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A Indústria Aeronáutica em Portugal Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Página 1 A INDÚSTRIA AERONÁUTICA EM PORTUGAL Equipa Carlos Daniel Filipe Giesteira Margarida Viana Supervisor: Lucas Silva Monitor: Rui Barbosa FEUP A INDÚSTRIA AERONÁUTICA EM PORTUGAL

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A Indústria Aeronáutica em Portugal

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Página 1

A INDÚSTRIA AERONÁUTICA EM PORTUGAL

Equipa

Carlos Daniel

Filipe Giesteira

Margarida Viana

Supervisor: Lucas Silva Monitor: Rui Barbosa

FEUP A INDÚSTRIA AERONÁUTICA EM PORTUGAL

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Resumo

Este relatório incide sobre a influência socioeconómica do sector aeronáutico em Portugal. Em primeiro lugar é realizada uma recolha de dados estatísticos, presentes em relatórios disponibilizados pelos próprios agentes activos e/ou organismos criados para esse fim. A assistência de palestras com este sector como papel de fundo também esteve na origem deste trabalho.

O relatório consiste assim num compêndio já devidamente seleccionado e trabalhado de informação estatística à cerca deste sector. Posteriormente, avançamos com algumas conclusões acerca da atualidade e do futuro do sector em Portugal.

A nossa equipa constatou à medida da realização do projeto que a influência da indústria aeronáutica não residia apenas em valores estatístico-económicos mas antes num alavancamento considerável de projetos de investigação com acção direta no estudo de, sim, pequenas e localizadas, mas altamente avançadas tecnologias de ponta.

Palavras-chave

Projeto FEUP

Indústria aeronáutica

I&D

PME (pequenas e médias empresas)

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Agradecimentos

Seria completamente erróneo deixar de salientar a importância que a colaboração e dedicação dos vários membros da comunidade FEUP tiveram no sucesso deste enorme projeto.

A nossa equipa agradece assim por escrito ao Professor Lucas Silva, o nosso supervisor, e ao monitor Rui Barbosa, pelo seu auxílio, prestação e orientação nunca negados durante esta importante unidade curricular que é o Projeto FEUP. Um especial agradecimento ao professor Paulo Tavares de Castro, pela sua vontade e disponibilidade em realizar uma palestra sobre o tema, unicamente para os alunos do Projeto FEUP.

Por fim, agradecemos ao professor Armando Sousa, coordenador desta unidade curricular que nos permitiu uma integração mais rápida e eficaz nesta enorme comunidade que é a FEUP e o desenvolvimento e aperfeiçoamento de faculdades que nos iram acompanhar ao longo na nossa vida como futuros engenheiros.

Um último agradecimento a todos os professores e formadores que se disponibilizaram a comparecer nas palestras da primeira semana, fornecendo-nos assim os fundamentos teóricos e práticos necessários para a realização deste projeto, nunca deixando de salientar a necessidade de assumir uma atitude e comportamento ético no nosso trabalho, para que “um dia possamos fazer a diferença”.

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Conteúdos

Resumo……………………………………………………………………………………………………………………….2

Lista de figuras…………………………………………………………………….....……………………………………………....5 1) Introdução.................................................................................................................................6 2) História da Aeronáutica em Portugal.………………………………………….……………..………………..…..….7 3) Características da Indústria Aeronáutica……………………………………………………………………………..7 4) Porquê a diferença de volumes de negócios entre o setor aeronáutico em Portugal e os restantes parceiros europeus………………………………..……………………………..………………..……….9 5)Geografia Industrial e económica do sector em Portugal…………………………………………………..10 6) Influência económica do sector aeronáutico em Portugal….……………….…………...………………11

7) Estrutura da Indústria aeronáutica em Portugal e principais empresas…..............................17 8) Sector aeronáutico e desenvolvimento de novas tecnologias…………….…....…………….……….21 9) Perspetivas para o futuro e conclusões……………………………….………….……………………………….23 Referências bibliográficas…....…………………………………………………………….………………………………..24

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Lista de figuras

Figura 1-Ilustração da transversalidade da indústria aeronáutica.

