contudo,devem participar da lei do jejum.Quando jejuamos, somos aben-

çoados como os nefitas que“jejuavam e oravam freqüente-mente e tornavam-se cada vezmais fortes em sua humildade ecada vez mais firmes na fé emCristo, enchendo a alma dealegria e consolo, sim, purifi-cando e santificando o coração,santificação essa resultante da

entrega de seu coração aDeus”. (Helamã 3:35) �

D A R V A L O R A O

SACRIFÍCIO DO SALVADOR

LINHA SOBRE LINHA

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Enquanto observava a bandeja do sacramento apro-ximar-se, sentia-me cada vez mais constrangido.Nesse domingo, foi a primeira vez na vida que não

me senti digno de tomar o sacramento. A bandeja com osacramento aproximava-se cada vez mais rápido, e eupermanecia concentrado em meus pensamentos. O quepensariam meus pais quando percebecem que eu nãohavia tomado o sacramento? E meu irmão? E a minhairmã? Eu deveria ser um exemplo para eles.

Ao me entregarem a bandeja, rapidamente passei-aadiante e baixei a cabeça. Tinha a sensação de que acapela toda estava olhando para mim.

Na semana anterior, eu havia conversado com meubispo. Entrei em seu escritório e comecei a chorar devergonha antes mesmo de me sentar. Contei-lhe tudo o quefizera e pensei que ele fosse ficar zangado comigo ou dizerque não haveria perdão para mim. Em vez disso, percebique ele também estava chorando. Disse que estava muitofeliz pelo fato de eu tê-lo procurado. Senti-me confortadoao saber que ele havia sido chamado pelo Senhor paraajudar-me a resolver os meus problemas. Senti-me conso-lado ao saber que eu tinha alguém com quem conversar àmedida que tentasse aplicar os princípios do SacrifícioExpiatório em minha vida. Sabia que podia confiar no bispoe expressar a ele os meus sentimentos.

Ao terminar minha conversa com o bispo, ele disseque me amava. ‘Farei o que puder para ajudá-lo aresolver os seus problemas’, disse ele. Naquele momento,tive certeza de que tudo ficaria bem.

Foi difícil deixar de tomar o sacramento pela primeiravez, sem dizer que tenho que reviver essa experiênciatodos os domingos até que o bispo me diga que estoupronto para voltar a tomar o sacramento. Entretanto,sinto-me grato por ter a bênção do arrependimento emminha vida. Sei que posso tornar-me limpo novamentepor meio do Sacrifício Expiatório de Jesus Cristo. Porcausa dessa experiência e das dificuldados por que estoupassando, jamais quero tornar-me indigno novamente.

A L I

É muito difícil deixar de tomar o sacramento. Porém, issome tem ajudado a dar mais valor ao sacrifício que oSalvador fez por mim.”

O pecado causa-nos sofrimento. Faz-nos sentirimpuros, indignos e até mesmo constrangidos. Essessentimentos fazem a confissão parecer a parte mais difícildo processo de arrependimento. A maior parte dospecados precisam ser confessados somente a nós mesmos,ao Senhor e à pessoa ou às pessoas afetadas pela trans-gressão. Alguns pecados, entretanto, são de naturezamais séria e precisam ser confessados à autoridadecompetente do sacerdócio, geralmente o bispo ou o presi-dente do ramo. “Tais pecados incluem o adultério, afornicação, outras transgressões sexuais e outros pecadosde gravidade similar.” (Spencer W. Kimball, O Milagre doPerdão [1969], p. 179) A confissão de pecados graves aobispo ou ao presidente do ramo exige verdadeira humil-dade e desejo de apresentar-se justo perante Deus. É umpasso necessário que precisa ser dado se quisermos estarsempre em paz com nós mesmos e com o Senhor.

Não importa qual seja o nosso pecado, o Salvadorsofreu por todos nós para que “não [precisássemos] sofrercaso nos [arrependêssemos]”. (D&C 19:16) Nosso amorpor Ele talvez não seja completo até que aceitemos o Seusacrifício. O Presidente James E. Faust, SegundoConselheiro na Primeira Presidência, explicou: “SintoSeu amor e fico assombrado ao pensar no preço quepagou por todos nós. Às vezes me pergunto quantas gotasde sangue Ele derramou por mim”. (“TestemunhasEspeciais de Cristo”, A Liahona, abril de 2001, p. 21)

Muitas vezes, ficamos desanimados ao esforçamo-nospara esquecer nossos pecados. Mas o Senhor tem o desejode nos ajudar. Ele é quem nos dá a segurança que consola:

“Eis que aquele que se arrependeu de seus pecados éperdoado e eu, o Senhor, deles não mais me lembro.

Desta maneira sabereis se um homem se arrepende deseus pecados — eis que ele os confessará e abandonará”.(D&C 58:42–43) �

A H O N A

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Testemunho

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VOZES DA IGREJA

Certa vez, o presidente dos Estados Unidos

perguntou ao Profeta Joseph Smith qual

era a diferença entre nossa religião e as

outras daquela época. O Profeta Joseph

respondeu que a diferença residia no “dom do

Espírito Santo. ( . . . ) Todas as demais conside-

rações estavam contidas no dom do Espírito

Santo”. (History of the Church, 4:42) ❦

A companhia do Espírito Santo é um

dos maiores dons que nosso Pai

Celestial tem a oferecer-nos. O

Espírito Santo testifica da

verdade, santifica aqueles que

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J U N H O

2

erdadeiramente se arrependem, investe-nos

e dons espirituais, cura os quebrantados de

oração, revela, ensina e consola. O Espírito

anto é, fundamentalmente, o Espírito de paz.

omo o Presidente Gordon B. Hinckley ensina e

s histórias a seguir ilustram, quando o Espírito

os acompanha, temos “alegria no coração”

e sentimos “a paz que nos acompanha

mesmo nos momentos de conflitos

sendo ela fruto do testemunho da

veracidade desta obra”. (“Palavras

do Profeta Vivo”, A Liahona,

junho de 2001, p. 35)

. . . . . . . . . . . . . . . . . .

Uma Perspectiva Mais ElevadaHugo Ibañez

Eu sempre sonhara em voar. Emdezembro de 1961, aos 21 anos

de idade, finalmente recebi o brevê depiloto. Sempre que eu estava depri-mido ou estressado, entrava numavião e, depois de voar por algunsinstantes, sentia-me bem melhor.

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Quando apertei a campainha,

o zelador veio atender. Ele

convidou-me para as reuniões

da Igreja no domingo seguinte.

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Contudo, depois de um ano, com4 horas de vôo, abandonei aviação. Embora me sentisse rela-ado ao voar, percebi que eu estavam busca de algo mais — uma paznterior que não encontrava no ar.

Bastaram dez meses de procura paraonvencer-me de que tampouco emerra firme eu acharia o que almejava.alvez a resposta fosse mudar para

ocais diferentes, mas não foi. Assim,

D E 2 0 0 1

9

comecei a estudar diversas filosofiasreligiosas. No decorrer dos dezoitoanos que se seguiram, pesquisei váriasgrejas e freqüentei algumas delas.

Certo dia, fui a uma igreja locali-ada a três quarteirões de nossa casa.uando apertei a campainha, o

elador veio atender. Disse-lhe queu tinha dois filhos adolescentes querecisavam integrar-se em um grupoe jovens. “Vocês têm o programa descotismo?” indaguei. Ele respondeuue sim.

Em seguida, perguntei a ele se suagreja estava alicerçada na Bíblia.

pediram que eu assumisse foi ler o

Como a filha mais nova e única

solteira da família, fiquei arrasada

com a morte de meus pais. Mas o

Pai Celestial tinha planos para mim.

Novamente a resposta foi afirma-tiva: baseava-se na Bíblia e noLivro de Mórmon. Ele convidou-me para as reuniões no domingoseguinte. Meu filho de treze anos,Marcelo, estava viajando comamigos, assim convidei meu outrofilho, Sérgio, de quinze anos, para ircomigo. Ele aceitou, embora comcerta relutância.

Quando entramos na capela,diversos membros cumprimen-taram-nos efusivamente. Poucodepois, um senhor idoso apre-sentou-nos aos missionários, e elescomeçaram a dar-nos as palestrasno mesmo dia. Quando Marcelovoltou de viagem, passou a ouvir as mensagens conosco. O Espíritotocou nosso coração e, em 16 defevereiro de 1980, eu e meus filhostornamo-nos membros de A Igrejade Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias. Minha esposa, Isabel,foi batizada um mês depois.

Passaram-se quase 40 anos desdeque iniciei minha busca de paz inte-rior em lugares fora de mim mesmo.Hoje, graças ao evangelho de JesusCristo, enxergo muito mais do quejamais o fiz num avião. Vejo ummundo mais real e belo do que qual-quer coisa que vi do ar. Contemploum mundo e uma vida repletos doamor de Deus e vislumbro glóriasainda maiores à minha espera nomundo vindouro.

Hugo Ibañez é membro da Ala

Montevidéu IV, Estaca Montevidéu

Uruguai Oeste.

Pus a Promessa à ProvaLydie Zebo Bahie

Meus pais faleceram quando euainda morava com eles.

Como a filha mais nova e únicasolteira da família, fiquei arrasada.

Sozinha e vulnerável, fiquei tãotranstornada que precisei parar deestudar. Preocupados com meuestado emocional, meus irmãoslevaram-me a quase todos os hospi-tais da região. Os médicos disseramque eu estava em estado de choque eque necessitava de repouso absolutonum lugar tranqüilo, longe de livrose qualquer coisa que exigisse esforçomental.

