a influncia do mtodo pilates no equilbrio esttico de uma populao de bailarinas clssicas

7/25/2019 A Influncia Do Mtodo Pilates No Equilbrio Esttico de Uma Populao de Bailarinas Clssicas

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PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE GOISCENTRO DE ESTUDOS AVANADOS E FORMAO INTEGRADA

ESPECIALIZAO EM PILATES

RAFAELA NOLETO DOS SANTOS

A INFLUNCIA DO MTODO PILATES NO EQUILBRIO ESTTICODE UMA POPULAO DE BAILARINAS CLSSICAS

Goinia2013


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RAFAELA NOLETO DOS SANTOS

A INFLUNCIA DO MTODO PILATES NO EQUILBRIO ESTTICODE UMA POPULAO DE BAILARINAS CLSSICAS

Artigo apresentado ao curso de Especializao em Pilates doCentro de Estudos Avanados e Formao Integrada,chancelado pela Pontifcia Universidade Catlica de Gois.

Orientador: Prof. Ms. Adriano Jabur Bittar.Co-orientadora: Prof. Dra. Fernanda Nora.

Goinia

2013


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RESUMO

A Influncia do Mtodo Pilates no Equilbrio Esttico de uma Populao de Bailarinas

ClssicasRafaela Noleto dos Santos, Camila Silveira de Barros, Las Marinho de Arajo, Adriano JaburBittar, Fernanda Grazielle da Silva Azevedo Nora.

Introduo:O trabalho incorreto de diversos passos repetidos no Bal Clssico pode levar aproblemas relacionados ao controle postural. O Pilates, atravs da conscincia corporal,

promove a melhoria da tcnica e o desenvolvimento de capacidades expressivas, assim o

bailarino desenvolve um trabalho corporal cujo fim a maximizao de suas habilidades

artsticas. Existe uma grande conexo entre os princpios do Pilates e os elementos

fundamentais da dana clssica, mas poucos artigos se propuseram a avaliar

biomecanicamente como esta conexo acontece nos corpos das bailarinas. Objetivo:Avaliara influncia da prtica do Pilates na resposta corporal de uma populao de bailarinas

executando movimentos selecionados do Bal Clssico. Mtodos: Comparou-se o controle

postural esttico de bailarinas que foram submetidas a um programa de treinamento

especfico com o Mtodo Pilates, sendo esta comparao dividida em duas avaliaes, a

primeira pr-interveno e a segunda ps-interveno. Foi avaliada a amplitude de

deslocamento do Centro de Presso (COP) nas direes anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML) durante a execuo de trs sequncias propostas de passos do Bal em uma amostra de

seis (6) bailarinas com idade mdia de 10,3 anos.Resultados: Os valores encontrados para

COPAP no MIE na sequencia 1 (p=0,026) e COPML no MIE na sequncia 1 (p=0,015) e no

MID na sequncia 2 (p=0,031) e 3 (p=0,026) foram significativamente maiores aps otreinamento proposto. Concluso:conclui-se que a prtica do mtodo Pilates traz benefciose influencia positivamente a performance de bailarinas clssicas.

Palavras-chave:Bal, Pilates e Centro de Presso

INTRODUO

O mtodo Pilates de condicionamento fsico, tambm chamado de exerccio pensante,

consiste em um sistema nico de reforo e alongamento muscular. Alm disso, ele um

sistema que trabalha o fsico e o mental, no qual o praticante desenvolve fora, flexibilidade e

resistncia. Se fosse possvel definir o mtodo de forma sucinta, poderia ser dito que ele o

controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo3,4.

A pesquisa que envolve o Bal Clssico e o estudo da biomecnica dos corpos das

bailarinas vem crescendo. Na execuo de determinados passos do Bal, por exemplo, j

foram mensuradas as foras de impacto com o solo, que foram da ordem de seis vezes o peso


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corporal das bailarinas5. Considerando-se o nmero de saltos que uma bailarina executa ao

longo de sua carreira, o potencial lesivo sobre as articulaes extremamente relevante.

Nota-se tambm uma grande incidncia de leses nesta populao, sendo o entorse de

tornozelo o agravo agudo mais frequente. Durante a dana, posturas extremas de tornozelo

so requeridas, especialmente no Bal, no qual acontece excessiva pronao do p e flexo

plantar. A pronao extrema pode produzir altas presses no p (especialmente na poro

medial), alto estresse de toro no tendo de Aquiles, alta tenso sobre o flexor longo do

hlux e tendo do tibial posterior e grande fora compressiva no sesamide6,7,8.

Alm disso, certas tendncias e deformaes imperceptveis inicialmente podem se

agravar, como problemas de coluna, observados nas posturas quase sempre erradas, joanetes,

calos e diversos problemas nos joelhos, dentre eles os "joelhos elsticos" ou hiperestendidos,em consequncia de ligamentos distendidos. Existe tambm um desenvolvimento insuficiente

dos rotadores externos que produz uma inclinao medial do joelho, o que pode causar

problemas patelofemorais, subluxao patelar e tendinite por uso excessivo dos adutores do

quadril9,10. Isso faz com que os bailarinos necessitem de um treinamento adequado para

maximizar as capacidades corporais.