Figura 2- Principais razões para a desproporção dos volumes de negócio entre o sector aeronáutico nacional e o europeu.

Figura 3- Distribuição do número de empresas ligadas ao ramo da aeronáutica. O número total de empresas é de 65.

Figura 4- Números (dentro das empresas entrevistadas) que permitem uma visão aproximada da globalidade do peso desta indústria, na economia nacional e do volume de negócios dessas empresas.

Figura 5- Percentagem das fontes e do seu destino, do volume de negócios que é gerado pela indústria aeronáutica portuguesa.

Figura 6- Milhões gastos em cada sector da indústria aeronáutica em Portugal ao longo das últimas décadas. As unidades monetárias são o Euro. Figura 7- Valor das exportações portuguesas em milhões de euros para fora e dentro da União Europeia. Figura 8: Quadro síntese dos efeitos na economia portuguesa da aviação civil. A fatia que merece ser analisada nesta figura correspondera à “Manutenção/Aeronavegabilidade e Produção de Aeronaves”, tal acontecerá na próxima figura.

Figura 9- Percentagem das exportações de bens e/ou serviços que de facto constituem as exportações do sector aeronáutico

Figura 10- Relação entre o volume de negócios das empresas, o seu tamanho, número de empregados e o número de empresas nessas condições.

Figura 11- Aparelhos que a OGMA tem a capacidade de fazer a manutenção e reparação. Figura 12- Componentes, Aeroestruturas e Programas da OGMA. Figura 13- Figura 12- Percentagem do Volume de negócios gerado por cada sector da empresa.

Figura 14- Percentagem de empresas associadas a vários tipos de instituições como parceiros no desenvolvimento de projetos.

Figura 15- Número de projetos iniciados em cada ano tendo como parceiros principais empresas portuguesas.

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1) Introdução

No âmbito da unidade curricular “Projeto FEUP” do 1º ano do Mestrado Integrado em Engenharia mecânica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, foi realizado o presente relatório cujo tema é a "Indústria aeronáutica em Portugal". A nossa equipa de trabalho procurou, ao longo do desenvolvimento deste tema, recolher dados estatísticos dos mais diversos organismos criados pra esse efeito, uma vez que o sector da aeronáutica em Portugal, em comparação com os seus parceiros na União Europeia, não tem expressão significativa na economia nacional. Para além desse objetivo, este relatório pretende dar a conhecer projetos futuros que se realizam no nosso país em aeronáutica. A inovação presente neste relatório consiste precisamente no colmatar da falta de informação concisa sobre este sector, relativa à fatia de mercado que este sector possui a nível nacional Numa primeira análise do relatório, é possível encontrar um pouco da história deste sector em Portugal, bem como quais as características chave deste sector tão próprio e característico. Posteriormente proceder-se-á à exposição de dados estatísticos relativos ao peso desta indústria na economia nacional. Por fim serão lançadas algumas perspetivas para o futuro bem como algumas conclusões desta equipa.

O sector aeronáutico possui determinadas características que o tornam único como o seu conservadorismo, as enormes quantias monetárias envolvidas no processo o que torna este sector um sector de elites, entre outras. A aeronáutica em Portugal, não apresenta uma expressão significativa na economia, muito por causa de determinadas razões particulares que Portugal não conseguiu ultrapassar. Este sector encontra-se perfeitamente estruturado em pirâmide, começando nas PMEs, e culminando no topo, com as maiores identidades empresariais do ramo, OGMA, TAP, e Embraer.

Para além da enorme complexidade técnica deste sector, a indústria aeronáutica é considerada uma indústria de grande interesse estratégico para qualquer nação, que promove inevitavelmente o desenvolvimento de tecnologias que permitem a inovação e o aparecimento de novos produtos, nos mais variados sectores e nichos de mercado. Daí a importância de uma reflexão cuidada e atenta à cerca desta indústria. (EADS, 2005).