A situação só piorava, principal-mente quando eu via meus amigosdando continuidade aos estudos. Ofato de eles ainda terem mãetambém me fazia sofrer; minha mãetinha sido tudo para mim. Eu não viaa hora de morrer a fim de voltar parajunto de meus pais.

Todavia, o Pai Celestial tinhaoutros planos para mim. Em Suasabedoria e amor, inspirou meusirmãos a tirarem-me da cidade ondeeu estava estudando e a levarem-mepara mais perto deles. Fiquei comminha irmã Alphonsine. Ela, omarido e os filhos trataram-me comtanto carinho que comecei a sentir-me melhor. E ainda mais importante,meu sobrinho mais velho, FaetNadege, apresentou-me à Igreja deJesus Cristo dos Santos dos ÚltimosDias. Foi meu contato com a Igreja e

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o poder do evangelho que final-mente apaziguaram minha mente ecuraram meu coração angustiado.

Quando fui à Igreja pela primeiravez, as irmãs da Sociedade deSocorro e das Moças deram-meboas-vindas tão calorosas que tive asensação de quase haver reencon-trado meus pais. Continuei a ir àIgreja e depois de algum tempocomecei a ouvir as palestras dosmissionários.

Um dos primeiros compromissosque o élder Hurst e o élder Bekoin

Livro de Mórmon. Respondi que nãopoderia, pois recebera a recomen-dação médica de não ler ou fazernada que exigisse muita concen-tração. Os élderes incentivaram-mea orar com sinceridade e fé em JesusCristo acerca do convite que haviamproposto, garantindo que o Senhorme concederia a capacidade de fazero que fosse necessário.

Fiz conforme eles me orientaram.Pus a promessa à prova e li o Livro deMórmon. Consegui fazê-lo sem difi-culdade alguma. Em 18 de novembrode 1995, fui batizada.

Logo depois, recebi o chamado deprofessora da Sociedade de Socorro.Em seguida, fui designada missio-nária de ramo. Dentro de poucotempo, servi como conselheira napresidência da Sociedade de Socorroe depois como presidente das Moçasdo ramo. Todos esses chamadosfortaleceram-me e ajudaram-me aprogredir, tanto espiritual comomentalmente.

Minha fase de maior crescimentofoi quando servi na MissãoRepública Democrática do CongoKinshasa. Fui uma das primeiras

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missionárias a trabalhar nesse país.As experiências que vivi lá, tantopositivas como negativas, ajudaram-me a desenvolver maior capacidadecristã de amar e servir. Minha alegriafoi completa.

Sempre serei grata às pessoas queme integraram assim que entrei paraa Igreja. Ao conhecê-las, encontreiuma nova família, uma famíliagrande e amorosa que sei ser eterna:a família de nosso Pai Celestial. Sougrata ao Profeta Joseph Smith, pormeio do qual o Senhor restaurou SuaIgreja. Acima de tudo, sou grata a

meu Pai Celestial e a meu Senhor eSalvador, Jesus Cristo. Quando eu sóvia tristeza à minha volta, Elesabriram as portas da vida e felicidadepara mim.

Lydie Zebo Bahie é membro do Ramo

Bouaké II, Missão Costa do Marfim Abidjã.

Na Verdade, Não Estava SóKelly A. Harward

Ao terminar uma viagem detrabalho e percorrer uma

estrada deserta do interior do país,senti gratidão e ao mesmo tempouma enorme solidão. Pensei nasgrandes realizações daquela semanaem meu novo emprego, mas entãome senti muito só ao dirigir-me parameu apartamento vazio. Era minhaprimeira vez longe de casa e dafamília desde a missão.

Minha mente voltou no tempovários meses e lembrei-me da manhãem que eu acomodara meuspertences no carro e saíra de casa.Como todos os outros já estavam notrabalho ou na escola, só minha mãeestava lá para transmitir-me asúltimas palavras de incentivo econselho antes de eu partir paramorar sozinho. Ao sair do estaciona-mento, minha mãe estava láacenando, mandando beijos etentando conter as lágrimas.

“Agüenta firme”, eu disse em vozalta para mim mesmo. “Sou umhomem de 24 anos.” Lembrei-me de

quando eu chegara a Chicago e

ficara assombrado com o tamanho dacidade. Do alto do 110º andar doChicago Sears Tower, vi um doscruzamentos mais movimentados domundo e em seguida um dos maioresaeroportos do mundo. Informaram-me que a região metropolitana deChicago tinha mais de sete milhõesde habitantes. Ao olhar para osmilhares de carros, fiquei pensandonas pessoas dentro de cada um delese como Deus conhecia a todos. Émesmo possível? Fiquei a perguntar-me. Como é possível que Ele conheça acada um de nós?

Minha mente retornou para ovazio do carro e da estrada desertaem que me encontrava, e orei embusca de consolo. Disse ao PaiCelestial que eu passara dois anos namissão testificando que eu sabia queEle vivia e conhecia a cada um denós pessoalmente, mas que meucoração estava cheio de solidão edúvidas. Será que Ele sabia que eume sentia tão terrivelmente só?

Ao orar, percebi pelo espelhoretrovisor que havia um cami-nhão enorme logo atrás demim. Aos poucos, diminuí avelocidade e fui ligeiramente paraa direita a fim de permitir a ultra-passagem. O motorista aceleroue acenou ao passar por mim.Quando já estava naminha frente, desace-lerou e foi para adireita, assim como eu fizera,convidando-me a ultrapassá-

lo. Não era esse tipo de

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32

companhia que eu tinha em mente,pensei.

Quando acelerei e fiz a ultrapas-sagem, o motorista do caminhãoacenou de novo, mas dessa vezbuzinou, o que me surpreendeu.Rapidamente, aumentei a distânciaentre nós. Mas antes que eu conse-guisse afastar-me muito, lá estava elea meu lado, acenando. Dessa vez,quando me ultrapassou, fez sinalpara que parássemos.

A traseira do caminhão agoracobria toda a visão de meu pára-brisa. Foi aí que reparei o adesivo no pára-choque dele: Felicidade é a Noite Familiar. “Espere aí”, eudisse em voz alta. “Ele deve sermembro da Igreja, mas como sabeque também sou?” Segui-o até umaárea comercial e ele apontou parauma lanchonete. Olhei o adesivo tão conhecido e sorri para ele,

cj

saUvme

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oncordando. Afinal, era a hora doantar e eu estava com fome.

“Olá, meu nome é Jake”, apre-entou-se, estendendo-me a mão o entrarmos. “Vi o adesivo daniversidade Brigham Young no seuidro e deduzi que talvez você fosseórmon”, continuou. “Então pensei

m convidá-lo para jantar.”“Você acertou, sou membro da

greja. E também estou com fome”,espondi. “Meu nome é Kelly. Vi o

adesivo da noite familiarno seu caminhão e

tammeEsc

anocomtodumaquelesalvmecadque

bém imaginei que você fossembro da Igreja.” Ele confirmou.olhemos uma mesa e sentamo-nos.“Sou membro há apenas um”, disse Jake, mesmo antes deeçarmos a comer. “Durante

a a minha vida, senti que havia Deus que conhecia Seus filhosi na Terra e Se preocupava com

s. Mas só ao ouvir o plano deação é que adquiri um conheci-

nto real do amor de Deus a a um de nós.” Ali estava alguém eu jamais vira prestando-me

testemunho. “Quando me apro-ximei de seu carro na estrada e vi oadesivo da BYU, tive um senti-mento muito forte de que deveriaconversar com você”, explicou.

Depois de alguns instantes, Jakeperguntou: “Consegue imaginarcomo este mundo seria diferente setodos soubessem o que sabemos: queDeus conhece a cada um de nós, nosama e deseja nossa felicidade?”

Que testemunho maravilhoso, penseiao ouvir Jake contar que ele e aesposa estavam planejando selar-seno templo no final do mês. Meu serencheu-se de gratidão por Jake ter-meprestado testemunho no momentoem que eu mais precisava; pela verda-deira Igreja de Jesus Cristo, que trans-forma estranhos em amigos; porminha família, que me ensinara oevangelho; por minha missão e aoportunidade que ela me proporcio-nara de testificar às pessoas; por umPai Celestial amoroso que conhececada um de Seus filhos e Se preocupacom eles; e por um bom santo dos

últimos dias como Jake. �

Kelly A. Harward é membro da

Ala Country Oaks, Estaca Layton

Utah Kays Creek.

Lá estava ele a meu

lado, acenando. Dessa

vez, quando me ultra-

passou, fez sinal para

que parássemos.

Palavras do Profeta VivoR E F L E X Õ E S E C O N S E L H O S D O P R E S I D E N T E G O R D O N B . H I N C K L E Y

CULTIVEM UM TESTEMUNHO

DA RESTAURAÇÃO

“Cultivem um testemunho daRestauração do evangelho. Vocêssabem tão bem quanto eu que estaobra é verdadeira ( . . . ) masprecisam cultivar, nutrir e alimentarseu testemunho dessas coisas pormeio da leitura das escrituras e daatividade e fidelidade na Igreja.

