a intervenção no poder local

9
A INTERVENÇÃO NO PODER LOCAL

Upload: karina-bastos

Post on 11-Jul-2015

1.867 views

Category:

Education


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: A intervenção no poder local

A INTERVENÇÃO NO PODER LOCAL

Page 2: A intervenção no poder local

O REFORÇO DO PODER RÉGIO A NÍVEL

LOCAL VERIFICOU-SE COM:

D. Afonso III :

realizador de grandes

reformas centralizadoras:

Criou uma nova organização administrativa sobre as

regiões que estavam sob a dependência directa da coroa

(comarcas, julgados, almoxarifados) dirigidas por

meirinhos, corregedores, juízes, almoxarifes e mordomos.

Estes tinham como função representar o rei e aplicar a

justiça, cobrar os tributos fiscais e militares.

Page 3: A intervenção no poder local

NAS ÁREAS CONCELHIAS:

Os reis fizeram sentir o seu poder nas áreas concelhias

entre os séc.(s). XIII e XIV, não pretendiam, interferir na

sua autonomia, apenas cuidar dos direitos reais, cuidar

da paz e da justiça e evitar os abusos do poder local

De que maneira

o poder do rei

era sentido nos

Concelhos?

O poder real fazia-se representar :

•Pelo Alcaide-mor

•Pelos almoxarife e mordomo

•Pelo corregedor e juízes de fora

•Pelos vereadores

Page 4: A intervenção no poder local

O combate a expansão senhorial e a

promoção das políticas das elites urbanas

A acção de D. Afonso II

(1211-1239):

•Leis de desamortização (1211)

•Confirmações (1217-1221)

•Inquirições (1211-1223)

Combate aos abusos de

poder uma vez que se

verificava:

-O crescimento da

propriedade nobre e

eclesiástica:

•A Igreja acumulava

legados particulares.

•Nobres e clérigos

acresciam as suas

propriedades reguengos

•Onde existia imunidade o

rei não podia exercer os

poderes públicos.

Lei da desamortização:

Proibia os mosteiros e as igrejas de adquirir

bens de raiz

Evitava a fuga ao fisco

Com as Leis de Desamortização de D. Dinis

(1279-1325), as ordens religiosas foram proibidas

de receber heranças dadas pelos crentes.

Page 5: A intervenção no poder local

O combate a expansão senhorial e a

promoção das políticas das elites urbanas

Confirmações

Gerais:

Tinham como

objectivo

confirmar e

reconhecer os

títulos de posse

de terra e os

direitos da

nobreza e do alto

clero dados pelos

reis

predecessores.

Inquirições

Eram averiguações feitas nos reguengos sobre os direitos e

rendas devidos ao rei.

Usurpações constatadas: - pelos fidalgos

- pelas ordens militares

- pelos bispos e abades.

Inquirições gerais de D.Afonso III (1248-1279):

•Ocorreram entre o Douro e a Beira interior.

•As propriedades régias usurpadas deveriam voltar a posse da

coroa.

•As maiores irregularidades foram cometidas pela Igreja.

Inquirições de D. Dinis na Beira e no além Douro:

•Foram detectadas várias irregularidades por parte dos

nobres que afectavam os reguengos do rei, para tal o nobre

colocava ou criava o filho em propriedade alheia ou oferecia

protecção a esse território, tornando esse domínio em

honras e usufruindo assim, de imunidades perante o fisco real.

Page 6: A intervenção no poder local

O combate a expansão senhorial e a

promoção das políticas das elites urbanas

1324D. Dinis lançou a proibição de criar coutos

e honras aos fidalgos e prelados.

Qual a reacção das classes privilegiadas face a esta

legislação anti-senhorial?

A legislação anti-senhorial não foi facilmente implantada,

existiu resistência e assumiu contorno violentos

Os senhores prestavam falsas declarações (afirmavam que as

terras alvo de inquirições eram imunes, chegaram a expulsar e

a assassinar os inquiridores)

Os prelados e os bispos fizeram chegar as suas reclamações

junto do Papa

Page 7: A intervenção no poder local

O combate a expansão senhorial e a

promoção das políticas das elites urbanas

Os bispos e prelados

apresentaram

reclamações ao Papa,

nestas afirmaram que o

Rei de Portugal estava a

atentar contra a

liberdade da Igreja,

violando os seus foros e

imunidades, fazendo-os

pagar os direito régios

mediante a ameaça do

julgamento em tribunal

civil e com a possibilidade

de terem que prestar

serviço militar ao rei.

Qual foi a reacção de Roma?

Sobre D. Afonso II e D. Dinis

caíram excomunhões e sobre o

reino interditos.

O arrependimento de D. Afonso II

e D. Afonso III não foi suficiente

para evitar a deposição de Sancho

II (1223-1245) pelo Papa Inocêncio

IV

Page 8: A intervenção no poder local

O papel dos concelhos contra a luta

senhorial.

Os concelhos tiveram um papel de relevo na luta contra o

poder senhorial

O caso do Porto: Nos séc.(s) XIII e XIV, travou uma

luta contra as prepotências do bispo,

senhor do burgo desde 1120, os

vizinhos apoiavam o rei.

O rei tendo como base o apoio dos

vizinhos cerceou os privilégios do

couto episcopal.

Num dos conflitos D. Dinis concedeu

ao Porto o estatuto de Concelho

Perfeito (1316), assim a cidade tinha o

privilégio de nomear os seus juízes

entre os Homens-Bons e de usufruir

de autonomia judicial.Imagem actual da Rua dos

Mercadores no Porto

Page 9: A intervenção no poder local

Conclusão

Promovida a política das elites

urbanas como meio de recompensa

aos concelhos afirmaram-se as suas

elites ao mesmo tempo que, se

promoveu um reforço do poder

real.