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Junho de 2013 A INTELIGÊNCIA FINANCEIRA COMO INSTRUMENTO DE COMBATE À CORRUPÇÃO Ministério da Fazenda Conselho de Controle de Atividades Financeiras

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Junho de 2013

A INTELIGÊNCIA FINANCEIRA

COMO INSTRUMENTO DE

COMBATE À CORRUPÇÃO

Ministério da Fazenda Conselho de Controle

de Atividades Financeiras

PAUTA DE DISCUSSÃO

O MARCO INTERNACIONAL SOBRE PLD/FT

O SISTEMA BRASILEIRO DE PLD/FT

O COAF NA PRODUÇÃO DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA

AS PERSPECTIVAS

UM ESTUDO DE CASO

O SISTEMA MUNDIAL ANTI–LAVAGEM

A preocupação internacional - Combate ao narcotráfico

O Marco - Convenção de Viena/88

Leis de primeira geração

Engajamento do Sistema Financeiro

Instituição das comunicações suspeitas

Criação de órgão central para tratamento das

informações

Cooperação institucional

O Grupo de Ação Financeira Internacional – GAFI

40 recomendações

Avaliações mútuas

Tipologias

RESPOSTA BRASILEIRA À LAVAGEM DE DINHERIO

Criação da

Lei nº 9.613/98

Tipificação do crime de lavagem de dinheiro

Instituição de controles para prevenção à lavagem de

dinheiro Criação do COAF

Regulação e Supervisão

Regular setores econômicos

Aplicar penas administrativas

Inteligência Financeira

Receber

Analisar

Disseminar

Pessoas sujeitas aos mecanismos

de controle Obrigações

Políticas e procedimentos

específicos

Identificação de clientes

Manutenção de registros

Comunicação de operações financeiras

Tipo penal e disposições processuais especiais

Responsabilidade administrativa (sanções)