2) A História da Aeronáutica em Portugal

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O primeiro voo efetuado no mundo foi no aparelho conhecido como a Passarola, inventada pelo padre Bartolomeu de Gusmão, e o seu voo foi efetuado no ano de 1709. As características reais da Passarola são desconhecidas, uma vez que os documentos da sua realização se perderam com o tempo, mas as informações disponíveis descrevem um aparelho semelhante a um balão de ar quente, com uma fonte de ignição instalada numa barca sob o aparelho que permitia o aquecimento do ar e ascensão da máquina. A única imagem ilustrativa da Passarola que data da sua realização é considerada pelos especialistas como incorreta, e realizada por um autor que nunca teria visto, de facto, o aparelho. Sabe-se que enorme balão foi lançado do Castelo de S. Jorge em Lisboa, tendo aterrado no Terreiro do Paço.

No ano de 1922 realizou-se a primeira travessia do Atlântico Sul, desde Portugal até ao Brasil, pelos aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral. A sua viagem demorou cerca de 79 dias, mas o tempo de voo foi de apenas sessenta e duas horas e vinte e seis minutos, tendo percorrido um total de 8.383 quilómetros. A viagem decorreu em quatro “fases”, devido a imprevistos na viagem e problemas com os aparelhos, tendo sido necessários, no total, três aviões para completar a travessia

3) Porquê uma indústria aeronáutica em Portugal Características transversais da Indústria Aeronáutica (em qualquer país):

Indústria de alta-tecnologia;

Maior crescimento do investimento em I&D no último ano;

Plataforma de disseminação de tecnologia e boas práticas para os restantes sectores em que a Indústria nacional atua;

Elevados requisitos de qualidade e segurança;

Estável devido aos longos ciclos de vida dos produtos aeronáuticos;

Carácter exportador com um impacto positivo na balança comercial;

A Indústria Aeronáutica é, para além de um sector de interesse estratégico para a

segurança das nações, um sector com um grande nível de integração tecnológica e que produz bens e serviços de elevado valor acrescentado, que leva à criação de empregos qualificados, induzindo, simultaneamente, a melhoria do nível de qualidade global do tecido industrial,

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através da disseminação de procedimentos correctos, eficientes e tecnológicos a sectores vizinhos como, por exemplo: o automóvel, espacial, plásticos e electrónica de consumo. Essa dinâmica que este setor faz questão que seja transversal a todos os outros pode ser evidenciada de forma clara na figura 1.

Por integrar produtos e processos que representam a vanguarda tecnológica de diversas áreas, a aeronáutica é também alvo de forte investimento em I&D aplicada (voltaremos a abordar este assunto mais à frente), favorecendo a interacção entre a indústria e o sistema científico e tecnológico nacional. Em Portugal, haverá poucas empresas que venham a subsistir exclusivamente do mercado aeronáutico, sendo o cenário mais provável será uma crescente especialização e domínio de tecnologias chave para o setor aeronáutico que serão posteriormente disseminadas para os restantes sectores. A figura seguinte ilustra perfeitamente esta disseminação de uma forma geral.

Figura 1-Ilustração da transversalidade da indústria aeronáutica.

(José Felizardo, 2007)

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4) Porquê a diferença de volumes de negócios entre o setor aeronáutico em Portugal e os restantes parceiros europeus

A localização geográfica dos clientes, ou melhor, a sua grande dispersão global, a existência de um mercado extremamente conservador, aliado a uma aposta forte relativamente recente neste sector, entre outras razões enumeradas mais a baixo, tornam o setor aeronáutico nacional relativamente débil em termos volúmicos face ao europeu. O atraso, referido de seguida na ilustração 2, não constitui de forma alguma um atraso a nível tecnológico, já que ao nível da investigação de ponta Portugal não se encontra fora do lugar que a sua dimensão o permite, constitui antes uma desproporção de grandeza comercial em relação aos parceiros europeus.