Sabe-se que uma bailarina clssica tem sua formao iniciada precocemente devido

grande necessidade de desenvolvimento de habilidades fsicas como fora, amplitudearticular, flexibilidade, resistncia, coordenao, velocidade e equilbrio para uma

performance adequada11. A elevada sobrecarga nos membros inferiores gerada pela prtica

repetitiva desta dana pode causar desequilbrios entre os grupos musculares, alterando a

biomecnica do sistema msculo esqueltico ligamentar, e comprometendo a funo2. Isso

pode ser muito prejudicial a um bailarino, ao ponto de at mesmo reduzir seu tempo de

carreira, o que refora ainda mais a ideia de que um treinamento voltado para a minimizao

desses desequilbrios pode ser em muito benfico.No que se refere postura e sobrecarga da coluna lombar, percebe-se que a

preparao corporal de bailarinos usualmente no apresenta um trabalho eficiente. comum

notar que o fortalecimento da musculatura abdominal, por exemplo, fica a cargo do encaixe

de quadril, expresso que define a retroverso plvica, ou seja, a contrao isomtrica dessa

musculatura. Em contrapartida, a extenso da coluna lombar trabalhada exaustivamente,

levando ao fortalecimento dos msculos paravertebrais e alongamento dos abdominais. Assim

a manuteno do equilbrio entre esses dois importantes grupos musculares fica

comprometida, o que muito prejudicial12.


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Dessa forma, a bailarina clssica est sujeita a apresentar desalinhamentos posturais

importantes, que acabam por afetar os gestos da dana. Consequentemente, o trabalho

incorreto de diversos passos repetidos no Bal Clssico pode levar a problemas relacionados

ao controle postural. Muitos destes passos trabalham com a descarga do peso do corpo sendo

feita somente sobre os dedos dos ps, ou sobre apenas um p. Assim, a coluna encontra-se

constantemente em hiperextenso, ou com uma grande instabilidade, o que tambm vem

acompanhado de um desalinhamento na linha da plvis. Isto, de forma viciosa, acaba por

causar uma funo proprioceptiva deficiente, e um controle motor inadequado13,14.

Um trabalho realizado com bailarinas clssicas submetidas a uma anlise

tridimensional computadorizada da marcha revelou alteraes significativas nas amplitudes

articulares nos planos transversal e frontal, principalmente no que se refere rotao lateral eas interferncias desta na biomecnica corporal. As bailarinas apresentaram, durante o seu

ciclo de marcha, maiores amplitudes de abduo de quadril, aduo de joelho e rotao lateral

de pelve a tornozelo, quando em comparao com o grupo controle. Isto sugere que as

alteraes estticas produzidas na postura das praticantes de Bal estariam interferindo nas

amplitudes dinmicas durante a sua locomoo15.

Tendo em vista o exposto, o danarino necessita, essencialmente, de um

conhecimento em nvel somtico, como tambm de uma melhoria da integrao sensorial emgeral para ter resultados com maior eficincia16, alm de uma melhor biomecnica do gesto.

Alguns estudos mostram que a prtica do mtodo Pilates pode ser de grande

importncia em nvel cinesiolgico aos bailarinos clssicos, pois possibilita a percepo

refinada do movimento, e a melhoria da execuo de gestos especficos, que passam a ser

realizados sem tenso em determinadas regies musculares. Trata-se de um trabalho de dentro

para fora, um despertar de proprioceptores articulares de forma gradativa17.

Com o Pilates, e atravs da conscincia corporal, acontecem a melhoria da tcnica eo desenvolvimento de capacidades expressivas, de forma que o bailarino desenvolver um

modo de trabalho corporal cujo fim ser a maximizao de suas habilidades artsticas, com

ganho de mais fluidez nos movimentos, organicidade, propriocepo e concentrao. No que

concerne ao nvel fisiolgico, o Pilates torna o bailarino mais eficiente, aumentando a

capacidade de trabalho deste profissional17.

