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Possibilidades de parcerias entre o setor público e privado em face das novas normas de regulação da atividade de inovação Vítor Monteiro inovaDay – 24/11/2017

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Page 1: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Possibilidades de parcerias entre o

setor público e privado em face das

novas normas de regulação da

atividade de inovaçãoVítor Monteiro

inovaDay – 24/11/2017

Page 2: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Por que a inevitabilidade da parceria entre

setor público e privado para a atividade de

inovação?

Restrição fiscal e limitação à capacidade dos Estados

em destinar recursos à ciência, tecnologia e inovação;

Importância da incorporação do setor privado para a

dinâmica da inovação;

Políticas públicas mais modernas são aquelas capazes

de somar as sinergias;

Page 3: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

A relação entre público e privado

não é trivial

Page 4: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Normas jurídicas e seu dilema na

regulação da atividade de inovação:

o que apontam para a interação com

o setor privado?

Page 5: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Possíveis perguntas para orientar uma

compreensão:

Como as normas jurídicas tratam a interação

público e privado na atividade de inovação?

Impedem, permitem, incentivam ou

condicionam?; ou

Há mecanismos normativamente previstos que

estabelecem formas da interação entre o setor

público e privado?

Page 6: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Considerações gerais

Distribuição das competências constitucionais

da matéria;

Abordagem geral e não setorial;

Page 7: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Lei Federal de Inovação

(Lei nº 10.973/2004)

Agenda da inovação e sua edição em 2004;

Lei “nacional” de Inovação com a Emenda

Constitucional nº 85/2015;

Modificações pela Lei nº 13.243/2016 em razão dos

debates de um “Código de Ciência, Tecnologia e

Inovação”.

Page 8: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Promoção e estímulo à inovação no ambiente produtivo

(artigo 1º);

Categorização de entidade pública ou privada como

Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação -

ICT (artigo 2º);

Estímulo de ambientes especializados e cooperativos

de inovação (Capítulo II);

Incentivo à cooperação da ICT pública no processo

de inovação (Capítulo III);

Lei Federal de Inovação

(Lei nº 10.973/2004)

Page 9: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Lei Federal de Inovação

(Lei nº 10.973/2004)

Instrumentos de estímulo à inovação nas empresas

(Capítulo IV):

• “bolsas no ambiente produtivo”,

• “bônus tecnológico”,

• “poder de compra”,

• “uso do poder de compra do Estado” e

• “previsão de investimento em pesquisa e

desenvolvimento em contratos de concessão de

serviços públicos ou em regulações setoriais”

Page 10: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Decreto Paulista de Inovação

(Decreto Estadual nº 62.817/2017)

Lei Paulista de Inovação – Lei Complementar nº

1.049/2008;

Lei nº 15.099/2013 - Ações de inovação tecnológica para

as microempresas e para as empresas de pequeno porte

no Estado de São Paulo;

Decreto Estadual nº 60.286/2014 - Sistema Paulista

de Ambientes de Inovação.

Page 11: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Decreto Paulista de Inovação

(Decreto Estadual nº 62.817/2017)

Integração do setor privado ao Sistema Paulista de Inovação Tecnológica

(artigo 2º, V);

“Aliança estratégica” entre setor público, por meio das ICTESPs,

e privado:

“redes e os projetos internacionais de pesquisa tecnológica, as ações de

empreendedorismo tecnológico, a criação de empresas nascentes e a criação de

ambientes de inovação, inclusive incubadoras e parques tecnológicos, e também a

formação e a capacitação de recursos humanos qualificados para esses fins.”