Se ainda não têm um teste-munho, comecem a esforçar-se paraobtê-lo. O Senhor nos disse comofazê-lo. Ele disse que todo aquele quefaz a vontade do Pai ‘pela mesmadoutrina conhecerá se ela é de Deus,ou se eu falo de mim mesmo’. (João7:17) Isso é verdade em relação aqualquer coisa neste mundo. É bemsimples assim. É uma lei de Deus que

traz consigo uma maravilhosa enotável promessa.”1

SEJAM VERDADEIROS

“Para vocês, moças, que irão secasar, ser mães e transmitir suasqualidades para seus descendentes;para vocês, rapazes, que se tornarãopais e passarão adiante a sualinhagem, que é seu bem maisprecioso, eu digo: Sejam verdadeiros.Sejam fiéis à fé. Digam: ‘Sempre fiéisnossa fé guardaremos. Semprevalentes, com ardor lutaremos’.(Hinos, número 183.) Sejam leais aseu grande legado. Transmitam deforma imaculada para aqueles que ossucederão as grandes virtudesdaqueles que os precederam. Toda asua herança física e mental provém

de seus antepassados. Deixem paraseus descendentes uma herançaimaculada, de modo que os elos desuas gerações permaneçam fortes ebrilhantes.”2

O QUE SE ESPERA DOS SANTOS DOS

ÚLTIMOS DIAS

“Esperamos que nosso povo vivade acordo com um padrão muitoelevado e sagrado, e quando alguémespera que as pessoas façam algo,elas o fazem. ( . . . ) Elas fazem o queé esperado delas de modo notável emaravilhoso. É verdade que algunscaem ao longo do caminho. Mas agrande maioria segue adiante, edificasua fé e faz o que é esperado delescomo membros de A Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Dias.

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Esperamos que tenham uma vidapura e moralmente limpa.

Esta Igreja espera que sejamosfiéis, verdadeiros e obedientes e quefaçamos o que é exigido de nós. Se assim o fizermos, o Senhor nosabençoará.”3

TOLERÂNCIA E PAZ

“Fomos ensinados como membrosda Igreja a ser tolerantes, a procurarbons resultados, a não transigir em relação à doutrina e a nossospadrões, mas a ser tolerantes demodo que possamos levar adiante a

“Sejam leais a seu grande legado. T

virtudes daqueles que os precederam

comemorativa dos 50 anos de sua c

causa da paz, justiça e retidão naTerra. Que o Senhor nos abençoepara que assim o façamos, e que cadaum de nós tenha alegria no coração ea paz que nos acompanha mesmo nosmomentos de conflito, sendo elafruto do testemunho da veracidadedesta obra.”4

COMPARTILHEM O EVANGELHO PELO

EXEMPLO

“Tragam as pessoas para a Igreja.Façam isso com amor. Façam-no combondade e com o exemplo de suavida. Vivam o evangelho de modo

ransmitam de forma imaculada para

.” Abaixo: Os pioneiros sobreviventes de

hegada ao vale do Lago Salgado.

que todos vejam em vocês algomaravilhoso e belo e sejam incenti-vados a perguntar, a estudar o evan-gelho e a filiar-se à Igreja.”5 �

NOTAS

1. Reunião, Guam, 31 de janeiro de 2000.

2. Devocional, Ricks College, 7 de

setembro de 1999.

3. Reunião, Brigham Young University

Jerusalem Center, 21 de março de 1999.

4. Reunião, Brigham Young University

Jerusalem Center, 21 de março de 1999.

5. Reunião, Cingapura, 30 de janeiro

de 2000.

aqueles que os sucederão as grandes

1847 reúnem-se para uma fotografia

TORNAR-NOS OSMAIORES PROFESSORESDE NOSSOS FILHOSNo papel de professores de nossos filhos, que nos foi atribuído por Deus, nós como pais contamos com muito mais apoio do que imaginamos, incluindo o abundante auxílio de nosso Pai.

admoestação é clara:“E também, se em Sião ou em qualquer de suas

estacas organizadas houver pais que, tendofilhos, não os ensinarem a compreender a doutrina doarrependimento, da fé em Cristo, o Filho do Deus vivo, edo batismo e do dom do Espírito Santo pela imposiçãodas mãos, quando tiverem oito anos, sobre a cabeça dospais seja o pecado.

Pois isto será uma lei para os habitantes de Sião ou emqualquer de suas estacas que estejam organizadas. ( . . . )

E também ensinarão seus filhos a orar e a andar emretidão perante o Senhor.” (D&C 68:25–26, 28)

Não resta dúvida de que o ensino do evangelho aosfilhos é responsabilidade precípua dos pais. Para alguns,isso é motivo de preocupação e até medo. Mas é claroque queremos que nossos filhos tenham amor ao evan-gelho e desfrutem as bênçãos de um testemunho. Em III João 1:4, lemos: “Não tenho maiorgozo do que este, o de ouvirque os meus filhos andamna verdade”. Embora o

Ronald L. KnightonDiretor-Gerente, Departamento de Currículo

A

DETALHE: FOTOGRAFIA DE JEDCLARK; AO FUNDO: ILUSTRAÇÃOFOTOGRÁFICA DE CRAIG DIMOND

Apóstolo João estivesse dirigindo-se especificamente aum amigo querido, certamente é o desejo e esperança detodo pai justo que seus filhos “[andem] na verdade” enão abandonem os ensinamentos recebidos no lar.

Mas os pais podem perguntar: Como haveríamos deensinar o evangelho aos filhos quando não somos profes-sores devidamente qualificados? Nossos filhos têmprofessores excelentes no seminário enas auxiliares. Como poderíamoster a pretensão de oferecer maisno tocante ao aprendizado doevangelho?

A verdade é que, pormelhores que sejam os profes-sores de fora, tudo o que fazem éapenas complementar os ensi-namentos ministrados no lar.

No lar, a principal

sala de aula da

vida, os filhos

aprendem muitas

de suas lições

mais sagradas

e importantes.

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Cometemos um grande erro ao subestimarmos a impor-tância dos exemplos e experiências diários da vida fami-liar. Talvez também menosprezemos nossa própriacapacidade de ensinar os princípios do evangelho, esque-cendo que a desenvolvemos ao buscarmos a orientaçãodo Espírito Santo e canalizarmos nossos esforços paratirar proveito de todos os instrumentos concedidos peloPai Celestial.

LAR: UM LOCAL SAGRADO

O lar é a principal sala de aula da vida e da Igreja. Écomparável ao templo em santidade. O que se ensina nolar contribui decisivamente para esse caráter sagrado. OPresidente Harold B. Lee (1899–1973) afirmou que omaior trabalho que jamais poderemos efetuar é o reali-zado dentro das paredes de nosso próprio lar. (VerConference Report, abril de 1973, p. 130; ou Ensign,julho de 1973, p. 98.)

Lembro-me de um dia em que eu estava com apenastrês anos de idade e minha família morava numa humildecasa de dois cômodos, com falhas no telhado. Meu paiestava acamado, delirando devido à escarlatina. Lá foracaía uma forte tempestade e minha mãe, meu irmão dequatro anos e eu espalhamos panelas, latas e baldes pelacasa para aparar a água que pingava através do telhado.Minha irmãzinha dormia num berçoperto de meu pai.

Depois de colocarmos aspanelas, latas e baldes no lugar,minha mãe chamou meuirmão e a mim para junto

Depois de colocarmos as

panelas, latas e baldes no

lugar, minha mãe chamou

meu irmão e a mim para

junto dela e pediu que nos

ajoelhássemos para orar.

Suas palavras cheias

de fé, proferidas nos

tenros anos de minha

infância, nunca me

saíram da memória.

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dela e pediu que nos ajoelhássemos para orar. Tenhocerteza de que ela me ajudou a orar muitas vezes antes,mas naquela ocasião foi diferente. Lembro-me delaajudando-me a orar, sussurrando as seguintes palavras:“Pai Celestial, necessitamos muito de Tua ajuda.Precisamos que nosso pai melhore. Por favor, abençoa-opara que se recupere. Precisamos que a goteira do tetopare, se não o papai vai-se molhar e ficar mais doenteainda. Nós Te amamos, Pai Celestial, e queremos sempreservir-Te”.

É possível que a oração tenha sido ainda mais longa,mas essas palavras de fé que minha querida mãe proferianos tenros anos de minha infância nunca me saíram damemória. Aprendi o princípio da oração e de seu valor nolar por meio do exemplo e dos ensinamentos de meuspais, tão fiéis e obedientes.

O profeta Néfi explicou as bases e o propósito dosensinamentos dos pais:

“Pois trabalhamos diligentemente ( . . . ) a fim depersuadir nossos filhos ( . . . ) a acreditarem em Cristo, ea reconciliarem-se com Deus. ( . . . )

E falamos de Cristo, regozijamo-nos em Cristo,pregamos a Cristo, ( . . . ) para que nossos filhos saibamem que fonte procurar a remissão de seus pecados.” (2Néfi 25:23, 26)

As oportunidades para ensinar os filhos a respeito deCristo e Seu evangelho parecem quase ilimitadas aopensarmos em termos de tanto preceito quantoexemplo.

O PODER DO EXEMPLO

Alguém declarou que os três maiores professores sãoo exemplo, o exemplo e o exemplo. Todos os pais

poderão ensinar melhor as verdades do evangelhoaos filhos se forem um modelo de viver

cristão. Nossos filhos aprenderão mais aoobservar como vivemos — como agimos e

o que fazemos — do que por qualquer outracoisa que porventura nos propusermos a

ensinar-lhes.Ensinamos nossos filhos a servir bem quando

nós próprios servimos bem. Ensinamo-los a perdoarao perdoarmos. Ensinamos-lhes o amor e a bondade ao

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Muitas vezes,

os maiores

momentos de

ensino ocorrem

em situações

informais, como

conversas durante

as refeições

ou o trabalho

conjunto.