Existe uma grande conexo entre os princpios que definem o Pilates, e os elementos

fundamentais da dana clssica, o que refora ainda mais a ideia do quanto essa prtica seria

benfica aos intrpretes desta arte. A seguir sero relatados os princpios do Pilates, e a

relao destes com as necessidades das bailarinas clssicas:


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- Centro: tanto o Pilates como a dana clssica enfatizam o desenvolvimento de um

centro forte, formado pelo ativamento do abdmen, costas, adutores de coxa e perneo. O

Pilates ensina a ativao correta deste mecanismo, pois foca o fortalecimento do

Powerhouse, que a regio do tronco entre o trax e a pelve, para facilitar o correto

posicionamento da coluna, fornecendo suporte e alinhamento para o resto do corpo3. Isso

promove o equilbrio muscular necessrio para a estabilidade corporal e a postura apropriada

para a dana18;

- Concentrao: a dana requer foco e concentrao para que o desempenho dos

gestos seja correto; a mente precisa direcionar e coordenar os movimentos e posies de todas

as partes do corpo para que o movimento se organize19. Portanto, o Sistema Nervoso Central

tem que ser treinado, e os prprios caminhos neurais tm que ser formados para engajar osmsculos apropriadamente19. O Pilates enfatiza usar a mente para direcionar o movimento,

ensinando os msculos a controlar a posio das articulaes com um foco claro e bem

direcionado4;

- Controle: todos os passos da dana requerem controle para que um correto

alinhamento e execuo se deem. O controle corporal correto enfatiza a estabilizao central e

o uso apropriado de todo o corpo, o que pode prevenir as famosas leses na dana clssica 18.

O Pilates foca a execuo de movimentos com controle mental e fsico, dando suporte aoscontroles cognitivo e muscular necessrios na dana20;

- Preciso: o trabalho tcnico da dana foca em gerar movimentos com a correta

colocao e as qualidades estticas desejadas. Principalmente nos exerccios de barra do Bal

so repetidos os mesmos movimentos fundamentais e conceitos para enfatizar a preciso18. O

Pilates tambm enfatiza a preciso, estando atento aos detalhes e ao valor de cada exerccio,

priorizando a correo em vez de quantidade18;

- Fluidez: os movimentos da dana so feitos com fluidez e transies suaves,preparaes e concluses18. A contnua fluidez e graa da movimentao do Pilates, incluindo

as transies fluidas entre os exerccios, o relacionam diretamente com essa mesma

necessidade existente nos passos de dana4;

- Respirao: a respirao apropriada crucial para suportar a extrema demanda

motora da dana. Coordenar a respirao contnua com o movimento assegura que os

msculos que esto trabalhando recebam um fornecimento suficiente de oxignio, sendo

reduzidas as tenses desnecessrias18,19. O Pilates foca em uma respirao contnua e

completa, e um padro respiratrio para cada exerccio20. Isso corresponde s necessidades


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dos ciclos de respirao constantes e sincronizados, e de um movimento que comea a se dar

pelo ato respiratrio20.

Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influncia da prtica do

Pilates na biomecnica corporal de uma populao de bailarinas clssicas, pois acredita-se que

a prtica do Mtodo traz grandes benefcios e influencia positivamente a performance desta

populao.

CASUSTICA E MTODOS

O estudo foi elaborado de acordo com as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de

Pesquisas Envolvendo Seres Humanos (Resoluo 196/1996, do Conselho Nacional de

Sade), e foi submetido ao Comit de tica em Pesquisa com Seres Humanos da Pontifcia

Universidade Catlica de Gois. Teve delineamento analtico, de corte longitudinal e

quantitativo, e foi realizado no Centro Cultural Gustav Ritter (CCGR), na cidade de Goinia.

Este Centro um importante local pblico focado na formao de artistas, e tem um corpo de

baile jovem que apresenta qualidades tcnicas inconfundveis. Vrias danarinas deste Centro

tornam-se bailarinas profissionais, danando nas melhores companhias do estado, a citar, o

Bal do Estado de Gois e a Quasar Companhia de Dana.

Com o consentimento escrito da escola de dana CCGR, foi antecipadamente

realizada uma reunio com os pais das bailarinas, na qual o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido/TCLE foi lido, esclarecendo-se os objetivos e riscos da pesquisa, e o carter

voluntrio da participao, e foram coletadas as assinaturas dos pais que aceitaram participar.

Foram ento selecionadas, atravs da aplicao de questionrio de identificao, as

bailarinas que poderiam participar da pesquisa. Para tal, os critrios de incluso foram: os pais

deveriam ter assinado o TCLE; ter de nove (9) 11 anos; ser do sexo feminino e ter prtica de

Bal Clssico de, no mnimo, quatro (4) anos. Foram excludas aquelas que tinham algum

dficit, verificado pela aplicao do exame mini-mental (MMSE), e/ou possuam algum tipo

de leso que as impedissem de desenvolver de forma efetiva o protocolo proposto. O histrico

de leses no foi considerado como um critrio de excluso devido ao fato de que o objetivo

da pesquisa foi ver a melhora da performancedas bailarinas aps uma interveno com aulasde Pilates, e no compar-las entre si.


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Assim, a amostra selecionada foi composta por seis (6) bailarinas com idade entre

nove (9) e 11 anos (mdia de 10,3 anos), tempo mdio de prtica na dana de quatro anos e

meio (4,5) e idade mdia de incio de seis (6) anos, todas integrantes do corpo de baile infantil

da escola de dana CCGR.