É importante realçar que esta comparação é feita entre países de grandezas geográficas e económicas semelhantes ou comparáveis, já que tais razões não se aplicam adequadamente às grandes potencias europeias. 5) Geografia económica

Figura 2- Principais razões para a desproporção dos volumes de negócio entre o setor aeronáutico nacional e o europeu

(José Felizardo, 2007)

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Figura 3- Distribuição do número de empresas ligadas ao ramo da aeronáutica. O número total de empresas é de 65.

(Anabela costa Reis, 2011)

Através da análise da figura 3 é possível verificar que a concentração deste tipo de indústria não é homogénea mas sim de contrastes. O maior número de empresas a operar no ramo da aeronáutica localiza-se maioritariamente no litoral, norte e centro do país. Contudo não quer dizer que os maiores investimentos se tenham dado nestas regiões. Temos como bom exemplo o investimento de 177 Milhões de euros da Embraer em dois complexos fabris em Évora.

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6) Influência económica do sector aeronáutico em Portugal Em Portugal, a indústria aeronáutica é um sector com pouco peso na economia

nacional. É, essencialmente, um sector virado para a manutenção de aparelhos, sendo que o sector de Inovação e Tecnologia é maioritariamente detido por pequenas e médias empresas (PME). Cerca de 5 mil pessoas estão empregadas em 200 empresas, sendo que cerca de 500 encontram-se em PME (dados do EUROSTAT) e as restantes estão distribuídas pelas três maiores empresas portuguesas neste sector: a OGMA, a Embreaer e a TAP M&E. Na figura 3 é possível observar uma boa aproximação da influência deste sector na economia nacional, tanto em valor de negócios como em nº de empregos e capital apostado no I&D.A comparação efectuada ao lado da figura, é realizada com a média dos países pertencentes à ASD, (Aerospace and Defense industries Association of Europe).

Figura 4- Números (dentro das empresas entrevistadas) que permitem uma visão aproximada da globalidade do peso desta indústria, na economia nacional e do volume de negócios dessas empresas.

(José Felizardo, 2007)

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Cerca de 54% da indústria aeronáutica que é produzida em Portugal é exportada,

enquanto 46% permanece no mercado nacional. Em relação às atividades, a manutenção é o sector mais rentável, representando 85% da indústria, enquanto o fabrico de peças e desenvolvimento de tecnologias representam 15%, fabrico este que engloba o fabrico de componentes metálicos e estruturas, TICE (tecnologias de informação, comunicação e eletrónica), moldes, compósitos e plásticos, entre outros. A figura 3 permite uma primeira conclusão: este sector em Portugal centra-se, essencialmente, no ramo da manutenção, e a produção baseia-se em pequenas empresas altamente avançadas em termos de tecnologia dos materiais e processos de fabrico, bem como tolerâncias dimensionais. A segunda conclusão é de que os clientes desta indústria localizam-se, como se verifica, em grande parte fora do país, o que, como veremos mais à frente, não será um fator tão bom como se poderia imaginar, já que implica uma participação muito ativa do estado, o que, não se verificando, leva a um decrescente da influência portuguesa no estrangeiro. (Felizardo Cunha, 2007).

Figura 5- Percentagem das fontes e do seu destino, do volume de negócios que é gerado pela indústria aeronáutica portuguesa .

(José Felizardo, 2007)

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Em relação à primeira conclusão mencionada anteriormente, é dado pela figura 4 uma noção desse pequeno, localizado, e altamente exigente fabrico de peças por parte do sector aeronáutico português, que corresponde actualmente ao único meio de superar a falta de produção industrial em massa por parte de Portugal e suas empresas.