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sermos amorosos e bondosos; a gratidão e a consideração,ao sermos gratos. Quando fazemos e guardamos convê-nios e recebemos as ordenanças de salvação, nossos filhosverão e serão influenciados a buscar as bênçãos resul-tantes desse tipo de obediência. Ensinamos-lhes princí-pios de honestidade e integridade ao sermos honestos,verdadeiros, dignos de confiança e merecedores decrédito. Ensinamos-lhes as virtudes da responsabilidadesendo cumpridores da palavra (em vez de sempreduvidar), aceitando oportunidades para envolver-nos eservir e sendo fiéis a nossa palavra. Quando somos exem-plos de amor e bondade, temos bom ânimo e nos dedi-camos a auxiliar as pessoas e proporcionar-lhes alegria,paz e felicidade, nossos filhos aprenderão com nossoexemplo e conduta a fazerem o mesmo. O que queremosque eles sejam, nós mesmos precisamos ser. Se desejamosque eles recebam a imagem de Cristo no semblante,precisamos nós mesmos empenhar-nos por isso.

Minha avó paterna foi viúva desde os 64 anos de idadeaté morrer aos 101. Apesar de ter uma casa simples epequena, com poucos bens materiais, ela era a personifi-cação da felicidade, alegria e fé. Apresentava sempreuma atitude contagiante de amor, bondade e esperança.

Embora tenha sido aquinhoada com dificuldades desaúde e outros problemas na vida, ela era uma eternaotimista. Sempre que algum de seus dez filhos, 69 netos,210 bisnetos e 49 trinetos a visitava para trazer amor eincentivo, acabava sempre recebendo maiscarinho e ânimo do que era capaz de transmitir. Ela foi ricamenteabençoada com as coisas queverdadeiramente importam e,com seu nobre exemplo,compartilhava-as semparcimônia. Ela verda-deiramente possuía aimagem de Cristo nosemblante. Minha avósó recebera oito anosde instrução formal; no entanto, exerceugrande influência comoprofessora.

A L I

A MELHOR CONDUTA

Os pais sensatos têm o cuidado de não ser modelos detraços ou comportamentos negativos. Precisamoslembrar que o ódio destrói a alma que o cultiva, a invejadeteriora o caráter de quem se deixa dominar por ela, ascríticas e os julgamentos cruéis arruínam as amizades e aintolerância reduz nossa gama de oportunidades.Devemos ser exemplo de boa conduta ao depararmo-noscom tais tentações. Devemos decidir ensinar a nossosfilhos a melhor maneira de evitar o rancor, a tendência decriticar e resmungar, o sarcasmo, o espírito de discórdia,as reclamações, o escárnio e as hostilidades.

Quando perdoamos e esquecemos, damos a nossosfilhos a oportunidade de vivenciar o milagre do perdão.Quando eu ainda era portador do Sacerdócio Aarônico,um membro proeminente da estaca foi condenado e presopor práticas comerciais ilegais. Os membros da estacafizeram várias críticas. Meu pai, um homem bondoso esempre disposto a perdoar, que na época integrava o sumoconselho da estaca, reuniu a família e ensinou-nos que nãoexistem pessoas perfeitas para o Senhor chamar, mas hámuitas pessoas boas e maravilhosas a quem Ele chama paraque sejam fortalecidas por meio do serviço e para tambémfortalecerem a vida das outras pessoas. Nosso pai disse quesempre seríamos abençoados por apoiar as pessoas desig-nadas pelo Senhor para servir e que deveríamos prestar

atenção a seus pontos fortes, e não àsfraquezas. A demonstração de amor e

perdão de meu pai para com nossoex-líder foi uma excelente liçãopara mim, que tem sido um prin-cípio norteador em minha vida.

Embora tenha sido aqui-

nhoada com dificuldades

de saúde e outros

problemas na vida,

minha avó era uma

eterna otimista.

Exerceu uma grande

influência como profes-

sora e ensinava por

meio de seu nobre exemplo.

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O PODER DAS PALAVRAS E PRECEITOS

Falem de modo suave e edificante. “A resposta brandadesvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.”(Provérbios 15:1) Quando nós como pais não usamospalavras que rebaixam, humilham, desiludem ou desa-nimam, ensinamos nossos filhos a manterem distância dehábitos prejudiciais. Quando escolhemos e usamos pala-vras que edificam, enaltecem, elogiam, elevam e incen-tivam, os filhos ficarão motivados a fazerem o mesmo.Assim, estarão aprendendo valores cristãos e essa atitudeos ajudará a sentirem-se bem a respeito de si mesmos.

Cantamos: “Oh! falemos palavras amáveis, de nossocarinho o penhor”. (Hinos, 137) Os hinos ensinammuitas verdades do evangelho e convidam o EspíritoSanto a prestar testemunho das doutrinas e preceitos queestão sendo ministrados; além disso, trazem consolo eânimo. Podemos usá-los em casa para ensinar nossosfilhos e reforçar princípios transmitidos de outrasmaneiras. A música exerce tanto poder e influência queas canções aprendidas na infância ficam gravadas namente e no coração por toda a vida. Como pessoas ecomo família, podemos ser muito beneficiados ao refle-tirmos sobre a letra dos hinos e das músicas da Primária.

Como pais, quando surgem oportunidades paraconversarmos com nossos filhos, ensinaremos melhor se pedirmos que expressem seus pensamentos e formos

J U N H O

positivos. Para propiciarmosum ambiente de aprendizadoeficaz, precisamos dar ouvidosaos pontos de vista, preocupa-ções e perguntas deles. Umaboa regra é aplicar o seguinteprincípio: Pergunte, não seprecipite em falar. Façamperguntas que comecem com:“Como você se sente a respeitode ( . . . )”, “O que vocêentende por ( . . . )”, “Por que você acha ( . . . )” ou “A seu ver, o que significa ( . . . )?”

Talvez um de seus filhos adolescentes vá pedir para ira um show de rock pesado com os amigos. Se vocêsdissessem: “Não quero que você vá porque a música e oambiente não condizem com os padrões do evangelho”,isso poderia fazer com que o filho se pusesse na defensivae se sentisse rebaixado. No entanto, vocês poderiamdizer: “Obrigado por perguntar, mas por algum motivonão me sinto bem com a idéia. Na sua opinião, o quepoderia estar levando-me a ter tal sensação?” Assim, seufilho terá a oportunidade de discutir princípios e aplica-ções do evangelho sem se sentir injustiçado ou perse-guido. Como pai, aprendi que quando damos respostas edeclarações doutrinárias sem solicitar a contribuição dos

Cometemos

um grande erro

ao subestimarmos

a importância

dos exemplos

e experiências

diárias da vida

familiar.

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filhos, privamo-los da oportunidade de descobrirem asverdades do evangelho por si próprios. Se externarmossentimentos e idéias uns para os outros, teremos maisêxito em envolver nossos filhos em conversas sobre oevangelho que conduzam ao aprendizado.

AS LIÇÕES DA VIDA

Muitas vezes, os maiores momentos de ensinoocorrem em situações informais, como conversas duranteas refeições, o trabalho conjunto ou as viagens. A oraçãofamiliar pode tornar-se um momento de ensino eficaz aoelevarmos juntos nossas súplicas ao Senhor.

Também podemos ensinar por meio de palavras epreceitos em situações mais formais, como a noite fami-liar, entrevistas individuais entre pais e filhos, conselhosfamiliares e sessões de leitura das escrituras em família.Quando nós como pais procuramos sinceramente ensinaraos filhos as verdades divinas do evangelho e testificarpara eles da bondade, amor e bênçãos de Deus para nós,o Espírito Santo instilará convicções desses princípios nocoração deles.

As oportunidades de ensino muitas vezes surgem emmomentos inesperados ou circunstâncias incomuns.Alguns anos atrás, demos a nossos dois filhos bicicletasde dez marchas no Natal. Então, procurando ser umbom pai, peguei uma de nossas bicicletas velhas paraandar junto com os meninos enquanto eles aprendiam ausar as novas. Tudo estava correndo bem até que meusegundo filho, de dez anos, desviou o olhar para acorrente ao tentar passar a marcha e colidiu com atraseira de um carro estacionado. Imediatamente, corripara socorrê-lo.

Senti uma enorme dor nocoração ao olhar para ele ever sua boca sangrando eum dente da frentequebrado; seu rosto fora

Quando o tomei nos

braços, ele olhou-me

no rosto e disse: “Pai,

por que sempre tenho que aprender

as coisas do jeito mais difícil?”

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de encontro ao porta-malas do veículo. Além disso, porum instante, tive a impressão de que ele quebrara a perna,algo que já lhe acontecera seis anos antes. Quando otomei nos braços, ele olhou-me no rosto e disse: “Pai, porque sempre tenho que aprender as coisas do jeito maisdifícil?” Ali estava uma oportunidade de ensino!

Devemos ensinar nossos filhos com base em experiên-cias da vida — tanto da nossa vida como da deles. Eraassim que o Salvador ensinava. Quando relacionamos oevangelho ao cotidiano, ele adquire um sentido real paraos filhos.

Precisamos ler, estudar e aprender continuamente.Então, o Espírito Santo pode ajudar-nos a ensinar o queestamos aprendendo. E nunca devemos esquecer quepodemos pedir auxílio divino. Nossos filhos também sãofilhos de Deus. Por meio de nossa fé e orações, Ele podee vai abençoá-los quando não pudermos estar com eles e,nos momentos em que não soubermos onde ou como elesestão, Deus o saberá.