Foi ento realizada a avaliao inicial, na qual foi utilizada a plataforma de fora

porttil EMEGSYSTEM BRASIL modelo Biomec 400, que foi levada at a escola de dana

CCGR para facilitar a coleta de dados. No dia da avaliao, as participantes no fizeram

nenhuma atividade fsica, nem mesmo aulas de dana, para que isso no interferisse nos

resultados encontrados. Elas fizeram uso de collantpreto, estavam descalas, e cada uma foi

posicionada em p sobre a plataforma de fora, com os ps afastados de modo confortvel,

ficando paradas por trs segundos para facilitar a mensurao dos dados.Aps um sinal sonoro dado para o incio da atividade, cada voluntria realizou trs

(3) sequncias de movimentos distintos, que haviam sido explicadas antecipadamente, sendo

que as mesmas foram avaliadas de forma esttica durante trs (3) segundos cada uma, com a

uma velocidade autosselecionada, conforme exemplificado nas Figuras 1 e 2. Os movimentos

foram os listados a seguir, sendo estes avaliados de forma bilateral:

1. Quinta posio,Demi pli,Relev, Pass, braos em primeira posio.

2.

Quinta posio, Battement Tendu Derrier, Arabesque, Pench, braos emterceira posio.

3. Quinta posio, Battement Tendu Devant, Grand Rond de Jambe en lair

terminando em Fondu, braos em segunda posio.

Figura 1: Pass, ltimo movimento da Figura 2:Arabesque, terceiro movimento

sequncia 1. Fonte: prpria da sequncia 2. Fonte: prpria


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Tais movimentos foram escolhidos levando-se em considerao a sequncia de

evoluo de um passo para o outro do Bal Clssico, de forma a considerar a mudana da

base de apoio, e as consequncias biomecnicas que isto pode trazer ao controle postural da

bailarina. Procurou-se, atravs destas sequncias, abordar a maior variedade possvel, em

diversos nveis de dificuldade, das demandas a que as participantes esto sujeitas em sua

rotina de dana, considerando os apoios unipodal e bipodal, p inteiro no cho e meia ponta, e

os joelhos flexionados e estendidos.

Durante a execuo das sequncias, as magnitudes da componente vertical da fora

de reao do solo, e o comportamento do centro de presso/COP foram mensurados. Foi

elaborado um cdigo em ambiente Matlab (Mathworks verso 8), a fim de realizar o clculo

do COP e das variveis de interesse. Os dados brutos da plataforma de fora foramamostrados a uma frequncia de 100 Hz por canal, e filtrados por meio de filtro Butterworth

passa-baixa de quarta ordem, com frequncia de corte de 5 Hz, e de fase zero.

A posio instantnea do COP foi calculada considerando as componentes da fora

de reao do solo, os momentos ao redor dos eixos anteroposterior/AP e mediolateral/ML e os

dados de calibrao da plataforma de fora, conforme informado pelo fabricante. Os clculos

do deslocamento do centro de presso foram realizados de acordo com Nora21.

Para finalizar a avaliao inicial, foi realizado o teste de controle de centro. Paratanto, foi utilizada a Unidade de Presso de Biofeedback/UPB, uma pequena almofada de ar

inflvel, de plstico, conectada a um medidor de presso, que captou a presso exercida na

almofada (mmHg) para detectar o nvel de contrao dos msculos abdominais. Este

instrumento de mensurao j utilizado por fisioterapeutas e especialistas do movimento, e

foi descrito anteriormente porRichardson e Hodges22.

Para esta coleta de dados foram feitas as seguintes orientaes: jejum de duas horas

previamente ao comeo das avaliaes (inclusive gua), esvaziar a bexiga imediatamenteantes do teste, e no realizar exerccios abdominais no dia anterior, e no dia da avaliao23.

As avaliaes foram realizadas em decbito ventral, em uma superfcie rgida, com

os membros superiores ao lado do corpo, e a cabea rodada para a direita. A contrao ideal

consistiu do movimento da parede abdominal (regio infra-umbilical) em direo coluna, de

forma lenta e controlada, sem movimentos do tronco ou pelve, ou contraes de outros

msculos como glteos, quadrceps e extensores de coluna23.

Durante o teste, a bolsa foi inflada em 70 mmHg e posicionada sob o msculo

transverso do abdomen, no espao imediatamente acima das espinhas ilacas ntero-

superiores. As participantes foram orientadas a realizar trs inspiraes e expiraes lentas e


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as contraes subseqentes foram realizadas 1 segundo aps a ltima expirao. Foram

solicitadas trs contraes abdominais com o seguinte comando: Puxe o abdmen para cima

e para dentro sem mover a coluna e a pelve. Estas contraes deveriam ter sido mantidas por,

no mnimo, dez segundos, mensurados pelo cronmetro. Era esperado que a habilidade de

deprimir a parede abdominal contra a coluna lombar resultaria em uma reduo da presso em

4 mmHg, com uma margem de erro de 3 mmHg, de acordo com o fabricante 23.