O COAF – Organograma

Plenário do Conselho

Presidência

PRESI

Secretaria Executiva

SEXEC

Coordenaçã-Geral de Supervisão

COSUP

Coordenação-Geral de Processo Administrativo

COPAD

Coordenação-Geral de Normas

CONOR

Coordenação-Geral de Desenvolvimento Institucional

CODES

Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação

COTIN

Diretoria de Análise e Fiscalização

DIRAF

Coordenação-Geral de Inteligência Financeira

COINT

Coordenação-Geral de Intercâmbio de Informações

COINF

Coordenação-Geral de Análise Tática

COTAT

Coordenação-Geral de Análise Estratégica

COEST

Gabinete

GABIN

Assessoria da Presidência

ASPRE

O Processo de Produção de Inteligência Financeira

Setores

Obrigados Autoridades Público em

geral

COAF Autoridades Competentes

Recebimento Análise Disseminação

COMUNICAÇÕES SOLICITAÇÕES DE INTERCÂMBIO

DENÚNCIAS

RELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA

FINANCEIRA – RIF

Posição em 31/05/2013

Comunicações Recebidas dos Setores Obrigados

98/10 2011 2012 2013 Total

Bens de luxo ou de alto valor 0 0 0 846 846

Bingos 2.460 0 0 0 2.460

Cartões de Crédito 1.254 558 14.166 10.333 26.311

Factoring 70.318 15.022 17.113 13.454 115.907

Joias, Pedras e Metais Preciosos 73 28 176 94 371

Loterias e Sorteios 150.275 162.128 195.493 164.374 672.270

Objetos de Arte e Antiguidades 13 3 18 2 36

Remessa Alternativa de Recursos 5.586 1.069 24.170 11 30.836

Serviços de assessoria, consultoria, etc 0 0 1 4 5

Subtotal 229.979 178.808 251.137 189.118 849.042

Sistema Financeiro (Bacen) 133.834 37.201 41.760 21.252 234.047

Seguros (SUSEP) 2.073.696 332.539 467.497 75.192 2.948.924

Valores Mobiliários (CVM) 4.203 1.175 1.139 447 6.964

Fundos de Pensão (Previc) 33.374 6.069 7.432 3.119 49.994

Compra Venda de Imóveis (COFECI) 15.451 3.740 5.472 1.968 26.631

Transporte/Guarda de Valores (DPF) 5 17 1.014 161 1.197

Operações em Espécie (Bacen) 1.819.860 729.052 811.692 343.082 3.703.686

Subtotal 4.080.423 1.109.793 1.336.006 445.221 6.971.443

Bens de alto valor de origem rural ou animal 0 0 0 6 6

Feiras, Exposições e Similares 0 0 1 2 3

Registros Públicos 0 0 22 15 37

Transferências de Atletas e Artistas 0 0 0 2 2

Subtotal 0 0 23 25 48

Total Geral 4.310.402 1.288.601 1.587.166 634.364 7.820.533

Setores Regulamentados pelo COAF

Setores com órgão regulador próprio

Setores sem Órgão Regulador Próprio

Comunicação 00000000 - SFN - COS Nota: 4

Usuário: ANALISTA Situação: Caso Nº20696 Situação no SISBACEN:

Data Recepção: 28/01/2011 (10:14:42) Data de Operação: 04/10/2010 Data Fim de Operação: 30/11/2010 Número Origem: 0335003

Comunicante

99.999.999 00 99 - 99 Banco YYYY S.A.

Cidade - UF Agência Código Agência

- - XXXX

Envolvidos

Nome CPF/CNPJ Envolvimento Cód. Ag.

Número Conta

Data Cadastro

Data Atualiz

PEP Pessoa Obrig.

Serv Pub

Comun Casos SEI Mídia

FULANO DA SILVA 000.000.000 - 00 Titular 000 1 0000 24/08/1998 19/12/2011 Não Não NÃO 70 5 4 2

AB 000.000.000 - 01

Outros - - - - Não Não NÃO 1 2 1 0

XXX1 00.000.001/0001 - 55

Outros - - - - - Não - 16 5 1 0

AAA2 00.000.005/0001 - 06

Outros - - - - - Não - 11 2 1 0

CCC 00.000.000/0001 - 22

Outros - - - - - Não - 26 3 2 2

Valores:

Total Valor do Crédito Valor do Débito Valor do Provisionamento Valor da Proposta

1.125.899,00 695.146,00 430.753,00 0,00 0,00

Ocorrências Selecionadas

182 1A - Movimentação de valores superiores a R$ 10.000,00 (dez mil reais), ou de quantias inferiores que, por sua habitualidade e for ma, configurem artifício para a burla do referido limite. Banco Central do Brasil - Carta - Circular nº 2826 - I a / Circular nº 3 461 - 13 I

196 2E - Contas que não demonstram ser resultado de atividades ou negócios normais, visto que utilizadas para recebimento ou pagamento de quantias significativas sem indicação clara de finalidade ou relação com o titular da conta ou seu negócio. Banco Central do Brasil - Carta - Circular nº 2826 - II e

Informações Adicionais

Entre 4.10 e 30.11.2010 os créditos somaram R$ 695.146,49, sendo R$ 131.629,24 por meio de 10 depósitos realizados nas praças de Salvador - BA e Guanambi - BA , dos quais R$ 50.000,00 com cheque do Banco x , da Agência 075 e conta 474 00 e R$ 532.745,00 provenientes de 18 TEDs, dos quais: VALOR R$ REMETENTE CPF/CNPJ BANCO 302.015,00 - EMPRESA XXX1 .

Banco X 180.000,00 - EMPRESA AAA2 – Banco X 34.230,00 - AB – Banco Y Os débitos, em igual período, totalizaram R$ 430.753,32, sendo R$ 200.000,00 remetidos para EMPRESA CCC no Banco X e R$ 150.521,52 utilizados para pagamentos diversos. Em visita à empresa constatou-se que ... ..........

XXXX XXXX XXXX

COMUNICAÇÃO CASO RELATÓRIO

Comunicação 00000 - SFN - COA Nota:

Usuário: ANALISTA Situação: Diferida Situação no SISBACEN:

Data Recepção: 29/06/2012

(16:02:22)

Data de Operação:

29/06/2012

Data Fim de Operação:

29/06/2012

Número Origem:

201206290118

Comunicante

00.000.000/000 0 - 00 Banco YY S.A.

Cidade - UF Agência Código Agência

xxx - xxx xxxxxxx xxxxxxx

Envolvidos

Nome CPF/CNPJ Envolvimento Cód.