Todos os pais têm o direito de buscar a ajuda do Senhor ao ensinarem aos filhos as verdades doevangelho. Nosso Pai confiou-nos esses filhos e nosauxiliará. Também inspirará outras pessoas a ajudar nas classes da Igreja, mas o lar é o cenário mais

importante do ensino e aprendizado.Todos devemos ser gratos aos profes-

sores sábios e bons que ensinaramnossos pais, que nos ensinam agora e

os que nos ajudam a ensinarnossos filhos. Mas eles são

ajudantes. Nós, como pais,precisamos individualmenteassumir a responsabilidadede ensinar aos filhos asverdades do evangelhopor preceito e exemplo. Se procedermos assim,poderemos reconfortar-noscom a seguinte promessa:“E todos os teus filhos

serão ensinados do Senhor;e a paz de teus filhos será

abundante”. (Isaías 54:13) �

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Se externarmos

sentimentos

e idéias uns

para os outros,

teremos mais

êxito em envolver

nossos filhos em

conversas sobre

o evangelho que

conduzam ao

aprendizado.

Ensino no Lar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

As escrituras são fundamentaissempre que quisermos ensinar

o evangelho no lar. Nelas, o Senhorforneceu todos os princípios básicosdo evangelho, juntamente com exem-plos dos ensinamentos que Ele nosdeu. Podemos utilizar Seus métodoscomo modelo; podemos imitar Seuuso de parábolas e de histórias quecontenham elementos de nosso dia-a-dia (como a das dez virgens, verMateus 25:1–13; o Bom Samaritano,ver Lucas 10:25–37), de lições comuso de objetos (como a da moeda dotributo, ver Mateus 22:15–22), e demensagens individualizadas (como ada mulher samaritana junto ao poço,ver João 4:4–26).

Mas por mais ricas que sejam, asescrituras não são a única fonte apro-vada pela Igreja para o ensino doevangelho para nossa família.Devemos ser gratos ao Senhor porter inspirado Seus servos a propor-cionar-nos outros materiais paraajudar-nos a aprender e a crescer —uma grande variedade de fontessuplementares para o ensino de prin-cípios do evangelho no lar e nas salasde aula da Igreja. Essas fontesbaseiam-se nas escrituras antigas emodernas e estão plenamente corre-lacionadas com elas.

Entre elas está a revista Liahona,distribuída mensalmente em todas asáreas em que a Igreja se encontraestabelecida. Entretanto, nas áreasem que a Igreja está em desenvolvi-mento no que se refere à língua ouem que o evangelho chegou há rela-tivamente pouco tempo, a revista édistribuída com menos freqüência.Os artigos da Liahona são adaptadosàs necessidades dos membros dehoje. Todos os artigos, tanto asmensagens de nossos líderes da Igrejaquanto o testemunho dos membrosou pequenos conselhos ou idéias,podem ser adaptados para o ensinono lar. A página 48 de cada ediçãoinclui sugestões sobre como osartigos da revista podem ser usadosno ensino. A edição da Liahona dasconferências (janeiro e julho)também estão à disposição emmuitas línguas no site oficial daIgreja na Internet: www.lds.org.

Além das revistas da Igreja, hámuitos livros, manuais e outraspublicações da Igreja que sãovaliosas fontes para o ensino doevangelho de Jesus Cristo no lar.Seguem-se algumas dessas publica-ções (com o número de código entreparênteses) que podem ser retiradaspor empréstimo da biblioteca dacapela, se houver, adquiridas nocentro de distribuição da Igreja oupor meio de pedido do Catálogo deMateriais da Igreja, que pode serfornecido pelo secretário, bispo oupresidente do ramo.

� “A Família: Proclamação ao

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Mundo” (35602 059), publicada pelaPrimeira Presidência e pelo Quórumdos Doze Apóstolos, ensina e lembraquais são o desígnio e propósitoterrenos do Senhor para a família.

� Guia da Família (31180 059) um folheto básico descrevendo opropósito e a organização da família.

� Ensino, Não Há Maior Chamado(36123 059), manual básico do cursode aperfeiçoamento didático da Igreja,é útil para todos os que desejemmelhorar suas aptidões didáticas.

� Guia de Ensino (34595 059)oferece auxílio para o aprimora-mento didático, em particular para oensino no lar.

� Nosso Legado: Uma Breve Históriade A Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias (35448 059) salientanosso legado como membros daIgreja e é um auxílio didático útilpara o estudo da história da Igreja.

� Para o Vigor da Juventude (34285059) resume os padrões de condutapara os jovens santos dos últimosdias e é um guia útil para os membrosadultos também.

� Pacote de Gravuras do Evangelho(34730 059) inclui obras de arte efotografias que ilustram aconteci-mentos das escrituras.

� Histórias Ilustradas do NovoTestamento (31119 059) e Histórias doLivro de Mórmon (35666 059)oferecem histórias da época e dasregiões descritas nessas obras, bemcomo mapas e glossários. Esses livrossão particularmente úteis para famí-lias com filhos pequenos.

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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

� Hinos (34832 059) e Músicaspara Crianças (34831 059) incen-tivam os membros da família acantarem em casa os mesmos hinos ecanções que elevam o espírito e sãocantados em nossas reuniões.

� O Templo Sagrado (30959 059)visa ajudar os líderes do sacerdócio e

pais a prepararem os membros parareceberem as ordenanças do templo.Ele é tirado de uma obra maisextensa que tem o mesmo nome,escrita pelo Presidente Boyd K.Packer, atual Presidente Interino doQuórum dos Doze Apóstolos.

� Templos de A Igreja de Jesus

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Cristo dos Santos dos Últimos Dias(35863 059) traz artigos ilustrados arespeito da história, propósito e usodos templos antigos e modernos.

� Princípios do Evangelho (31110059), o manual do curso de Princípiosdo Evangelho da Escola Dominical,oferece uma visão geral das doutrinas

e princípios básicos do plano doevangelho e uma seção com 35hinos e 10 hinos para crianças; éuma grande fonte de recursospara a família.

� Ensinamentos dos Presidentesda Igreja: Joseph F. Smith (35744059) é o segundo de uma sériede livros que contêm os ensina-mentos dos Presidentes da Igreja

destes últimos dias. Ele pode serusado para estudo pessoal e tambémé o livro texto para as aulas dosegundo e terceiro domingos do mêsdo Sacerdócio de Melquisedeque eda Sociedade de Socorro.

� Deveres e Bênçãos do Sacerdócio,Parte A e Parte B (31111 059, 31112059) são manuais contendo 35lições cada um sobre tópicos relacio-nados ao sacerdócio e a retidãopessoal.

� Manual Básico da Mulher SUD,Parte A e Parte B (31113 059, 31114059) contêm 35 lições cada um paraajudar as mulheres a elevarem suaretidão pessoal.

Há muitas outras publicações daIgreja disponíveis. As informaçõessobre como adquirir esses materiaisencontram-se no Catálogo deMateriais da Igreja. �

“LEMBRE-SE DEQUEM VOCÊ É”

Aproximadamente na época emque fiz 14 anos, minha mãecomeçou a falar em código.

Assim que eu saía correndo pela portapara uma nova aventura com asamigas, ela dizia em voz alta: “Lembre-se de quem você é!”

Eu não sabia exatamente o que elaqueria dizer com isso, mas fingia quecompreendia e gritava de volta: “Tudobem, mãe. Tchau!” Às vezes eu refletiasobre sua mensagem em código. O queela estaria tentando dizer? Eu sabiaquem era. E daí?

Enquanto crescia, a vida emfamília nem sempre foi agradável.Depois de uma noite particularmenteinfeliz, lembro-me de estar fitando amim mesma no espelho, com dificul-dade em reconhecer a imagem que mefitava de volta, porque meu rostoestava vermelho dos sucessivos tapasque havia levado de meu pai.Comecei a chorar, sem saber o quefazer ou pensar. Pensei em fugir. Piorque isso, a idéia de dar fim à

Nome omitido ILUSTRADO POR STEVE KROPP

minha vida desafortunada cruzou-me a mente confusa.Em nenhuma outra ocasião — antes ou depois disso

— senti-me tão só. Sentia-me aniquilada, quase a pontode querer deixar que a escuridão que me cercava mesubjugasse. Olhei no espelho novamente. Nem mesmosei quem sou, clamei interiormente. Nesse momentoouvi a frase de minha mãe repercutir de maneira clara edistinta na mente: Lembre-se de quem você é! Lembre-sede quem você é!

Pela primeira vez, percebi o que minha mãe queriadizer. Ela queria que eu lembrasse de minha herançadivina. Uma frase de uma música da Primária ecoou-mena mente: “Sou um filho de Deus” (Hinos, número 193).Essa repentina lembrança ajudou-me a lutar contra atentação de Satanás de fazer algo tolo. O conhecimentode que minha natureza era divina me ajudaria a resistir;minha mãe compreendia isso, e sei de sua esperança deque um dia eu compreendesse também.

O Senhor Jesus Cristo é o exemplo perfeito de alguémque compreendeu Sua herança divina. As escrituras nosdizem que em Sua juventude Ele “crescia ( . . . ) em sabe-doria, e em estatura, e em graça para com Deus e oshomens”. (Lucas 2:52) Quanto mais aumentava Suacompreensão, mais bem preparado Se tornava paracumprir Seu papel como Salvador do mundo.

Não será requerido de nós que soframos como Jesus

J U N H O

Cristo sofreu. Porém, para ajudar-nos a sobrepujar nossasprovações, o Pai Celestial deu-nos meios que podemaumentar o entendimento acerca de nosso legado divino.Com as escrituras, aprendemos como outras pessoasreconheceram seu papel de filhos e filhas de Deus eagiram de maneira adequada. Com os profetas vivos,aprendemos sobre nossa natureza e potencial divinos. Porintermédio do sacerdócio, podemos receber bênçãosinspiradas que nos lembram de nossa relação com o PaiCelestial. No templo, somos instruídos ao participar deordenanças sagradas. E por meio da oração podemosconseguir a ajuda de que precisamos quando esquecemosquem somos.