Estas avaliaes no apresentaram graves riscos para as participantes, visto que no

possuam nenhum tipo de procedimento invasivo.

Em um segundo momento as bailarinas foram submetidas a um ms de aulas de

Pilates, na frequncia de duas vezes na semana. Elas foram ministradas pelas autoras deste

artigo, e realizadas em uma sala da escola de dana do CCGR. Tendo como base a rotina dasbailarinas, cada aula teve durao de uma hora. As aulas foram feitas em um horrio definido

em concordncia com as participantes, em que elas j executavam atividades dirias como

integrantes do corpo de baile, de forma que no foi necessrio o deslocamento das

participantes em um momento diferente do que j era de suas rotinas. Assim, as aulas de

Pilates entraram como substitutas de outras aulas que j eram regularmente ministradas, no

havendo custo extra com transporte fora do que cada participante j estava habituada. Esta

estratgia foi abordada em concordncia com as diretoras e professoras da escola.O protocolo usado para o preparo das aulas de Pilates foi baseado nos estudos de

Berkow24 sobre exerccios selecionados do Mat Pilates que correspondem a componentes

especficos da tcnica da dana clssica. Esta autora apresentou uma sequncia em que esses

exerccios devem ser ministrados, a fim de proporcionar uma progresso eficiente da

performance das bailarinas, levando em considerao as semelhanas entre os exerccio de

Pilates e os movimentos e conceitos da dana clssica.

Finalizado o ms de aulas, todas as bailarinas passaram novamente por todas asetapas de avaliao supracitadas (anlises na plataforma e teste de controle de centro),

realizadas pelas mesmas pesquisadoras, com o objetivo de avaliar a influncia da prtica do

Pilates nas variveis propostas no estudo.

A anlise estatstica foi realizada no software Sigma Plot 12 (Microsot). Aps

verificao da normalidade das distribuies e da homogeneidade dos dados por meio do teste

de Shapiro-Wilks, foram aplicados testes paramtricos e teste t de medidas repetitivas, a fim

de verificar diferenas entre as duas avaliaes para as variveis selecionadas. Foi utilizado

como referncia estatstica o nvel de significncia de 5% (p0,05). As variveis so

apresentadas como mdia.


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RESULTADOS E DISCUSSO

Neste estudo comparou-se o controle postural esttico de bailarinas clssicas que

foram submetidas a um programa de treinamento especfico com o Mtodo Pilates. A

comparao das variveis, necessria para esta anlise, foi feita aps duas avaliaes, a

primeira pr-interveno e a segunda ps-interveno. A Tabela 1 apresenta a caracterizao

das bailarinas:

Tabela 1. Caractersticas das participantes do estudo:

CaractersticasIdade (anos): 10,3Altura (m): 1,56Peso (kg): 37,33

Tempo de Bal Clssico (anos): 4,5Dados expressos em mdia

A Tabela 2 e a Tabela 3 apresentam a amplitude de deslocamento do COP nas

direes AP e ML durante a execuo das trs sequncias propostas de passos do Bal. Sendoconsiderado como membro inferior direito (MID) ou membro inferior esquerdo (MIE) a perna

de base do movimento, a que est em contato com a plataforma de fora.

Os valores encontrados para COPAP no MIE na sequncia 1 foram

significativamente maiores aps o treino proposto (p=0,026). Nas demais sequncias, mesmo

com algumas mostrando resultados melhores, no houve diferenas significativas, tanto para a

execuo do MID, quanto para o esquerdo.

Tabela 2:Resultados da varivel amplitude de deslocamento do COP na direo AP

COPAP (cm) Sequencia 1 Sequencia 2 Sequencia 3MID Pr 2,14 2,68 1,57MID Ps 2,41 1,65 2,26Valor de p 0,67 0,48 0,31MIE Pr 1,54 2,77 2,77MIE Ps 5,49 2,26 2,26Valor de p 0,026* 0,93 0,93

Os dados esto expressos em mdia. Membro inferior direito (MID) e membro inferior esquerdo (MIE).*significativo (p < 0,05).


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Os valores encontrados para COPML no MIE na sequncia 1 (p=0,015) e no MID na

sequncia 2 (p=0,031) e 3 (p=0,026) foram significativamente maiores aps o treino proposto.

Nos demais resultados no houve diferenas significativas na execuo, mas vale ressaltar que

todos os valores para o MID ps interveno apresentaram melhora.

Tabela 3:Resultados da varivel amplitude de deslocamento do COP na direo ML

Os dados esto expressos em mdia. Membro inferior direito (MID) e membro inferior esquerdo (MIE).*significativo (p < 0,05).

O Controle Postural consiste em um processo sofisticado que envolve a manuteno

de vrias articulaes e grupos musculares em relao geomtrica uns com os outros, e sua

interao com o ambiente27.