Figura 6- Volume de negócios m milhões de euros da produção especializada de pequenos conjuntos de peças.

(José Camacho, 2011)

Partes dos assentos exceto madeiras, e suportes médicos como macas, colchões, etc.

Material envolvido na reparação e manutenção de aviões, e dos próprios motores.

.Peças para todo o tipo de aviões excluindo hélices, trens de aterragem e rotores.

Borracha de pneus reciclada.

Peça torneadas em metal.

Peças gerais de engenharia mecânica.

Partes plásticas dos aviões.

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Dos 54% desta indústria, que representam as exportações, é de salientar que a maioria é exportada para fora da União Europeia, essencialmente para a América e para África. O valor total das exportações tem vindo gradualmente a decrescer, devido à falta de financiamento por parte do estado português nesta área. Este decrescimento é evidenciado na figura 4, onde verifica claramente um decrescimento acentuado do volume de negócios.

A importância da análise desta figura reside na necessidade de alertar governos e instituições de apoio às empresas para reforçar e dinamizar essas mesmas empresas, correndo o risco de prolongar-se esta queda caso não sejam aplicadas medidas urgentes e eficazes. (EADS, 2005).

Figura 7- Valor das exportações portuguesas de componentes de helicópteros e aviões em milhões de euros para fora e dentro da União Europeia

(José Camacho, 2011)

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Como é possível observar na figura 5, o peso desta indústria (a sua correspondência na figura encontra-se devidamente assinalada na legenda) na economia nacional não é representativa, tanto no PIB nacional (produto interno bruto) como no número de empregos diretos e indiretos gerados por este sector. Ora note-se que n se está a comparar volumes de negócios entre países, mas sim o peso real de um dado sector numa economia. Esta insipiente influência da indústria aeronáutica, bem como de todos os sectores envolvendo a aeronáutica (2,15% do PIB nacional no total) permite visualizar e constatar o resultado da falta de apoio e aposta neste sector por parte do governo, bem como as já referidas características únicas e específicas da indústria aeronáutica.

Figura 8- Quadro síntese dos efeitos na economia portuguesa da aviação civil. A fatia que merece ser analisada nesta figura correspondera à “Manutenção/Aeronavegabilidade e Produção de Aeronaves”, tal acontecerá na próxima figura.

(INAC, 2008)

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A Indústria Aeronáutica em Portugal

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Na continuação da linha de pensamento anterior, expomos outro parâmetro de

avaliação da insipiência do peso deste sector na economia nacional, a percentagem de exportações da indústria aeronáutica nas exportações globais do país. Ao analisarmos a figura 8 podemos verificar que apenas 0,42% das exportações nacionais, deveram-se a esta indústria, o que nos leva a refletir profundamente acerca do estado deste nosso sector, e das medidas que deviam ter sido aplicadas ou reforçadas. Isto tudo uma vez que este sector não é um sector normal, trata-se de uma indústria altamente competitiva e aquando de uma boa gestão e aposta, permite o desenvolvimento e alavancamento de inúmeros nichos de mercado como já foi referido

Figura 9- Percentagem das exportações de bens e/ou serviços que de facto constituem as exportações do sector aeronáutico

(INAC, 2008)

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A Indústria Aeronáutica em Portugal

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7) Estrutura da Indústria aeronáutica em Portugal e principais empresas

Estrutura da Indústria:

MRO (Manutenção, reparação, operação) TAP M&E OGMA(Embraer(70%))

Integradores

OGMA Embraer

Especialistas (PME)

A figura seguinte aborda uma questão importante, a estrutura dos vários tipos de empresas

e os números característicos de cada tipo de empresa. Como se verifica, são as maiores e em menor número as empresas que possuem o maior volume de negócios e consequentemente o maior número de trabalhadores também. As menores em dimensão e maiores em número, as PME’s, apresentam também um importante papel na economia e I&D como iremos verificar mais à frente. Panorama geral das empresas ligadas ao setor aeronáutico

Figura 10- Relação entre o volume de negócios das empresas, o seu tamanho, número de empregados e o número de empresas nessas condições.

(INAC,2008)

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Principais empresas: A OGMA tem cerca de 1500 trabalhadores, e lucros crescentes ao longo dos anos. O seu capital é detido maioritariamente pela empresa brasileira Embraer (65% do capital) e o restante pelo estado português (35% do capital). Esta empresa especializa-se em manutenção de engenhos e aparelhos, tanto aviões civis como militares. É, atualmente, muito reconhecida a nível europeu, possuindo diversos certificados europeus de qualidade. (www.ogma.pt)

Figura 8-

A TAP Manutenção e Engenharia emprega cerca de 2000 pessoas em Portugal, num

Figura 11- Aparelhos que a OGMA tem a capacidade de fazer a manutenção e reparação (José Camacho, 2011)

Figura 12: Componentes, Aeroestruturas e Programas da OGMA

(José Camacho, 2011)

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A TAP Manutenção e Engenharia emprega cerca de 2000 pessoas em Portugal, num total de 4000 trabalhadores em todas as sedes da empresa (uma no Aeroporto de Lisboa e duas no Brasil). A TAP M&E especializa-se na manutenção de aparelhos das frotas das companhias Airbus, Boeing e Embraer. (www.tapme.pt)

De acordo com os relatórios anuais publicados por esta empresa, os lucros da TAP M&E foram de EUR 128,5 milhões em 2010, EUR 92,6 milhões em 2011, e EUR 115,2 milhões em 2012. Na imagem seguinte é possível verificar que apenas uma ínfima parte deste volume de negócios é fruto da manutenção aeronáutica.

A empresa brasileira Embraer, sendo já detentora de 65% do capital da OGMA, possui, em Évora, duas fábricas de componentes aeronáuticos, que constituem um investimento de cerca de 177 milhões de euros (sendo que 100 milhões representam um investimento na área de materiais metálicos e 77 milhões foram investidos na área de materiais compósitos) (relatório anual 2012 publicado pela Embreaer) e que emprega cerca de 450 postos de trabalho diretos, número esse que pode aumentar para 1200 a 3000 empregos, criados indiretamente para responder às necessidades destas instalações. (www.portugalglobal/revista - número de Fevereiro/Março de 2010)

Figura 13- Percentagem do Volume de negócios gerado por cada sector da empresa.

(Grupo TAP, 2011)

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PME’s

Em Portugal, para além da OGMA e da TAP M&E, existe um número reduzido de empresas de transporte aéreo não regular, de manutenção e reparação de pequenas aeronaves e de sistemas que, apesar de se dedicarem a outros sectores industriais (como o automóvel, a metalúrgica, os plásticos, os curtumes, as telecomunicações ou a electrónica de consumo), prestam serviço também à atividade aeronáutica. Estas empresas, na maioria dos casos, são de pequena e média dimensão que exploram mercados muito específicos e assumem-se como empresas periféricas ou complementares

Algumas das PME do sector aeronáutico nacional estão agregadas em redes empresariais constituídas ao nível do país ou da Europa. Ao nível nacional refira-se a PEMA – Portuguese SME for Aerospace - e a AEROSME a operar no contexto europeu.

A PEMA foi criada em Maio de 2003, representa um conjunto de catorze entidades, na maioria PME. As atividades principais destas empresas são no domínio da maquinação de peças, o desenvolvimento de software ou o fabrico de aeronaves completas.

A ação da PEMA tem como principais objetivos o fornecimento de produtos e serviços às redes nacionais e internacionais da indústria aeronáutica e o desenvolvimento de projetos de I&D de âmbito nacional, europeu e mundial. Para além de assumir-se como um grupo de interesses representativo de PME portuguesas junto do poder politico, no âmbito do desenvolvimento da industria aeronáutica em Portugal, assim como, reforçar a representatividade destas empresas junta da AEROSME e dos principais atores nacionais, a OGMA e a TAP.

A AEROSME é uma organização composta por PME e instituições da indústria aeronáutica, criada pela Associação Europeia de Industria Aeroespacial e de Defesa e a Comissão Europeia.

Esta organização tem a finalidade de apoiar a participação das PME nos projetos de investigação e desenvolvimento tecnológico na área da aeronáutica e do espaço, pressupostos pelo Programa-Quadro da União Europeia; incentivar a cooperação entre PME, entre estas e as empresas de grande dimensão que controlam a actividade aeronáutica mundial e entre as empresas e instituições de I&D que desenvolvem sua actividade nos sectores aeronáutico e do espaço. (Repositório da Universidade de Lisboa) Não focando mais aspetos históricos e políticos, é de destacar a grande diferença entre as PME e os grandes operadores como a TAP e a OGMA. A maioria, para não falar em todas, destas PME’s dedica-se essencialmente à produção de pequenas peças e estruturas de alta precisão que integrarão no final as aeronaves. Já as maiores empresas dedicam-se à manutenção em grande escala de aeronaves bem como funcionam como operadores de transporte aéreo. 8) Sector aeronáutico e desenvolvimento de novas tecnologias

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A Indústria Aeronáutica em Portugal

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Na área da Investigação e Desenvolvimento realizados no nosso país, é de citar os

projetos do INEGI relacionados com a aeronáutica, tais como:

CASAM: “Cival Aircraft Secutity Against MANPADS”; O site da instituição descreve-o da seguinte forma ” O projecto tem como objectivo desenvolver um sistema para a detecção e despistagem de ataques terroristas com mísseis portáteis (MANPADS) a aeronaves comerciais. A detecção do missil será feita utilizando um sistema óptico com sensores capazes de detectar a emissão dos raios infravermelhos pelo propulsor do míssil. Trata-se dum sistema opto-mecânico de elevada precisão, com exigências muito apertadas em termos de peso e estabilidade.” - Dirigível Rígido com propulsão vectorial: “O sistema em estudo neste projeto real é um dirigível rígido, com propulsão vectorial e tem como objectivo o transporte de 6 passageiros mais 21 kg de bagagem por pessoa.” - L.I.F.E.: Lighter, Integrated, Friendly and Eco-efficient Aircraft Cabin: “ tem como objectivo a criação de competências para concepção; desenvolvimento e industrialização de soluções técnicas e funcionais para o interior de aeronaves mais eco-eficientes, mais leves, mais confortáveis, de forma integrada e com um design inovador.” - PIBRAC: “O projecto tem como objectivo desenvolver uma nova geração de travões para a indústria aeronáutica baseados em motores piezoeléctricos.” - UAV: Desenvolvimento de um veículo aéreo não tripulado - Projeto Wasis: o projeto visa “desenvolver aeronaves mais seguras e amigas do ambiente ao mesmo tempo que, com a previsão de triplicação da procura nos próximos 20 anos, necessita de tornar-se economicamente mais competitiva. O projeto WASIS - Composite fuselage section Wafer Design Approach for Safety Increasing in Worst Case Situations and Joints Minimizing - visa enfrentar este desafio com o desenvolvimento de uma fuselagem estrutural e funcionalmente integrada.”

A menção a todos estes projetos surge apenas com o intuito de revelar a potencialidade deste ramo da indústria aeronáutica. Após uma análise atenta a este pequeno relatório, é possível tirar uma grande conclusão, o grande desenvolvimento deste sector não passa pela aposta numa produção de aeronaves em massa, mas antes numa continua aposta no I&D já que o desenvolvimento de novos projetos, que um dia darão origem a novas tecnologias e bens, é fulcral para a subsistência das PME’s. Permitindo o crescimento destas empresas especializadas é natural que a contínua adesão a estes projetos possibilite também um pequeno contributo para a economia nacional.

O sucesso das empresas portuguesas que continuam a trabalhar no sector aeronáutico deve-se essencialmente a um elevado grau de especialização nas áreas nucleares da empresa.

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A Indústria Aeronáutica em Portugal

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Página 22

Ora, as parcerias com as universidades, institutos e redes empresariais é fundamental para o desenvolvimento das PME’s especializadas, tanto ao nível do fornecimento de mão-de-obra altamente qualificada, como ao nível da realização de projetos inovadores. A figura 10 evidencia de forma clara a preferência e necessidade de criar precisamente estes acordos de cooperação e desenvolvimento.

(INTELI, 2005)

Através da análise da figura 14 é possível verificar a existência de uma grande aposta no desenvolvimento de novos projetos, medida já apontada neste relatório como grande se não única medida viável para o alavancamento deste sector de baixo volume mas com grande potencial no desenvolvimento tecnológico. O decréscimo do número de projetos iniciados ao longo dos anos é justificado pela conjuntura económica nacional mas também internacional, não sendo por isso um dado a dar-se elevada importância.

Figura 15- Número de projetos iniciados em cada ano tendo como parceiros principais empresas portuguesas.

(Anabela Costa Reis, 2011)

Figura 14-Percentagem de empresas associadas a vários tipos de instituições como parceiros no desenvolvimento de projetos.

(INTELI, 2005)

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A Indústria Aeronáutica em Portugal

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9) Perspetivas para o futuro e conclusões

Com a elaboração deste relatório, foi possível tomar-se conhecimento acerca da grande

potencialidade da indústria aeronáutica, tanto em Portugal como no mundo. Embora a atividade deste setor industrial seja extremamente diminuta no nosso

país, apresentando valores percentuais residuais no Produto Interno Bruto Nacional (0.12%), trata-se de uma área onde o principal obstáculo ao seu desenvolvimento será mesmo a falta de capital para se investir, na medida em que mão-de-obra altamente especializada tem sido uma constante devido aos postos de formação de qualidade que existem atualmente no país tais como: (UBI em engenharia aeronáutica, UP em engenharia mecânica).

Relativamente ao número de postos de trabalho gerados, pode dizer-se que são à proporção do seu peso na economia portuguesa, garantindo cerca de cinco mil empregos na sua totalidade, sendo a maior empregadora a TAPME, seguida pela OGMA, restando algumas centenas de postos de trabalho que resultam da atividade de empresas menores. A percentagem de empregados neste ramo é extremamente baixa, empregando cerca de 0.11% dos empregados a nível nacional.

Devido ao interesse de grandes companhias estrangeiras, como o caso da Embraer, que têm apostado no mercado português, o nosso país poderá crescer neste setor, aproximando-se de países como Holanda e Áustria, que apresentando uma dimensão semelhante à de Portugal apresentam um volume de negócios muito superior

Assim, de olhos postos no futuro e fazendo uma gestão apropriada dos recursos técnicos que possui, Portugal reúne condições necessárias para poder evoluir o seu sector aeronáutico, principalmente na produção de peças especializadas e de partes estruturais fundamentais para a composição de aviões e outros engenhos abrangidos por esta área.

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Referências bibliográficas

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Grupo TAP, “Relatório Anual 2010”, Relatório de contas, 2010. Grupo TAP, “Relatório Anual 2011”, Relatório de contas, 2011. Grupo TAP, “Relatório Anual 2012”, Relatório de contas, 2012. Embraer, “Relatório Anual 2012”, Relatório de contas, 2012. Aicep, “Portugal global”, Revista, edição de Fevereiro-Março de 2010. INAC, “A aviação civil e a economia portuguesa”, Relatório, 2008 Anabela Costa Reis, “The Aerospace Industry: a Descriptive and Prospective Empirical Analysis for Portugal ”,Dissertação para obtenção de grau de mestre em engenharia aeroespacial , 2011