(artigo 4º, Parágrafo único)

Dedicação dos Núcleos de Inovação Tecnológica das ICTESPs a funções

de interação com as empresas (artigo 10);

Page 12: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Decreto Paulista de Inovação

(Decreto Estadual nº 62.817/2017)

Preocupação com a busca de parceiros a fim de

articular o setor público, por meio das ICTESPs, e o

privado (artigos 24 a 26);

Densificação e particularização normativa para os

ajustes celebrados entre as ICTESPs e seus possíveis

parceiros privados (Capítulo II);

Possibilidade de prestação de serviços pela ICTESP

para fins de “maior competitividade das empresas”

(artigo 48);

Page 13: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Decreto Paulista de Inovação

(Decreto Estadual nº 62.817/2017)

Detalhamento de regras para o tratamento dos direitos

de propriedade intelectual da ICTESP;

Destacado cuidado ao instrumento de interação público

e privado por intermédio das encomendas tecnológicas

(artigos 52 a 54) e bolsas de estímulo à inovação no

ambiente produtivo, concedidas por entidades estatais

(artigo 65).

Page 14: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Considerável sistema normativo de

apoio à atividade de inovação no

Estado de São Paulo pela interação

entre público e privado

Verifica-se um importante detalhamento no Decreto

Paulista de Inovação dos ajustes entre setor público e

privados para fins de inovação, conferindo

parâmetros mínimos, sem prejudicar o exercício da

particularização, capaz de robustecer o ambiente de

segurança jurídica dessa interação por acordos de

vontade.

Page 15: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Contratação de Inovação Tecnológica

pelo Poder Público

Destaque ao instrumento das

“Encomendas Tecnológicas”

Page 16: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

“Encomendas Tecnológicas”

e suas oportunidades

Políticas “orientadas à missão”;

Aproximação da política de inovação de soluções às

demandas sociais complexas;

Partilhamento do risco e avanços sobre desafios da

fronteira tecnológica;

Page 17: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

“Encomendas Tecnológicas”

e seus pontos de atenção

Detalhamento da encomenda;

Conflito de interesse;

Particularidade da seletividade;

Complexidade do arranjo;

Cuidado no acompanhamento da contratação;

Page 18: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

“Encomendas Tecnológicas”

e uma experiência normativa

Programa Nacional das Plataformas

do Conhecimento

(Decreto Federal nº 8.269/2014)

Page 19: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Programa Nacional das Plataformas

do Conhecimento

(Decreto Federal nº 8.269/2014)

Vinculação a desafios tecnológicos decididos pelo chefe do Poder

Executivo;

Institucionalidade associativa entre setor público e privado,

entre pesquisadores, ICTs e empresas, para garantir o

cumprimento da atividade de longo prazo e satisfatória gestão

dos recursos;

contratadas mediante seleção pública, elaborado mediante

processo de detalhamento técnico específico;

estruturação de infraestrutura de pesquisa;

política de propriedade intelectual organizada conforme a

encomenda (com obrigação de reversão dos bens a uma entidade

de pesquisa).

Page 20: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Artigo 52 do Decreto Paulista de

Inovação: há oportunidade de um

programa ambicioso que congregue setor

público e setor privado?

Page 21: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

“Encomendas Tecnológicas no Decreto

Paulista de Inovação”

Artigo 52: “Os órgãos e entidades da administração pública

estadual poderão contratar diretamente, com dispensa de

licitação, ICT, incluindo-se as ICTESPs com personalidade jurídica

própria, entidades de direito privado sem fins lucrativos ou

empresas, isoladamente ou em consórcios, voltadas para

atividades de pesquisa e de reconhecida capacitação tecnológica

no setor, visando à realização de atividades de pesquisa,

desenvolvimento e inovação que envolvam risco tecnológico,

para solução de problema técnico específico ou obtenção de

produto, serviço ou processo inovador de interesse público.”

Page 22: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Possíveis constrangimentos às

“Encomendas Tecnológicas”

pelo Decreto Paulista de Inovação

Necessidade que a contratada seja “voltada para

atividades de pesquisa” (artigo 52, § 1º);

Possibilidade de descontinuidade da contratação a

critério da Administração Pública (artigo 52, § 6º);

Obrigatoriedade de destinação da propriedade

intelectual à contratante pública

(artigo 52, § 10º, item 1).

Page 23: A Lei federal e o novo decreto paulista de inovação

Obrigado!

Vítor Monteiro

[email protected]