Para o estudo aqui proposto, a escolha foi a de fazer a anlise do controle postural por

meio do COP e suas amplitudes de deslocamento. O COP uma medida de deslocamento e

influenciado pela posio do centro de massa (COM). o resultado da resposta

neuromuscular ao balano do COM, e indica a posio do vetor resultante da Fora de Reao

do Solo. Este vetor igual, e oposto, mdia ponderada da localizao de todas as foras que

agem na plataforma de fora, como a fora peso e as foras internas (musculares e articulares)

transmitidas ao apoio28.

De acordo com Nora23 e Malouin e Richards27 quanto mais controle postural o

indivduo tiver maior ser a amplitude de deslocamento AP e ML do COP, sugerindo um

aumento progressivo na habilidade de deslocar o COM, antecedido pelo deslocamento lateral

e posterior do COP.

Sendo assim os resultados do presente estudo mostram que tanto o COPAP quanto o

COPML apresentaram valores maiores ps-interveno em diversas sequncias tanto no MID

quanto no esquerdo. Isso mostra que durante a execuo ps-interveno as bailarinas

apresentaram um melhor desempenho e melhor controle dos movimentos, sugerindo que o

mtodo Pilates tenha influenciado nessa varivel.

Este fato confirmado por Berkow19 que diz que o Pilates pode dar aos bailarinos a

fora de centro necessria para mover com estabilidade, controle e uma amplitude completa

COPML (cm) Sequencia 1 Sequencia 2 Sequencia 3MID Pr 2,15 1,56 1,09MID Ps 3,21 1,99 5,02Valor de p 0,24 0,031* 0,026*MIE Pr 2,65 1,95 1,705MIE Ps 7,33 1,73 1,38Valor de p 0,015* 0,48 0,32


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de movimento. Para confirmar esta teoria Berkow aplicou um protocolo de aulas de Pilates

chamado Pilates Mat Exercises for Dancers, para estudantes de dana da Faculdade

Goucher, em Baltimore, durante a primavera de 2010. Os benefcios dos exerccios foram

avaliados atravs de respostas dos estudantes a perguntas sobre como o treinamento afetou a

dana deles. Todos os estudantes disseram que as aulas de Pilates ajudaram atravs da

melhora da conscincia corporal e fora para manter o correto alinhamento, proporcionando

postura, e aumentando o controle, e a amplitude de movimento. Ainda segundo a autora, este

resultado ilustra que os exerccios de Mat Pilates podem aumentar as conexes

neuromusculares dos bailarinos para o alinhamento e correo da postura, melhorar a

flexibilidade e o controle e trabalhar componentes importantes de movimentos especficos da

dana.Anderson28 tambm confirma este pensamento ao dizer que seguindo a lgica das

cadeias musculares do corpo humano, qualquer mau posicionamento de um segmento do

corpo pode causar uma desorganizao do todo. No mtodo Pilates o corpo convidado a se

alinhar. Essa manuteno isomtrica da musculatura esttica organiza os tecidos ao redor dos

ossos e articulaes, e mesmo os mais superficiais. O resultado a reorganizao biomecnica

e o movimento eficaz.

O Pilates busca promover o alongamento ou relaxamento de msculos encurtados outensionados demasiadamente, e o fortalecimento ou aumento do tnus daqueles que esto

estirados ou enfraquecidos. Assim, os desequilbrios musculares que ocorrem entre agonistas

e antagonistas so diminudos gerando um melhor controle postural como o encontrado aqui

nas sequncias ps-interveno.

Essa ideia reforada pelo fato de que o mtodo permite, dentre outros benefcios, o

aumento da estabilidade na regio do tronco por meio do fortalecimento dos msculos

posturais mais profundos (estabilizadores). Com isso, possvel que grande parte dosmovimentos atrelados ao tronco sejam melhor controlados e ritmados de forma a tornar os

msculos mais elsticos e aptos a responder a um dado estmulo2.

Durante a realizao da sequncia 1 houve melhora significativa na execuo ps-

interveno no MIE, membro no dominante de 100% das bailarinas. Apesar de o controle

postural ter melhorado tambm no MID nesta sequncia, somente no membro no dominante

houve uma significncia estatstica. Isto pode ser explicado pela sequncia 1 ser composta por

movimentos considerados como bsicos, ou de um grau de dificuldade menor, em uma

sucesso para o desenvolvimento do equilbrio e controle de movimento propostos pela

tcnica do Bal Clssico. Estima-se, ento, que a melhora na execuo aconteceu, pois a


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perna de base, no caso a esquerda, no dominante, e normalmente mais fraca, se fortaleceu de

forma mais perceptvel aps a interveno para a execuo destes movimentos, mais bsicos.

O Bal clssico exercita o corpo por ambos os lados, porm, na prtica, acredita-se

que no treinamento dos movimentos especficos, a praticante repita o gesto motor com o lado

de sua preferncia (dominante), em busca de melhores resultados na tcnica e execuo do

movimento. Assim, a prtica dessa dana acaba sendo caracterizada como unilateral, em que

os msculos desenvolvem-se desarmonicamente29.