Ag.

Número

Conta

Data

Cadastro

Data

Atualiz PEP

Pessoa

Obrig.

Serv

Pub Comun Casos SEI Mídia

A1 000.000.000 -

00

Titular 000 0000 X 27/07/20 05 30/05/2012 Não Não NÃO 1 0 0 0

B1 000.000.000 -

00

Titular 000 0000 X 27/07/2005 30/05/2012 Não Não NÃO 1 0 0 0

A1 000.000.000 -

00

Responsável - - - - Não Não NÃO 1 0 0 0

A1 000.000.000 -

00

Sacador - - - - Não Não NÃO 1 0 0 0

Valores:

Total Valor do Crédito Valor do Débito Valor do Provisionamento Valor da Proposta

370.000,00 0,00 370.000,00 0,00 0,00

Ocorrências Selecionadas

231 Saque em espécie de valor igual ou superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais). Banco Central do Brasil - Carta - Circular 3.098/03

- Circular 3.461/09, art. 12 - II

Informações Adicionais

Casos

Número Opção

COMUNICAÇÃO CASO RELATÓRIO

RECEPÇÃO DAS

COS/COA

ANÁLISE INDIVIDUAL

DAS COS/COA

CASO

RELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA

FINANCEIRA

Regras de Diferimento Manual

Regras de Diferimento Automáticas

O Gerenciamento de Riscos e de Prioridades

DISTRIBUIÇÃO ALEATÓRIA

CENTRAL DE

GERENCIAMENTO

DE RISCOS E

PRIORIDADES Comitê Consultivo Alçadas e Competências

COMUNICAÇÃO C A S O RELATÓRIO

Central de Gerenciamento de Riscos e de Prioridades

1

3

2

4

5

Distribuição de Casos para análise, com base na pontuação

de risco

SIGILOSO

O conteúdo deste Relatório de Inteligência Financeira é protegido por sigilo constitucional, inclusive nos termos da Lei Complementar 105, de 10 de janeiro de 2001, não estando, portanto, sujeito às classificações da Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011, ficando o destinatário responsável pela sua preservação.

Relatório de Inteligência Financeira n.0000 Data: --DataFinalizacao--

Difusão: AUTORIDADE Via Destinada a (ao): --Orgao--

Resumo das Operações Financeiras de que trata a Lei 9.613/98 R$ Milhões

Relacionados Qtde

COE* COS**

Outras***

Crédito Débito Provisionamento Crédito Débito

Pessoa Física 8

0,14 4,33 0,00 0,42 0,46 0,00

Pessoa Jurídica 6

Total 14 5,34

*Comunicações de Operações em Espécie

**Comunicações de Operações Suspeitas;

***Comunicações dos demais segmentos e COS, do Sistema Financeiro, recebidas até 14/09/2009

RELATO

Anexo I do RIF – Relação de comunicações automáticas de operações.

Anexo II do RIF – Relação das pessoas físicas e jurídicas citadas.

Dado o grande volume de informações recebidas, a atualização automática deste relatório não pode ser assegurada. Em caso de necessidade, roga-se às autoridades interessadas que solicitem a sua atualização.