Os anos que se seguiram àquela noite em que decifreio código de minha mãe foram difíceis. Entretanto, reco-nhecer minha natureza divina ajudou-me a enxergar osobstáculos sob uma perspectiva eterna. Esse conheci-mento acabou por levar-me a casar no templo e aesforçar-me com meu marido para criar uma família soli-damente alicerçada no evangelho.

Ainda penso com freqüência nas palavras de minhamãe. Às vezes imagino os instantes finais com o PaiCelestial antes de partir para a Terra. Gosto de pensarNele me abraçando e encorajando-me com poucas ederradeiras palavras de aconselhamento: “Lembre-se dequem você é!” �

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TÓPICOS DESTA EDIÇÃO

Amizade ........................................10

Arrependimento ..................2, 14, 26

Convênios ......................................14

Conversão ............................8, 14, 28

Cura ......................................28, A14

Disposição ......................................14

Dízimo............................................22

Ensino ......................................36, 44

Ensino Familiar ................................7

Espírito Santo ................................28

Felicidade ........................................2

Histórias do Novo

Testamento......................A12, A14

Jejum..............................................25

Jesus Cristo ....................................26

Natureza Divina ........................2, 46

Noite Familiar ......................48, A10

Obediência ..............................22, A6

Obra Missionária ..............8, 28, A10

Oração ............................25, 28, A12

Paternidade ................................36

Paz............................................28

Pioneiros ........................A2, A5

Professoras Visitantes ..........25

Profetas ..................34, A6, A8

Sacramento ............................26

Seminário ..............................10

Serviço........................................2

Como Utilizar A Liahonade junho de 2001

Você poderá encontrar muitas idéias úteis para suas aulas e discussões

nesta edição de A Liahona. (Os números à direita correspondem às

páginas desta edição. A = O Amigo.)

IDÉIAS ÚTEIS

� “Quem Vocês Pensam Que São?” Presidente James E. Faust, página2: Coloque em discussão as cinco idéias do Presidente Faust para ajudaros alunos a compreenderem quem eles são. Pensem em como usar cadauma dessas idéias na vida pessoal.

� “A Disposição de Fazer o Bem Continuamente”, Élder Spencer J.Condie, página 14: Se algumas de suas disposições não se encontram deacordo com o caráter de um seguidor de Cristo, reflita: “a disposiçãodesenvolve-se a partir do desejo”. Ore para que seusdesejos mudem, de modo que você sinta “fome esede de retidão”. (3 Néfi 12:6)

� “Gratidão pelo Sacrifício do Salvador”, página26: Leia o que disse o rapaz que recebia a ajuda dobispo para arrepender-se. O que você pôdeaprender dessa atitude acerca do pecado, doarrependimento e de tornar-se purodiante do Senhor?

� “Lembre-se de Quem Você É”,página 46: Quando encontrar-se em dificuldades, lembre-se damensagem daquela jovem: Lembre-se de quem você é. É um filho de Deuse pode voltar a viver com Ele se for fielaos seus convênios.

SOLICITAÇÃO DE ARTIGOS DOS JOVENS DA IGREJA

Gostaríamos de receber artigos dos nossos jovens leitores — histórias que possam fortalecer a fé

da juventude do mundo todo. Enviem seus artigos para ARTIGOS DOS JOVENS DA IGREJA, Liahona,

Floor 24, 50 East North Temple Street, Salt Lake City, UT 84150-3223, USA; ou utilizem o e-mail

[email protected]. Não deixem de informar o nome completo, idade, endereço,

número do telefone, ala e estaca (ou ramo e distrito). Se possível, junte uma fotografia sua

e de quaisquer outros personagens de sua matéria.

A L I A H O N A

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O AmigoPARA AS CRIANÇAS DA IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS � JUNHO DE 2001

FAZENDO AMIGOS

Angela Miller, de Council Bluffs, Iowa

Julie D. Awerkamp

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A s crianças da Primária no mundo todoaprendem a respeito de Council Bluffs, Iowa— um lugar repleto de história

santo dos últimos dias — e de WinterQuarters, Nebraska, que fica nasproximidades, onde os pioneirospararam em sua jornada rumoao oeste para consertar carro-ções, moer o trigo e esperar que o frio rigoroso do invernopassasse.

Para Angela Miller, de oitoanos, Council Bluffs é mais doque simplesmente um nomenum mapa de história da Igreja.É seu lar. E morar tão perto desseslocais históricos ajudou-a a ganharmelhor compreensão do espíritopioneiro e a desenvolvê-lo na própria vida.

Parte desse espírito pioneiro é fazer da família umaprioridade essencial. A família é importante porque“está sempre pronta para ajudar e apoiar você”, dizAngela. “Estão sempre dispostos a disciplinar quandonecessário, mas também são gentis.” Angela lembra-secom carinho do dia em que a família foi ao templo.Serem selados juntos foi uma experiência muito signifi-cativa em sua vida. Ela adora passar o tempo com afamília acampando, fazendo caminhadas, nadando,andando de bicicleta ou simplesmente brincando com

Angela (à direita) e su

a um monumento em

J U N H O

seus passarinhos de estimação, Oliver, Kate e Tweety.Angela trabalhou com afinco para cultivar outra

faceta do espírito pioneiro — o trabalho missio-nário. Aprendendo com as experiências

dos pais como missionários deestaca, ela participou de programas missionários da ala e tenta ser um bomexemplo para os amigos quenão são membros da Igreja.

Recentemente a famíliaMiller participou de umprograma da ala que ajuda os novos conversos a apren-

derem mais sobre o evangelhoassistindo a noites familiares em

ggrupo. Angela e o pai, Dan, ensinaramuma lição sobre vestir toda a armadura

de Deus, baseada em Doutrina e Convênios 27:15–18.Enquanto o pai ensinava que cada parte da armadurarepresenta uma qualidade que ajuda a proteger contra astentações — como o escudo da fé e a espada do Espírito— Angela vestia a parte correspondente da indumentária.A parte da lição que as pessoas mais gostaram foi quandoo irmão Miller ensinou sobre os dardos inflamados doadversário, e os missionários foram encarregados de atirar“dardos inflamados” feitos de papel amarelo e grãos demilho de pipoca na “armadura” de Angela.

Angela faz o melhor que pode para dar bom exemplo,

a família defronte

Winter Quarters.

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3

Primária da Ala

de Council Bluffs.

não importaonde esteja.

Sempre tenta serreverente na Igreja.

“Às vezes cruzo osbraços quando estou no

corredor indo da classe para a sala da Primária”, diz.Por ser o único membro da Igreja na escola, Angela

tem muitas oportunidades de fazer o trabalho missio-nário. Em uma festa de aniversário a que tinha ido, as meninas começaram a assistir um filme inadequado.“Disse a elas: ‘Não posso assistir a isto, pois sou membroda Igreja’”, recorda. Saiu da sala, e outra amiga, que não era membro, logo a seguiu. Juntas assistiram a um filme melhor. “Quando fui embora, vi que estavausando meu anel do CTR”, diz Angela, que está felizpor ter sido capaz de escolher o que é certo e dar bomexemplo para as amigas.

Certa noite Angela convidou uma amiga para ir àsua casa. Enquanto as meninas conversavam, a amigaperguntou: “Para que são estes livros? São bem volu-mosos”. Angela explicou que se tratava do Livro deMórmon e da Bíblia, e conversou com a amigasobre Jesus Cristo. Mais tarde ela viu a amigalendo suas escrituras.

A família Miller com freqüência visitalocais históricos nas proximidades, como o cemi-tério pioneiro e o centro de visitantes em WinterQuarters e o tabernáculo em Council Bluffs. Essetabernáculo é uma réplica da estrutura que ospioneiros construíram em apenas algumas semanas.Brigham Young foi ali apoiado como Presidente daIgreja em 1847. Angela aprendeu sobre como ospioneiros trabalharam arduamente e como usaram ostalentos para abençoar outras pessoas. Ela tenta igual-mente compartilhar os talentos que tem, aprendendoa tocar piano, freqüentando aulas de balé e partici-pando de apresentações locais de balé.

Angela e seu irmão Jake, de 13 anos, têm responsabilidadesdomésticas. A tarefa prediletade Angela é ajudar a cuidar

O A

dos pássaros da família. Ela e Jake trocam a água dasgaiolas todos os dias e providenciam para que ospássaros tenham alimento suficiente.

Angela adora aprender. Ela despende tempo na salainfantil de leitura da biblioteca da cidade, faz as tarefasescolares com dedicação e gosta de conversar com Jakesobre as coisas que aprendeu. Consegue dizer o nome de praticamente qualquer pássaro de seu zoológico favorito.

O Presidente Hinckleyvisitou a área de Council Bluffsem 1996 para dedicar a réplicado tabernáculo epara come-morar a fé ea dedicação

dos pioneiros que serviram no Batalhão Mórmon. Osmembros da família Miller e de muitas outras famíliasvestiram-se como pioneiros e divertiram-se com ativi-dades pioneiras. Angela cantou num coro infantil.Quando usa seu vestido e chapéu de pioneira, senteainda mais gratidão pelos pioneiros.

A vida para Angela é muito diferente do que era paraas crianças pioneiras. Entretanto, ao aprender a respeitodas dificuldades e dos valores dos pioneiros, tornou-se umexemplo moderno do espírito pioneiro. Angela pareceviver de acordo com um lema do Presidente John Taylor(1808–1887), citado em uma de suas pinturas preferidasem Winter Quarters: “O Reino de Deus ou Nada”. �

Angela diante de

um carrinho de

mão em exibição

no tabernáculo

em Council Bluffs.

M I G O

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rravam carrinhos de mão quando viajavam

os de mão não transportavam tudo o que

consigo; por isso, elas tinham que escolher

s. Faça um círculo ao redor das coisas mais

levado consigo se tivesse sido um pioneiro.

s que você teria escolhido? Ligue o carrinho

você teria levado nele. �

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SÓ PARA DIVERTIR

Alguns pioneiros empu

pelas planícies. Os carrinh

as pessoas queriam levar

as coisas mais importante

importantes que você teria

Quais seriam as dez coisa

de mão às dez coisas que

CARREGAR O CARRINHO DE MÃILUSTRADO POR JULIE F. YOUNG

TEMPO DE COMPARTILHAR

Recebemos Bênçãos QuandoSeguimos o Profeta

Diane S. Nichols

“Falou pela boca dos seus santos profetas, desde o

princípio do mundo.” (Lucas 1:70)

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§Você gosta do lugar onde mora? Tem bonsamigos nesse lugar? Tem um livro ou brin-quedo preferido? Imagine que sua família

tenha que deixar todas as coisas de que mais gosta eviajar para um país novo. Acha que seria difícil fazer isso?

O pai de Néfi, Leí, era um profeta. O Senhor avisouLeí que Jerusalém seria destruída e que ele e sua famíliadeveriam sair da cidade. O Senhor disse a Leí que haviapreparado outra terra para sua família. Quando saíramde Jerusalém e viajaram pelo deserto, os irmãos de Néfi,Lamã e Lemuel reclamavam constantemente. Eles nãoqueriam abandonar suas coisas e não acreditavam queJerusalém seria destruída. Néfi e seu irmão, Sam, nãoreclamaram. Eles sabiam que seu pai era um profeta

O A

de Deus e obedeceram-lhe. Devido à fé e obediência de Néfi, o Senhor fez-lhe uma maravilhosa promessa:Enquanto os descendentes de Néfi obedecessem ao Pai Celestial, eles seriam abençoados na nova terra.

Quando estudamos o Livro de Mórmon, vemos que o Senhor cumpriu a promessa que fez a Néfi. Sempreque as pessoas seguiam o profeta e obedeciam aosmandamentos, elas eram abençoadas. Quando nãodavam ouvidos aos profetas e eram desobedientes,passavam por dificuldades e não eram felizes.

O Pai Celestial ama todos nós e quer que sejamosfelizes. Se seguirmos Seus profetas, seremos abençoados.O Presidente Gordon B. Hinckley pediu-nos quelêssemos as escrituras diariamente, guardássemos o Dia do Senhor, compartilhássemos o evangelho com nossos amigos e fôssemos testemunhas da verdade.Não é sempre fácil fazer o que o profeta nos pede, mas

M I G O

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D. Adão

C. Alma

A. Joseph Smith

Instruções

Combine cada profeta da esquerda (A–G)com um dos ensinamentos abaixo (1–7).

1. O primeiro profeta, ensinou seus filhos a

orar e prometeu-lhes que se o fizessem,

seriam guiados por inspiração. (Ver Moisés

5:4–5, 12; 6:4–5.)

2. Ele ensinou ao povo que deveria se

arrepender e guardar os mandamentos e

que se fizessem isso, prosperariam e seriam

protegidos de seus inimigos. (Ver Moisés

6:32–33, 57–58; 7:10, 13–17.)

3. Ele advertiu o povo de que se não se

arrependessem, seriam destruídos numa

enchente. (Ver Moisés 8:20–24.)

4. Ele ensinou as pessoas que se elas amassem

e servissem umas as outras, prosperariam

na terra e seriam abençoadas. (Ver Mosias

2:17–24, 41.)

5. Ele ensinou ao povo que os que fossem

batizados e guardassem seus convênios,

o Senhor derramaria Seu Espírito sobre

eles para ensiná-los e guiá-los. (Ver Mosias

18:8–10.)

6. Ele ensinou que aqueles que guardassem

a Palavra de Sabedoria teriam saúde,

sabedoria e tesouros de conhecimento

e que o anjo destruidor passaria por eles

sem os ferir. (Ver D&C 89.)

7. Ele prometeu que se estudássemos as

escrituras e fôssemos testemunhas da

verdade, receberíamos um testemunho

de Jesus Cristo e outras pessoas ficariam

interessadas na Igreja por causa de nosso

exemplo. (Ver “Encontrem as Ovelhas e

Apascentem-nas”, A Liahona, julho de

1999, pp. 118–124)

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E. Gordon B. Hinckley

F. Noé

G. Enoque

B. O Rei Benjamim

__

quando o fizermos, o Pai Celestial nos aben-çoará e encontraremos a verdadeira felicidade.

Idéias para o Tempo de Compartilhar

1. Designe vários adultos para fazerem opapel de vários profetas. Por exemplo: Adão(Moisés 5:4–12, 58–59), Enoque (Moisés6:26–28; 7:13–21), Noé (Gênesis 6–8),Moisés (Êxodo 3; Números 14) e Daniel(Daniel l6). Coloque os adultos em diferenteslocais da sala. Separe as crianças em grupos e peça-lhes que entrevistem os “profetas”. Dê algumas sugestões de perguntas que asajudem a descobrir quem é cada profeta, o quecada um pediu ao povo que fizesse e como aspessoas que obedeceram a seus mandamentosforam abençoadas. Faça os grupos circularem.Peça a cada criança que desenhe a figura deum dos profetas. Designe algumas criançaspara contarem o que cada profeta fez e como as pessoas que lhe obedeceram foram aben-çoadas. Pergunte às crianças o que o nossoprofeta atual pede que façamos. Preste teste-munho de que quando obedecemos ao profeta,somos abençoados da mesma forma que aspessoas nos tempos antigos.

2. Faça um coração bem grande de papel e corte-o em vários pedaços como num quebra-cabeças. Cole os pedaços com fita adesiva nacadeira de cada criança antes de entrarem nasala da Primária. Convide um portador dosacerdócio para fazer o papel do profeta Alma.Peça-lhe que conte às crianças o que o profetaAlma ensinou nas Águas de Mórmon (verMosias 18) e que explique especialmente o versí-culo 21. Diga às crianças que peguem a peça do quebra-cabeças fixada nas cadeiras e perguntea cada uma como podemos unir nosso coração.Ao responderem, faça com que fixem a peça doquebra-cabeças na parede. Diga às crianças queo profeta atual deseja que nosso coração estejaunido em amor da mesma forma que Alma fezna sua época. �

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7

Respostas (1)d, (2)g, (3)f, (4)b, (5)c, (6)a, (7)e.

Trechos do discurso do Presidente Gordon B. Hinckleyproferido num serão realizado no dia 12 de novembro de 2000.

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3

O CONSELHO DO PROFETA

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SEJAM GRATOS

“Tenham o coração grato, meus caros amigos. Agradeçam pelasbênçãos maravilhosas que possuem. Sejam gratos pelas formidáveisoportunidades que têm. Sejam gratos aos pais que se importam tantocom vocês e que tanto já trabalharam para sustentá-los. Externem-lhessua gratidão. Agradeçam à sua mãe e a seu pai. Agradeçam a seusamigos. Agradeçam a seus professores. Demonstrem gratidão a todosque lhes prestarem algum favor ou os ajudarem de qualquer maneira.

Agradeçam ao Senhor por Sua bondade para com vocês.”

SEJAM INTELIGENTES

“O Senhor deseja que vocês eduquem a mente e as mãos, seja qualfor sua área de atuação. Quer consertando geladeiras ou realizandocirurgias delicadas, vocês precisam receber treinamento. Procurem amelhor instrução a seu alcance. Tornem-se trabalhadores íntegros nomundo que os aguarda. Repito, vocês trarão honra para a Igreja e serãoricamente abençoados por causa desse empenho.”

SEJAM PUROS

“Não usem linguagem inadequada. Não tomem o nome do Senhorem vão. ( . . . )

Escolham suas amizades com cuidado. ( . . . )Embora devamos tratar bem todas as pessoas, escolham com

grande cuidado quem vocês desejam ter a seu lado. ( . . . )Sejam puros. Não desperdicem seu tempo com diversões

destrutivas. ( . . . )Como é verdadeiramente bela uma jovem bem vestida que é pura

em corpo e espírito. Ela é uma filha de Deus de quem seu Pai Eternopode orgulhar-Se. Como é bonito um rapaz bem vestido. Ele é um filho de Deus, digno de possuir Seu santo sacerdócio. Ele não precisa de tatuagens nem brincos na orelha ou em outras partes do corpo. A Primeira Presidência e o Quórum dos Doze são todos da mesmaopinião quanto a isso. ( . . . )

O A M I G O

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SEIS LEMBRETES IMPORTANTES

Não há necessidade alguma para qualquer menino ou menina, rapazou moça da Igreja mesmo prová-las. Mantenham-se limpos desses víciosque deformam a mente e criam hábitos maléficos.”

SEJAM FIÉIS

“Sejam leais à Igreja em todas as circunstâncias. Prometo-lhes que as autoridades desta Igreja não os desencaminharão, mas os conduzirãopelos caminhos da felicidade. ( . . . )

Sejam fiéis às suas próprias convicções. Vocês sabem o que é certo e o que é errado. Sabem quando estão fazendo o que devem fazer.Sabem quando estão canalizando forças para a causa correta. Sejamleais. Sejam fiéis. Sejam verdadeiros.”

SEJAM HUMILDES

“O Senhor declarou: ‘Sê humilde; e o Senhor teu Deus te conduzirápela mão e dará resposta a tuas orações’. (D&C 112:10) ( . . . )

Acredito que os mansos e humildes sejam aqueles que são doutriná-veis. Eles estão dispostos a aprender, prontos para ouvir os sussurros davoz mansa e delicada que os guiará na vida. Eles colocam a sabedoria doSenhor acima de sua própria sabedoria.”

OREM SEMPRE

“Vocês precisam da ajuda Dele e têm consciência disso. Vocês nãoconseguem fazer tudo sozinhos. E, com o passar dos anos, cada vez maisse darão conta disso. Assim, vivam de modo a poderem, com a cons-ciência tranqüila, conversar com o Senhor. Ajoelhem-se e agradeçam aEle por Sua bondade para com vocês e expressem-Lhe os desejos justosde seu coração. O milagre de tudo isso é que Ele ouve. Ele atende. Eleresponde — nem sempre como gostaríamos, mas não tenho a menordúvida de que o faz.” �

O texto completo do discurso “Conselho e Oração do Profeta para os Jovens” foi

publicado n’A Liahona de abril de 2001, pp. 30–41.

J U N H O D E 2 0 0 1

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GINCANA DGINCANA DA NOITE FA NOITE FAMILIARAMILIARJennifer Jensen

VV amos fazer uma gincana”, anunciou a mãe na noite familiar.

Amy, de dez anos, e seus irmãos,Nathan e Carl, sorriram.

A mãe continuou:“Vocês vão conseguirencontrar a maior partedas coisas que estão nalista esta noite, masalgumas delas talvezdemorem a semana toda. O PaiCelestial irá ajudá-los, se Lhepedirem”. Ela entregou uma lista acada pessoa.

Amy deu uma rápida olhada nopapel: (1) uma gravura de Jesus Cristo; (2) umahistória sobre uma experiência missionária; (3) umahistória verídica sobre os pioneiros; (4) o nome de um antepassado que tenha o mesmo nome que você.

“Está bem”, disse a mãe antes que Amy conseguisse lera lista toda, “estejam aqui de volta dentro de uma hora.Vamos tentar terminar a lista durante a semana, e vamoscompartilhar nossas experiências na semana que vem.”

Amy leu o restante da lista: (5) uma história sobre o Presidente Hinckley quando era jovem; (6) uma escritura sobre fé; (7) uma gravura de um templo; e (8) alguém para ser presenteado com uma cópia do Livro de Mórmon.

Amy suspirou com um gemido. As primeiras setecoisas não seriam muito difíceis. Mas a quem ela daria o Livro de Mórmon?

“O primeiro item da lista é fácil”, disse Amy consigomesma. Tirou uma pequena gravura de Jesus Cristo deseu diário.

O A

Sua classe da Primária havia lidoAlma 32:21 na semana anterior. Erauma boa escritura sobre fé, e Amy

marcou-a. O segundo nomede Amy era Evelyn, e esseera também o nome de suabisavó!

A seguir ela examinoualguns exemplares de OAmigo. Encontrou umagravura do Templo deTóquio, Japão, umahistória de quando o Presidente Hinckley

era menino e várias históriasverdadeiras sobre os pioneiros. Então terminou

o prazo de uma hora.Ninguém da família havia pensado em uma pessoa

para dar o Livro de Mórmon. Na oração de encerra-mento, pediram ajuda para encontrar pessoas que esti-vessem procurando o evangelho.

O irmão e a irmã McKenzie tinham acabado devoltar da missão, e assim na terça-feira Amy perguntoua eles acerca da missão. Ela ainda não sabia, porém, a quem dar o Livro de Mórmon.

Amy pensou e orou a semana inteira. Quem gostariade receber um Livro de Mórmon? O que ela diria a eles?“Estamos fazendo uma gincana — você gostaria deganhar um Livro de Mórmon?” As pessoas iriam rir.

Ela não queria que rissem dela. O Livro de Mórmonnão era uma piada. Era um livro significativo. Ela oamava, e amava a Jesus Cristo. Então era isso! Era umlivro para pessoas que amavam Jesus! Agora Amy sabiaprecisamente quem era a pessoa.

Ela ajoelhou-se e pediu ajuda ao Pai Celestial. Teve

M I G O

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um sentimento tranquilo e cálido interiormente aodirigir-se de bicicleta para a casa de sua amiga Sara.Entretanto, o sentimento calmo desfez-se quando elachegou à porta. Orou em silêncio e depois tocou acampainha.

“Olá, Amy”, disse a sra. Morgan. “A Sara está nacasa da avó esta semana.”

“Vim para falar com a senhora”, disse Amy. Respiroufundo e depois falou rápido. “Sra. Morgan, a senhoraama bastante Jesus Cristo, não é?”

“Oh, eu O amo muito”, sorriu a sra. Morgan.“A senhora gostaria de receber um outro livro sobre

Ele?” Amy estendeu-lhe um exemplar do Livro deMórmon.

“O Livro de Mórmon”, leu a sra. Morgan. “OutroTestamento de Jesus Cristo.”

“Ele conta algumas coisas maravilhosas sobre Jesus”,disse Amy. “Sobre Sua visita à América e sobre o que lá ensinou ao povo. E contém uma de minhas escrituraspreferidas — ‘Quando estais a serviço de vosso próximo,estais somente a serviço de vosso Deus’.” (Mosias 2:17)

“Outro Testamento de Jesus Cristo”, repetiu a sra.Morgan em voz baixa. “Sim, Amy, eu gostaria de lê-lo.Obrigada.”

Amy sorriu, e o sentimento cálido dentro delaganhou intensidade. “Gosto do livro todo, mas 3 Néficonta-nos sobre a visita do Salvador às Américas. Gosto principalmente quando Ele abençoa as crianças.”

Amy ajudou a sra. Morgan a encontrar 3 Néfi.Amy sorriu e retirou-se, enquanto a sra. Morgan

sentava-se na soleira e começava a ler. Ainda cheiadaquele sentimento cálido, Amy sabia que haviaganhado o verdadeiro prêmio da gincana, e esperavaque os outros membros da família o conquistassemtambém. �

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JESUS ENSINAA RESPEITO DE ORAÇÃO

HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO

Jesus ensinou Seus discípulos a orar. Ele disse quealgumas pessoas querem que os outros as vejamorando. Jesus ensinou que as pessoas deveriam, sepossível, fazer suas orações pessoais quando estivessemsozinhas.

Mateus 6:5–6

Ele disse que algumas pessoas ficam repetindo as mesmas palavras quando oram. Elas não pensam muito a respeitodo que estão dizendo. Mas as pessoas deveriam pensar sobre o que dizem. Deveriam orar sinceramente pelas coisasque precisam.

Mateus 6:7–8

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O A M I G O

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O Salvador fez uma oração para dar o exemplo a Seus discípulos. Ele começou a oração dizendo: “Pai Nosso ( . . . )”.Agradeceu ao Pai Celestial. Pediu a ajuda do Pai Celestial. E, ao terminar a sua oração, disse: “Amém”. Depois, Jesusensinou Seus discípulos a orar em Seu nome. Ele prometeu que o Pai Celestial responderia suas orações e osabençoaria.

Mateus 6:9–13; 21:22; Lucas 11:5–10; João 16:23

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A FILHA DE JAIRORETORNA À VIDA

HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO

Ao sair do barco, uma multidão aproximou-se de Jesus.Jairo, uma autoridade da sinagoga, ajoelhou-se aos pésdo Salvador.

Marcos 5:21–22

Jairo disse que sua filha, de doze anos de idade, estava muito doente. Ele suplicava a Jesus que fosse até sua casa edesse a ela uma bênção para que sarasse e não morresse.

Marcos 5:23

O A M I G O

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Jesus perguntou a elas porque faziam tanto barulho.Ele disse que a menina não estava morta, mas dormia.As pessoas riram Dele. Elas tinham certeza de que amenina estava morta.

Marcos 5:39–40

Em seguida, Jesus, Pedro, Tiago e João foram à casa deJairo. Havia na casa muitas pessoas chorando e lamen-tando a morte da menina.

Marcos 5:37–38

Jesus ouviu o que haviam dito a Jairo e disse a ele quenão ficasse triste, mas que acreditasse Nele.

Marcos 5:36

Enquanto Jesus seguia Jairo até sua casa, outras pessoasaproximavam-se Dele e pediam-Lhe bênçãos. OSalvador parou para curar uma mulher. No momentoem que Jesus falava com ela, alguém foi avisar Jairo deque já era tarde demais — sua filha estava morta.

Marcos 5:24–35

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Ao pegar a menina pela mão, Jesus disse a ela que se levantasse. Ela levantou-se e começou a caminhar. Seus paisficaram assombrados. Jesus pediu que não contassem a ninguém o que havia acontecido e que dessem à meninaalguma coisa para comer.

Marcos 5:41–43

O Salvador pediu a todos que saíssem da casa, com excessão de Jairo, sua esposa e os discípulos de Jesus. Elesentraram no quarto onde a menina estava deitada.

Marcos 5:40

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Prossegui com Força Renovada, de Glen S. Hopkinson“Sem aflição, em paz e sem temor, encontramos um lar. Hoje, libertos do pesar e dor,

vamos todos cantar.” (“Vinde, Ó Santos”, Hinos, nº 20.)

Oensino do evangelho aos filhos é responsabilidade

precípua dos pais. ( . . . ) O lar é a principal sala

de aula da vida e da Igreja.” Ver “Tornar-se os Maiores

Professores de Nossos Filhos”, página 36.