Um estudo feito por Amorim et al30 realizou uma avaliao semelhante feita neste

artigo, no que diz respeito a anlise da influncia de 11 semanas de aulas de Mat Pilates no

controle postural de 15 bailarinas, de ambos os sexos, que tinham, no mnimo, 10 anos de

prtica dessa dana, utilizando uma plataforma de fora Bertec para tal. Amorim et al

aplicaram dois testes, o primeiro consistia em manter, por 30 segundos, a primeira posio

dos ps do Bal Clssico com os braos em brs brs. O segundo teste consistia em realizar

um attitude derrire com os ps totalmente apoiados no cho durante cinco (5) segundos,

seguido de uma elevao at a meia ponta e a mantendo por mais cinco (5) segundos. Na

ocasio foi avaliada a rea de deslocamento do COP, uma anlise diferente do presente

estudo, mas que guarda alguma semelhana com este, por tambm envolver os desvios do

COP nas direes ML e AP. Como resultado foi observado uma melhora significante nocontrole postural do grupo experimental. No entanto, no foi possvel mensurar se esta

melhora estava relacionada ao treinamento proposto com Pilates, ou s atividades do grupo

em aulas de dana, que tambm foram intensificadas com a insero de um trabalho com

sapatilhas de ponta.

J nas sequncias 2 e 3, a melhora significativa foi visualizada no MID. Estas so

sequncias com um grau de dificuldade mais elevado, logo as bailarinas normalmente

apresentam maior facilidade de execuo e maior preparo corporal com o membro dominante,no caso o MID. Pode-se ento relacionar que a significncia estatstica aqui encontrada com

relao a esse membro provavelmente se deve ao fato de, apesar de o Pilates trabalhar o corpo

como um todo e trazer benefcios posturais globais, o MID j mais forte anteriormente pode

ter se beneficiado mais, neste momento, pelo programa de treinamento proposto.

Amorim et al30 avaliou tambm a influncia das aulas de Pilates na fora muscular

isomtrica dos membros inferiores. O teste consistiu na avaliao do tempo mximo de

contrao obtido na manuteno dos passos de Bal developp (frente, lado etrs)epench.

Os resultados mostraram uma influncia positiva das aulas que induziram a mudanas

significativas na fora muscular especialmente nos passos devellop trs e pench. A


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contrao eficiente dos msculos glteos requerida pelos exerccios de Pilates

provavelmente a causa para esse grande incremento de fora muscular nesses passos. De

acordo com os resultados, os bailarinos foram capazes de manter durante mais tempo os

passos selecionados, o que foi determinante para melhorar aperformance.

Estes resultados corroboram com o presente estudo, uma vez que a sequncia 2

estudada pelas autoras composta pelo passo pench,e a sequncia 3 composta por passos

muito semelhantes ao developp. Sendo assim, as aulas podem, da mesma forma, ter

influenciado na fora muscular especfica para a execuo desses passos, e consequentemente

para a melhora do controle postural observado. Considerando as diferenas, j explicadas,

relacionadas ao MID e MIE.

Neste estudo foi feito tambm o teste de controle de centro, antes e aps o treinamentoproposto. Aps o teste, as bailarinas foram classificadas individualmente de acordo com a

classificao sugerida por Costa et al23:

considerado como uma boa ativao do centro, e um bom domnio muscular, a

contrao efetiva do msculo Transverso do Abdmen/TA que acontece na classificao nvel

2 da tabela mencionada por Costa et al23.

No presente estudo, a avaliao inicial mostrou que quatro (4) das seis (6) bailarinas

(66,6% da amostra) foram classificadas no nvel 2, ou seja, elas j apresentavam uma boacontrao do TA. Estas quatro (4) bailarinas permaneceram com essa classificao aps

participarem das aulas de Pilates. Uma (1) bailarina (16,6%) foi classificada no nvel 3 na

avaliao inicial. Esta mesma bailarina passou para o nvel 2 aps a aplicao do protocolo

proposto de aulas, demonstrando uma melhora na conscincia e ativao muscular. Uma

ltima bailarina foi classificada inicialmente no nvel 3, e posteriormente evoluiu para o nvel

4, apresentando uma piora de desempenho no controle de centro.

Em uma anlise estatstica, os dados sobre o controle de centro no demonstraramsignificncia, mas eles servem para completar a anlise feita a respeito do controle postural na

amostra pesquisada. Provavelmente, devido ao trabalho j desempenhado pelas voluntrias do

estudo em suas rotinas de aulas de Bal, elas, em sua maioria, j apresentavam um bom

controle de centro, o que foi mantido aps a aplicao das aulas de Pilates, que enfatizaram

ainda mais essa atividade. Entretanto, uma (1) bailarina foi influenciada positivamente pelo

treinamento, e uma (1) apresentou uma descoordenao na contrao muscular na 2

avaliao. A piora da contrao do TA pode ter ocorrido por diversas razes, sendo que uma

delas pode ter sido a cobrana excessiva da prpria bailarina, que exagerou e descoordenou a

contrao dos msculos da parede abdominal, em busca de resultados. Um motivo para a


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manuteno dos resultados positivos, e da melhora da contrao de centro, que o Bal

Clssico j ensina vrios artifcios que podem ser utilizados para o controle e a manuteno

do equilbrio em determinadas posies estticas17. Sendo assim, as bailarinas treinadas que

praticaram o Pilates aprenderam outras estratgias complementares, que as ajudaram a

manter, ou obter boa contrao de centro.

De acordo com Berkow19, o Mtodo Pilates a forma ideal para suplementar o

condicionamento de bailarinos. As conexes anatmicas e conceituais entre o Pilates e a

dana podem facilitar a execuo adequada do movimento, prevenir leses e aumentar a

longevidade da carreira das bailarinas clssicas.

Outros estudos realizados na dana contempornea j foram feitos, e acabam por

confirmar a hiptese estudada neste artigo, tambm apontando que o Pilates um recursoapropriado para ser utilizado na dana. Em estudos feitos por Bittar31,32foram analisados dois

grupos de bailarinos contemporneos que praticaram Pilates por tempos diferentes. Os

resultados apontaram que houve melhora das performances dos bailarinos em questo,

conseguida atravs da melhora da qualidade de movimento.

CONCLUSO

A anlise por meio de plataforma de fora revelou mudanas significativas no controle

postural de bailarinas clssicas submetidas a um protocolo de treinamento com o mtodo

Pilates, tanto no MID, dominante, quanto no MIE.

As bailarinas apresentaram, durante a execuo das sequncias de movimento

propostas, uma maior variao da amplitude de deslocamento do COP nas direes AP e ML.

Isso significa que durante a execuo ps-interveno elas apresentaram um melhor

desempenho e melhor controle dos movimentos, sugerindo que o mtodo Pilates tenha

influenciado nessas variveis.

Sendo assim, conclui-se que a prtica do mtodo Pilates traz grandes benefcios e

influencia positivamente aperformance de bailarinas clssicas. Entretanto, notvel observar

que poucos estudos se dedicaram a investigara influncia da prtica do Pilates no controle

postural esttico de bailarinas, at mesmo ao nvel de publicaes internacionais. Sendoassim, a ausncia de literatura para comparao dos dados obtidos, alm da amostra pequena e


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da ausncia de grupo controle, tornou-se um importante fator limitante nesta pesquisa. Alm

disso, o nmero pequeno de bailarinas avaliadas tambm contribuiu para a no possibilidade

de generalizao dos resultados obtidos.

O presente estudo inicia, ento, um caminho ainda pouco explorado, que o da

investigao da utilizao do mtodo Pilates como parte do treinamento de bailarinos. Espera-

se que a quantificao e descrio dos resultados trazidos por esta prtica possam fornecer

subsdios para a insero do mtodo Pilates em escolas e em companhias de Bal Clssico.

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ABSTRACT

The Influence of Pilates Method at the Static Balance in a Population of ClassicalDancers


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Rafaela Noleto dos Santos, Camila Silveira de Barros, Las Marinho de Arajo, Adriano JaburBittar, Fernanda Grazielle da Silva Azevedo Nora.

Introduction: The incorrect work of many repeated movements at Classical Ballet can take to

problems related to postural control. Pilates, through body awareness, improves a bettertechnique and the development of expressive capabilities, so the dancer develops a body work

witch the end is the maximization of your artistic skills. There is a great connection between

the principles of Pilates and the fundamental elements of the classical dance, but a few

articlesis proposed to evaluate biomechanically how this connection happens in the dancersbodys. Objective:Evaluate the influence of Pilates practice in the body answer of a dancer

population making select moves of Classical Ballet. Methods: Was compared the staticpostural control of dancers who was submitted to a specific training program with the

Pilates method, and this comparison was divided in two reviews, the first one pre-intervention

and the second post-intervention. Was evaluated the displacement amplitude of the COP at

the directions AP (AP) and ML (ML) during the execution of tree proposed sequences of

movements of Ballet at a sample of six (6) dancers with middle age of 10,3 anos. Results:The values found for COPAP at the left lower limb at sequence 1 (p=0,026) and COPML at

the left lower limb at sequence 1 (p=0,015) and the right lower limb at sequence 2 (p=0,031)

and 3 (p=0,026) were significantly bigger after the proposed training. Conclusion:

Concludes that the practice of Pilates methods brings great benefits and influences positively

the performance of classical dancers.

Keywords:Ballet, Pilates and Center of pressure.

Pesquisadores:

Rafaela Noleto dos SantosFisioterapeutaAdriano Jabur BittarFisioterapeuta, Doutorando em Arte e Docente do CEAFI PS-GRADUAO

a influncia do mtodo pilates no equilbrio esttico de uma populao de bailarinas clssicas

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