COMUNICAÇÃO C A S O R E L A T Ó R I O

FATOS E DADOS

Relatórios de Inteligência Financeira – RIF produzidos

FONTE: SISCOAF 31/05/2013

Intercâmbio de Informações com Autoridades Nacionais

Posição em 31/05/2013

2003 a 2013

Autoridades Policiais

Departamento de Polícia Federal 5.307

Polícia Civil 1.033

Subtotal 6.340

Ministério Público

Ministério Público Federal 1.623

Ministério Público Estadual 4.184

Ministério Público Militar e do Trabalho 10

Procuradoria Geral da República 8

Subtotal 5.825

Poder Judiciário

Justiça Federal 1.258

Justiça Estadual 1.393

Outros – Poder Judiciário 313

Subtotal 2.964

Outros Órgãos

Receita Federal do Brasil - RFB 485

Controladoria Geral da União - CGU 462

Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI 58

Diversos 367

Subtotal 1.372

Total 16.501

Intercâmbio de Informações com Autoridades Nacionais

Art. 15

da

Lei nº 9.613/98

Implantação das medidas corretivas decorrentes da avaliação

do GAFI 2009/2010

Tipificação do Terrorismo e seu financiamento e medidas

de congelamento de bens

Ampliação da medidas de supervisão do segmento não

bancário e atividades e profissões não financeiras

designadas

Estatísticas sobre a efetividade do sistema PLD/FT

Regulamentação dos novos setores obrigados conforme a Lei

nº 12.683/12

Implantação das ações deliberadas pela ENCCLA

PERSPECTIVAS

SETORES ECONÔMICOS ENVOLVIDOS

• Empresas de Construção e Civil e de Serviços

• Administração Pública Municipal

• Sistema Financeiro

CASO – CORRUPÇÃO E DESVIO DE RECURSOS

PÚBLICOS

DESCRIÇÃO DO CASO

Um servidor público lotado na secretaria de uma prefeitura conduz todos os processos licitatórios que são realizados no município, sendo que as licitações de maiores valores são sempre vencidas por um grupo restrito de empresas, que recebem informações privilegiadas do servidor público. As obras executadas pelas empresas vencedoras são realizadas com materiais de baixa qualidade e de custo menor ao especificado no procedimento licitatório. Para receber as propinas pagas pelo fornecimento de informações privilegiadas, o servidor público constitui empresas de serviços em nome de “laranjas”, alguns dos quais vinculados à mesma prefeitura em que é funcionário. Tais “laranjas” não sabem, em alguns casos, que integram o quadro societário de tais empresas, e assinam documentos em confiança ao servidor público, em razão da existência de relações profissionais entre este e aqueles, caracterizadas, em diversas situações, por subordinação funcional direta.

CASO – CORRUPÇÃO E DESVIO DE RECURSOS

PÚBLICOS

DESCRIÇÃO DO CASO

As empresas vencedoras das licitações subcontratam as empresas controladas pelos “laranjas”, comumente cadastradas com atividade de consultoria, serviços advocatícios, e contábeis, repassando para elas parte dos recursos desviados no processo licitatório, por meio de operações que são justificadas como pagamentos referentes à prestações de serviços que, de fato, não ocorrem. As empresas “de fachada” realizam, em seguida, saques em espécie de suas contas correntes e repassam os recursos para o servidor público mentor do esquema criminoso arquitetado.

CASO – CORRUPÇÃO E DESVIO DE RECURSOS

PÚBLICOS

CASO – CORRUPÇÃO E DESVIO DE RECURSOS

PÚBLICOS

22

SINAIS DE ALERTA

• Vencimento de várias licitações pelas mesmas empresas;

• Empresas constituídas por sócios aparentemente sem

capacidade econômica;

• Movimentações financeiras consideradas suspeitas (atípicas),

em contas de pessoas físicas e de pessoas jurídicas;

• Movimentações financeiras que não demonstram ser resultado

de atividades ou negócios normais;

• Realização de saques em espécie (transação atípica em relação

à atividade econômica do titular da conta).

CASO – CORRUPÇÃO E DESVIO DE RECURSOS

PÚBLICOS

ANTONIO CARLOS FERREIRA DE SOUSA

CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS

SAUS - Setor de Autarquias Sul, Quadra 1, Lote 3-A

CEP: 70.070-010 - Brasília - DF

Telefone: +55 (61) 2025-4001 / 2025-4002 FAX: +55 (61) 2025-4000

Sitio:www.coaf.fazenda.gov.br e-mail: [email protected]

ANTONIO CARLOS FERREIRA DE SOUSA CV RESUMIDO

Antonio Carlos Ferreira de Sousa, brasiliense, 46 anos, bacharel em ciências

econômicas, pós-graduando em gestão financeira, controladoria e auditoria,

empregado de carreira da Caixa Econômica Federal.

Atualmente Diretor de Análise e Fiscalização do Conselho de Controle das Atividades

Financeiras – COAF, do Ministério da Fazenda e ainda o representa em outros

mecanismos, tais como:

Conselheiro do Subsistema Nacional de Inteligência da Segurança Pública-SISP;

Conselheiro (suplente) do Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de Inteligência-

CONSISBIN;

Conselheiro do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas – CONAD;

Conselheiro do conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a

Propriedade Intelectual – CNCP; e

Membro da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro.